Você está na página 1de 19

Catarina Spinola Caetano Catoma

Cheila Chatia J Chungo


Dina Jose Faina
Edmilson Abdul Gafar
Nairo Ernesto Francisco
Ussene Assane Ussene

Fome no mundo e pobreza absoluta


Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidades em Gestão de Laboratório

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
Catarina Spinola Caetano Catoma

Cheila Chatia J Chungo

Dina Jose Faina

Edmilson Abdul Gafar

Nairo Ernesto Francisco

Ussene Assane Ussene

Fome no mundo e pobreza absoluta

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


no Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, na cadeira de Ecologia Geral e
Humana, leccionado pelo:

Docente: Natércia Mário

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................................5
Fome no Mundo e Pobreza Absoluta...........................................................................................................6
História da fome no mundo.........................................................................................................................6
Fome:..........................................................................................................................................................6
Mundo.........................................................................................................................................................6
Causas Humanas..........................................................................................................................................7
Causas Conjugadas, Sociais e Econômicas da Fome Mundial...................................................................12
Tipos de Fome...........................................................................................................................................13
Medidas de prevenção das causas da fome................................................................................................13
Consequências da Fome............................................................................................................................14
Pobreza......................................................................................................................................................15
Conclusão..................................................................................................................................................19
Referências bibliográficas.........................................................................................................................20
4

Introdução
O presente trabalho tem como tema A fome no mundo e a pobreza absoluta, a fome significa
ausência de alimentação, ou deterioração do estado de saúde com ingestão inadequada ou em
quantidade insuficiente de alimentos, para o desempenho produtivo e social dos indivíduos.
Mundo a palavra 'mundo' pode referir-se ao planeta inteiro ou à população de qualquer país ou
região em particular: negócios mundiais são os que pertencem não só a um lugar mas ao mundo
inteiro, e a história mundial é um campo de história que examina acontecimentos de uma
perspectiva global. Especialmente num contexto metafísico, também pode se referir a tudo o que
compõe a realidade, o universo.
Objectivo Geral:

 Compreender a fome e a pobreza absoluta


Objectivo Especifico:

 Consensualizar a fome assim como a pobreza absoluta;


 Mencionar os tipos da fome;
 Explicar medidas de prevenção da fome e pobreza absoluta.

Metodologia usada neste trabalho foi a de consulta bibliográfica e auxilio a Internet que
corresponde a leitura do trabalho. O trabalho esta estruturada da seguinte forma: índice,
introdução, desenvolvimento, conclusão referencial bibliográfica.
5

Fome no Mundo e Pobreza Absoluta

História da fome no mundo


A fome no mundo não é um evento actual, porém a sua manutenção reflecte uma ampla
desigualdade no acesso à alimentação no mundo, já que a produção global de alimentos cresceu
de forma significativa nos últimos anos. Esse problema perdura de forma abrangente em regiões
menos desenvolvidas, com restrito acesso às tecnologias de produção de alimentos.

A falta de acesso à alimentação é um problema bastante antigo, marcado especialmente pelo


êxodo rural, saída da população do campo para as cidades, em um contexto de processos como a
urbanização e a industrialização. A fome no mundo também está diretamente ligada aos eventos
climáticos, como grandes catástrofes naturais, assim como aos eventos políticos, como as
grandes guerras mundiais.

Portanto, a história da fome é bastante diversa e envolve diferentes fatores, constituindo-se como
eventos descontínuos e pontuais, mas que se mantêm ativos até a atualidade. Por sua vez, há
regiões onde o problema da fome é constante, com destaque para alguns países africanos,
tradicionalmente assolados por políticas neocolonialistas, distúrbios políticos e governos
autoritários.

Fome:
De acordo com Morisso et al. (2011), a fome significa ausência de alimentação, ou deterioração
do estado de saúde com ingestão inadequada ou em quantidade insuficiente de alimentos, para o
desempenho produtivo e social dos indivíduos.

É uma sensação desconfortável ou dolorosa causada por energia insuficiente advinda da


alimentação. Privação de alimentos; não comer calorias suficientes.

