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Microplásticos

Os microplásticos são minúsculos pedaços de material plástico com menos de 5 milímetros.


Podem ser divididos em duas categorias principais, de acordo com determinados fatores tais
como a sua origem.

Estes são considerados primários quando libertados diretamente para o ambiente como
pequenas partículas. Acredita-se que se originam maioritariamente através da lavagem de
roupas sintéticas e estima-se que representam entre 15% a 31% dos microplásticos nos
oceanos.

Já os microplásticos secundários provêm da degradação de objetos de plástico maiores, como,


garrafas, sacos de plástico ou redes de pesca. Contabilizam-se entre 69% a 81% dos
microplásticos encontrados nos oceanos, ou seja, representam a maioria.

É também do conhecimento geral que as fontes mais prováveis para geração de pequenos
fragmentos de plásticos no oceano são as praias porque os resíduos plásticos deixados nas
praias rapidamente sofrem degradação por foto-oxidação graças à exposição à radiação
ultravioleta do sol e ao calor da areia

Em menos de um século de existência os resíduos de plástico já representam cerca de 60 a


90% do lixo marinho dependendo da localização.

Mas causaram estas partículas efeitos no nosso planeta? Bem, os microplásticos encontrados
no mar podem ser ingeridos por animais marinhos. Para além do mais, o plástico acumula-se e
pode atingir-nos a nós, humanos, através da cadeia alimentar.

Nisto, já foram encontrados em alimentos e bebidas, incluindo cerveja, mel e água da torneira.
Não surpreendentemente, partículas de plástico foram, também, descobertas, recentemente,
em fezes humanas.

Nesta primavera, cientistas dos Países Baixos e do Reino Unido detetarm partículas minúsculas
de plástico em humanos vivos, em dois locais onde não tinham sido detetadas antes: no fundo
dos pulmões de pacientes de cirurgia e no sangue de doadores anónimos.

Dick Vethaak, professor emérito de ecotoxicologia da Universidade Vrije de Amesterdão e


coautor do estudo feito com amostras de sangue, não considera os seus resultados
particularmente alarmantes – “Mas admito que sim, devemos estar preocupados. Os plásticos
não devem estar no sangue.” Ainda que não se tenha descoberto o preciso e real impacto do
plástico no organismo humano.

Quanto às soluções - os eurodeputados aprovaram, em setembro, uma estratégia sobre os


plásticos que visa aumentar a taxa de reciclagem de resíduos de plástico na União Europeia
(UE).

Além disso, pediram à Comissão que introduzisse uma proibição em toda a UE de


microplásticos adicionados intencionalmente nos produtos, como em cosméticos e
detergentes até 2020, e que tomasse medidas para minimizar a libertação de microplásticos
dos têxteis, pneus, tintas e pontas de cigarro.

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