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PROPÓSITO
Apresentar a contribuição das normas regulamentadoras em ambientes industriais e o cumprimento
desses preceitos através de processos de gestão e como parte integrante da segurança do trabalho no
planejamento estratégico.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
MÓDULO 1
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI), mas saberia dizer o que a NR-6 –
Equipamento de Proteção Individual (EPI) chama de ECPI?
Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa Preservação Pura.
A empresa Preservação Pura realiza serviços de capina e manutenção em áreas chamadas de faixa de
dutos de petróleo, onde não se pode construir e a proteção é realizada por gramas e vegetação natural.
O serviço é realizado em extensões enormes e muitos quilômetros devem ser percorridos todo dia. É
natural encontrar animais nativos, peçonhentos, os quais devem ser preservados. Mas o perigo ao
executar a capina, roçando com as máquinas e facões é enorme.
Para sua efetiva proteção, os funcionários utilizam vários EPI’s, em especial, para a proteção dos
membros inferiores, como botas, perneiras, macacão, talas especiais, e demais equipamentos de
proteção necessários.
A empresa contratou um engenheiro de segurança que trouxe uma novidade, um novo tipo de macacão
que integra várias proteções juntas. Antes disso, eram necessários vários equipamentos para ter a
mesma proteção, o que fazia com que os trabalhadores gastassem mais tempo para se preparar e ainda
ficarem com algumas partes desprotegidas.
Esse conceito de ECPI pode ser empregado em vários outros segmentos e utilizações, o que traz
economia, otimiza espaços, documentos e o mais importante, aumenta a segurança dos trabalhadores.
A prova é que, depois de alguns dias de utilização, foi percebida maior eficiência no trecho percorrido,
devido ao ganho do tempo de preparo e maior atenção no serviço.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
D) A NR-6 deixa claro que somente trabalhos de alto risco podem implementar o ECPI.
E) A NR-6, deixa claro que somente deve ser aplicada em empresas de grande porte, ou em empresas
setoriais.
A utilização do ECPI reduziu o tempo de preparo dos trabalhadores e gera, ao mesmo tempo, melhor
proteção. Com isso, o tempo de trabalho ficou mais efetivo e aumentou-se a produção.
2. Como você viu, a empresa Preservação Pura apresentou um diferencial em sua execução ao
adotar o conceito do ECPI. Identifique abaixo a alternativa correta para essa sigla.
A NR-6 prevê o uso de equipamento de proteção que agregue um conjunto de dispositivos para
proteção individual do trabalhador. Trata-se do Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI).
RESPOSTA
Não, este conceito de ECPI pode ser empregado em vários outros segmentos e utilizações, o que traz
economia, otimiza espaços, documentos e o mais importante, aumenta a segurança dos trabalhadores.
AS NORMAS REGULAMENTADORAS
As Normas Regulamentadoras apresentam um conjunto de diretrizes e procedimentos técnicos
relacionados à segurança e à saúde do trabalhador em atividades ou funções nos ambientes perigosos
e suas proximidades.
Instruir os empregados e empregadores a respeito das devidas precauções que devem ser
tomadas a fim de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;
As NRs, apenas como documentos sem vínculos legais no plano executivo, não teriam caráter
obrigatório. Nesse sentido, é fundamental você saber as principais diretrizes da CLT, dentro da
hierarquia das leis que sustentam a implantação e uso dos EPIs e EPCs.
CLT E AS NORMAS
Conforme estabelece a CLT — Consolidação das Leis do Trabalho —, é papel das instituições, em
comissões tripartites (governo, empresas privadas e sindicatos), a elaboração das Normas
Regulamentadoras.
