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Mazoca
1ª Edição 2017
E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta,
o meu grande exército que enviei contra vós. E comereis abundantemente e
vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu
para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca
mais será envergonhado. - Joel 2: 25-26
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
LISTA DE FIGURAS IV
CAPÍTULO 7. FLEXÃO 73
Material 𝝂 Material 𝝂
Aço 0,25 − 0,33 Latão 0,32 − 0,42
Alumínio 0,32 − 0,36 Zinco 0,21
Bronze 0,32 − 0,35 Pedra 0,16 − 0,34
Cobre 0,31 − 0,34 Vidro 0,25
Modulo de Modulo de
Material elasticidade Material elasticidade,
𝑬 [𝑮𝑷𝒂] 𝑬 [𝑮𝑷𝒂]
Aço 210 Latão 117
Alumínio 70 Ligas de Alumínio 73
Bronze 112 Ligas de chumbo 17
Cobre 112 Ligas de estanho 41
Chumbo 17 Ligas de magnésio 45
Estanho 40 Ligas de titânio 114
Ferro 200 Magnésio 43
Zinco 96 Liga de níquel (Monel) 179
Madeira 8 − 12
Observação:
É comum encontrar-se o módulo de elasticidade em 𝑀𝑃𝑎 (megapascal):
𝐸9ç; = 2,1 × 10> 𝑀𝑃𝑎 − 𝐴ç𝑜
𝐸AB = 0,7 × 10> 𝑀𝑃𝑎 − 𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜
𝐸IJ = 1,12 × 10> 𝑀𝑃𝑎 − 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑒
Tabela 3. Pressão
Para obter
T
Multiplicar 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚 𝑘𝑃𝑎 𝑚𝑚𝐻𝑔 𝑎 0℃ 𝑝𝑠𝑖
𝒂𝒕𝒎 1,0332 101,3171 760 14,696
𝒃𝒂𝒓 1,019716 100 750,062 14,50368
𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎𝟐 − 98,03922 735,5592 14,22334
𝒌𝑷𝒂 0,01020 − 7,5006 0,14504
𝒎𝒎𝑯𝒈 𝒂 𝟎℃ 0,001360 0,133322 − 0,019337
𝒑𝒔𝒊 0,070307 6,89465 51,715 −
Coeficiente de Coeficiente de
Material dilatação térmica Material dilatação térmica
𝜶 [ ℃l𝟏 ] 𝜶 [ ℃l𝟏 ]
Aço 1,2 × 10l> Latão 1,87 × 10l>
Alumínio 2,3 × 10l> Magnésio 2,6 × 10l>
Bronze 1,87 × 10l> Níquel 1,3 × 10l>
Borracha a 𝟐𝟎℃ 7,7 × 10l> Ouro 1,4 × 10l>
Chumbo 2,9 × 10l> Platina 0,9 × 10l>
Cobre 1,67 × 10l> Prata 2,0 × 10l>
Estanho 2,6 × 10l> Tijolo 0,6 × 10l>
Ferro 1,2 × 10l> Porcelana 0,3 × 10l>
Zinco 1,7 × 10l> Vidro 0,8 × 10l>
Observação: o aço SAE 1045 não é usado na estrutura propriamente dita, mas
somente nos esticadores de tirante dela.
Para aços usados em estruturas metálicas não são desejados teores de
carbono médios ou altos. Os teores devem estar entre 𝟎, 𝟏𝟎 − 𝟎, 𝟑𝟎% de Carbono,
por permitirem solda eléctrica sem cuidados especiais.
Figura 1.1 - Parafusos usados no acoplamento duma estrutura metálica submetidos à tensão.
Esse assunto vem sendo estudado há muitos anos, como é possível verificar
nos famosos trabalhos de Leonardo da Vinci (1452-1519) e Galileo Galilei (1564-
1642) que fizeram diversas experiências para a determinação da resistência de
cabos, barras e vigas, sem contudo desenvolver qualquer estudo teórico para explicar
os resultados de seus experimentos. A eles seguiram-se outros estudiosos como
Leonard Euler (1701-1783), Coulomb, Poisson, Navier, Saint Venant e Cauchy que,
por sua vez, desenvolveram teorias fundamentais.
Princípio de Sobreposição
Momento concentrado
Observações:
§ Para o cálculo das reacções de apoio, o binário de forças pode ser substituído
por um momento correspondente 𝑴 no polo, que será igual à força multiplicada
pela distância entre as forças que formam o binário: 𝑀 = 𝐹. 𝑎
§ Viga bi-encastrada
§ Viga encastrada-apoiada
§ Viga em consola
§ ↑: o somatório de todas as forças que agem no sentido vertical (y) deve ser
igual a zero.
Exemplo 1.1
Solução
Exemplo 1.2
Para a estrutura representada na
Figura 1.6, pede-se para
determinar as reacções nos apoios,
negligenciando o peso da viga.
Dados: 𝐹 = 𝑞. 𝑙 ; 𝑞 = 1𝑘𝑁/𝑚
1
𝑙 = 1500 𝑚𝑚 ; 𝑙 = 500 𝑚𝑚
3 Figura 1.6 - Exemplo 1.2
Solução
→ : 𝐴‰ − 𝐹 = 0 𝐴‰ = 𝐹 = 𝑞𝑙 𝑨𝒛 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝑵
↑ : 𝐴Š − 𝑞𝑙 = 0 𝐴Š = 𝑞𝑙 𝑨𝒚 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝑵
1 1 1 1
↻ 𝐴: 𝑀A + 𝑞𝑙 T − 𝐹𝑙 = 0 𝑀A = 𝑞𝑙 T − 𝑞𝑙 T 𝑴𝑨 = 𝟑𝟕𝟓 𝑵. 𝒎
2 3 3 2
ou quando os ditos vectores têm sentidos opostos aos dos eixos em causa, se a
normal exterior também tem sentido oposto ao eixo positivo (Figura 2.4).
Exemplo 2.1
Para a estrutura representada na Figura 2.7, pede-se para determinar as
reacções nos apoios, negligenciando o peso da viga.
Dados: 𝐹 = 4 𝑘𝑁; 𝑞 = 2𝑘𝑁/𝑚; 𝑎 = 1 𝑚; 𝑏 = 0,5 𝑚
Solução:
𝑨𝒛 = 𝟎 𝑨𝒚 = −𝟎, 𝟓 𝒌𝑵 𝑩 = 𝟔, 𝟓 𝒌𝑵
§ Trecho 1
⟶ : 𝑁• = 0 𝑁• = 0
↓: 𝑇• + 𝑞. 𝑧• = 0 𝑇• = −2𝑧•
1 T 𝑀• = −𝑧•T
𝑧• ↺ : 𝑀• + 2 𝑞𝑧• = 0
§ Trecho 2
⟶ : 𝑁T = 0
↓ : 𝑇T + 𝑞. 𝑎 − 𝐴Š = 0
1
𝑧T ↺ : 𝑀T + 𝑞. 𝑎 ™2 𝑎 + 𝑧T š − 𝐴Š . 𝑧T = 0
𝑁T = 0
𝑇T = −2,5 𝑘𝑁
𝑀T = −2,5𝑧T
§ Trecho 3
⟵ : 𝑁œ = 0 ⟵ : 𝑁œ = 0
↑ : 𝑇œ − 𝐹 = 0 ↑ : 𝑇œ − 𝐹 = 0
𝑧œ ↻ : 𝑀œ + 𝐹. 𝑧œ = 0 𝑧œ ↻ : 𝑀œ + 𝐹. 𝑧œ = 0
§ Trecho 4
⟵ : 𝑁j = 0 𝑁j = 0
↑ : 𝑇j + 𝐵 − 𝐹 = 0 𝑇j = −2,5 𝑘𝑁
𝑧j ↻ : 𝑀j − 𝐵. 𝑧j + 𝐹(𝑎 + 𝑧j ) = 0 𝑀j = 2,5𝑧j − 4
Exemplo 2.2
Determinar as leis de variação dos esforços seccionais para a estrutura
representada na Figura 2.8.
Dados: 𝐹, 𝑎. 𝐹• = √2𝐹 ; 𝐹 = 𝑞𝑎 ; 𝛼 = 45°
Solução:
→ : 𝐴‰ − 𝐹 = 0 𝐴‰ = 𝐹
↑ : 𝐴Š + 𝐵Š − 2𝑞𝑎 − 𝐹 = 0 𝐴Š = 7 𝐹
4
𝐴 ↺ : 𝐵. 4𝑎 − 𝐹. 3𝑎 − 2𝑞𝑎T = 0 5
𝐵 = 4 𝐹
§ Trecho 1
→ : 𝐴‰ + 𝑁• = 0 𝑁• = −𝐹
↑ : 𝐴Š − 𝑞𝑧• − 𝑇• = 0 𝑇 = 7 𝐹 − 𝑞𝑧
• 4 •
𝑧•T
𝑧• ↺ : 𝑀• + 𝑞 2 − 𝐴Š 𝑧• = 0 7 𝑧T
𝑀• = 4 𝐹𝑧• − 𝑞 2•
§ Trecho 2
↑ : 𝐴Š − 2𝑞𝑎 − 𝑇T = 0
→ : 𝐴‰ + 𝑁T = 0
𝑧T ↺ : 𝑀T − 𝐴Š (2𝑎 + 𝑧T ) + 2𝑞𝑎(𝑎 + 𝑧T ) = 0
1
𝑇T = 𝐴Š − 2𝑞𝑎 = − 4 𝐹
𝑁T = −𝐴‰ = −𝐹
3 1
𝑀T = 𝐹 ™2 𝑎 − 4 𝑧T š
§ Trecho 3
5
↑ : 𝐵 + 𝑇œ = 0 𝑇œ = − 4 𝐹
→ : −𝑁œ = 0 𝑁œ = 0
𝑧œ ↺ : 𝐵. 𝑧œ − 𝑀œ = 0 5
𝑀œ = 4 𝐹𝑧œ
Exemplo 2.3
Solução:
→ : 𝐴‰ − 𝐹 = 0 𝐴‰ = 𝐹 = 𝑞𝑙 𝑨𝒛 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝑵
↑ : 𝐴Š − 𝑞𝑙 = 0 𝐴Š = 𝑞𝑙 𝑨𝒚 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝑵
1 1 1 1 𝑴𝑨 = 𝟑𝟕𝟓 𝑵. 𝒎
↻ 𝐴: 𝑀A + 2 𝑞𝑙 T − 3 𝐹𝑙 = 0 𝑀A = 3 𝑞𝑙 T − 2 𝑞𝑙 T
§ Trecho 1
↓ : 𝑁• = 0 𝑁• = 0
← : 𝑇• + 𝐹 = 0 𝑇• = −𝐹
𝑧• ↻ : 𝑀• − 𝐹𝑧• = 0 𝑀• = 𝐹𝑧•
§ Trecho 2
← : 𝑁T + 𝐹 = 0
↑ : 𝑇T − 𝑞𝑧T = 0
1 1
𝑧T ↻: 𝑀T − 3 𝐹𝑙 + 2 𝑞𝑧TT = 0
𝑁T = −𝐹
𝑇T = 𝑞𝑧T
1 1
𝑀T = 3 𝐹𝑙 − 2 𝑞𝑧TT
Exemplo 2.4
Determinar as equações
dos esforços internos para a
estrutura abaixo representada,
sendo:
Dados: 𝑞¡á£ = 3𝑞¤ ; 𝐹 = 𝑞¤ 𝑎
Solução:
→ : 𝐴‰ − 𝐹 = 0 𝑨𝒛 = 𝑭
1 𝑨
↑ : 𝐴Š − 2 3𝑞¤ . 3𝑎 = 0 𝒚 = 𝟒, 𝟓 𝑭
1 1 𝑴𝑨 = −𝟓, 𝟓 𝑭𝒂
𝐴 ↺ : −𝑀A − 2 3𝑞¤ . 3𝑎 . 3 3𝑎 − 𝐹𝑎 = 0
§ Trecho 1
→ : 𝑁• = 0 𝑁• = 0
↑: 𝐹 − 𝑇• = 0 𝑇• = 𝐹
𝑧• ↺ : 𝑀• − 𝐹𝑧• = 0 𝑀• = 𝐹𝑧•
§ Trecho 2
→ : −𝑁T − 𝐹 = 0
𝑧
↑ : 𝑇T − 𝑞(𝑧T ) 2T = 0
𝑧 𝑧
𝑧T ↺ : −𝑀T − 𝐹𝑎 − 𝑞 (𝑧T ). 2T . 3T = 0
𝑁T = −𝐹 = −𝑞¤ 𝑎
𝑧T 𝑧T
𝑧TT ( )
𝑇T = 𝑞¤ 2𝑎 sendo: 𝑞 𝑧T = 𝑞¡á£ . 3𝑎 = 𝑞¤ . 𝑎
𝑧Tœ 𝑧Tœ
𝑀T = −𝐹𝑎 − 𝑞¤ 6𝑎 = −𝑞¤ 𝑎T − 𝑞¤ 6𝑎
Exemplo 2.5
Determinar as equações
dos esforços internos para a
estrutura representada na
figura abaixo ao lado.
