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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DE GESTÃO

CURSO DE ECONOMIA

APOVEITAMENTO DA AGRICULTURA COMO FACTOR DE


CRESCIMENTO ECONÓMICO EM ANGOLA (2009-2016)

ELABORADO POR: LEONARDO DAVID FRANKLIM FURTUOSO


ORIENTADO POR: MSC. IVO MIGUEL

LUANDA,2022
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1
1.1 Contextualização do Problema de Pesquisa......................................................................1
1.2. Formulação do Problema de Pesquisa..............................................................................1
1.3. Objectivos.........................................................................................................................1
1.3.1. Geral..............................................................................................................................1
1.3.2. Específicos.....................................................................................................................1
1.4. Justificativa.......................................................................................................................2
1.5. Relevância........................................................................................................................2
1.6. Delimitação.......................................................................................................................2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................3
2.1. Definindo Agricultura.......................................................................................................3
2.2 Agricultura Familiar..........................................................................................................3
2.3 A Agricultura Angolana....................................................................................................3
2.4. Evolução da Produção Agrícola.......................................................................................4
2.5. Planejamento, Programas e Política Agrícola em Angola............................................4
2.6. Programa de Investigação Agrária...................................................................................5
2.7. Categorias de Agricultura.................................................................................................6
2.8. Problemas Atuais e Potencialidades.................................................................................6
3. METODOLOGIA..............................................................................................................7
3.1. Pesquisa Quanto ao Objectivo......................................................................................7
3.2. Natureza da Pesquisa................................................................................................7
3.3. Métodos e Técnicas a Utilizar..................................................................................7
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...........................................................8
4.1. Cronograma de Actividade.......................................................................................8
4.2. Plano Orçamental.....................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................10
INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização do Problema de Pesquisa

Angola é um dos países com maior potencial de desenvolvimento do continente


africano, um dos sectores mais dinâmicos para o crescimento da economia angolana é o da
Agricultura, sendo o sector agro-pecuário vital para a economia e para a sociedade.
Contudo, o petróleo domina o quadro económico do país e apresenta-se como o principal
“inimigo” da agricultura, continuando o país a depender fortemente das importações,
nomeadamente de produtos alimentares.

Antes do conflito armado pós-independência, Angola era um país auto-suficiente


na generalidade dos alimentos, à excepção do trigo, tendo sido um grande exportador de
café e de milho, além de banana, açúcar, óleo de palma, feijão e mandioca. Os 27 anos de
guerra civil, obrigando uma parte da população rural a deslocar-se para o meio urbano e
interrompendo a sua produção agro-pecuária, o mau estado das estradas, as pontes
destruídas e a ameaça das minas tiveram como efeito a perda de importância da agricultura
na economia do país, tornando-o fortemente dependente das importações e do sector
petrolífero.

A guerra civil deixou um cenário de destruição, desestruturação social e económica,


destruição de infra-estruturas, êxodo da população rural.

A população angolana era dependente da agricultura para a sua sobrevivência. A


grande dificuldade no desenvolvimento da agricultura, neste momento, tem a ver com o
excesso de minas colocadas no solo durante a guerra civil, a falta de incentivo por parte do
governo local, o difícil acesso para o escoamento do produto.

1.2. Formulação do Problema de Pesquisa

Quais são as políticas que o governo deve implementar para o Aproveitamento da


Agricultura como Factor de Crescimento Económico em Angola?

1.3. Objectivos

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1.3.1. Geral: Compreender o desempenho da Agricultura em Angola, com vista a garantir
possíveis soluções nos múltiplos problemas da realidade económica em geral.

1.3.2. Específicos:

 Examinar as políticas para agricultura do Governo de Angola no ano 2009 a 2016.


 Descrever problemas atuais e potencialidade da agricultura Angolana.
 Identificar os principais (países) exportadores e importadores de produtos agrícolas
de Angola.

1.4. Justificativa

O tema em estudo, foi escolhido para compreender a realidade do Aproveitamento


da Agricultura em Angola, desta forma, na qualidade de estudantes de economia, devemos
compreender de que forma o governo Angolano tem tirado proveito no sector agrícola, e
não só, uma vez que o Aproveitamento da Agricultura em Angola visa acelerar o
crescimento da economia e gerando desenvolvimento sustentável.