Vamos começar a falar sobre este assunto com um vídeo no qual o professor contextualiza a
importância dos EPIs, segundo a NR-6. Assista:
A seguir, são apresentadas as diretrizes iniciais da NR-6:
De acordo com a NR-6, qualquer equipamento ou dispositivo de proteção utilizado individualmente pelo
trabalhador para prevenir o minimizar qualquer risco potencial à sua saúde e segurança, no ambiente de
trabalho, é considerado um Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Nos ambientes industriais, por exemplo, o trabalhador pode estar exposto a mais de um risco
simultaneamente. Nesse caso, a NR-6 prevê o uso de equipamento de proteção que agregue um
conjunto de dispositivos para proteção individual do trabalhador. É o Equipamento Conjugado de
Proteção Individual (ECPI).
Em seu anexo I, a norma prevê que todos os dispositivos agregados ao equipamento precisam ser
projetados e fabricados de modo a manter o nível de segurança estabelecido para o equipamento.
EXEMPLO
Um exemplo seria a adequada conexão entre calçado, perneira e calça para proteção em ambiente de
calor com risco de respingos de material incandescente. O mesmo pode ser considerado em relação às
luvas, por exemplo.
A Norma Regulamentadora 6 ainda fornece orientações sobre a comercialização e o uso dos EPIs. Sua
comercialização e uso dependem da emissão de Certificado de Aprovação (CA). O uso de EPI listado no
anexo I dessa norma sem a devida certificação impõe punição à empresa e ao comerciante.
SAIBA MAIS
Todas as solicitações ao Sistema CAEPI são realizadas por meio eletrônico, bem como seu
acompanhamento, em sítio próprio.
ATENÇÃO
O uso de EPI é obrigatório sempre que medidas de ordem geral ou de proteção coletiva não sejam
suficientes para garantir a segurança e o bem-estar do trabalhador, em casos específicos ou quando as
medidas de proteção coletiva se encontram em fase de implantação.
A Lei 6514, de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V da CLT, estabelece a regulamentação de
Segurança e Medicina do Trabalho. A Seção IV desse capítulo define a obrigatoriedade de a empresa
fornecer o EPI gratuitamente ao trabalhador e a obrigatoriedade de o EPI possuir o Certificado de
Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Vamos conhecer agora como o uso dos EPIs, relacionados com empregados e empregadores, são
amparados pela CLT:
CAPÍTULO V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA
DO TRABALHO
No capítulo V da CLT, em sua Seção I – Disposições Gerais –, são tratados os seguintes assuntos:
ART. 154
ART. 155
ART. 156
ART. 157
ART. 158
ART. 159
ART. 154
Necessidade de, além das disposições contidas no capítulo V da CLT, observância das empresas
quanto ao cumprimento de outras disposições que sejam incluídas em códigos específicos de obras ou
regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que estejam localizadas.
ART. 155
ART. 156
ART. 157
ART. 159
Possibilidade de, mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, haver delegação a outros
órgãos federais, estaduais ou municipais de atribuições de fiscalização ou orientação às empresas,
quanto ao cumprimento das disposições constantes do Capítulo V da CLT.
Art. 155 – Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de Segurança e Medicina do
Trabalho:
I – Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo,
especialmente os referidos no art. 200;
III – Conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos
Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho.
Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição:
II – Adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo,
determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias;
III – Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos
termos do art. 201.
III – Adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente;
a) À observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros
órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto
ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. (CLT, 1943)
SEÇÃO II DA CLT
Art. 160 – Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das
respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de Segurança e Medicina do
Trabalho.
§ 1º – Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive
equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do
Trabalho.
§ 2º – É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos
projetos de construção e respectivas instalações.
Art. 161 – O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente que
demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço,
máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada com a brevidade que a
ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.
§ 2º – A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da Delegacia Regional
do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade sindical.
§ 4º – Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a
interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus
setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequência,
resultarem danos a terceiros.
Vimos, até aqui, a contribuição da Legislação (CLT) para a implantação obrigatória das Normas
Regulamentadoras. Vamos conhecer nos próximos módulos as medidas de controle baseadas nas NRs
em alguns exemplos dos ambientes industriais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A SEÇÃO I DA CLT, NOS SEUS ARTIGOS 154 A 156, TRATAM DAS DIRETRIZES
ABAIXO, EXCETO:
A) (...) sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em
que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas
de trabalho.
