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RECIFE, 2017
Sumário
5. Instabilidade ...................................................................................................................... 7
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Notas de monitoria – Nina Rosa Peres Estruturas Metálicas - UFPE
1. Aço como material de construção
O aço é uma liga formada basicamente dos elementos ferro (Fe) e carbono (C), com teor
máximo de 1,7%. Outros elementos químicos são adicionados para modificar as características
mecânicas do aço, de acordo com sua utilização.
Propriedades do aço
Ductilidade: é a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas sem se romper.
Quanto mais dúctil o aço, maior será a redução de área ou o alongamento antes da ruptura. A
ductilidade tem grande importância nas estruturas metálicas, pois permite a redistribuição de
tensões locais elevadas. As barras de aço sofrem grandes deformações antes de se romper, o que
na prática constitui um aviso da presença de tensões elevadas;
Resiliência: é a capacidade do material de absorver energia mecânica em regime elástico;
Tenacidade: é a capacidade do material de absorver energia mecânica com deformações
elásticas e plásticas;
Dureza: é a resistência ao risco ou abrasão. A dureza pode ser medida pela resistência que
sua superfície se opõe à introdução de uma peça de maior dureza;
Resistência à Fadiga: é a capacidade do material suportar aplicações repetidas de carga ou
tensões. É usualmente expressa como um limite de tensão que causa a falha sob condições de
esforços repetidos. Esta tensão pode ocorrer em regime elástico.
As aplicações do aço em Engenharia Civil são muitas como: telhados; pontes e viadutos;
postes; edifícios comerciais; pontes rolantes; passarelas; edifícios industriais; reservatórios;
indústria naval; residências; torres; escadas; hangares; guindastes; mezaninos.
Propriedades mecânicas
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2. Métodos de dimensionamento
O método dos estados limites utilizado para o dimensionamento dos componentes de uma
estrutura exige que nenhum estado limite aplicável seja excedido quando a estrutura for submetida
a todas as combinações apropriadas de ações. Os estados limites últimos estão relacionados com a
segurança da estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de ações previstas em toda a sua
vida útil. Os estados limites de utilização estão relacionados com o desempenho da estrutura sob
condições normais de serviço.
“A resistência interna da seção é determinada considerando-se a plastificação generalizada
da mesma, com redistribuição dos momentos fletores e aumento da resistência, ou outra condição
de ruptura por instabilidade.
O dimensionamento estrutural das seções consiste em calcular a resistência limite de cada
seção, minorada por um coeficiente de segurança, e compará-las com os esforços solicitantes
provocados pelas cargas majoradas por coeficientes de segurança. Os coeficientes de majoração
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são considerados diferentes para cada tipo de carga, dependendo da maior ou menor influência de
cada solicitação no colapso da estrutura.” (Pfeil, 1994)
3. Ações a considerar
Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam
produzir efeitos significativos para a estrutura.
Para o ELU, utiliza-se a seguinte combinação de ações:
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Para o ELS, utiliza-se a seguinte combinação de ações:
O coeficientes de combinação é encontrado na tabelas 2 (pág 19) da NBR 8800/2008. Note que as
cargas não são majoradas.
4. Perfis de aço
Perfis soldados: são perfis fabricados de chapas planas soldadas. Correspondem, no Brasil, aos
chamados perfis de abas largas (wide-flange) americanos. A sua seção transversal é semelhante a
de um perfil I com abas mais alargadas e as faces das mesas paralelas. São fabricadas em grande
variedade de dimensões de alma e mesa. A CSN padronizou as seguintes séries de perfis soldados:
Perfil série CS – Colunas Soldadas; Perfil série VS – Vigas Soldadas; Perfil série CVS – Colunas
e Vigas Soldadas. Pode-se considerá-los como a continuação das séries I e H de perfis laminados
em dimensões maiores.
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Cantoneiras: são empregadas em treliças, contraventamentos, linhas de transmissão de energia
elétrica e ligações.
Perfis T: têm aplicações em estruturas soldadas e podem ser fabricados por processos de
laminação ou através do corte de perfis I ou H.
