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Microplásticos – poluição dos oceanos

Escola: Escola Secundária de Santa Maria Maior


Tema: Microplásticos – poluição nos oceanos
Disciplina: Físico-química
Autores: Gabriela Vaz, nº8; Liliana Rocha, nº12; Rodrigo Maciel, nº22; Simão Ribeiro,
nº23; 10ºD
Índice

Introdução .................................................................................................................................. 3
Desenvolvimento ...................................................................................................................... 3
• O que são os microplásticos? .................................................................................. 3
• Qual é a sua origem? E como vão parar ao meio ambiente? ........................... 4
• Qual o seu impacto?.................................................................................................... 6
• Quais são as soluções combater os microplásticos? ....................................... 6
Conclusão .................................................................................................................................. 7
Bibliografia ................................................................................................................................. 7
Anexos ........................................................................................................................................ 8
Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Físico-química do 10°ano do Curso


científico-humanístico de Ciências e Tecnologia.

Na temática aqui desenvolvida centramos a nossa atenção no corelacionamento entre quatro


subtemas do estudo dos microplásticos:

• O que são os microplásticos?

• Qual a sua origem? E como vão para o meio ambiente?

• Qual o seu impacto?

• Quais são as soluções combater os microplásticos?

A nossa finalidade principal é introduzir conhecimentos básicos acerca das causas e


consequências da formação de microplásticos.

Sendo estes partículas menores que 5mm (milímetros), que podem ser classificados pelos
diferentes tipos, formas e cores. Estes resíduos plásticos são considerados poluentes globais,
no ambiente costeiro e marinho, os mais encontrados são os pellets, os fragmentos irregulares
e as fibras. Os microplásticos estão também divididos em duas categorias: microplásticos
primários e secundários.

Os seus principais impactos em ambientes costeiros e marinhos estão relacionados à


biosfera, visto que há uma preocupação quanto à ingestão do microplástico da parte de certos
animais, que pode ser confundido como alimento. Além disso, estas partículas transferem
compostos orgânicos persistentes de elevada toxicidade e aumentam o risco de efeitos tóxicos
para os principais predadores e seres humanos que consomem espécies contaminadas por
essas partículas.

Os impactos são gerados a partir do momento a que chegam ao ambiente e podem persistir
por longos períodos até se decomporem totalmente e entrar no ciclo biogeoquímico novamente.

Por fim, pretendemos disponibilizar alternativas e soluções para diminuir o nosso uso de
microplásticos diariamente e combater as consequências destes no nosso meio ambiente,

Desenvolvimento
• O que são os microplásticos?

Microplásticos são minúsculos detritos plásticos oriundos da fragmentação de plásticos


maiores. São encontrados, principalmente, em forma de partículas de tamanho inferior a 5 mm.
Os seres humanos geraram 8,3 bilhões de toneladas métricas de plástico desde 1950.
Apenas 9% dos resíduos plásticos são reciclados e a grande maioria acaba em aterros e no
meio ambiente, onde se desagrega em micropartículas que poluem as águas e o ar,
prejudicam a fauna marinha e, finalmente, são ingeridas pelos seres humanos.

Atualmente, consideramos os seguintes tipos de plásticos: Poliamida (PA); Polietilenos (PE);


Tereftalato de polietileno (PET); Poliéster (PES); Poliimidas (PI); Polipropileno (PP);
Poliuretanos (PUR)

Dentro destes existem dois tipos de microplásticos:

1. Microplásticos primários:

- Libertados diretamente para o ambiente como pequenas partículas;

- Estima-se que representam entre 15% a 31% dos microplásticos nos oceanos;

- Principais origens: lavagem de roupas sintéticas (35% dos microplásticos primários);

- Desgaste dos pneus durante a condução (28%);

- Microplásticos adicionados intencionalmente em produtos de cuidados pessoas, por


exemplo, microesferas em esfoliantes faciais (2%).

2. Microplásticos secundários:

- Provêm da degradação de objetos de plástico maiores, como sacos de plásticos, garrafas


ou redes de pesca;

- Contabilizam-se entre 69% a 81% dos microplásticos encontrados nos oceanos.

• Qual é a sua origem? E como vão parar ao meio ambiente?