D) (...) adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente.
GABARITO
1. A SEÇÃO I da CLT, nos seus artigos 154 a 156, tratam das diretrizes abaixo, exceto:
Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição, promover a
fiscalização do cumprimento das normas de Segurança e Medicina do Trabalho.
2. Quanto ao Art. 157 – Cabe às empresas(...). Nas alternativas abaixo, são tratadas tais diretrizes,
exceto:
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é um transporte, uma movimentação de cargas. Mas saberia dizer o que a NR-11 –
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais determina como obrigatório de se
aplicar durante a execução de um serviço?
Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa TransporteX.
No setor portuário são desenvolvidas diversas atividades, dentre elas, a movimentação de cargas. A
empresa em questão, TransporteX, tem como prática a utilização dos seus operadores de empilhadeiras
para serem responsáveis também pela movimentação de máquinas, containers, entre outros materiais
envolvendo embarque e desembarque nos portos.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
1. É CORRETA A UTILIZAÇÃO DE OPERADORES DE EMPILHADEIRAS PARA AS
ATIVIDADES DE MOVIMENTAÇÕES DE CARGAS EM GERAL, COMO
PRATICADAS PELA EMPRESA TRANSPORTEX?
B) Sim, desde que esteja dentro das atividades previstas pela norma regulamentadora.
D) Não, pois não é obrigação do trabalhador atuar em outra função que não a sua.
B) No caso dos operadores de empilhadeira, além das NR-11 e NR-12, apenas a NR-6, que trata de
equipamentos de proteção individual, deverá ser cumprida.
D) No caso do operador de empilhadeira, além das NR’s 11 e 12, apenas a NR-7, que trata do Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) deverá ser cumprida.
E) No caso dos operadores de empilhadeira, estes deverão realizar treinamentos específicos para
trabalho em altura e espaços confinados.
GABARITO
RESPOSTA
o operador deve receber treinamento específico, dado pelo empregador para que esteja habilitado a
cumprir sua função;
a capacitação deve ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com
supervisão de profissional legalmente habilitado;
sempre que houver mudanças nas instalações, na operação das máquinas e equipamentos e nas
rotinas de trabalho, o operador deve passar por um treinamento de reciclagem;
todas as máquinas devem possuir manuais fornecidos pelo fabricante ou importador, contendo
informações relativas à segurança em todas as fases de utilização;
o operador deve portar um cartão de identificação, com nome e fotografia, em lugar visível;
Essas são, entre outras, importantes medidas com relação às operações com empilhadeiras no transporte de
cargas para que a empresa esteja plenamente em conformidade com as normas regulamentadoras e o mais
importante, evite a ocorrência de acidentes de trabalho.
NR-11
A NR 11 trata do conjunto de diretrizes de segurança para o transporte, armazenamento, movimentação
e manuseio de materiais.
Os ambientes de transporte e movimentação de cargas e materiais são de alto risco de acidentes, sendo
necessário constantes adaptações a tais condições da atividade crítica, em que o objetivo seja a busca
de níveis seguros antes da realização das atividades.
ATENÇÃO
Além de alto risco à segurança dos trabalhadores, acidentes envolvendo transporte, manuseio e
movimentação de carga, existe o risco elevado de se causar danos materiais e ao meio ambiente.
OBJETIVO DA NR-11
A NR-11 deve garantir que atividades críticas como transporte, manuseio ou movimentação de cargas
possam ser realizadas com segurança, devido à implementação de diretrizes para a realização das
atividades.
RESUMO DA NR-11
No vídeo, a seguir, o professor falará sobre alguns detalhes importantes a respeito da NR-11. Assista:
Elevadores
Guindastes
Transportadores industriais
Máquinas transportadoras
Nas máquinas, devem ser instalados protetores de mão em carros manuais de transporte.