Perfis I e U: empregados principalmente como vigas. Suas abas não têm faces paralelas e as bordas
são arredondadas.
Perfis H: são empregados em elementos sujeitos à carga axial de compressão.
Barras chatas e redondas: as barras chatas são utilizadas em ligações e as barras redondas, em
elementos tracionados (tirantes).
5. Instabilidade
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Flambagem Local da Mesa
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DIMENSIONAMENTO – Passo a passo
Solicitação
Esbeltez da peça
Verificar Global
Estabilidade:
Flambagem
Local
Resistência
𝐾∗𝐿
Índice de esbeltez: 𝜆=
𝑟
K: coeficiente de flambagem
L: Comprimento destravado
r: raio de giração
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6.2.1 Flambagem global
(Anexo E, pág 121)
Força axial de flambagem, Ne, é influenciada por deformações iniciais da peça e por tensões
residuais internas (do processo de fabricação). Deve ser calculada para todos os eixos.
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6.2.2 Flambagem local
As flambagens locais acontecem com cargas ainda menores que as cargas críticas, por isso deve-
se levar em conta a influência da flambagem local no cálculo da resistência através de fatores de
redução (fator de redução da esbeltez (Q) e fator de redução da resistência ()).
* Elementos AL (mesa):
Ver a que grupo pertence a seção transversal na tabela F.1
𝑏𝑓 𝑏𝑓
Índice de esbeltez 𝜆𝑚 = Índice de esbeltez 𝜆𝑚 =
2∗𝑡𝑓 2∗𝑡𝑓
𝐸 𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑚𝑝 = 0,56√𝑓 Esbeltez na plastificação 𝜆𝑚𝑝 = 0,64√
𝑦 𝑓𝑦
( )
𝐾𝑐
𝐸
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑚𝑟 = 1.03√𝑓
𝑦 𝐸
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑚𝑟 = 1.17√ 𝑓𝑦
( )
𝐾𝑐
𝑄𝑆 = 1, 𝑠𝑒 𝜆𝑝 ≤ 𝜆𝑚𝑝 4
Onde 𝐾𝑐 = e 0,35 ≤ 𝐾𝑐 ≤ 0,76
√ℎ⁄𝑡
𝑤
𝑏𝑓 𝑓𝑦
𝑄𝑆 = 1,415 − 0,74 √ , 𝑠𝑒 𝜆𝑚𝑝 ≤ 𝜆𝑝 ≤ 𝜆𝑚𝑟
2𝑡𝑓 𝐸 𝑄𝑆 = 1, 𝑠𝑒 𝜆𝑝 ≤ 𝜆𝑚𝑝
0,69 𝐸 𝑏𝑓 𝑓𝑦
𝑄𝑆 = 2 , 𝑠𝑒 𝜆𝑝 ≥ 𝜆𝑚𝑟 𝑄𝑆 = 1,415 − 0,65 √ , 𝑠𝑒 𝜆𝑚𝑝 ≤ 𝜆𝑝 ≤ 𝜆𝑚𝑟
𝑏𝑓 2𝑡𝑓 𝐾𝑐 𝐸
𝑓𝑦 (2𝑡 )
𝑓
0,90𝐸𝐾𝑐
𝑄𝑆 = , 𝑠𝑒 𝜆𝑝 ≥ 𝜆𝑚𝑟
𝑏𝑓 2
𝑓𝑦 (2𝑡 )
𝑓
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* Elementos AA (alma):
ℎ
Índice de esbeltez 𝜆𝑎 = 𝑡𝑤
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑎𝑝 = 1,49√𝑓
𝑦
𝑄𝑎 = 1, 𝑠𝑒 𝜆𝑎 ≤ 𝜆𝑎𝑝
𝐴𝑒𝑓
𝑄𝑎 = , 𝑠𝑒 𝜆𝑎𝑝 ≤ 𝜆𝑎
𝐴𝑔
Onde 𝐴𝑔 é a área bruta e 𝐴𝑒𝑓 é a área efetiva
𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑔 − (ℎ − 𝑏𝑒𝑓 ) ∗ 𝑡𝑤
𝐸 0,34 𝐸
Largura efetiva 𝑏𝑒𝑓 = 1,92𝑡𝑤 √𝜎′ [1 − ℎ √ ]
𝜎′
⁄𝑡
𝑤
2
Fator de redução da resistência 𝜒 = 0,658𝜆0 , 𝑠𝑒 𝜆0 ≤ 1,5
0,877
𝜒= , 𝑠𝑒 𝜆0 > 1,5
𝜆0 2
Força resistente de cálculo
𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝑁𝑒
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7. Barras submetidas a momento fletor e força cortante – Vigas
Solicitação
Esbeltez da seção
Cortante Resistente
Deformação máxima
Na tabela G.1, encontra-se o limite de esbeltez para diferentes tipos de seção e solicitação.
