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Universidade Paulista-UNIP Instituto de ciencia social e

comunicação curso: Biomedicina

Ruana Totti Gomes RA: G433AF-0


Laryane Cristine de Oliveira Santos RA: N844957

Lixo plástico

ASSIS-SP
2022
O plástico não é um recurso natural, é um derivado do petróleo que foi criado
no começo do século XX. Nessa época, pesquisadores procuravam pela
criação de um novo material impermeável, leve, rígido, com a intenção de
substituir o marfim dos elefantes, cascos, chifres bovinos entre outros. O
plástico descartável, por exemplo, surgiu em 1909 e ele serviu para atender
uma demanda da legislação americana que proibia o uso de xícaras
comunitárias em trens, para evitar a propagação de doenças.

Hoje consumimos muito plástico, assim sua produção é imensa (o que gera um
grande problema). E um desses problemas que o plástico causa ao meio
ambiente é queimar ele ao ar livre, o que afeta tanto o solo como a poluição do
ar, podendo prejudicar o bem estar geral e causar danos respiratórios aos
animais ou humanos que inalam o ar contaminado. Como o plástico demora
anos a se decompor e a produção dele só aumenta cada vez mais, acaba
gerando um grande acúmulo desse material.

A superlotação dos aterros é um outro problema, porque pela superlotação se


‘deposita’ o lixo no mar. O plástico já é responsável por inúmeras mortes de
animais marinhos.

Ambientalistas informam que o plástico é um dos maiores vilões do meio


ambiente, pois pode comprometer o solo, a qualidade das águas, rios e
oceanos, inclusive a fauna terrestre e aquática.

Consequentemente, o lixo plástico nos oceanos se tornou uma verdadeira


preocupação ambiental para governos, ONG’s e o mundo. Estudos realizados
estimam que aproximadamente 270 mil toneladas de plástico são flutuantes no
oceano. Como citado, matando diversas vidas marinhas que ingerem esse
material, e, para dificultar ainda mais a situação alguns plásticos são tóxicos,
sendo fatal para os animais aquáticos.

Outra situação ruim é que parte desse plástico está no formato de microplástico
e nano plástico (são os polímeros de maior impacto ao ambiente). Os
microplásticos podem ser persistentes levando um longo período para se
degradar, e os seres aquáticos os ingerem, o que leva os organismos
aquáticos a ingestão de poluentes orgânicos e inorgânicos, penetrando em
toda cadeia alimentar.

O microplástico é o lugar perfeito para bactérias pois elas criam um filme


bacteriano na superfície da partícula do plástico. Essas bactérias podem ser
patogênicas causando danos à saúde, basta apenas uma vez ingerir a bactéria
ou inalar, como consequência ela pode afetar a saúde de diversos animais,
especialmente os marinhos. Afeta também a reprodução dos animais e a
mortalidade de algumas espécies só aumenta.

De opção temos o plástico biodegradável, que tem uma decomposição muito


menor do que os outros plásticos, média 18 meses.

Para ser biodegradável obrigatoriamente deve ser decomposta por bactérias.

Essa sacola é uma mistura de plástico com amido, assim não prejudicando a
natureza.

Porque em geral, é utilizado sacolas plásticas de polietileno, um derivado do


petróleo, que é prejudicial para o meio ambiente liberando gás carbônico em
sua decomposição. Porém o plástico biodegradável deve ser coletado e levado
para uma usina de compostagem, pois lá ele terá condições favoráveis para
sua decomposição, caso o contrário não descartado corretamente se torna
nocivo da mesma maneira que os plásticos convencionais.

E temos o plástico Oxi-biodegradável sendo um plástico que recebe um aditivo


pró-degradante que deixa sua fragmentação acelerada por influência do
oxigênio, luz, temperatura e umidade. É um plástico que se divide em milhares
de pedacinhos. Presentes em sacolas de pão, luvas, plástico bolhas e mais. É
comum olharmos em sacolinhas de supermercado em sacos de lixo indicado
como Oxi-biodegradáveis.