Dados:
𝑞, 𝑎 𝐹 = 𝑞. 𝑎
Solução:
§ Trecho 1
→ : 𝑇• = 0 𝑇• = 0
↑ : 𝑁• + 𝐵 = 0 𝑁• = −𝐵 = −3𝑞𝑎
↺ 𝑧• : 𝑀• = 0 𝑀• = 0
§ Trecho 2
→: 𝑇T − 𝐹 = 0 𝑇T = 𝐹 = 𝑞𝑎
↑ : 𝑁T + 𝐵 = 0 𝑁T = −𝐵 = −3𝑞𝑎
↺ 𝑧T : 𝑀T − 𝐹𝑧T = 0 𝑀T = 𝐹𝑧T = 𝑞𝑎𝑧T
§ Trecho 3
← : 𝑁œ = 0 𝑁œ = 0
↑ : 𝑇œ − 𝑞𝑧œ = 0 𝑇œ = 𝑞𝑧œ
1 1
↻ 𝑧œ : 𝑀œ + 2 𝑞𝑧œT = 0 𝑀œ = − 2 𝑞𝑧œT
§ Trecho 4
→ : 𝑁j + 𝐴‰ = 0 𝑁j = −𝐴‰ = −𝑞𝑎
↓ : 𝑇j + 𝑞𝑧j − 𝐴Š = 0 𝑇j = 𝑞𝑎 − 𝑞𝑧j
1 𝑞𝑧 T
↺ 𝑧j : 𝑀j + 2 𝑞𝑧jT − 𝐴Š 𝑧j = 0 𝑀j = 𝑞𝑎𝑧j − 2j
𝑑𝑓 1 𝑑T 𝑓
𝑓 (𝑧 + 𝑑𝑧) = 𝑓 (𝑧) + 𝑑𝑧 + (𝑑𝑧)T + ⋯
𝑑𝑧 2! 𝑑𝑧 T
𝑁 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
⎧𝑑𝑇
⎪ = −𝑞(𝑧) 𝑑 T 𝑀 𝑑𝑇
𝑑𝑧 ⇛ T = = −𝑞(𝑧)
⎨ 𝑑𝑀 𝑑𝑧 𝑑𝑧
⎪ = 𝑇 (𝑧 )
⎩ 𝑑𝑧
𝑑T𝑀 𝑑𝑇
T
=− = −𝑞(𝑧)
𝑑𝑧 𝑑𝑧
Como se pode facilmente verificar.
Como os esforços calculados como funções das coordenadas 𝒛𝒊 não dão uma
ideia sobre a sua variação ao longo da viga, é conveniente usar-se uma
representação gráfica daquelas funções. Para além disso, frequentemente, como por
exemplo no processo do dimensionamento duma estrutura, basta conhecer os valores
extremos dos esforços que podem ser facilmente deduzidos das suas representações
gráficas. As representações gráficas da variação dos esforços ao longo dos eixos dos
elementos estruturais chamam-se “diagrama dos esforços” ou “linhas de estado”.
É importante conhecer pelo exame simples dos diagramas os sinais dos esforços.
Para esse fim marcam-se de um lado do eixo da viga os positivos e do outro os
negativos.
As convenções mais adoptadas são as seguintes:
1. O diagrama do momento flector é representado do lado da fibra de tracção,
isto é, tendo em conta as convenções dos sinais feitas no Capítulo 2.2, os
momentos flectores positivos são marcados do lado debaixo das vigas
horizontais e do lado direito das vigas verticais;
Exemplo 2.2
Exemplo 2.3
Exemplo 2.4
Exemplo 2.5
6. Nas secções onde o esforço transverso muda de sinal o momento flector tem
um valor extremo.
Para além disso, essas regras deveriam estar sempre presentes na apreciação
de cada caso particular, uma vez que representam provas úteis para os diagramas
construídos. Com experiência crescente o engenheiro estará em condições, com
estas bases, de desenvolver sucessivamente os diagramas sem calcular os valores
dos esforços em cada ponto de descontinuidade. O tracejado perpendicular ao eixo
estrutural dos diagramas do momento flector e do esforço transverso e o tracejado
paralelo ao eixo do diagrama do esforço normal não tem fim decorativo, servindo para
evitar dúvidas sobre o trecho a que dizem respeito.
´´´´´⃗£ + ¶(𝑟´´´´⃗
𝑀 ´´´´⃗ 𝑟‰· ∗ ´´´´´⃗
Š· ∗ 𝐹‰· − ´´´´⃗ 𝐹Š· ) = 0
¥
´´´´´⃗
𝑀Š + ¶(𝑟´´´´⃗ ´´´´⃗ 𝑟£· ∗ ´´´´⃗
‰· ∗ 𝐹£· − ´´´´⃗ 𝐹‰· ) = 0
¥
´´´´´⃗‰ + ¶(𝑟´´´´⃗
𝑀 ´´´´´⃗ 𝑟Š· ∗ ´´´´⃗
£· ∗ 𝐹Š· − ´´´´⃗ 𝐹£· ) = 0
¥
Sendo ´´´´⃗ ´´´´´⃗
𝐹£· , 𝐹 ´´´´⃗ ⃗
Š· , 𝐹‰· as componentes da força 𝐹 segundo os eixos 𝑥, 𝑦 𝑒 𝑧
Exemplo 2.6
Solução
𝐴Š = 20 𝑘𝑁
𝐴‰ = 5 𝑘𝑁
𝐴£ = 3 𝑘𝑁
𝑀AŠ = 11,5 𝑘𝑁𝑚
𝑀A‰ = −31 𝑘𝑁𝑚
𝑀A£ = −25 𝑘𝑁𝑚
Trecho 2: Como a normal exterior do plano da secção transversal tem sentido positivo
(sentido do eixo coordenado x), os esforços vectores têm os sentidos dos eixos
coordenados.
→ : 𝑇T‰ + 𝐹T = 0 𝑇T‰ = −5 𝑘𝑁
↑ : −𝑇TŠ − 𝐹œ = 0 𝑇TŠ = −20 𝑘𝑁
↗ : −𝑁T − 𝐹• = 0 𝑁T = −3 𝑘𝑁
→→ : 𝑀T‰ − 𝐹œ 𝑧T = 0 𝑀T‰ = 20𝑧T
↑↑ : −𝑀TŠ + 𝐹• . 1 − 𝐹T 𝑧T = 0 𝑀TŠ = 3 − 5𝑧T
↗↗ : −𝑀¾T − 𝐹œ . 1𝑚 = 0 𝑀¾T = −20 𝑘𝑁𝑚
→ : −𝑁œ + 𝐹T = 0
↑ : 𝑇œŠ − 𝐹œ = 0
↗ : 𝑇œ£ − 𝐹• = 0
→→ : −𝑀¾œ − 𝐹œ . 2 = 0
↑↑ : 𝑀œŠ − 𝐹T . 2 + 𝐹• (1 − 𝑧œ ) = 0
↗↗ : 𝑀œ£ − 𝐹œ (1 − 𝑧œ ) = 0
𝑁œ = 5 𝑘𝑁
𝑇œŠ = 20 𝑘𝑁
𝑇œ£ = 3 𝑘𝑁
𝑀¾œ = −40 𝑘𝑁𝑚
𝑀œŠ = 7 + 3𝑧œ
𝑀œ£ = 20 − 20𝑧œ
Exemplo 2.7
Para a estrutura representada na Figura 2.15, pede-se para determinar as
equações dos esforços internos e as respectivas linhas de estado.
Dados: 𝐹• = 100 𝑁, 𝐹T = 150 𝑁, 𝐹œ = 75 𝑁, 𝑞 = 2𝑁/𝑐𝑚 , 𝑎 = 50 𝑐𝑚
Solução
§ Como se pode ver na figura, para a determinação das equações dos esforços
internos e o desenho dos respectivos diagramas, não é necessário conhecer
os valores das reacções de apoio por isso, negligenciaremos o seu cálculo.
Trecho 1
Trecho 2
→ : −𝑁T − 𝐹œ = 0 𝑁T = −𝐹œ
↗ : 𝑇T£ + 𝐹T = 0 𝑇T£ = −𝐹T
↑ : 𝑇TŠ − 𝐹• − 𝑞𝑠T = 0 𝑇TŠ = 𝐹• + 𝑞𝑠T
→→ : −𝑀¾T − 𝐹• . 3𝑎 = 0 𝑀¾T = −𝐹• . 3𝑎
𝑠TT 𝑠TT
↗↗ : 𝑀T£ + 𝐹• 𝑠T + 𝑞 = 0 𝑀T£ = −𝐹• 𝑠T − 𝑞
2 2
↑↑ : 𝑀TŠ + 𝐹œ . 3𝑎 + 𝐹T 𝑠T = 0 𝑀TŠ = −𝐹œ . 3𝑎 − 𝐹T 𝑠T
sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo
Publicamente - Mateus 6: 2 - 4
Para que não se altere o equilíbrio, estes esforços internos devem ser
equivalentes à resultante 𝑵(𝒛), também longitudinal de intensidade igual a 𝑭.
Na prática, supõe-se que estes esforços internos sejam distribuídos
uniformemente sobre toda a secção transversal. Quando estas forças são distribuídas
perpendiculares e uniformemente sobre toda a secção transversal, recebem o nome
de tensão normal, sendo comummente designada pela letra grega 𝝈 (sigma).
O alongamento total de uma barra submetida a uma força axial é designado pela letra
grega 𝛿 (delta). O alongamento por unidade de comprimento é denominado
deformação específica e é representado pela letra grega 𝜀 (épsilon):
𝛿
𝜀 = [3.2]
𝑙
Onde, ∆𝑙 é o alongamento ou o encurtamento da barra e 𝑙 é o comprimento total da
barra.
Note-se que a deformação 𝜀 é uma quantidade adimensional. É de uso
corrente no meio técnico representar a deformação por uma fracção percentual (%)
multiplicando-se o valor da deformação específica por 100.
forças internas bem como a tensão normal são distribuídas de maneira uniforme em
toda a secção.
Resolução de problemas
Problema 1
A barra circular representada na figura ao lado, é de aço, possui um diâmetro de
20 𝑚𝑚 e comprimento de 0,8 𝑚. Encontra-se submetida à acção de uma carga axial
de 10 𝑘𝑁. Pede-se para determinar:
a) A tensão normal actuante
b) O alongamento
c) A deformação longitudinal
d) A deformação transversal
Solução
Dados
𝐸9ç; = 210 𝐺𝑃𝑎 − módulo de elasticidade do aço
𝑑 = 20 𝑚𝑚
𝐿 = 0,8 𝑚 = 800 𝑚𝑚
𝐹 = 10 𝑘𝑁
b) Alongamento da barra
𝑁 (𝑧 )𝐿 𝐹∗𝐿 10 000 𝑁 ∗ 800 𝑚𝑚
𝛿 (𝑧 ) = = = = 0,12 𝑚𝑚
𝐸𝐴 𝜋𝑑 T
> 𝑁 𝜋 ∗ (20 𝑚𝑚)T
𝐸∗ 4 2,1 ∗ 10 ∗ 4
𝑚𝑚T
c) Deformação longitudinal
𝜎 31,83 𝑀𝑃𝑎
𝜀B;ÑÒ = = = 0,000151 → 𝜺𝒍𝒐𝒏𝒈 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟏𝟓𝟏
𝐸 2,1 ∗ 10> 𝑀𝑃𝑎
d) Deformação transversal
Problema 6
A barra vazada representada na figura abaixo, é de latão, encontra-se submetida à
acção de uma carga axial de 7500 N. É necessário determinar:
a) A tensão normal actuante
b) O alongamento
c) A deformação longitudinal
d) A deformação transversal
Nota: As dimensões na figura são em 𝑚𝑚
Solução:
Dados
𝐿 = 800 𝑚𝑚
𝐹 = 7500 𝑁
𝝈 = 𝟒, 𝟑𝟓 𝑴𝑷𝒂
a) Alongamento da barra
𝑁 (𝑧 )𝐿 𝐹∗𝐿 7500 𝑁 ∗ 800 𝑚𝑚
𝛿 (𝑧 ) = = =
𝐸𝐴 𝐸 ∗ (𝐴• − 𝐴T ) 1,17 ∗ 10> 𝑁
∗ [(70 ∗ 60) − (55 ∗ 45)]𝑚𝑚T
𝑚𝑚T
𝜹(𝒛) = 𝟎, 𝟎𝟑 𝒎𝒎
b) Deformação longitudinal
𝜎 4,35 𝑀𝑃𝑎
𝜀B;ÑÒ = = = 3,72 ∗ 10l>
𝐸 1,17 ∗ 10> 𝑀𝑃𝑎
𝜺𝒍𝒐𝒏𝒈 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟑𝟕𝟐
c) Deformação transversal
Problema 2
A figura dada, representa duas barras de aço
soldadas na secção 𝑩𝑩.
Solução
a) Tensão normal
Secção 1
𝐹 𝐹 4500
𝜎• = = T = = 𝟐𝟓, 𝟒𝟔 𝑴𝑷𝒂
𝐴• 𝜋 ∗ 𝑑• 𝜋 ∗ 15T
4 4
Secção 2
𝐹 𝐹 4500
𝜎T = = T = = 𝟗, 𝟏𝟕 𝑴𝑷𝒂
𝐴• 𝜋 ∗ 𝑑T 𝜋 ∗ 25T
4 4
a) Deformação longitudinal
Secção 1
𝜎• 25,46
𝜀B;ÑÒ = = = 0,000121 = 𝟏, 𝟐𝟏. 𝟏𝟎l𝟒
𝐸 2,1 ∗ 10>
Secção 2
𝜎T 9,17
𝜀B;ÑÒ = = = 0,0000436 = 𝟒, 𝟑𝟔. 𝟏𝟎l𝟓
𝐸 2,1 ∗ 10>
b) Deformação transversal
Secção 1
Secção 2
Problema 3
Solução
Estando a barra em equilíbrio, cada uma de suas partes também está em
equilíbrio. O trecho 𝐴𝐵 está submetido à tracção de 10𝑡, o seu alongamento é:
𝐹∗𝐿 10 000 ∗ 200
𝛿• = = = 0,095 𝑐𝑚 = 0,95 𝑚𝑚
𝐸 ∗ 𝐴 2,1 ∗ 10â ∗ 10
A força que actua no trecho 𝐵𝐶 obtém-se determinando a resultante das forças
que actuam à esquerda de uma secção situada entre 𝐵 𝑒 𝐶. Nessas condições, esse
trecho está submetido à força de tracção de 7𝑡. O mesmo resultado se obtém
considerando as forças que actuam à direita da secção considerada. O seu
alongamento é:
𝐹∗𝐿 7000 ∗ 300
𝛿T = = = 0,1 𝑐𝑚 = 1 𝑚𝑚
𝐸 ∗ 𝐴 2,1 ∗ 10â ∗ 10
Analogamente, a força que actua numa secção compreendida entre 𝐷 𝑒 𝐶 deve ser
de 9𝑡, para equilibrar a força que actua em 𝐷. O seu alongamento é:
𝐹∗𝐿 9000 ∗ 400
𝛿œ = = = 0,171 𝑐𝑚 = 1,71 𝑚𝑚
𝐸 ∗ 𝐴 2,1 ∗ 10â ∗ 10
O alongamento da barra é, então:
Exemplo
A viga rígida representada na figura
ao lado, está apoiada numa articulação e
suspensa por dois cabos iguais. Pedem-se
as áreas necessárias para as secções
transversais dos cabos (desprezar o peso
próprio da viga).