1.5. Relevância

A importância do tema remete-nos a agricultura, que constitui o principal meio de


vida para a maioria das pessoas.

Por essa razão, faz sentido o tema como forma de contribuir para a compreensão
das fragilidades e potencialidades do referido sector agrícola. Dessa maneira, tornar mais
visível compreender como o sector poderia colaborar para a melhoria do país, tornando-se
assim, uma prática primordial para o desenvolvimento da sociedade, e que diversificar a
economia pela agricultura é uma alternativa necessária, de forma a reduzir a dependência
do sector petrolífero.

1.6. Delimitação

O presente trabalho visa a abordar sobre o Aproveitamento da Agricultura Como


Factor de Crescimento Económico em Angola, no período de 2009-2016. Na busca de
conhecimento, procuramos entender de que forma o governo tem tirado proveito sector da
agricultura em Angola.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Definindo Agricultura

A agricultura é o cultivo do solo, por meio de procedimentos, métodos e técnicas


próprias, que buscam produzir alimentos para o consumo humano, como legumes, cereais,
frutas e verduras, ou par serem usados como matérias-primas na indústria.

De um conjunto de exclusiva recolecção passou a sobreviver com base não só da


recolha no meio natural, como pondo também em prática um sistema de produção,
tornando-se sedentário, então diversos conceitos são aplicados para a definição de
agricultura. De modo geral, agricultura pode ser entendida como uma actividade produtiva
responsável pelo sustento alimentar dos seres vivos ou a união de técnicas aplicadas no
solo para o cultivo de vegetais destinados à alimentação humana e animal, produção de
matérias-primas e ornamentação (FREITAS, 2016).

2.2 Agricultura Familiar

Agricultura familiar até hoje é discutida por diferentes pontos de vistas, em que fica
difícil acentuar um único conceito para expressar a sua existência. Pois, não é fácil
conceituar a agricultura familiar, porque como conceito foi alterando com o passar do
tempo, a agricultura familiar corresponde certa camada de agricultores, capazes de se
adaptar às modernas exigências do mercado em oposição aos demais “pequenos
produtores” incapazes de assimilar tais modificações. São os chamados agricultores
“consolidados” ou os que têm condições, em curto prazo, de se consolidar. Supõe-se que as
políticas públicas devem construir as bases para a formação desse segmento
(WANDERLEY, 2004. p. 43).

2.3 A Agricultura Angolana

De acordo com o relatório geral do Estado, o sector agro-pecuário é importante


para a vida económica e social do país, porque agricultura de subsistência constitui o
principal meio de vida para a maioria das pessoas (CIA, 2017), assim sendo, é urgente

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assegurar a reabilitação da agricultura através da estabilização das populações no meio
rural e a criação de melhores condições de vida no campo. Tal melhoria irá concorrer para
aumentar a produção e a produtividade da agricultura nacional, a promoção da auto-
suficiência e da segurança alimentar, o desenvolvimento da agro-indústria e da exportação
(OGE, 2011).

Segundo dados do Ministério da Agricultura, o sector agrícola empregava em 2009


cerca de 4,4milhões de pessoas, na sua maioria do sexo feminino (52%) e jovens.
Estimativas do Ministério para o período 2009-2013 mostram um acréscimo em termos de
emprego directo e indirecto, prevendo-se que se gerem no sector mais de 78 mil empregos
rurais directos.

2.4. Evolução da Produção Agrícola

Os produtos agrícolas mais produzidos em Angola são a mandioca, a batata-doce, o


milho, as bananas, a batata, as hortícolas, o feijão e o amendoim. Comparando, para estas
mesmas culturas, as suas produtividades em Angola com as produtividades obtidas em
termos médios para o continente africano, constata-se a baixa produtividade angolana para
os casos do milho e do amendoim (menos de metade da produtividade africana), da batata,
da cana-de-açúcar, hortícolas e do feijão (também com uma produtividade correspondente
a cerca de metade da produtividade do feijão para o continente africano).

