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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA - PAU DOS FERROS


CAMPUS DE PAU DOS FERROS
PEX 0288 - ESTRUTURAS DE AÇO

ELIZABETEH AQUINO ARAGÃO


IGO SILVA DA CRUZ
MAYCON DOUGLAS NUNES FONSECA
VICENTE HEITOR TAVARES DE SOUZA

MEMORIAL DE CÁLCULO: GRUPO 06


ELABORAÇÃO DE PROJETO ESTRUTURAL PARA UM HANGAR DE MANUTENÇÃO
DE AERONAVES

PAU DOS FERROS – RN


2023
ELIZABETEH AQUINO ARAGÃO
IGO SILVA DA CRUZ
MAYCON DOUGLAS NUNES FONSECA
VICENTE HEITOR TAVARES DE SOUZA

MEMORIAL DE CÁLCULO: GRUPO 06


ELABORAÇÃO DE PROJETO ESTRUTURAL PARA UM HANGAR DE MANUTENÇÃO
DE AERONAVES

Atividade avaliativa apresentada à Universidade


Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Centro
Multidisciplinar de Pau dos Ferros – CMPF, como
requisito parcial para a obtenção de créditos do
Componente Curricular Estruturas de Aço, período
2023.2 ministrada pelo Prof. Dr. Matheus
Fernandes de Araujo Silva

PAU DOS FERROS – RN


2023
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E DADOS GERAIS DA OBRA 5
REPRESENTAÇÃO EM PLANTA, VISTA E CORTES 5
LOCALIZAÇÃO DA OBRA 6
2. CONCEPÇÃO E ESQUEMA ESTÁTICO 7
TIPOS DE LIGAÇÃO, CONTRAVENTAMENTOS VERTICAIS, DIAGRAMAS DE MONTAGEM
E VISTA 3D 8
PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 10
DESCRIÇÃO DO MATERIAIS UTILIZADOS NAS BARRAS 17
3. AÇÕES DOS VENTOS NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS 19
HIPÓTESES POSSÍVEIS DO VENTO A 0º E 90° 32
CASOS MAIS DESFAVORÁVEIS 35
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICAS DAS AÇÕES 38
4. AÇÕES PERMANENTES NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS 49
CÁLCULO DAS CARGAS 49
5. AÇÕES VARIÁVEIS DE MANUTENÇÃO DA COBERTURA NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS
59
AÇÕES DAS CARGAS 59
6. COMBINAÇÕES DE ESFORÇOS NO ELU PARA AS BARRAS DAS TRELIÇAS 62
COMBINAÇÕES 62
COMBINAÇÕES CRÍTICAS 68
7. VERIFICAÇÃO ELS-DEF DAS TRELIÇAS 69
COMBINAÇÕES DE AÇÕES 69
VERIFICAÇÃO DOS VALORES LIMITES 76
8. EFEITO DE CÁLCULO NAS BARRAS DA TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL 80
CONFIGURAÇÃO FINAL 80
PLANILHA - ENVOLTÓRIA DE ESFORÇOS DAS BARRAS DA TRELIÇA 83
9. VERIFICAÇÃO DAS BARRAS TRACIONADAS DA TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL NO
ELU 86
BARRAS TRACIONADAS E DETALHES DE LIGAÇÃO 86
VERIFICAÇÃO DO ELU À TRAÇÃO BARRAS NA TRELIÇA 86
NOVOS PERFIS 87
10. COMPRESSÃO DOS ELEMENTOS DA TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL DA
COBERTURA (ELU) 87
COMPRESSÃO NAS BARRAS DA TRELIÇA 87
NOVOS PERFIS 87
11. FLEXÃO À COMPRESSÃO DOS PILARES PRINCIPAIS DOS PÓRTICOS DE
CONTRAVENTAMENTOS (ELU) 87
FLEXÃO CONSIDERANDO FLA, FLM E FLT 87
COMPRESSÃO 87
NOVOS PERFIS 87
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E DADOS GERAIS DA OBRA
A estrutura se trata de um hangar para manutenção de aeronaves em Minas Gerais na
cidade belo horizonte;
Todos os pilares estão posicionados nas fachadas, evitando assim que prejudique o
espaço interno, seguindo todas as posições pré-estabelecidas pelo cliente;
Os travamentos verticais nas fachadas, respeitam as posições permitidas pelo cliente;
A cobertura está apoiada sobre terças e vigas secundárias, que por sua vez se apoiam
sobre treliças paralelas.
A orientação das treliças em plantas, seguem segundo a determinação do cliente,
transversal;
As terças foram posicionadas conforme o vão máximo vencido pelas telhas.

REPRESENTAÇÃO EM PLANTA, VISTA E CORTES

Figura 1.1 - Vista lateral do hangar

Fonte: Autores, 2024.


Figura 1.2 - Vista frontal do hangar

Fonte: Autores, 2024.

Figura 1.2 - Vista superior do hangar

Fonte: Autores, 2024.

LOCALIZAÇÃO DA OBRA
Como já mencionado acima, a estrutura se trata de um hangar para manutenção de
aeronaves, na cidade de Belo Horizonte, que é a capital do estado de Minas Gerais, no Brasil.
Optou por tal local, pois a construção de um hangar para manutenção de aviões próximo a um
aeroporto gerar benefícios como: o aumento da eficiência operacional, a redução de custos
logísticos, a resposta rápida a emergências, a maior disponibilidade de aeronaves, a facilidade de
acesso a peças e equipamentos, a atração de empresas e investimentos na região, e sinergia com
outras instalações aeroportuárias. Esses fatores também contribuem para otimizar as operações
de manutenção, melhorar a disponibilidade da frota e promover o desenvolvimento econômico
local. Abaixo uma vista superior do local com a demarcação da área de construção da estrutura.

Figura 1.3 - Vista superior do local de construção da estrutura

Fonte: Google Earth.

