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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA E

CIÊNCIAS

TRABALHO REFERENTE A DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE


INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA

Tema: A FOME EM ANGOLA

O Docente
_____________________
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E HIPÓTESES................................................4
3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................5
3.1. OBJECTIVO GERAL.......................................................................................5
3.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................5
4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA............................................................................7
4.1. A Pobreza como vetor do alto indice de fome em Angola........................8
5. METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................9
5.1. Tipo de Pesquisa:............................................................................................10
5. CONCLUSÃO........................................................................................................11
6. RECOMENDAÇÕES.............................................................................................12
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................13
1. INTRODUÇÃO

A população angolana desfruta de condições precárias de serviços


públicos, como saúde e educação. Além disso, o país apresenta uma elevada
desigualdade económica e social.

Neste trabalho pretende-se abordar sobre a fome que é um problema


que assola o nosso país.

A fome é definida como a sensação fisiológica pelo qual o corpo


percebe que necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à
vida. O termo comumente é usado mais amplamente para referir a casos de
desnutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido a
pobreza, conflitos políticos ou instabilidade, ou condições agrícolas adversas.
Em casos crónicos, pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do
organismo.

O estado no qual o organismo sente carência de nutrientes e vitaminas,


comprometendo o bem-estar e saúde de um indivíduo é denominado fome.

De acordo com o HungerMap do Programa Mundial de Alimentos, mais


de 4 milhões de pessoas em Angola vivem com alimentos insuficientes, e 38%
das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crónica.

A fome no mundo é um problema de cunho político, económico,


estrutural e climático e atinge diversos países do globo, com destaque para os
situados no continente africano. A fome no mundo é marcada pela distribuição
desigual de alimentos.
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E HIPÓTESES

A fome em Angola é um problema que cerca muito questionamento e


duvidas. Afinal, com tantos recursos que o país possui ainda assim não
consegue suprir as necessidades do seu próprio povo.

Atualmente o nosso país enfrenta uma crise económica que está a


causar essa pobreza e consequentemente toda essa fome.

A fome também impacta directamente o cotidiano de famílias, por meio


do aumento da pobreza, da marginalização social, de dificuldades na escola e
de deterioração da saúde. Portanto, a ausência de alimentação adequada tem
repercussão direta em diferentes setores e atividades da sociedade.

As dificuldades de acesso às necessidades básicas como alimentação,


educação, emprego, água potável, saneamento básico, entre outras, colocam a
maioria da população africana, no geral, e a angolana, em particular, a viver em
condições desumanas.

Segundo o médico e pesquisador Fernando Sebastião, “A fome em


Angola existe e é severa”, disse acrescentando que “praticamente está a se
ramificar em todas as províncias de Angola, por causa de determinados
eventos que surgiram como a pandemia que criou a cerca sanitária e facilitou o
aumento da fome”.

 H1: Mudanças climáticas e desastres naturais: Angola está exposta a


eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades.
Esses eventos podem destruir colheitas, afetar negativamente a
produção agrícola e levar à escassez de alimentos.
 H2: Infraestrutura e acesso limitado: Muitas partes de Angola têm
acesso limitado a infraestrutura básica, como estradas, armazenamento
de alimentos e instalações de processamento. Isso dificulta a
distribuição eficiente de alimentos e aumenta os custos de transporte, o
que pode levar à escassez e ao aumento dos preços dos alimentos.
 H3:Pouco investimento no sector da agricultura.
3. JUSTIFICATIVA

Este trabalho se baseia na realidade actual do povo Angolano, realidade


está que é difícil de encarar, a pobreza extrema em Angola cresceu de 35 para
44 por cento entre 2019 e 2022 e afecta neste momento quase metade da
população, conforme indicado nos resultados do inquérito do Afro barómetro,
uma organização internacional com representação no país.