A partir de distâncias superiores aos 60m, deverão ser utilizados carros de transporte manual ou
tração mecanizada. O piso do armazém deverá ser construído de forma a suportar o peso do
material, sem ser escorregadio, sem aspereza e deve ser mantido em perfeito estado de
conservação.
Todos os equipamentos deverão ser sinalizados com sua capacidade de carga máxima de trabalho
permitida.
As atividades de carga e descarga manual de caminhões deverão ser realizadas com auxílio de
ajudante. É vedado o transporte manual de cargas através de pranchas que possuam vãos
superiores a 1 metro ou mais de extensão.
Desta forma, aplicar as normas de segurança para a realização destas atividades, de acordo com o
descrito na NR-11, é a melhor forma de prevenir acidentes envolvendo essas atividades.
Ainda no ambiente industrial no qual as normas estão permanentemente em debate, outros segmentos
são pontos de atenção. Abordaremos em seguida os ambientes com máquinas e equipamentos.
REGULAMENTO TÉCNICO DE
PROCEDIMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO,
ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE CHAPAS DE
ROCHAS ORNAMENTAIS
Vamos conhecer agora os principais pontos de atenção segundo o ANEXO 1 da NR-11 — Transporte,
Movimentação e Armazenagem, no caso específico de chapas de rochas ornamentais.
A Norma Regulamentadora 11 foi criada em junho de 1978, mas esse anexo foi inserido em setembro de
2003 e alterado em abril de 2016.
PRINCÍPIOS GERAIS
Os princípios gerais desse regulamento identificam e definem requisitos mínimos para preservar a
segurança física e a saúde dos trabalhadores em atividades de beneficiamento e comercialização de
placas de rochas ornamentais, além de diretrizes para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
ATENÇÃO
Destaca-se em relação aos equipamentos, que todos devem ser calculados e construídos de modo a
garantir resistência e segurança ao uso e que devem ser mantidos em perfeitas condições de trabalho.
Cada equipamento deve trazer em lugar visível identificação, máxima carga de trabalho permitida, nome
e CNPJ do fabricante e responsável técnico. Todas essas informações também precisam ser adotadas
em livro próprio.
SAIBA MAIS
Na compra de equipamentos, devem ser fornecidos pelo fabricante, além da nota fiscal, manuais e
outros documentos que permitam o uso correto, a manutenção adequada e o adequado treinamento de
seu operador. Esses manuais devem atender ao que está disposto na NR-12, ainda que necessitem de
tradução.
É prevista nesse regulamento, a manutenção periódica de todos os equipamentos, por profissional
habilitado, com emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que será parte do histórico
documental de cada equipamento, a ser mantido em meio físico ou eletrônico com sua nota fiscal, em
caso de compra, ou no caso de equipamento construído, com seus projetos, cálculos e outras
especificações técnicas.
Os princípios gerais ainda apontam que a área de movimentação das placas deve manter condições
físicas para o trabalho seguro e que toda circulação de pessoal deve ser interrompida durante a
atividade de movimentação.
CARRO PORTA-BLOCO
Carro porta-bloco é o dispositivo sobre o qual se apoiam os blocos para serem cortados e as
placas já cortadas. Esse equipamento precisa dispor de proteções laterais que impeçam o
deslocamento dos blocos e das placas. Essas proteções laterais são também chamadas de fueiros
e só podem ser desacoplados após o descarregamento do carro porta-blocos.
ATENÇÃO
Todas as partes do equipamento que possam representar risco precisam estar protegidas como
engrenagens, polias ou partes elétricas.
Tanto a operação do carro porta-blocos como do carro transportador deve ser realizada por dois
trabalhadores simultaneamente, e esses trabalhadores precisam estar capacitados para a função.
