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Escola Catarina Tavares

Disciplina: Educação Ambiental


Turma: 7º ano
Professor: Raimundo
Tema: Reciclagem
Reciclagem Um dever básico do cidadão é não jogar lixo nas ruas. No entanto, pessoas de
variadas classes sociais jogam lixo em qualquer lugar, como: parques, praias, córregos, rios, lagos e
outros locais públicos, afetando a qualidade da água e o meio ambiente. Jogar lixo nas ruas pode entupir
bueiros e causar enchentes, além de demonstrar falta de educação. Jogar lixo no chão é ruim para a
imagem de qualquer pessoa. É uma vergonha! O acúmulo de lixo estimula a proliferação de baratas, de
ratos e de doenças. Cidadãos conscientes fazem a sua parte para que a cidade fique limpa e bonita.
Antigamente o lixo era composto principalmente por materiais orgânicos, como restos de
alimentos, que são degradáveis pela ação da natureza. O lixo do homem moderno é composto por
montanhas de embalagens e outros detritos, que demoram para se decompor e prejudicam a natureza.
Tempo de decomposição dos materiais.
O tempo pode variar de acordo com as condições ambientais:
Material Tempo de degradação
Latas de Aço 10 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Cerâmica Indeterminado
Chicletes 5 anos
Cordas de nylon 30 anos
Embalagens Longa Vida Até 100 anos
Embalagens PET Mais de 100 anos
Esponjas Indeterminado
Filtros de cigarros 5 anos
Isopor Indeterminado
Louças Indeterminado
Luvas de borracha Indeterminado
Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos
Papel e papelão Cerca de 6 meses
Plásticos (embalagens, equipamentos) Até 450 anos
Pneus Indeterminado
Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos
Vidros Indeterminado

Coleta Seletiva.
É separar o lixo para que seja enviado para reciclagem. Significa não misturar materiais recicláveis
com o restante do lixo. Ela pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada em comunidades:
condomínios, empresas, escolas, clubes, cidades, etc.
Benefícios da Coleta Seletiva:
• Menor redução de florestas nativas.
• Reduz a extração dos recursos naturais.
• Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
• Economiza energia e água.
• Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
• Conserva o solo.
• Diminui o lixo nos aterros e lixões.
• Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
• Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias.
• Diminui o desperdício.
• Melhora a limpeza e higiene da cidade.
• Previne enchentes.
• Diminui os gastos com a limpeza urbana.
• Cria oportunidade de fortalecer cooperativas.
• Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
Materiais recicláveis.
Abaixo veremos alguns exemplos de materiais que podem e que não podem ser reciclados.
Recicláveis/Papel:
Aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, papel de fax, formulários de computador,
folhas de caderno, cartolinas, cartões, rascunhos escritos, envelopes.
Não recicláveis/Papel:
Adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e
guardanapos engordurados, papéis metalizados, parafinados, plastificados.
Recicláveis/Metal:
Latas de alumínio (ex. latas de bebidas), latas de aço (ex. latas de óleo, sardinha, molho de
tomate), tampas, ferragens, canos, esquadrias e molduras de quadros.
Não Recicláveis/Metal
Clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas e pilhas.
Recicláveis/Plástico:
Tampas, potes de alimentos (margarina), frascos, utilidades domésticas, embalagens de
refrigerante, garrafas de água mineral, recipientes para produtos de higiene e limpeza, PVC, tubos e
conexões, sacos plásticos em geral, peças de brinquedos, engradados de bebidas, baldes.
Não Recicláveis/Plástico:
Cabos de panela, tomadas, embalagens metalizadas (ex. alguns salgadinhos), isopor, adesivos,
espuma.
Recicláveis/Vidro:
Podem ser inteiros ou quebrados:
Tampas, potes, frascos, garrafas de bebidas, copos, embalagens.
Não Recicláveis/Vidro:
Espelhos, cristais, ampolas de medicamentos, cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados
planos.
Todos os materiais devem estar separados, limpos e secos.
