Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OBJETIVOS
PRINCÍPIOS
-Unicidade do Mercado
● Criação de uma organização comum de mercado (OCM) para a livre circulação de
produtos agrícolas entre os Estados-membros;
-Preferência comunitária
● Preferência pelos produtos agrícolas da UE, que são colocados no mercado a
preços mais competitivos do que os importados a países terceiros, protegendo o
mercado interno da concorrência;
-Solidariedade financeira
● Custos da aplicação da PAC suportados pelo orçamento comunitário.
Negativos
● Criação de excedentes agrícolas (desajustamento oferta/procura):
● Dificuldade de escoamento dos produtos
● Custos avultados de armazenamento dos excedentes
● Problemas ambientais pelo uso excessivo de agroquímicos para aumentar a
produção;
● Elevado peso da PAC no orçamento comunitário
● Tensão entre os principais exportadores mundiais decorrente das medidas
protecionistas e dos subsídios à exportação, que distorciam os preços.
Estes problemas conduziram à primeira reforma do modelo da PAC, em 1992, e, a partir daí
até à atualidade, a PAC foi-se reinventando, através de sucessivas reformas. Os objetivos
iniciais foram alargados e passaram a incluir objetivos sociais, ambientais, climáticos e
territoriais, correspondendo assim aos desafios ditados pelos vários alargamentos da UE e
às novas exigências da sociedade. As alterações introduzidas pelas várias reformas deram
origem a três fases principais na história da PAC:
1964
Fundação da PAC
Criação de uma política comum para tornar a Europa autossuficiente, fornecer alimentos a
preços acessíveis aos cidadãos da CEE e um nível de vida justo aos agricultores.
Medidas
Preços garantidos; ajudas diretas à produção; apoios ao investimento e modernização
agrícolas; direitos aduaneiros de importação; restituições às exportações.
Impactes
Desajustamento entre a oferta e a procura, que originou uma crise de superprodução.
1984
Medidas de gestão da oferta
Aproximação dos níveis de produção às necessidades do mercado.
1988
Novo pacote de medidas
Contenção da despesa da PAC e redução da produção.
1994
Reforma da PAC
Alteração profunda do modelo da PAC para responder aos seguintes objetivos: ajustar a
produção à procura; baixar os preços junto do consumidor; conter as despesas da PAC;
proteger o ambiente e apoiar a agricultura familiar.
1999
Reforma da PAC "Agenda 2000"
Consolidação do desenvolvimento rural como o 2.° pilar da PAC. Aposta na
multifuncionalidade da agricultura e no seu papel económico, ambiental, social e territorial.
Uma política mais centrada no ambiente, na qualidade dos alimentos e na vitalidade dos
espaços rurais.
Prioridades
● Segurança alimentar e bem-estar animal.
● Agricultura sustentável /preservação ambiental.
● Desenvolvimento rural – novo pilar da PAC.
2003
Reforma da PAC
Alteração da política de apoios da UE ao setor agrícola.
2013
Reforma da PAC
Aprofundamento dos desafios ligados à segurança alimentar, ao ambiente e alterações
climáticas e ao equilíbrio territorial.
Desafios
● Económicos.
● Ambientais.
● Territoriais.
Objetivos
● Competitividade reforçada.
● Sustentabilidade melhorada.
● Maior eficácia.
2021
Reforma da PAC
A nova reforma, que vigorará entre 2023-2027, visa uma PAC mais justa, mais ecológica,
mais respeitadora dos animais, mais flexível e mais assente no desempenho.
Medidas
● Maior ênfase na dimensão social - princípio da condicionalidade social;
Incentivos
● o Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA), que presta apoio direto aos
agricultores e financia medidas de mercado;
● o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), que financia o
desenvolvimento rural.
Progressos
Obstáculos
Recuos
A nova reforma da PAC para o período 2023-2027 anuncia uma PAC mais justa, flexível,
mais ecológica e mais assente no desempenho. Para tal, existem nove objetivos
fundamentais, que orbitam em torno de um objetivo comum, o conhecimento e a inovação.
