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NORMAS REGULAMENTADORAS – SST

Saúde e Segurança do Trabalho 2021


Escritório de Contabilidade Betel
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Prezado Cliente,

Informamos que apartir de Janeiro/2022, as Normas Regulamentadoras da Saúde e


Segurança do Trabalho deverão ser informadas diretamente no portal do Esocial. Mas
primeiramente traremos conteúdo sobre cada Norma e a sua validade.

https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/noticias/2021/julho/cronograma-de-implantacao-do-
esocial-e-atualizado

O que são normas regulamentadoras (NRs)?

As normas regulamentadoras são regras e obrigações que as empresas que possuem


funcionários regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) devem cumprir
para garantir a saúde e segurança dos seus empregados.

Então, saber o que são normas regulamentadoras e quais são obrigatórias em seu
ramo de atividade é crucial para manter o bem-estar no ambiente de trabalho, além de
evitar as penalidades previstas na legislação, em caso de não cumprimento das
normas.
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Fique atento! O Governo Federal vem promovendo diversas mudanças nas normas
regulamentadoras, durante o ano de 2020 muitas delas foram atualizadas.

Qual é a função das normas regulamentadoras?

A principal função das normas regulamentadoras é tornar os ambientes de trabalho


seguros e saudáveis, garantindo o bem-estar dos funcionários e o impacto positivo
das empresas na sociedade.

Assim, conhecer o que são as normas regulamentadoras e garantir o cumprimento de


suas diretrizes não é apenas uma obrigatoriedade legal, mas uma questão estratégica
para as empresas.

Qual a importância das normas regulamentadoras?

As NRs são importantes porque padronizam os procedimentos de saúde e segurança


do trabalho, servindo como bússola para a atividade das empresas e sua relação com
os empregados.

Estar informado sobre o que são normas regulamentadoras, e as normas


regulamentadoras atualizadas em 2020, é essencial para ajudar a sua empresa a operar
dentro da lei, além de evitar perdas por absenteísmo ou impacto social negativo,
decorrente de acidentes de trabalho.

Quantas normas regulamentadoras existem?

Atualmente, temos 35 NRs em vigor. Eram 37, mas a NR2 e NR27 foram revogadas
em 2020.

Porem, mais importante que refletir sobre quantas normas regulamentadoras existem,
é fundamental saber exatamente quais são destinadas às atividades específicas da sua
empresa.

Desta forma, cada empresa deve avaliar as NRs existentes e implementar as


obrigatórias para garantir sua operação dentro da legalidade.

Evite problemas com fiscalização!

Quais são as NRs existentes?


As principais NRs existentes são as NRs 1, 4, 5, 6, 7, 9, 26 e 33, considerando que
são as aplicadas pela maioria das empresas.
A importância das normas regulamentadoras pode variar, dependendo da atividade
fim da empresa.

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Saiba mais sobre as principais normas regulamentadoras existentes:

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NR 1 – Disposições Gerais
A primeira norma trata das disposições gerais sobre os termos e as definições
comuns às Normas Regulamentadoras como um todo. É ela, ainda, que preconiza
que as medidas de segurança devem ser seguidas por todas as empresas,
obrigatoriamente.

A NR 1 passou por uma atualização recente, fruto da Portaria SEPRT nº 915, de


30 de julho de 2019. A intenção foi deixar o texto mais harmônico e moderno. E,
ainda, trazer medidas que reduzissem a burocracia e o custo no Brasil.

Na nova redação, foi incluído um capítulo sobre gerenciamento de riscos


ocupacionais. Passando a exigir, por exemplo, que as empresas possuam
inventário de riscos e plano de ação para contorná-los. Ou seja, deverá ser feita
uma análise mais precisa de tudo que pode causar danos e definir as ações
preventivas.

NR 2 – Inspeção Prévia- Revogada


Determina que todos os novos estabelecimentos devem passar por uma inspeção
prévia, realizada pelo órgão regional do Ministério do Trabalho, antes de iniciar suas
atividades.

Porém, com a iniciativa de desburocratizar a abertura de novas empresas, o Governo


Federal revogou a NR 2 através da portaria 915/2019 – a mesma que atualizou
a NR 1.