São descritas, ainda, as características estruturais dos cavaletes, sejam eles horizontais ou verticais, e
os critérios de utilização, considerando a resistência necessária para suportar a carga imposta sobre
eles, assim como a necessidade de manutenção adequada de sua estrutura e do sistema de correias e
cabos utilizados.
Ainda nesse item, é abordado o uso de ventosas para a movimentação das placas e os requisitos de
segurança para o trabalhador e a devida obrigatoriedade de manutenção periódica.
SAIBA MAIS
Cabe destacar que o item 5 desse Anexo I trata dos programas de capacitação dos trabalhadores,
fornecendo diretrizes para a elaboração do material a ser utilizado, o período de capacitação, número de
aprendizes por turma e número de praticantes por instrutor e o conteúdo do referido curso. Apresenta,
ainda, os critérios de emissão do certificado pertinente e a guarda de cópia desse certificado na própria
empresa.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O piso do armazém deverá ser construído de forma suportar o peso do material, não pode ser
escorregadio, sem aspereza e deve ser mantido em perfeito estado de conservação.
B) Só deve ser realizada qualquer atividade de transporte ou movimentação de materiais com o piso
molhado com cuidados especiais.
C) O armazenamento de materiais deverá manter uma distância mínima de 50 centímetros das paredes
laterais do prédio.
D) A disposição dos materiais não pode ser feita de forma obstruir corredores, passagens, saídas de
emergência, equipamentos de combate a incêndio etc.
GABARITO
Todas as responsabilidades no que tange à segurança do trabalho nas empresas estão vinculadas aos
cumprimentos das NRs, conforme a hierarquia das leis.
2. A NR-11 tem por objetivo principal a prevenção de acidentes com alto potencial de danos à
saúde e segurança dos trabalhadores, sociedade, meio ambiente e empresas, a partir da
implementação de condições técnicas de segurança para a realização das atividades. Das
alternativas abaixo, são premissas da NR-11, exceto:
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe o que é uma máquina ou um equipamento. Mas saberia dizer o que a NR-12 – Segurança no
Trabalho em Máquinas e Equipamentos determina aos trabalhadores sobre o tema?
Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa MaqMaq.
A empresa MaqMaq está passando por processo de auditoria externa em Segurança do Trabalho e
Saúde Ocupacional, visto que tem como objetivo a certificação na NBR ISO 45.001.
Os auditores verificaram que existe um número considerável de falhas nos equipamentos, gerando
medidas corretivas com baixo nível de confiabilidade entre um evento e outro. Muitos operadores iniciam
suas atividades diárias sem um protocolo definido pela NR-12, e, em algumas situações, é comum que
trabalhadores atuem simultaneamente em vários equipamentos, mesmo sem treinamentos específicos
de operações.
Treinamentos são realizados semestralmente e não existe uma supervisão ativa para a garantia do
cumprimento das ordens de serviços. Verificou-se que muitos equipamentos de proteção individual não
são utilizados corretamente ou ainda, estão com seus certificados de aprovação vencidos.
Os auditores verificaram outras diversas não conformidades, legais e aplicáveis durante suas
avaliações, especialmente na área de produção.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?
A) A empresa não terá dificuldades em sua certificação pois cumpre a maioria das Normas.
B) A empresa deverá, primeiramente, cumprir os aspectos normativos para seguir com seu objetivo de
certificação.
C) A empresa receberá sua indicação para a certificação, pois os riscos apurados não são significativos.
E) A empresa poderá cumprir esses pequenos itens apurados pela auditoria no prazo de um ano sem
prejuízos à sua certificação.
C) Não comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido,
danificado ou se perdeu sua função.
D) Participar apenas dos treinamentos que forem de seu interesse.
E) Não colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta NR.
GABARITO
A empresa MaqMaq deverá, antes de dar prosseguimento à sua intenção de certificação na NBR ISO
45.001, implementar um sistema de gestão correto para eliminar os riscos com as operações e as
atividades com máquinas e equipamentos, pois, diante desse cenário, está colocando em risco a
integridade física de seus trabalhadores.