Mundo
A palavra 'mundo' pode referir-se ao planeta inteiro ou à população de qualquer país ou região
em particular: negócios mundiais são os que pertencem não só a um lugar mas ao mundo inteiro,
6

e a história mundial é um campo de história que examina acontecimentos de uma perspectiva


global.
Mundo é um termo utilizado em diversos contextos como sinónimo de planeta Terra. O
termo carrega consigo ainda um ponto de vista humano, como um lugar que é ou que poderia ser
habitado por seres humanos. Especialmente num contexto metafísico, também pode se referir a
tudo o que compõe a realidade, o universo

Causas da fome
A fome compreende as seguintes causa:

Causas Naturais

São referidas como as principais causas naturais como o clima; secas; inundações; terramotos;
pragas e enfermidades de plantas.

Causas Humanas
Segundo a ALB (2009), as Causas Humanas, responsáveis pela fome, são várias, interagindo
umas sobre as outras reciprocamente. Algumas têm imediata repercussão sobre as demais.
Existindo assim, ainda ele dita de que, aquelas que exercem maior influência desencadeante
quando deflagradas. Como exemplo, encontramos as Guerras e as Catástrofes Naturais. Estas,
por sua vez, quando presentes, ganham rápido reforço das demais causas, multiplicando-se
rapidamente a fome, pela incidência sob diversas frentes.

Segundo ALB (2009), Existe uma grande complexidade na relação entre as Causas da
Fome, ao apontar-se a Causa Guerra, como uma, entre as principais causas humanas, haverá de
ser admitido, concomitantemente, um motivo desencadeante, ou seja, uma nova causa que a
originou, a qual, comummente encontrar-se-á fundamentada em interesses políticos, o que se
apresenta como a causa da causa da causa. Porem observar-se-á que esta causa, interesses
políticos, conta suas bases, com circunstâncias de disputas económicas e territoriais, o que mais
uma vez redireccionará as pesquisas a um novo factor determinante, que também deverá ser
considerado como causa. E ainda de Recursos Naturais; Conflitos Civis; Acesso aos Recursos e
Meios de Produção; Planificação Agrícola; Estruturas Fundiárias; Destruição de Colheitas;
7

Bloqueios Económicos; Endividamento dos Países mais Pobres; Cultura; Fome Crônica e
Desnutrição; Pobreza; Fome Moderada; Políticas Agrárias; Demografia; Causas Naturais e
Sociais; Petróleo; Biocombustíveis; Instabilidade Política; Planos Econômicos Falhos;
Proliferação de Vírus; Doenças; Dependência Econômica; Cereais Destinados à Alimentação
Animal; Desperdício de Alimentos.
Guerra
As guerras, como causas que somam a disseminação da Fome, são motivadas por ambições
territoriais, domínios econômicos, submissão de sistemas, distúrbios mentais de líderes,
ideologias, entre outras razões, que somados seus resultados determinam desorganizações dos
sistemas produtivos, de comércio e distribuição dos alimentos, além do sucateamento dos meios
de produção. Daí, veja-se a elevação do número de necessitados, tanto por mutilações,
incapacitando-os ao trabalho, como pela geração de órfãos e ou mesmo por distúrbios e neuroses
provenientes de conflitos existenciais, decorrentes dos horrores da guerra. A dita simples coleta
de lixo, em sua ausência, soma-se decisivamente à desordem e proliferação de doenças,
superlotando e incapacitando os sistemas de saúde (Hudson, 1989).
Moçambique também tem apresentado um crescimento substancial da fome entre a sua
população, especialmente nos últimos anos em algumas regiões.

Recursos Naturais
Segundo VELÁZQUEZ, 2007.Quando da ineficácia na utilização dos recursos naturais ou por
suas más administrações e ou mesmo por interesses econômicos em suas explorações, resultam
também em fome, o que soma às causas de sua origem.
Conflitos Civis
Os conflitos civis são motivados por desorganização interna dos países, ainda, por governos
autoritários e corruptos, sistemas e regimes conflitantes com os interesses populares, ideais de
independência por grupos insatisfeitos com os respectivos governos, divergências religiosas,
interesses sobre terras e demarcações autoritárias sem a observância de factores históricos
relacionados à posse, direito de propriedade e utilização produtiva das terras, resultando em
mortes e elevação do número de necessitados (Robles Tejada, 2000).
8

Acesso aos Recursos e Meios de Produção


Sejam trabalhadores rurais, sem-terra ou mesmo populações, diante a falta de acesso aos recursos
e meios de produção, são colocados em condições de precariedade subsistencial, somando-se
como causas da fome.

