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LOCALIZAÇÃO DA OBRA
Como já mencionado acima, a estrutura se trata de um hangar para manutenção de
aeronaves, na cidade de Belo Horizonte, que é a capital do estado de Minas Gerais, no Brasil.
Optou por tal local, pois a construção de um hangar para manutenção de aviões próximo a um
aeroporto gerar benefícios como: o aumento da eficiência operacional, a redução de custos
logísticos, a resposta rápida a emergências, a maior disponibilidade de aeronaves, a facilidade de
acesso a peças e equipamentos, a atração de empresas e investimentos na região, e sinergia com
outras instalações aeroportuárias. Esses fatores também contribuem para otimizar as operações
de manutenção, melhorar a disponibilidade da frota e promover o desenvolvimento econômico
local. Abaixo uma vista superior do local com a demarcação da área de construção da estrutura.
DADOS DA ARQUITETURA
As fachadas são em alvenaria de blocos de concreto; A cobertura é toda em telha
trapezoidal de aço galvanizado; O vão máximo vencido pelas telhas é de 2m; Cobertura em água
única, com declividade de 5%, Respeitando o gabarito de voo, cujo é indicado pela linha
tracejada no desenho em vista lateral; O piso está posicionado no nível 0,00, apoiado diretamente
sobre a fundação; O portão de acesso cujo as aeronaves cruzarão, foi projetado com altura de
8,5m e largura de 32,0m; A altura total da fachada frontal é de 10,50m e a posterior de 12,5m.
DIAGRAMAS DE MONTAGEM
VISTA 3D
Vista 3D do projeto da estrutura de aço da estrutura de aço do hangar.
Portanto o perfil adotado foi de W 150x13 ASTM G50 pois a esbeltez de para esse perfil
está dentro dos limites determinados.
Fonte: Robot
MONTANTES
Para o dimensionamento dos montantes temos:
Portanto o perfil adotado foi L 64x64x4,8 ASTM A36 visto que a esbeltez para esse
perfil está dentro dos limites determinados.
Fonte: Robot
TERÇAS
Para as Terças e vigas secundárias de cobertura: escolher um perfil U ou I com altura de
seção transversal igual a l/40 do vão a ser vencido. O vão a ser vencido é a distância entre os
pilares que é de 8m.
Visto que a altura da terça é dada por h > 200mm, adotou-se o perfil U 213 x 17 ASTM A36
PILARES
Para os pilares: escolher um perfil H (ou eventualmente I) com altura de seção transversal
igual a l/30 a l/25 (em função das vinculações nas extremidades) de seu comprimento total.
A altura da seção transversal dos pilares está entre 283,33mm < h <340 mm, Logo foi
adotado um perfil HP 310x79, ASTM A572 G50.
Fonte: Robot
VIGAS DE FACHADA
Escolher um perfil I com altura de seção transversal igual a 1/20 a 1/15 do vão a ser
vencido. O vão a ser vencido é a distância entre os pilares, que corresponde a 8m.
Como a altura das vigas de fachada estão entre 200m < h < 533,33mm, logo foi adotado o
perfil HP 310x79, ASTM A572 G50.
Fonte: Robot
DESCRIÇÃO DO MATERIAIS UTILIZADOS NAS BARRAS
Os pilares do hangar são feitos de aço do tipo ASTM A572 G50. Este tipo de aço possui
uma tensão limite de escoamento mínima de 345 MPa, uma tensão limite de resistência à ruptura
mínima de 450 MPa e um alongamento mínimo pós-ruptura de 18% (GERDAU).
Para as duplas cantoneiras das diagonais (2L) e montantes (2L) , perfis em U
pertencentes aos banzos, e as barras de contraventamento da treliça de cobertura, será utilizado
aço do tipo ASTM A36. Este tipo de aço possui uma tensão limite de escoamento () mínima de
250 MPa, uma tensão limite de resistência à ruptura () mínima de 400 MPa e um alongamento
mínimo pós-ruptura () de 20% (GERDAU).
As propriedades mecânicas do aço, conforme estabelecido pela ABNT NBR 8800:2008,
estão apresentadas na Tabela 2.1.