Assim como o subitem 12.1.7 da NR-12 estabelece as responsabilidades dos empregadores quanto à
adoção de medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, o subitem 12.1.10
estabelece responsabilidades dos trabalhadores quanto à segurança no trabalho em máquinas e
equipamentos. Vale ressaltar a relevância e responsabilidade do trabalhador quanto à prevenção de
acidentes em trabalho com máquinas. Para isso, os trabalhadores e usuários são capacitados para
incorporarem o olhar da prevenção de acidentes na realização das suas atividades. Ademais, um
ambiente de trabalho seguro depende de todos, empregadores e trabalhadores. Por isso, o
envolvimento dos trabalhadores é fundamental para evitar acidentes com máquinas. Como exemplo de
atitudes que contribuem com um ambiente de trabalho seguro, o trabalhador deve seguir os
procedimentos de trabalho, não improvisar, estar atento a mudanças na rotina da máquina que trabalha,
comunicando imediatamente à sua liderança, zelar pelas proteções das máquinas e pela sua
manutenção.
RESPOSTA
É fundamental que os trabalhadores que atuem diretamente com operações com máquinas e equipamentos
realizem um checklist preventivo, antes de iniciarem suas atividades, ampliando a segurança em geral. São
os seguintes:
Combinação da especificação dos limites da máquina, identificação dos perigos e estimativa dos riscos.
AVALIAÇÃO DE RISCO:
Julgamento com base na análise de risco, do quanto os objetivos de redução de risco foram atingidos.
APRECIAÇÃO DO RISCO:
Conforme as diferenças de fato, podemos utilizar a figura abaixo, dependendo do estágio em que se
está realizando o trabalho de adequação à NR-12.
A NR12 E A LEGISLAÇÃO
A NR-12 exige que a máquina tenha uma análise de risco, e isto pode ser visto no item 12.39(a) e em
outros é referenciado a este documento como base para realização do item. A norma técnica vigente
que indica a realização do procedimento é a NBR ISO 12100:2013.
ART. 184
ART. 185
ART. 186
ART. 184
As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que
se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto a risco de
acionamento acidental.
PARÁGRAFO ÚNICO
É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não
atendam ao disposto neste artigo.
ART. 185
Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o
movimento for indispensável à realização ao ajuste.
ART. 186
A NR-12 em vigor exige níveis de proteção que superam o padrão europeu, considerado referência por
tratar a proteção de máquinas e equipamentos de forma eficaz e sob o enfoque da razoabilidade,
distinguindo as obrigações de fabricantes e usuários.
SAIBA MAIS
As modificações promovidas pelas Portarias ao longo do tempo são discutidas na Comissão Nacional
Tripartite Temática (CNTT) da NR-12 e aprovadas pela Comissão Tripartite Paritária Permanente
(CTPP).
DIMINUIÇÃO DA BUROCRACIA PARA AS
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE
Principais aspectos a serem considerados:
Em relação às máquinas e aos equipamentos fabricados antes de 24/06/2012 que não possuam manual
do fabricante, em vez do empregador promover sua reconstituição, agora fica permitida a elaboração de
uma ficha contendo informações básicas da máquina ou do equipamento, elaborada pelo próprio
empregador ou por pessoa designada por ele, com a dispensa do Profissional Legalmente Habilitado
(PLH) (item 12.126.1).
A capacitação dos trabalhadores poderá ficar a cargo de empregado da própria empresa que tenha sido
capacitado por entidade oficial de ensino de educação profissional, o qual atuará como agente
multiplicador (item 12.138.1).
ATENÇÃO
Substituição do princípio da falha segura por estado da técnica: Foi excluída a expressão “falha segura”
do corpo da NR-12 e do glossário, com sua substituição pelo conceito de “estado da técnica”. Pela
redação anterior do item 12.5 da norma, a concepção de máquinas e equipamentos necessitava atender
ao princípio da falha segura, segundo o qual um sistema deve entrar em estado seguro quando ocorrer
falha de um componente relevante à segurança.
