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COLEGIO ESTADUAL OCIDENTAL

SOPHIA SILVA
ALCIANE MOTA

QUÍMICA
POLÍTICA PÚBLICA QUE REDUZA
A UTILIZAÇÃO DE PLÁSTICOS

CIDADE OCIDENTAL
2022
COLEGIO ESTADUAL OCIDENTAL

O crescente aumento da poluição do meio ambiente pelo plástico indica a necessidade


de uma legislação nacional sobre o tema. A conclusão é de estudo de autoria do
consultor legislativo do Senado Joaquim Maia Neto — Contribuições do Poder
Legislativo no Combate à Poluição Causada por Plástico. De acordo com o consultor,
além de garantir maior proteção ambiental, uma lei nacional traria uma uniformidade
desejável e seria indutora de investimentos na produção de materiais sustentáveis.
O estudo aborda as iniciativas legislativas sobre o tema no âmbito da União, as
dificuldades políticas, técnicas e operacionais ao enfrentamento do desafio de redução
do consumo e da produção de plástico, bem como as experiências internacionais e de
entes federativos brasileiros.
O plástico tem uma grande permanência no ambiente. Sua produção em massa, a partir
da década de 1940, levou a uma quantidade imensa desse material na natureza, visto que
o produto não se degrada, o que facilita o acúmulo de resíduos sólidos e o crescente
aumento de lixo marinho, com graves consequências para a fauna. O lixo acumulado na
praia ou na superfície do mar representa apenas 1% do plástico que é despejado nos
oceanos, porque quase tudo fica concentrado a centenas de metros de profundidade.
A poluição causada pelo plástico compromete a sobrevivência de mais de 800 espécies
marinhas, 15 das quais já se encontram ameaçadas. A cada ano, cerca de 8 milhões de
toneladas de plástico acabam no oceano, o que equivale a um caminhão de lixo cheio
desse produto jogado no mar a cada minuto. De acordo com o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), já contêm plástico entre 60 a 90% da areia que
se acumula nas linhas costeiras, a superfície e o fundo do mar. Os itens mais comuns
são bitucas de cigarro, sacolas e recipientes de alimentos e bebidas.
“O plástico, no ambiente marinho, sofre ações do meio (radiação solar, variação
térmica, diferentes níveis de oxigênio, energia das ondas e presença de fatores
abrasivos, como areia, cascalho ou rocha), fica fragmentado e passa a ter aparência de
alimento para muitos animais, causando-lhes a morte e interferindo no ciclo reprodutivo
de muitas espécies. Uma transição para um novo modelo de consumo, que reduza
significativamente o impacto ambiental dos resíduos gerados, é urgente. Nesse cenário,
o plástico de uso único é um dos grandes vilões da contaminação ambiental,
principalmente das águas, mas é possível produzi-lo agredindo bem menos o meio
ambiente”, observa Joaquim Maia Neto em seu estudo.

O plástico consumido por espécies marinhas também entra na cadeia alimentar humana
através do consumo de peixes. Nos últimos 20 anos, a proliferação de microplásticos,
microesferas e plásticos descartáveis evidenciaram esse problema. A poluição ambiental
também foi agravada pela pandemia do coronavírus, que gerou 52 mil toneladas de
resíduos médicos entre abril de 2020 e março de 2021, de acordo com a Campanha
Mares Limpos, da Organização das Nações Unidas (ONU). Outro dado torna o cenário
mais turvo: uma máscara cirúrgica, dessas comumente usadas para se proteger da covid-
19, leva até 450 anos para se degradar.

Fonte: Agência Senado


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PRODUTOS BIODEGRADÁVEIS

comparada aos produtos tradicionais. Além disso, ele precisa ser absorvido rapidamente
pela Um produto é classificado como biodegradável quando sua decomposição é rápida
natureza, gerando menos impactos ambientais.

Geralmente, o resultado da decomposição desses produtos é a água, o material


biológico e o dióxido de carbono (CO2). Outro ponto a ser considerado para que um
produto seja biodegradável diz respeito à matéria-prima. Ele deve ser, em grande parte,
vindo de produtos biológicos, como resíduos vegetais de cana-de-açúcar, soja e arroz.

Dessa forma, até o processo de produção também passa a ser mais sustentável. Alguns
exemplos de produtos biodegradáveis são o plástico, o detergente, o tecido e os
desengraxantes. Para saber se um produto é biodegradável, leia o rótulo.

Qual a diferença entre um produto biodegradável e um não


biodegradável?
A diferença principal entre esses dois produtos está na sua composição. Os produtos não
biodegradáveis são feitos, geralmente, a partir do petróleo. Isso faz com que haja
liberação de produtos tóxicos ao meio ambiente desde o processo de fabricação até na
decomposição.

Por exemplo, o plástico feito a partir de petróleo pode levar mais de 500 anos para se
decompor. Além disso, há o descarte incorreto, fazendo com que sacolas, garrafas,
canudos e outros materiais cheguem aos rios e oceanos, levando risco à vida dos
animais marinhos.
Muitas ações estão sendo tomadas nos últimos anos para que haja um uso e descarte
consciente dos objetos, principalmente em relação ao plástico. Tanto que em algumas
cidades brasileiras, como no Rio de Janeiro, Santos, Cataguases e até no estado do
Espírito Santo foi proibido por lei a utilização de canudos de plástico nos
estabelecimentos comerciais
Para substituir os canudos e outros objetos de plástico, as pessoas podem usar objetos
feitos de metal, bambu e de resíduos vegetais. O importante é se conscientizar para
evitar que mais plástico seja consumido.

Qual a importância de se utilizar produtos biodegradáveis?


