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O PARADOXO DOS

PLÁSTICOS
FATOS PARA UM FUTURO MELHOR

CHRIS DE ARMITT
PHD FRSC CC HEM
POLUIÇÃO –
FONTES E SOLUÇÕES
TÓPICOS A SEREM ABORDADOS
• PERCEPÇÃO
• A VERDADEIRA CAUSA DA POLUIÇÃO
• PROVA DE QUE O COMMPORTAMENTO HUMANO CAUSA POLUIÇÃO
• POULUIÇÃO NOS OCEANOS
• A GRANDE MANCHA DE LIXO DO PACÍFICO
• O QUE TEM NA MANCHA?
• DE QUEM É A CULPA?
• E AS TARTARUGAS?
• PLÁSTICO POLUINDO OS RIOS
• PLÁSTICO POLUINDO AS PRAIAS
• POLUIÇÃO DA PRAIA POR TURISTAS
• POLUIÇÃO EM PRAIAS REMOTAS
• TENDÊNCIAS DA POLUIÇÃO NAS PRAIAS
• DIFERENÇAS REGIONAIS
• CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO

Abordaremos sobre “Poluição – Fontes e Soluções”, onde Chris aponta sobre o


que é, suas causas e soluções que podemos fazer para evita-las, verificando os
fatos da raiz do problema, para a elaboração de uma solução eficaz.
PERCEPÇÃO
Chris confessa que não suporta de ver uma sacola de supermercado, que a mesma deixa qualquer
ambiente com ar de monstruosidade. E brinca dizendo que “isso vem de um especialista em plástico”. Ele
cita um livro de Gerald Scott - “Polymers and the Environmente”, pág 97, de 1999, que apontava que
tecnicamente falando, uma sequoia derrubada é poluição. Após reparem que as árvores mortas
permanecem intactas por no mínimo 500 anos, quase sem degradação.
Afirmando que aceita sem problemas ver essa imagem da sequoia, que é até majestoso, porém uma
minúscula sacolinha de plástico o tira do sério.

Analisando mais a fundo, descobriu que as homens preferem imagens de aparência natural a imagens
feitas pelo homem, de acordo com o livro de Kardan – “Is the preference of natural versus man-made
scenes driven by bottom-up processing of the visual features of nature?”, 2015. Afirmando que “a
madeira plástica parece ser tão natural quanto a madeira, então ninguém se importa”.

Ele faz uma comparação de peso entre uma sacola de plástico e de uma moeda de 25 centavos dos EUA,
uma rolha de vinho , um dado ou uma amora. De que essa ilusão de ótica é uma grande responsável
ppelas pelos ataques injustificados ao plástico. Em relação a essa comparação, ele cita uma estimativa do
livro “Plastic waste inputs from land into the ocean, Science” de J. R. Jambeck, que 2% de todo o plástico
produzido vira poluição.
A quantidade real é muito menor do que a quantidade vista de lixo humano. E que mesmo que 80 desses
matérias de poliestireno expandido, ocupem muito volume, pesam o mesmo que uma sacola ou dado de jogo.

A VERDADEIRA CAUSA DA POLUIÇÃO

De acordo com o dicionário Meriam Webter Dictionary, poluir é definido como um substantivo e um verbo.
Poluição um substantivo, “ato de espalhar artigos dispersamente” e poluidor “aquele que espalha lixo em
uma área pública”, ou seja a causa da poluição.
Tendo isso em mente, a poluição é causada pelo poluidor que no caso é o ser humano. O lixo não é feito de
objetos que ganham vida e se espalham sozinhos, sabemos que uma pessoa irresponsável o jogou ali. Mas de
alguma forma a discussão sobre a poluição nos últimos anos tem como palta, de que o seu causador são os
próprios materiais. O que é ingênuo e contraproducente culpar objetos ou materiais pelas ações de seres
humanos irresponsáveis.

Mas podemos mudar isso, punindo severamente as pessoas que praticam essas ações, educando
adequadamente nossos filhos e incentivar o bom comportamento e punindo o mau, para os adultos.

PROVA DE QUE O COMPORTAMENTO HUMANO CAUSA


POLUIÇÃO

Um dos exemplos de Chris para explicar que poluir é um problema inerente às pessoas, é um carro com
“Imaginemos que você está dirigindo seu carro. Ele tem 300.000 mil quilômetros de rodagem, e
finalmente para de funcionar no meio da estrada. Você sai e deixa o carro ali enferrujando. Agora ele se
tornou um grande pedaço de lixo sem valor, criando uma bagunça horrorosa no meio ambiente. Quem
criou essa situação? O lixo (ou seja, o carro) é culpado? A maioria das pessoas admitiriam prontamente
que o carro não é o culpado. Afirmo que é exatamente a mesma situação com cada pedaço de lixo, seja
um carro , uma ponta de cigarro oou embalagem de doce. Cada peça foi deixada lá por um ser humano.
Culpar os plásticos pelo lixo é equivalente a bater o carro em uma árvore e culpar o carro”.