O café que, no passado, foi uma produção importante em Angola (o país chegou a
ser o 3.º maior produtor mundial), é hoje uma produção incipiente, com uma produtividade
muito baixa. Quando se mencionam os aumentos de produção registados nos últimos anos,
estes não se referem, na generalidade dos casos, a aumentos de produtividade, mas sim a
aumentos de área cultivada. Por outro lado, alguns dos números referidos para a
produtividade são demasiado elevados, como por exemplo nos casos da mandioca e do
milho. Estas reservas justificam-se por não se terem registado melhorias nos serviços de
extensão e de assistência técnica e na qualidade das sementes e do material vegetativo
utilizado, nem ter havido aumento a nível de consumo de fertilizantes e de fitossanitários
(CEIC-UCAN, 2010).

2.5. Planejamento, Programas e Política Agrícola em Angola

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O Executivo angolano, perante as dificuldades que se deparam ao sector privado,
definiu que o Estado deve ser o mais importante operador na estratégia de promoção do
agronegócio em Angola nesta fase. Por que razão foi criada a Gesterra, uma sociedade
anónima com capitais públicos para promoção de empreendimentos agrícolas cuja
finalidade é a produção de alimentos, a preparação de profissionais qualificados e a
modernização tecnológica da agricultura.

A Gesterra gere actualmente duas explorações agrícolas. Uma na província de


Malange (Fazenda Pungo Andongo, município de Cacuso) construída de raiz é iniciada em
2006, onde foram investidos mais de 40 milhões de dólares americanos em infra-estruturas,
meios circulantes, equipamento e assistência técnica, vocacionado para a produção de
milho, feijão, soja e arroz, com resultados técnicos que podem ser considerados
interessantes para o panorama angolano, pois as produtividades alcançadas como milho,
por exemplo, atingiram uma média superior a quatro toneladas por hectare no melhor ano
(PACHECO; CARVALHO; HENRIQUES, 2013).

2.6. Programa de Investigação Agrária

Esse programa vê a necessidade de viabilizar soluções tecnológicas via


investigação e Desenvolvimento (I&D) para o sector agrário/pastoril produtivo e de
intensificar as relações e a colaboração entre os centros de investigação e os sectores
familiares e empresariais, especialmente num período em que os desafios e oportunidades
dos mercados nacionais e internacionais são grandes, exigem um significante esforço de
modernização e diversificação.

O ministério da agricultura e do desenvolvimento rural descreve alguns


programas para o sector agrícola como:

a. Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural

O Programa de Extensão e Desenvolvimento Rural (PEDR) foi oficialmente


lançado em 2005, no município de Andulo, província do Bié. OS objectivos dos Programas
são contribuir para:

 A segurança alimentar e redução da pobreza;


 A integração das comunidades rurais no desenvolvimento económico e
social do país; a organização da produção das comunidades rurais;

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 O aumento da produção e da produtividade das empresas agrícolas
familiares;
 E a melhoria das condições e qualidade de vida das comunidades
abrangidas.

b. Projectos Agrícolas de Larga Escala

Com o propósito de constituir projectos agrícolas de larga escala, o Governo


constituiu a empresa Gesterra, Gestão de Terras, a qual é concessionária de terrenos
agrícolas que integram a reserva do Estado, sendo responsável pela realização de projectos
para a produção de cereais e outras culturas visando aumentar a disponibilidade de
alimentos. Neste momento, está a ser realizada a efetivação da Fazenda Pungo-Andongo
para a produção de cereais na província de Malange.

2.7. Categorias de Agricultura

Quanto aos tipos de agricultura é importante destacar que em angola existem duas
categorias de agricultura, a de ramo familiar e a empresarial. Os dois tipos de unidades
produtivas que iremos aqui considerar Empresas Agrícolas Empresariais (EAE) e
Empresas Agrícolas Familiares (EAF) estão fundamentalmente concentradas nas
províncias de Huambo, Huíla, Bié, Kuanza Sul, Uíge e Benguela.(PACHECO; LOTE;
TAVARES, 2016).