2. CONCEPÇÃO E ESQUEMA ESTÁTICO


INDICAÇÃO DE TIJOLOS E TIPO DE LIGAÇÃO
Peso próprio da alvenaria de bloco de concreto: g = 3,0 kN/m² (por m² na vertical); Peso
próprio (estimado) da estrutura de aço: g = 0,30 kN/m² (por m² em planta); Peso próprio das
telhas trapezoidais: g = 0,15 kN/m² (por m² em planta); Sobrecarga de utilização na cobertura: g
= 0,5 kN/m² (por m² em planta); Ações do vento na localidade do aeroporto: V0 = 32 m/s;
Em um estudo preliminar, foi verificado que as situações mais desfavoráveis da ação do
vento são aquelas em que este incide perpendicularmente às fachadas, e com o portão de acesso
das aeronaves totalmente aberto. Por esse motivo, não foi necessário considerar as situações de
vento oblíquo e nem de portão fechado no cálculo das ações do vento.

DADOS DA ARQUITETURA
As fachadas são em alvenaria de blocos de concreto; A cobertura é toda em telha
trapezoidal de aço galvanizado; O vão máximo vencido pelas telhas é de 2m; Cobertura em água
única, com declividade de 5%, Respeitando o gabarito de voo, cujo é indicado pela linha
tracejada no desenho em vista lateral; O piso está posicionado no nível 0,00, apoiado diretamente
sobre a fundação; O portão de acesso cujo as aeronaves cruzarão, foi projetado com altura de
8,5m e largura de 32,0m; A altura total da fachada frontal é de 10,50m e a posterior de 12,5m.

TIPOS DE LIGAÇÃO, CONTRAVENTAMENTOS VERTICAIS,


DIAGRAMAS DE MONTAGEM E VISTA 3D
TIPOS DE LIGAÇÃO
Todas as ligações foram do tipo flexíveis, permitir assim a absorção de deformações, a
redistribuição das forças de maneira uniforme, uma possível adaptação a desalinhamentos e
variações, a dissipação da energia em eventos sísmicos, uma fácil montagem e manutenção, e
possibilitar ajustes futuros na estrutura. Tais benefícios contribuem para a segurança,
durabilidade e desempenho global da construção.

CONTRAVENTAMENTOS VERTICAIS E SUPERIORES


Para os contraventamentos foram utilizados o aço ASTM A36.
Figura 2.8 - Contraventamentos
Fonte: Autores, 2024.

DIAGRAMAS DE MONTAGEM

VISTA 3D
Vista 3D do projeto da estrutura de aço da estrutura de aço do hangar.

Figura: 2.1 - Vista 3D


Fonte: Autores, 2024.

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS


Para iniciar a análise estrutural no ROBOT, é fundamental realizar um
pré-dimensionamento da estrutura. Os seguintes critérios devem ser adotados para a escolha
inicial dos perfis:

BANZO SUPERIOR E INFERIOR


Para o dimensionamento dos banzos da treliça, foi calculado o raio de giração, levando
em conta uma esbeltez de 100 a 140 e considerando o comprimento destravado do banzo l igual
a 8m.
Foi adotado um raio de giração 6,33. logo,

Portanto o perfil adotado foi de W 150x13 ASTM G50 pois a esbeltez de para esse perfil
está dentro dos limites determinados.

Figura 2.2 - Perfil W 150X13

Fonte: Robot

MONTANTES
Para o dimensionamento dos montantes temos:
Portanto o perfil adotado foi L 64x64x4,8 ASTM A36 visto que a esbeltez para esse
perfil está dentro dos limites determinados.

Figura 2.3 - Perfil L 64x64x4,8


Fonte: Robot
DIAGONAIS
Para dimensionamento das diagonais temos:
Portanto o perfil adotado foi L 64x64x4,8 visto que a esbeltez para esse perfil está dentro
dos limites determinados.
Figura 2.4 - Perfil L 64x64x4,8

Fonte: Robot
TERÇAS
Para as Terças e vigas secundárias de cobertura: escolher um perfil U ou I com altura de
seção transversal igual a l/40 do vão a ser vencido. O vão a ser vencido é a distância entre os
pilares que é de 8m.

Visto que a altura da terça é dada por h > 200mm, adotou-se o perfil U 213 x 17 ASTM A36

Figura 2.5 - Perfil U 310x79 (mm)


Fonte: Robot

PILARES
Para os pilares: escolher um perfil H (ou eventualmente I) com altura de seção transversal
igual a l/30 a l/25 (em função das vinculações nas extremidades) de seu comprimento total.
A altura da seção transversal dos pilares está entre 283,33mm < h <340 mm, Logo foi
adotado um perfil HP 310x79, ASTM A572 G50.

Figura 2.6 - Perfil U 310x79 (mm)

Fonte: Robot

VIGAS DE FACHADA
Escolher um perfil I com altura de seção transversal igual a 1/20 a 1/15 do vão a ser
vencido. O vão a ser vencido é a distância entre os pilares, que corresponde a 8m.
Como a altura das vigas de fachada estão entre 200m < h < 533,33mm, logo foi adotado o
perfil HP 310x79, ASTM A572 G50.

Figura 2.7 - Perfil U 310x79 (mm)

Fonte: Robot
DESCRIÇÃO DO MATERIAIS UTILIZADOS NAS BARRAS
Os pilares do hangar são feitos de aço do tipo ASTM A572 G50. Este tipo de aço possui
uma tensão limite de escoamento mínima de 345 MPa, uma tensão limite de resistência à ruptura
mínima de 450 MPa e um alongamento mínimo pós-ruptura de 18% (GERDAU).
Para as duplas cantoneiras das diagonais (2L) e montantes (2L) , perfis em U
pertencentes aos banzos, e as barras de contraventamento da treliça de cobertura, será utilizado
aço do tipo ASTM A36. Este tipo de aço possui uma tensão limite de escoamento () mínima de
250 MPa, uma tensão limite de resistência à ruptura () mínima de 400 MPa e um alongamento
mínimo pós-ruptura () de 20% (GERDAU).
As propriedades mecânicas do aço, conforme estabelecido pela ABNT NBR 8800:2008,
estão apresentadas na Tabela 2.1.
Tabela 2.1 - Parâmetros mecânicos
PROPRIEDADES MECÂNICAS VALOR