Na linha no FLA, obtém-se a esbeltez da alma (𝜆) e a esbeltez limite (𝜆𝑟 ).
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7.2 Estabilidade - Vigas não esbeltas (Anexo G)
𝐿
Índice de esbeltez 𝜆=
𝑟𝑦
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑝 = 1,76√𝑓
𝑦
1,3√𝐼𝑦𝐽 27𝐶𝑤 𝛽1 2
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑟 = √1 + √1 +
𝑟𝑦 𝐽𝛽1 𝐼𝑦
Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 𝑓𝑦
𝑅𝑚 = 1
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Cb é o coeficiente de uniformização do diagrama de momento fletor. Em geral, ele
é calculado pela fórmula ao lado. Por segurança, usa-se o Cb=1, pois não majora
a resistência.
𝜆 > 𝜆𝑟
𝑏𝑓
Índice de esbeltez 𝜆=
2𝑡𝑓
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑝 = 0,38√𝑓
𝑦
Esbeltez no escoamento
𝐸
Onde 𝐾𝑐 =
√ℎ⁄𝑡
𝑤
e 0,35 ≤ 𝐾𝑐 ≤ 0,76
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Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 𝑓𝑦
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 )𝑊𝑥
𝜆 > 𝜆𝑟
ℎ
Índice de esbeltez 𝜆=
𝑡𝑤
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑝 = 3,76√𝑓 (𝑓𝑙𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎)
𝑦
𝐸
𝜆𝑝 = 1,12√𝑓 (𝑓𝑙𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎)
𝑦
𝐸
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑟 = 5,70√𝑓
𝑦
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Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 𝑓𝑦
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝑀𝑟 = 𝑓𝑦 𝑊𝑥
Conferir 𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀 𝑅𝑑
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As vigas de alma esbelta devem atender aos seguintes requisitos:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎
𝑎𝑟 = < 10
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑖𝑑𝑎
𝑎𝑟 ℎ ℎ 𝐸
≤ 1.5 ≤ 260 𝑒 ≤ 11.7√
ℎ 𝑡𝑤 𝑡𝑤 𝑓𝑦
𝑎𝑟 ℎ ℎ 0,42𝐸
> 1.5 ≤ 260 𝑒 ≤
ℎ 𝑡𝑤 𝑡𝑤 𝑓𝑦
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑝 = 1,10√𝑓
𝑦
𝐸
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑟 = 𝜋√0,7𝑓
𝑦
Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
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𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝜆 > 𝜆𝑟
𝐸
Esbeltez na plastificação 𝜆𝑝 = 0,38√𝑓
𝑦
𝑘 𝐸
𝑐
Esbeltez no escoamento 𝜆𝑟 = 0,95√0,7𝑓
𝑦
Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝐸
Onde 𝐾𝑐 = e
√ℎ⁄𝑡
𝜆 > 𝜆𝑟 𝑤
0,35 ≤ 𝐾𝑐 ≤ 0,76
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7.3.4 Momento resistente de cálculo
O momento resistente de cálculo deve ser o MENOR dentre os calculados para os estados
limites (FLT, EMT, FLM) e tem que ser menor que
1,5𝑊𝑥 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 ≤
𝛾𝑎1
Conferir 𝑀𝑆𝑑 ≤ 𝑀 𝑅𝑑
Cortante resistente
𝑉𝑝𝑙 = 0,6𝐴𝑤 𝑓𝑦
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝐴𝑤 = 𝑑 𝑡𝑤
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝜆 > 𝜆𝑟
Conferir 𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉 𝑅𝑑
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7.5 Deslocamento máximo
Com a pior combinação de ações para o estado limite de serviço (ELS), utiliza-se a carga de
serviço para encontrar a deformação máxima da viga de acordo com a resistência dos materiais.
