Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REVISTA TRAVESSIA
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que, em
2022, a fome, em alguma medida, acometeu entre 691 e 783 milhões de pessoas no mundo, o que
representa um aumento de pelo menos 15% em relação ao que se observava em 2019, quando os
efeitos da pandemia de Covid-19 ainda não incidiam no mundo1. A situação é particularmente
preocupante em regiões como a América Latina e o Caribe, onde 267,7 milhões de pessoas se
encontram em situação de insegurança alimentar, no mínimo, moderada 2. Só no Brasil, o número
chegaria a 125,2 milhões, sendo mais de um quarto especificamente nos níveis mais graves 3. Em um
contexto não só de emergência sanitária, mas também de instabilidade política e econômica e de
aprofundamento do desmonte de políticas públicas voltadas à segurança alimentar, o país voltou a
integrar o “Mapa da Fome” das Nações Unidas, poucos anos após dele ter conseguido sair.
Entre os grupos mais comumente vulneráveis nesse cenário estão os migrantes (internos e
internacionais) e refugiados. Além da escassez de comida propriamente dita, restrições físicas e
econômicas ao acesso constante a alimentos diversificados e em quantidade suficiente e a uma dieta
devidamente nutritiva, causadas ou exacerbadas por fatores como conflitos armados, disputas por
terras produtivas, catástrofes naturais e mudanças climáticas, podem afligir essas pessoas seja na
origem, no transcurso ou no final de seu deslocamento. As consequências geradas para sua saúde e
para a subsistência de suas famílias (entre outros âmbitos de suas vidas) demandam, por sua vez, o
desenvolvimento de políticas públicas e práticas na sociedade civil que levem em conta as
especificidades de se experimentar a insegurança alimentar na condição de migrante, inclusive
quando se pensa na prevenção de quadros como o de desnutrição.
Este dossiê, portanto, surge da necessidade premente de se discutir a relação entre
insegurança alimentar e migrações, diante da persistência de notáveis lacunas no âmbito do debate
acadêmico sobre o tema em suas dimensões teórica, empírica e metodológica. Entendemos que o
debate que ora se busca promover tem o potencial de embasar a formulação de políticas públicas e
demais iniciativas voltadas a finalidades como a erradicação da fome e o acesso a uma alimentação
nutritiva e adequada por parte de populações migrantes. Por isso, estipulamos uma ampla variedade
de linhas de pesquisa sobre o tema com as quais os trabalhos a serem submetidos podem dialogar,
nomeadamente:
1. Agricultura e migração: O impacto do agronegócio sobre a migração e a segurança alimentar /
Agroecologia, Agricultura Familiar e Migração pela perspectiva do enfrentamento à insegurança
alimentar / Boas práticas e experiências de migrantes na superação da Insegurança Alimentar.
1
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. The State of Food Security and Nutrition in the World
2023: urbanization, agrifood systems transformation and healthy diets across the rural–urban continuum. Roma:
Food and Agriculture Organization (FAO), 2023.
2
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. Panorama regional de la seguridad alimentaria y
nutricional - América Latina y el Caribe 2022: hacia una mejor asequibilidad de las dietas saludables.
Santiago de Chile, 2023.
3
II VIGISAN: Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no
Brasil. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert: Rede PENSSAN, 2022.
2. Saúde: Estudos de caso sobre nutrição e desnutrição na população migrante.
3. Padrão de consumo e Insegurança alimentar: A insegurança alimentar baseada na
indisponibilidade específica de alimentos que fazem parte da cesta de produtos de consumo habitual,
seja por questões religiosas, culturais, políticas etc.
4. Educação: Experiências com migrantes sobre preparo e reaproveitamento de alimentos
disponíveis no local de chegada sob ótica da Segurança Alimentar.
5. Fontes de dados e Políticas Públicas: Dados, indicadores, monitoramento e avaliação de políticas
públicas para migração e segurança alimentar / Programas de atendimento à saúde de migrantes para
prevenção a desnutrição / Plano Municipal de Políticas para Imigrantes e Segurança Alimentar:
possibilidades e limitações.