Dados:
𝐹 = 12 𝑘𝑁 𝑒 𝜎9É¡ (𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠) = 140 𝑁/𝑚𝑚T
Solução
Surgem 4 incógnitas: 𝑵𝟏 , 𝑵𝟐 , 𝑨𝒚 𝑒 𝑨𝒙 .
§ Equações de equilíbrio:
→ : 𝐴‰ = 0
↑ : 𝑁• + 𝑁T + 𝐴Š − 𝐹 = 0
↺ 𝐴: (𝑁T − 𝐹 ) × 2𝑎 + 𝑁• × 𝑎 = 0
§ Relação geométrica:
𝑁. 𝑙 𝛿• 𝛿T
𝛿= 𝑒 =
𝐸. 𝐴 𝑎 2𝑎
𝑁T 𝐿 𝑁• 𝐿
𝛿T = 2 × 𝛿• → =2×
𝐸𝐴 𝐸𝐴
2
⎧ 𝑁• = 𝐹
𝑁• = 2 ∗ (𝐹 − 𝑁T ) ⎪ 5
4
ä 𝑁T = 2𝑁• → 𝑁T = 𝐹
𝐹 = 𝑁• + 𝑁T + 𝐴Š ⎨ 5
⎪ 1
⎩𝐴Š = − 5 𝐹
A área da secção transversal dos cabos resulta da condição:
𝑁¡á£ 𝑁T 4𝐹 4 ∗ 12000
𝜎9É¡ = → 𝐴 = = = = 68,57 𝑚𝑚T
𝐴 𝜎9É¡ 5𝜎9É¡ 5 ∗ 140
Problema
Uma viga rígida à flexão é apoiada no ponto A por meio de um apoio fixo e por dois
cabos nos pontos B e C respectivamente.
Dados:
𝐹 = 2000 𝑁, (𝐸𝐴)• = 1,5 × 10å 𝑁
(𝐸𝐴)T = 2,0 × 10å 𝑁, 𝑙 = 1000 𝑚𝑚
𝑙• = 𝑙 𝑒 𝑙T = 2𝑙 ; 𝑎 = 2𝑏
a) Calcular as reacções de apoio e as
forças no cabo
b) Determinar o alongamento do cabo 2.
𝑅 = 𝐸𝐴𝛼∆𝑇 [3.12]
Conhecido o valor de 𝑅, pode-se calcular a tensão e a deformação específica da barra
pelas expressões:
𝑅
𝜎= = 𝐸𝛼∆𝑇 [3.13]
𝐴
𝜎
𝜀 = = 𝛼∆𝑇 [3.14]
𝐸
Resolução de problemas
Problema 5.1
Solução
1. Força axial térmica actuante na peça
𝑁 1
𝑅 = 𝐸𝐴𝛼∆𝑇 = 2,1. 10> T
∗ 2800𝑚𝑚T ∗ 1,2. 10l> ∗ (42 − 17)℃ = 𝟏𝟕𝟔, 𝟒 𝒌𝑵
𝑚𝑚 ℃
Problema 5.2
O conjunto representado na figura é constituído por uma secção transversal, 𝐴• =
3600 𝑚𝑚T e comprimento de 500 𝑚𝑚 e uma secção transversal, 𝐴T = 7200 𝑚𝑚T e
comprimento de 250 𝑚𝑚. Determinar as tensões normais actuantes nas secções
Solução
A carga axial actuante na peça é a mesma que actua como reacção nos
encastramentos. Para determinar esta força, é importante lembrar que o somatório
dos deslocamentos é nulo, portanto, podemos escrever:
𝐹 ∗ 𝐿• 𝐹 ∗ 𝐿T
𝐿• ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 − = 𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 −
𝐸 ∗ 𝐴• 𝐸 ∗ 𝐴T
Como 𝐿• = 2𝐿T 𝑒 𝐴T = 2𝐴•, podemos escrever a equação anterior desta forma:
𝐹 ∗ 2𝐿T 𝐹 ∗ 𝐿T
2𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 − = 𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 −
𝐸 ∗ 𝐴• 𝐸 ∗ 2𝐴•
1 𝐹 ∗ 𝐿T 𝐹 ∗ 𝐿T
2𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 − 𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 = − ∗ +2∗
2 𝐸 ∗ 𝐴• 𝐸 ∗ 𝐴•
3 𝐹 ∗ 𝐿T 2 𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 ∗ 𝐸 ∗ 𝐴•
𝐿T ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 = ∗ → 𝐹 = ∗
2 𝐸 ∗ 𝐴• 3 𝐿T
2 2
𝐹 = ∗ 𝐸 ∗ 𝐴• ∗ 𝛼9ç; ∗ ∆𝑇 = ∗ 2,1. 10> ∗ 3600 ∗ 1,2 ∗ 10l> ∗ 20 = 𝟏𝟐𝟎, 𝟗𝟔 𝒌𝑵
3 3
Problema 5.3
Uma barra circular de alumínio possui um
comprimento 𝑙 = 0,3𝑚 e temperatura de 17℃.
Determine a dilatação e o comprimento final
da barra quando a temperatura atingir 32℃.
Problema 5.4
A figura dada representa uma viga de aço com
5 𝑚 de comprimento e 3600 𝑚𝑚T de área de
secção transversal. A viga encontra-se
encastrada na parede A e apoiada junto à
parede B, com uma folga de 1 𝑚𝑚 desta, a
uma temperatura de 12℃. Determinar a
tensão actuante na viga quando a temperatura
subir para 40℃.
Solução
§ Se a viga estivesse livre, o seu alongamento seria:
𝛿 ∗ = 𝛿 − 1 = 1,68 − 1 = 0,68 𝑚𝑚
Problema 5.5
Solução
A carga aplicada nos tubos, fará com que estes sofram uma variação da sua medida
linear inicial. É fácil observar que as duas variações são as mesmas.
𝐹9ç; ∗ 𝑙9ç; 𝐹IJ ∗ 𝑙ÌJ
𝛿9ç; = 𝛿IJ → =
𝐸9ç; ∗ 𝐴9ç; 𝐴IJ ∗ 𝐸IJ
Como os comprimentos são iguais (𝑙9ç; = 𝑙ÌJ ), podemos escrever que:
𝐹9ç; 𝐹IJ
=
𝐸9ç; ∗ 𝐴9ç; 𝐴IJ ∗ 𝐸IJ
𝐸9ç; ∗ 𝐴9ç;
𝐹9ç; = ∗ 𝐹IJ [𝐼𝐼]
𝐴IJ ∗ 𝐸IJ
900𝜋 ∗ 210
𝐹9ç; = ∗𝐹
700𝜋 ∗ 112 IJ
𝑭𝒂ç𝒐 = 𝟐, 𝟒𝟏 ∗ 𝑭𝑪𝒖
Substituindo a relação acima na equação [𝐼], temos:
2,41 ∗ 𝐹IJ + 𝐹IJ = 24 → 3,41𝐹IJ = 24
𝑭𝑪𝒖 = 𝟕 𝒌𝑵
𝐹IJ 7000
𝜎IJ = = = 𝟑, 𝟏𝟖 𝑴𝑷𝒂
𝐴IJ 700𝜋
Problema 5.6
Solução
A carga axial actuante na peça é a mesma que actua como reacção nos
encastramentos. Para determinar esta força, é importante lembrar que o somatório
dos deslocamentos é nulo, portanto, podemos escrever:
𝐹 ∗ 𝐿• 𝐹 ∗ 𝐿T
𝐿• ∗ 𝛼îp;щo ∗ ∆𝑇 − = 𝐿T ∗ 𝛼B9¾ã; ∗ ∆𝑇 −
𝐸 ∗ 𝐴• 𝐸 ∗ 𝐴T
Se carregarmos uma barra recta e prismática por uma força orientada ao longo
do seu eixo, podemos supor, que, excepto na vizinhança imediata do ponto de
aplicação da força, as forças internas estejam uniformemente distribuídas sobre toda
a secção transversal. Quer dizer, toda a secção participa de maneira uniforme na
transmissão do esforço normal. Essa suposição baseia-se no princípio de Saint
Venant e afirma:
“As particularidades de aplicação das forças externas a uma barra sujeita à
tracção ou compressão revelam-se, em regra, a distâncias que não superam as
dimensões características da secção transversal da barra.” (ver Figura 6.2).
A Figura 6.3 ilustra a regra de sinais de tensão tangencial que será usada.
Toma-se o sinal positivo quando as tensões tangenciais formam forças que fazem
girar o corpo no sentido matematicamente positivo (sentido igual ao do ângulo 𝜃).
As equações [6.2] descrevem completamente o estado monoaxial de tensões.
Deste modo determinam-se as tensões normais e tangenciais existentes em qualquer
plano secante perpendicular ao plano da figura. Verificamos que surgem tensões
normais e tangenciais em todos os planos secantes, excepto no plano 𝜃 = 0, onde se
anula a tensão tangencial e a tensão normal atinge o seu valor extremo.
A tensão tangencial máxima, como se vê pela equação [6.2], actua na secção
transversal inclinada de 45º e tem a grandeza
1 1
𝜏¡á£ = − 𝜎£ = − 𝜎¤ [6.3]
2 2
Para barras sujeitas à compressão teremos que tomar 𝜎£ = 𝜎¤ com sinal
negativo nas fórmulas [6.2].
𝜕𝑓 (𝑥, 𝑦) 1 𝜕 T 𝑓 (𝑥, 𝑦) T
𝑓(𝑥, 𝑦 + 𝑑𝑦) = 𝑓(𝑥, 𝑦) + 𝑑𝑦 + 𝑑𝑦 + ⋯
𝜕𝑦 2! 𝜕𝑦 T
↗ : 𝜎£ ) . 𝑑𝑠. ℎ − 𝜎£ 𝑑𝑦. ℎ. cos 𝜃 − 𝜏£Š . 𝑑𝑦. ℎ. sin 𝜃 − 𝜎Š . 𝑑𝑥. ℎ. sin 𝜃 − 𝜏Š£ . 𝑑𝑥. ℎ. cos 𝜃 = 0
↖: 𝜏£ ) Š ) . 𝑑𝑠. ℎ + 𝜎£ . 𝑑𝑦. ℎ. sin 𝜃 − 𝜏£Š . 𝑑𝑦. ℎ. cos 𝜃 − 𝜎Š . 𝑑𝑥. ℎ. cos 𝜃 + 𝜏Š£ . 𝑑𝑥. ℎ. sin 𝜃 = 0
Considerando que:
𝑑𝑥 = 𝑑𝑠. sin 𝜃 1
𝑐𝑜𝑠 T 𝜃 = (1 + cos 2𝜃)
2
𝑑𝑦 = 𝑑𝑠. cos 𝜃
1
𝑠𝑖𝑛T 𝜃 = (1 − cos 2𝜃)
𝑥𝑦 = 𝑦𝑥 2
Obtém-se:
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š
𝜎£ ) = + 𝑐𝑜𝑠2𝜃 + 𝜏£Š sin 2𝜃
2 2
𝜎£ − 𝜎Š [6.6]
𝜏£ ) Š ) =− 2 sin 2𝜃 + 𝜏£Š . cos 2𝜃
(
Substituindo nas equações [6.6] a inclinação de 𝜃 da normal pelo ângulo 𝜃 + T ,
determinam-se as tensões que actuam na faceta perpendicular à acima estudada:
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š
𝜎Š ) = 2 − 2 𝑐𝑜𝑠2𝜃 − 𝜏£Š 𝑠𝑒𝑛2𝜃
𝜎£ − 𝜎Š [6.7]
𝜏Š ) £ ) = −𝜏£ )Š ) = 2 sen 2𝜃 − 𝜏 £Š . cos 2𝜃
𝜎£ + 𝜎Š = 𝜎£ ) + 𝜎Š ) [6.8]
Podemos concluir que existem sempre duas facetas ortogonais aos chamados
planos principais de tensão, em que as tensões normais tomam valores extremos,
sendo chamados tensões principais
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š
𝜎• = 2 + 2 cos 2𝜃¤ + 𝜏£Š sen 2𝜃¤
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š [6.11]
𝜎• = 2 − 2 cos 2𝜃¤ − 𝜏 £Š sen 2𝜃¤
(
As suas direcções são determinadas pelos ângulos 𝜃¤ e 𝜃¤ + T ,
respectivamente, medidos no sentido matematicamente positivo a partir do eixo x.
Mediante as relações trigonométricas
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š T
𝜎•,T = ± 1™ š + 𝜏£Š T [6.12]
2 2
Nota-se que o sinal positivo na equação acima nos leva à tensão principal 𝜎•
e o sinal negativo à tensão principal 𝜎T , sendo, portanto, sempre 𝜎• > 𝜎T .
Como se vê na Equação [6.9], nos planos principais de tensão (facetas
(
inclinadas de 𝜃¤ e 𝜃¤ + T ) as tensões tangenciais são obrigatoriamente nulas.