Módulo de elasticidade 20000 kN/cm²

Coeficiente de Poisson 0,3

Módulo de elasticidade transversal 7700 kN/cm²

Peso específico 78,5 kN/cm²


Fonte: NBR 8800:2008

MÃO FRANCESA
Para as mãos francesas, foi escolhido o mesmo perfil utilizado para os montantes e
diagonais, o perfil L 64x64x4,8.
Figura 2.3 - Perfil L 64x64x4,8

Fonte: Robot
3. AÇÕES DOS VENTOS NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS
A consideração do efeito do vento desempenha um papel significativo no dimensionamento de
estruturas metálicas, especialmente devido à sua leveza em comparação com outros sistemas
estruturais. Nesta seção, serão analisadas a pressão de obstrução, os coeficientes de pressão nas
superfícies da cobertura e as pressões resultantes e também as piores situações de sucção e
sobrepressão da estrutura, seguindo os critérios de cálculo estabelecidos pela ABNT NBR
6123/2023 - Forças provocadas pelo vento em edificações. Diante disso, serão determinados a
velocidade básica do vento; F1 – Fator topográfico; F2 – Fator de rugosidade e F3 – Fator
estatístico; Velocidade característica do vento; Pressões externas e internas, onde serão
desenvolvidos cenários de ação do vento com base em duas hipóteses de obstrução causada por
veículos nas faces laterais da projeção da cobertura do posto.

VELOCIDADE BÁSICA DO VENTO - V0


Para o estabelecimento da velocidade básica do vento: Considerando a localização da
obra em Minas Gerais na cidade belo horizonte, é possível determinar a velocidade básica do
vento com base no mapa de isopletas.
Figura 3.1 - Gráfico de isopletas

Fonte: NBR 6123:2023


Logo, segundo o gráfico de isopletas, a velocidade média do vento para a cidade de Belo
Horizonte/MG, obtida num intervalo de 5 m/s conforme a NBR 6123:2023 foi de V0 = 32m/s.

FATOR TOPOGRÁFICO - S1
O fator topográfico - S1, leva em consideração as variações do relevo do terreno, visto
que o hangar será construído próximo ao aeroporto Carlos Drummond Andrade, com terreno
plano e fracamente acidentado como observado na figura 1.XX. A NBR 6123:2023 determina
que:

RUGOSIDADE DO TERRENO, DIMENSÕES DA EDIFICAÇÃO, ESTRUTURA OU


COMPONENTE E ALTURA SOBRE O TERRENO - S2
Segundo a NBR 6123:2023, O fator S2 considera o efeito combinado da rugosidade do
terreno, da variação da velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da
edificação, estrutura, parte da estrutura ou componente em consideração.

RUGOSIDADE DO TERRENO
A NBR 6123 classifica em 5 categorias e a que mais se adequa a edificação é a categoria
II: terrenos abertos, em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados,
tais como árvores e edificações baixas.
Figura: 3.2 - Rugosidade do terreno

Fonte: NBR 6123:2023

DIMENSÃO DA EDIFICAÇÃO
Segundo a NBR 6123:2023, quanto às dimensões da estrutura, a velocidade do vento
varia continuamente e seu valor pode ser calculado sobre qualquer intervalo de tempo. Para a
definição da classe da estrutura a considerar, é necessário considerar as características estruturais
que originem pouca ou nenhuma continuidade estrutural ao longo da edificação. Para
determinação das forças estáticas devido ao vento, são atribuídas três classes com intervalos de
tempo para cálculo da velocidade média de 3s, 5s, e 10s respectivamente. Temos então, que a
classe B, se adequa mais a edificação.
Figura 3.3 - Dimensão da edificação

Fonte: NBR 6123:2023

ALTURA SOBRE O TERRENO


Conforme a norma 6123, o coeficiente S2 empregado no cálculo da velocidade do vento a
uma altura Z acima do nível geral do terreno é determinado pela equação a seguir.

Sendo Z a altura máxima da edificação, logo:

E o Fr corresponde ao fator de rajada, enquadrado na categoria II, em seguida, analisando


a tabela 1 da norma, foi possível identificar os parâmetros meteorológicos.
Figura 3.4 - Fatores meteorológicos

Fonte: NBR 6123:2023

Figura 3.4 - Fator de Rajada

Fonte: NBR 6123:2023

Logo, os parâmetros demarcados são:

Após obtidos todos os coeficientes necessários foi calculado o S2:


FATOR ESTATÍSTICO - S3
O fator estatístico S3 é baseado em conceitos estatísticos e considera o grau de segurança
requerido e a vida útil da edificação, segundo a NBR 6123:2023.

Figura 3.5 - Valores mínimos do fator estatístico S3

Fonte: NBR 6123:2024

Logo, para o fator de estatístico, temos:

VELOCIDADE CARACTERÍSTICA DO VENTO - VK


A velocidade característica do vento é obtida multiplicando a velocidade básica do vento
V0, pelos coeficientes S1, S2 e S3. Dessa forma, a expressão é a seguinte:
COEFICIENTES DE PRESSÃO E DE FORMA EXTERNOS PARA PAREDES
Conforme a NBR 6123:2023, as zonas de sucção intensa se manifestam nas proximidades
das arestas de paredes e telhados, sendo sua localização condicionada ao ângulo de incidência do
vento. Portanto, essas sucções elevadas não ocorrem simultaneamente em todas as zonas. Para
essas áreas específicas, a norma disponibiliza tabelas que apresentam valores médios de
coeficientes de pressão externa, como ilustrado na figura. Esses coeficientes são exclusivamente
empregados no cálculo das forças exercidas pelo vento nas respectivas zonas.

Figura 3.6 - Coeficientes de pressão e forma, externos, para paredes de edificações de planta retangular a x b, sendo
b, a menor dimensão.
Fonte: NBR 6123:2024

Logo,

O primeiro ponto observado foi o tipo de edificação, a seguintes condições foram


ℎ 1 𝑎 3
verificadas 𝑏
≤ 2
e1 ≤ 𝑏
≤ 2
, logo:
Os coeficientes de pressão externa são determinados tanto para o vento incidindo a 0°
quanto a 90° em relação ao sentido da cumeeira. Dessa forma, de acordo com a representação na
figura 3.6, os coeficientes pertinentes para este cenário são os seguintes:

Tabela 3.1 - Resultados


0° 90°

A1 e B1 -0,8 +0,7 A

A2 e B2 -0,5 -0,4 B

C +0,7 -0,8 C1 e D 1

D -0,4 -0,4 C2 e D 2
Fonte: Autores, 2024

Para o vento a 0° nas partes A3 e B3 o coeficiente externo, na NBR 6123:2023 existe


uma nota na tabela 6 diz que se 1ab2 deve-se interpolar linearmente, como vemos na figura 2.6
abaixo.