Tal exemplo também nos levam a uma maneira eficaz e comprovada de resolver a crise do lixo. Vemos
que artigos de plásticos com valor são “autolimpantes”. Pegando o exemplo de reciclagem de garrafas
PET na Noruega, a taxa de devolução de garrafas PET é de 97%, porque cada garrafa tem um certo
depósito relacionado a ela. Lá, em média cada garrafa é reciclada doze vezes, porque reciclar garrafas é
mais ecológico do que fazer novas. Ele usa menos material, menos energia e cria menos dióxido de
cabono.

POLUIÇÃO NOS OCEANOS


Chris menciona como a fauna marinha é afetada por objeto de plástico, dando exemplos das redes de
pescas que alguns animais ficam presos ao se enroscarem nela. Alguns animais comem o plástico, e
mesmo que o material não seja tóxico, podem sofrer alguns dano como por exemplo ao ingerirem, o
plástico ficar preso em suas gargantas, estômagos ou trato gastrointestinal, causando ferimento ou
morte.
Esses efeitos são reais e precisam ser tratados, no entanto, precisa-se reconhecer que isso só acontece
A GRANDE MANCHA DO PACÍFICO
As manchas do pacífico são formadas por vórtices das correntes oceânicas que capturam qualquer lixo flutuante na
água. Essas manchas têm sido objeto de muita atenção por serem muito grandes. Estima-se que uma delas
contenha 80.000 toneladas de plásticos misturados. Esses vórtices são frequentemente descritos como ilhas
flutuante de plásticos, porém possuem baixa densidade o que impede de serem detectados por imagens via
satélites , ou por barqueiros e mergulhadores presentes na área. Isso ocorre porque a mancha é uma área dispersa,
composta por pequenos pedaços do tamanho de unhas ou menores, que por muitas vezes são microscópicos.

Ou seja, elas não são detectadas no espaço e não se consegue dizer que elas estão lá, mesmo que esteja nadando em
meio a uma delas. Podemos também sua densidade, por serem materiais feitos de PP e PE, que flutuam na água,
são menos densos sendo por isso que vemos principalmente plásticos e não materiais de metal, vidro, cerâmica e até
algumas madeiras, porque eles afundam.

O QUE TEM NA MANCHA


Quase metade dela são redes de pesca descartadas, e a maior parte do restante em outros equipamentos da
indústria pesqueira, como cordas, espaçadores de ostras, armadilhas para enguias, engradados e cestos.

DE QUEM É A CULPA?
Os plásticos são os que levam a culpa pelos vórtices, quando na verdade claramente a culpa é da indústria
pesqueira.

Chris menciona um artigo que a revista Times publicou sobre um barco que recuperou 40 toneladas de redes.
Porém pesquisando mais afundo sobre a quantidade despejada por ano, ele descobriu que em apenas 1975, a
frota pesqueira mundial despejou aproximadamente 135.400 toneladas de redes de pesca plástica e 23.600
toneladas de material de embalagem sintético no mar.

O que claramente, retirar 40 toneladas nem arranhou a superfície do problema, e não o fará enquanto a
indústria pesqueira for responsabilizada pelos atos irresponsáveis e repreensível.

Ele também cita sobre um estudo muito detalhado feito ao longo de 60 anos mostrou que o emaranhado de
animais em redes plásticas aumentou a partir da década de 1950, atingiu seu pico na década de 2000 e desde
então começou a diminuir.

E AS TARTARUGAS?
Nesse tópico, Chris comenta sobre um vídeo de uma tartaruga com um objeto preso ao nariz que viralizou na
internet, e que muitos internautas afirmam ser um canudo de plástico. Ao verificar com cuidado descobre-se
que no áudio, eles dizem que o objeto poderia ser um “verme de algum tipo”. Ele fala ter questionado eles, se
aquilo realmente de fato era um canudo de plástico, acontece que ninguém nunca analisou detalhadamente
para saber o que de fato era.

