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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CHRISTIAN JORGE ROGAL DE ANDRADE


ISIDORO PEDROSO KECHE NETO

LAUDO TÉCNICO - NOME DA OBRA

GUARAPUAVA
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
1.1 OBJETIVO DO LAUDO TÉCNICO 3
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 3
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DE INSPEÇÃO 3
3 METODOLOGIA 4
3.1 METODOLOGIA GDE/UNB 4
3.2 PARÂMETROS DE INSPEÇÃO 5
3.2.1 Agressividade do ambiente 5
3.2.2 Identificação dos elementos estruturais 6
3.2.3 Tipos frequentes de danos em estruturas de concreto 7
3.3 CÁLCULO DO GRAU DE DETERIORAÇÃO DOS ELEMENTOS E DA
ESTRUTURA 15
3.3.1 Preliminares 15
3.3.2 Fator de ponderação do dano (Fp) 15
3.3.3 Fator de intensidade do dano (Fi) 16
3.4 EQUAÇÕES UTILIZADAS PARA QUANTIFICAR A DETERIORAÇÃO DAS
ESTRUTURAS 16
4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS 16
5 SOLUÇÕES 17
6 CONCLUSÃO 17
REFERÊNCIAS 18
1 INTRODUÇÃO

A maioria das manifestações patológicas poderiam ser evitadas se houvesse


um melhor detalhamento de projeto, escolha apropriada dos materiais e correta
execução da construção, assim como uma maior preocupação com a realização das
intervenções de manutenção nos elementos que compõem as edificações
(KLIMPEL E SANTOS (2010)). Mas infelizmente, muitos cuidados são deixados de
lado quando se projeta, se constrói ou se utiliza uma edificação, prejudicando a vida
útil e o desempenho de sua estrutura (TUTIKIAN E PACHECO (2013)).
O relatório não pretende englobar todos os aspectos que possuem influência
significativa na durabilidade das estruturas de concreto armado, mas sim apresentar
pontos relevantes sobre a edificação observada, e a sua validade em comparação
com os casos relatados, e os subsídios para se levantar novas perspectivas,
aplicações de conhecimentos com o mesmo, sempre buscando relacionar ao
máximo as considerações de caráter tecnológico, com as de prática executiva de
acompanhamento e fiscalização técnica das edificações.

1.1 OBJETIVO DO LAUDO TÉCNICO

Este trabalho tem por objetivo, analisar e avaliar a situação física da estrutura
de concreto de parte de uma edificação escolar que compreende o bloco A da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Guarapuava. Aplicando-se a
metodologia GDE/UnB, inicialmente realizada na UnB, para avaliação quantitativa
do grau de deterioração de estruturas de concreto, onde visa dar criticidade às
peças estruturais da edificação. Tomando-se como base e modelo a metodologia
GDE/UnB, na formulação de Fonseca (2007).

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO DE INSPEÇÃO


O edifício se encontra na Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
sendo um bloco destinado a atividades diversas e ambiente destinado à convivência
dos alunos.

Figura 1 - Planta situacional do bloco A dentro do campus da UTFPR-GP.

Fonte: Plano diretor UTFPR-GP.

Os elementos estruturais analisados foram pilares, vigas,lajes, alguns


elementos não estavam acessíveis a inspeção, como vigas sobre o gesso,
elementos de fundação, e pilares cobertos por shaft ou alvenaria, por esses motivos
alguns pilares e algumas vigas foram analisadas apenas pelo lado externo,assim
como em relação a fundação sob a calçada.

3 METODOLOGIA

3.1 METODOLOGIA GDE/UNB PARA QUANTIFICAÇÃO DO GRAU DE


DETERIORAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO

A metodologia GDE/UnB para quantificação do grau de deterioração de


estruturas de concreto foi elaborada pelo Programa de Pós-Graduação em
Estruturas e Construção Civil da Universidade de Brasília (PECC-UnB) e permite
realizar a avaliação quantitativa do grau de deterioração de estruturas de concreto,
analisando e quantificando as manifestações dos danos e suas evoluções, assim,
visa dar criticidade as peças estruturais de uma edificação, viabilizando a definição
de prioridades para realização das manutenções. Desenvolvida por CASTRO
(1994), para quantificar o grau de deterioração em estruturas de concreto armado
convencionais, evoluiu através de Lopes (1998), Boldo (2002), Fonseca (2007),
Euqueres (2011) e Verly (2015).
A metodologia GDE/UnB, pode ser utilizada e aplicada em edificações com
diferentes tipos de estruturas, por meio de inspeções e análises, avaliando tanto os
elementos estruturais isoladamente, quanto o edifício como um todo, através dos
resultados obtidos, como base para diversos métodos de avaliação. Além do mais,
pode ser utilizada como ferramenta para gerir atividades de manutenção corretiva,
permitindo indicar os elementos que possuem falhas com maior gravidade e/ou
urgência, facilitando tomada de decisão, no âmbito técnico-financeiro das
intervenções. Segundo FONSECA (2007), o esquema de utilização da metodologia
é baseado em um fluxograma contendo etapas, a serem realizadas de forma
sequencial e sistemática, conforme Figura 1, desenvolvido por CASTRO (1994).

Figura 2 - Fluxograma da metodologia GDE/UnB.

Fonte: CASTRO (1994).


3.1.1 Divisão em Famílias de Elementos

A divisão em famílias de elementos, consistiu-se a partir do agrupamento dos


elementos da edificação, que tem funcionalidades estruturais características. Dessa
forma foram definidas as famílias a seguir:

● Pilares;
● Vigas;
● Vigas secundárias;
● Lajes;
● Elementos de composição arquitetônica;
● Escadas/Rampas.

3.2 PARÂMETROS DE INSPEÇÃO

3.2.1 Agressividade do ambiente

A NBR 6118:2003 apresenta prescrições genéricas sobre a durabilidade de


estruturas de concreto, em função da agressividade do meio ambiente, relacionada
às ações físicas e químicas previstas, independentemente da atuação de ações
mecânicas, variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e
outras previstas no dimensionamento. A Tabela 1, a seguir, apresenta uma
classificação da agressividade do ambiente, extraída da Tabela 1, NBR 6118:2003,
a ser considerada nos projetos de estruturas correntes:

Tabela 1 - Classes de agressividade ambiental.

Fonte: Adaptado de NBR 6118:2003.


Segundo a NBR 6118:2003, a agressividade do ambiente deve ser avaliada
com base nos macro e micro-climas referentes à edificação, globalmente e em seus
espaços físicos específicos, como mostra a Tabela 2, a seguir:

Tabela 2 - Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição.

Fonte: NBR 6118:2003.

3.2.2 Identificação dos elementos estruturais

A aplicação da Metodologia GDE/UnB exige uma representação gráfica


consistente da estrutura (plantas de fôrmas, cortes, croquis, etc.), que permita
localizar e identificar, de maneira precisa, os elementos vistoriados, quanto à
natureza, pavimento, dimensões, tipos de ambiente, etc. É, também, essencial uma
documentação fotográfica adequada da estrutura e das etapas da inspeção, que
pode contribuir substancialmente para o processo de avaliação de danos e a
elaboração de diagnósticos e laudos técnicos.

3.2.3 Tipos frequentes de danos em estruturas de concreto

Apresenta-se, a seguir, uma listagem dos danos mais frequentes em


estruturas de concreto, em ordem alfabética, com uma conceituação concisa e sem
se pretender esgotar os temas abordados. O objetivo é buscar maior uniformidade
nas inspeções e padronizar a terminologia utilizada, de modo a permitir,
posteriormente, a obtenção de resultados mais consistentes e menor subjetividade
na quantificação dos danos com o uso da formulação da Metodologia GDE/UnB. É
indispensável destacar a importância da consulta a bibliografias complementares,
algumas referenciadas neste texto.

a) Carbonatação:

Fenômeno decorrente da penetração na rede de poros do concreto do


dióxido de carbono, CO2, presente no ar, e de sua reação com os
constituintes alcalinos da pasta de cimento, principalmente o hidróxido de
cálcio. A carbonatação da cal reduz o pH do concreto e provoca a
despassivação das armaduras, ou seja, a redução da sua capacidade de
proteção do aço contra a corrosão. A carbonatação pode ser detectada por
meio de um ensaio simples, com a aplicação na superfície do concreto de
uma solução de fenolftaleína com indicador. A parte carbonatada do concreto
deve ficar incolor (𝑝𝐻 < 8, 5) e a não carbonatada adquire a cor
vermelho-carmim.

b) Cobrimento deficiente:

A NBR 6118 recomenda que o projeto e a execução dos elementos


constitutivos das estruturas de concreto devem respeitar os valores prescritos
para o cobrimento nominal (cnom) da camada de concreto sobre as armaduras
de aço, definido como o cobrimento mínimo acrescido de uma tolerância de
execução (∆c). Quando houver um controle de qualidade rigoroso, pode ser
adotado um valor ∆c = 5 mm. Em caso contrário, nas obras correntes, deve
ser, no mínimo, ∆c = 10 mm, resultando nos cobrimentos nominais indicados
na Tabela 3. Segundo a norma, os cobrimentos nominais e mínimos são
sempre referidos à superfície da armadura mais externa, em geral os
estribos. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser:

(Equação 1)
𝑐𝑛𝑜𝑚 ≥ Φ𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎

𝑐𝑛𝑜𝑚 ≥ Φ𝑓𝑒𝑖𝑥𝑒 = Φ𝑛 = Φ 𝑛

𝑐𝑛𝑜𝑚 ≥ 0, 5 * Φ𝑏𝑎𝑖𝑛ℎ𝑎

Tabela 3 - Classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para ∆c = 10 mm.

Fonte: NBR 6118:2003.

c) Contaminação por cloretos:

Contaminação do concreto causada pelo emprego na execução do concreto


de aditivos à base de cloretos, com teor excessivo, ou pela penetração de cloretos
presentes no meio ambiente, como no caso de regiões à beira-mar. É um dano
comum em peças pré-moldadas, quando se pretende acelerar a cura com aditivos à
base de cloretos. As manifestações mais comuns são as fissuras, locais ou
generalizadas, sobre as armaduras e a presença de manchas no concreto pela
retenção de umidade, frequentemente com a criação de fungos. Os cloretos podem
ser também incorporados ao concreto pelo uso de água da rede pública no
amassamento ou introduzidos nas operações de limpeza de pisos e fachadas, com
a utilização de soluções de HCl em baixas concentrações (ácido muriático)
(Nepomuceno,1999).

d) Corrosão de armaduras:
A corrosão é um processo físico-químico gerador de óxidos e hidróxidos de
ferro, produtos que ocupam um volume significativamente superior (em até 6 vezes)
ao volume original das armaduras, sujeitando o concreto a elevadas tensões de
tração (da ordem de até 15 MPa). Essas tensões ocasionam a fissuração do
concreto e o posterior lascamento da camada de cobrimento do concreto (Cánovas,
1988). No seu início, a corrosão se manifesta na superfície do elemento estrutural
com o aparecimento de manchas marrom-avermelhadas ou esverdeadas, em razão
da lixiviação do concreto (dissolução e arraste do hidróxido de cálcio da massa
endurecida) dos produtos de corrosão, evoluindo com o tempo e podendo chegar
até à perda total da seção da armadura.

e) Desagregação do concreto:

Fenômeno característico de ataques químicos do concreto, em formas


diversas - lixiviação, reação álcali-agregado, reações expansivas com sulfatos, com
a separação física de placas ou fatias de concreto, comprometendo o monolitismo
do elemento. Na maioria das vezes, causa a perda da resistência de engrenamento
entre os agregados (aggregate interlock) e da capacidade aglomerante da pasta
(Souza, 1999). Pode ocorrer, também, por ações biológicas (raízes e
microrganismos) ou, ainda, por dosagem incorreta e execução deficiente do
concreto, perante as ações dos agentes agressivos (abrasão, vento, chuva, etc).

f) Deslocamento por empuxo:

Deslocamento proveniente da pressão ativa exercida por um maciço


não-coesivo sobre um anteparo vertical. Nos muros, cortinas ou paredes de
contenção de concreto é causado pelo empuxo de terra ou água. Esses elementos
devem ser providos de drenos, para evitar o acúmulo de água no terrapleno que
suporta e que resultaria em acréscimo do empuxo hidrostático. Os deslocamentos
causados pela saturação do maciço podem, ainda, ser agravados pela passagem
de veículos.

g) Desvios de geometria:
Perda da verticalidade e do alinhamento de elementos estruturais em relação
ao seu eixo, produzindo excentricidade adicional das forças atuantes. Pode ter
como causas: deficiências na execução por movimentação ou incorreção de fôrmas
e escoramentos ou por movimentação da estrutura, pela ação de esforços
imprevistos ou não considerados corretamente no projeto.

h) Eflorescência em superfícies de concreto:

Precipitação de crostas brancas de carbonato de cálcio na superfície do


concreto, quando os produtos da lixiviação interagem com o CO2 presente no ar.
Essa precipitação resulta da ação de águas puras e brandas no concreto, causando
a hidrólise da pasta de cimento e dissolução dos produtos de cálcio. Teoricamente,
a hidrólise da pasta continua até que a maior parte do hidróxido de cálcio tenha sido
retirada por lixiviação, expondo os outros constituintes cimentícios à decomposição
química. O processo produz géis de sílica e alumina, com pouca ou nenhuma
resistência, e consequente perda significativa da resistência da pasta de cimento
pela lixiviação da cal (Mehta, 1994). O fenômeno causa aumento da porosidade do
concreto, sendo considerado similar à osteoporose do osso humano e podendo
levar, em um espaço de tempo relativamente curto, à ruína do elemento estrutural
(Souza, 1999). O pesquisador russo Skrylnikov (1933) chamava, figuradamente,
esta forma de deterioração de “a morte branca do concreto” (apud Moskvin, 1980).

i) Falhas de concretagem (nichos ou ninhos de concreto):

Deficiência na concretagem da peça, com a ocorrência de vazios e exposição


de agregados, por um ou mais dos fatores: dosagem inadequada do concreto,
diâmetro máximo do agregado graúdo não condizente com as dimensões da peça,
lançamento e/ou adensamento inadequados, taxas excessivas e espaçamento
inadequado de armaduras e perda de nata de cimento por aberturas nas formas.
Pode haver situações em que não somente os agregados ficam expostos, mas haja
exposição de barras das armaduras dos elementos estruturais, propiciando o início
de processo corrosivo.
j) Fissuração inaceitável:

A NBR 6118:2003 prescreve que a fissuração em elementos de concreto é


nociva quando a abertura das fissuras na superfície ultrapassa os seguintes valores:

● 0,3 mm para peças de edificações usuais, nas classes de agressividade II a


IV (Tabelas 1 e 2, subitem 2.1.1), na ausência de exigência específica, como
por exemplo, a impermeabilização da estrutura;
● 0,4 mm para a classe de agressividade I e risco insignificante de deterioração
da estrutura, se não houver nenhum outro risco de comprometimento.

k) Flechas excessivas:

A NBR 6118:2003 prescreve limites para os deslocamentos das peças de


estruturas de concreto, fazendo distinção entre a “aceitabilidade sensorial”, para
prevenir a ocorrência sensações desagradáveis aos usuários, e os limites relativos
à estrutura em serviço, que podem chegar a impedir a utilização adequada da
edificação. Os limites estão expostos na Tabela 4, a seguir:

Tabela 4 - Limites para deslocamentos em estruturas de concreto.

Fonte: NBR 6118:2003 - modificada.


l) Impermeabilização deficiente:

A impermeabilização pode ser definida como um sistema de vedação


constituído por materiais rígidos, plásticos ou elásticos, com a finalidade de impedir
a penetração de umidade ou líquidos no concreto. No caso de reservatórios e
cortinas, deve ser projetada para resistir às pressões hidrostáticas, o que não é
necessário para as lajes de cobertura, terraços, calhas, onde não ocorre este tipo de
pressão. Os danos podem ser causados por ações mecânicas, previsão incorreta de
movimentos da estrutura e perda de elasticidade dos materiais utilizados.

m) Infiltração de água:

Caracterizada pela penetração invasiva e sem controle de águas, agressivas


ou não, em peças estruturais, através de fissuras, ninhos de concretagem, juntas de
concretagem e dilatação mal executadas ou pela alta porosidade do concreto. Pode
ainda, ter origem em danos na impermeabilização, deficiências no escoamento de
águas pluviais, vazamento em tubulações, etc. Esse dano pode favorecer o início do
processo de corrosão, a lixiviação do concreto e propagar-se a outros elementos da
edificação.

n) Manchas:

Ocorrência de manchas escuras em superfícies de concreto, causadas pela


contaminação por fungos, mofo, etc., principalmente nas fachadas expostas. Nessa
categoria de danos, não devem ser consideradas outras manchas como as
relacionadas à corrosão e eflorescências.

o) Obstrução de juntas de dilatação:

A junta de dilatação é uma separação física entre partes de uma estrutura,


para que possam ocorrer movimentos sem a transmissão de forças e
deslocamentos entre os elementos separados pela junta. A presença de material
rígido ou o material de preenchimento da junta que tenha perdido a sua elasticidade
produz tensões indesejáveis na estrutura, podendo ocasionar fissuras em paredes e
lajes adjacentes à junta, com a possibilidade de se propagarem às vigas e pilares
próximos. Os sistemas de vedação e enchimento das juntas devem acomodar a
amplitude dos seus movimentos.

p) Recalque de fundações:

O recalque provoca movimentação na estrutura que, conforme o seu tipo,


pode ser afetada pelo assentamento total máximo (recalque uniforme), pela
inclinação uniforme (desaprumo) ou por assentamentos diferenciais (recalques
diferenciais e distorções angulares).
Os recalques distorcionais das fundações não são admissíveis
estruturalmente, ocorrendo por deformações excessivas, e podem ser causados por
um ou mais dos seguintes fatores: estimativa incorreta de cargas no cálculo
estrutural; avaliação errônea dos esforços provenientes da estrutura sobre as
fundações; modelos inconvenientes de cálculo das fundações; ausência,
insuficiência ou má qualidade das investigações geotécnicas; má interpretação dos
resultados da investigação geotécnica; adoção inadequada da tensão admissível do
solo ou da cota de apoio das fundações; influências externas (escavações ou
deslizamentos não previsíveis, agressividade ambiental, enchentes, construções
vizinhas, descalçamento das fundações por escavações vizinhas); colapso do solo
(por exemplo, devido à ruptura de tubulações subterrâneas ou vazamentos em
reservatórios subterrâneos); alteração do nível do lençol freático; modificação no
carregamento devido a mudança de utilização da estrutura (acréscimos ou
ampliação de áreas), efeito piscina (entupimento de drenos), sobrecargas não
previstas; cargas dinâmicas (vibrações, tremores de terra, etc.) e, por fim, falhas de
manutenção em obras críticas.

q) Sinais de esmagamento do concreto:

Processo de desintegração do concreto, podendo ser causado por erros de


cálculo, sobrecargas excessivas, redistribuição de esforços ou movimentação da
estrutura. No caso de pilares, caracteriza-se pelo aparecimento de fissuras
diagonais e/ou verticais, podendo evoluir para um intenso lascamento do concreto,
com perda de seção e flambagem das armaduras.
r) Umidade excessiva na infra-estrutura:

A umidade excessiva na base de pilares e/ou em blocos de fundação, pelo


seu potencial agravamento com o favorecimento de recalques, é considerada um
dano específico. Pode ser proveniente de deficiência no escoamento de águas
pluviais, vazamento em tubulações da própria edificação ou adjacentes, vazamento
em reservatórios enterrados, etc.

s) Vazamentos em reservatórios:

Perda substancial de líquido através de fissuras no concreto, ninhos, juntas


de concretagem mal executadas, ou ainda por falhas na impermeabilização ou alta
permeabilidade do concreto.

3.3 CÁLCULO DO GRAU DE DETERIORAÇÃO DOS ELEMENTOS E DA


ESTRUTURA

3.3.1 Preliminares

São apresentados, a seguir, os parâmetros para aplicação da metodologia


que visa quantificar os graus de deterioração dos elementos e da estrutura. Partindo
dos fatores de ponderação e de intensidade dos danos nos elementos, faz-se a
determinação seqüencial dos graus dos danos existentes em cada elemento
estrutural, dos graus de deterioração dos elementos e das famílias de elementos de
mesma natureza, e, por fim, do grau de deterioração da estrutura, conforme
proposto por Castro, Clímaco e Nepomuceno (1995).

3.3.2 Fator de ponderação do dano (Fp)

Fator que visa quantificar a importância relativa de um determinado dano, no


que se refere às condições gerais de estética, funcionalidade e segurança dos
elementos de uma família, tendo em vista as manifestações patológicas passíveis
de serem neles detectadas. Para sua definição são estabelecidos os problemas
mais relevantes quanto aos aspectos de durabilidade e segurança estrutural. Assim,
para cada manifestação patológica, e em função da família de elementos que
apresentam o problema, foi estabelecido um grau numa escala de 1 a 10. Uma
determinada manifestação patológica pode ter fatores de ponderação diferentes de
acordo com as características da família onde o elemento se insere, dependendo
das consequências que o dano possa acarretar.

3.3.3 Fator de intensidade do dano (Fi)

Fator que classifica a gravidade e evolução de uma manifestação de dano


em um determinado elemento, segundo uma escala de 0 a 4, como segue:

Tabela 5 - Fator de intensidade do dano (Fi).

Classificação Fator de Intensidade (Fi)

Elemento sem lesões 0

Elemento com lesões leves 1

Elemento com lesões toleráveis 2

Elemento com lesões graves 3

Elemento em estado crítico 4

Fonte: Autores (2022).

3.4 FORMULAÇÕES DA METODOLOGIA GDE/UNB

Sendo assim, foram criadas diversas formulações, para aplicação da


metodologia GDE/UnB, com o intuito de analisar e avaliar as estruturas de concreto
armado convencionais, como:
● Grau do dano (D);
● Grau de deterioração de um elemento (Gde);
● Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf);
● Fator de relevância estrutural (Fr);
● Grau de deterioração da estrutura (Gd).

3.4.1 Grau do Dano (D)

É através dos fatores de ponderação e intensidade, que é calculado o grau


de dano (D), em um elemento estrutural (as lajes, pilares, vigas e etc.), levando-se
em consideração a evolução da corrosão de armadura, modelo esse, segundo
FONSECA (2007), que foi proposto por Tuutti em 1982, e generalizada pelo Código
Modelo MC - 90 CEB-FIP em 1991, aos demais tipos de degradação das estruturas,
conforme demonstrado na equação 2.
(Equação 2)
𝐷 = 0, 8 * 𝐹𝑖 * 𝐹𝑝 ∀ 𝐹𝑖 ≤ 2, 0
𝐷 = (12 * 𝐹𝑖 − 28) * 𝐹𝑝 ∀ 𝐹𝑖 > 2, 0

3.4.2 Grau de deterioração de um elemento (Gde)

Em relação ao grau de deterioração de um elemento (Gde), LOPES (1988)


propôs que, ao obter-se o grau do dano (D), é possível calcular o grau de
deterioração de um elemento estrutural (Gde). A obtenção desse fator, se dá pela
equação 3.

(Equação 3)
𝑚
⎡ ∑ 𝐷(𝑖)−𝐷𝑚á𝑥 ⎤
⎢ 𝑖=1 ⎥
𝐺𝑑𝑒 = 𝐷𝑚á𝑥 * ⎢1 + 𝑚 ⎥
⎢ ∑ 𝐷(𝑖) ⎥
⎣ 𝑖=1 ⎦

Após a aplicação da equação 3, é possível determinar qual o nível de


deterioração da peça estrutural, conforme Tabela 6, enquadrando-a em uma das
cinco classificações e as respectivas ações a serem adotadas, para que seja
prolongada a vida útil e a segurança da mesma.

Tabela 6 - Classificação dos níveis de deterioração do elemento e ações recomendadas.

Fonte: FONSECA (2007).

3.4.3 Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf)

Para obter o grau de deterioração de uma família de elementos, conforme


equação 4, toma-se como base apenas os elementos com Gde ≥ 15, ou seja, que o
nível de deterioração do elemento disponha de um valor superior ou médio.

(Equação 4)
⎡ 𝑚 ⎤
⎢ ∑ 𝐺𝑑𝑒(𝑖)−𝐺𝑑𝑒 𝑚á𝑥 ⎥
⎢ 𝑖=1 ⎥
𝐺𝑑𝑓 = 𝐺𝑑𝑒 𝑚á𝑥 * ⎢ 1+ 𝑚 ⎥
⎢ ∑ 𝐺𝑑𝑒(𝑖) ⎥
⎢ 𝑖=1 ⎥
⎣ ⎦

2.2.4 Fator de Relevância Estrutural (Fr)

FONSECA (2007) aplicou os Fator de Relevância Estrutural (Fr) para as


famílias em conjunto, e do mesmo modo o “fator de relevância estrutural da família
de elementos”, de acordo com MOREIRA (2007), tem por objetivo, considerar a
importância relativa das diversas famílias que subdividem a estrutura, quanto ao
comportamento e desempenho da mesma”.
Tabela 8 - Fatores de Relevância Estrutural.

Fonte: FONSECA (2007).

2.2.5 Grau de deterioração da estrutura (Gd)

O grau de deterioração da estrutura (Gd), tem uma função diferenciada dos


graus de deterioração dos elementos e das famílias de elementos. Para calcular
esse termo, deve-se levar em consideração o fator de relevância de cada família,
conforme Tabela 8, e o grau de deterioração da família, conforme equação 5.

(Equação 5)
𝐾
∑ 𝐹𝑟(𝑖)*𝐺𝑑𝑓(𝑖)
𝑖=1
𝐺𝑑 = ∑𝐹𝑟(𝑖)

Após a aplicação da equação 5, é possível determinar qual é o nível de


deterioração da estrutura como um todo, enquadrando-a em uma das
classificações, conforme a Tabela 9.

Tabela 9 - Classificação do nível de deterioração da estrutura.

Fonte: FONSECA (2007).


4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Primeiramente foram levantados os dados do bloco, número de elementos a


serem analisados assim como sua devida identificação, com indicação de P para os
pilares e V para as vigas, as lajes e outros elementos foram analisados e
numerados à parte.
Em seguida os elementos foram vistoriados individualmente seguindo a
metodologia GDE, as tabelas com resultados abaixo.

Tabela 10 - PILAR 17.

Nome do elemento P17


Local BLOCO A - UTFPR-GP
Danos Fp Fi D
Carbonatação do concreto 3 0 0
Cobrimento deficiente 3 0 0
Contaminação por cloretos 4 0 0
Corrosão de armaduras 5 0 0
Desagregação 3 0 0
Desplacamento 3 0 0
Desvio de geometria 4 0 0
Eflorescência 2 0 0
Falha de concretagem 3 0 0
Fissuras 3 0 0
Manchas 3 2 4,8
Recalque 5 0 0
Sinais de esmagamento 5 0 0
Umidade excessiva na infra-estrutura 4 2 6,4
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 7,6494631

Fonte: Autores (2022).


Figura 3 - P17

Fonte: Autores (2022)

Tabela 11 - VIGA 1.

Nome do elemento V1
Local BLOCO A - UTFPR-GP
Danos Fp Fi D
Carbonatação do concreto 3 0 0
Cobrimento deficiente 3 0 0
Contaminação por cloretos 4 0 0
Corrosão de armaduras 5 0 0
Desagregação 3 0 0
Desplacamento 3 0 0
Eflorescência 2 0 0
Fissuras 3 1 2,4
Falhas de concretagem 2 0 0
Flechas 5 0 0
Infiltração de água 3 0 0
Manchas 3 0 0
Sinais de esmagamento 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 2,4

Fonte: Autores (2022).


Tabela 12 - VIGA 12.

Nome do elemento V12


Local BLOCO A - UTFPR-GP
Danos Fp Fi D
Carbonatação do concreto 3 0 0
Cobrimento deficiente 3 0 0
Contaminação por cloretos 4 0 0
Corrosão de armaduras 5 0 0
Desagregação 3 0 0
Desplacamento 3 0 0
Eflorescência 2 0 0
Fissuras 3 1 2,4
Falhas de concretagem 2 0 0
Flechas 5 0 0
Infiltração de água 3 2 4,8
Manchas 3 2 4,8
Sinais de esmagamento 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 7,68
Fonte: Autores (2022).

Figura 4 - V12

Fonte: Autores (2022).


Tabela 13 - VIGA 44.

Nome do elemento V44


Local BLOCO A - UTFPR-GP
Danos Fp Fi D
Carbonatação do concreto 3 0 0
Cobrimento deficiente 3 0 0
Contaminação por cloretos 4 0 0
Corrosão de armaduras 5 0 0
Desagregação 3 0 0
Desplacamento 3 0 0
Eflorescência 2 0 0
Fissuras 3 0 0
Falhas de concretagem 2 0 0
Flechas 5 0 0
Infiltração de água 3 1 2,4
Manchas 3 1 2,4
Sinais de esmagamento 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 3,6

Fonte: Autores (2022).

Figura 5: V44

Fonte: Autores (2022).


Tabela 14 - LAJES.

Nome do elemento LAJES EXTERNAS


Local BLOCO A - UTFPR-GP
Danos Fp Fi D
Carbonatação do concreto 3 0 0
Cobrimento deficiente 3 0 0
Contaminação por cloretos 3 0 0
Corrosão de armaduras 5 0 0
Desagregação 3 0 0
Desplacamento 3 0 0
Eflorescência 2 0 0
Falhas de concretagem 2 0 0
Fissuras 2 2 3,2
Flechas 5 1 4
Infiltração de água 3 2 4,8
Manchas 3 1 2,4
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 6,4

Fonte: Autores (2022).

Tabela 15 - JUNTA P1V1.

Nome do elemento JUNTA P1V1

Local BLOCO A - UTFPR-GP


Danos Fp Fi D
Obstrução de junta 5 2 8
Umidade 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 8

Fonte: Autores (2022).


Figura 5 - JUNTA P1V1

Fonte: Autores (2022).

Tabela 16 - JUNTA P18V21.

Nome do elemento JUNTA P18V21

Local BLOCO A - UTFPR-GP


Danos Fp Fi D
Obstrução de junta 5 2 8
Umidade 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 8

Fonte: Autores (2022).


Figura 6 - JUNTA P18V21

Fonte: Autores (2022).

Tabela 16 - JUNTA P5V4.

Nome do elemento JUNTA P5V4

Local BLOCO A - UTFPR-GP


Danos Fp Fi D
Obstrução de junta 5 2 8
Umidade 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 8

Fonte: Autores (2022).


Figura 7 - JUNTA P5V4

Fonte: Autores (2022).

Tabela 17 - JUNTA P9V8.

Nome do elemento JUNTA P9V8

Local BLOCO A - UTFPR-GP


Danos Fp Fi D
Obstrução de junta 5 2 8
Umidade 5 0 0
Grau de deterioração de um elemento (Gde) 8

Fonte: Autores (2022).


Figura 8 - JUNTA P9V8

Fonte: Autores (2022).

Tabela 18 - Grau de deterioração dos pilares.

PILARES
Grau de deterioração
Elemento
de um elemento (Gde)
P17 9,142857143
Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf) 9,142857143

Fonte: Autores (2022).


Tabela 19 - Grau de deterioração das lajes.

LAJES
Grau de deterioração
Elemento
de um elemento (Gde)
LAJES EXTERNAS 5,542562584
Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf) 6,4

Fonte: Autores (2022).


Tabela 20 - Grau de deterioração das vigas.

VIGAS
Grau de deterioração
Elemento
de um elemento (Gde)
V1 2,4
V12 7,68
V44 3,6
Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf) 9,211507677

Fonte: Autores (2022).

Tabela 21 - Grau de deterioração das juntas.

JUNTAS
Grau de deterioração
Elemento
de um elemento (Gde)
JUNTA P1V1 8
JUNTA P5V4 8
JUNTA P9V8 8
JUNTA P18V21 8
Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf) 10,58300524

Fonte: Autores (2022).

Tabela 22 - Grau de deterioração da estrutura.

ESTRUTURA
Grau de deterioração de um
Família
elemento (Gde)
VIGAS 9,211507677
PILARES 9,142857143
LAJES 6,4
JUNTAS DE DILATAÇÃO 10,58300524
Grau de Deterioração da Estrutura (Gd) 13,80064137

Fonte: Autores (2022).


5 CONCLUSÃO

Como o grau de deterioração da estrutura do edifício analisado foi menor que


15, a ação recomendada para essa estrutura é a manutenção preventiva da
estrutura para se evitar a complicação das patologias encontradas, sendo assim a
estrutura está em estado aceitável.
REFERÊNCIAS

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estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2004.

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CASTRO, E. K. CLÍMACO, J.C.T.S. Avaliação da estrutura de uma edificação


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Concreto, Instituto Brasileiro do Concreto - Ibracon, Anais, Salvador. 1999.

CLÍMACO, JCT; NEPOMUCENO, Antônio Alberto. Patologia, Recuperação e


Manutenção de Estruturas–Notas de Aula. Universidade de Brasília, Brasília, DF,
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FONSECA, Régis Pamponet da. A estrutura do Instituto Central de Ciências:


Aspectos históricos, científicos e tecnológicos de projeto, execução, intervenções e
propostas de manutenção. A Estrutura do Instituto Central de Ciências:
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KLIMPEL, E. do C.; SANTOS, PR da C. Levantamento das manifestações


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Monteiro Lobato. Monografia (Pós-graduação em Patologia das Obras Civis):
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LOPES, Benedito Arruda Ribeiro. Sistema de manutenção predial para grandes


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Concreto”. Brasília, DF, Brasil, 1998.

LOPES, B.A.R., CLÍMACO, J.C.T.S., NEPOMUCENO, A.A., CASTRO, E.K. Sistema


de manutenção para grandes estoques de edifícios, CONPAT 99, Anais, Vol. 3,
pp. 1897-1905, Montevidéu - Uruguai. 1999.

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