A poluição dos oceanos começa quase sempre no nosso lixo. De acordo com a empresa de
consultoria McKinsey & Company, das 260 milhões de toneladas anuais de plástico que nos
desfazemos no mundo, apenas reaproveitamos 12%, enquanto a imensa maioria termina
incinerada ou disseminada nos aterros e locais mais inconcebíveis do planeta, como é o caso
do abismo Challenger no fundo marinho.

A maior parte destes resíduos abandonados termina nos mares, onde as ondas e o vento
os descompõem até convertê-los em fragmentos diminuídos conhecidos como microplásticos.
Estas partículas de menos de 5 mm ficam presas dentro dos giros oceânicos, formando
grandes manchas de lixo flutuante como a do Pacífico Norte, a maior do mundo, com 1,6
milhão de km2 e 80.000 toneladas de peso.
Na lavagem da roupa:

- As roupas são compostas por fibras têxteis sintéticas de plástico (ex.: poliéster). Após a
lavagem destas, por meio do choque mecânico, as partículas de microplásticos libertam-se e
acabam por ser enviadas para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente.

No ar:

- As fibras têxteis de plástico também podem parar no ar. Um estudo sugere que o simples
atrito de um membro do corpo com o outro, quando uma pessoa está vestida com roupas de
fibras têxteis sintéticas plásticas, é o suficiente para dispersar estas partículas para atmosfera.
Esta poeira pode ser inalada, juntar-se ao vapor ou ir parar em seus alimentos, por exemplo.

Nos cosméticos e produtos de higiene:

- Alguns sabonetes, cremes, pastas e esfoliantes são um perigo para o ambiente. Estes


produtos podem ser feitos com partículas de polietileno que, após o uso, caem diretamente na
rede de esgoto. Mesmo quando há estações de tratamento, as microesferas de plástico dos
cosméticos não são retidas pela filtragem de partículas, pois são muito pequenas, e acabam
por ir parar no oceano.

Nas tintas látex e acrílicas:

- Uma reportagem mostrou que a tinta plástica utilizada em casas, carros e navios se
desprende por meio de intempéries e vai parar no oceano, formando uma camada
de microplástico na superfície do mar. Vale a pena ressaltar que as tintas látex e acrílicas
usadas para artesanato também podem ser acrescentadas nesse tópico como materiais
geradores de microplástico.

Na pesca fantasma:

- A pesca fantasma está associada ao abandono e descarte de equipamentos desenvolvidos


para capturar animais marinhos. Além de colocar em risco toda a vida marinha, os utensílios
usados possuem plástico na sua composição, e, ao se degradarem, estas partículas plásticas
transformam-se em microplásticos.

No descarte incorreto:

- Durante o ano, pelo menos oito milhões de toneladas de resíduos plásticos que foram
descartados incorretamente vão parar nos oceanos, lagos e rios do mundo todo. Estes
descartes, se fossem encaminhados corretamente para a reciclagem, poderiam voltar para a
cadeia energética. Mas, uma vez no oceano, fragmentam-se em microplásticos e acabam por
entrar na cadeia alimentar de alguns animais, participando inclusive na dieta humana.
• Qual o seu impacto?

Um peso equivalente ao de 80 milhões de baleias azuis, 1 bilhão de elefantes ou 25.000


Empire State Buildings. Essa é a quantidade de plástico gerada pelo ser humano desde que
começou sua produção em grande escala de materiais sintéticos no início da década de 50:
8,3 bilhões de toneladas métricas. Uma quantidade suficiente para cobrir a Argentina. São
dados do estudo Production, use and fate of all plastics ever made efetuado em 2017 pela
Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, Universidade da Geórgia e Sea Education
Association.

De forma previsível, a produção anual de plástico foi multiplicando-se com o passar dos
anos, passando de 2 milhões de toneladas métricas em 1950 para mais de 400 milhões em
2015. Essa tendência não parece recuar: da totalidade do plástico gerado entre essas duas
datas pelos seres humanos, metade foi produzida nos últimos anos. Uma das principais
causas do aumento irrefreável na produção de plástico explica-se no facto de este ter uma
vida útil muito breve, visto que, metade se converte em resíduos após quatro anos de uso ou
menos. Embora seja verdadeiramente preocupante que apenas 9% desses resíduos são
reciclados, enquanto 12% foram incinerados e 79% acabaram em aterros e no meio ambiente.