Planificação Agrícola
Na falta ou se deficiente a planificação agrícola, são observados resultados em mais fome e
distanciamentos sociais.
Segundo a ALB (2009), não se encontra, a priori, nos sistemas de buscas, quaisquer referências a
planificações de Municípios, Estados ou Nações, no tocante a distribuição geográfica de
produção de alimentos por região de seu natural desenvolvimento agrícola, exceptuando-se as
hortaliças, por exigirem sempre cuidados especiais. Mas, isto sim, cereais, tubérculos e frutas. Se
no Norte do Brasil, Roraima, são encontradas punha, jaca, maracujá, caju, buriti, carambola,
jambo, açaí, manga, pinha, goiaba, acerola, taperebá, limão, cacau, graviola, mamão, mandioca,
arroz, banana, coco, abacaxi, desenvolvendo-se naturalmente, sem auxílio de agrotóxicos e
fertilizantes, enquanto no sul, em regiões específicas, encontra-se naturalmente a laranja,
bergamota, butiá, banana, uva, ameixa, pêssego, goiaba, araçá, amora, pêra, maçã, pitanga,
abacate, jabuticaba, mandioca, limão, marmelo, mamão, melão, morango, pinha, romã, batata-
doce, pinhão, amendoim, entre outras frutas que facilmente se desenvolvem em determinadas
regiões. A premissa esta capaz de nos proporcionar uma visão de mundo, onde em suas regiões,
plantas e sementes adaptem-se naturalmente, com super produções de alimentos. Da mesma
forma em cada Estado. Uma divisão por região agrícola de potencial de produção, com
posteriores trocas e exportações das colheitas que excedam às necessidades internas, significa
panejamento, isto sim, produção alimentar.
Estruturas Fundiárias
A má distribuição de áreas produtivas e a concentração por poucos, aproximados 10% apenas
das populações mundiais, sobre os bens de produção, são também factores determinantes à
motivação de mais fome e desequilíbrios sociais (Chonchol, 1985).

Destruição de Colheitas
9

Observância especial deve-se à destruição de colheitas, como causa consciente de geração de


fome em detrimento a manutenção de economias, com fim na manipulação dos preços e lucros
pessoais. Práticas estas observáveis por grandes empresários agrícolas, comumente orientados
por políticas oficiais de governo (Chonchol, 1985).
Bloqueios Econômicos
Os bloqueios e sansões econômicas, comuns aos cidadãos por imposições dos governos como
forma coercitiva de capitação de impostos e ou por empresas à garantia manutenção dos volumes
financeiros acumulados, e ou mesmo àqueles praticados pelos países contra os Estados e estes
contra os municípios e não obstante todos estes contra os trabalhadores, para exigir-lhes
responsabilidades, somam-se todos as causas da fome. Sobretudo quando impostos por sistemas
internacionais como medidas de retaliação política a uma Nação. Os resultados se refletem como
diminuição da alimentação das populações trabalhadoras, sem no entanto atingir a mesa dos
governantes, seus familiares e grupos próximos.

Cultura
Culturalmente, segundo a ALB (2009), como causas da fome, observa-se a influência de hábitos
errôneos alimentares, muitos impostos pela mídia a serviço e interesse de multinacionais,
capazes de manipular a vontade humana por força de rótulos e mesmo formação de hábitos de
seus interesses. Uma das formas como isto ocorre, se faz a partir da doação de alimentos por um
determinado período, para posteriormente usufruir a preferência forjada pela dependência, com
imposição de preços, tanto pela venda dos produtos alimentares, quanto pela transferência de
tecnologias e meios de produção.
Endividamento dos Países mais Pobres
Não apenas os países, mas também os cidadãos, empresas, indústrias, municípios e Estados,
haverão de pagar juros e dividendos aos donos do capital, restringindo o alcance de suas ações, a
quantidade e a qualidade dos alimentos que consome. Aos países endividados, restará o
pagamento de dívidas em detrimento à produção (ALB, 2009).