6. Questões ambientais e comprometimento da produção de alimentos: Mudanças climáticas,
degradação do solo, desastres naturais e grandes empreendimentos (como hidrelétricas) e seus
impactos na alimentação das populações migrantes.
7. Fome e trabalho em condição análoga à de escravo: Fome como fator de vulnerabilidade para o
aliciamento de migrantes / Fome como um fator de exploração no local de destino.
8. Perspectivas a partir dos locais de origem e trânsito: Eventos que comprometem a produção e
distribuição de alimentos como fatores de expulsão populacional / A fome de quem fica: situação de
insegurança alimentar da família no local de origem do migrante.
1. Submissões
As contribuições devem ser submetidas necessariamente por dois meios.
Primeiro: envio através do site da Revista Travessia, no link abaixo:
https://revistatravessia.com.br/travessia/about/submissions
* Importante: No espaço “mensagem”, o autor deverá indicar que o seu trabalho é para o Dossiê
Insegurança Alimentar e Migrações.
E depois: envio direto para os organizadores através do e-mail dossietravessia@missaonspaz.org
Organizadores
Poliana T. da Fonsêca (Doutoranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana
da Universidade de São Paulo - PPGH/USP; Membra do Grupo de Trabalho do Centro de Estudos Migratórios
e Laboratório de Geografia Urbana da Universidade de São Paulo - GT CEM-LABUR)
Isabela F. Davies (Especialista em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Paraná - UFPR,
Membra do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade de São Paulo e do Comitê
Técnico-Científico do Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional - obSANPA)
Paulo Mortari A. C. (Doutorando em Demografia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Campinas – IFCH/UNICAMP; Membro do Observatório das Migrações em São
Paulo – Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó”, NEPO/UNICAMP)
CONVOCATORIA ABIERTA: DOSSIER INSEGURIDAD ALIMENTARIA Y
MIGRACIONES – REVISTA TRAVESSIA
1. Envíos
Las contribuciones deben enviarse necesariamente por dos medios.
Primero: envío a través del sitio electrónico de la Revista Travessia, en el enlace a continuación:
https://revistatravessia.com.br/travessia/about/submissions
* Importante: En el campo “mensaje”, debe indicar el autor que su manuscrito se dirige al
Dossier Inseguridad Alimentaria y Migraciones.
Y después: envío directo a los organizadores a través de la dirección de correo electrónico
dossietravessia@missaonspaz.org
Organizadores
Poliana T. da Fonsêca (Doctoranda en Geografía por el Programa de Pós-Graduação em Geografia
Humana da Universidade de São Paulo - PPGH/USP; Miembro del Grupo de Trabalho do Centro de Estudos
Migratórios e Laboratório de Geografia Urbana da Universidade de São Paulo - GT CEM-LABUR)
Isabela F. Davies (Especialista en Relaciones Internacionales por la Universidade Federal do Paraná -
UFPR, Miembro del Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional da cidade de São Paulo y del
Comité Técnico-Científico do Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional - obSANPA)
Paulo Mortari A. C. (Doctorando en Demografía por el Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Campinas – IFCH/UNICAMP; Miembro del Observatório das Migrações em São
Paulo – Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó”, NEPO/UNICAMP)
DOSSIER SULLA INSICUREZZA ALIMENTARE E MIGRAZIONE – REVISTA
TRAVESSIA.
Membri Organizzatori:
Poliana T. da Fonsêca (Dottoranda in Geografia presso il rograma de Pós-Graduação em Geografia
Humana da Universidade de São Paulo - PPGH/USP; Membro del Grupo de Trabalho do Centro de Estudos
Migratórios e Laboratório de Geografia Urbana da Universidade de São Paulo - GT CEM-LABUR)
Isabela F. Davies (Specialista in Relazioni Internazionali dell’Universidade Federal do Paraná-UFPR.
