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ETEC LAURO GOMES

Jenifer Fransica da Silva, Julia Dias de Farias, Osmar, Sabrina Santos de Siqueira e
Sther Lais Santos Lima

TRANSFORMAÇÃO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS EM COMBUSTÍVEL

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2021
1. INTRODUÇÃO

Desde o início do uso do material plástico o homem enxergou o seu potencial e investiu para
aperfeiçoá-lo, nos dias atuais já é difícil encontrar industrias que ele não esteja inserido e objetos do
cotidiano que ele não faça parte, porém, quando a versatilidade do uso do plástico e seu baixo custo
ficou conhecido, seu uso começou a crescer drasticamente, estima-se que desde o início dos anos 50
foram produzidas mais de 8 bilhões de toneladas de plástico. A questão é que por serem muito
resistentes á degradação natural, quando descartados de forma incorreta acabam prejudicando todo o
meio ambiente.
Os plásticos mais utilizados diariamente, desde 1940, tem sido polipropileno (PP);
polietileno (PE); poli(tereftalato de etileno) (PET); poliestireno (PS) e poli(cloreto de vinila) (PVC),
onde de seus resíduos só 9% é reciclado, 12% é queimado e 79% se acumulam na natureza. Além de
causar um outro problema, o uso de fonte não- renovável como o petróleo, para obtenção de sua
matéria- prima.
Por esses motivos se torna cada vez mais necessário a aplicação de formas alternativas para
reutilização dos plásticos e gerenciamento responsável de um recurso não renovável. É necessário
impedir que os resíduos acabem em rios e oceanos prejudicando a vida marinha, que sua queima
irresponsável libere gases de efeito estufa, além de ajudar economicamente a população e incentivar a
reciclagem.
O objetivo principal desse trabalho é fazer um combustível a partir de resíduos plásticos que
antes iriam pro lixo através da pirólise e comparar seus aspectos com os dados já disponíveis da
literatura. De forma que possa contribuir para um ambiente mais sustentável, além de servir como uma
sugestão economicamente mais viável.
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Desenvolvimento de um combustível a partir da recuperação e reciclagem de plásticos

2.2 Objetivos Específicos


Visando atingir o objetivo principal, alguns objetivos são requiridos, entre eles:

 Tratamento, segregação e acondicionamento da matéria-prima


 Degradação térmica dos plásticos
 Produção do combustível
 Análise físico-química do combustível
3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 PLÁSTICOS:
Plásticos: O plástico é um material formado por moléculas de monômeros que juntas formam
cadeias moleculares denominadas polímeros, dotados de grande maleabilidade e muito
empregados na indústria os plásticos são feitos a partir de um processo químico intitulado
polimerização, que proporciona a união química dos monômeros. São feitos a partir de
derivados do petróleo, uma mistura de hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos. A
transformação acontece através do refino do óleo nas refinarias que produzem entre outras
coisas a nafta, usada em múltiplos materiais, entre eles o plástico.
O uso desses polímeros estão empregados em produções de embalagem, fabricação de
descartáveis, materiais restauradores e compostos eletrônicos. São utilizados em quase todos os setores
da economia como: agrícola, construção civil e saúde.
No mundo, cerca de 20 empresas produzem 55% do lixo plástico no mundo, sendo as
empresas norte-americanas ExxonMobil, Dow e a empresa chinesa Sinopec líderes no ranking,
Braskem uma petroquímica brasileira ocupa a 9ª colocação na lista. E no total as 100 primeiras
companhias da lista fabricam 90% de todo o plástico descartável usado no mundo.
Por sua extensa diversidade, os plásticos se dividem em dois grupos: os termoplásticos e os
termofixos também chamados de termorrígidos.
3.1.1 Grupo e tipo de polímeros
3.1.1.1 Termorrígidos: Termorrígidos são polímeros que possuem uma rigidez