Positivamente temos a reciclagem, que é um fator importantíssimo, sendo um


processo que temos como uma opção de preservar, inclusive o planeta. Porém
nem todos os plásticos são recicláveis, neles temos uma divisão, sendo:
termoplásticos (recicláveis) e termorrígidos (não recicláveis) temos como
exemplo o Pet, que é um dos plásticos recicláveis mais comum, mas quando
se mistura com outros materiais não é mais viável para reciclagem. O Pead
(polietileno de alta densidade) é um plástico reciclável. O PVC (policloreto de
vinila) é um tipo de plástico que é possível a reciclagem, mas quando é bem
separado o material, esse tipo de plástico é um dos que apresenta maior
dificuldade quando chega aos centros de triagem (o local onde ocorre a
separação dos resíduos sólidos). Pois tambem com dificuldade temos por
exemplo as embalagens pet coloridas, como a de ketchup, mostarda, aquelas
de água mineral que algumas empresas lançaram as garrafas cor de rosa, ele
é um plástico muito inflamável e que
libera toxinas e gases como monóxido, dióxido de carbono e outros, poluindo o
ar prejudicando também o efeito estufa. Um problema frequente dessas
embalagens é a falta de homogeneidade na cor do pet reciclado, o que deixa
sua reciclagem em uma situação mais difícil.

Em outro modelo temos embalagens metalizadas, na prática esse material é


composto pela mistura de diferentes plásticos, assim não sendo reciclável.
Bandejas de isopor não são recicláveis.

Os resíduos gerados pela saúde são classificados e organizados da


seguinte maneira antes de haver de fato, um descarte, pois assim trará
mais segurança ao local e a população;

• Grupo A: resíduos com possível presença de agentes biológicos, que


podem apresentar riscos de infecção;

• Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar


riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade;

• Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que


contenham radionuclíedeos;

• Grupo D: resíduos que não apresentam riscos biológicos, químico ou


radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podem ser comparados aos
resíduos domiciliares;

• Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes: lâminas de bisturi,


agulhas, escalpes, ampolas de vidros, lancetas, tubos de ensaio, capilares,
placas de petri, lâminas, lamínulas, pipetas e outros.

Cada grupo possui uma maneira correta de realizar o descarte, no caso do


grupo A primeiro é necessário realizar uma esterilização para aniquilar
quaisquer ameaça a saúde e após isso, poderá ser tratado como lixo
comum. Caso não houver esse cuidado antes, será necessário que os
resíduos sejam colocados em um saco branco leitoso que não pode passar
2/3 da sua capacidade para que não haja vazamentos.

Os resíduos do grupo E (perfurocortantes) deverão ser descartados


imediatamente após seu uso em um recipiente resistente a perfuração
ficando 5cm abaixo do bocal. Após isso devem estar identificados com
símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de
“PERFUROCORTANTE”.

Os resíduos do grupo B ( lixo químico) devem ser descartados de acordo


com suas características químicas (tóxicas, corrosivas...) por isso é
necessário manter a rotulagem original do fabricante.

Já os resíduos do grupo D, que são designados a reciclagem ou


reutilização, a identificação deve ser feita nos recipientes através de cores
variadas sendo cada uma para uma categoria em específico.
Sabendo diferenciar e manuseiar cada tipo de lixo, é necessário identificar
de forma clara e de fácil visualização os sacos de acondicionamento,
recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e
externo e os locais de armazenamento. Quando o transporte for manual,
deve ser realizado de forma que não exista o contato com nenhuma parte
do corpo e quando for por carros deve ser realizado em carros apropriados,
em sentido único com carga horária definida para que não tenha algum
contato com distribuição de roupas, alimentos, medicamentos ou períodos
de maior fluxo de pessoas. É importante capacitar à equipe de coleta,
prestadores de serviços para situações de emergência (falta de energia,
incêndio) e acidentes (por perfurocortantes).