A carência económica e financeira que afecta as famílias angolanas


dificultam a auto-sustentabilidade o que agrava a condição social do povo
Angolano. Averiguando-se estes todos factores pensou-se em desenvolver
uma pesquisa de caracter cientifico com intuito de desenvolver formas de
reduzir o alto índice de fome no país e promover o combate a pobreza uma vez
que este também é um dos factores que infuencia no alto indice de fome
do ,através do desenvolvimento de projectos sustentáveis e soluções
plausíveis ao problema em causa.

Com este trabalho pretende-se desenvolver soluções viaveis, paupaveis


para o combate da fome e da pobreza.

3.1. OBJECTIVO GERAL

O objectivo deste trabalho é promover o combate a pobreza no nosso


país e a erradicação da fome

3.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Reduzir a prevalência da desnutrição infantil em 20% até o final do


próximo ano, por meio da implementação de programas de alimentação
complementar e educação nutricional em comunidades vulneráveis.
 mplementar um programa de merenda escolar em 50 escolas rurais,
alcançando uma taxa de participação de 80% dos alunos matriculados,
fornecendo refeições nutricionalmente balanceadas diariamente e
incentivando a frequência escolar.
 Estabelecer parcerias com organizações não governamentais e
agências internacionais para melhorar a capacidade de resposta a
emergências alimentares, garantindo a distribuição eficiente de
alimentos e assistência nutricional adequada em áreas afetadas por
desastres naturais ou conflitos.

 Desenvolver e implementar programas de treinamento vocacional e


capacitação para mulheres em comunidades rurais, visando fortalecer
as habilidades agrícolas e de geração de renda, melhorando assim o
acesso a alimentos e recursos financeiros para as famílias.
 Estabelecer uma campanha de conscientização sobre a importância da
alimentação saudável e da segurança alimentar, visando alcançar
50.000 pessoas em áreas urbanas e rurais, fornecendo informações
sobre nutrição, higiene alimentar e práticas agrícolas
sustentáveis.Através da analise de monografias do Schoolar google
4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Um país que se encontra-se num contexto de pós-conflito vive numa


escala de destruição do seu tecido social e económico cujas dimensões
diferem de acordo com a natureza do conflito, da sua duração e da sua
abrangência. A pobreza nestes países é transversal a toda a sociedade, sendo
o seu combate, uma prioridade nacional e uma condição para a manutenção do
clima de paz. As instituições políticas e administrativas são frágeis e os
instrumentos de planeamento débeis. A necessidade de assegurar a paz
pressiona a classe dirigente para a partilha limitada de dividendos políticos e
económicos, aumentando as desigualdades sociais (Adisson et al, 2015).

Independentemente das possíveis diferenças na escala dos impactes de


país para país, há aspectos que são comuns aos países saídos de uma guerra
civil longa: deslocados, desmobilizados, refugiados, pessoas diminuídas física
e psicologicamente, destruição dos meios de subsistência, destruição do tecido
produtivo, e das infraestruturas. Os recursos são limitados e escassos, as
privações socioeconómicas são semelhantes, assim como a pobreza extrema,
a vulnerabilidade social, a exclusão e as desigualdades sociais. Mas as
abordagens governamentais para reduzir a pobreza não são consensuais.

Como definir uma estratégia de redução da pobreza sequencial ao longo


dos ciclos de governação? Quais as áreas a privilegiar na alocação dos
recursos, as necessidades básicas de sobrevivência (acesso a alimentos,
habitação e vestuário), de protecção social (acesso a serviços de saúde, água
e saneamento, educação e transferências sociais), de participação social
(acesso a redes sociais) ou de liberdade (direitos) e identidade dos indivíduos?
Todas as necessidades humanas estão interligadas, inter-relacionadas e são
interactivas (Henriques, 2006). Para adoptarmos medidas de redução e
prevenção da pobreza, temos de saber quem são os pobres, onde estão, medir
as privações, hierarquizar necessidades e priorizá-las.