não sofre alterações com a temperatura imposta sobre ele. Em certas temperaturas, tais
polímeros não podem ser fundidos ou moldados, devido a sua natureza de decomposição. Tais
polímeros não podem ser reciclados mecanicamente.
PU, EVA, Resinas, Polisteres e poliacetato são exemplos de termorrígidos.
3.1.1.2 Termoplásticos: Termoplásticos são polímeros que em determinada temperatura
mudam de estado físico, tornam-se viscosos e podem ser renomeados,
sendo assim um polímero reciclável mecanicamente.
Esses são os polímeros que possuem em suas estruturas somente ligações fracas.
polipropileno, polietileno e polimetil-metacrilato, são exemplos de termoplásticos.
3.1.2 Descarte de plástico e meio ambiente:
O plástico é atualmente um dos resíduos sólidos mais amplamente produzido no mundo e tem
causado diversos impactos ao meio ambiente. O consumo de plástico está intimamente relacionado ao
modo de vida das sociedades
modernas, estando presente nos objetos domésticos, brinquedos, transportes, roupas e
utensílios em geral
Isto porque o plástico possui a seguintes características; Produtos à base de plástico
geralmente possuem baixo custo, elevada durabilidade, flexibilidade, podem ser transparentes e leves
e são ainda impermeáveis, sendo essas as principais características que mais contribuem para a
elevada produção e consumo desse resíduo sólido pela população mundial
O processo de produção do plástico demanda o uso de insumos provenientes de petróleo,
carvão mineral, entre outros. Tais insumos são classificados como recursos naturais não renováveis e
seu uso em grande quantidade contribui para o esgotamento desses recursos
Degradação do plástico: O plástico quando disponível no ambiente sofre degradação mecânica
após estar exposto a agentes naturais externos, e acaba sendo fragmentado por consecutivas vezes em
partículas muito pequenas, denominadas de microplásticos
O não tratamento, ou o tratamento inadequado dos grandes volumes de lixo contribuirá para a
degradação da biosfera em relação à qualidade de vida no nosso planeta.
Em função da sua pouca degradabilidade os plásticos permanecem na natureza por períodos
longos, causando a poluição visual e, eventualmente, química do ambiente, para reduzir o impacto dos
plásticos no ambiente o gerenciamento dos resíduos torna-se imperativo e, desta forma a estratégia da
reciclagem pode ser facilmente introduzida.
Descarte de plástico: Problemas no descarte
O grande volume de plástico que tem sido produzido atualmente tem dificultado o
estabelecimento de medidas de minimização dos seus impactos no ambiente. Uma vez que, ainda é
frequente o descarte inadequado desses resíduos após o consumo, como por exemplo, os plásticos
associados à alimentos
Os problemas ocasionados pela produção e consumo de plástico são ainda maiores devido ao
seu baixo potencial de se degradar no meio ambiente e ao descarte inadequado desses resíduos que na
maioria das vezes são depositados em áreas impróprias e de pouca estrutura, contaminando solo e água
Relação entre descarte inadequado e reciclagem
No cenário atual global se preocupar com o descarte apropriado do lixo é cada vez mais
importante, segundo o estudo que a Solid Waste Association (Associação Internacional de Resíduos
Sólidos) cerca de 25 milhões de toneladas de lixo vão parar no oceano todo ano
sendo que, 80% desse lixo é proveniente de cidades, esse estudo ainda indica que metade do lixo
encontrado no oceano é plástico, ou seja, 12,5 milhões de toneladas é plástico.
Recolhem-se, no Brasil, umas 250 mil toneladas de lixo por dia, mas isso é apenas 3% do lixo
produzido. Cerca de três quartos do lixo recolhido permanecem a céu aberto, depositado nos lixões e,
aproximadamente, 23% é transportado para aterros e menos de um milésimo é reciclado. A dificuldade
é que, para reciclar, é preciso separar papel, garrafas, latas, plástico, restos de comida etc. o que
envolve educação da população e gasto de dinheiro com a coleta seletiva; por isso, são raras as
prefeituras que adotam a reciclagem.
No Brasil leis ambientais foram criadas como proposta de intervenção a Lei 12.305/2010,
Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu artigo 3° fala sobre a destinação final ambientalmente
correta. A definição é a descrita abaixo.
“a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a
recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes
do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos.”
Apesar da lei garantir a forma correta de descarte não somente do lixo mas é claro do plástico
infelizmente ainda temos 60% de estados e municípios que descumprem essa lei.
3.2 Combustível:
O combustível é qualquer corpo cuja combinação química com outro seja exotérmica, em
geral é qualquer substância que reage com o oxigênio produzindo calor, chamas e gases.
Temos ao nosso redor várias substâncias que podem ser usadas como combustível, podem ser
chamadas de queima ou combustão a reação química pela qual os constituintes do combustível
se combinam com o oxigênio do ar.
Os combustíveis são substâncias que queimamos para produzir calor. Esse calor
produzido pode ser utilizado para mover uma turbina nas usinas termelétricas, como vimos em Formas
de energia (energia cinética), ou para acionar veículos. Os combustíveis podem ser obtidos de fontes
não renováveis ou renováveis.
Existem diversos tipos de combustíveis, existem os combustíveis de postos de gasolina, como:
a própria gasolina, gasolina comum, gasolina aditivada, o etanol, etanol aditivado, o diesel, diesel
aditivado etc.
Os combustíveis naturais: água, etanol, metanol, biodiesel, madeira etc.
E os principais combustíveis fosseis são: o petróleo, gás natural e o carvão.
Os combustíveis fosseis trazem bastante impacto para o meio ambiente um deles é a questão
da emissão de gases de efeito estufa por meio da queima dos combustíveis fósseis. O dióxido de
carbono é um dos principais gases que intensificam o efeito estufa e
provoca alterações climáticas. A questão da redução das emissões tem sido alvo de discussões de
inúmeras conferências ambientais.
A dependência da matriz energética mundial em relação às fontes não renováveis de energia
faz com que os reservatórios diminuam cada vez mais devido à exploração intensa e desenfreada dos
recursos naturais. E por serem fontes não renováveis de energia, a disponibilidade dos combustíveis
fósseis está ameaçada, e, portanto, a produção de energia mundial também.
O Brasil produz 2,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Isso daria e sobraria para o
consumo de derivados no país. Não é de hoje. Isso acontece desde 2006, quando a produção nacional
era bem menor (1,8 bdp).
Existem diversas maneiras para substituir esses combustíveis mais poluentes, até porque já
temos que começar a pensar nisso, pois em um futuro mais próximo as reservas de compostos de
origem fóssil podem acabar.
Biodiesel: Produzido a partir de compostos orgânicos derivados da gordura vegetal ou animal,
este combustível tem baixos índices de poluição.
Biometano: Esse combustível é obtido com biogás vindo da decomposição de resíduos sólidos
urbanos, orgânicos e esgoto doméstico.
Bioetanol: No Brasil, ele é fabricado com a cana-de-açúcar e está presente na maioria dos
postos de combustíveis do país.
Hidrogênio: O uso do hidrogênio é apontado como a solução para descarbonizar diversos
setores, inclusive o transporte de longa distância. Ele também pode ser armazenado, transportado e
usado para produzir eletricidade.
Gás Natural (GNV): Da lista de combustíveis alternativos, o GNV já é conhecido dos
motoristas brasileiros. Ele é apontado como o biocombustível mais limpo. Além disso, é responsável
por aumentar a vida útil do motor e gera uma economia considerável em seu consumo.
Óleo Vegetal Hidrogenado: O combustível é produzido a partir do óleo usado de colza, palma
e gordura animal. Em inglês, é conhecido como Hydrotreated Vegetable Oil (HVO) e sua extração é
parecida com a do diesel.
Existem diversas formas estudadas por cientistas eficientes e baratas para formar um
combustível alternativo, como por exemplo, a partir da água do mar, do café, do hidrogênio e de
plásticos.
Atualmente, com uso dos combustíveis convencionais é causado um grande impacto no meio
ambiente, a queima do combustível libera substâncias que contaminam o ar e podem ser geradoras de
doenças graves.
Os combustíveis alternativos têm atraído interesse em boa parte do mundo, por pesquisadores
estarem estudando fontes de derivação que sejam renováveis e limpas.
O plástico é uma boa matéria-prima para derivar uma gasolina, pois é muito descartado em
lugares impróprios que acabam causando mal ao meio ambiente. Sendo assim, conseguindo derivar
um combustível através de um processo seguro e eficiente do plástico é possível que o custo de um
combustível seja reduzido além de combater o descarte inapropriado ao meio ambiente.
3.2.1 Combustível alternativo:
Existem diversas formas estudadas por cientistas eficientes e baratas para formar um combustível
alternativo, como por exemplo, a partir da água do mar, do café, do hidrogênio e de plásticos.
Atualmente, com uso dos combustíveis convencionais é causado um grande impacto no meio
ambiente, a queima do combustível libera substâncias que contaminam o ar e podem ser geradoras de
doenças graves.
Os combustíveis alternativos têm atraído interesse em boa parte do mundo, por pesquisadores
estarem estudando fontes de derivação que sejam renováveis e limpas.
O plástico é uma boa matéria-prima para derivar uma gasolina, pois é muito descartado em
lugares impróprios que acabam causando mal ao meio ambiente. Sendo assim, conseguindo derivar
um combustível através de um processo seguro e eficiente do plástico é possível que o custo de um
combustível seja reduzido além de combater o descarte inapropriado ao meio ambiente.