Principais Causas da Fome e Desnutrição


10

Pobreza. Como condicional agravante observa-se a concentração das rendas nacionais nas mãos
de poucos, em detrimento de grandes massas populacionais, gerando pobreza e consigo a fome.
No relatório da FAO (2007), como principal causa responsável pela fome e desnutrição.

Políticas agrárias
Deve-se primordialmente à concentração de terras em grandes latifúndios, com subsequentes
faltas de recursos e meios de produção e escoação; subsídios e ou proteccionismos a mercados
económicos.

Demografia.
O crescimento populacional quando não acompanhado de equitativa capacidade produtiva,
resulta também como causa da fome.
A assertiva supra, não pode ser confundida com a teoria malthusiana (Baade, 1856/1963):“os
homens têm tendência para se multiplicarem por forma mais rápida que os seus alimentos ”.
Além do exposto, Baade coloca que a teoria de Malthus, entende ser as guerras, epidemias,
miséria e a elevada mortalidade infantil, necessárias para se restabelecer o equilíbrio entre a
população e os alimentos.

Variável de equilíbrio
Ao equilíbrio alimentar, Malassis (1993/1994) faz referência a identificação da variável
fundamental: “Quando as superfícies cultivadas são mais ou menos equivalentes às superfícies
cultiváveis a produtividade da terra torna-se a variável fundamental de ajustamento ao
crescimento da população. No sítio da ALB (2009), no tocante à produtividade, encontramos:
“Necessariamente à produtividade da terra, além de superfícies cultiváveis, deve ser considerado
também as variáveis: recursos, meios de produção e clima. Sobretudo à germinação em
adaptação aos solos”.
Causas Naturais e Sociais
Cornelius Walford (1978-79, citado por Chonchol, 1987/1989) apresentou à sociedade estatística
de Londres em 1878, dois importantes comunicados sobre a fome no mundo, nos quais analisava
as causas de mais de 350 surtos de fome que haviam flagelado os povos ao longo dos séculos.
Ele classificava como:
11

Causas Naturais
Secas, inundações, gelo, tremores de terra, tifo, ataques de predadores, na forma de pragas,
gafanhotos e ratos, infestações parasitárias” como a que destruiu as colheitas de batatas na
Irlanda em 1845/47

Causas Sociais.
A guerra, baixa produtividade agrícola, ausência de vias de comunicação, perturbação do
comércio e especulação, desvio de cereais do consumo direto para uso em cervejaria, para a
produção de 50 litros, utiliza matéria prima equivalente a alimentação de uma pessoa por um
período de um ano, fazendo com que os aspectos humanos e econômicos sejam confrontados
ALB (2008)

Causas Conjugadas, Sociais e Econômicas da Fome Mundial


O petróleo também exerce significativa influência sobre os problemas alimentares, segundo
Garuti (2008), o barril do petróleo, com preços elevados, arrasta consigo os preços dos
combustíveis que por sua vez encarecem em muito os transportes dos alimentos, refletindo-se
nos preços dos mesmos, aumentando o número de pessoas na linha da pobreza em todo o mundo.
Instabilidade Política e Dependência Econômica como Causas da Fome
A exemplo do que ocorre na África, a conjugação da instabilidade política e dependência
econômica, se apresenta como a principal causa da pobreza extrema no Continente africano
(ALB, 2009).
Existem outras forma que contribui como umas das causas da fome como:
 Pobreza extrema (menos de US$ 1,25 por dia);
 Esgotamento do solo (desertificação);
 Conflitos e isolamento geográfico;
 Alto preço dos alimentos (vários fatores);
 Concentração de terras e monoculturas;
 Baixa produtividade.
12