Figura: Nota 03 da tabela 06

Fonte: NBR 6123;2023

Depois de aplicado a interpolação linear, foi obtido o valor de aproximadamente:

Tabela 3.2 - Resultado da interpolação para A3 e B3


A3 e B3 -0,44
Fonte: Autores, 2024
Logo, com todas as pressões obtidas, podemos ter uma representação das mesmas
atuando nas paredes da estrutura para o vento a 0º e 90º:

Figura 3.7 - Representação Das forças atuando nas paredes da estrutura

Fonte: Autores, 2024

Relacionado a cota das áreas onde as pressões atuam, temos que para as cotas de A1 e B1 usa-se o
𝑏 𝑎
valor maior entre 3
e 4
, porém menor que 2ℎ.

Logo foi adotado a distância de 13,33 para A1 e B1 e 10,67m para A2 e B2, já que o
comprimento vai do término de A e B1 ao eixo A3 e B3 para o vento a 0º. Para o vento a 90° a
𝑏
norma diz que para o comprimento das pressões C1 e D1 usa-se o menor valor entre 2ℎ e 2
,

logo:
Assim, as pressões de C1 e D1 tem comprimento de 17m e C2 e D2 23m. Ambas as
configurações resultaram em:

Figura 3.8 - Representação das cotas

Fonte: Autores, 2024

COEFICIENTES DE PRESSÃO E DE FORMA EXTERNOS PARA COBERTURA


Para cálculo das pressões externas na cobertura foi feito uso da tabela 6 descrita na NBR
6123:2023 cujo apresenta coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com uma

água, em edificações de planta retangular a x b, sendo b a menor dimensão, com 2
≤ 2. Como a

inclinação da cobertura é de 5°, os valores do coeficientes podem ser observados na figura


abaixo:

Figura 3.9 - coeficientes de pressão e de forma, externos, para telhados com uma água
Fonte: NBR 6123:2023

Tabela 3.3 - Coeficientes de pressão para coberturas de uma água


0° 90°

HeI -1,0 -1,0 HeLa

LeJ -0,5 -0,5 HeLb


Fonte: Autores, 2023

Como a tabela apresentada pela norma não apresenta valores I e J para o vento a 0°,
𝑎
fizemos uso da nota 1, onde o coeficiente de forma Ce tem os seguintes valores: 𝑏
= 1, mesmo
𝑎
valor das partes H e L; 𝑏
= 2: Ce=-0,2. Aplicando a interpolação linear foi obtido

aproximadamente:

Tabela 3.4 - Resultado da interpolação para I e J


IeJ -0,44
Fonte: Autores, 2024

Com isso, resultando na seguinte representação, onde atuam apenas as pressões na


cobertura a 0° e 90º, respectivamente:

Figura 3.10 - Pressões na cobertura a 0° e 90º

Fonte: Autores, 2023

𝑏
Com relação às cotas, a norma elenca que dimensão a, tem uma profundidade igual a 2
e
𝑏 𝑎
na dimensão b partindo de 2
até 2
, sendo a, maior dimensão em planta e b, menor dimensão em

planta.
Figura 3.11 - cotas das áreas de pressões na cobertura

Fonte: Autores, 2023

HIPÓTESES POSSÍVEIS DO VENTO A 0º E 90°


PARA O VENTO A 0°
Em uma primeira hipótese para o vento a 0°, quando a abertura principal está em uma
face alinhada ao vento (que não está posicionada em uma zona com alto valor de Cpe - o portão
não está nessa zona - deve-se utilizar o coeficiente de forma externo associado à abertura nesta
face). Assim, o portão está posicionado em uma área sujeita a sucção externa como observado na
figura 3.8.
Logo, como existem 3 valores diferentes, adotou-se a média entre as pressões externas,
com isso temos:

Portanto, levando em consideração o cenário mais desfavorável, o coeficiente de pressão


interno para o vento a 0º é igual a Cpi= -0,58.

PARA O VENTO A 90°


Visto que no estudo preliminar, foi verificado que as situações mais desfavoráveis da ação do
vento são aquelas em que este incide perpendicularmente às fachadas, e com o portão de acesso das
aeronaves totalmente aberto. Por esse motivo, não é necessário considerar as situações de vento oblíquo e
nem de portão fechado no cálculo das ações do vento. Logo, numa análise para a primeira hipótese para o
vento a 90°, conforme estabelecido pela NBR 6123:2023, em seu item C, é indicado que, em uma
edificação com uma abertura principal em uma face e as demais apresentando permeabilidade igual, o Cpe
é influenciado pela relação entre a área de todas as aberturas na face exposta ao vento e a área total de
aberturas em todas as faces da estrutura. Dessa forma, considerando que a abertura dominante, ou seja, o
portão de entrada do nosso galpão, possui uma área superior à soma das áreas de todas as aberturas nas
outras faces a área do portão sendo a abertura dominante na face barlavento, temos:

Figura 3.12- Face dominante da estrutura

Fonte: autores, 2023.

Após isso foram calculadas as frestas entre as telhas laterais e as paredes em alvenaria, junto às
calhas, na figura 3.13 está demonstrada a telha usada na cobertura do galpão proporcionado pela empresa
Gerdau.
Figura 3.13 - dimensões da telha trapezoidal
fonte: Catálogo de telhas Gerdau

Inicialmente foi calculado o número de ondas por metro e em seguida a área do trapézio, visto
que a forma da fresta é um trapézio, então obteve-se:
Logo, para as proporções entre as áreas, temos:

Nesse contexto, de acordo com a NBR 6123:2023, o Cpi é determinado pela relação entre a área
de todas as aberturas na face exposta ao vento e a área total de aberturas em todas as faces
(paredes e coberturas), sujeitas a sucções externas. Como mencionado anteriormente, essa
proporção específica é aproximadamente 105,903, resultando em um valor de Cpi3 igual a +8,0,
conforme a figura 3.14.