O Papel
Desde os tempos mais remotos e com a finalidade de representar objetos inanimados ou em
movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais diferentes materiais. Nesta atividade,
tão intimamente ligada ao raciocínio, utilizou, inicialmente, as superfícies daqueles materiais que a
natureza oferecia praticamente prontos para seu uso, tais como paredes rochosas, pedras, ossos, folhas
de certas plantas etc. Acompanhando o desenvolvimento da inteligência humana, as representações
gráficas foram se tornando cada vez mais complexas, passando desse modo a significar idéias. Com esta
finalidade, a história registra o uso de tabletes de barro cozido, tecidos de fibras diversas, papiros,
pergaminhos e, finalmente, o papel. As fibras para sua fabricação requerem algumas propriedades
especiais, como alto conteúdo de celulose, baixo custo e fácil obtenção — razões pelas quais as mais
usadas são as vegetais. O material mais usado é a polpa de madeira de árvores, principalmente pinus
(pelo preço e resistência devido ao maior comprimento da fibra) e eucaliptos (pelo crescimento
acelerado da árvore). Logo, economizar no uso de papel (e reciclá-lo) é de fundamental importância para
evitar a destruição de árvores. Além disso, a fabricação do papel gasta uma grande quantidade de
energia elétrica e água. A reciclagem do papel é tão antiga quanto a sua própria descoberta: já que o
suprimento de fibras é escasso, nada se perde, tudo se reaproveita.
Reciclar papel significa fazer papel empregando como matéria-prima papéis, cartões, cartolinas e
papelões, provenientes de: - Rebarbas geradas durante os processos de fabricação destes materiais, ou
de sua conversão em artefatos, ou ainda geradas em gráficas; - Artefatos destes materiais pré ou pós-
consumo. As aparas de papel podem ser recolhidas por um sistema de coleta seletiva, ou por um sistema
comercial, utilizado há anos, que envolve o catador de papel e o aparista. A preocupação com o meio
ambiente criou uma demanda por "produtos e processos amigos do meio ambiente" e reciclar papel é
uma forma de responder a esta demanda. Assim, os principais fatores de incentivo à reciclagem de
papel, além dos econômicos, são: a preservação de recursos naturais (matéria-prima, energia e água), a
minimização da poluição e a diminuição da quantidade de lixo que vai para os aterros. Dentre estes,
certamente o último é o que tem tido maior peso nos países que adotam medidas legislativas em prol da
reciclagem. No Brasil a reciclagem de papel representa apenas cerca de 30% da produção, diante de 48%
na França e 68% na Holanda. Na fabricação de uma tonelada de papel, a partir de papel usado, o
consumo de água é 90% menor e o consumo de energia é reduzido pela metade. Uma tonelada de
aparas substitui cerca de 2 m³ de madeira e cerca de 4 m³ na fabricação de celulose. E ainda, 1 tonelada
de aparas, dependendo do tipo, corresponde a uma área plantada de 100 a 350 m². 1 tonelada de papel
reciclado economiza 2,5 barris de petróleo, 98 mil litros de água e 2.500 Kw/h de energia elétrica.
Vantagens da reciclagem de papel: Redução dos custos das matérias-primas - a pasta de aparas
é mais barata que a celulose de primeira.
Economia de Recursos Naturais:
Madeira
Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4m de madeira, conforme o tipo de papel a ser
fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para 15 a 30 árvores adultas que foram cortadas para a
fabricação do papel dessas aparas.
Água
Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas 10.000lt de água, ao
passo que, no processo tradicional, este volume pode chegar a 100.000 lt/ton.
Energia
Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de economia quando se
compara papéis reciclados simples com papéis virgens.
Redução da Poluição
Teoricamente as fábricas recicladoras podem funcionar sem impactos ambientais, pois a fase
crítica de produção de celulose já foi feita anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de
pequeno porte e competindo com grandes indústrias, às vezes subsidiadas, normalmente não realizam
investimentos em controle ambiental.
Economia de Divisas Estrangeiras:
Por incrível que pareça, o Brasil importa aparas regularmente, com o objetivo de equilibrar preços
e estabilizar o suprimento no mercado doméstico. Só em 2008 importamos 35 mil toneladas de papel
velho dos Estados Unidos, o que equivale a mais de US$ 3,5 milhões.
Criação de Empregos:
Estima-se que ao reciclar papéis sejam criados cinco vezes mais empregos do que na produção de
papel de celulose virgem e dez vezes mais empregos do que na coleta e destinação final de lixo.
Redução da "conta do lixo":
Cerca de 1/4 do lixo das grandes cidades é composto de papel. Se todo esse volume fosse
reciclado, uma cidade como São Paulo economizaria US$ 30 milhões por ano em limpeza pública, além
de obter uma receita da ordem de US$ 15 milhões com a venda do papel. O Brasil, no entanto, só recicla
30% do seu consumo de papéis, papelões e cartões, não havendo qualquer política pública em favor da
reciclagem.