Tipos de Fome
Existem vários tipos de fome a destaque

 Fome temporária: é a que nós sentimos após algumas horas sem nos alimentarmos.
 Fome aguda: é uma fome mais intensa, podendo durar até alguns dias.
 Fome crónica: é do tipo mais grave, pois é constante. Pode levar à desnutrição e morte.
 Fome epidémica

A chamada fome epidémica geralmente tem duração pontual e é atrelada a eventos específicos.
Esse tipo de fome ocorre em razão de epidemias, catástrofes naturais, conflitos militares, entre
outros factores. A fome epidémica ocorre em diversas regiões do globo e é agravada por
acontecimentos recentes, como a pandemia de covid-19 e o conflito entre Rússia e Ucrânia.

 Fome endémica

A fome endémica tem uma zona espaço-temporal mais abrangente, de modo que é bastante
duradoura e está ligada aos aspectos económicos, políticos e estruturais locais, como
a desigualdade social e a ausência de programas sociais. A fome endémica é encontrada
especialmente em zonas pobres do globo, como diversos países da África, além de bolsões de
pobreza da Ásia e da América.

Medidas de prevenção das causas da fome


 Investimentos na produção (pesquisa e tecnologia);

 Melhorar o acesso e a distribuição de alimentos;

 Formação de estoques de alimentos;

 Reeducação alimentar e diminuição do desperdício.


13

Consequências da Fome
As consequências da fome no mundo envolvem factores de ordem biológica, económica e
social.

A falta de acesso à alimentação resulta no desenvolvimento incompleto do ser humano,


principalmente crianças e adolescentes;
Uma alimentação insuficiente contribui para o aumento da incidência de doenças diversas e
prejudica gravemente a saúde da população;

Já em relação à economia, a fome implica dificuldades na formação de mão-de-obra, na prática


do trabalho humano e também no desenvolvimento das nações;
A fome está directamente ligada ao aumento da vulnerabilidade social das populações, da
violência e da pobreza, contribuindo assim para a marginalização social.

Como Combater a Fome no Mundo


 Integrem políticas humanitárias, de desenvolvimento e de consolidação da paz em áreas
de conflito – por exemplo, por meio de medidas de protecção social para evitar que as
famílias vendam bens escassos em troca de alimentos;
 Aumentem a resiliência climática em todos os sistemas alimentares – por exemplo,
oferecendo aos pequenos agricultores amplo acesso a seguro contra riscos climáticos e
financiamento baseado em previsões;
 Fortaleçam a resiliência dos mais vulneráveis à adversidade económica – por exemplo,
por meio de programas em espécie ou de apoio em dinheiro para diminuir o impacto de
choques do tipo pandémico ou volatilidade dos preços dos alimentos;
 Intervenham ao longo das cadeias de abastecimento para reduzir o custo de alimentos
nutritivos – por exemplo, incentivando o plantio de safras biofortificadas ou facilitando o
acesso dos produtores de frutas e vegetais aos mercados;
 Combatam a pobreza e as desigualdades estruturais – por exemplo, estimulando cadeias
de valor de alimentos em comunidades pobres por meio de transferências de tecnologia e
programas de certificação;
 Fortaleçam os ambientes alimentares e mudem o comportamento do consumidor – por
exemplo, eliminando as gorduras trans-industriais e reduzindo o teor de sal e açúcar no
14

abastecimento alimentar, ou protegendo as crianças do impacto negativo do marketing


alimentar.

Pobreza
A definição da privação ou pobreza pode assumir linhas distintas. Num enfoque mais geral, a
pobreza existe quando as pessoas não possuem capacidades necessárias para alcançarem um
nível adequado de rendimento, de boa saúde e educação, acesso aos alimentos, segurança, de
autoconfiança e de liberdade de expressão, entre outros (Sen, 1999).

A pobreza é uma condição que mais leva a desnutrição sendo uma doença de alta letalidade que
tem a capacidade de promover alterações fisiológicas, para adaptar o organismo a falta de
nutrientes.