𝜎£ − 𝜎Š T
𝜏•,T = ±1™ š + 𝜏£Š T [6.15]
2
Solução
Dados:
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š
𝜎£ ) = 2 + 2 𝑐𝑜𝑠2𝜃 + 𝜏£Š sin 2𝜃
𝜎£ − 𝜎Š [6.6]
𝜏£ ) Š ) = − 2 sin 2𝜃 + 𝜏£Š . cos 2𝜃
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š
𝜎Š ) = 2 − 2 𝑐𝑜𝑠2𝜃 − 𝜏£Š 𝑠𝑒𝑛2𝜃
𝜎£ − 𝜎Š [6.7]
𝜏Š ) £ ) = −𝜏£ )Š ) = sen 2𝜃 − 𝜏 £Š . cos 2𝜃
2
750 − 300 750 + 300
𝜎Š ) = 2 − 2 cos 60° + 100 𝑠𝑒𝑛 60° = 𝟒𝟗, 𝟏𝟎𝟑 𝒌𝑷𝒂
750 + 300
𝜏Š )£ ) = −𝜏£ )Š ) = 2 sin 60° + 100 cos 60° = 𝟓𝟎𝟒, 𝟔𝟔𝟑 𝒌𝑷𝒂
𝜎£ + 𝜎Š 𝜎£ − 𝜎Š T
𝜎•,T = ± 1™ š + 𝜏£Š T [6.12]
2 2
2𝜏£Š
tan 2𝜃¤ =
𝜎£ − 𝜎Š
2𝜏£Š 1 2𝜏£Š 1 2 ∗ (−100)
tan 2𝜃¤ = → 𝜃¤ = arctan = arctan 4 5 = −5,39°
𝜎£ − 𝜎Š 2 𝜎£ − 𝜎Š 2 750 + 300
Para 𝝈𝟏 : 𝜃¤ (1) = −5,39°
Para 𝝈𝟐 : 𝜃¤ (2) = −5,39° + 90° = 84,61°
𝜎£ − 𝜎Š T
𝜏•,T = ±1™ š + 𝜏£Š T [6.15]
2
𝜎£ − 𝜎Š T 750 + 300 T
𝜏• = 1™ T 1
š + 𝜏£Š = ! " + (−100)T = 𝟓𝟑𝟒, 𝟒𝟑𝟗 𝒌𝑷𝒂
2 2
𝜋 𝜎£ − 𝜎Š
tan 2𝜃• = tan 2(𝜃• + ) = − [6.13]
2 2𝜏£Š
1 𝜎£ − 𝜎Š 1 750 + 300
𝜃• = arctan(− ) = arctan !− " = 𝟑𝟗, 𝟔𝟏°
2 2𝜏£Š 2 2(−100)
Conclusões importantes:
§ A maior tensão possível é 𝜎• e a menor 𝜎T . Nestes planos não existem tensões
de cisalhamento.
Deve ser apontado o facto que o círculo de Mohr representado na Figura 6.4 é
válido tanto para o estado biaxial como para o estado monoaxial de tensão, uma vez
que o estado monoaxial de tensão representa um caso particular do estado biaxial.
Existe também o círculo das tensões para o estado triaxial de tensão, que por
causa da reduzida importância representamos sem darmos demonstração. O
objectivo da sua construção consiste somente na determinação das tensões que
aparecem num plano secante qualquer, com base no conhecimento das tensões
principais que vem ser calculadas em antemão.
CAPÍTULO 7. FLEXÃO
Falamos de flexão, se uma viga é solicitada por momentos, cujos vectores são
perpendiculares ao seu eixo, e/ou forças transversais. Sob a acção de tal carga o eixo
da viga sofre uma curvatura, isto é, sob ação de cargas de flexão, algumas fibras
longitudinais que compõem o corpo sólido são submetidas à tração e outras “a
compressão, existindo uma superfície intermediária onde a deformação (𝛿) e a tensão
(σ) para as fibras nela contidas tornam-se nulas, isto é, não se encurtam e nem se
alongam. Esta superfície é chamada de superfície neutra. A superfície neutra
intercepta uma dada secção transversal da barra segundo uma reta chamada linha
neutra.
Figura 7.2 - Superfície e linha neutra apresentadas num trecho de uma viga flectida
Os integrais
1 1
𝑥̅ Ë = : 𝑥̅ . 𝑑𝐴 𝑒 𝑦ÆË = : 𝑦Æ . 𝑑𝐴 [7.2]
𝐴 𝐴
(A) (A)
Onde:
𝑥̅ Ë ; 𝑦ÆË − coordenadas do centro de gravidade 𝑆
Onde:
𝑥̅ Ë¥ , 𝑦ÆË¥ − são as coordenadas já conhecidas do centro de gravidade da área parcial
𝐴¥ , medidas no mesmo sistema de coordenadas (𝑥̅ , 𝑦Æ).
As áreas parciais também podem ser negativas (para o caso de furos). Além
disso, nos limites de integração das expressões [7.2] e nas somas dos numeradores
em [7.3] devem ser considerados os sinais das coordenadas.
Constatamos:
Exemplo 7.1
Vejamos como praticamente determinar a posição do centro de gravidade da
área representada na Figura 7.3. Trata-se de uma área composta por três áreas
parciais, sendo uma delas (𝐴œ ) negativa, por se tratar de um orifício.
Por inspecção simples concluímos que 𝑦ÆË = 0, visto que o eixo dos 𝑥̅ é um eixo
de simetria.
𝒊 9𝒔𝒊
𝒙 𝑨𝒊 9𝒔𝒊 ∗ 𝑨𝒊
𝒙
4𝑎 𝜋𝑎 T 2
𝟏 − − 𝑎œ
3𝜋 2 3
𝟐 2𝑎 8𝑎T 16𝑎œ
𝜋𝑎T 𝜋
𝟑 2𝑎 − − 𝑎œ
4 2
¶ 𝜋 T 46 𝜋
− ™8 + š 𝑎 ! − " 𝑎œ
𝒊 2 3 2
46 𝜋 œ 46 𝜋
∑¥ 𝑥̅ Ë¥ ∗ 𝐴¥ ™ 3 − 2 š 𝑎 3 − 2 ∗ 𝑎 = 1,57𝑎
𝑥̅ Ë = = 𝜋 = 𝜋
∑¥ 𝐴¥ ™8 + 2 š 𝑎T 8+2
𝑦ÆË = 0
Produto de inércia
Chama-se produto de inércia de uma área 𝐴 em relação a um par de eixos
ortogonais 𝑥̅ , 𝑦Æ ao valor:
𝐼£̅ ŠÆ = − : 𝑥̅ . 𝑦Æ . 𝑑𝐴 [7.6]
(A)
relativamente aos eixos 𝑥̅ e 𝑦Æ. Quando a figura admite um eixo de simetria, o produto
de inércia em relação a um ponto pelo qual passa o eixo de simetria é nulo. Então,
uma área simétrica em relação ao eixo 𝑥̅ compõe-se sempre de pares de dois
elementos com o mesmo valor de 𝑥 e com valores de 𝑦Æ iguais e de sinal contrário. O
produto de inércia correspondente a cada par de elementos nestas condições é nulo,
pelo que, estendendo o raciocínio a todos os elementos da área se conclui que o
produto de inércia de uma área em relação a um par de eixos ortogonais em que pelo
menos um deles é de simetria é nulo.
Convém notar que também se encontra na bibliografia uma definição oposta:
𝐼£̅ ŠÆ = ∫(A) 𝑥̅ . 𝑦Æ . 𝑑𝐴 , portanto, uma definição positiva do produto de inércia. Por isso
recomenda-se: Ao trabalhar com a bibliografia correspondente, verificar qual é a
definição usada!
𝐼£ 𝐼Š
𝑟£ = 1 𝑟Š = 1 [7.7]
𝐴 𝐴
Teremos então:
𝑥̅ = 𝑥 + 𝑥̅ Ë
𝑦Æ = 𝑦 + 𝑦ÆË
Donde:
𝐼ŠÆ = : 𝑥̅ T . 𝑑𝐴 = : (𝑥 + 𝑥̅ Ë )T . 𝑑𝐴 = : 𝑥 T . 𝑑𝐴 + 2 ∗ 𝑥̅ Ë : 𝑥 . 𝑑𝐴 + 𝑥̅ Ë T : 𝑑𝐴
(A) (A) (A) (A) (A)
𝐼£̅ ŠÆ = − : 𝑥̅ . 𝑦Æ . 𝑑𝐴 = − : (𝑥 + 𝑥̅ Ë ). (𝑦 + 𝑦ÆË ) . 𝑑𝐴 = − : 𝑥. 𝑦 . 𝑑𝐴 − 𝑥̅ Ë : 𝑦 . 𝑑𝐴 −
(A) (A) (A) (A)
−𝑦ÆË : 𝑥 . 𝑑𝐴 − 𝑥̅ Ë . 𝑦ÆË : 𝑑𝐴
(A) (A)
𝐼£̅ = 𝐼£ + 𝑦ÆË T . 𝐴
𝐼ŠÆ = 𝐼Š + 𝑥̅ Ë T . 𝐴 [7.8]
𝐼£̅ ŠÆ = 𝐼£Š − 𝑥̅ Ë . 𝑦ÆË . 𝐴
Em que:
Ou seja:
eixos centrais aplicando o teorema de Steiner, e depois utilizar mais uma vez
este teorema e calcular os momentos e o produto de inércia para os novos
eixos. Uma conversão directa, imediata, dos momentos e do produto de inércia
relativos a eixos não centrais é impossível!
Exemplo 7.2
Determinar os momentos e os produtos de
inércia do rectângulo, respectivamente, para os
sistemas de coordenadas representados.
Solução
Primeiro calculamos o momento de inércia
em relação ao eixo central 𝑥. Com este fim
decompomos a área em faixas paralelas ao eixo 𝑥
de largura 𝑏 e de altura 𝑑𝑦. A área elementar será
𝑑𝐴 = 𝑏. 𝑑𝑦. A integração efectua-se entre os limites:
ℎ ℎ
− ≤𝑦≤
2 2
Portanto:
?
T
T
𝑏. ℎœ T
𝐼£ = : 𝑦 . 𝑑𝐴 = : 𝑦 . 𝑏. 𝑑𝑦 =
12
(A) ?
l
T
î
T
ℎ. 𝑏œ
𝐼Š = : 𝑥 T . 𝑑𝐴 = : 𝑥 T . ℎ. 𝑑𝑥 =
12
(A) î
l
T
O produto de inércia é igual a zero, visto que os eixos 𝑥, 𝑦 são eixos de simetria:
𝐼£Š = 0
𝑏. ℎœ ℎ T 𝑏. ℎœ
𝐼£̅ = 𝐼£ + 𝑦ÆË T . 𝐴 = + ! " . ℎ. 𝑏 =
12 2 3
ℎ. 𝑏œ 𝑏 T ℎ. 𝑏œ
𝐼ŠÆ = 𝐼Š + 𝑥̅ Ë T . 𝐴 = + ! " . ℎ. 𝑏 =
12 2 3
ℎ 𝑏 𝑏T . ℎT
𝐼£̅ ŠÆ = 𝐼£Š − 𝑥̅ Ë . 𝑦ÆË . 𝐴 = 0 − . . ℎ. 𝑏 = −
2 2 4
Os momentos de inércia 𝐼£ 𝑒 𝐼Š são os momentos principais (centrais) de
inércia, sendo os eixos 𝑥 𝑒 𝑦 eixos de simetria.
Exemplo 7.3
Determinar os momentos e os produtos de
inércia em relação aos sistemas de coordenadas
representados, os valores dos momentos
principais (centrais de inércia) e as direcções dos
eixos principais de inércia.
Solução
?
Atendendo ao teorema de Steiner obtém-se, com 𝑦ÆË = œ
T𝑏. ℎœ ℎ T 𝑏. ℎ 𝑏. ℎœ
𝐼£ = 𝐼£̅ − 𝑦ÆË . 𝐴 = −! " . =
12 3 2 36
Pela troca da coordenada será
?
ℎ ℎ. 𝑏œ
𝐼Š = : 𝑥 T . 𝑑𝐴 = :(𝑏 − 𝑥̅ ) . 𝑥̅ T . 𝑑𝑥̅ =
𝑏 12
(A) ¤
T ℎ. 𝑏œ 𝑏 T 𝑏. ℎ ℎ. 𝑏œ
𝐼Š = 𝐼ŠÆ − 𝑥̅ Ë . 𝐴 = −! " . =
12 3 2 36
Para calcular o produto de inércia 𝐼£̅ ŠÆ decompomos o triângulo em áreas
elementares, 𝑑𝐴 = 𝑑𝑥̅ . 𝑑𝑦Æ. os limites de integração serão: 0 ≤ 𝑥̅ ≤ 𝑏 𝑒 0 ≤ 𝑦Æ ≤ 𝑦Æ(𝑥̅ )
A equação da recta inclinada é
ℎ ℎ
𝑦Æ(𝑥̅ ) = − 𝑥̅ + ℎ = (𝑏 − 𝑥̅ )
𝑏 𝑏
Obtemos:
î ŠÆ(£̅ ) î
1
𝐼£̅ ŠÆ = − : 𝑥̅ . 𝑦Æ . 𝑑𝐴 = − : : 𝑥̅ . 𝑦Æ 𝑑𝑥̅ . 𝑑𝑦Æ = − : 𝑥̅ . . 𝑦Æ(𝑥̅ )T 𝑑𝑥̅ =
2
(A) ¤ ¤ ¤
î
1 ℎ T ℎT 𝑏T
= − ! " : 𝑥̅ (𝑏 − 𝑥̅ )T . 𝑑𝑥̅ = −
2 𝑏 24
¤
î
Com 𝑥̅ Ë = œ o teorema de Steiner fornece
ℎT 𝑏T ℎ 𝑏 ℎ. 𝑏 ℎT 𝑏T
𝐼£Š = 𝐼£̅ ŠÆ + 𝑥̅ . 𝑦Æ. 𝐴 = − + . . =
24 3 3 2 72
Os momentos principais (centrais) de inércia são:
Exemplo 7.4
Para a área representada na figura ao
lado, determinar os momentos principais
(centrais) de inércia.
Solução
Trata-se de uma área composta. Para
a determinação dos momentos, dos produtos
e dos eixos principais de inércia recomenda-
se o seguinte modo de procedimento:
§ Se a área composta consistir numa soma das áreas separadas, cujos
momentos e produtos de inércia são conhecidos, então calculam-se os
momentos e o produto de inércia para a área total em relação a um
determinado sistema de eixos como a soma dos momentos e produtos de
inércia das áreas separadas relativamente a este mesmo sistema de eixos.