4. PIRÓLISE
Todo processo de queima de combustíveis sólidos é precedido pelo processo denominado pirólise. A
pirólise, também conhecido como destilação destrutiva, é um processo de quebra das ligações químicas
das cadeias orgânicas pelo calor [CAPONERO, J. Reciclagem de Pneus. 2002. 164 p. Tese (doutorado)
– Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, SP, 2002.]. Neste processo térmico ocorre a
decomposição física e química da matéria orgânica na ausência de ar ou oxigénio, provocando-se a
quebra das moléculas mais pesadas e a sua conversão noutras de mais baixa massa molecular.
Os produtos da pirólise são compostos gasosos, líquidos e sólidos, cujas proporções relativas dependem
do método e dos parâmetros reaccionais utilizados, tais como pressão e temperatura.
O aumento da temperatura no processo de pirólise provoca a quebra das ligações covalentes originais
dos compostos químicos, o que conduz à formação de fragmentos moleculares de menores dimensões
com um elétrons desemparelhado.
Em geral, a pirólise é controlada pela taxa de aquecimento do material. Os fatores que interferem no
processo de pirólise são o tamanho da partícula, a velocidade do gás, e o tempo de pirólise [NIESSEN,
W. R. Combustion and incineration processes: applications in environmental engineering. N.Y., M.
Dekker, 1995.].Se a pressão é relativamente baixa e os radicais livres estão diluídos, os mesmos podem
voltar a pirolisar até formarem radicais menores e até hidrogénio Estes radicais podem combinar-se
com hidrogénio e originar hidrocarbonetos gasosos: metano, etano, eteno, propano, etc.