Isto é, o sistema deve ser projetado para entrar nesse estado quando ocorrerem falhas, o que requer a
aplicação de redundância e de componentes de alta confiabilidade para se ter certeza de que o sistema
sempre irá funcionar.
Com a alteração promovida pela Portaria nº 857/2015 e substituição do princípio da “falha segura” por
“estado da técnica” houve o reconhecimento de que segurança absoluta não é um estado
completamente acessível, razão pela qual o objetivo a ser perseguido é atingir o mais alto nível de
segurança, levando-se em conta o “estado da técnica”, que define as limitações, incluindo as de custo, a
que estão sujeitas a fabricação e a utilização da máquina ou do equipamento.
Foi estabelecido corte temporal em relação à tensão de operação dos componentes de partida, parada,
acionamento e outros controles que compõem a interface de operação das máquinas e dos
equipamentos.
SAIBA MAIS
Em outras palavras, para máquinas e equipamentos fabricados foi exigido que os sistemas de controle
(partida, parada e acionamento) operem em extra-baixa tensão (25VCA ou 60VCC) ou adotem outra
medida de proteção disposta em normas técnicas oficiais vigentes, caso a apreciação de risco indique a
necessidade de proteção contra choques elétricos (item 12.36.1).
A não aplicabilidade da NR-12 para máquinas e equipamentos ocorre nos seguintes casos:
Os anexos da NR-12 que contemplam obrigações, disposições especiais ou exceções que se aplicam a
um determinado tipo de máquina ou equipamento passam a ter caráter prioritário em relação aos demais
requisitos da norma. Anteriormente, a norma previa que os Anexos complementavam o texto da NR-12
(item 12.152).
ESTABELECIMENTO DE OBRIGAÇÕES
ESPECÍFICAS PARA OS TRABALHADORES
São obrigações específicas para os trabalhadores:
Não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de segurança de
máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua saúde e integridade
física ou de terceiros;
Comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança tiver sido removido,
danificado ou tiver perdido sua função;
Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta norma (item 12.5
A).
Fonte: Por fanjianhua / Freepik
A supressão da palavra “utilização” do item 12.134 representa uma vantagem. Isso poderá evitar
que máquinas e equipamentos sejam interditados sem emissão de laudo técnico que comprove o
risco grave e iminente.
Houve supressão da alínea “l” do item 12.128 do texto anterior (riscos que podem resultar de
utilizações diferentes daquelas previstas no projeto) na reconstituição dos manuais de máquinas e
equipamentos fabricados ou importados antes da vigência desta norma.
Fonte: Por pressfoto / Freepik
Os manuais reconstituídos devem conter as informações previstas nas seguintes alíneas do item 12.128
(item 12.129):
Definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas pelos usuários;
O termo “acidente” utilizado na nossa língua não deve ser visto como um evento que ocorre por obra do
destino, como algo imprevisível, uma fatalidade. Sabemos que os acidentes ocorrem por interações
multidisciplinares que estão presentes no ambiente ou na situação de trabalho muito antes do seu
manifesto.
São, então, considerados previstos e, uma vez eliminados estes fatores que dão origem aos acidentes,
pode-se eliminar ou reduzir a ocorrência desses eventos. É importante que cada seguimento do trabalho
perigoso tenha uma lista prévia bem elaborada num papel de checklist dos perigos.
Na elaboração desta lista de perigos existentes, é importante que o profissional se atente às operações
possíveis, no tema aqui, de máquinas e equipamentos, incluindo: Ajustes; Testes;
Programação/parametrização; Trocas de ferramentas/moldes; Partida inicial/colocação em
marcha/Startup; Partidas/Pausas; Modo de operação manual/automático/ciclo lento; Parada de
emergência; Reinicio de operação após bloqueio de emergência; Processo de Lockout/Tagout; Limpeza
e organização; Manutenção preventiva/corretiva; Manutenção diária; Rotinas e procedimentos do
processo; Alimentação/Descarga da matéria-prima. Devem ser considerados também os
comportamentos da máquina em ações não intencionais do operador ou formas de mau uso
razoavelmente previstas.