Figura 3.14 - Valor de Cpi baseado na proporção da área das aberturas

Fonte: NBR 6123:2023

CASOS MAIS DESFAVORÁVEIS


COEFICIENTES DE PRESSÃO TOTAIS
Os coeficientes de pressão totais são obtidos pela subtração dos coeficientes de pressão
externos pelos internos. Portanto, no caso do vento a 0°, calculando temos:
Resultando na seguinte configuração:

Figura 3.15 - Cpe-Cpi para o vento a 0°

Fonte: Autores, 2023.

logo a situação mais desfavorável para o vento a 0°:

‘Figura 3.16 - Caso mais desfavorável


Fonte: Autores. 2023.

E para o caso do vento a 90°, calculando temos:

Resultando na seguinte configuração:

Figura 3.17 - Cpe-Cpi para o vento a 90°

Fonte: Autores, 2023.

Logo, para a situação mais desfavorável para o vento a 90°:

Figura 3.18 - Caso mais desfavorável


Fonte: Autores. 2023.

REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICAS DAS AÇÕES

CÁLCULO DAS PRESSÕES DE VENTO

CARGAS NO NÓS
Para calcularmos as pressões nos nós de um pórtico, devemos multiplicar os coeficientes
de pressões totais pela pressão dinâmica q pela distância entre pórticos d, adotar a equação
abaixo.

Portanto devemos encontrar a área de influência de cada nó da treliça, para isso utiliza a
pressão do vento dentro de cada área de influência e concentra em cada nó.
Para fazer isso deve-se passar uma reta na mediana entre as treliças e selecionarmos dois
pontos na mediana dos dois nós vizinhos. Assim, encontramos a área de influência do nó.
Sabe-se que a distância entre pórticos é d = 8m e a distância entre montantes igual a 2m,
então temos:
Nós nó de extremidade tem que adotar uma área de influência igual a:

Para a força em cada nó é calculada multiplicando-se os coeficientes de pressões totais,


pela área de influência de cada nó e pela pressão dinâmica. Fazendo a multiplicação da pressão
dinâmica pela área de influência dos nós tem-se:

Logo devemos corrigir esses valores utilizando os coeficientes de pressões totais. Sendo
assim, como calculado anteriormente para o vento a 0° tem-se:

Figura 3.19 - configuração final de forças para o vento a 0°


Fonte: Autores, 2024.

Portanto, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os


valores dos coeficientes totais tem-se:
Para os nós internos:

Para os nós externos:

Após isso, inserimos no Robot as cargas referentes a ação do vento a 0° nos nós da treliça.
Figura 3.20 - Inserção das cargas do Vento 1- Eixos D, E, F, G - Cobertura para 0°.

Fonte: Autores, 2024.

Figura 3.21 - Inserção das cargas do Vento 1 – Eixo A B - Cobertura para 0°.

Fonte: Autores, 2024.


Figura 3.22 - Inserção das cargas do Vento 1 – Eixo C - Cobertura para 0°.

Fonte: Autores, 2024

Figura: 3.23 - Inserção das cargas do Vento 1- 3D

Fonte: Autores, 2024

Para os ventos a 90° temos a seguinte situação e seus referidos coeficientes de pressão
totais.

Figura 3. 24 - configuração final de forças para o vento a 0°


Fonte: Autores, 2024.

Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:

Para os nós internos:

Para os nós externos:

Após isso, inserimos no Robot as cargas da ação do vento a 90° nos nós da treliça.
Figura 3.24 - Inserção das cargas do Vento 2 – Eixo A, G- Cobertura para 90°

Fonte: Autores, 2024.

Figura 3.25 - Inserção das cargas do Vento 2 – Eixo B,C,D,E,F- Cobertura para 90°

Fonte: Autores, 2024.


3.26 - Inserção das cargas do Vento 2- 3D

Fonte: Autores, 2024.

CARGAS NOS PÓRTICOS


Para calcular as pressões em um pórtico isolado, deve-se multiplicar a pressão dinâmica q
pela distância entre pórticos d. Sendo a pressão dinâmica igual a:

Na treliça, temos que as cargas são aplicadas diretamente em nós, gerando somente
esforços axiais mais nos pilares, temos cargas distribuídas podendo ser cargas de sucção ou
cargas de sobrepressão. Sendo assim, ao invés de concentrar as cargas em nós, deve-se distribuir
um carregamento ao longo do comprimento do pilar. Para fazermos isso deve-se encontrar a área
de influência do pórtico, pois adotaremos a pressão do vento dentro de cada área de influência a
qual será distribuída ao longo do seu comprimento. Para isso, será necessário traçar uma reta de
1 metro de altura em um pilar e uma largura igual a distância entre pórticos.
Ao multiplicarmos a pressão dinâmica pela distância entre pórticos, tem-se:

Portanto deve-se corrigir esses valores utilizando os coeficientes de pressões totais para
as paredes apresentados na figura 3.19.
Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:
Para os pórticos Intermediários:

Para os pórticos de fachada frontal e posterior:


Após isso, inserimos no Robot as cargas referentes a ação do vento a 0° nos pórticos do
hangar.
Figura 3.26 - Inserção das cargas do Vento 1- vista frontal e posterior – paredes e telhado à 0°

Fonte: Autores, 2024.


Figura 3.27 - Inserção das cargas do Vento 1-Eixos 2,3,4,5– paredes e telhado à 0°.

Fonte: Autores, 2024.

Para os ventos a 90° temos a seguinte situação para os coeficientes de pressão totais
observados na figura 3.24.
Logo, calculando a pressão dinâmica pela área de influência e corrigindo com os valores
dos coeficientes totais temos:
Para os pórticos Intermediários:

Para os pórticos de fachada frontal e posterior:


Após isso, inserimos no Robot as cargas referentes a ação do vento a 90° nos pórticos do
hangar.
Figura 3.26 - Inserção das cargas do Vento 2 – Vista frontal- paredes para 90°.