Membro del Consiglio Municipale per la Sicurezza Alimentare di São Paulo. Membro del Comitato tecnico-
scientifico dell’Osservatorio per la Sicurezza Alimentare e Nutrizionale – obSANPA).
Paulo Mortari A. C. (Dottorando in Demografia presso Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
Universidade Estadual de Campinas – IFCH/UNICAMP; Membro dell’Osservatorio sulla Migrazione di São
Paulo – Nucleo di Studio sulla popolazione “Elza Berquió”, NEPO/UNICAMP)
CALL FOR PAPER: DOSSIER ON FOOD INSECURITY AND MIGRATION - REVISTA
TRAVESSIA
Revista Travessia, a publication of the Center for Migration Studies - CEM/SP, invites contributors
to submit articles for the Dossier on Food Security in the Context of Migration to be published in
Revista Travessia in 2024.
Deadline for submissions: December 31, 2023
The Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) estimates that, in 2022,
hunger affected between 691 and 783 million people in the world, which represents an increase of at
least 15% compared to 2019, when the effects of the Covid-19 pandemic were not yet affecting the
world7. The situation is particularly worrying in regions such as Latin America and the Caribbean,
where 267.7 million people are at least moderately food insecure8. In Brazil alone, the figure would
reach 125.2 million, with more than a quarter specifically at the most severe levels9. In a context not
only of a health emergency, but also of political and economic instability and the deepening
dismantling of public policies aimed at food security, the country has once again joined the United
Nations "Hunger Map", just a few years after having managed to leave it.
Among the most vulnerable groups in this scenario are migrants (internal and international)
and refugees. In addition to food shortages per se, physical and economic restrictions on constant
access to diverse and sufficient food and a properly nutritious diet, caused or exacerbated by factors
such as armed conflicts, disputes over productive land, natural disasters and climate change, can
afflict these people whether at the origin, during or at the end of their displacement. The
consequences for their health and the subsistence of their families (among other areas of their lives)
require the development of public policies and practices in civil society that take into account the
specificities of experiencing food insecurity as a migrant, including when thinking about preventing
conditions such as malnutrition.
This dossier, therefore, arises from the urgent need to discuss the relationship between food
insecurity and migration, given the persistence of notable gaps in the academic debate on the subject
in its theoretical, empirical and methodological dimensions. We believe that the debate we are
promoting here has the potential to support the formulation of public policies and other initiatives
aimed at eradicating hunger and providing migrant populations with access to nutritious and adequate
food. For this reason, we have stipulated a wide variety of lines of research on the subject with which
the papers to be submitted can dialog, namely:
1. Agriculture and migration: The impact of agribusiness on migration and food security /
Agroecology, Family Farming and Migration from the perspective of tackling food insecurity / Good
practices and experiences of migrants in overcoming Food Insecurity.
2. Health: Case studies on nutrition and malnutrition in the migrant population.
7
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. The State of Food Security and Nutrition in the World
2023: urbanization, agrifood systems transformation and healthy diets across the rural–urban continuum. Roma:
Food and Agriculture Organization (FAO), 2023.
8
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. Panorama regional de la seguridad alimentaria y
nutricional - América Latina y el Caribe 2022: hacia una mejor asequibilidad de las dietas saludables.
Santiago de Chile, 2023.
9
II VIGISAN: Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no
Brasil. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert: Rede PENSSAN, 2022.
3. Consumption patterns and food insecurity: Food insecurity based on the specific unavailability
of foods that are part of the usual consumption basket, whether for religious, cultural or political
reasons, etc.
4. Education: Experiences with migrants on preparing and reusing food available in the place of
arrival from the perspective of Food Security.
5. Data sources and public policies: Data, indicators, monitoring and evaluation of public policies
for migration and food security / Health care programs for migrants to prevent malnutrition /
Municipal Policy Plan for Immigrants and Food Security: possibilities and limitations.
6. Environmental issues and compromised food production: Climate change, soil degradation,
natural disasters and large projects (such as hydroelectric dams) and their impacts on the food of
migrant populations.