Segue alguns exemplos de deformação máxima.
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9. Barras axialmente tracionadas
Solicitação
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Coeficiente de redução (𝐶𝑡 )
Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos
𝐶𝑡 = 1
elementos da seção por soldas ou parafusos. Chapa de Gusset.
𝐴𝑐
Quando a força de tração for transmitida somente por soldas 𝐶𝑡 =
𝐴𝑔
transversais.
Ac= área conectada
𝑑𝑐𝑔−𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
Cantoneiras 𝐶𝑡 = 1 −
𝐿𝑤 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜
Chapas planas. Quando a força de tração for transmitida somente por
soldas longitudinais ao longo de ambas as bordas na extremidade. 𝐶𝑡 = 1, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑙𝑤 ≥ 2𝑏
𝐶𝑡 = 0,87, 𝑝𝑎𝑟𝑎 2𝑏 > 𝑙𝑤 ≥ 1,5𝑏
𝐶𝑡 = 0,75, 𝑝𝑎𝑟𝑎 1,5 > 𝑙𝑤 ≥ 𝑏
10. Ligações
Ligação é todo detalhe construtivo que promova a união de partes da estrutura entre si, ou a
união da estrutura com elementos externos a ela. As ligações devem representar o mais fielmente
possível os vínculos idealizados na análise estrutural.
Podem ser rígidas ou flexíveis dependendo do tipo de ligação utilizado.
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10.1 Ligação por solda
As soldas apresentam maior rigidez das ligações. Tem como vantagens a redução de custos
de fabricação (elimina furações, redução da quantidade do aço pois as conexões são mais
compactas), melhor acabamento final – facilidade de limpeza, pintura e estanqueidade, facilidade
de execução em estruturas existentes. Desvantagens: dificuldade para desmontagem e dificuldade
para controle de qualidade na obra.
As ligações por soldas são de dois tipos: solda filete, em que o material é colocado
externamente, e solda por entalhe, em que a solda reconstitui a seção da peça conectada.
A resistência de cálculo de soldas é determinada com base em dois estados limites últimos:
ruptura da solda na seção efetiva e ruptura do metal base na face de fusão. Em nenhuma situação
a resistência da solda poderá ser tomada maior do que a resistência do metal base na ligação. Nas
soldas de filete ou de entalhe, a solicitação considerada pode ser tomada como sendo o
cisalhamento na seção efetiva, provocado pela resultante vetorial de todas as forças na junta que
produzam tensões normais ou de cisalhamento na superfície de contato das partes ligadas
Solicitação
Ruptura da solda na seção efetiva
Geometria da solda
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10.1.1.1 Geometria da solda (6.2.6.2)
Tamanho mínimo da perna da solda, Pwmin Tamanho máximo da perna da solda, Pwmax
Para espessuras menores que 6,35mm, perna não
pode ser maior que a espessura.
Para espessuras maiores que 6,35mm, perna não
pode ser maior que a espessura – 1,5mm.
√2
Garganta, gw 𝑔𝑤 = 𝑝
2 𝑤
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10.1.1.2 Verificação dos esforços
Conferir 𝑁𝑆𝑑 ≤ 𝑁 𝑅𝑑
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11. Situação de incêndio
Entende-se por dimensionamento em situação de incêndio a verificação da estrutura, com ou
sem proteção contra incêndio, no que se refere à estabilidade e à capacidade resistente aos esforços
solicitantes em temperatura elevada, a fim de se evitar o seu colapso em condições que
prejudiquem a fuga dos usuários da edificação e, quando for o caso, prejudiquem a aproximação e
o ingresso de pessoas e equipamentos para as ações de combate ao fogo, aumentem o risco de
propagação do fogo ou de calor e o risco à vizinhança. (NBR 14323)
O que acontece numa situação de incêndio?