NR 3 – Embargo ou Interdição
Essa Norma Regulamentadora estabelece as diretrizes para caracterização de
algo grave ou suscetível a riscos em uma obra. Para, com isso, delimitar as
situações em que o auditor pode promover o embargo ou interdição do local.

Dois pontos que merecem destaque nesse documento:

• Durante a vigência de embargo ou interdição, podem ser desenvolvidas


atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco.
• Desde que sejam garantidas as condições de segurança do profissional
envolvido.

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Ao longo da paralisação, os trabalhadores devem receber os salários


normalmente, como se estivessem em efetivo exercício.

NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho (SESMT)
Estabelece a obrigatoriedade de
contratar profissionais da área
de segurança e saúde do
trabalho – conforme o número
de empregados e a exposição ao
risco. Para, assim, formarem o
SESMT.

Esse grupo passa a ser


responsável pela elaboração,
planejamento e aplicação dos
seus conhecimentos nos
ambientes laborais. Visando,
desta forma, garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores.

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


A NR 5 determina os critérios para a criação da CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes. Ela é fundamental para que não exista nenhum tipo de
risco à saúde e à segurança dos profissionais no ambiente de trabalho.

Na norma, estão todas as diretrizes para a criação da CIPA, que deve ser
composta por profissionais da própria empresa.

NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)

A NR 6 é uma das mais conhecidas e utilizadas pelas


organizações. Uma vez que ela descreve as regras
para utilização dos EPIs – Equipamentos de
Proteção Individual.

Para cada atividade desenvolvida, é preciso contar com


um checklist de EPI. A fim de garantir que todos estão
utilizando os equipamentos necessários para desempenhar
sua função.

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NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)


Já a NR 7 , define o passo a passo que todas as empresas precisam seguir para
criar o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.

Ele é um documento que traz as informações referentes ao planejamento


interno de ações e segurança do trabalho. Um ponto importante da NR 7 é a
lista dos exames que precisam ser realizados por cada colaborador.

NR 8 – Edificações
Quando falamos em segurança no ambiente laboral, as edificações se apresentam
como um fator de maior atenção. Por isso, a NR 8 descreve os requisitos que
devem ser observados nesse local, para garantir as melhores condições para os
profissionais.

Os principais pontos estão relacionados à proteção contra intempéries e


circulação nos ambientes. Detalhando, inclusive, como devem ser as estruturas
de rampas, escadas e pisos.

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)


Essa norma estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Ele visa a preservação
da saúde e integridade dos trabalhadores através do controle de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
De acordo com a NR 9, isso é feito através da antecipação, reconhecimento,
avaliação e correção dos riscos.

NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade


A Norma Reguladora 10 é direcionada aos trabalhos que lidam com instalações e
serviços de eletricidade. É ela que regulamenta todos os requisitos e condições
mínimas que devem existir para os profissionais desempenharem suas atividades
com segurança.

O ponto mais importante da norma recai para as medidas de prevenção


individual. Uma vez que se tratam de situações que lidam com alta tensão e
instalações elétricas energizadas.

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NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de


Materiais

Vários equipamentos podem ser utilizados nas tarefas de transporte e


movimentação, como:

• Elevadores de carga;
• Guindastes;
• Monta-carga;
• Pontes-rolantes;
• Talhas;
• Empilhadeiras;
• Guinchos;
• Esteiras-rolantes;
• entre outros.

Cada um deles oferece algum tipo de risco ao trabalhador. E é por isso que a NR
11 estabelece uma série de regras que precisam ser seguidas para preservar a
segurança dos usuários.

NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos


Falando especificamente do trabalho com máquinas e equipamentos, temos
a NR 12. Com 164 páginas, é uma das maiores entre todas as Normas
Regulamentadoras. Nela, são detalhados os manuais, aspectos ergonômicos e
instalações necessárias para cada tipo de equipamento.

Ao longo do tempo, ela passou por uma série de mudanças. Ao todo, foram 18
portarias promovendo alterações na redação. Isso é reflexo da importância que
ela tem para a segurança do trabalho.

NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques metálicos


de armazenamento
Essa regulamentação é direcionada para o trabalho realizado com caldeiras,
tubulações e outros itens mais específicos. É fundamental observar os requisitos
de integridade para todos que lidam com esse tipo de equipamento.