4.1 DEGRADAÇÃO TÉRMICA DOS POLÍMEROS

A decomposição térmica de polímeros só pode ser considerada despolimerização quando há
produção de monómero em concentrações elevadas. Um monómero consiste em cada uma das
moléculas simples, que seja de baixo peso molecular, e unem-se entre si (polimerização),
formando cadeias muito longas de macromoléculas com duas ou mais unidades repetentes de
polímeros.
No entanto, para a maioria dos polímeros, a decomposição térmica leva à formação de uma
mistura complexa de produtos, em que o monómero se encontra numa percentagem baixa.
O tipo e distribuição dos produtos formados a partir da degradação térmica de cada polímero
dependem de diversos fatores, tais como: do próprio polímero utilizado, das condições de
reação, do tipo e modo de operação do reator. A velocidade à qual os radicais são formados
também aumenta com a sua estabilidade, logo, o grau de conversão é maior se os radicais
formados durante o processo de pirólise forem mais estáveis.

4.2 Radicas Livres do Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e do Poliestireno (PS)

O início da degradação ocorre pela formação de radicais alquila (R·) devido à ação de tensões
e temperatura. Quando o oxigênio está presente, ele reagirá facilmente com os macrorradicais,
resultando na propagação da degradação através da produção de radicais livres, como
peróxido (ROO·), alcóxido (RO·) e hidroxila (HO·) e produtos instáveis, como o
hidroperóxido (ROOH). Estes componentes, são instáveis e reativos e atacam a cadeia,
abstraindo outros átomos da cadeia carbônica principal do polímero.