Dicas para separação de embalagens para reciclagem:
Papel e Cartão:
• para um melhor acondicionamento do papel, este não deve ser amassado, mas antes
acondicionado em resmas. o acondicionamento em resmas:
• aumenta a capacidade de armazenamento em casa.
• aumenta a facilidade de transporte e diminui o número de deslocações aos contentores.
O Vidro
O vidro é um produto 100% reciclável. É possível aproveitá-lo de várias formas. A mais simples e
visível é a embalagem retornável de refrigerante ou cerveja. É verdade, que as garrafas Pets concorrem
diretamente com essas embalagens, mas há muitos lugares no Brasil e no mundo onde o velho litro de
Coca-Cola, que sai mais barato, ainda é uma presença marcante, assim como a garrafa de cerveja
retornável.
Além disso, quem não tem em casa aquele pote de maionese ou geleia que depois recebeu uma
outra finalidade? Afinal, lavando bem, qualquer embalagem de vidro não deixa nenhum resquício do
gosto do produto que antes esteve lá, ao contrário das embalagens de plástico, que quando recicladas
têm seu uso proibido para produtos alimentícios.
A utilização dos cacos na fabricação proporciona, obviamente, uma economia de matéria-prima,
além da redução do dispêndio de energia. Para uma tonelada de vidro reciclado, evita-se a retirada de
1,2 tonelada de matéria-prima da natureza. Quanto à questão energética, em um produto com 10% de
cacos, é possível reduzir 4% da energia que seria utilizada. Outra vantagem de reciclar o vidro é que se
evita que se jogue na natureza um produto que não é biodegradável. Arqueólogos já encontraram
pedaços de vidro datados de 2 mil a.C. intactos em escavações. Um dos maiores problemas da
reciclagem de vidro é sua logística. Apesar de já serem tradicionais as fábricas de reaproveitamento de
garrafas (o velho garrafeiro), o seu crescimento ainda é recente, provocado pela onda de adesão à
reciclagem dos últimos anos. No entanto, há certos limites técnicos para a reciclagem.
A reutilização do vidro é preferível a sua reciclagem. Garrafas são extensamente reutilizadas em
muitos países europeus e no Brasil. Na Dinamarca, 98% das garrafas são reutilizadas e 98% destas
retornam para os consumidores. Porém, estes hábitos são incentivados pelo governo. Em países como a
Índia, o custo de fabricação das novas garrafas obriga a reciclagem ou a reutilização de garrafas velhas.
O vidro é um material ideal para a reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser
infinitamente reciclado. O uso de vidro reciclado em novos recipientes e cerâmicas possibilita a
conservação de materiais, a redução do consumo de energia e reduz o volume de lixo que é enviado
para aterros sanitários.
Preservação do meio ambiente.
Embalagens de vidro podem ser totalmente reaproveitadas no ciclo produtivo, sem nenhuma
perda de material.
A produção a partir do próprio vidro também consome menor quantidade de energia e emite
resíduos menos particulados de CO2, o que também contribui para a preservação do meio ambiente.
Outro aspecto é o menor descarte de lixo, reduzindo os custos de coleta urbana, e aumentando a
vida útil dos aterros sanitários.
O vidro é 100% reciclável e pode ser reciclado inúmeras vezes, pois é feito de minerais como, areia,
barrilha, calcário e feldspato. Ao agregarmos o caco na fusão, diminuímos a retirada de matéria-prima da
natureza.
10% de "cacos" > 4% ganho energético 1 ton de "cacos" > economia de 1,2 ton de matérias-primas
10% de "cacos" > reduz em 5% a emissão de CO2 (Protocolo de Kyoto).
Geração de empregos.
A instalação de um processo de coleta e beneficiamento de reciclagem de vidro gera empregos que
não demandam em sua maioria qualquer especialização, beneficiando camadas geralmente mais
carentes da população. Assim, além de ser uma atividade lucrativa, a reciclagem empresarial também
tem forte caráter social. Viabilidade Econômica A reciclagem do vidro é uma atividade economicamente
viável. No Brasil ainda é vista como uma atividade marginal, de subsistência e, como tal, carece de uma
mentalidade empresarial. Dentro deste modelo, a reciclagem é um ramo de mercado inexplorado, com
grande potencial de lucratividade. Tudo isso considerado, é possível dizer que o vidro é o material de
embalagem mais amigo do homem. Se toda a população se conscientizasse dos benefícios da reciclagem
seria possível reaproveitar integralmente as embalagens com enormes benefícios ecológicos,
econômicos e sociais. Estas características são únicas do vidro que além das suas vantagens como
material, acrescenta a elas os benefícios de sua própria reciclagem.