Este capítulo ajuda a compreender os conceitos e metodologias


adoptados nos modelos de governação e programação das duas estratégias de
combate à pobreza. Os contributos da análise evidenciarão as linhas de força
programática e de governação, que serão as bases para a melhoria do sistema
de planeamento e avaliação do combate à pobreza em Angola (ver Capítulo
IV).

4.1. A Pobreza como vetor do alto indice de fome em Angola


O conceito de pobreza é complexo na sua dimensão de análise.
Segundo Townsend (1979), este é determinado pelo conjunto de formas de
privação de natureza individual e social intrínsecas a uma realidade nacional.
Na base do conceito de pobreza está a noção de necessidades básicas e
meios de subsistência e a sua importância para a sobrevivência do ser
humano. O conceito de necessidades básicas está associado ao de
sobrevivência e de autonomia.

A condição primária de sobreviver é não ter fome e a 10 de autonomia é


ter saúde. Para sobreviver, a privação dos alimentos é uma pré-condição para
a fome e ter saúde é o garante de autonomia para se ter a capacidade de se
fazer escolhas (Gough e Doyal, 1986). A saúde é entendida como uma
necessidade básica, assim como o acesso a alimentos. A teoria diz que as
crianças e as mulheres têm necessidade de menos calorias do que um homem
adulto.As despesas mensais de uma família têm de cobrir no mínimo as suas
necessidades nutricionais.

O acesso aos alimentos é um vector primordial da sobrevivência


humana e como tal o factor rendimento é determinante. A pobreza monetária é
o conceito mais antigo e surge através dos economistas neoclássicos. Para
estes, a origem da pobreza reside na falta de rendimentos. Esta tese defende
que existem dois grupos: os pobres e os não pobres. A medida que a
caracteriza é o bem-estar.

A pobreza é definida em função de uma linha pré-definida, o limiar da


pobreza, que permite separar os pobres dos não pobres, e distinguir a pobreza
extrema, da pobreza relativa e da pobreza moderada. A medição da linha de
pobreza pode ser calculada pelo consumo ou pelos rendimentos do agregado
familiar.

No caso de países em desenvolvimento, o cálculo da linha de pobreza


com base nas despesas de consumo apresenta menores flutuações do que o
cálculo com a variável de rendimento. Nestes países (de uma forma geral), o
rendimento dos mais carenciados tem origem no mercado informal, não sendo
um rendimento fixo. O que determina a linha de pobreza pelo consumo tem
como referência o valor da despesa mensal equivalente à aquisição dos bens
alimentares necessários para suprir as necessidades calóricas de um adulto.
Esta variável é obtida pelo total das despesas mensais de cada família e o
índex que representa o número de pessoas da mesma numa escala de adultos.
É consensual entre os países, que a linha de pobreza mundial é de menos de
um dólar por dia. Este parâmetro foi apresentado pela primeira vez no Relatório
de Desenvolvimento Mundial (Banco Mundial, 1990). Os conceitos de pobreza
absoluta e de pobreza relativa ou moderada estão associados às necessidades
básicas e intermédias.

4.1.1. Vulnerabilidade Social:

Vulnerabilidade e pobreza não têm o mesmo significado. A pobreza é


uma medida de falta de bem-estar que reflecte o estado actual de privação. A
vulnerabilidade é uma medida de propensão que abrange o estado actual da
privaçãoe a perspectiva de perdas de bem-estar no futuro.
5. METODOLOGIA DE PESQUISA

Para (Demo) 1995, p. 11) o termo Metodologia significa “estudo dos


caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência”. A metodologia é
uma disciplina que instrumentaliza quanto aos procedimentos a serem tomados
na investigação, possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”,
além disso, ela visa também, promover questionamentos acerca dos limites da
ciência sob os aspectos da capacidade de conhecer e de interferir na realidade.