Tabela 2.1 - Parâmetros mecânicos
PROPRIEDADES MECÂNICAS VALOR
MÃO FRANCESA
Para as mãos francesas, foi escolhido o mesmo perfil utilizado para os montantes e
diagonais, o perfil L 64x64x4,8.
Figura 2.3 - Perfil L 64x64x4,8
Fonte: Robot
3. AÇÕES DOS VENTOS NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS
A consideração do efeito do vento desempenha um papel significativo no dimensionamento de
estruturas metálicas, especialmente devido à sua leveza em comparação com outros sistemas
estruturais. Nesta seção, serão analisadas a pressão de obstrução, os coeficientes de pressão nas
superfícies da cobertura e as pressões resultantes e também as piores situações de sucção e
sobrepressão da estrutura, seguindo os critérios de cálculo estabelecidos pela ABNT NBR
6123/2023 - Forças provocadas pelo vento em edificações. Diante disso, serão determinados a
velocidade básica do vento; F1 – Fator topográfico; F2 – Fator de rugosidade e F3 – Fator
estatístico; Velocidade característica do vento; Pressões externas e internas, onde serão
desenvolvidos cenários de ação do vento com base em duas hipóteses de obstrução causada por
veículos nas faces laterais da projeção da cobertura do posto.
FATOR TOPOGRÁFICO - S1
O fator topográfico - S1, leva em consideração as variações do relevo do terreno, visto
que o hangar será construído próximo ao aeroporto Carlos Drummond Andrade, com terreno
plano e fracamente acidentado como observado na figura 1.XX. A NBR 6123:2023 determina
que:
RUGOSIDADE DO TERRENO
A NBR 6123 classifica em 5 categorias e a que mais se adequa a edificação é a categoria
II: terrenos abertos, em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados,
tais como árvores e edificações baixas.
Figura: 3.2 - Rugosidade do terreno
DIMENSÃO DA EDIFICAÇÃO
Segundo a NBR 6123:2023, quanto às dimensões da estrutura, a velocidade do vento
varia continuamente e seu valor pode ser calculado sobre qualquer intervalo de tempo. Para a
definição da classe da estrutura a considerar, é necessário considerar as características estruturais
que originem pouca ou nenhuma continuidade estrutural ao longo da edificação. Para
determinação das forças estáticas devido ao vento, são atribuídas três classes com intervalos de
tempo para cálculo da velocidade média de 3s, 5s, e 10s respectivamente. Temos então, que a
classe B, se adequa mais a edificação.
Figura 3.3 - Dimensão da edificação
Figura 3.6 - Coeficientes de pressão e forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular a x b, sendo
b, a menor dimensão.
Fonte: NBR 6123:2024
Logo,
A1 e B1 -0,8 +0,7 A
A2 e B2 -0,5 -0,4 B
C +0,7 -0,8 C1 e D 1
D -0,4 -0,4 C2 e D 2
Fonte: Autores, 2024
A3 e B3 -0,44
Fonte: Autores, 2024
Logo, com todas as pressões obtidas, podemos ter uma representação das mesmas
atuando nas paredes da estrutura para o vento a 0º e 90º:
Relacionado a cota das áreas onde as pressões atuam, temos que para as cotas de A1 e B1 usa-se o
𝑏 𝑎
valor maior entre 3
e 4
, porém menor que 2ℎ.
Logo foi adotado a distância de 13,33 para A1 e B1 e 10,67m para A2 e B2, já que o
comprimento vai do término de A e B1 ao eixo A3 e B3 para o vento a 0º. Para o vento a 90° a
𝑏
norma diz que para o comprimento das pressões C1 e D1 usa-se o menor valor entre 2ℎ e 2
,
logo:
Assim, as pressões de C1 e D1 tem comprimento de 17m e C2 e D2 23m. Ambas as
configurações resultaram em:
Figura 3.9 - coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com uma água
Fonte: NBR 6123:2023
Como a tabela apresentada pela norma não apresenta valores I e J para o vento a 0°,
𝑎
fizemos uso da nota 1, onde o coeficiente de forma Ce tem os seguintes valores: 𝑏
= 1, mesmo
𝑎
valor das partes H e L; 𝑏
= 2: Ce=-0,2. Aplicando a interpolação linear foi obtido
aproximadamente:
IeJ -0,44
Fonte: Autores, 2024
𝑏
Com relação às cotas, a norma elenca que dimensão a, tem uma profundidade igual a 2
e
𝑏 𝑎
na dimensão b partindo de 2
até 2
, sendo a, maior dimensão em planta e b, menor dimensão em
planta.
