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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÒGICAS - DCET


CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO

JULIANA MORAES DE SOUZA

RESUMO DO CAPÍTULO: “PROPRIEDADES DO CONCRETO DE


ALTO DESEMPENHO”

Macapá – AP
2024
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JULIANA MORAES DE SOUZA

RESUMO DO CAPÍTULO: “PROPRIEDADES DO CONCRETO DE


ALTO DESEMPENHO”

Trabalho apresentado como requisito para


avaliação da disciplina de Concreto de Alto
Desempenho do Curso de Bacharelado em
Engenharia Civil da Universidade Federal do
Amapá – UNIFAP.

Prof. Msc. Nathalia Font.

Macapá – AP
2024
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RESUMO

O capítulo começa abordando sobre a propriedade de resistência à


compressão, que a conceitua como a capacidade de resistir à tensão de ruptura. A
resistência é a primeira propriedade para se especificar no projeto, e isso se deve ao
fato de que ela é mais acessível aos ensaios, além de que muitas outras
propriedades, como o módulo de elasticidade, impermeabilidade e estanqueidade,
podem ser deduzidas através da resistência.

O autor fala da importância da resistência à compressão para os CAD, visto


que as classes dos concretos de alto desempenho são obtidas através de valores
dessa resistência, como a Classe I são concretos de 50 - 75 MPa, Classe II são de
75 - 100 MPa e assim por diante.

A resistência inicial à compressão do concreto de alto desempenho pode


demorar mais devido ao tempo de início da reação de hidratação do cimento,
especialmente quando superplastificantes e retardadores são utilizados. Apesar
disso, uma vez iniciada a hidratação, as resistências podem se desenvolver
rapidamente, alcançando até 30 MPa em 24 horas. No entanto, obter resistências
ainda maiores nas primeiras horas é difícil devido à perda rápida de abatimento. A
obtenção de dados comparativos geralmente ocorre aos 28 dias de cura, mas é
crucial observar as condições de cura, pois variações podem afetar os resultados,
incluindo a regressão de resistência em corpos de prova curados ao meio ambiente.

Alguns fatores, citados no capítulo, que afetam essa resistência são as


características e proporção dos materiais, como o fator água/cimento, o ar
incorporado, o tipo de cimento, a água de amassamento e aditivos e os agregados;
as condições de cura, como o controle da temperatura nas primeiras 24 a 48 horas,
pois a quantidade de cimento hidratada não depende do teor de cimento, mas sim
da disponibilidade de água, especialmente em concretos de alto desempenho; os
parâmetros de ensaio, que incluem dimensões do corpo de prova, idade e
modalidade de aplicação de carga, regulamentados no Brasil pela ABNT através das
normas NBR 5738 e NBR 5739.

No tópico seguinte deste capítulo, é abordado sobre a resistência à tração, que


a denomina como a propriedade que diz respeito ao controle de fissuração e na
resistência ao cisalhamento, ancoragem de armadura e outros. Para determiná-la,
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há três ensaios regulamentados: resistência à tração direta, resistência à tração


indireta (ou compressão diametral) e resistência à tração na flexão. No primeiro
ensaio ao aplicar-se cargas são introduzidas tensões secundárias indesejadas nesta
região, e no ensaio de compressão diametral envolve a aplicação de cargas opostas
em cilindros com altura igual a duas vezes o diâmetro, regulamentado pela norma
NBR 7222. Já o ensaio de tração na flexão utiliza uma viga de concreto com vão de
50 cm e é regulado pela norma NBR 12142.

São vistos os resultados dos ensaios por tração indireta e tração na flexão, que
mostram uma superioridade de aproximadamente 13% e 10%, respectivamente, em
relação aos ensaios de tração direta. No estudo, todos os corpos de prova serão
submetidos ao ensaio de compressão diametral, por ser considerado o método mais
aplicável para estudos futuros em CAD.

Relacionar os valores de resistência à tração com a resistência à compressão


é mais desafiador para o CAD devido às suas características particulares, como a
variedade de composições cimentícias, levando a sugestões de diferentes
expressões por pesquisadores e normas internacionais.

Assim, o próximo assunto abordado é o módulo de elasticidade, que define-se


por ser uma propriedade crucial na determinação das deformações em elementos
estruturais, sendo essencial para avaliar a rigidez e compreender o comportamento
dos materiais.

Para determinação do módulo do concreto de alto desempenho, são utilizadas


fórmulas com alcance limitado devido à complexidade do material. O comportamento
não linear do concreto é influenciado por fatores como fissuração progressiva,
exsudação e procedimentos de cura. O estudo desta propriedade foi visto em
modelos teóricos, como os de Voigt e Reuss, foram propostos para representar o
comportamento do concreto, mas a previsão precisa do módulo de elasticidade
ainda é desafiadora devido às limitações dos modelos; e em modelos
empíricos/experimentais, como o proposto por Baalbaki, que teve sucesso em sua
comprovação experimental, considerando a pasta de cimento hidratada, com ou sem
sílica ativa, e os agregados. A abordagem teórica é crucial para entender fatores
como a forma, tamanho e porosidade do agregado graúdo, sendo agregados densos
mais propensos a terem um alto módulo de elasticidade. Além disso, a porosidade
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do material desempenha um papel significativo, onde uma menor porosidade resulta


em um maior módulo de deformação, sendo controlada por diversos fatores como
fator água/cimento, aditivos minerais, grau de hidratação da pasta de cimento e
microfissuras.

A abordagem empírica para determinar o módulo de deformação do concreto


visa relacioná-lo à resistência à compressão, embora essa consideração deva ser
feita com cautela devido às diferenças entre as propriedades. Existem três tipos
principais de módulos de deformação: o tangente inicial estático e instantâneo, o
secante estático e o de corda, cada um com sua aplicabilidade específica. A
obtenção desses valores pode ser feita por métodos padronizados de ensaio,
conforme regulamentado pela NBR 8522. Diversas fórmulas foram propostas por
pesquisadores para estimar o módulo de elasticidade em função da resistência à
compressão, com variações dependendo do tipo de agregado utilizado. Este estudo
visa determinar experimentalmente esses valores e compará-los com as relações
normativas existentes.

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