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NR 06 – EPI

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Uso, Guarda, Higienização e Limitação

Andressa Regina Silva Alves

Formação Inicial e
Continuada

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Andressa Regina Silva Alves

NR 06 – EPI: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


1ª Edição

Pedro Leopoldo
Universidade Corporativa Empresas Funcional – UniFuncional
2022

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SOBRE O MATERIAL

Seja muito bem-vindo ao nosso curso!

Esta apostila é o material didático que guiará a sua aprendizagem no curso de NR06 EPI –
Equipamentos de Proteção Individual. Aqui, você terá informações sobre o uso adequado
dos EPIs, guarda, conservação, higienização e suas limitações, bem como alguns riscos
que possam originar a necessidade do uso do equipamento de proteção individual e as
medidas de proteção, conhecerá particularidades importantes da norma regulamentadora
nº6, saberá a importância em utilizar equipamentos de proteção.

Embora este material passe por revisão, somos gratos em receber suas sugestões, a sua
participação é muito importante para a nossa constante melhoria, portanto, você pode dei-
xar sua opinião através do Canal Direto da plataforma digital da UniFuncional.

Esperamos que este material de apoio seja útil para você e que facilite ainda mais o seu
aprendizado. Em complemento, temos o suporte da tutoria através do Chat da Plataforma
sempre à disposição para ajudá-lo com qualquer questão.

O que aprender durante as aulas, aplique em seu dia a dia. Faça as atividades propostas,
dedique-se em querer saber mais, pesquisar além do livro.

Lembre-se que para ter sucesso e ser um bom profissional é necessária dedicação.

Desejamos que você tenha um ótimo estudo e um futuro profissional!

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SUMÁRIO

MÓDULO I – NORMA REGULAMENTADORA Nº 06 .................................................................... 5


Introdução ................................................................................................................................... 5
Objetivo....................................................................................................................................... 5
O que é Equipamento de Proteção Individual ............................................................................. 6
Equipamento de Proteção Individual Conjugado ......................................................................... 6
Quando utilizar o equipamento de proteção individual ................................................................ 7
MÓDULO II – RESPONSABILIDADES .......................................................................................... 8
Do Empregador............................................................................................................................ 9
Do Empregado ............................................................................................................................. 9
Do fabricante e importador ......................................................................................................... 10
Do Mistério do Trabalho e Emprego - MTE ................................................................................ 10
MÓDULO III – RISCOS OCUPACIONAIS ................................................................................... 11
Porque devemos utilizar os EPIs ............................................................................................... 12
Riscos Ocupacionais.................................................................................................................. 27
MÓDULO IV – EPI COMO MEIO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS ....................... 12
Lista de Equipamentos de Proteção Individual .......................................................................... 13
Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual ................................................................ 16
MÓDULO V – CUIDADOS, HIGIENIZAÇÃO E LIMITAÇÃO DOS EPIS ...................................... 18
Lavagem e Manutenção dos EPIs ............................................................................................. 18
Cuidados e Conservação dos EPIS........................................................................................... 18
Periodicidade de troca dos EPIS .............................................................................................. 19
Limitações dos EPIS ................................................................................................................ 19
FONTE / REFERÊNCIA ........................................................................................................... 21

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MÓDULO I – NORMA REGULAMENTADORA Nº 06 – EQUIPAMENTO

INTRODUÇÃO

A norma regulamentadora nº06 foi originalmente editada pela Portaria MTb nº 3.214, de 08
de junho de 1978, de forma a regulamentar os artigos 166 e 167 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), conforme redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977,
que alterou o Capítulo V.

Desde a sua publicação, a norma passou por diversas alterações pontuais e uma profunda
revisão em 2001.

A Norma Regulamentadora nº 06, cujo título é Equipamento de Proteção Individual (EPI),


estabelece concretamente:

- Definições legais,

- Forma de proteção,

- Requisitos de comercialização e responsabi-


lidades (empregador, empregado, fabricante,
importador e Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE).