Orifícios tratam-se como “áreas negativas”. Por inspecção simples da figura
concluímos que:
𝐼£̅ ŠÆ = 0 𝐼£Š = 0,
sendo o eixo 𝑥̅ , que coincide com o eixo 𝑥, um eixo de simetria.
Exemplo 7.5
Para a secção composta de dois perfilados, determinar:
a) A posição do centro de gravidade
b) Os momentos principais (centrais) de inércia e a
posição dos eixos correspondentes
Nota: Utilize valores tabelados.
Solução
Tiramos das tabelas de perfilados os valores seguintes:
UNP 200: L 150 x 75:
𝐴• = 32,2 𝑐𝑚T 𝐴T = 23,6 𝑐𝑚T
𝐼£• = 1910 𝑐𝑚j 𝐼£T = 545 𝑐𝑚j
𝐼Š• = 148 𝑐𝑚j 𝐼ŠT = 93 𝑐𝑚j
𝐼£Š• = 0 𝐼£ŠT = 127 𝑐𝑚j
𝑥̅ Ë• = −2,01 𝑐𝑚 𝑥̅ Ë• = −2,01 𝑐𝑚
𝑦ÆË• = 10 𝑐𝑚 𝑦ÆË• = 10 𝑐𝑚
Note-se: nas tabelas indicam-se os valores dos produtos de inércia sem sinais,
visto que os sinais dependem dos sentidos dos eixos coordenados. Pela definição
negativa do produto de inércia podemos concluir: se a maior parte da área
considerada se encontra nos quadrantes positivos, então o produto de inércia será
negativo e vice versa. No presente exemplo a maior parte da área do perfil L encontra-
se nos II e IV quadrantes do sistema de coordenadas 𝑥T , 𝑦T (são quadrantes
negativos), por isso, 𝐼£ŠT > 0.
b) Momentos de inércia
𝐼£ = 𝐼£• + (𝑦ÆË − 𝑦ÆË• )T . 𝐴• + 𝐼£T + (𝑦ÆË − 𝑦ÆË• )T . 𝐴T = 2746,93 𝑐𝑚j
𝐼Š = 𝐼Š• + (𝑥̅ Ë − 𝑥̅ Ë• )T . 𝐴• + 𝐼ŠT + (𝑥̅Ë − 𝑥̅ Ë• )T . 𝐴T = 423 𝑐𝑚j
Produto de inércia
𝐼£Š = 𝐼£Š• − (𝑥̅ Ë − 𝑥̅ Ë• ). (𝑦ÆË − 𝑦ÆË• ). 𝐴• + 𝐼£ŠT − (𝑥̅ Ë − 𝑥̅ Ë• ). (𝑦ÆË − 𝑦ÆË• ). 𝐴• = 358 𝑐𝑚j
𝐼£ + 𝐼Š 𝐼£ − 𝐼Š T 𝐼• = 2801 𝑐𝑚j
𝐼•,T = ± 1! " + 𝐼£Š T →
2 2 𝐼T = 370 𝑐𝑚j
Exemplo 7.6
Para a secção composta representada na figura ao
lado, constituída por dois perfilados do tipo UNP160.
Servindo-se de valores tabelados, pede-se para
determinar:
Solução
§ Determinação do centro de gravidade
∑¥ 𝑥̅ Ë¥ ∗ 𝐴¥ 147,84
𝑥̅ Ë = = = 𝟑, 𝟎𝟖 𝒄𝒎
∑¥ 𝐴¥ 48
∑¥ 𝑦ÆË¥ ∗ 𝐴¥ 531,84
𝑦ÆË = = = 𝟏𝟏, 𝟎𝟖 𝒄𝒎
∑¥ 𝐴¥ 48
Problemas propostos
Problema 7.1
Para a figura representada ao lado, pede-se para
determinar:
a) A posição do centro de gravidade
b) Os momentos e o produto de inércia 𝐼£ , 𝐼Š 𝑒 𝐼£Š
c) Os eixos e os momentos principais de inércia.
Problema 7.2
Para a secção apresentada:
a) Determinar a posição do centro de
gravidade
b) Calcular os momentos e o produto de
inércia 𝐼£ , 𝐼Š 𝑒 𝐼£Š
c) Determinar os momentos principais
de inércia
𝑦¡9£ 𝑒 𝑥¡9£ − distâncias entre a linha neutra e as fibras mais distantes na direcção y
e x, respectivamente.
Resumindo, podemos constatar que no caso da flexão recta a equação [7.20] permite:
§ Calcular a tensão máxima que aparece numa determinada secção transversal
solicitada por um certo momento flector (certificado comprovativo de tensão)
Quando o vector do momento flector não coincide com um dos eixos principais
de inércia, temos o caso da chamada “Flexão desviada”.
Sendo 𝛽 o ângulo formado entre o eixo da figura e a linha neutra, medido no sentido
matematicamente negativo.
De novo, os valores extremos da tensão normal aparecem nos pontos da
secção transversal mais distantes da linha neutra.
Exemplo 7.7
Sobre a secção transversal de uma cantoneira de
abas iguais L 80 x 65 x10 actua o momento flector
𝑀 = 1,5 𝑘𝑁𝑚, como está indicado na figura ao
lado.
Pede-se para verificar a resistência do perfilado,
sendo 𝜎9É¡ = 120 𝑁/𝑚𝑚T.
Solução
O vector do momento flector coincide com o eixo coordenado 𝑥 que não é eixo
principal de inércia. Trata-se, por isso, da flexão desviada que nos obriga a aplicar a
equação [7.23].
§ Tiram-se das tabelas as características geométricas da cantoneira:
𝑥̅ Ë = 1,81 𝑐𝑚 𝐼Š = 48,3 𝑐𝑚j
Concluindo este capítulo podemos constatar que a única tensão que aparece
devido à flexão pura é a tensão normal 𝜎‰ , isto é, a flexão pura provoca um estado
monoaxial de tensão.
Segundo as restrições formuladas no início do capitulo 7.1, as formulas que
acabamos de deduzir são válidas, em rigor, só para vigas rectas, prismáticas, sujeitas
à flexão pura. No entanto, na prática da engenharia estes resultados aplicam-se
também para o estudo de vigas pouco curvadas, de vigas com secções transversais
linearmente variáveis e de vigas sujeitas a esforços transversos. Nestes casos as
fórmulas deduzidas dão soluções aproximadamente aceitáveis.
As vigas são consideradas como pouco curvadas se o seu raio de curvatura é
muito maior que as dimensões das suas secções transversais/
Para vigas muito curvadas, com uma boa aproximação pode utilizar-se a
seguinte fórmula:
𝑀£ 𝑀£ . 𝑅) . 𝑦
𝜎‰ (𝑦) = + [7.27]
𝐴𝑅 𝑧 . (𝑅 + 𝑦)
𝑦T 1 œ
1 j
1 >
𝑧= : 𝑦 𝑑𝐴 ≈ 𝐼£ − 𝑅 : 𝑦 𝑑𝐴 + 𝑅T : 𝑦 𝑑𝐴 − 𝑅œ : 𝑦 𝑑𝐴 + ⋯
(A)
1+𝑅 (A) (A) (A)
Sendo:
𝐴 − área da secção transversal da viga
Constatamos no capítulo 7.2 que o eixo da viga, inicialmente recto, sob a acção
de um momento flector sofre uma curvatura. A linha definida pelo eixo deformado é
chamada linha elástica, chama-se linha elástica porquanto pressupomos
deformações pequenas, dentro da zona de elasticidade, isto é, excluímos
deformações plásticas.
E daí
1 𝑑𝜑
− = [7.31]
𝜌Š 𝑑𝑧
𝑣 = 𝑣(𝑧) [7.35]
Passo 2. Determinação das funções 𝑀(𝑧) e 𝐸𝐼(𝑧) para cada trecho. No caso em
que se tenha estruturas hiperestáticas, as funções 𝑀(𝑧) dependem não só da
carga exterior, como ainda das reacções de apoio desconhecidas.
Passo 4. Integração dupla das funções 𝑣¥** (𝑧). Desta integração resultam 𝟐𝒎
constantes de integração.
Sendo:
𝑚 − número de trechos
ℎ − grau de hiperestacidade
𝑣 (𝑧 = 0) = 0
𝑣 (𝑧 = 0) = 0
𝑣 (𝑧 = 0) = 0
𝑣 * (𝑧 = 0) = 0
𝑣• (𝑧• = 𝑎) = 𝑣T (𝑧T = 0)
𝑣 * • (𝑧• = 𝑎) = 𝑣 * T (𝑧T = 0)
𝑣• (𝑧• = 𝑎) = 𝑣T (𝑧T = 𝑏)
𝑣 * • (𝑧• = 𝑎) = −𝑣 * T (𝑧T = 𝑏)
Nó rígido
Exemplo 7.8
Para a viga em consola representada
na figura ao lado, carregada pela carga
distribuída q, determinar a flecha
máxima e a inclinação máxima.
Dados: 𝑞, 𝑙, 𝐸𝐼£ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
Solução
Ao longo da viga não há nenhuma descontinuidade, bastando, por isso, um
sistema de coordenadas 𝑣, 𝑧.
(𝑙 − 𝑧)T
𝑀£ (𝑧) = −𝑞
2
§ Equação diferencial da linha elástica
𝐸𝐼£ 𝑣 ** (𝑧) = −𝑀£ (𝑧)
(𝑙 − 𝑧)T 𝑙T 𝑧T
𝐸𝐼£ 𝑣 ** (𝑧) − 𝑞 = 𝑞. # − 𝑙 . 𝑧 + $ [𝑎]
2 2 2
§ Integração
𝑙T 𝑧T 𝑧œ
𝐸𝐼£ 𝑣 * (𝑧) = 𝑞 # 𝑧 − 𝑙 + $ + 𝑐• [𝑏]
2 2 6
𝑙T 𝑧œ 𝑧j
𝐸𝐼£ . 𝑣(𝑧) = 𝑞 # 𝑧 T − 𝑙 + $ + 𝑐• 𝑧 + 𝑐T [𝑐]
2 6 24
§ Condições de fronteira: No ponto de encastramento tanto o deslocamento
como a inclinação (tangente) da consola são nulos:
𝑣 (𝑧 = 0) = 0 𝑣 * (𝑧 = 0) = 0
𝑙T 𝑧œ 𝑧j
𝐸𝐼£ . 𝑣(𝑧) = 𝑞 # 𝑧 T − 𝑙 + $
2 6 24
§ A flecha máxima e a tangente máxima aparecem na extremidade livre da viga,
isto é, com 𝑧 = 𝑙
𝑞. 𝑙 œ
𝑣 * (𝑧 = 𝑙 ) = 𝜑¡9£ =
6𝐸𝐼£
𝑞. 𝑙 j
𝑣 (𝑧 = 𝑙 ) =
8𝐸𝐼£
Exemplo 7.9
Para a estrutura representada na figura abaixo, determinar as equações da linha
elástica e determinar a sua linha de estado.
Dados: 𝒂, 𝒒, 𝑬𝑰 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕.
Solução
Visto que ao longo da viga existem várias descontinuidades, teremos vários sistemas
de coordenadas 𝑣¥ , 𝑧¥ para cada trecho 𝑖 da estrutura dada.
Diagrama do corpo livre
Trecho 1
1 1 œ
𝑀• (𝑧• ) = − 𝑞𝑧•T 𝐸𝐼. 𝑣•* = 𝑞𝑧 + 𝐶•
2 6 •
1 1
𝐸𝐼. 𝑣•** = 𝑞𝑧•T 𝐸𝐼. 𝑣• = 𝑞𝑧 j + 𝐶• . 𝑧• + 𝐶T
2 24 •
Trecho 2
(2𝑎 + 𝑧T )T
𝑀T (𝑧T ) = 𝐴. 𝑧T − 𝑞
2
1 7
𝐸𝐼. 𝑣T** = 𝑞(4𝑎T + 4𝑎. 𝑧T + 𝑧TT ) − 𝑞𝑎. 𝑧T
2 2
œ
1 𝑧T 7
𝐸𝐼. 𝑣T* = 𝑞 #4𝑎T . 𝑧T + 2𝑎. 𝑧TT + $ − 𝑞𝑎. 𝑧TT + 𝐶œ
2 3 4
1 2 𝑧Tj 7
𝐸𝐼. 𝑣T = 𝑞 #2𝑎 . 𝑧T + 𝑎. 𝑧T + $ − 𝑞𝑎. 𝑧Tœ + 𝐶œ . 𝑧T + 𝐶j
T T œ
2 3 12 12
Trecho 3
1 1 1
𝑀œ (𝑧œ ) = 𝐶. 𝑧œ − 𝑞𝑧œT 𝐸𝐼. 𝑣œ* = 𝑞𝑧œœ − 𝑞𝑎. 𝑧œT + 𝐶>
2 6 2
1 1 1
𝐸𝐼. 𝑣œ** = 𝑞𝑎. 𝑧œT − 𝑞𝑎. 𝑧œ 𝐸𝐼. 𝑣œ = 𝑞𝑧œj − 𝑞𝑎. 𝑧œœ + 𝐶> . 𝑧œ + 𝐶â
2 24 6
Trecho 4
1 1 œ 1
𝑀j (𝑧j ) = −𝐺. 𝑧j − 𝑞𝑧jT 𝐸𝐼. 𝑣j* = 𝑞𝑧 + 𝑞𝑎. 𝑧jT + 𝐶å
2 6 j 2
**
1 T 1 1
𝐸𝐼. 𝑣j = 𝑞𝑧j + 𝑞𝑎. 𝑧j 𝐸𝐼. 𝑣j = 𝑞𝑧jj + 𝑞𝑎. 𝑧jœ + 𝐶å . 𝑧j + 𝐶S
2 24 6
1 22
𝐸𝐼. 𝑣• (𝑧• ) = 𝑞𝑧•j − 4𝑞𝑎œ 𝑧• + 𝑞𝑎j
24 3
1 1 8
𝐸𝐼. 𝑣T (𝑧T ) = 𝑞𝑧Tj − 𝑞𝑎𝑧Tœ + 𝑞𝑎T 𝑧TT − 𝑞𝑎œ 𝑧T
24 4 3
1 1 20
𝐸𝐼. 𝑣œ (𝑧œ ) = 𝑞𝑧œj − 𝑞𝑎. 𝑧œœ + 𝑞𝑎œ . 𝑧œ
24 6 3
1 1 22 38
𝐸𝐼. 𝑣j (𝑧j ) = 𝑞𝑧jj + 𝑞𝑎. 𝑧jœ − 𝑞𝑎œ . 𝑧j + 𝑞𝑎j
24 6 3 3
A figura abaixo representa a linha elástica, que se constrói ponto por ponto
substituindo os 𝑧¥ por valores concretos nas equações anteriormente deduzidas.