( complementar, e fazer citações)

5. METODOLOGIA
Uma das intenções mediante a esse trabalho de conclusão de curso era a
realização da prática com equipamentos laboratoriais, entretanto, por se tratar
de gases e aquecimento de material sólido, foi pensado também uma
alternativa com equipamentos usuais.
Apos semanas a procura de um material resistente fizemos pesquisas e vimos
que em outros trabalhos de tcc como no trabalho, DESENVOLVIMENTO DE
UM PROTOTIPO PARA TRANSFORMAR RESIDUOS POLIMERICOS EM
COMBUSTIVEL (por joanildo gomes nogueira e sua equipe) eles ultilizaram de
uma panela de pressão que aguentava a alta temperatura, u usufluiu-se da
ideia inicial desse artigo e adaptamos para que se encaixasse melhor ao nosso

5.1 Materiais
De forma conjunta foi usado: condensador; destilador; panela de pressão; béquer; termômetro;
bico de bunsen; garra; cano de latéx ; polímeros atóxicos (PE e PS) e Tijolo ( como catalisador
por conter argila e ser de fácil acesso)

5.2 Polietileno e Poliestireno

Alguns cientistas realizaram o processo de pirólise nos polímeros PS e PEAD, tendo


como resultado a composição dos mesmos na faixa de temperatura apropriada: 
A pirólise do PS na faixa de temperatura de 532-708°C produz um líquido, que é 
constituído de aproximadamente 75% de estireno, junto com outros hidrocarbonetos 
policíclicos aromáticos (PAH) (cerca de 10% de tolueno, etilbenzeno,  propenilbenzeno,
propinilbenzeno e naftaleno), com baixa produção de gases (ao  redor de 15%) e sem a
formação de cinzas.
A pirólise do PEAD na temperatura de 800°C, sofreu uma conversão igual a 2,5% em
massa de uma mistura de óleos e ceras, e 97,5% em massa de seu polímero foi
convertido para gás, tendo como composição: 7,37% de metano, 4,54% de etano, 35,7%
de etileno, 1,58% de propano, 25,7% de propileno, 0,02% de acetileno, 8,9% de butileno,
0,45% de butano, 9,17% de pentano, 3,36% de benzeno 0,65% de tolueno e 0,1% de
xileno e estirenos.(Gonçalves, 2010, p10)

CÓDIGO TIPO DE PLÁSTICO CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Polietileno de Alta Rígido; Resistente a Garrafa de iogurte,
Densidade (PEAD). alta temperatura e leite, sucos, garrafas
produtos químicos; de álcool, pote de
Atoxidade; Fácil de sorvete, brinquedos,
produzir e moldar. tanque de combustível,
etc.

Poliestireno (PS). Atoxidade;Rígido; Pratos, talheres e


Baixa densidade; copos descartáveis,
Quando cristal possui capas de CD´s, pipetas
transparência descartáveis,
cristalina; Não é embalagens de
resistente a gorduras e alimentos, etc.
solventes.

(SIQUEIRA,2022)

5.3 Processo

Primeiramente o plástico utilizado deve ser pesado, no sentindo de registrarmos a


quantidade de óleo a ser produzido na panela. Na iminência de facilitar o processo, os
polímeros foram picotados, com tesoura escolar, mas o processo poderia ocorrer sem
interferências caso o material permanecesse inteiro. Fizemos uma simulação de um
reator industrial para o aquecimento ser o suficiente e alcançarmos o ponto de
ebulição e condensarmos todo gás liberado durante a pirólise.

Para simular um reator utilizamos uma panela de pressão de 4.5 litro, O pino da
panela de pressão foi substituído por uma mangueira de látex que foi ligada a
serpentina de vidro com água em temperatura ambiente para resfriar o vapor dos
polímeros que estão dentro da panela de pressão assim as cadeias moleculares dos
plásticos PEAD e PS serão quebrados, um erlenmeyer está posicionado embaixo da
serpentina para assegurar que o óleo produzido pelo vapor do plástico esteja
conservado para fazermos a destilação e as análises físico-químicas e comprovamos
os componentes de um combustível presentes no vapor desses plásticos
condensados.