Qualidade do Material Utilizado na Reciclagem de Vidro.
A qualidade do caco de vidro é muito importante para a indústria, pois ao contrário disto o caco
com impurezas e contaminado pode danificar equipamentos (principalmente fornos) de produção e
acabam produzindo embalagens com defeitos. Para isso não ocorrer é necessário que as embalagens
passem pelo beneficiamento, ou seja, as tampas e rótulos precisam ser retirados e as embalagens
precisam passar por um processo de lavagem para ser removido o resíduo.
Pedras, cerâmicas, concreto, louças e cristal.

São impurezas, produtos inorgânicos estranhos à formulação do vidro sodacal, difíceis de serem
fundidos nas temperaturas do forno de fusão e consequentemente geram falhas ou defeitos no produto
final.
Material orgânico (plástico, papel e terra) Em princípio volatilizam às altas temperaturas, porém em
excesso podem alterar a atmosfera do forno, resultando em reações químicas que alteram a cor ou criam
bolhas.
Metais ferrosos ou não ferrosos.
Contaminam o vidro provocando manchas de cor totalmente diferentes do vidro base. Provocam bolhas
ou aparecem no produto final na forma de defeitos metálicos e/ou pontos pretos, manchas, nuvens de
bolhas, etc. O ferro metálico reage com o material refratário do forno de fusão, chegando a furar a sola e
as paredes do forno, interrompendo a fabricação ou no mínimo, diminuindo a sua vida útil.
Vidros farmacêuticos / laboratório.
Embalagens de vidro que contenham elementos químicos, nocivos à saúde ou corrosivos (classe 1)
devem ser descontaminadas antes de ir para a reciclagem. Para maior segurança, procure o Órgão
Ambiental de sua região para dar o destino final adequado ao material.
Segregação de cacos para reciclagem de vidro plano.
O caco de vidro plano (float (liso) ou impresso) não deve ser misturado ao de embalagens. Sua
reciclagem é feita junto às indústrias fabricantes e por meio de recicladores especializados, que
adquirem caco junto à rede de venda de vidros de reposição para veículos. O caco laminado também
pode ser reciclado por um círculo ainda menor de receptores, os quais processam o mesmo utilizando a
moagem, removendo o filme plástico de PVB (polivinilbutiral), que se limpo de forma adequada (livre de
caquinhos) também pode vir a ser reciclado. Assim se você desejar reciclar algum caco de vidro plano,
incluindo espelhos, a forma mais prática é oferecê-lo a uma vidraçaria de seu bairro, que participe da
coleta de caco, destinando o caco gerado para um sucateiro.
O Processo de Reciclagem do Vidro.
O reaproveitamento dos cacos para a confecção de novos vidros pressupõe uma certa
homogeneidade no tipo de material a ser reciclado. Assim, os vidros de 16 cor âmbar, como os de
garrafa de cerveja, são beneficiados num grupo separado dos vidros verdes ou brancos, por exemplo. Há
também grupos que podem estar misturados. Esses podem ser usados para quem não necessita de
padrões muito rígidos e homogêneos, separados os tipos, o processo de preparação é bem simples:
• O material é jogado para ser quebrado em pedaços. O que a máquina não quebra é quebrado
manualmente. Depois, ele passa por uma lavagem, quando são retiradas impurezas mais leves
como etiquetas e restos de bebidas.
• Uma nova triagem retira tampas e eventuais plásticos e papéis que por ventura ficaram. Na
esteira, ele cai no monte que segue para a indústria de vidro.
• Na indústria de vidro, o caco é jogado nos fornos com temperaturas de 1.500º C e se mistura às
outras substâncias.
• Uma interessante fase do processo é o reaproveitamento dos vidros que sobram grudados em
tampas ou outro produto. Uma máquina quebra o vidro em minúsculos pedaços que servem
para polimento de fornos de usinagem.
O Plástico.