NR 14 – Fornos Industriais

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A NR 14 é a norma que determina as medidas de segurança para os trabalhadores


que atuam diretamente com fornos industriais.

Porém, ela deixa claro que as empresas que contam com esse equipamento
também devem observar as leis estaduais e municipais, assim como as federais.
Pois, elas podem trazer outras especificidades a serem seguidas.

NR 15 – Atividades e Operações Insalubres


Nela, são consideradas apenas as atividades e operações insalubres. A NR
15 estabelece os limites de tolerância para cada tipo de risco que pode ser
encontrado no local de trabalho.

Dessa forma, se a tarefa acabar excedendo esse limite, o trabalho pode ser
considerado prejudicial ou arriscado para o profissional.

NR 16 – Atividades e Operações Perigosas


A NR 16 define as atividades e operações consideradas perigosas. E, ainda,
determina como lidar com essas condições de periculosidade. Ou seja, mostra
quais são as responsabilidades do empregador e os direitos dos trabalhadores
nesses casos.

Dependendo do nível de exposição ao risco, o funcionário pode receber o valor


de salário adicional, que corresponde a 30% dos seus rendimentos.

NR 17 – Ergonomia
A ergonomia é um requisito importante para qualquer trabalhador desempenhar
bem suas funções. Por isso, ela ganhou uma NR específica.

Nela, estão dispostos os parâmetros necessários para garantir conforto,


segurança e saúde para os profissionais. E, assim, evitar principalmente a
ocorrência de doenças por esforço repetitivo

NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção
A NR 18 contém a lista de medidas de proteção a serem tomadas na indústria da
construção. Elas dizem respeito às condições e ao meio ambiente de trabalho.

Essas medidas devem ser tomadas antes, durante e depois da atividade ser
desempenhada. Uma curiosidade é que essa norma já contou com 23 portarias
que modificaram suas definições.
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NR 19 – Explosivos
O trabalho com explosivos requer cuidados ainda mais especiais. Afinal os riscos
de problemas sérios, inclusive de morte, são altos. Por isso, a NR 19 traz uma
série de obrigatoriedades sobre o manuseio, controle e armazenamento
desses itens. Tudo para preservar a segurança do colaborador.

NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis


A saúde e segurança na atividade com inflamáveis e combustíveis também
precisa de uma regulação específica. Por isso, a NR 20 define as boas práticas a
serem executadas por empregadores e também trabalhadores.

As medidas dizem respeito principalmente às condições de armazenamento e


manuseio desses agentes químicos.

NR 21 – Trabalhos a céu aberto


A NR 21 trata das condições de trabalho de quem atua ao ar livre. Dessa
forma, o seu principal objetivo é fornecer proteção contra todos os tipos de clima
e agentes externos que possam prejudicar a saúde dos trabalhadores.
Ela define, por exemplo, que é obrigatório oferecer abrigo, ainda que rústico, que
proteja as pessoas contra intempéries. E, ainda, que devem ser adotadas medidas
para que o trabalhador não seja exposto à insolação excessiva, calor, frio,
umidade ou ventos inconvenientes.

NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração


Para os trabalhos na área de mineração, essa é a Norma Regulamentadora
responsável por estabelecer os parâmetros necessários para garantir a segurança.

Essa regra se aplica a:

Minerações subterrâneas;
Minerações a céu aberto;
Garimpo;
Beneficiamentos minerais;
Pesquisa mineral.

NR 23 – Proteção contra incêndios


As medidas de prevenção de incêndio estão descritas na NR 23. Ela traz a lista de
informações que devem ser providenciadas aos trabalhadores. Nessa relação estão:
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• Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;


• Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
• Dispositivos de alarme existentes.

Sinalização e saídas de emergência são pontos obrigatórios que devem estar


presentes nos projetos de proteção contra incêndios.

NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho


Todos os detalhes para garantir o conforto dos profissionais no que diz respeito
às condições sanitárias estão presentes na NR 24.
Informações sobre tamanhos de lavatórios, instalações sanitárias, locais para
refeições e alojamentos, entre outros, estão presentes no decorrer da norma.

NR 25 – Resíduos Industriais
A NR 25 trata das ações que devem ser adotadas para reduzir, ao máximo, os
variados tipos de resíduos industriais. Isso inclui substratos tóxicos, radioativos,
gasosos, sólidos ou de riscos biológicos.