5.3.1-1ª TENTATIVA

O primeiro plástico utilizado foi o Polietileno de Alta Densidade (PEAD), em primeiro instante
pensamos em realizar o experimento em um bule de metal, pois ele consegue ser aquecido
em alta temperatura e pelo bico do bule ser estreito seria fácil de encaixar uma mangueira que
ligaria o vapor do plástico até a serpentina, porém ele não daria a pressão necessária, então
realizamos o experimento em uma panela de pressão para quebrar a cadeia do polímero e
obtermos o vapor necessário.

Para iniciar pesamos 100g do polímero e fizemos dois testes nessa tentativa. No primeiro
teste, para comprovação que o polímero libera um óleo, colocamos o plástico em um cadinho
de metal tampado com um vidro de relógio e aquecemos com o bico de Bunsen e o resultado
foi um óleo que precisaria ser passado pelo processo de destilação e em seguida realizar as
análises físico-químicas para identificação das propriedades de um combustível.

(figura1)

(figura2)

5.3.2- 2°TENTATIVA

Nesse teste que realizamos no mesmo dia, utilizamos a panela de pressão que foi aquecida
por dois bicos de Bunsen com função de que a temperatura subisse mais rápido para pegar
pressão e colocamos o plástico dentro da panela e tampamos, para que o vapor do plástico
passasse pelo processo de resfriamento, removemos o pino da panela de pressão e
parafusamos uma porca de metal para fixar uma ponta da mangueira de látex na panela e a
outra encaixamos em uma serpentina de vidro com água em temperatura ambiente, onde o
vapor resfriaria e cairia em estado-físico líquido em um Erlenmeyer que colocamos embaixo da
serpentina.

Este teste durou duas horas e não obtivermos sucesso pois apesar de elevarmos a
temperatura com dois bicos de Bunsen, não houve pressão necessária para o gás do polímero
chegar até a mangueira e passar pelo condensador/serpentina.

(figura3)

5.3.3 -3ª TENTATIVA

Utilizamos o mesmo processo da panela de pressão com um polímero diferente o Poliestireno


(PS), que tem propriedades de um combustível quando condensado e é atóxico. A prática foi
igual a primeira tentativa, o que diferenciava era o tipo de polímero, porém, durante o processo
para agilizarmos a vaporização do plástico aumentamos a temperatura com bico de Bunsen e
pelo aquecimento ser maior o plástico se degradou rapidamente e os processos não foram
completados, o vapor não passou pela serpentina, ou seja, não conseguimos utilizar o gás do
Poliestireno porque a temperatura estava elevada.
(figura3)

5.3.4- 4º TENTATIVA

Após a segunda tentativa do processo do reator que simulamos não ter funcionado
porque o gás não passou pelo condensador, voltamos com uma temperatura menor
para aquecer a panela, utilizando somente dois bicos de bunsen e optamos por fazer o
processo dentro da capela por precaução pois caso tenha vazamento do gás será
absorvido pelo exaustor. Nessa tentativa utilizamos os dois polímeros juntos o
Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e o Poliestireno (PS), cortamos eles em
pequenos pedaços, pesamos e levamos até a panela de pressão e iniciamos o
processo novamente, ficamos em observação durante três horas e não tivemos
resultados.

(figura4)
5.3.5- 5º TENTATIVA

Voltamos utilizar somente o Poliestireno (PS) pois entre as tentativas, acreditamos que
ele seria o mais fácil para chegar ao resultado pela sua temperatura de fusão ser mais
baixa. Começamos cortando o plástico em pedaços e pesando para colocarmos na
panela e esperarmos pegar pressão para o gás chegar até o condensador,
acendemos a chama dos dois bicos de Bunsen e aguardamos por cerca de três horas.
Conseguimos notar, que a mangueira que interliga a panela e o condensador estava
embaçada com o vapor liberado pela panela, mas o gás não chegou até a serpentina,
isso nos fez pensar que provavelmente a panela não está pegando pressão o
suficiente ou é um processo que leva mais horas de relógio.

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