A desnutrição pode apresentar prejuízos ao sistema imunológico, doenças imunossupressoras e


até infecções. Em longo prazo reduz a qualidade de vida e pode comprometer a bioquímica,
fisiologia e o comportamento do organismo. (APOLINÁRIO et al., 2011).

De acordo com Director geral da OMS, Tedros adhanom Ghebreyesus "Todos os anos, 11
milhos de pessoas morrem devido a uma alimentação não saudável. O aumento dos preços dos
alimentos significa que isso só vai piorar. A OMS apoia os esforços dos países para melhorar os
sistemas alimentares, tributando alimentos não saudáveis, subsidiando protegendo as crianças de
marketing prejudicial e garantindo rótulos nutricionais claros".

A principal consequência da pobreza é a fome, desnutrição e a mortalidade principalmente em


crianças menores de 5 anos, o baixo rendimento escolar, precárias condições de moradia,
dificuldade no acesso a saúde, desemprego, deficiência alimentar, comprometimento no
desenvolvimento físico e mental das pessoas afetadas. (LIMA et al., 2010).

A saúde mental, educação, desemprego e moradia inadequada estão associados à pobreza e,


portanto está associado à desnutrição. Uma das alterações mais graves da desnutrição e na
maioria das vezes irreversíveis são as alterações do Sistema Nervoso Central (SNC). A
deficiência no sistema imunológico oriundo da desnutrição aumenta o risco de diversas doenças,
a desnutrição interfere negativamente no coeficiente da inteligência, habilidades verbais,
memória e desenvolvimento motor. (CALDAS; GIACHETI;
15

Quando a deficiência de nutrientes ocorre em mulheres grávidas, o bebê nasce na maioria das
vezes com baixo peso que é responsável por metade dos 19 óbitos de crianças até 5 anos e por
doenças graves na infância. (BATISTA FILHO, 2010).

Mediação da Pobreza

Apesar de a pobreza mais severa se encontrar nos países subdesenvolvidos, esta existe em todas
as regiões. Nos países desenvolvidos, manifesta-se nas existências de sem-abrigo e de subúrbios
pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição colectiva de pessoas pobres, grupos e
mesmo de nações. Para evitar este estigma, essas nações são chamadas normalmente países em
desenvolvimento.

A pobreza pode ser absoluta ou relativa. A pobreza absoluta refere-se a um nível que é
consistente ao longo do tempo e entre países. Um exemplo de um indicador de pobreza absoluta
é a percentagem de pessoas com uma ingestão diária de  inferior ao mínimo necessário
(aproximadamente 2 000/2 500 quilo calorias).

Pobreza Absoluta

Pobreza absoluta refere-se a uma medida de pobreza em que as pessoas estão abaixo de um
limite mínimo de recursos estabelecido, com base em critérios uniformes.

A pobreza absoluta, neste sentido, estabelece critérios uniformes para designar aquelas pessoas
que se encontram em situação de pobreza e que podem ser objetivamente quantificáveis. Assim,
a pobreza absoluta estabelece um critério baseado em uma renda mínima, que (com base em
estimativas) permite que o indivíduo ou família tenha uma vida digna, bem como o acesso aos
serviços mais básicos. Dessa forma, qualquer pessoa que esteja abaixo da renda mínima é
considerada uma pessoa em situação de pobreza.

Tal como acontece com outras medições, existem críticas ao conceito. A forma de medir a
pobreza de maneira uniforme para todo o planeta oferece uma visão que não se ajusta à
realidade.

Para isso, a pobreza absoluta tende a se alternar, em sua medição, com a pobreza relativa.
16

Críticas ao conceito de pobreza absoluta

A pobreza absoluta é uma medida de pobreza muito mais confiável do que a pobreza relativa.
Pois bem, este, ao contrário do relativo, toma como critério base de medição uma série de
recursos básicos que permitem uma vida digna.

Do mesmo modo, suponha que vivemos numa cidade em que todos os cidadãos têm níveis de
rendimento superiores a um milhão de meticais, restando uma série de pessoas que, pelo seu
trabalho, recebem um salário de meio milhão. Neste sentido, se todos tivessem um rendimento
anual de um milhão de meticais e este outro meio milhão, haveria pobreza relativa em quem
recebe meio milhão de euros; apesar de, na prática, não haver pobres no território.