Fonte: Autores, 2024.

4. AÇÕES PERMANENTES NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS


CÁLCULO DAS CARGAS
As ações permanentes que atuam na estrutura são, basicamente, baseadas no peso próprio
dos seus componentes, como o peso dos perfis das treliças, o peso dos contraventamentos, o peso
das terças, dentre outros. Todos esses pesos são contabilizados automaticamente pelo software
Robot Structural Analysis, sendo a carga DL1 a denominação do peso próprio da estrutura.
Para a sobrecarga permanente, serão considerados os pesos das telhas metálicas, alvenaria
em blocos de concreto e fechamentos laterais em ACM.
PESO PRÓPRIO
O peso próprio dos perfis e contraventamentos será estimado pelo ROBOT®,
considerando a área da seção transversal dos perfis, peso específico do aço e comprimento de
cada uma das barras.
Figura

Fonte: Autores, 2024

SOBRECARGA (ACM)

O fechamento lateral e frontal será feito em ACM, portanto, deve ser feito o cálculo dos
esforços causados na estrutura. Foi consultado o catálogo de telhas metálicas da Gerdau e
adotou-se a Telhas Trapezoidal Gerdau com espessura de 0,43mm e que pesa 4,66 kgf/m².
Portanto, temos:
A altura da treliça de fechamento lateral adotada foi:

E a distância entre montante da treliça de fechamento lateral foi de:

A carga concentrada em cada nó da treliça de fechamento lateral devido ao peso das


chapas é obtida multiplicando o peso por m² pela respectiva área de influência do nó. Para um
nó típico, a carga concentrada é de:

Para a carga nos nós de extremidade foi de:


Figura- Inserção das cargas de Sobrecarga Permanente – Vista frontal- Eixo 1.

Fonte: Autores, 2024.

Figura- Inserção das cargas de Sobrecarga Permanente –Vista Posterior- Eixo 6.

Fonte: Autores, 2023

SOBRECARGA DAS TELHAS METÁLICAS

Sobre a cobertura existem ações de caráter permanente como o peso da telhas metálicas,
do forro e das instalações elétricas. Foi considerado um valor de 15 kg/m² para todos estes
elementos agrupados e aplicados na face superior da cobertura.
A distância entre pórticos:

A distância entre as terças:

Sendo assim as cargas concentradas nos nós centrai e nos nós de extremidade foram de:
Figura - Representação esquemática da sobrecarga permanente nas treliças B,C,D,E, F

Fonte: Autores, 2024.

SOBRECARGA DAS TELHAS METÁLICAS MAIS ACM

Para as treliças laterais A e G, existe a particularidade de estas também servirem de apoio


para o fechamento lateral da cobertura em ACM. Como o fechamento em ACM possui uma
altura de 2m, basta calcular a área de influência para cada nó do banzo superior da treliça ¼ e
multiplicar pelo peso próprio de 4,66 kgf/m². Portanto, temos:
Com relação a sobrecarga permanente, sabendo que a área de influência das treliças A e
G são metade da área de influência das treliças B,C,D,E,F, logo:

Somando estas cargas nó a nó, chega-se:


Figura – Representação do esquema estático das treliças A e G e das ações devido à sobrecarga
permanente.

Fonte: Autores, 2024.

SOBRECARGA DA ALVENARIA EM BLOCOS DE CONCRETO


Nas paredes do hangar será feita a vedação usando blocos de concreto que tem um peso
próprio de g= 3,0 kN/m². Portanto, deve-se calcular essas cargas que vão ser aplicadas na nossa
estrutura que corresponda a esse esforço específico. Para isso, iremos considerar o peso para 1
metro quadrado de parede. Portanto, temos:

Para as paredes frontais temos a seguinte relação:


Após isso, inserimos as cargas referentes às paredes frontais no software Robot
Structural Analysis.

Figura: Fachada frontal após inserção das cargas referentes a alvenaria de blocos de concreto

Fonte: Autores, 2024

.
Para as paredes posterior temos a seguinte altura de:

Para as paredes posterior, temos a seguinte situação


Após isso, inserimos as cargas referentes às paredes frontais no software Robot Structural
Analysis.

Figura: Fachada posterior após inserção das cargas referentes a alvenaria de blocos de concreto

Fonte: Autores, 2024.

Para as paredes laterais temos a seguinte altura de:

Para as paredes laterais, temos a seguinte situação:


Após isso, inserimos as cargas referentes às paredes frontais no software Robot Structural
Analysis.

Figura: Fachada lateral após inserção das cargas referentes às paredes laterais de blocos de concreto

Fonte: Autores 2024.

5. AÇÕES VARIÁVEIS DE MANUTENÇÃO DA COBERTURA


NOS PÓRTICOS E TRELIÇAS
AÇÕES DAS CARGAS
Segundo a NBR 6120:2019 caso a cobertura possua sistema de drenagem suficiente e
rigidez adequada que impeçam a ocorrência do fenômeno de empoçamento progressivo, pode-se
considerar carga variável uniformemente distribuída de 0,25 kN/m2 (independente da inclinação
da cobertura, mas respeitando-se o mínimo de 1 %). Não são recomendadas coberturas com
inclinações inferiores a 2 %, devido à maior probabilidade de acúmulo de água, granizo, pó etc.
que resultam em cargas adicionais potencialmente perigosas.
Esta carga é considerada na projeção horizontal da cobertura na área coberta pelas telhas
metálicas. Considerando uma sobrecarga variável de manutenção de 0,5 kN/m², temos:

Calculando os esforços aplicados nos nós das treliças B, C, D, E, F temos:

Após isso, inserimos as cargas no software Robot Structural Analysis:


Figura 5.1 - Ações variáveis de manutenção da cobertura nos nó das treliças B, C, D, E, F

Fonte: Autores, 2024.

Já para as treliças A e G, temos a seguinte situação:

Após isso, inserimos as cargas no software Robot Structural Analysis:


Figura 5.2 - Ações variáveis de manutenção da cobertura nos nó das treliças

Figura: Autores, 2024.

