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UCA

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA


Associação Educacional Latino Americana

Eder Félix

Curso de Engenharia Civil


7º Termo A

CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DÚCTEIS E FRÁGEIS


E SUAS APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

Marília
2017
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Associação Educacional Latino Americana
UCA

Eder Félix

Curso de Engenharia Civil


7º Termo A

CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DÚCTEIS E FRÁGEIS


E SUAS APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

Trabalho apresentado ao curso de graduação


de Engenharia Civil da Faculdade Católica
Paulista como parte integrante para aprovação
na disciplina de Mecânica dos Sólidos II.

Prof. Esp. Bruno Peres Moitinho

Marília
2017
CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DÚCTEIS E FRÁGEIS
E SUAS APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo abordar aos assuntos concernentes aos
materiais utilizados em específico na área da construção civil e suas características,
sendo criterioso nas características específicas como a ductilidade e a fragilidade
desses materiais. Dentro de ambas as características a abordagem detalhada de
conceitos e diagramas de tensão-deformação, a análise de comportamento e
exemplos desses materiais e suas aplicações da Engenharia Civil, são assuntos
também aqui abordados.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2. MATERIAIS DÚCTEIS ............................................................................................ 6
3. MATERIAIS FRÁGEIS ............................................................................................ 6
4. APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL ................................................................. 6
5. CONCEITO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO ............................................................. 7
6. DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO................................................................ 8
7. MODELOS DE DIAGRAMAS DÚCTEIS E FRÁGEIS ........................................... 10
8. COMPORTAMENTO PLÁSTICO E ELÁSTICO DOS MATERIAIS ....................... 12
9. CONCLUSÃO........................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO

Materiais dúcteis e materiais frágeis, especificamente metais, comportam-se


diferentemente no ensaio de compressão. Enquanto os metais frágeis rompem
praticamente sem fase elástica, os metais dúcteis sofrem grande deformação na fase
plástica, às vezes sem atingir a ruptura. Neste trabalho é descrito o comportamento
dos materiais dúcteis e frágeis, suas aplicações na área da Engenharia Civil, alguns
exemplos de utilização nos métodos construtivos existentes e os gráficos que
analisam a tensão e deformação dos materiais.
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2. MATERIAIS DÚCTEIS

Chama-se ductilidade à propriedade dos materiais que, sob a ação de uma


força, se podem desformar sem chegar a quebrar-se. Estes materiais, como certos
metais ou asfaltos, são considerados dúcteis. O aço doce é um exemplo desses
metais. Os engenheiros escolhem materiais dúcteis para o projeto por que são
capazes de absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados, exibem, em
geral, grande deformação antes de falhar. Os materiais dúcteis toleram métodos de
fabrico por deformação plástica e suportam uma maior quantidade de uso, uma vez
que se deformam antes de se quebrar. É necessário aplicar uma grande força para
partir um material dúctil: os seus átomos podem deslizar-se uns sobre os outros,
estendendo o material sem se quebrar.

3. MATERIAIS FRÁGEIS

São materiais que possuem pouco, ou nenhum escoamento. Exemplo:


Concreto e o ferro fundido.
Os materiais frágeis não possuem tensão de ruptura à tração bem definida,
como resultado desse tipo de falha, uma vez que a aparência das trincas iniciais em
um corpo de prova é bastante aleatório. Em vez disso, geralmente se registra a tensão
de ruptura média observada em um conjunto de testes.

4. APLICAÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL

Materiais Dúcteis: Na construção civil o aço está muito presente nos mais
variados tipos de construção. No concreto armado o aço é utilizado como armadura
para trazer resistência a tração ao concreto, na estrutura metálica o principal material
empregado é o aço, utilizado nos pilares, vigas, terças, tesouras e telhas de cobertura
e fechamento, na construção Wood Frame utiliza-se os pregos e as chapas de ligação
para a fixação das placas de madeira e os parafusos para fixação dos montantes no
radier, e na construção em Steel Frame toda a estrutura é constituída de aço
galvanizado leve.
Materiais frágeis: Assim como os materiais dúcteis, os materiais frágeis
possuem um papel extremamente importante na engenharia civil, o material
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largamente empregado é o concreto, utilizado no concreto armado, em emboço,


reboco, chapisco, pavimento, calçadas amagasse entre outros, outros materiais
frágeis empregados na engenharia civil são os tijolos, blocos, pisos cerâmicos,
porcelanato, azulejos, etc.

5. CONCEITO DE TENSÃO-DEFORMAÇÃO

Considere-se uma barra carregada nas extremidades por forças axiais F, que
produzem alongamento uniforme ou tração na barra. Sob ação dessas forças originam
originam-se esforços internos no interior da barra. Considere-se um corte imaginário
na seção m-m, normal a seu eixo. Removendo-se, por exemplo, a parte direita do
corpo, os esforços internos na seção considerada (m-m) transformam-se em esforços
externos.

Para que não se altere o equilíbrio, estes esforços devem ser equivalentes à
resultante, também axial, de intensidade F. Quando estas forças são distribuídas
perpendiculares e uniformemente sobre toda a seção transversal, recebem o nome
de tensão normal.

P
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O alongamento total de uma barra submetida a uma força axial é designado


pela letra grega δ (delta). O alongamento por unidade de comprimento, denominado
deformação específica, representado pela letra grega ε (epsilon), é dado pela seguinte
equação:

As relações entre tensões e deformações para um determinado material são


encontradas por meio de ensaios de tração. Nestes ensaios são medidos os
alongamentos δ, correspondentes aos acréscimos de carga axial P, que se aplicarem
à barra, até a ruptura do corpo-de-prova.

6. DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO

É o gráfico obtido através dos resultados do ensaio, podem-se calcular vários


valores de tensão e deformação correspondente no corpo de prova, como se fosse
uma tabela de tensões e deformações correspondentes e depois basta se plotar o
gráfico.
Diagrama tensão x deformação convencional: Tensão nominal ou de
engenharia: Determina-se com os dados registrados, dividindo-se a carga aplicada P
pela área da seção transversal inicial do corpo de prova Ao.

Deformação nominal ou de engenharia: É obtida da leitura do extensômetro,


ou dividindo-se a variação do comprimento de referência, δ, pelo comprimento de
referência inicial Lo.
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Os pontos importantes do diagrama tensão-deformação são:


Limite de proporcionalidade: É o limite no qual as tensões são diretamente
proporcionais as deformações.
Limite de elasticidade: Corresponde à máxima tensão que o material suporta sem
romper-se. É calculada por: LR = Fmáx/So
Fmáx = Carga máxima aplicada no material
So = Área da seção inicial do corpo de prova
Limite de escoamento: É o ponto onde começa a deformação irrecuperável (ou
plástica) do material. A partir deste ponto o material só recuperará a parte elástica de
sua deformação, e ficará com uma deformação permanente e irreversível.
O início do escoamento possui maior deformação em relação à tensão aplicada, o que
torna este ponto visível em alguns materiais mais dúcteis como o aço de baixo
carbono. A transição do regime elástico para o plástico ocorre de modo abrupto
nesses materiais.
Este fenômeno é conhecido por um pico de escoamento “exagerado” ou descontínuo.
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Limite de resistência: O limite de resistência à tração é usualmente encontrado pela


realização de um ensaio de tração e registrando-se a tensão aplicada versus a
deformação. O máximo ponto da curva de tensão-deformação é o LRT.
Tensão de ruptura: A tensão de Ruptura é a tensão máxima da curva de tensão
nominal (MPa) - extensão nominal (mm).
Lei de Hooke: É a Relação linear entre tensão e deformação na região de
elasticidade. Foi descoberta por Robert Hooke, em 1676, com o auxílio de molas. σ =
Eε (3) onde E é a constante de proporcionalidade, módulo de elasticidade ou módulo
de Young, nome derivado de Thomas Young que explicou a Lei em 1807.
Um material é chamado de linear-elástico se a tensão for proporcional a deformação
dentro da região elástica. Essa condição é denominada Lei de Hooke e o declive da
curva é chamado de módulo de elasticidade E.

7. MODELOS DE DIAGRAMAS DÚCTEIS E FRÁGEIS

Os materiais frágeis não apresentam limite definido (σe) para as regiões


elásticas e plásticas. Assim, para efeito de dimensionamento, usa-se a tensão de
ruptura (σr). Para os materiais dúcteis, usa-se a tensão de escoamento (σe).
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A figura acima é uma representação esquemática do comportamento tensão-


deformação em tração para materiais frágeis e materiais dúcteis carregados até a
fratura.
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8. COMPORTAMENTO PLÁSTICO E ELÁSTICO DOS MATERIAIS

Plasticidade é a propriedade de um corpo mudar de forma de modo irreversível.


Deformação Plástica é quando a tensão não é mais proporcional a deformação
ocorrendo então a deformação não recuperável e permanente. A partir da perspectiva
atômica, a deformação plástica corresponde a quebra de ligações com átomos
vizinhos originais em seguida formação de novas ligações com novos átomos
vizinhos, uma vez que um grande número de átomos ou moléculas se move em
relação uns aos outros; com a remoção da tensão, eles não retornam as posições
originais, diferente do que acontece na deformação elástica.
As deformações elásticas são proporcionais ao esforço aplicado e são
deformações reversíveis, ou seja, quando a deformação de tensão que provocou a
deformação elástica é retirada, o material rochoso volta ao seu estado inicial. Um
exemplo de deformação elástica é a sofrida por uma mola ou elástico quando sujeita
a tensões. Quando o limite da elasticidade das rochas é ultrapassado, estas entram
em ruptura e passam a sofrer deformações plásticas.
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9. CONCLUSÃO

Na área da construção civil há uma variedade de sistemas construtivos, cada


um com sua peculiaridade e aplicações, nesses sistemas construtivos são
empregados materiais dúcteis e frágeis, e em alguns casos específicos a combinação
dos dois tipos de matéria dá origem a um novo matéria muito mais resistente como é
o caso do concreto armado, e pudemos analisar que mesmo sendo frágeis alguns
matérias, sua utilização é fundamental na construção civil, com é o caso do concreto
e dos materiais cerâmicos.
Podemos desta forma concluir que, a aplicação dos materiais na construção civil não
são relevantes somente aqueles que possuem propriedades dúcteis com maior
resistência, mas que cada tipo de matéria tem seu lugar na engenharia e sua
importância e valor no processo construtivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEER, F.P. e JOHNSTON, JR., E.R. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Makron
Books,1995.

CONCEITO.DE. Conceito de ductibilidade. Disponível em:


<http://conceito.de/ductilidade>. Acesso em: set. 2017.

ETEC. GRÁFICOS: Dúcteis e Frágeis. Disponível em: <http://etec-


mecatronica.weebly.com/uploads/1/2/9/3/12933882/6953211.jpg?515>. Acesso em:
set. 2017.

GERE, J. M. Mecânica dos Materiais, Editora Thomson Learning, 2003.

HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Editora Livros Técnicos e
Científicos, 2000.

INFOESCOLA. Ensaio de Tração. Disponível em:


<http://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao>. Acesso em: set. 2017.

TÉCNICOS ONLINE. Resistência dos Materiais. Disponível em:


<https://kaiohdutra.files.wordpress.com/2010/10/tensoes-e-deformacoes.pdf>.
Acesso em: set. 2017.

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