Essa norma é importante porque esses agentes podem representar riscos à


saúde do trabalhador. Logo, a empresa deve buscar a sua redução por meio de
melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.

NR 26 – Sinalização de Segurança
É ela que define o padrão de cores que deve ser utilizado nos sinais de segurança
dos ambientes de trabalho.

Essas cores servem para apontar os equipamentos de segurança e delimitar


áreas. Assim como identificar tubulações empregadas para a condução de
líquidos e gases e advertir contra riscos.

O objetivo é indicar zonas de perigo, organizar o local de trabalho e prevenir


acidentes em todos os ambientes das empresas.

NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no


Ministério do Trabalho -Revogada
A NR 27 foi criada para definir os requisitos que um profissional precisa ter para
atuar como técnico de segurança do trabalho. Porém, essa Norma Reguladora
foi a primeira da lista a ser revogada, ainda em 2008.

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Hoje, existe um registro profissional, que pode ser requerido para que cada
trabalhador exerça essa função.

NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Em caso de descumprimento das regras, é fundamental saber quais as formas de
fiscalização e penalidades existentes. É para fazer essas definições que existe a
NR 28. Nela, inclusive, é possível conferir o valor real das multas.

Ela já passou por 46 atualizações, sendo duas amplas revisões. Isso se deve a sua
natureza operacional, que elenca todas as infrações relacionadas à segurança e
saúde no ambiente de trabalho.

NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho


Portuário
Depois da criação das primeiras 28 Normas Regulamentadoras, surgiu a
necessidade de, em 1997, criar a NR 29. Então, ela define quais são as medidas
de segurança que devem ser seguidas pelas empresas do setor portuário.

Suas disposições se aplicam aos trabalhadores portuários em operações tanto a


bordo como em terra. Assim como aos demais trabalhadores que exerçam
atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e
retroportuárias.

NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário


Criada em 2002, a NR 30 surgiu para determinar as ações de segurança para o
trabalho no setor aquaviário. As normas são destinadas a embarcações
comerciais para o transporte de pessoas ou mercadorias. Sejam elas nacionais ou
estrangeiras.

NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária


Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Seguindo a linha das últimas duas NRs criadas, em março de 2005 foi
desenvolvida a NR 31. Em suma, o foco foi apoiar o trabalho nos setores
relacionados à agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e a
aqüicultura.

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NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde


Posteriormente, em novembro de 2005, o Ministério do Trabalho elaborou a NR
32, focando nos estabelecimentos da área de saúde. Uma vez que eles também
precisam de uma série de cuidados específicos para garantir a segurança dos
profissionais.

Para fins de aplicação desta norma, entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população. Bem como
a todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em
saúde, independentemente do nível de complexidade.

NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados


Criada em 2006, a NR 33 trata especificamente dos requisitos de segurança
para espaços confinados. Ela determina que haja reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos neles existentes. De forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços.

NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção e Reparação Naval
Levou um tempo até surgir a próxima NR. Somente em 2011 surgiu a Norma
Regulamentadora 34, cujo objetivo foi definir os requisitos mínimos para quem
trabalha na área naval.

Ela apresenta, inclusive, regras para cada atividade desempenhada. Ou seja, é


possível visualizar as medidas de proteção específicas para movimentação de
cargas, montagem e desmontagem de andaimes e testes de estanqueidade, por
exemplo.

NR 35 – Trabalho em Altura
Os trabalhos em altura também possuem uma série de especificidades. E, por
isso, foi criada a NR 35, em 2012. Ela estabelece as medidas de proteção que
devem ser adotadas para quem trabalha direta ou indiretamente com esta
atividade.

Um detalhe importante: para essa norma, já é considerado um trabalho em altura


aquele que é executado acima de 2 metros. Uma vez que já apresenta riscos em
caso de queda.

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NR 36 – Norma Regulamentadora sobre Abate e Processamento de


Carnes e Derivados
Em 2013, foi criada a NR 36. Ela regulamenta os processos de identificação,
avaliação e controle dos riscos encontrados na indústria do abate e
processamento de carnes e derivados.

A norma especifica, por exemplo, as melhores práticas na atividade de recepção e


descarga de animais e no manuseio dos produtos. Assim como mostra os EPIs
indispensáveis para o dia a dia.