Figura 3.11 - cotas das áreas de pressões na cobertura
Após isso foram calculadas as frestas entre as telhas laterais e as paredes em alvenaria, junto às
calhas, na figura 3.13 está demonstrada a telha usada na cobertura do galpão proporcionado pela empresa
Gerdau.
Figura 3.13 - dimensões da telha trapezoidal
fonte: Catálogo de telhas Gerdau
Inicialmente foi calculado o número de ondas por metro e em seguida a área do trapézio, visto
que a forma da fresta é um trapézio, então obteve-se:
Logo, para as proporções entre as áreas, temos:
Nesse contexto, de acordo com a NBR 6123:2023, o Cpi é determinado pela relação entre a área
de todas as aberturas na face exposta ao vento e a área total de aberturas em todas as faces
(paredes e coberturas), sujeitas a sucções externas. Como mencionado anteriormente, essa
proporção específica é aproximadamente 105,903, resultando em um valor de Cpi3 igual a +8,0,
conforme a figura 3.14.
CARGAS NO NÓS
Para calcularmos as pressões nos nós de um pórtico, devemos multiplicar os coeficientes
de pressões totais pela pressão dinâmica q pela distância entre pórticos d, adotar a equação
abaixo.
Portanto devemos encontrar a área de influência de cada nó da treliça, para isso utiliza a
pressão do vento dentro de cada área de influência e concentra em cada nó.
Para fazer isso deve-se passar uma reta na mediana entre as treliças e selecionarmos dois
pontos na mediana dos dois nós vizinhos. Assim, encontramos a área de influência do nó.
Sabe-se que a distância entre pórticos é d = 8m e a distância entre montantes igual a 2m,
então temos:
Nós nó de extremidade tem que adotar uma área de influência igual a:
Logo devemos corrigir esses valores utilizando os coeficientes de pressões totais. Sendo
assim, como calculado anteriormente para o vento a 0° tem-se:
Após isso, inserimos no Robot as cargas referentes a ação do vento a 0° nos nós da treliça.
Figura 3.20 - Inserção das cargas do Vento 1- Eixos D, E, F, G - Cobertura para 0°.
Figura 3.21 - Inserção das cargas do Vento 1 – Eixo A B - Cobertura para 0°.
Para os ventos a 90° temos a seguinte situação e seus referidos coeficientes de pressão
totais.
Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:
Após isso, inserimos no Robot as cargas da ação do vento a 90° nos nós da treliça.
Figura 3.24 - Inserção das cargas do Vento 2 – Eixo A, G- Cobertura para 90°
Figura 3.25 - Inserção das cargas do Vento 2 – Eixo B,C,D,E,F- Cobertura para 90°
Na treliça, temos que as cargas são aplicadas diretamente em nós, gerando somente
esforços axiais mais nos pilares, temos cargas distribuídas podendo ser cargas de sucção ou
cargas de sobrepressão. Sendo assim, ao invés de concentrar as cargas em nós, deve-se distribuir
um carregamento ao longo do comprimento do pilar. Para fazermos isso deve-se encontrar a área
de influência do pórtico, pois adotaremos a pressão do vento dentro de cada área de influência a
qual será distribuída ao longo do seu comprimento. Para isso, será necessário traçar uma reta de
1 metro de altura em um pilar e uma largura igual a distância entre pórticos.
Ao multiplicarmos a pressão dinâmica pela distância entre pórticos, tem-se:
Portanto deve-se corrigir esses valores utilizando os coeficientes de pressões totais para
as paredes apresentados na figura 3.19.
Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:
Para os pórticos Intermediários:
Para os ventos a 90° temos a seguinte situação para os coeficientes de pressão totais
observados na figura 3.24.
Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:
Para os pórticos Intermediários:
SOBRECARGA (ACM)
O fechamento lateral e frontal será feito em ACM, portanto, deve ser feito o cálculo dos
esforços causados na estrutura. Foi consultado o catálogo de telhas metálicas da Gerdau e
adotou-se a Telhas Trapezoidal Gerdau com espessura de 0,43mm e que pesa 4,66 kgf/m².