CAPÍTULO 8. TORÇÃO
𝜋
𝛾= − lim 𝜃′
2 X,I→A
Esse ângulo, 𝛾, está indicado no elemento. Ele pode ser relacionado ao
comprimento do elemento ∆𝑥 e à diferença no ângulo de rotação (∆𝜙) entre as faces
sombreadas. Se Δ𝑥 → 𝑑𝑥 𝑒 Δ𝜙 → 𝑑𝜙 temos:
𝐵𝐷 = 𝜌. 𝑑𝜙 = 𝑑𝑥. 𝛾
Portanto,
𝑑𝜙
𝛾=𝜌 [8.1]
𝑑𝑥
Como 𝑑𝑥 𝑒 𝑑𝜙 são os mesmos para todos os
elementos localizados na secção transversal em 𝑥, então
𝑑𝜙/𝑑𝑥 é constante e a Equação [8.1] diz que a intensidade
da deformação por cisalhamento de qualquer um desses
elementos varia apenas de acordo com a sua distância radial
𝜌 a partir da linha de centro do veio. Em outras palavras, a
deformação por cisalhamento no interior do veio varia
linearmente ao longo de qualquer recta radial, de zero na
linha de centro do veio a um máximo 𝛾¡á£ em seu limite
externo (Figura 8.4). Como 𝑑𝜙/𝑑𝑥 = 𝛾/𝜌 = 𝛾¡á£ /𝑐 = 𝑐𝑡𝑒,
então:
𝜌
𝛾 = 𝛾¡á£ [8.2]
𝑐
Os resultados obtidos nesse caso também são válidos
para veios ocos ou vazados. Dependem apenas das Figura 8.4 - Variação da deformação
hipóteses relativas à deformação mencionadas por cisalhamento
anteriormente.
Figura 8.5 - Variação da tensão de cisalhamento ao longo da recta radial da secção transversal
𝜌
𝑇 = : 𝜌(𝜏. 𝑑𝐴) = : 𝜌 ™ š 𝜏¡á£ 𝑑𝐴 [8.4]
𝑐
A A
𝜏¡á£
𝑇= : 𝜌T 𝑑𝐴 [8.5]
𝑐
A
𝑇. 𝑐
𝜏¡á£ = [8.6]
𝐼=
Onde:
𝜋 j
𝐼= = 𝑐 [8.8]
2
Observe que 𝐼= é uma propriedade geométrica da área do círculo e é sempre
positiva. As unidades usadas para sua medida são: 𝑚𝑚j , 𝑐𝑚j , 𝑝𝑜𝑙 j.
Se um veio tem secção transversal oca (veio vazado), com raio interno 𝑐¥ e raio
externo 𝑐o , então, pela Equação [8.8], determinamos seu momento de polar inércia
subtraindo o 𝐼= para o veio de raio 𝑐¥ daquele determinado para o veio de raio 𝑐o . O
resultado é:
𝜋 j
𝐼= = (𝑐 − 𝑐¥j ) [8.9]
2 o
Como no veio maciço, a tensão de cisalhamento distribuída sobre a área da
secção transversal varia linearmente ao longo de qualquer recta radial (Figura 8.9a).
Além disso, a tensão de cisalhamento varia ao longo do plano axial do mesmo modo
(Figura 8.9b). Exemplos da actuação da tensão de cisalhamento sobre elementos de
volume típicos são mostrados na Figura 8.9a.
PONTOS IMPORTANTES
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE
A fórmula de torção é aplicada segundo o procedimento a seguir:
1. Carga interna – fazer o corte perpendicular ao eixo (linha de centro) do veio
no ponto em que a tensão de cisalhamento deve ser determinada e usar o
diagrama de corpo livre e as equações de equilíbrio necessárias para obter o
torque interno da secção.
3. Tensão de cisalhamento:
Conversão de unidades
1 𝑘𝑠𝑖 (𝐾𝑖𝑙𝑜𝑝𝑜𝑢𝑛𝑑 𝑝𝑒𝑟 𝑠𝑞𝑢𝑎𝑟𝑒 𝑖𝑛𝑐ℎ) = 6,894 757𝑀𝑃𝑎 (𝑀𝑒𝑔𝑎𝑝𝑎𝑠𝑐𝑎𝑙)
1𝑝𝑜𝑙 (𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎) = 25,4 𝑚𝑚 (𝑚𝑖𝑙í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠)
1𝑖𝑛 (𝑝𝑜𝑙𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎) = 25,4 𝑚𝑚 (𝑚𝑖𝑙í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠)
Exemplo 8.1
Dados:
𝑐 = 2𝑝𝑜𝑙 = 50,8 𝑚𝑚
𝜏¡á£ = 8 𝑘𝑠𝑖 = 55,16 𝑀𝑃𝑎
Exemplo 8.2
𝑇 = 𝐹. 𝑏 = 2 𝑘𝑁 ∗ 1𝑚 = 2 𝑘𝑁. 𝑚
§ Para a tensão devida à torção aplica-se a seguinte condição de resistência:
𝑇. 𝑐 𝜋
𝜏= ≤ [𝜏] ; 𝐼= = 𝑐 j
𝐼= 2
𝑇. 𝑐 ] 2 𝑇 œ
] 2 ∗ 2. 10 𝑁. 𝑚
𝜋 j ≤ [ 𝜏 ] → 𝑐 ≥ 1 𝑐 ≥ ^ 𝑐 ≥ 0,0399 𝑚
𝑐 𝜋 [𝜏] 𝜋 ∗ 20. 10 â 𝑁
2 𝑚T
𝑑 ≥ 2𝑐 𝑑 ≥ 2 ∗ 0,0399 𝑑 ≥ 0,0799 𝑚 → 𝒅 = 𝟖𝟎 𝒎𝒎
Exemplo 8.3
O veio vazado BC mostrado na figura ao
lado tem os diâmetros interno e externo de
90 𝑚𝑚 𝑒 120 𝑚𝑚, respectivamente. Os veios
AB e CD são maciços com um diâmetro 𝒅. Para
o estado de carregamento mostrado, determine:
a) As tensões máxima e mínima no veio BC
b) O diâmetro necessário 𝒅 dos veios AB e
CD se a tensão admissível para estes
veios for de 65 𝑀𝑃𝑎.
Solução
𝜋 j 𝜋
𝐼= = (𝑐o − 𝑐¥j ) = [(0,060)T − (0,045)T ]
2 2
𝑰𝒑 = 𝟏𝟑, 𝟗𝟐. 𝟏𝟎l𝟔 𝒎𝟒
𝑇 ] 2 𝑇 ] 2.6. 10œ
𝜋 œ ≤ [ 𝜏 ] → 𝑐 ≥ 1 → 𝑐 ≥ 1 → 𝑐 ≥ 0,0389 𝑚 → 𝒄 ≥ 𝟑𝟖, 𝟗 𝒎𝒎
𝑐 𝜋 [𝜏 ] 𝜋. 65. 10â
2
𝑑 ≥ 2𝑐 𝑑 ≥ 2. (38,9 𝑚𝑚) 𝑑 ≥ 77,8 𝑚𝑚 → 𝒅 = 𝟕𝟖 𝒎𝒎
𝑇 = 𝐹¾ . 𝑟 [8.11]
Onde:
𝑃 = 2𝜋𝑓. 𝑇 [8.11]
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ENG.º M. A. MAZOCA
Capítulo 8 – Torção 116
2𝜋 . 𝑛 𝝅 . 𝒏
𝑃=𝑇 → 𝑷 = 𝑻
60 𝟑𝟎
Onde:
𝑇 − Torque [𝑁. 𝑚]
𝐼= 𝑇
= [8.12]
𝑐 𝜏9É¡
Exemplo 8.4
O veio maciço AB mostrado na figura abaixo, deve ser usado para transmitir 3,75 kW
do motor M ao qual está acoplado. Supondo que o veio gire a 175 revoluções por
minuto e que o material do veio tenha uma tensão admissível de 175 𝑀𝑃𝑎, determinar
o diâmetro necessário para o veio resistir ao carregamento.
Solução
§ Primeiro reduz-se a frequência de rotação para as unidades no SI
175 𝑟𝑒𝑣 175 ∗ 2𝜋 𝑟𝑎𝑑 𝑟𝑎𝑑
ω= = = 18,33
𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 𝑠
𝜋 . 𝑛 30 . 𝑃 30 ∗ 3,75
𝑃 = 𝑇 → 𝑇 = = = 0,2046 𝑘𝑁. 𝑚 → 𝑻 = 𝟐𝟎𝟒, 𝟔 𝑵. 𝒎
30 𝜋 . 𝑛 𝜋 ∗ 175
§ Também podia ser calculado pela expressão abaixo:
𝑃 3,75
𝑇 = 9550 ∗ = 9550 ∗ = 204,6 𝑁. 𝑚 → 𝑻 = 𝟐𝟎𝟒, 𝟔 𝑵. 𝒎
𝑛 175
Onde a potência deve estar em 𝑘𝑊 e o valor obtido será em 𝑁. 𝑚
§ Aplicando a equação 8.12 teremos:
𝐼= 𝑇 𝜋 2𝑇
= ; 𝐼= = 𝑐 j → 𝑐 œ =
𝑐 𝜏9É¡ 2 𝜋 . 𝜏9É¡
] 2𝑇 ] 2 ∗ 205. 10œ
𝑐=1 =1 = 9,063 𝑚𝑚 → 𝑑 = 2 ∗ 9,063 = 18,126 𝑚𝑚
𝜋 . 𝜏9É¡ 𝜋 ∗ 175
𝒅 = 𝟏𝟖, 𝟓 𝒎𝒎
Exemplo 8.5
Solução
§ O torque máximo que pode ser aplicado ao veio é determinado pela fórmula
da torção:
50 ∗ 𝜋(21j − 15j )
𝑇= = 538020.18 𝑁. 𝑚𝑚 → 𝑻 = 𝟓𝟑𝟖 𝑵. 𝒎
2 ∗ 21
𝑇(𝑥 ). 𝜌/𝐼= (𝑥), então 𝛾 = 𝑇(𝑥 ). 𝜌/𝐼= (𝑥)𝐺. Substituindo pela Equação [8.13], temos que
o ângulo de torção do disco é:
𝑇(𝑥)
𝑑𝜙 = 𝑑𝑥
𝐼= (𝑥 ). 𝐺
Onde:
𝜙 − ângulo de torção de uma extremidade em relação à outra, medido em radianos
𝑇(𝑥 ) − torque interno na posição arbitrária 𝑥, determinado pelo método das secções e
pela equação do momento na condição de equilíbrio aplicada em torno da linha de centro do
veio
Exemplo 8.6
Pela regra da mão direita, com torques positivos no sentido que se afasta da
extremidade do corte do veio, temos:
PONTOS IMPORTANTES
§ Determinamos o ângulo de torção relacionando o torque aplicado à tensão de
cisalhamento por meio da fórmula de torção, 𝜏 = 𝑇𝜌/𝐼= , e relacionando a
rotação relativa à deformação por cisalhamento usando 𝑑𝜙 = 𝛾𝑑𝑥/𝜌.
Finalmente, essas equações são combinadas por meio da lei de Hooke, 𝜏 =
𝐺𝛾, o que resulta na Equação [8.14].
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE
O ângulo de torção de uma extremidade de um veio maciço ou oco em relação
à outra é determinado aplicando-se as Equações [8.14], [8.15] e [8.16].
Torque interno
Ângulo de torção
Exemplo 8.7
As engrenagens acopladas
ao veio de aço com uma das
extremidades fixa estão sujeitas aos
torques mostrados na Figura 8.20a.
Supondo que o módulo de
elasticidade de cisalhamento seja
de 80 𝐺𝑃𝑎 e que o veio tenha
diâmetro de 14 𝑚𝑚, determinar o
deslocamento do dente P da
engrenagem 𝐴. O veio gira
livremente no mancal em 𝐵.
Figura 8.20 - Exemplo 8.6
Solução
§ Torque interno – por inspecção, os torques dos segmentos AC, CD e DE são
diferentes porém constantes em cada segmento. Os diagramas de corpo livre
Resolução de problemas
Problema 8.1
O veio oco mostrado na Figura 8.21a tem diâmetro
interno de 80 𝑚𝑚 e diâmetro externo de 100 𝑚𝑚.
Supondo que a sua extremidade seja apertada
contra o apoio 𝐴 por meio de um torquímetro em
𝐵, determinar a tensão de cisalhamento
desenvolvida no material nas paredes interna e
externa ao longo da parte central do veio quando
são aplicadas forças de 80 𝑁 ao torquímetro.
Solução
§ Torque interno – é feito um corte de
localização intermediaria 𝐶 ao longo do
eixo do veio (Figura 8.20b). A única
incógnita na secção é o torque interno 𝑇.
Os equilíbrios da força e do momento em
torno dos eixos 𝑥 e 𝑧 são satisfeitos.