Fonte: Por rawpixel.com / Freepik
ANÁLISE DE RISCO
Após o reconhecimento e a identificação dos perigos e os devidos desdobramentos para os riscos
identificados, iniciam-se as análises dos riscos.
Na figura a seguir, vemos um ambiente da indústria típico da aplicação das análises de riscos em seus
programas de gerenciamento.
Identificação do operador, como gênero, idade, mão de uso dominante e, se possível, utilização
por pessoas com habilidades reduzidas (visual, auditiva, tamanho, força e outras);
Exposição de outras pessoas aos perigos relacionadas à máquina que sejam razoavelmente
previsíveis.
Organização do trabalho;
A lista de perigo pode ser realizada conforme Anexos B da NBR12100, e são separados por tipos,
origem, consequências e referenciais para normas internacionais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Análise de risco: Combinação da especificação dos limites da máquina, identificação dos perigos e
estimativa dos riscos.
B) Avaliação de risco: Julgamento com base na análise de risco, do quanto os objetivos de redução de
risco foram atingidos.
C) Apreciação do risco: Processo completo que compreende a análise de risco e avaliação de risco.
D) Definição de risco: Julgamento da tecnologia para identificação dos perigos e estimativa dos riscos.
2. NO CASO DA NR-12, ELA FOI ELABORADA PARA REGULAMENTAR OS ART.
184, 185 E 186 DA CLT, QUE TRAZ NO SEU TEXTO AS SEGUINTES REDAÇÕES
(CLT, 1943), EXCETO:
A) Art. 184 – As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e parada e
outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao
risco de acionamento acidental.
C) Art. 185 – Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas em
movimento, situação indispensável à realização ao ajuste.
D) Art. 186 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas de
segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção das partes
móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões,
emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas ou
elétricas.
GABARITO
1. Nas análises de perigos e riscos, após as identificações dos limites das máquinas, para efeito
de segurança, podemos utilizar as definições dadas pela NBR ISO 12100. Nestas definições,
estão previstas as seguintes etapas, exceto:
Na contribuição da NBR ISO12100, após identificados os limites das máquinas, a definição de risco é
um conhecimento intrínseco necessário, mas não é parte integrante de análise.
2. No caso da NR-12, ela foi elaborada para regulamentar os Art. 184, 185 e 186 da CLT, que traz
no seu texto as seguintes redações (CLT, 1943), exceto:
No Artigo 185, como não poderia ser diferente por questões de segurança, os reparos, limpeza e ajustes
somente poderão ser executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à
realização do ajuste.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, foi possível compreender as Normas Regulamentadoras mais relacionadas com a indústria
e a contribuição com o Gerenciamento dos Riscos Ocupacionais. Demonstrou-se, ainda, as relações no
campo jurídico e demais Normas ISO aplicáveis nos aspectos da defesa da saúde do trabalhador e dos
ativos das empresas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ABNT ‒ NBR ISO 12100:2013. In: ABNT Catálogo. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020.
ABNT ‒ NBR 16455:2016. In: ABNT Catálogo. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020.
BRASIL - NR-6 — Equipamento de Proteção Individual – EPI. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de
1978. Brasília, DF: Ministério do Trabalho. In: Ministério do Trabalho. Consultado em meio eletrônico em:
17 jul. 2020.
BRASIL - CLT. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, DF: Presidência da República. In:
Planalto.gov. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020.
BRASIL – Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Brasília, DF: Presidência da República. In:
Planalto.gov. Consultado em meio eletrônico em: 17 jul. 2020.
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Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
CONTEUDISTAS
Ivan da Cunha Santos