7. Hunger and work in conditions analogous to slavery: Hunger as a vulnerability factor for the
recruitment of migrants / Hunger as a factor of exploitation in the place of destination.
8. Perspectives from places of origin and transit: Events that jeopardize food production and
distribution as factors in population expulsion / The hunger of those who stay: the family's food
insecurity situation in the migrant's place of origin.
1.Submission of Contributions
Contributions should be submitted by two modes.
First:Submissions will be made through the Revista Travessia website, via the following link:
https://revistatravessia.com.br/travessia/about/submissions
Important Note: In the "Message" field, it is requested that the author explicitly indicate that their
work is intended for the Food Security and Migration Dossier.
Second:Submissions should also be sent directly to the organizers via email to:
dossietravessia@missaonspaz.org
Articles written in Portuguese, English, Spanish, Italian, French and German will be accepted.
Organizers
Poliana T. da Fonsêca (PhD student in Geography at the Graduate Program in Human Geography at the
University of São Paulo - PPGH/USP; Member of the Working Group of the Center for Migration Studies and
Urban Geography Laboratory at the University of São Paulo - GT CEM-LABUR)
Isabela F. Davies (Specialist in International Relations from the Federal University of Paraná - UFPR,
Member of the São Paulo Municipal Food Security Council and of the Techinal-scientific Committee of the
Food and Nutritional Security Observatory - obSANPA)
Paulo Mortari A. C. (PhD student in Demography at the Institute of Philosophy and Human Sciences of the
State University of Campinas - IFCH/UNICAMP; Member of the Observatory of Migration in São Paulo -
Center for Population Studies "Elza Berquó", NEPO/UNICAMP)
APPEL À CONTRIBUTIONS: DOSSIER SUR L’INSÉCURITÉ ALIMENTAIRE ET LA
MIGRATION – REVISTA TRAVESSIA.
Revista Travessia, une publication du Centro de Estudos Migratórios – CEM/SP, invite les
collaborateurs à soumettre des articles sur la sécurité alimentaire dans le contexte des mouvements
migratoires. Ce Dossier sera intégré au numéro de Revista Travessia prévu pour l’année 2024.
Date limite de soumission: 31 décembre 2023.
L’Organisation des Nations Unies pour l’Alimentation et l’Agriculture (FAO) a estimé qu’en 2022,
la faim a touché, dans une certaine mesure, entre 691 et 783 millions de personnes à travers le
monde. Cette estimation reflète une augmentation d’au moins 15% par rapport à ce qui était observé
en 2019, avant que les effets de la pandémie de COVID- 19 ne se fassent ressentir à l’échelle
mondiale.10 Cette situation est particulièrement préoccupante dans des régions telles que l’Amérique
Latine et les Caraïbes, où environ 267,7 millions de personnes font face à une insécurité alimentaire,
au moins à un degré modéré.11 Au Brésil, ce chiffre s’élève à 125,2 millions, dont plis d’un quart se
trouvent spécifiquement aux niveaux les plus sévères.12 Dans un contexte marqué non seulement par
les urgences sanitaires, mais également d’instabilité politique et économique, ainsi qu’une réduction
des mesures de politique publique visant à assurer la sécurité alimentaire. Le pays a réintégré la
« Carte de la faim » établie par les Nations Unies, quelques années après avoir réussi à sortir.
Parmi les groupes les plus vulnérables au sein de ce contexte se trouvent les migrants (qu’ils soient
nationaux ou internationaux) ainsi que les réfugiés. Outre la pénurie alimentaire en elle-même, les
restrictions physiques et économiques entravant l’accès constant à une alimentation adéquate, variée
et nutritive, engendrées ou amplifiées par des facteurs tels que les conflits armés, les contentieux liés
aux terres productives, les catastrophes naturelles et les effets du changement climatique, peuvent
impacter ces individus à divers stades de leur déplacement : que ce soit avant, pendant ou à l’issue de
leur déplacement. Les conséquences générées pour leur santé et pour la subsistance de leurs familles
(parmi d’autres aspects de leur vie), nécessitent, à leur tour, le développement de politiques publiques
et de mesures pratiques au sein de la société civile prenant en compte les spécificités de l’expérience
d’insécurité alimentaire dans la condition migratoire. Ceci s’applique également à la prévention de
situations telles que la malnutrition.