Além disse Chris pesquisa se era comum animais ficarem com coisas presas no nariz, e encontra dois vídeos.
De acordo com alguns dados levantados sobre os plásticos no oceano, 0,6% do plástico vem dos EUA, dos
quais 0,02% são canudos. Portanto, a eliminação dos canudos dos EUA reduziria o plástico oceânico em
0,00012%. Alguns argumentariam que o valor de 0,6% é realmente maior, em parte por causa de todo lixo
que é exportado para Ásia, no entanto, a exportação dos resíduos é agora proibida.

O fato é que precisamos focar nas regiões geográficas onde existem os maiores problemas, por causa da falta
de tecnologia nesses países.

PLÁSTICO POLUINDO OS RIOS


A poluição nos rios foi extensivamente estudada, e por isso sabemos muito sobre o assunto. O primeiro ponto
a observar é que embora o plástico seja tudo o que vemos na mídia, com certeza não é o único tipo de material
encontrado nos rios.

Podemos ver a variedade dos materiais encontrados na tabela abaixo:


POSIÇÃO TIPO DE PLÁSTICO PERCENTUAL ENCONTRADo

1 Garrafa plástica 14%


2 Papel filme 12%
3 Bitucas de cigarro 9%
4 Embalagem marmitex 6%
5 Cotonetes 5%
6 Copos descartáveis 4%
7 Itens de higiene 3%
8 Embalagem de cigarro 2%
Canudos, talheres e mexedores
9 1%
descartáveis
10 Sacolas plásticas 1%
Do relatório Plásticos de Rios (Plastic RIvers) - Earthwatch.com.org.uk
De acordo com outro gráfico, a Ásia e a África são os grandes responsáveis pela entrada de plástico dos rios
nos oceanos:
Entrada global de plástico dos rios para o oceano por região,
2015
Cota das entradas anuais globais de plásticos dos rios para o
oceano, diferenciadas por região

Ásia

África

América do Sul

América Central e do Norte

Europa

Austrália/Pacífico

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

O plástico que vai para os oceanos vem da Ásia e da África


Fonte: https://ourworldfindata.org/plastic-pollution
PLÁSTICO POLUINDO AS PRAIAS

O lixo nas praias atrai muita atenção, em grande parte por ficar tão visível. As pessoas veem isso nas
férias, e o problema é especialmente grave em alguns locais populares para férias na Ásia.

Verifiquemos os fatos para que possamos identificar corretamente o problema e a solução adequada.
Podemos fazer o seguinte questionamento: de onde vem o lixo da praia? Felizmente esse tópico foi
estudado por décadas, sendo rico em dados muito bem elaborado. Partindo desses estudos, podemos
afirmar que cada lixo encontrado depende do tipo de praia.

POLUIÇÃO DA PRAIA POR TURISTAS

É interessante ler artigos sobre poluição de praias em diferentes países e localidades. Um estudo no
Brasil coletou cerca de 13.000 pedaços de lixo em nove praias, em faixas de 100 metros de comprimento.
Eles mostram que pontas de cigarro (45%) eram predominante, junto com plásticos, restos de comida e
espetinhos de madeira. As pontas de cigarro são compostas por um filtro de acetato de celulose (um tipo
de plástico de origem natural) e um invólucro de papel.
M. C. B. Araújo, J. S. Silva-Cavalcante and M. F. Costa, Anthropogenic Litter on Beaches With Different Levels of
Development and Use: A Snapshop of a Coast in Pernambuco (Brazil), Frontiers in Marine Science, 2018
Como podemos ver, a poluição na praia é causada principalmente pelas pessoas na praia. Esse é um
ponto importante. O público e as celebridades vão às praias turísticas e presumem que o lixo que
eles veem é representativo do lixo em todas as praias, mas esse não é o caso. Como pode se afirmar
no parágrafo anterior, as pessoas na praia causaram o lixo ali, e portanto a educação e outros
métodos para alterar o comportamento humano são a recomendação para resolver o problema.

POLUIÇÃO EM PRAIAS REMOTAS

Inicialmente, presumiu-se que todas as praias continham os mesmos tipos de lixo. Mas como
acabamos de aprender, o tipo de lixo encontrado em uma praia acessível às pessoas é, na verdade,
causado por essas mesmas pessoas.

Em 1972, o professor Gerald Scott publicou as primeiras descobertas sobre o assunto. Ele descobriu
que praias isolada eram dominadas por redes de pesca e cordas, ao invés de lixo encontrado em
praias frequentadas por pessoas. Gerald é especialista em degradação de polímeros, e observou na
época que itens feitos de polietileno de alta densidade e polipropileno se degradavam rapidamente
quando expostos às intempéries.

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