6. COMBINAÇÕES DE ESFORÇOS NO ELU PARA AS


BARRAS DAS TRELIÇAS
COMBINAÇÕES
As seguir segue as combinações adotadas:
i. C1 = máxima solicitação nos pilares (sobrecarga como ação principal + vento
sobrepressão 0º);
ii.C2 = máxima solicitação nos pilares (vento sobrepressão 0º como ação principal +
sobrecarga);
iii. C3 = Inversão de Esforços (vento 90° de sucção como ação principal);
Para as combinações de ações referentes às verificações de Estado Limite Último deste
trabalho, serão consideradas apenas combinações últimas normais.
Segundo a ABNT NBR 8.800 de 2008, as combinações últimas normais decorrem do uso
previsto para a edificação. Logo, devem ser consideradas tantas combinações de ações quantas
forem necessárias para verificação das condições de segurança em relação a todos os estados
limites últimos aplicáveis. Em cada combinação devem estar incluídas as ações permanentes e a
ações variável principal, com seus valores característicos e as demais ações variáveis,
consideradas secundárias, com seus valores reduzidos de combinação.
Para cada combinação, aplica-se a seguinte expressão:

onde:
𝐹𝐺𝑖,𝑘 representa os valores característicos das ações permanentes:

𝐹𝐺𝑖,𝑘 é o valor característico da ação variável considerada principal para a combinação;

𝐹𝐺𝑖,𝑘 representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar

concomitantemente como a ação variável principal;

Para determinar as combinações das ações foi considerado os efeitos mais desfavoráveis
para a estrutura o qual foi considerado os coeficientes fornecidos na Norma ABNT NBR 8800 de
2008, Tabela 1 e 2.
Figura 6.1 : Coeficientes de ponderação das ações

Fonte: NBR 8800

COMBINAÇÃO 1
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)

𝐹𝑑1 = 1, 25 . 𝐷𝐿1 + 1, 5 . 𝐷𝐿2 + 1, 5 . 𝐷𝐿3 + 1, 4 . 0, 6 . 𝐷𝐿4

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿3: Sobrecarga de Manutenção
𝐷𝐿4: Vento 1

Figura 6.4 - Combinação 1

Fonte: Autores, 2024.


Figura 6.5 - Resultado da combinação 1 sobre a estrutura

Fonte: Autores, 2024.

COMBINAÇÃO 2
Em seguida, foi realizada a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio
da treliça, sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 90° (vento 2).

𝐹𝑑2 = 1, 25 . 𝐷𝐿1 + 1, 5 . 𝐷𝐿2 + 0, 8 . 𝐷𝐿3 + 1, 4 . 𝐷𝐿4

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿3: Sobrecarga de Manutenção
𝐷𝐿4: Vento 1
Figura 6.6 - Combinação 2

Fonte: Autores, 2024.

Figura: 6.7 - Resultado da combinação 2 sobre a estrutura

Fonte: Autores, 2024.


COMBINAÇÕES CRÍTICAS
COMBINAÇÃO 3
Foi realizada a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 90° (vento 2).

𝐹𝑑3 = 1, 0 . 𝐷𝐿1 + 1, 0 . 𝐷𝐿2 + 1, 4 . 𝐷𝐿5

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿5: Vento 2

Figura 6.8 - Combinação 3

Fonte: Autores, 2024


Figura: 6.9 - Resultado da combinação 3 sobre a estrutura

Fonte: Autores, 2024.

7. VERIFICAÇÃO ELS-DEF DAS TRELIÇAS


COMBINAÇÕES DE AÇÕES
As combinações foram feitas da seguinte forma:
i. C1 = Carga do peso próprio da estrutura + Carga do ACM, combinado com Carga de
manutenção e Vento 1
ii. C2 = Carga do peso próprio da estrutura + Vento 1 combinado com Carga de
manutenção
iii. C3 = Carga do peso próprio mais favorável + Carga do ACM, combinado com o
Vento 2.

De acordo com a tabela 2 da nbr 8800 de 2008 temos que 𝛹1e 𝛹2 ,ações causadas pelo o
uso e ocupação são de :
As ações frequentes atuam durante quase cerca de 5% durante a vida útil da estrutura ,
representada por 𝛹1.

ou seja o 𝛹1 multiplica a ação variável principal e o 𝛹2 multiplica a ação variável secundária.

COMBINAÇÃO 1
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)

𝐹𝑑1,𝐸𝐿𝑆 = 1, 0 . 𝐷𝐿1 + 1, 0 . 𝐷𝐿2 + 𝛹1 . 𝐷𝐿3 + 𝛹2 . 𝐷𝐿4

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿3: Sobrecarga de Manutenção
𝐷𝐿4: Vento 1

𝛹1 = 0,7

𝛹2= 0
Figura 7.1 - Combinação 1 desfavorável

Fonte: Autores, 2024.

Analisando os deslocamentos verticais na treliça do eixo D, a qual é a mais carregada e


apresenta maiores deslocamentos verticais, sendo o δ = 33,1 cm, deslocamento vertical máximo
para a combinação 1 de ELS.
Figura 7.2 - deslocamento vertical máximo

Fonte: Autores, 2024.

COMBINAÇÃO 2
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)

𝐹𝑑2,𝐸𝐿𝑆 = 1, 0 . 𝐷𝐿1 + 1, 1 . 𝐷𝐿2 + 𝛹1 . 𝐷𝐿4 + 𝛹2 . 𝐷𝐿3

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿3: Sobrecarga de Manutenção
𝐷𝐿4: Vento 1

𝛹1 = 0,3

𝛹2= 0,6
Figura 7.3 - Combinação 2 desfavorável

Fonte: Autores, 2024.

Para a combinação 2 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ =


35,4 cm.
Figura 7.4 - deslocamento vertical máximo

Fonte: Autores, 2024.