Pesquisa Bibliográfica: para embasamento teórico utilizou-se como


fontes bibliográficas são livros, artigos, teses, dissertações e monografias e
sites na internet
5.1. Tipo de Pesquisa:
Para a realização do presente trabalho utilizou-se o seguinte tipo de pesquisa:

 Pesquisa descritiva: Segundo Silva & Menezes (2000, p.21), “visa


descrever as características de determinada população ou fenómeno ou
o estabelecimento de relações entre variáveis.

 Universo e amostra
Universo de pesquisa ou população, segundo Stevenson (1981),
consiste no todo pesquisado, do qual se extrai uma parcela que será
examinada e que recebe o nome de amostra.
 Instrumentos da coleta de Dados
A coleta de dados é feita todos os dias, apenas observando a
quantidade de homens, mulheres e crianças carenciadas que andam
perambulando por todos cantos da cidade implorando por ajuda.
5. CONCLUSÃO

Após inumeras e exaustivas pesquisas conclui-se que: a fome em


Angola é um problema complexo que tem várias causas interligadas. Embora
tenha havido melhorias significativas desde o fim da guerra civil em 2002, o
país ainda enfrenta desafios estruturais que contribuem para a prevalência da
fome. Algumas das principais razões para a fome em Angola incluem: pobreza,
agricultura subsistência ,conflitos e deslocamento.para possiveis melhorias é
necessario que o estado ou seja a nação como um todo esteja emgajada nos
seguintes aspectos aludidos abaixo:

a) Diversificação da economia: Angola é muito dependente do setor


petrolífero, o que torna a economia vulnerável a flutuações de preços e
choques externos. Promover a diversificação econômica para setores
como agricultura, pesca, turismo e manufatura pode criar empregos,
aumentar a renda das pessoas e reduzir a dependência do país em
relação às importações de alimentos.

b) Educação e conscientização: Investir em programas de educação


alimentar e conscientização sobre nutrição pode ajudar a melhorar os
hábitos alimentares e promover uma alimentação saudável. Além disso,
a educação agrícola pode capacitar os agricultores com conhecimentos
e habilidades para aumentar a produtividade e adotar práticas agrícolas
sustentáveis.

c) Parcerias e cooperação: A colaboração entre o governo, organizações


internacionais, ONGs, setor privado e comunidades locais é
fundamental. Estabelecer parcerias e promover a cooperação pode
aumentar a eficácia das intervenções e ajudar a mobilizar recursos
necessários para combater a fome de forma abrangente e sustentável.
6. RECOMENDAÇÕES

Para possiveis melhorias e redução do problema ou tematica em causa


recomenda-se o seguinte:
 Aumentar a produção local de alimentos básicos em 30% nos próximos
três anos, por meio do fornecimento de sementes de alta qualidade,
treinamento agrícola e acesso a recursos de irrigação para os
agricultores.

 Estabelecer e operar cinco bancos de alimentos em áreas urbanas de


alta vulnerabilidade, com o objetivo de distribuir alimentos excedentes de
produtores, supermercados e outras fontes para famílias carentes,
atingindo um total de 10.000 beneficiários até o final do próximo ano.

 Desenvolvimento rural: Investir em infraestrutura rural, como estradas,


armazenamento e distribuição de alimentos, pode melhorar o acesso
aos mercados e reduzir o desperdício de alimentos. Além disso,
promover programas de desenvolvimento rural que abordem questões
como acesso à água potável, energia, educação e serviços de saúde
pode ajudar a melhorar as condições de vida nas comunidades rurais.

 Promoção da segurança alimentar: Implementar programas de


segurança alimentar que visem fornecer assistência nutricional às
populações vulneráveis, como crianças, mulheres grávidas e lactantes,
idosos e pessoas em situação de extrema pobreza. Isso pode ser feito
por meio de programas de alimentação escolar, distribuição de
suplementos nutricionais e promoção de práticas de alimentação
adequada e saudável.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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