Portanto, temos:
A altura da treliça de fechamento lateral adotada foi:
Sobre a cobertura existem ações de caráter permanente como o peso da telhas metálicas,
do forro e das instalações elétricas. Foi considerado um valor de 15 kg/m² para todos estes
elementos agrupados e aplicados na face superior da cobertura.
A distância entre pórticos:
Sendo assim as cargas concentradas nos nós centrai e nos nós de extremidade foram de:
Figura - Representação esquemática da sobrecarga permanente nas treliças B,C,D,E, F
Figura: Fachada frontal após inserção das cargas referentes a alvenaria de blocos de concreto
.
Para as paredes posterior temos a seguinte altura de:
Figura: Fachada posterior após inserção das cargas referentes a alvenaria de blocos de concreto
Figura: Fachada lateral após inserção das cargas referentes às paredes laterais de blocos de concreto
onde:
𝐹𝐺𝑖,𝑘 representa os valores característicos das ações permanentes:
𝐹𝐺𝑖,𝑘 representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar
Para determinar as combinações das ações foi considerado os efeitos mais desfavoráveis
para a estrutura o qual foi considerado os coeficientes fornecidos na Norma ABNT NBR 8800 de
2008, Tabela 1 e 2.
Figura 6.1 : Coeficientes de ponderação das ações
COMBINAÇÃO 1
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)
COMBINAÇÃO 2
Em seguida, foi realizada a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio
da treliça, sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 90° (vento 2).
De acordo com a tabela 2 da nbr 8800 de 2008 temos que 𝛹1e 𝛹2 ,ações causadas pelo o
uso e ocupação são de :
As ações frequentes atuam durante quase cerca de 5% durante a vida útil da estrutura ,
representada por 𝛹1.
COMBINAÇÃO 1
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)
𝛹1 = 0,7
𝛹2= 0
Figura 7.1 - Combinação 1 desfavorável
COMBINAÇÃO 2
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)
𝛹1 = 0,3
𝛹2= 0,6
Figura 7.3 - Combinação 2 desfavorável
COMBINAÇÃO 3
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)
𝛹1 = 0,3
𝛹2= 0,6
Figura 7.5 - Combinação 3 desfavorável
Figura 7.8 - Combinação 2 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ = 15,7 cm.
Portanto a segunda combinação de ELS com o novo perfil foi a que apresentou o maior
deslocamento verticalδ𝑚𝑎𝑥 = 15,7 cm.
Portanto, como a flecha máxima é menor que o flecha limite, o perfil utilizado atende ao
estado de limite de serviço e deformação excessiva. Porém, por questão de segurança será
adotado uma contra flecha na estrutura.
Sendo que o valor da contraflecha não pode ser maior que o valor da flecha causada pelas
ações permanentes.
δ𝐶𝑇 < δ𝑃
Portanto a flecha máxima causada pelas ações permanentes correspondem ao: Peso
próprio deslocamento vertical máximo de δ𝑝𝑒𝑠𝑜,𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 5,7 cm
Adotando uma contra flecha δ𝐶𝑇 = 7 𝑐𝑚, temos uma flecha máxima real que irá ocorrer
na estrutura corresponde à:
δ𝑇 = δ𝑚𝑎𝑥 − δ𝐶𝑇
δ𝑇 = 15, 7 𝑐𝑚 − 7 𝑐𝑚 = 8, 7𝑐𝑚
Sendo assim, sugere-ser que durante a confecção desses perfis dos banzos da treliça do
eixo A, B, C, D, E, F, G seja aplicado uma deformação no sentido contrário as deformações
gravitacionais, para que quando a estrutura sofre deformação causada pelas combinações das
ações a estrutura apresente uma flecha menor que a calculado inicialmente.
NOVOS PERFIS
10. COMPRESSÃO DOS ELEMENTOS DA
TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL DA COBERTURA (ELU)
COMPRESSÃO NAS BARRAS DA TRELIÇA
NOVOS PERFIS
COMPRESSÃO
NOVOS PERFIS