Boa parte do plástico que acaba no meio ambiente chega aos mares e oceanos. A água, o
sol, o vento e os microrganismos vão degradando o plástico descartado nos oceanos até
convertê-lo em microplásticos. Tais partículas são ingeridas pelo plâncton, bivalves, peixes e
até baleias, que as confundem com comida. Em 2016, um relatório da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação (FAO) informava sobre a presença de microplásticos em
até 800 espécies de peixes, crustáceos e moluscos. O problema é encadeado pois muitas
destas espécies de peixes são consumidas pelo ser humano que, consequentemente, vai
digerir os próprios microplásticos.

• Quais são as soluções combater os microplásticos?


Cada vez há mais países que estão a adotar políticas para reduzir o consumo de plástico e
diminuir a contaminação — mais de 60 de acordo com um relatório da ONU de 2018. O Reino
Unido, os EUA, o Canadá e a Nova Zelândia já proibiram o fabrico de produtos de cuidados
pessoais que possam conter microesferas. Estas minúsculas esferas de plástico encontram-
se em alguns produtos de beleza, devido às suas propriedades esfoliativas. Calcula-se que
durante um banho com um sabonete líquido que contenha microesferas, até 100.000 dessas
pequenas esferas podem ir para o esgoto que, finalmente, acabarão no oceano onde serão
consumidas pela fauna marinha, introduzindo substâncias potencialmente tóxicas na cadeia
alimentar.
Por outro lado, a Costa Rica anunciou em 2017 uma estratégia nacional para proibir todos
os plásticos de uso único em 2021, reduzindo assim a quantidade que acaba no oceano, rios
ou florestas. Na África, o Quênia proibiu desde 2017 a produção, venda, importação e uso de
sacos de plástico, assim como Ruanda, que já os proibiu em 2008. Seguindo o exemplo da
Costa Rica, a União Europeia alcançou recentemente um acordo provisório para proibir em
2021 o plástico de uso único caso haja alternativas acessíveis, tais como cotonetes de
algodão, talheres, pratos, copos ou palhinhas. No caso dos produtos para os quais não
existam alternativas acessíveis, o objetivo é limitar seu uso, impondo tanto um objetivo de
redução do consumo em âmbito nacional quanto obrigações de gestão e limpeza de resíduos
aos produtores.

Estas ações não se limitam só a organizações de grande poder, mas também a cada um de
nós, visto que somos responsáveis pelos produtos e utensílios que usamos no nosso dia-a-
dia. Por isso, é importante que todos nós tenhamos uma mente aberta a outras opções, para
que as gerações futuras, e os todos os seres vivos, tenham um futuro mais agradável.

Conclusão

Neste trabalho abordamos o tema “Microplásticos – poluição nos oceanos” e concluímos


que, além destes estarem divididos em categorias, têm também um grande impacto no meio
ambiente aquático e, consequentemente no nosso mundo atual.
Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, compreensão e
aprofundamento deste tema, uma vez que nos disponibilizou a capacidade de melhor
entendimento dos impactos destas partículas e o quão grave é a situação nos dias de hoje.
Além disso, este trabalho permitiu-nos, também, um aperfeiçoamento das nossas
competências de investigação, seleção, organização e de estrutura de informações.

Bibliografia

• https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20181116STO19217/micro
plasticos-origens-efeitos-e-solucoes
• https://www.ecycle.com.br/plastico-nos-oceanos/
• https://www.iberdrola.com/meio-ambiente/microplasticos-ameaca-a-saude
• https://apambiente.pt/residuos/microplasticos
• https://institucional.lidl.pt/sustentabilidade/medidas-e-projetos/microplasticos
• https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/microplasticos.htm
Anexos

Fig. 1 - https://www.iberdrola.com/meio-ambiente/microplasticos-ameaca-a-saude

Fig. 2 - https://greensavers.sapo.pt/os-microplasticos-ameacam-a- Fig. 3 - https://www.iberdrola.com/meio-ambiente/microplasticos-


vida-nos-oceanos/ ameaca-a-saude

Fig. 4 - https://marsemfim.com.br/serie-microplasticos-
nos-oceanos-artigo-da-ufpr/

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