Cada vez mais se fala que devemos proteger e preservar o meio ambiente. Passamos
anos usufruindo da terra, água e ar, e precisamos tratar com cuidado esses recursos
naturais, para que eles permaneçam preservados.
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Afinal, estamos falando da nossa própria casa, do planeta Terra. Por isso, cada vez mais
tem se falado em sustentabilidade, preservação ambiental e diminuição do
desmatamento.

Os produtos biodegradáveis foram criados, justamente, para que haja uma diminuição
da poluição. Então, faça a sua parte e comece a diminuir o consumo de produtos não
biodegradáveis. Além disso, reduza sua produção de lixo.
Isso por ser feito, comprando em mercados a granel, levando sua própria sacola de pano
para o mercado, utilizando copos reutilizáveis, mesmo quando você vai ao bar ou bebe
água na empresa, utilizando produtos de limpeza e de higiene biodegradáveis, entre
outros.
Preservar o meio ambiente é dever de cada pessoa. Assim, contribuímos para que a
fauna, a flora e os recursos naturais mantenham-se preservados.

Iniciativas já implementadas

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida pela Lei 12.305, de


2010, é um marco legal positivo e fundamental para dotar o país de ferramentas
institucionais capazes de promover o controle da poluição causada pelos resíduos
sólidos, em especial quanto ao material plástico, ressalta o estudo de Joaquim Maia
Neto.

Não existe lei específica em nível nacional que trate de restrições ou banimento para
plásticos descartáveis, mas alguns estados e municípios já aprovaram leis ordinárias
nesse sentido no âmbito de sua jurisdição. As primeiras leis que surgiram nos entes
federativos subnacionais tratavam de sacolas plásticas.

Assim, vários municípios têm aprovado leis para restringir o plástico de uso único. Há
leis municipais que restringem o uso de sacolas plásticas em pelo menos 14 capitais:
Aracaju, Belo Horizonte, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Palmas, Porto
Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Luiz, São Paulo, Teresina e Vitória

São Paulo é a cidade que mais avançou na proibição do plástico de uso único. Além da
proibição de sacolas, o município vedou canudos. Também é proibido o fornecimento
de copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos
descartáveis aos clientes de hotéis, restaurantes, bares e padarias, entre outros
estabelecimentos comerciais. Entre os municípios que proibiram os canudos plásticos
descartáveis estão: Rio de Janeiro (RJ), Ilhabela (SP), Santa Maria (RS), Londrina (PR),
Guarapuava (PR), Aracaju (SE), Lauro de Freitas (BA), São Paulo (SP), Porto Velho
(RO), Belém (PA), Fortaleza (CE), Jijoca de Jericoacoara (CE), Rondonópolis (MT),
Corumbá (MS), Cataguases (MG), Cabedelo (PB), Teresina (PI), Balneário Piçarras
(SC) e Araguaína (TO).
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Projetos em discussão
Entre 1995 e 2019 foram apresentados no Congresso Nacional 135 projetos de lei com
o tema “plástico”. Atualmente, na Câmara tramitam 62 propostas apensadas ao Projeto
de Lei (PL) 612/2007, de autoria do deputado Flávio Bezerra (PMDB-CE), que dispõe
sobre o uso de sacolas plásticas biodegradáveis para acondicionamento de produtos e
mercadorias a serem utilizadas nos estabelecimentos comerciais em todo território
nacional. Todos os demais projetos versam sobre banimento ou limitações ao uso e
comercialização de plásticos, com variados graus de restrições e com foco em distintos
produtos e matérias primas. No Senado, tramitam sete projetos com objetivos
semelhantes

O estudo revela que as dificuldades fáticas e técnicas para a implementação de uma


legislação que leve ao banimento ou drástica redução do plástico descartável não
sustentável estão relacionadas com o custo de substituição por uma matéria prima que
ainda é mais cara, e também com o desenvolvimento de tecnologia compatível dos
plásticos biodegradáveis e as diversas aplicações atuais dos polímeros petroquímicos.

“Entendemos que essas dificuldades podem ser superadas inicialmente com um período
de transição razoável, a exemplo do que propõe o PLS 92/2018, e de como ocorre na
maior parte dos países que resolveram enfrentar o problema da poluição por plásticos. O
PLS 92/2018 propõe um período de dez anos para a substituição gradual do plástico
petroquímico pelo biodegradável, com aumento, a cada dois anos, do percentual de
matéria prima biodegradável exigida nos produtos, até que se chegue, ao final do
período, a 100%. Ademais, as diversas iniciativas pelo mundo no mesmo sentido do que
ora discutimos têm gerado um ganho de escala e uma consequente redução de custos,
assim como o rápido avanço tecnológico, ou seja, o cenário aponta para uma
considerável redução das dificuldades nessa seara”, ressalta o estudo.
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CONCLUSÃO

Um dos problemas mais difíceis é a reciclagem, pois sabemos que é muito


difícil ficar sem uma sacolinha de plástico, mas não é impossível, podemos
colocar como meta da redução de plásticos em nossas casas e podemos
começar com coisas bem simples.
Algumas dicas são: canudos de plásticos parecem bobagem, mas canudo é
algo tão superficial e... feito de plástico. Por puro costume, usamos muito
canudo à toa, quando podemos simplesmente comprar um canudo inox ou
virar o copo para saciar a sede.
Sacolas retornáveis nada mais óbvio. Entretanto faz uma diferença enorme
trocar as sacolinhas plásticas pelas de pano!
Descartáveis sempre que possível, opte por não usá-los. Prefira um
guardanapo, no lugar do prato descartável! Ou opte por pratos
biodegradáveis.
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REFERÊNCIAS:
.Senadonoticias\Senado.leg.br
.MetLife\Metlife.com.br

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