Os plásticos são artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros), geralmente sintéticas e
derivadas do petróleo. Quando o lixo é depositado em lixões, os problemas principais relacionados ao
material plástico provêm da queima indevida. Quando a disposição é feita em aterros, os plásticos
dificultam sua compactação e prejudicam a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis,
pois criam camadas impermeáveis que afetam as trocas de líquidos e gases gerados no processo de
biodegradação da matéria orgânica.
O problema é que o plástico é produzido do petróleo, um combustível fóssil não-renovável (um dia
acaba), altamente poluente quando queimado ou derramado, e tóxico, quando inalado ou ingerido.
Como agravante, a biodegradabilidade da maioria dos plásticos é muito lenta. Uma garrafa PET, por
exemplo, leva cerca de 500 anos para se desintegrar na natureza. Por isso, enquanto não inventam um
material para substituí-lo, é muito importante reciclá-lo.
Sendo assim, sua remoção, redução ou eliminação são metas que devem ser perseguidas com
todo o empenho. A separação de plásticos do restante do lixo traz uma série de benefícios à sociedade,
como, por exemplo, o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia etc.
Diferentes Tipos de Reciclagem do Plástico.
Reciclagem primária ou pré-consumo.
É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos
com características de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas
virgens. A reciclagem pré-consumo é feita com os materiais termoplásticos provenientes de resíduos
industriais, os quais são limpos e de fácil identificação, não contaminados por partículas ou substâncias
estranhas.
Reciclagem secundária ou pós-consumo É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um
processo ou por uma combinação de operações. Os materiais que se inserem nesta classe provêm de
lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas, etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e
resina, o que exige uma boa separação, para serem aproveitados.
Reciclagem terciária.
É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por processos
termoquímicos (pirólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos
em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias
interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis.
Benefícios da Reciclagem do Plástico.
A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente, pois o material é muito
resistente ao calor, ar, água e radiações. Atualmente no Brasil, mais de 30 mil empregos diretos são
gerados somente pelas indústrias de Reciclagem de Plástico.
Também estima-se que mais de 100 mil pessoas vivam exclusivamente de coletar latas de alumínio
e embalagens plásticas, conseguindo uma renda mensal média de três salários mínimos.
O Metal.
Encontramos os metais em todos os lugares a nossa volta. Em nossa cozinha - panelas, talheres,
refrigerante de latinha - nos automóveis e no nosso dinheiro, por exemplo. Ele é sólido, não deixa passar
luz (é opaco) e conduz bem a eletricidade e o calor, possuindo um brilho especial chamado de metálico.
Quando aquecido é maleável, podendo ser moldado em várias formas, desde fios até chapas e barras.
Os metais podem ser encontrados misturados no solo e nas rochas, sendo chamados de minérios.
Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação,
sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral.
Quanto a sua composição, os metais são classificados em dois grande grupos: os ferrosos
(compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Essa divisão justifica-se pela grande
predominância do uso dos metais à base de ferro, principalmente o aço. Entre os metais não-ferrosos,
destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como latão e o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os
dois últimos, juntos como o cromo e o estanho, são mais empregados na forma de ligas com outros
metais, ou como revestimento depositado sobre metais, como, por exemplo, o aço.
A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução do minério a
metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia e requer transporte de grandes volumes de
minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala.
Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não-ferrosos, devido ao maior valor de uso
da sucata, é muito grande a procura pela sucata de ferro e de aço, inclusive pelas usinas siderúrgicas e
fundições.
A sucata é matéria-prima das empresas produtoras de aço que não contam como o processo de
redução, e é responsável por cerca de 20% da produção nacional de aço. A sucata representa cerca de
40% do total de aço consumido no país, valor próximo aos valores de outros países, como os Estados
Unidos onde atinge 50% do total da produção. Ressalta-se que o Brasil exporta cerca de 40% da sua
produção de aço.
É importante, ainda, observar que a sucata pode, sem maiores problemas, ser reciclada mesmo
quando enferrujada. Sua reciclagem é também facilitada pela sua simples identificação e separação,
principalmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido as suas propriedades
magnéticas. Utilizando este processo é possível retirar até 90% do metal ferroso existente no lixo.
A reciclagem é portanto a melhor maneira de dar destino ao lixo, pois, além de evitar a poluição do
meio ambiente, ele se transforma e não ocupa espaço, como no caso do aterro. Além disso, a reciclagem
é também uma fonte de renda – muitas famílias sobrevivem por meio da coleta seletiva.

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