Resistências
Módulo de elasticidade - E
Tensão de escoamento – fy
Solicitação de projeto
Profundidade so
subsolo
Uso e ocupação da
Depende de Tabela B1 (NBR 14432)
estrutura
Altura da edificação: Distância compreendida entre o ponto que caracteriza a saída situada no nível de
descarga do prédio e o piso do último pavimento, excetuando-se zeladorias, barrilete, casa de máquinas,
piso técnico e pisos sem permanência humana. (teto do térreo ao piso do último habitado)
Na tabela A1 da NBR 14432, encontra-se os valores do TRRF para cada caso. Se encontrar
mais de 1 TRRF para a estrutura, considerar o maior.
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11.2 Temperatura final do aço
Pode ser calculado de várias formas. Em geral:
A temperatura do aço no fim do TRRF pode ser calculada de forma iterativa, considerando
o aumento da temperatura em intervalos de Δt = 5 segundos:
𝐹𝑚
i=1 ∆𝜃𝑎ç𝑜 𝑖 = 𝐾𝑠ℎ (𝛼 (𝜃 − 𝜃𝑎ç𝑜𝑖−1 ) + 𝜎𝑆𝐵 𝜀𝑟𝑒𝑠 [(𝜃𝑔 + 273)4 − (𝜃𝑎ç𝑜𝑖−1 + 273)4 ])∆𝑡
𝐶𝑎ç𝑜 𝜌𝑎ç𝑜 𝑐 𝑔
𝑇𝑅𝑅𝐹
5
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11.3 Propriedades mecânicas
carregamento: 𝐹𝑔 𝛾𝑔 + 0, 𝑥𝑥𝐹𝑞
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Segue exemplo de uma viga de uma biblioteca:
Carregamento na estrutura: 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒: 𝑞𝑔 = 4,5 𝑘𝑁/𝑚
𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎: 𝑞𝑔 = 7 𝑘𝑁/𝑚
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎: 𝜃𝑎ç𝑜 = 950 °𝐶
Combinação de ações no incêndio:
𝑞𝑑 = 1,15 ∗ 4,5 + 𝐹𝑞,𝑒𝑥𝑐 + 0,42 ∗ 7
𝑞𝑑 = 8,115 + 𝐹𝑞,𝑒𝑥𝑐
Colocar no Ftool:
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11.5 Dimensionamento – Passo a passo
11.5.1 Barras axialmente comprimidas – Pilares
Solicitação no incêndio
Resistência no incêndio
Flambagem local
As flambagens locais acontecem com cargas ainda menores que as cargas críticas, por isso deve-
se levá-las em conta no cálculo da resistência através de fatores de redução.
* Elementos AL (mesa):
Ver a que grupo pertence a seção transversal na tabela F.1
𝑏𝑓
Índice de esbeltez 𝜆𝑚 = 2∗𝑡𝑓
* Elementos AA (alma):
ℎ
Índice de esbeltez 𝜆𝑎 = 𝑡𝑤
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Fator de redução da esbeltez Q = 𝑄𝑎,∅ ∗ 𝑄𝑠,∅
1
Fator de redução da resistência 𝜒∅ =
∅0∅ +√∅0∅ 2 −𝜆0𝜙 2
𝐸
𝛼 = 0,022√
𝑓𝑦
Solicitação no incêndio
Esbeltez da seção
Verificar
Momento Resistente
Cortante Resistente
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Esbeltez da seção
ℎ
A esbeltez da seção está em função da esbeltez da alma. 𝜆=
𝑡𝑤
Na tabela G.1, encontra-se o limite de esbeltez para diferentes tipos de seção e solicitação.