Ce dossier découle donc de l’impérieuse nécessité de discuter de la relation entre insécurité
alimentaire et la migration, en raison de la persistance de lacunes notables dans le débat académique
sur ce sujet, tant au niveau de ses aspects théoriques, empiriques que méthodologiques. Nous sommes
conscients que le débat que nous cherchons à promouvoir possède le potentiel de soutenir
l’élaboration de politiques publiques et d’autres initiatives visant des objectifs tels que l’éradication
de la faim et la garantie d’un accès à une alimentation nutritive et appropriée pour les populations
migrantes. Par conséquent, nous énonçons une grande diversité d’axes de recherche liés à ce sujet,
avec lesquels les travaux à soumettre pourraient entrer en dialogue. Ces axes comprennent:
10
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. The State of Food Security and Nutrition in the World
2023: urbanization, agrifood systems transformation and healthy diets across the rural–urban continuum. Roma:
Food and Agriculture Organization (FAO), 2023.
11
Food and Agriculture Organization (FAO), et al. Panorama regional de la seguridad alimentaria y
nutricional - América Latina y el Caribe 2022: hacia una mejor asequibilidad de las dietas saludables.
Santiago de Chile, 2023.
12
II VIGISAN: Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no
Brasil. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert: Rede PENSSAN, 2022.
1. Agriculture et Migration: L’impact de l’agro-industrie sur la migration et la sécurité alimentaire /
Agroécologie, agriculture familiale et migration dans une perspective de lutte contre l’insécurité
alimentaire / Bonnes pratiques et expériences des migrants pour surmonter l’insécurité alimentaire.
2. Santé: Études de cas sur la nutrition et la malnutrition dans la population migrante.
3. Modes de consommation et insécurité alimentaire: l’insécurité alimentaire résultant de
l’indisponibilité spécifique d’aliments faisant partie du panier de produits de consommation courante,
que ce soit pour des motifs religieux, culturels, politiques, etc.
4. Éducation: Expériences des migrants dans la préparation et la réutilisation des aliments disponibles
au lieu d’arrivée, du point de vue de la sécurité alimentaire.
5. Sources de données et politiques publiques: Données, indicateurs, suivi et évaluation des politiques
publiques pour la migration et la sécurité alimentaire / Programmes de soins de santé pour les
migrants en vue de la prévention de la malnutrition / Plan communal de politiques pour les
immigrants et la sécurité alimentaire : opportunités et limites.
6. Problèmes environnementaux et production alimentaire précaire: Changement climatique,
dégradation des sols, catastrophes naturelles et grands projets (tels que les barrages hydroélectriques)
et leur impact sur le régime alimentaire des populations migrantes.
7. La faim et le travail dans des conditions analogues à l’esclavage: La faim comme facteur de
vulnérabilité pour attirer les migrants / La faim comme vecteur d'exploitation à destination.
8. Perspectives depuis les lieux d'origine et de transit: Les événements qui compromettent la
production et la distribution alimentaire en tant que facteurs d'expulsion de la population / La faim de
ceux qui restent: situation d'insécurité alimentaire de la famille dans le lieu d'origine du migrant.
1.Soumission
Les contributions doivent nécessairement être soumises par do par deux moyens:
Premièrement: Soumission via le site web de Revista Travessia en utilisant le lien ci-dessous:
https://revistatravessia.com.br/travessia/about/submissions .
Important: Dans l'espace « message », l'auteur doit indiquer que son travail est pour le dossier
Sécurité inalimentaire et migrations.
Et ensuite: Envoyez-le directement aux organisateurs par mail: dossietravessia@missaonspaz.org .
Les articles en portugais, anglais, espagnol, italien, français et allemand seront acceptés.
Les organisateurs