Em outro cenário temos o lixo plástico hospitalar, pelas normas o lixo hospitalar
é rigorosamente separado, tendo suas classes do lixo, e a classe D sendo
resíduos comuns, que é qualquer lixo hospitalar que não apresente estar
contaminado, sem a presença de riscos biológicos químicos e radioativos,
como as luvas, gessos, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis. O
descarte deve ser feito em lixeiras ou recipientes que diferenciam cada
conteúdo para serem devidamente enviados para a reciclagem, reutilização ou
aterramento.

Em 2016 foi descoberta a bactéria ideonella sakaiensis sendo gram-negativa,


por um grupo japonês Kohei Oda. Ela foi encontrada em deritos de pet
misturados com lama, sedimentos do solo e água, em uma fábrica japonesa de
reciclagem de garrafas, e essa bactéria demonstrou um crescimento em pet em
temperaturas ambientes entre 20°C e 40°C sendo em pets de baixa
cristalinidade. Pois ela pode ser uma grande aliada dos resíduos sólidos de
cidades. A bactéria utiliza duas enzimas para a decomposição, petase e a
metase, para a hidrólise extracelular dos plásticos tipo poli (tereftalato de
etileno) conhecidos como pet.

Em resposta ao acúmulo de plástico na biosfera, a bactéria ideonella


sakaiensis mostrou adaptação para degradar o pet sintético como fonte de
alimento. Apesar disso seu desempenho precisa ser sofisticado
consideravelmente para pet de alta cristalinidade.

Citando que a bactéria não pode ser vista como uma solução para o problema
da poluição ambiental. Pois o plástico deve ser pensado antes mesmo de ser
fabricado, como sua textura, o formato de designs ser eficientes para causar
menor impacto possível, e quem o utiliza descartando corretamente.

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e da China estimou que com


a pandemia do Covid-19 os países tenham gerado 8,4 milhões de toneladas de
materiais plásticos a mais do que já se produziam. Desse número, 25 mil
toneladas devem chegar ao mar, o equivalente a 1,5% do que já é lançado nos
oceanos anualmente. (o plástico extra).
Com essa base, concluímos que anualmente a quantidade de lixo plástico que
é lançado nos oceanos é um número absurdo, muito impactante. Sendo
aproximadamente 1 milhão e 700 mil toneladas por ano.

Cálculo:

1,5% -------------------- 25 Mil toneladas

100% X

1,5% . X = 100% . 25.000

1,5 X = 2.500.00

X = 2.500.00 / 1,5

X = 1.666.666,666 Toneladas

Referências

1. https://blog.positiva.eco.br/historia-do-plastico/ Acesso em: 15 abril 2022


2.
https://news.un.org/pt/story/2019/05/1671451#:~:text=A%20queima%20de%20
pl%C3%A1sticos%20libera%20gases%20t%C3%B3xicos%20na%20atmosfera
%2C%20como,%C3%A0%20sa%C3%BAde%20humana%20e%20animal.
Acesso em: 15 abril 2022

3. https://www.google.com/amp/s/casacor.abril.com.br/sustentabilidade/lixo-no-
mar-causa-prejuizos-ambientais-economicos/amp/ Acesso em: 15 abril 2022

4.
https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/micro
plasticos.htm Acesso: em 15 abril 2022

5.
https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/plastic
os-biodegradaveis.htm Acesso em: 16 abril 2022

6. https://maispolimeros.com.br/2020/02/28/plasticos-reciclaveis/ Acesso em:


16 abril 2022

7. https://www.google.com/amp/s/www.ecycle.com.br/garrafa-pet-colorida/amp/
Acesso em: 16 abril 2022

8. https://www.ecycle.com.br/lixo-hospitalar/amp/ Acesso em: 16 abril 2022

9. BARRADAS, L. D. Q. C. .; CARVALHO, L. H. A. F. D. .; BRIDI, V.; SANTOS,


D. E. R. . BIODEGRADAÇÃO DE POLITEREFTALATO DE ETILENO PELA
BACTÉRIA IDEONELLA SAKAIENSIS: REVISÃO DE LITERATURA. Revista
Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 26, 2021.
DOI: 10.51189/rema/1353. Disponível em:
https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/1353. Acesso em:
01 maio. 2022.

10. https://www.ciencianews.com.br Acesso em: 09 maio 2022

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