Centram-se em metas sociais, ambientais, económicas e territoriais, privilegiando uma
abordagem cada vez mais multidimensional
Enfoque no desempenho
● Avaliação anual do desempenho dos planos estratégicos nacionais;
● Atribuição de apoios em função da adoção de práticas ambientalmente sustentáveis.
Compromisso com os direitos sociais e laborais - condicionalidade social
● Os beneficiários terão de respeitar os princípios do direito social e laboral europeu
para receberem fundos da PAC.
Como operacionalizar?
● Melhoria das infraestruturas agrícolas e reorganização da estrutura fundiária;
● Aposta na inovação e digitalização da agricultura - agricultura 4.0;
● Promoção dos produtos agrícolas portugueses (qualidade, certificação,
diferenciação);
● Maior investimento na investigação científica e inovação tecnológica ligado à
agroindústria;
● Maior cooperação das empresas do setor (economias de escala, exportação).
Benefícios
● Adaptação às alterações climáticas;
● Aumento da produtividade e rendimento agrícolas;
● Maior competitividade e sustentabilidade do setor;
● Equilíbrio da balança agroalimentar portuguesa;
● Adequação às novas exigências do mercado: qualidade, segurança alimentar
e sustentabilidade;
● Criação de emprego e fixação de pessoas ao território;
● Agregação de volume, valor e capacidade negocial das pequenas e médias
empresas agrícolas e agroindustriais.
Como operacionalizar?
● Promoção e divulgação dos produtos locais (feiras, mostras gastronómicas);
● Diversificação dos canais de comercialização: mercados locais, internet, etc.;
● Aposta na comercialização em circuitos curtos - criação de mercados de
proximidade;
● Cooperação entre produtores para otimizar o transporte, a distribuição e a
entrega dos bens;
● Maior aposta nos produtos agrícolas nacionais pelas grandes cadeias de
distribuição.
Benefícios
● Pagamento mais justo pelos produtos, aumentando o rendimento dos
pequenos produtores;
● Criação/manutenção do emprego nas áreas rurais;
● Preservação dos sistemas de cultivo tradicionais, da agricultura familiar e dos
recursos e produtos locais;
● Dinamização da economia local, da produção biológica e maior
sustentabilidade ambiental;
● Maior acesso dos pequenos produtores ao mercado;
● Desenvolvimento de atividades económicas a jusante da agricultura (turismo,
gastronomia, artesanato, etc.
Benefícios
● Aumento da capacidade exportadora de produtos biológicos, tornando a
agricultura portuguesa mais competitiva;
● Diminuição dos impactos ambientais associados à atividade agrícola;
● Adaptação às alterações climáticas;
● Gestão mais eficiente dos recursos naturais;
● Proteção da paisagem, dos solos e da biodiversidade;
● Descarbonização do setor agroalimentar.
Como operacionalizar?
● Melhoria do nível de instrução e de formação profissional dos agricultores
(maior inclusão);
● Articulação do setor agroalimentar com as escolas profissionais e entidades
de formação profissional;
● Acesso a novas fontes de financiamento e subsídios para a instalação de
jovens agricultores;
● Apoio à investigação, à inovação e à introdução de novas tecnologias no
setor, com foco na pequena produção e nos jovens agricultores e
empresários rurais.
Benefícios
● Maior literacia e melhor preparação técnica e negocial dos agricultores;
● Modernização e maior competitividade do setor;
● Atração e fixação de pessoas nos meios rurais, sobretudo jovens (aumento
do emprego na agricultura, indústria agroalimentar e atividades conexas),
diminuindo o abandono rural;
● Rejuvenescimento do tecido empresarial agrícola;
● Maior coesão económica, ambiental e social dos territórios rurais.
5. Incentivar o associativismo
Como operacionalizar?
● Aumento da participação dos agricultores em organizações coletivas, como
cooperativas;
● Reforço das relações de cooperação e parceria em todas as fileiras do setor,
desde a produção, à transformação, distribuição e comercialização;
● Criação de novas formas de organizações de produtores, adaptadas à
agricultura familiar e aos agricultores mais jovens;
● Enquadramento legislativo e medidas de apoio à organização associativa dos
produtores.
Benefícios