Requer-se que:
¶ 𝑀Š = 0 ∶ 80 𝑁 ∗ 0,2 𝑚 + 80 𝑁 ∗ 0,3 𝑚 − 𝑇 = 0
𝑻 = 𝟒𝟎 𝑵. 𝒎
Figura 8.21 - Problema 8.1
Problema 8.2
O projecto preliminar de um veio largo
conectando o motor a um gerador admite o uso de
um veio oco com os diâmetros interno e externo de
100 mm e 150 mm, respectivamente. Sabendo que
a tensão admissível do material do veio ao
cisalhamento é de 84,74 MPa, determinar o torque
máximo que pode ser transmitido:
a) Por um veio como projectado
b) Por um veio maciço com o mesmo peso e
comprimento
c) Por um veio oco com o mesmo peso e
comprimento, com 200 mm de diâmetro
externo
Solução
§ Veio oco como projectado preliminarmente
𝜋 j 𝜋
𝐼= = (𝑐o − 𝑐¥j ) = [(0,075)j − (0,050 𝑚)j ]
2 2
𝑰𝒑 = 𝟑, 𝟗𝟖𝟖. 𝟏𝟎l𝟓 𝒎𝟒
𝑇. 𝑐o [𝜏]. 𝐼=
𝜏¡á£ = ≤ [𝜏] → 𝑇 =
𝐼= 𝑐o
â 𝑁 lj j
[𝜏]. 𝐼= 84,74. 10 𝑚T ∗ 3,988. 10 𝑚
𝑇= =
𝑐o 0,075 𝑚
𝑇 = 45063 𝑁. 𝑚 → 𝑻 = 𝟒𝟓, 𝟎𝟔𝟑 𝒌𝑵. 𝒎
Problema 8.3
A figura ao lado ilustra uma bomba
acoplada a um motor com 3,0 kW de
potência. Supondo que o impulsor em
𝑩 esteja girando a 300 revoluções por
minuto, determinar a tensão de
cisalhamento máxima desenvolvida
em 𝑨, localizada no veio de
transmissão oco com 10 mm de
espessura e 80 mm de diâmetro
externo.
Solução
𝑃 3,0
𝑇 = 9550 ∗ = 9550 ∗ = 𝟗𝟓, 𝟓 𝑵. 𝒎
𝑛 300
𝜋 j 𝜋
𝐼= = (𝑐o − 𝑐¥j ) 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐¥ = 40 − 10 = 30 𝑚𝑚 𝐼= = [(0,040 𝑚)j − (0,030 𝑚)j ]
2 2
𝑰𝒑 = 𝟐, 𝟕𝟒𝟗. 𝟏𝟎l𝟔 𝒎𝟒
𝑇 . 𝑐o (95,5 𝑁. 𝑚) ∗ (0,04 𝑚)
𝜏¡á£ = = = 1389650 𝑃𝑎
𝐼= 2,749. 10lâ 𝑚j
Problema 8.4
A figura ao lado ilustra uma bomba acoplada a um motor com 3,75 kW de potência.
Supondo que o material do veio
possui uma tensão admissível ao
cisalhamento de 15 MN/m2,
determinar a área de secção
transversal mínima admissível
para o torque exercido de 120 N.m,
sabendo que a razão entre os
diâmetros interno e externo seja de
0,85.
Solução
𝑇. 𝑐 𝑇. 𝑐o
𝜏= ≤ [𝜏] → 𝜏¡á£ = ≤ [𝜏 ]
𝐼= 𝐼=
𝑐¥
= 0,85 → 𝑐¥ = 0,85𝑐o
𝑐o
𝜋 j 𝝅
𝐼= = (𝑐o − 𝑐¥j ) = [𝑐oj − (0,85 𝑐o )j ] = (𝑐oj − 0,522𝑐oj ) = 𝟎, 𝟒𝟕𝟖 𝒄𝟒𝒆
2 𝟐
𝑇. 𝑐o ] 2𝑇 ] 2(120 𝑁. 𝑚)
𝜋 j ≤ [𝜏] → 𝑐o ≥ 10,478𝜋[𝜏] 𝑐o ≥ ^ 𝑁
𝑐o ≥ 0,022 𝑚
0,478 2 𝑐o â
0,478𝜋 ™15. 10 T š
𝑚
𝒄𝒆,𝒎í𝒏 = 𝟐𝟐 𝒎𝒎
𝒄𝒊,𝒎í𝒏 = 𝟏𝟖, 𝟕 𝒎𝒎
𝐴¡í¡ = 𝟒𝟐𝟏, 𝟗𝟓 𝒎𝒎𝟐
Problema 8.5
O veio horizontal AD está encastrado na base
D e sujeito aos torques conforme mostra a
figura ao lado. A partir da extremidade D o veio
foi brocado num diâmetro de 44 mm numa
porção CD do veio. Sabendo que o veio é feito
de aço com o módulo de elasticidade ao
cisalhamento de 77 GPa, determinar o ângulo
de torção da sua extremidade livre A.
Solução
§ Para o segmento AB
(250 𝑁. 𝑚) − 𝑇AX = 0
𝑻𝑨𝑩 = 𝟐𝟓𝟎 𝑵. 𝒎
§ Para o segmento BC
(250 𝑁. 𝑚) + (2000 𝑁. 𝑚) − 𝑇XI = 0
𝑻𝑩𝑪 = 𝟐𝟐𝟓𝟎 𝑵. 𝒎
Problema 8.6
Os dois veios maciços de aço mostrados
na Figura 8.22a estão acoplados por
meio de engrenagens. Determinar o
ângulo de torção da extremidade 𝐴 do
veio 𝐴𝐵 quando é aplicado um torque de
45 𝑁. 𝑚, sendo o módulo de elasticidade
ao cisalhamento de 80 𝐺𝑃𝑎. O veio 𝐴𝐵 é
livre para girar nos mancais 𝐸 e 𝐹,
enquanto o veio 𝐶𝐷 é fixo em 𝐷. Cada
veio tem 20 mm de diâmetro. Figura 8.22 - Problema 8.6
Solução
§ Torque interno – os diagramas de corpo livre de cada veio são mostrados na
Figura 8.22b e 8.22c.
§ Somando os momentos em torno do eixo 𝑥 do veio 𝐷𝐶, temos que essa força
cria um torque:
Problema 8.7
O poste maciço de ferro fundido com 50 mm de
diâmetro mostrado na Figura 8.23a está
enterrado no solo. Supondo que seja aplicado um
torque no seu topo com uma chave rígida,
determinar a tensão de cisalhamento máxima no
poste e o ângulo de torção no seu topo. Supor,
também, que o torque está quase girando o poste
e que o solo exerce uma resistência uniforme à
torção de 𝑡 𝑘𝑁. 𝑚𝑚/𝑚𝑚 ao longo do
comprimento enterrado de 600 𝑚𝑚. Sabe-se que
𝐺 = 65 𝐺𝑃𝑎.
Solução
𝑻𝑨𝑩 = 𝟕𝟓𝟎 𝑵. 𝒎
𝒕 = 𝟏𝟐𝟓 𝑵. 𝒎/𝒎
0,6T T
682,5 𝑁. 𝑚 T125 ∗ ! 2 " 𝑁. 𝑚 705 𝑁. 𝑚T
𝜙A = + =
𝐼= . 𝐺 𝐼= . 𝐺 𝜋 d 𝑁
( )j
2 0,05 𝑚 ∗ ™65. 10 𝑚T š
𝝓𝑨 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟏 𝒓𝒂𝒅
Problema 8.8
b) O ângulo de rotação
correspondente da extremidade
A.
Solução
𝝓𝑩 = 𝟐, 𝟕𝟒𝝓𝑪 (𝟐)
§ Veio CD – a partir de (1) temos 𝑇Ic = 2,74. 𝑇¤ e 𝑐 = 12,5 𝑚𝑚, com a tensão
admissível ao cisalhamento de 14 Mpa, temos:
𝑁 j
𝑇Ic . 𝑐 2,74𝑇¤ . 𝑐 [𝜏]. 𝐼b ™14 𝑚𝑚T š ∗ 𝜋 ∗ (12,5 𝑚𝑚)
𝜏= = ≤ [𝜏] 𝑇¤ = =
𝐼b 𝐼b 2,74𝑐 2 ∗ 2,74 ∗ (12,5 𝑚𝑚)
𝑇¤ = 15675,716 𝑁. 𝑚𝑚 = 𝟏𝟓, 𝟔𝟕𝟔 𝑵. 𝒎
Problema 8.9
Solução
¶ 𝑀£ = 0 𝑇 − 𝑇A − 𝑇X = 0
𝜙A/X = 0
Nesse caso, admite-se que 𝐺𝐼b seja constante, onde 𝐼b é o momento polar de
inércia e 𝐺, o módulo de elasticidade ao cisalhamento.
Resolvendo as duas equações anteriores para as reacções, compreendendo
que 𝐿 = 𝐿AI + 𝐿XI , obtemos:
𝐿XI 𝐿AI
𝑇A = 𝑇 ! " 𝑒 𝑇X = 𝑇 ! "
𝐿 𝐿
Observe que esses torques de reacção aumentam ou diminuem linearmente
com a localização 𝐿AI ou 𝐿XI do torque aplicado.
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE
Determinamos os torques desconhecidos em veios estaticamente
indeterminados, satisfazendo os requisitos de equilíbrio, compatibilidade e torque-
deslocamento do veio.
Equilíbrio
Exemplo 8.8
O veio de aço maciço mostrado na Figura 8.25a tem 20 mm de diâmetro. Se
for submetido aos dois torques, quais serão as reacções nos apoios fixos 𝐴 e 𝐵?
Figura 8.25
Solução
§ Equilíbrio – por inspecção do diagrama de corpo livre (Figura 8.25b), vemos
que o problema é estaticamente indeterminado uma vez que há apenas uma
equação de equilíbrio disponível, enquanto 𝑻A e 𝑻𝑩 são incógnitas. É requerido
que:
𝑇X = 645 𝑁. 𝑚
Substituindo na equação (1), temos:
O sinal negativo indica que 𝑻𝑨 actua na direcção oposta à mostrada na Figura 8.25b.
Exemplo 8.9
O veio mostrado na Figura 8.26a está composto por um veio de aço oco unido a um
núcleo de latão, esquematizar a distribuição cisalhamento-tensão ao longo de uma
recta lateral da área da secção transversal. Supor, também, que 𝐺9ç; = 83 𝐺𝑃𝑎 e
𝐺B9¾ã; = 37 𝐺𝑃𝑎
Figura 8.26
Solução
§ Equilíbrio – o diagrama de corpo livre do veio é mostrado na Figura 8.26b. A
reacção da parede é representada pela quantidade de torque desconhecido
resistido pelo aço, 𝑇9ç; , e pelo latão, 𝑇B9¾ã; . O equilíbrio requer que:
Exemplo 8.10
O veio circular 𝑨𝑩 encastrado nas
duas extremidades, tem um comprimento
total de 126 mm e um diâmetro de 23 mm.
Sabendo que desde a extremidade 𝑩 até ao
ponto médio ao longo do seu comprimento,
o veio foi vazado de modo a ter um diâmetro
interno de 16 mm, pede-se para calcular os
torques de reacção nos apoios.
Solução
§ Equilíbrio – Fazendo o diagrama de corpo livre
do veio e denotando por 𝑇A e 𝑇X os torques
exercidos pelos apoios (Figura 8.27a), obtemos
a equação de equilíbrio:
𝑇A + 𝑇X − 122 𝑁. 𝑚 = 0 (1)
§ Compatibilidade – como as extremidades do
veio são fixas, o ângulo de torção de uma
extremidade em relação à outra deve ser nulo,
ou seja, o ângulo de torção total do veio 𝑨𝑩
deve ser igual a zero, desde que ambas as suas
extremidades estejam restritas. Denotando por
𝜙• e 𝜙T , respectivamente os ângulos de torção
para os segmentos 𝑨𝑪 e 𝑪𝑩, podemos
escrever:
𝜙 = 𝜙• + 𝜙T = 0
A partir do diagrama de corpo livre de uma pequena porção do veio incluindo
a extremidade 𝐴 (Figura 8.27b), notamos que o torque interno 𝑇• no segmento 𝐴𝐶 é
igual a +𝑇A, e a partir do diagrama de corpo livre de uma pequena porção do veio
incluindo a extremidade 𝐵 (Figura 8.27c), notamos que o torque interno 𝑇T no
segmento 𝐶𝐵 é igual a −𝑇X . Aplicando a relação carga-deslocamento, 𝜙 = 𝑇𝐿/𝐼b 𝐺,
temos:
𝑇A 𝐿AI −𝑇X 𝐿XI 𝐿XI ∗ 𝐼b•
𝜙 = 𝜙• + 𝜙T = + = 0 𝑇A = 𝑇X
𝐼b• 𝐺 𝐼bT 𝐺 𝐿AI ∗ 𝐼bT
Substituindo os dados numéricos fornecidos
𝐿AI = 𝐿XI = 63 𝑚𝑚
𝜋
𝐼b• = (0,0115 𝑚)j = 2,747. 10lS 𝑚j
2
𝜋
𝐼bT = [(0,0115 𝑚)j − (0,008)j ] = 2,104. 10lS 𝑚j
2
Obtemos:
𝑇A = 1,306𝑇X (2)
Resolvendo o sistema de equações fornecido pelas equações (1) e (2) temos:
𝑇 + 𝑇X − 122 𝑁. 𝑚 = 0 𝑻𝑩 = 𝟓𝟐, 𝟗𝟏 𝑵. 𝒎
i A →
𝑇A = 1,306𝑇X 𝑻𝑨 = 𝟔𝟗, 𝟎𝟗 𝑵. 𝒎
para que tenham para que tenham direito à árvore da vida, e possam
Disto segue-se:
𝛼j¥ = 𝛼¥j [9.4.1]
Quer dizer, o trabalho produzido pela carga externa é uma função homogênea
de segundo grau das cargas. Se darmos a demonstração, podemos concluir pela
equação [9.4.1] que analogamente:
Ñ
𝜕𝑊
= ¶(𝛼¥? 𝐹¥ + 𝛾¥? 𝑀¥ ) = 𝑣? [9.7.1]
𝜕𝐹?