COMBINAÇÃO 3
Foi realizado a combinação de efeitos das cargas referentes ao peso próprio da treliça,
sobrecarga permanente, sobrecarga de manutenção e o vento a 0° (vento 1)

𝐹𝑑2,𝐸𝐿𝑆 = 1, 0 . 𝐷𝐿1 + 1, 1 . 𝐷𝐿2 + 𝛹1 . 𝐷𝐿5

𝐷𝐿1: Peso Próprio da estrutura


𝐷𝐿2: Sobrecarga Permanente
𝐷𝐿3: Sobrecarga de Manutenção
𝐷𝐿5: Vento 2

𝛹1 = 0,3

𝛹2= 0,6
Figura 7.5 - Combinação 3 desfavorável

Fonte: Autores, 2024.

Para a combinação 3 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ = 5,8


cm.
Figura 7.6 - Deslocamento vertical máximo
Fonte: Autores, 2024.

VERIFICAÇÃO DOS VALORES LIMITES


FLECHAS LIMITES
Considerando apenas o desconforto visual provocado pelas deformações excessivas da cobertura,
o deslocamento limite de acordo com a NBR 8800:2008 é de

Entre as diversas combinações, a segunda apresentou o maior deslocamento, atingindo


35,4 cm, superando a flecha limite estabelecida de 16 cm. Diante disso, optou-se por aumentar o
perfil dos banzos, diagonais e montante e verificar se esse deslocamento atendia aos requisitos
necessários.
Os perfis dos banzos foram alterados de W 150 x 13 para o perfil de W 410 X 38,8. As
diagonais e montantes que eram perfil 2L 64 x 4,8 passaram a ser 2L 76 x 6,4.
Os novos deslocamentos verticais para a treliça principal do Eixo D foram:
Figura 7.6 - Combinação 1 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ = 14,8 cm.

Fonte: Autores, 2024.

Figura 7.8 - Combinação 2 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ = 15,7 cm.

Fonte: Autores, 2024


Figura 7.9 - Combinação 3 de ELS foi analisado um deslocamento vertical máximo de δ = 4 cm.

Fonte: Autores, 2024.

Portanto a segunda combinação de ELS com o novo perfil foi a que apresentou o maior
deslocamento verticalδ𝑚𝑎𝑥 = 15,7 cm.

δ𝑚𝑎𝑥 < δ𝑙𝑖𝑚

Portanto, como a flecha máxima é menor que o flecha limite, o perfil utilizado atende ao
estado de limite de serviço e deformação excessiva. Porém, por questão de segurança será
adotado uma contra flecha na estrutura.
Sendo que o valor da contraflecha não pode ser maior que o valor da flecha causada pelas
ações permanentes.
δ𝐶𝑇 < δ𝑃

Portanto a flecha máxima causada pelas ações permanentes correspondem ao: Peso
próprio deslocamento vertical máximo de δ𝑝𝑒𝑠𝑜,𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 5,7 cm

Figura 7.10 - Flecha máxima, peso próprio.


Fonte: Autores, 2024.

Sobrecarga permanente deslocamento vertical máximo de δ𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎,𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 = 2,8 cm

Figura 7.11 - Flecha máxima de sobrecarga permanente

Fonte: Autores, 2024.

Portanto, a flecha máxima causada pelas ações permanentes corresponde ao somatório do


deslocamento vertical máximo do peso próprio mais a sobrecarga permanente.
δ𝑃 = δ𝑝𝑒𝑠𝑜,𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 + δ𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎,𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒
δ𝑃 = 5, 7 𝑐𝑚 + 2, 8 𝑐𝑚 = 8, 5 𝑐𝑚

Adotando uma contra flecha δ𝐶𝑇 = 7 𝑐𝑚, temos uma flecha máxima real que irá ocorrer

na estrutura corresponde à:
δ𝑇 = δ𝑚𝑎𝑥 − δ𝐶𝑇

δ𝑇 = 15, 7 𝑐𝑚 − 7 𝑐𝑚 = 8, 7𝑐𝑚

Sendo assim, sugere-ser que durante a confecção desses perfis dos banzos da treliça do
eixo A, B, C, D, E, F, G seja aplicado uma deformação no sentido contrário as deformações
gravitacionais, para que quando a estrutura sofre deformação causada pelas combinações das
ações a estrutura apresente uma flecha menor que a calculado inicialmente.

8. EFEITO DE CÁLCULO NAS BARRAS DA


TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL
CONFIGURAÇÃO FINAL
Verificado a treliça do eixo D a qual é a mais carregada da estrutura que por meio das
análises de ELU obteve-se os esforços internos de momento fletor e força axial (compressão e
tração)
Figura 8.1 - Barra Treliça

Fonte: Autores, 2024.


Figura 8.2 - Esforço Axial Fx Caso 1, ELU

Fonte: Autores, 2024.

Figura 8.3 - Momento Fletor Mz Caso 1, ELU

Fonte: Autores, 2024.

Figura 8.4 - Figura 8.2 - Esforço Axial Fx Caso 2, ELU


Fonte: Autores, 2024.

Figura 8.5 - Momento Fletor Mz Caso 2, ELU

Fonte: Autores, 2023.

Figura 8.6 - Figura 8.2 - Esforço Axial Fx Caso 3, ELU


Figura 8.7 - Momento Fletor Mz Caso 3, ELU e

Fonte: Autores, 2024.

PLANILHA - ENVOLTÓRIA DE ESFORÇOS DAS BARRAS DA TRELIÇA


Abaixo segue a planilha com as envoltórias dos esforços feita no Excel.

Figura 8.8 - Envoltória dos esforços


Fonte: Autores, 2024.

9. VERIFICAÇÃO DAS BARRAS TRACIONADAS DA


TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL NO ELU
BARRAS TRACIONADAS E DETALHES DE LIGAÇÃO

VERIFICAÇÃO DO ELU À TRAÇÃO BARRAS NA TRELIÇA

NOVOS PERFIS
10. COMPRESSÃO DOS ELEMENTOS DA
TRELIÇA/PÓRTICO PRINCIPAL DA COBERTURA (ELU)
COMPRESSÃO NAS BARRAS DA TRELIÇA

NOVOS PERFIS

11. FLEXÃO À COMPRESSÃO DOS PILARES PRINCIPAIS


DOS PÓRTICOS DE CONTRAVENTAMENTOS (ELU)
FLEXÃO CONSIDERANDO FLA, FLM E FLT

COMPRESSÃO

NOVOS PERFIS

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