Por: Justa Jorge - Estudante do Curso de Engenharia em Desenvolvimento Rural
Tópicos da Apresentação 1. Introdução. 1.1. Objectivos. 2. Conceito de Políticas Agrárias. 3.Contextualização das Mudanças na Agricultura de Moçambique. 3.1. Período pró-independência. 3.2. Mudanças no Sector Agrário. 4. Conclusão. 1. Introdução Em Moçambique, a agricultura desempenha um papel preponderante na economia, tanto como fonte de emprego da maioria da sua população assim como fonte de receitas do governo através de exportação de produtos agrários. O Desenvolvimento Agrário tem sido uma prioridade para Moçambique. Com isso, criou-se as políticas agrárias para que incrementem a visão política na agricultura para o alcance dos objectivos e o melhoramento da sustentabilidade da vida da população. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo Geral
➢ Conhecer as Políticas Agrárias e as Mudanças na
Agricultura de Moçambique. 1.1.2. Objectivos específicos
➢ Descrever as Políticas Agrárias;
➢ Identificar as mudanças na Agricultura de
Moçambique. 2. Conceito de Políticas Agrárias Políticas agrárias – são conjuntos de acções ou medidas conduzidas pelo sector público, concretizadas através de planos, estratégias e/ou programas, com o objectivo do alcance da transformação estrutural do sector agrário, visando a segurança alimentar, desenvolvimento económico e sustentável e redução da pobreza. Em 1995, o Conselho de Ministros aprovou, através da resolução nº 11/95, de 31 de Outubro, a Política Agrária e as respectivas Estratégias de Implementação. Um documento que se afigura como principal instrumento de orientação em relação às intervenções que devem ser feitas e as formas como tais intervenções devem ser conduzidas nas áreas de Agricultura, Pecuária e Floresta na República de Moçambique. Enquadra-se ainda no programa do Governo, tendo como principal objectivo, a recuperação da produção agrária, que concorre para a auto-suficiência de comercialização de produtos de exportação. Cont. Na Resolução nº 11/95 de 31 de Outubro ressalta que a política agrária enquadra a actividade agrária nos grandes objectivos de desenvolvimento económico do país, visando: ➢ A segurança alimentar; ➢ O desenvolvimento económico sustentável; ➢ A redução de taxas de desemprego; ➢ A reeducação dos níveis de pobreza absoluta. Os objectivos gerais de desenvolvimentos agrários são definidos para: ➢ A transformação da agricultura de subsistência numa agricultura cada vez mais integrada nas funções de produção, distribuição e processamento, tendente a alcançar. ➢ O desenvolvimento de um sector agrário de subsistência, que contribua com excedentes para o mercado. ➢ O desenvolvimento de um sector empresarial eficiente e participativo no desenvolvimento agrário. Cont. O objectivo adoptado a curto prazo e médio é:
➢ Atingir, progressivamente, a auto-suficiência e reserva
alimentar em produtos básicos, o fornecimento de matérias-primas à indústria nacional e contribuir para a melhoria da balança de pagamentos. 3. Mudanças na Agricultura de Moçambique 3.1. Período pró-independência O sector agrário no período pró-independência possuía dois grandes sectores de produção: o sector camponês, moçambicano e o sector capitalista, constituído maioritariamente por agricultores estrangeiros. Estes sectores possuíam uma estreita funcionalidade entre si e as suas lógicas reprodutivas foram-se adaptando com o desenvolvimento do conjunto da economia, provocando especialmente o aumento da integração da economia camponesa no mercado e o desenvolvimento do capital agrário. A ambição de desenvolvimento do Sector Agrário é a transformação agrária acelerada e sustentável. Esta transformação agrária é necessária para permitir que todas as famílias Moçambicanas possam atender melhor seus desejos de prosperidade e segurança económica, seja continuando a buscar meios de subsistência baseados no Sector Agrário ou através do envolvimento em outros sectores da economia (sectores não agrários). Cont. 3.2. Mudanças no Sector Agrário
A transformação do Sector Agrário e os sistemas alimentares
impulsionado pelo Governo de Moçambique (GdM) é em parceria com o sector privado e os actores não estatais. Visa incrementar para o alcance dos objectivos, a segurança alimentar e nutricional (SAN) e consequentemente a fome zero para criar um caminho sustentável para uma indústria agro-alimentar moderna e inclusiva durante a vigência do PEDSA II.
Este Plano Estratégico é desenhado tendo como a base da transformação
agrária a promoção do investimento público para melhorar as infra- estruturas e serviços públicos, bem como estimular a investigação e inovação de acções colaborativas para criar oportunidades de investimento privado nos diferentes elos da cadeia de valor agrária. Cont. O Programa SUSTENTA constitui um programa que segue este tipo de orientação, procurando gerar uma dinâmica de desenvolvimento agrário integrado que contribua para a melhoria da qualidade de vida no meio rural, assegurando a segurança alimentar e a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. O SUSTENTA foi aprovado em Junho de 2016 e iniciou a sua concretização em Fevereiro de 2017 em alguns distritos de Nampula e da Zambézia. Em Agosto de 2019, o Governo procedeu ao lançamento da Política Nacional de Agricultura Familiar/SUSTENTA e, gradualmente, foi promovendo o seu alargamento a outras províncias A concepção do SUSTENTA assenta na selecção de determinado número de Pequenos Agricultores Comerciais Emergentes (PACE), com machambas de dimensão média de até 50 hectares, aos quais são concedidos diversos tipos de apoio, assumindo estes o compromisso de alargar a promoção do progresso técnico e a inserção no mercado dos Pequenos Agricultores (PA) da sua zona de influência. Estes, na sua maioria, trabalham machambas de entre 0,5 e 2 hectares. O objectivo traçado é que cada PACE intervenha junto de cerca de 200 Pequenos Agricultores. 4. Conclusão As políticas Agrárias foram traçados em diversas áreas de especialidade ou subsectores, que procuraram delimitar os mecanismos ou acções dos actores intervenientes. Para que haja o sucesso das iniciativas de promoção do desenvolvimento da agricultura deve aplicar as políticas que delimitam as áreas sustentáveis no sector agrário.
Com tudo, para a transformação considerável aos objectivos na agricultura,
o governo tem de centrar as suas intervenções na área de investigação e inovação tecnológica, isto é, produção, disseminação e promoção do uso das tecnologias agrárias, desenvolvimento de infra-estruturas públicas, promoção do acesso ao financiamento e reformas institucionais, criando um ambiente de negócio atractivo para o Sector Agrário. Pela atenção dispensada, muito obrigada.