NR 37 – Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo


Em 2018, surgiu a última das Normas Regulamentadoras vigentes atualmente. A
NR 37 estabelece todas as medidas protetivas que devem ser tomadas nas
plataformas de petróleo.

TRATAMENTO DIFERENCIADO AO MICROEMPREENDEDOR


INDIVIDUAL- MEI, Á MICROEMPRESA – ME E Á EMPRESA DE
PEQUENO PORTE EPP

Outra informação importante é citada é o Tratamento diferenciado ao


Microempreendedor Individual – MEI, à Microempresa – ME e à Empresa de
Pequeno Porte – EPP

1- As microempresas e empresas de pequeno porte, graus de risco 1 e 2, que


no levantamento preliminar de perigos não identificarem exposições
ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos, em conformidade com a
NR9, e declararem as informações digitais na forma do subitem 1.6.1, ficam
dispensadas da elaboração do PGR.

2 - O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as


informações digitais na forma do subitem 1.6.1 e não identificarem exposições
ocupacionais a agentes físicos, químicos, biológicos e riscos relacionados a
fatores ergonômicos, ficam dispensados de elaboração do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.

3 - A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames


médicos e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional – ASO.

A nova NR 1 estabelece que estas empresas que se classifiquem em graus de risco 1 e


2, que declararem as informações digitais e não possuírem riscos químicos, físicos e
biológicos, ficarão dispensadas de elaboração do PPRA e do PCMSO.

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Como o sistema digital ainda é inexistente, o Art. 6º da Portaria Nº 915 estabelece


que, enquanto não houver sistema informatizado para o recebimento da declaração de
informações digitais, o empregador deverá manter declaração de inexistência de
riscos no estabelecimento para fazer jus ao tratamento diferenciado. O Governo
estima que cerca de 70% desse conjunto de empresas seja atingido por essa medida.

Embora a nova norma dê liberdade para que o empregador declare a inexistência de


riscos para obter o tratamento diferenciado, caso aqueles sejam existentes no
ambiente de trabalho, os custos para a empresa poderão ser maiores do que a
economia gerada pela não elaboração dos programas de prevenção.

Recomendamos a realização de uma análise de riscos prévia como base para a


tomada de decisão.

Multas trabalhistas em SST

O empregador é responsável por


preservar a saúde e a segurança
de seus empregados e demais
pessoas nos ambientes de
trabalho.

As Normas Regulamentadoras do
MTE dispõem sobre as ações
mínimas a serem implementadas
nesse sentido. Dentre elas,
podemos citar o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, treinamentos e capacitações de trabalhadores, etc.

O desrespeito às normas pode acarretar multas, conforme determina a NR 28.


Algumas dessas exigências legais – e as penalidades caso sejam descumpridas –
são listadas a seguir:

• Elaborar e implementar o PPRA (NR 9)


Todo empregador, independentemente do número de empregados que possua,
deve elaborar e implementar o PPRA. Esse programa pode ser a principal
ferramenta da empresa na Gestão de SST e Meio Ambiente. Deixar de elaborá-lo
ou implementá-lo viola o disposto no item 9.1.1 da NR 9.
Multa: a partir de R$ 2.387,12.

• Elaborar e implementar o PCMSO (NR 7)

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Todo empregador, independentemente do número de empregados que possua,


deve elaborar e implementar o PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a
saúde do conjunto de trabalhadores. Deixar de elaborar ou implementar o
programa é uma infração ao item 7.3.1 da NR 7.
Multa: a partir de R$ 1.431,00.

• Realizar exame médico periódico (NR 7)


A avaliação clínica (abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental)
deverá obedecer a intervalos mínimos de tempo. Deixar de submeter o
trabalhador, ou submetê-lo fora dos prazos, ao exame médico periódico infringe o
que determina o item 7.4.3.2 da NR 7.
Multa: a partir de R$ 716,56.