¥k•
Ñ
𝜕𝑊
= ¶(𝛿?j 𝐹j + 𝛽?j 𝑀j ) = 𝜑? [9.7.2]
𝜕𝑀?
¥k•
𝜕𝑊É 𝜕𝑊É
= 𝐹? = 𝑀? [9.9]
𝜕𝑣? 𝜕𝜑?
𝜎T 𝑁T 𝑁T
𝑊¾p = : 𝑑𝑉 = : : 2𝑑𝐴𝑑𝑧 = : 𝑑𝑧
2𝐸 2𝐸𝐴 2𝐸𝐴
m B A B
Flexão:
𝜎T 𝑀T
𝑊êB = : 𝑑𝑉 = : 𝑑𝑧
2𝐸 2𝐸𝐼
m B
Corte:
𝜏T 𝑇 T𝑆 T 𝑇T
𝑊Ì = : 𝑑𝑉 = : : T T 2𝑑𝐴𝑑𝑧 = 𝑋 : 𝑑𝑧
2𝐺 𝑏 𝐼 . 2𝐺 2𝐺𝐴
m B A B
Torção:
𝜏T 𝑀¾ T
𝑊¾ = : 𝑑𝑉 = : 𝑑𝑉
2𝐺 2𝐺𝐼¾
m m
Bo Bo
T T
𝑇Šj 𝑇£j
+𝑋£j : 𝑑𝑧j +𝑋Šj : 𝑑𝑧 } [9.10]
2(𝐺𝐴)j 2(𝐺𝐴)j j
¤ ¤
Bo Bo Bo
𝑀¾j 𝜕𝑀¾j 𝑇Šj 𝜕𝑇Šj 𝑇£j 𝜕𝑇£j
+: 𝑑𝑧j + 𝑋£j : 𝑑𝑧j +𝑋Šj : 𝑑𝑧j } [9.11]
(𝐺𝐼¾ )j 𝜕𝐹¥ (𝐺𝐴)j 𝜕𝐹¥ (𝐺𝐴)j 𝜕𝐹¥
¤ ¤ ¤
Exemplo 9.1
Para a viga representada na Figura 9.3a, determinar o deslocamento no ponto
“𝑪” e as inclinações nos pontos “𝑨” e “𝑩”. (Desprezar o trabalho de deformação
elástica devido ao corte).
Solução
O deslocamento pedido no ponto “𝑪” realizar-se-á verticalmente, isto é, na
direcção da força real “𝑭”. Como nos pontos “𝑨” e “𝑩” em que são pedidas as
inclinações não há momentos exteriores reais, introduzimos os momentos fictícios
𝑴𝒇𝑨 e 𝑴𝒇𝑩 (Figura 11.3b).
𝑧• 𝑧• 𝑧• 𝑧• 𝑧• 𝑧•
1 – 𝑀êA ™1 − š − 𝑀êX +𝐹 1− − 0 … 3𝑎
3𝑎 3𝑎 3 3𝑎 3𝑎 3
2 𝐹. 𝑧T 0 0 𝑧T 0…𝑎
𝑀êA = 0 𝑀êX = 0
œ9
𝜕𝑊 1 𝑧• 𝑧• 𝑭𝒂𝟐
𝜑A = = : 𝐹 ™1 − š . 𝑑𝑧• =
𝜕𝑀êA 𝐸𝐼 3 3𝑎 𝟐𝑬𝑰
¤
œ9
𝜕𝑊 1 𝑧• 𝑧• 𝑭𝒂𝟐
𝜑X = = : 𝐹 ™− š . 𝑑𝑧• = −
𝜕𝑀êX 𝐸𝐼 3 3𝑎 𝑬𝑰
¤
œ9 9
𝜕𝑊 1 𝑧• 𝑧• 𝟒𝑭𝒂𝟑
𝑣Ì = = r: 𝐹 . 𝑑𝑧• + : 𝐹𝑧T . 𝑧T . 𝑑𝑧T s =
𝜕𝐹 𝐸𝐼 3 3 𝟑𝑬𝑰
¤ ¤
Exemplo 9.2
Para a estrutura da Figura 9.4a, determinar as deformações no ponto da
aplicação da força “𝑭” e o deslocamento do apoio “𝑪”. (Desprezar os trabalhos de
deformação elástica devidos à tracção e ao corte.)
Solução
deslocar-se apenas na direcção vertical, em que não actua nenhuma força, por
isso, introduzimos a força fictícia 𝑭𝒇 . (Figura 9.4b)
𝑴𝒇𝑨 = 𝟎 𝑭𝒇 = 𝟎
B B B
𝜕𝑊 1 T T T
𝟐𝑭𝒍𝟑
𝑣l = = @: 𝐹 𝑧• . 𝑑𝑧• + : 4𝐹 𝑧T . 𝑑𝑧T + : 𝐹 𝑧œ . 𝑑𝑧œ A =
𝜕𝐹 𝐸𝐼 𝑬𝑰
¤ ¤ ¤
B B
𝜕𝑊 1 𝑭𝒍𝟑
𝑣I = = @: 2𝐹𝑧TT . 𝑑𝑧T + : 𝐹 𝑧œT . 𝑑𝑧œ A =
𝜕𝐹ê 𝐸𝐼 𝑬𝑰
¤ ¤
Ð B
𝜕𝑊 1 2𝐹 T 𝟕𝑭𝒍𝟐
𝜑l = = @: 𝐹𝑧• 𝑑𝑧• + : 𝑧 . 𝑑𝑧T A =
𝜕𝑀ê 𝐸𝐼 𝑙 T 𝟔𝑬𝑰
¤ ¤
Mesmo que a escolha das reacções hiperestáticas seja arbitrária, temos que
garantir que o sistema restante fique isostático, isto é, não podemos arbitrar uma
reacção de apoio como hiperestática, enquanto que esta se determina simplesmente
com base nas condições de equilíbrio.
Tendo arbitrado o número necessário de reacções de apoio como
hiperestáticas, temos que escrever todas as reacções de apoio restantes como
funções das cargas reais e fictícias e das reacções hiperestáticas. Quer dizer, nas
equações dos esforços que fazem parte da tabela, aparecem exclusivamente as
cargas reais e fictícias e as reacções de apoio hiperestáticas. Depois de ter
determinado as reacções hiperestáticas, o cálculo das deformações realiza-se como
foi explicado no capitulo precedente, utilizando-se a mesma tabela.
Exemplo 9.3
Para a estrutura representada na Figura 9.5a, pedem-se as reacções de apoio
e o deslocamento do ponto C. (Desprezar os trabalhos de deformação elástica devido
à tracção e ao corte).
Solução
Nota: Não se pode escolher a reacção 𝑨𝒚 como hiperestática, visto que se trata
duma reacção isostática, que se determina pelas condições de equilíbrio.
𝜕𝑀j 𝜕𝑀j
Trecho k 𝑀j Limites
𝜕𝐵 𝜕𝐹ê
1 √2 √2 0
𝐵𝑧• 𝑧 0 … √2𝑙
2 2 •
𝑞
2 𝐵𝑙 − 𝐹ê 𝑧T − 𝑧TT 𝑙 −𝑧T 0…𝑙
2
𝑭𝒇 = 𝟎
√TB B
𝜕𝑊 1 𝑧•T 𝑞 𝒒𝒍
= 0 = t: 𝐵 𝑑𝑧• + : ™𝐵𝑙 T − 𝑙𝑧TT š 𝑑𝑧T u → 𝑩 =
𝜕𝐵 𝐸𝐼 2 2 𝟔 + 𝟐√𝟐
¤ ¤
§ Condições de equilíbrio:
↑ : 𝐴Š − 𝑞𝑙 = 0 𝑨𝒚 = 𝒒𝒍
→: 𝐵 − 𝐴‰ = 0 𝑨𝒛 = 𝑩 = 𝒒𝒍
𝑞𝑙 T 𝟔 + 𝟐√𝟐
𝐴 ↺ : 𝑀A + 𝐵𝑙 − 2 = 0 𝟐 + √𝟐 𝟐
𝐴 ↺ : 𝑴𝑨 = 𝒒𝒍
𝟔 + 𝟐√𝟐
B
𝜕𝑊 1 𝑞 1 𝑞𝑙 j 𝐵𝑙 œ 𝟏 + √𝟐 𝒒𝒍𝟒
𝑣I = = : ™ 𝑧Tœ − 𝐵𝑙𝑧T š 𝑑𝑧T = # − $=
𝜕𝐹ê 𝐸𝐼 2 𝐸𝐼 8 2 𝑩(𝟑 + √𝟐) 𝑬𝑰
¤
Exemplo 9.4
Para a estrutura representada na Figura 9.6a, determinar as reacções de apoio
e o deslocamento do ponto C. (Desprezar o trabalho de deformação elástica devido
ao corte.)
Dados:
Solução
§ Condições de equilíbrio:
↑ : 𝐴Š + 𝐵Š − 𝑞𝑙 − 𝐹ê = 0 𝐴‰ = 0
→ : 𝐴‰ + 𝐵‰ = 0 𝐵‰ = 0
𝑀
𝑞𝑙 T 𝐵Š = 𝑙X
𝐴 ↺ : 𝑀A + 𝑀X + 𝐵9 𝑎 − 2 − 𝐹ê 𝑙 = 0
𝑀
𝐷 ↺ : 𝑀X − 𝐵Š 𝑙 = 0 𝐴Š = 𝑞𝑙 − 𝑙X + 𝐹ê
𝐶 ↺ : 𝑀X − 𝐵Š 𝑙 + 𝐵‰ 𝑎 = 0 𝑞𝑙 T
𝑀A = −𝑀X + 2 + 𝐹ê 𝑙
𝑧•
𝑀• (𝑧• ) = 𝑀X − 𝐵Š 𝑧• = 𝑀X ™1 − š 𝑀T (𝑧T ) = 0
𝑙
𝑞𝑧œ 𝑧œ 𝑞
𝑀œ (𝑧œ ) = 𝑀A − 𝐴Š 𝑧œ + = 𝑀X ™ − 1š + 𝐹ê (𝑙 − 𝑧œ ) + (𝑙 − 𝑧œ )T
2 𝑙 2
𝑁• (𝑧• ) = 0 𝑀X 𝑁œ (𝑧œ ) = 0
𝑁T (𝑧T ) = −𝐵Š = −
𝑙
Tabela 15 – Tabela de cálculo
•
1 𝑧3 𝑞 𝑧3 𝑀X 1 1 3𝑎 𝑞𝑙 T
+ : +𝑀X ™ − 1š + (𝑙 − 𝑧3 )2 , ∗ ™ − 1š 𝑑𝑧œ = ! + + œ" −
𝐸𝐼• 𝑙 2 𝑙 3𝐸 𝐼T 𝐼• 𝐴𝑙 8𝐸𝐼•
¤
𝑣Ì = 0,067 𝑐𝑚
homogêneas do segundo grau, tanto das cargas exteriores, (𝐿¥ ; 𝑖 = 1,2, … , 𝑛), como
dos esforços hiperestáticos:
𝑊ÉQ = 𝑊É (𝐿• , 𝐿T , … , 𝐿¡ ; 𝑀? , 𝑇? , 𝑁? )
𝑊ÉQQ = 𝑊É (𝐿¡v• , … , 𝐿Ñ ; −𝑀? , −𝑇? , −𝑁? ).
Pelo teorema de Castegliano temos, por exemplo,
Exemplo 9.5
Para a estrutura da Figura 9.7a, desenhar os diagramas dos esforços, considerando
exclusivamente o trabalho de deformação elástica devido à flexão.
Solução:
Imaginemos a estrutura cortada no ponto C e inscrevemos neste ponto os
esforços hiperestáticos. Tendo calculado as reacções de apoio, resulta o esquema de
cálculo representado na Figura 9.7b.
1 𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑧• 1 0 𝑧• 0…𝑙
2 𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑙 − 𝑁¤ 𝑧T − 𝐹𝑧T 1 −𝑧T 𝑙 0 … 2𝑙
3 𝑀¤ − 𝑁¤ 𝑧œ 1 −𝑧œ 0 0 … 2𝑙
B TB TB
𝜕𝑊
= 0 = :(𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑧• )𝑑𝑧• + : (𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑙 − 𝑁¤ 𝑧T − 𝐹𝑧T )𝑑𝑧T + : (𝑀¤ − 𝑁¤ 𝑧œ )𝑑𝑧œ +
𝜕𝑀¤
¤ ¤ ¤
TB TB
𝜕𝑊
= 0 = 0 + : (𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑙 − 𝑁¤ 𝑧T − 𝐹𝑧T )(−𝑧T )𝑑𝑧T + : (𝑀¤ − 𝑁¤ 𝑧œ )(−𝑧œ )𝑑𝑧œ +
𝜕𝑁¤
¤ ¤
B
28 14
+ :(𝑀¤ − 𝑁¤ 2𝑙 + 𝑇¤ 𝑧j − 2𝐹𝑧j )(−2𝑙)𝑑𝑧j = −6𝑀¤ + 𝑁¤ 𝑙 − 3𝑇¤ 𝑙 − 𝐹𝑙 = 0 [𝑏]
3 3
¤
B TB
𝜕𝑊
= 0 = :(𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑧• )𝑧• 𝑑𝑧• + : (𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑙 − 𝑁¤ 𝑧T − 𝐹𝑧T )𝑙𝑑𝑧T +
𝜕𝑇¤
¤ ¤
B
8 8
+ :(𝑀¤ − 𝑁¤ 2𝑙 + 𝑇¤ 𝑧j − 2𝐹𝑧j )𝑧j 𝑑𝑧j = 3𝑀¤ + 𝑇¤ 𝑙 − 3𝑁¤ 𝑙 − 𝐹𝑙 = 0 [𝑐]
3 3
¤
Sobrepondo os
diagramas dos esforços
da das últimas duas
figuras obtém o diagrama
dos esforço da primeira.
21
A graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós!