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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DISC: DEC 9619 – LAB DE MAT DE CONST CIVIL
PROF.: PROF. DRa. SILVIA ALTOÉ

RELATÓRIO ENSAIOS ESLEROMETRIA

ALUNOS: Matheus Biz e Nicolas Maruiti

MARINGÁ / 2024
1. INTRODUÇÃO

No cenário da engenharia civil, a avaliação da qualidade e resistência do


concreto é uma preocupação central para garantir a durabilidade e segurança
das estruturas construídas. Nesse contexto, o ensaio de esclerometria emerge
como uma ferramenta essencial, oferecendo uma abordagem de ensaio não
destrutivo (END) - “é uma técnica utilizada para avaliar as propriedades de um
material, componente ou estrutura sem causar danos permanentes ou
comprometer sua integridade. Em vez de destruir ou alterar o objeto em teste,
o END emprega métodos para detectar defeitos, falhas ou irregularidades
internas ou superficiais. Essas técnicas são amplamente empregadas em
diferentes setores, incluindo indústria, construção civil, manutenção de
equipamentos e inspeção de componentes, contribuindo para garantir a
segurança, qualidade e confiabilidade dos materiais e estruturas”. Também é
um ensaio confiável para determinar a resistência do concreto endurecido à
compressão superficial, bem como para avaliar sua uniformidade em diferentes
partes de uma estrutura.

O procedimento do ensaio de esclerometria envolve o uso de um


aparelho denominado esclerômetro, que emprega o princípio da energia de
rebote de um martelo de impacto para medir a dureza superficial do concreto.
Essa técnica, além de ser não invasiva, permite uma análise rápida e eficaz
das propriedades mecânicas do concreto, fornecendo dados valiosos para
engenheiros e construtores no processo de avaliação da qualidade das
estruturas.

A importância do ensaio de esclerometria na engenharia civil é


multifacetada. Primeiramente, ele desempenha um papel crucial na garantia da
segurança estrutural, permitindo identificar áreas de concreto com possíveis
deficiências de resistência que possam comprometer a integridade da
construção. Além disso, ao fornecer informações sobre a uniformidade do
concreto, o ensaio de esclerometria contribui para otimizar o processo de
construção, possibilitando correções antes que problemas mais graves surjam.
Outro aspecto relevante é a capacidade do ensaio de esclerometria de
avaliar as mudanças nas propriedades do concreto ao longo do tempo. Isso é
especialmente importante em estruturas sujeitas a ambientes agressivos ou
condições climáticas adversas, onde a durabilidade do concreto pode ser
comprometida ao longo do tempo. Através de análises periódicas utilizando o
ensaio de esclerometria, é possível monitorar a evolução das propriedades do
concreto e tomar medidas preventivas para garantir sua longevidade.

Na perícia, o ensaio de esclerometria é frequentemente utilizado para


determinar a resistência do concreto em locais específicos de uma estrutura,
identificar áreas de possível deterioração ou falha estrutural e avaliar a
uniformidade do concreto ao longo de uma superfície. Essas informações são
cruciais para os peritos na análise das condições de um edifício ou estrutura e
na identificação de possíveis causas de problemas, como rachaduras,
deformações ou desgaste excessivo. Além disso, o ensaio de esclerometria
pode ser utilizado como uma ferramenta complementar em investigações de
acidentes ou falhas estruturais. Ao fornecer dados precisos sobre a resistência
do concreto em diferentes pontos de uma estrutura, os peritos podem
reconstruir a sequência de eventos que levaram ao incidente e determinar se
as condições do material contribuíram para a ocorrência do problema.

No contexto deste trabalho, o ensaio de esclerometria foi utilizado como


apoio, seguindo as diretrizes estabelecidas pela ABNT NBR 7584, garantindo
assim a padronização e confiabilidade dos procedimentos adotados na
avaliação da integridade estrutural das edificações. Essa norma fornece
orientações precisas sobre a elaboração e apresentação de projetos de
pesquisa, estabelecendo um arcabouço sólido para a condução de ensaios e
análises, contribuindo assim para a excelência e credibilidade dos resultados
obtidos

Em suma, o ensaio de esclerometria emerge como uma ferramenta


indispensável na engenharia civil, fornecendo uma maneira eficaz e não
destrutiva de avaliar a qualidade e resistência do concreto. Seu uso sistemático
não apenas promove a segurança e durabilidade das estruturas, mas também
contribui para o avanço contínuo da engenharia, ao fornecer informações
precisas e confiáveis para o projeto, construção e manutenção de
infraestruturas. Neste trabalho, exploraremos detalhadamente os
procedimentos, critérios e cálculos associados ao ensaio de esclerometria,
destacando sua relevância e aplicações na prática da engenharia civil.
2. METODOLOGIA

A metodologia adotada neste trabalho segue as diretrizes estabelecidas


pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em particular, as
orientações presentes na norma ABNT NBR 7584, que define os requisitos
para a elaboração e apresentação de projetos de pesquisa. O objetivo é
garantir a padronização, a confiabilidade dos resultados e a replicabilidade do
estudo.

Definição dos Objetivos da Pesquisa: Inicialmente, na sala de aula,


serão estabelecidos os objetivos específicos deste estudo, visando delinear
claramente as metas e finalidades a serem alcançadas. Os objetivos serão
formulados de maneira clara, precisa e alinhados com o escopo do trabalho,
alinhando com a importância de tal ensaio para nossas futuras carreiras de
engenheiros.

Definição dos Parâmetros do Ensaio: Com base na revisão bibliográfica,


serão definidos os parâmetros do ensaio de esclerometria, incluindo a seleção
do equipamento adequado, métodos de realização dos impactos, critérios de
interpretação dos resultados e cálculos associados. Nessa parte, foi ensinado a
lidar com o eslerômetro, como usar o equipamento e fazer a leitura correta,
dada em KgF/cm^2, ou, Mpa.

Seleção da Amostra: Será selecionada uma amostra representativa de


estruturas de concreto para realização dos ensaios. As estruturas serão
escolhidas levando em consideração sua relevância para o estudo e a
diversidade de condições esperadas. No nosso caso, foram selecionados
pilares do próprio laboratório devido a maior facilidade.

Execução dos Ensaios: Os ensaios de esclerometria serão conduzidos


de acordo com os procedimentos estabelecidos na ABNT NBR 7584 e
considerando as práticas recomendadas na literatura. Será utilizada uma
abordagem sistemática para realizar os impactos de acordo com as normas
estabelecidas.

Registro e Análise dos Resultados: Todas as leituras obtidas durante os


ensaios serão registradas de forma cuidadosa e organizada. Os resultados
serão analisados estatisticamente para determinar a média das leituras,
calcular o Índice Esclerométrico Médio (Ie) e aplicar os fatores de correção
conforme necessário.

Interpretação dos Resultados: Os resultados obtidos serão interpretados


à luz dos objetivos da pesquisa e das questões investigadas. Serão
identificadas eventuais discrepâncias ou padrões observados nos dados e
discutidas suas implicações para a integridade estrutural das amostras
ensaiadas.

Elaboração do Relatório Final: Com base nas análises realizadas, será


elaborado um relatório final que documentará detalhadamente todos os
aspectos do estudo, desde a revisão bibliográfica até a interpretação dos
resultados. O relatório seguirá as diretrizes estabelecidas pela ABNT para
apresentação de trabalhos técnicos e científicos.

Ao seguir esta metodologia rigorosa e alinhada às normas da ABNT,


espera-se obter resultados confiáveis e relevantes que contribuam para o
avanço do conhecimento no campo do ensaio de esclerometria e sua aplicação
na engenharia civil.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Figura 1: Planilha para pilar 01, com média e limites. Autoria própria.

Observe que há vários pontos que estão dentro do intervalo aceitável


para o pilar 1. Nesse caso, o ensaio teria que ser repetido. Provavelmente isso
acontece devido às variações dos pilares, como a diferença entre uma parte
mais oca, e uma parte por onde passa o vergalhão.

Figura 2: Planilha para pilar 02, com média e limites. Autoria própria

Observe que nesse caso, apenas um ponto está abaixo do intervalo


inferior (ponto de 55). Assim, excluímos esse ponto e calculamos a nova
média, que deu coincidentemente 62 também, arredondando para apenas uma
casa decimal.

Figura 3: Planilha para pilar 03, com média e limites. Autoria própria

Já nesse ensaio, todos pontos estão dentro do intervalo. Foi o pilar mais
regular (cujo desvio padrão deu menor).
No nosso caso, calculamos para o pilar 3, usando o fator de correção K
como sendo aproximadamente 1, e plotando na curva, obtivemos o valor de
aproximadamente 68±13 Mpa.
Figura 4: Curva esclerométrica, fornecida pela professora
4. CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou aprofundar a compreensão das


propriedades dos agregados na engenharia civil por meio da determinação da
massa específica de amostras de areia e brita. Utilizando as normas técnicas
da ABNT, NBR NM 52 para o agregado miúdo e NBR NM 53 para o agregado
graúdo, os ensaios foram conduzidos com rigor e precisão, seguindo
procedimentos padronizados que garantiram a confiabilidade e a consistência
dos resultados.
Os resultados obtidos para a massa específica da areia revelaram
valores médios em conformidade com a faixa esperada na literatura,
reforçando a eficácia do Método do Frasco e a validade da NBR NM 52 como
referência.
A interpretação dos resultados permite inferir que a qualidade dos
materiais analisados atende aos padrões estabelecidos pelas normas técnicas,
contribuindo para a confiabilidade na escolha e utilização desses agregados na
construção civil. Além disso, a discussão sobre a absorção de água e as
características de densidade oferece insights valiosos para a formulação de
misturas de concreto eficientes.
Este trabalho não apenas fornece dados quantitativos sobre a massa
específica dos agregados, mas ressalta a importância prática dessas análises
para a engenharia civil. A aderência rigorosa às normas técnicas da ABNT
assegura a comparabilidade dos resultados entre diferentes laboratórios,
promovendo a confiabilidade e a qualidade das análises. Dessa forma, este
estudo contribui para o avanço contínuo da pesquisa e prática na área de
caracterização de materiais na engenharia civil, proporcionando informações
valiosas para a construção de estruturas mais seguras e duráveis.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● ABNT, ABDNT. "NBR 7584 Concreto endurecido, Avaliação da dureza superficial pelo
esclerômetro de reflexão - Método de ensaio." (2012).

● Slides da aula ministrada pela Doutora Silvia Altoé sobre Ensaios


eslerometria disponíveis em:
https://classroom.google.com/u/0/c/NjE0MjM4NDMzNjUw/m/NjU1NjIyNz
g5MDQ3/details

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