• Fornecer EPI – Equipamento de Proteção Individual (NR 6)


O empregador é responsável por fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
circunstâncias previstas na norma. Deixar de fornecer o EPI desrespeita a
obrigatoriedade imposta no item 6.3 da NR 6.
Multa: a partir de R$ 2.387,12

• Promover treinamento para designado da CIPA (NR 5)


As empresas que não são obrigadas a manter a CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes deverão promover, anualmente, treinamento para o
designado responsável pelo cumprimento do objetivo da NR 5. Deixar de realizar
esse treinamento viola o disposto no item 5.32.2 da NR 5.
Multa: a partir de R$ 1.792,46

• Informar os riscos profissionais aos trabalhadores (NR 1)


Cabe ao empregador informar ao empregado os riscos profissionais que possam
originar-se nos locais de trabalho, os meios para prevenir e limitar tais riscos e as
medidas adotadas pela empresa. Não atender a essa determinação fere o disposto
no item 1.7, alínea “c”, da NR 1 (veja também: artigo 338, § 1º, do Decreto nº
3.048/1999).
Multa: a partir de R$ 1.792,46

As exigências das Normas Regulamentadoras devem ser cumpridas por todos os


empregadores que possuam empregados regidos pela CLT – desde os de pequeno

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porte, com apenas um trabalhador, até os de grande porte, com vários


trabalhadores.

Vale lembrar que, além do pagamento de multas, existe a possibilidade de perdas


com ações judiciais de insalubridade e periculosidade, muito comuns na
Justiça do Trabalho.

Multas previdenciárias em SST

A Previdência Social prevê a concessão do benefício de aposentadoria


especial, com 15, 20 ou 25 anos de contribuição, para o trabalhador segurado
exposto a agentes nocivos listados no Decreto nº 3.048/1999, Anexo IV –
Classificação dos Agentes Nocivos.

Para comprovar a exposição ocupacional, a empresa fornece ao trabalhador um


formulário contendo seu Perfil Profissiográfico, também conhecido como PPP.

O PPP deve ser preenchido com base no LTCAT – Laudo Técnico das
Condições Ambientais do Trabalho. É este laudo que registra, entre outras
informações, quais trabalhadores desempenham atividades consideradas especiais,
para fins de aposentadoria.

Outra obrigação previdenciária relacionada à SST é a emissão da CAT –


Comunicação de Acidente do Trabalho.

Dentre as exigências da legislação previdenciária em SST, e as multas aplicáveis


pelo descumprimento, podemos citar:

• Elaborar e manter atualizado o Perfil Profissiográfico


A empresa obrigada ao PPP deve elaborá-lo e mantê-lo atualizado, contemplando
as atividades desenvolvidas pelo trabalhador durante o período laboral. Deixar de
fazê-lo e de fornecer ao empregado cópia autêntica do documento, quando da
rescisão do contrato de trabalho, infringe o artigo 68, § 8º, do Decreto nº
3.048/1999.
Multa: a partir de R$ 636,17 (conforme artigo 283, I, alínea “h”, do referido
Decreto)
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• Elaborar e/ou manter atualizado o LTCAT


A empresa obrigada ao LTCAT deve elaborá-lo e mantê-lo atualizado com
referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus
empregados. Deixar de fazê-lo, ou emitir documento de comprovação de efetiva
exposição em desacordo com o laudo, contraria o artigo 68, § 6º, do Decreto nº
3.048/1999.
Multa: R$ 23.313,00 (conforme artigo 8º, V, da Portaria MF nº 15/2018)

• Emitir a CAT
Cabe à empresa comunicar a Previdência Social sobre o acidente de trabalho
sofrido pelo segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até
o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente. Deixar de emitir a CAT no prazo viola o artigo 336 do
Decreto nº 3.048/1999.
Multa: variável, entre os limites mínimo e máximo do salário de contribuição,
por acidente não comunicado. A multa será elevada em duas vezes o seu valor a
cada reincidência (conforme artigo 286 do referido Decreto).

• Informar os riscos profissionais aos trabalhadores


A empresa tem o dever de prestar ao trabalhador informações pormenorizadas
sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. Não atender a
essa determinação fere o artigo 338, § 1º, do Decreto nº 3.048/1999 (veja
também: item 1.7, alínea “c”, da NR 1).
Multa: de R$ 2.331,32 a R$ 233.130,50, variável devido à gravidade da infração
(conforme artigo 8º, IV, da Portaria MF nº 15/2018)

É importante frisar que, segundo o artigo 343 do Decreto nº 3.048/1999,


“constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de Segurança e Saúde do Trabalho”.

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