2.8. Problemas Atuais e Potencialidades

O ministério da agricultura e desenvolvimento rural em (MINADER, 2013) 2013


apresentou gargalos que dificultam a ampliação do sector agrícola de Angola, tais
problemas surgiram devido ao conflito armado que assolou a actividade agrícola, a vida
económica e social, trazendo continências à prosperidade rural e na garantia nutricional
humanitária de Angola. As dificuldades que o país tem enfrentado diminuem a
competitividade da agricultura em relação aos produtos importados, associada também
pelo baixo nível de recursos atribuídos ao sector.

Com uma grande parte do abastecimento alimentar proveniente de produtos


importados, existe um potencial considerável para expansão da produção para substituir as
importações, apesar das condições macroeconómicas relativamente desfavoráveis.

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3. METODOLOGIA
3.1. Pesquisa Quanto ao Objectivo

A presente pesquisa Trata-se de uma Pesquisa do tipo descritiva, com delineamento


documental.

3.2. Natureza da Pesquisa

Quanto a sua natureza a referida será Básica na medida em que será puramente
teórica, requerendo assim obrigatoriamente uma revisão bibliográfica.

3.3. Métodos e Técnicas a Utilizar

Foi realizada uma pesquisa descritiva e documental, baseando-se em documentos


publicados por meio do Instituto Nacional de Estatística; Banco Mundial; Organização das
Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação; relatórios do governo, publicações legais,
entre outros. Para analisar o desempenho da agricultura angolana e sua participação no
comércio internacional. O presente estudo segue uma abordagem qualitativa para a colecta
e a análise dos dados.

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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. Cronograma de Actividade

# MESES
#
ACTIVIDADES M A M J J A
Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.

Escolha do tema X
1 X

3 Revisão das Literaturas X X X X X X


2 X X X X X X

3 Aprovação do Pré-projecto de Pesquisa X X


3 X X

4 Elaboração dos Instrumentos de Recolha de X


4 Dados X

5 Recolha de Dados X
5 X X X X

6 Análise e Tratamento dos Ddaos X X X X


6 X X X X

7 Apresentação e Entrega do Relatório de


7 Pesquisa X

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4.2. Plano Orçamental

# Descrição Q Total
# Qt

1 Computador 1 250.000,00 kz
1 1

2 Impressora 1 90.000,00 kz
2 1

4 Bibliografia 8 40.000,00 kz
3 4

5 Resma de Folha A4 5 15.000.00 kz


4 5

6 Deslocações 4 15.000,00 kx
5 4

7 Total 2 410.000,00 kz
6 15

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTAFIN, Iara. Reflexões sobre o conceito de agricultura familiar. 2009. Disponível em:
<http://mstemdados.org/sites/default/files/Reflexões sobre o conceito de agricultura
familiar - Iara Altafin - 2007_0.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2017.

ANGOLA. Portal oficial da República. Perfil de Angola. 2015. Disponível em:


<http://www.angola.gov.ao/opais.aspx>. Acesso em 28 set. 2017.

BANCO MUNDIAL. Agricultura e alimentos. Washington, 2017. Disponível em:


<http://www.bancomundial.org/es/topic/agriculture/overview#1>. Acesso em: 18 mar.
2018.

BATALHA, Mário Otávio; ANDREA, Lago da Silva. Gerenciamento de sistemas


agroindustriais. In: BATALHA, MÁRIO Otávio. (Coord.) Gestão agroindustrial: GEPAI –
Grupo de estudos e pesquisas agroindústrias. 3. ed. 7. Reimpr, São Paulo: Atlas, 2013.
p.2-60.

CEIC, Centro de Estudo e Investigação Cientifica. Relatório Econômico de Angola 2016.


2017. Disponível em:
<http://www.ceic-ucan.org/wpcontent/uploads/2017/06/Apresentação-do-Relatório-
Económico-de-Angola2016.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2018.

CIA, Central Intelligence Agency. The World Factboo. ÁFRICA: ANGOLA. 2017.
Disponível em: <https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/
geos/ao.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.

FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. A Situação da


Segurança Alimentar Ainda é precária para grandes setores da população. Angola (1997).
Disponível em: <http://www.fao.org/NEWS/GLOBAL/GW9712-e.htm> Acesso em 17 de
out.2017.

Potencialidades da província do Huambo, em Angola. Pág.1053, outubro. 2016. Disponível


em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/rama/article/viewFile/4998/308>
Acesso em: 28 abr. 2018.

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