Na linha no FLA, obtém-se a esbeltez da alma (𝜆) e a esbeltez limite (𝜆𝑟 ).
𝐸
𝑆𝑒 𝜆 ≤ 4,84√𝑓 viga de alma não esbelta. Fazer a verificação pelo Anexo G
𝑦
𝐸
𝑆𝑒 𝜆 > 4,84√𝑓 viga de alma esbelta. Fazer a verificação pelo Anexo H
𝑦
1
Fator de redução da resistência 𝜒∅ =
∅0∅ +√∅0∅ 2 −𝜆0𝜙 2
𝐸
𝛼 = 0,022√
𝑓𝑦
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Flambagem Local da Mesa e da Alma– FLM e FLT
𝑏𝑓
Índice de esbeltez da mesa 𝜆𝑚 = 2𝑡𝑓
ℎ
Índice de esbeltez da 𝜆𝑎 = 𝑡𝑤
Momento resistente
𝜆 ≤ 𝜆𝑝𝜃 𝑀𝑅𝑑∅ = 𝜅 𝐾𝑦𝜃 𝑀𝑝𝑙 𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 𝑓𝑦
𝜆𝑝𝜃 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟𝜃 𝑀𝑅𝑑∅ = 𝜅 𝐾𝑦𝜃 𝑀𝑦 𝑀𝑦 = 𝑊𝑥 𝑓𝑦
𝜆 > 𝜆𝑟𝜃 𝑀𝑅𝑑∅ = 𝜅 𝐾𝜎𝜃 𝑀𝑦
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Escoamento da Mesa Tracionada – EMT
𝑀𝑅𝑑∅ = 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦
Momento resistente
𝑀𝑅𝑑∅ = 𝐾𝑝𝑔 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦
𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝜆 − 𝜆𝑝∅
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 𝑀𝑅𝑑∅ = 𝐶𝑏 𝑘𝑝𝑔 [1 − 0.3 ( )] 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦 < 𝐾𝑝𝑔 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦
𝜆𝑟∅ − 𝜆𝑝∅
𝐶𝑏 𝑘𝑝𝑔 𝜋 2 𝑊𝑥 𝑘𝐸𝜃 𝐸
𝜆 > 𝜆𝑟 𝑀𝑅𝑑∅ = ≤ 𝐾𝑝𝑔 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦
𝜆2
𝜆 − 𝜆𝑝∅
𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 𝑀𝑅𝑑∅ = 𝑘𝑝𝑔 [1 − 0.3 ( )] 𝑊𝑥 𝑘𝜎𝜃 𝑓𝑦
𝜆𝑟∅ − 𝜆𝑝∅
0.9 𝑘𝑝𝑔 𝑊𝑥 𝑘𝐸𝜃 𝐸 𝑘𝑐
𝜆 > 𝜆𝑟 𝑀𝑅𝑑∅ =
𝜆2
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Momento resistente de cálculo
O momento resistente de cálculo deve ser o MENOR dentre os calculados para os estados
limites (FLT, EMT, FLM)
Para a situação simultânea da força axial de compressão e de momento fletores, deve ser
obedecia a seguinte limitação:
𝑁𝑆𝑑∅ 𝑁𝑆𝑑∅ 8 𝑀𝑥 𝑆𝑑 ∅ 𝑀𝑦 𝑆𝑑 ∅
≤ 0.2 + ( + )≤1
𝑁𝑅𝑑∅ 𝑁𝑅𝑑∅ 9 𝑀𝑥 𝑅𝑑 ∅ 𝑀𝑦 𝑅𝑑 ∅
𝑁𝑆𝑑∅ 𝑁𝑆𝑑∅ 𝑀𝑥 𝑆𝑑 ∅ 𝑀𝑦 𝑆𝑑 ∅
> 0.2 +( + )≤1
𝑁𝑅𝑑∅ 2𝑁𝑅𝑑∅ 𝑀𝑥 𝑅𝑑 ∅ 𝑀𝑦 𝑅𝑑 ∅
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