Assim, a diferença reside principalmente nisso. Pois bem, como mostram os dois exemplos
apresentados, a pobreza relativa quantifica a pobreza, tendo em conta o contexto em que ocorre a
referida medição. Ao contrário da pobreza absoluta, inclui a pobreza que, como o próprio nome
indica, é pobreza em relação ao nível de rendimento que recebem no território. No entanto, não
entende valores e objetividade.

A situação de pobreza absoluta segundo a Organização das Nações Unidas é a privação severa de
necessidades humanas básicas tais como comida, água tratada, saúde, informação e abrigo,
dependendo não da renda mas do acesso aos serviços públicos.

A pobreza absoluta divide-se em: pobreza primária, quando o rendimento permite apenas a
manutenção, ainda que ao mais baixo nível; e pobreza secundária, ocorre quando o rendimento é
suficiente para satisfazer as necessidades básicas, mas devido a má administração dos
rendimentos, estas não são satisfeitas.

Segundo a Declaração das Nações Unidas emitido na Cimeira Mundial sobre o


Desenvolvimento Social, em Copenhaga, em 1995, a pobreza absoluta é "uma condição
caracterizada por uma grave privação de necessidades humanas básicas, como alimentos, água
potável, instalações sanitárias, saúde, residência, educação e informação. Isto depende não só do
rendimento, mas também do acesso aos serviços".

Qualquer pessoa que estivesse abaixo desses recursos, com base em medição absoluta, estaria em
situação de pobreza.
17

Diferença entre Pobreza Absoluta e Pobreza Relativa

Assim, a pobreza absoluta nasce com o objectivo de amenizar um problema que apresenta
pobreza relativa. Enquanto a pobreza absoluta usa critérios que fixam um certo nível de acesso
aos recursos como fronteira entre pobreza e não pobreza, a pobreza relativa a estabelece, como o
próprio nome indica, a partir de um limiar que é considerado pela análise local. Ou seja, um
limite que é calculado com base nos níveis de renda que são produzidos no território.

Desta forma, a pobreza relativa usa um tipo diferente de medição que não necessariamente está
de acordo com a realidade. Neste contexto, imaginemos uma pobreza relativa num local onde
todos os cidadãos têm um salário de 3 a 4 mil meticais, / mês. De acordo com o sistema usado
para medir a pobreza relativa, tal pobreza seria inexistente. E, como todos têm o mesmo nível de
renda, não existem pessoas relativamente mais pobres do que outras.
18

Conclusão
A pobreza é a principal causa da fome e da desnutrição os produtores agrícolas pobres não
apresentam uma estabilidade produtiva dos produtos de boa qualidade e quantidade capazes de
usarem para a própria alimentação por longo prazo, e estão desprovidos de recursos para a
compra de alimento ou mesmo uma residência. Assim sendo, a pobreza pode ser absoluta ou
relativa. A pobreza absoluta refere-se a um nível que é consistente ao longo do tempo e entre
países. Um exemplo de um indicador de pobreza absoluta é a percentagem de pessoas com uma
ingestão diária de  inferior ao mínimo necessário.

Contudo podemos minimizar a fome com o Investimentos na produção (pesquisa e tecnologia);


Melhorar o acesso e a distribuição de alimento, formação de estuques de alimentos, reeducação
alimentar e diminuição do desperdício.
19

Referências bibliográficas
Brandão Joana& Santos Mário & Morisso& APOLINÁRIO 2011) Índice Global da fome.

Global Hunger Index. Global Hunger Index Scores by 2021 GHI Rank.

FAO. The State of food security and Nutrition in the world 2021: Transforming food systems of
food security, improved nutrition and affordable healthy diets of all. Rome, Italy: FAO, 2021.

Elias Meirelles Reis, Oficial de Comunicação UNICEF.

WELTHUNGERILFE. Hunger: facts and figures. Welthungerilfe, 29 abr.2022.

Inquérito ao orçamento Familiar – IOF 201415.

Você também pode gostar