A interpretação da NR 6, principalmente no que diz respeito à responsabilidade do empre-


gador, é também de fundamental importância para a aplicação da NR 15 - Atividades e
Operações Insalubres, na caracterização e/ou descaracterização da insalubridade.

OBJETIVO

O treinamento de NR06 Equipamento de Proteção Individual - EPI trata-se de um processo


de treinamento que tem o objetivo de proporcionar aos trabalhadores o conhecimento e a
orientação sobre o uso correto, guarda e conservação dos equipamentos de proteção, hi-
gienização e necessidade de trocas periódicas, bem como as limitações dos EPIs, visando
garantir a execução de suas atividades com saúde e segurança. Esse treinamento não se
limita a admissão do novo empregado, sendo:

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Treinamento Inicial;
Treinamento periódico; e
Treinamento eventual.

O QUE É EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Os EPI´s são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa
contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de
uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído
por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um
ou vários riscos simultâneos. A imagem abaixo ilustra alguns equipamentos de proteção
individual muito utilizados em atividades que apresentam riscos à saúde do trabalhador.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONJUGADO

O EPI conjugado é tão importante para a segurança do trabalhador quanto um Equipa-


mento de Proteção Individual comum. Isso porque oferece segurança a mais de uma
parte do corpo do usuário, já que utiliza de uma combinação de peças para um aumento
de proteção.

Ou seja, o EPI conjugado é composto de dois ou mais dispositivos que possuem a inten-
ção de proteger o trabalhador. Juntos, oferecem um sistema de proteção mais abrangente
e seguro, facilitando, muitas vezes, até mesmo a produtividade do colaborador.

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Um dos exemplos mais comuns que podemos citar é o uso do ca-
pacete de segurança com o protetor facial, por exemplo. Ambos
equipamentos são importantes e essenciais, juntos formam um sis-
tema mais simples e ágil de proteção.

É importante ressaltar que todos os Equipamentos de Proteção In-


dividuais são um direito do trabalhador. Por serem previstos na NR
6, seu fornecimento deve ser feito por parte da empresa e de maneira totalmente gratuita.
O mesmo acontece com o EPI conjugado.

Segundo a NR 6, no parágrafo 6.1.1, “entende-se como Equipamento Conjugado de Pro-


teção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha as-
sociado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam sus-
cetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”.

Ou seja, o EPI conjugado age como um facilitador. Oferecendo proteção a mais de uma
parte do corpo do trabalhador, e a mais de um tipo de risco simultaneamente. No entanto,
é preciso tomar alguns cuidados para que não acabe ocorrendo o efeito contrário.

Conjugar EPIs sem a devida precaução pode colocar o trabalhador em risco. Isso signi-
fica, portanto, que simplesmente usar dois dispositivos de proteção ao mesmo tempo não
se caracteriza como EPI conjugado. Primeiramente, é preciso que exista um risco que
não pode ser minimizado com apenas um equipamento, ou seja: a combinação dos dois é
que garantirá a proteção necessária. Segundo, deve ser utilizado equipamentos de prote-
ção que foram fabricados para esse fim e do mesmo fabricante.

QUANDO DEVE SER ADOTADO O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVI-


DUAL

O uso do equipamento de proteção individual deverá ser feito quando não for possível tomar
medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade,
ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes
para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de aci-
dentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.

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Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados no ambiente de
trabalho com o objetivo de proteger um ou mais trabalhadores dos riscos inerentes aos
processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos lo-
cais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização
de segurança, dentre outros.
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, este
tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os
efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente
ou se oferecer proteção parcialmente.
De acordo com a NR 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes
circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender situações de emergência.

O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado


com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho.

MÓDULO II – RESPONSABILIDADES RELACIONADAS AO EPI

O uso de EPI está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê a obriga-
toriedade da empresa em fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado aos ris-
cos e em perfeito estado de conservação e funcionamento. Caso não sejam fornecidos os
equipamentos aos funcionários e ocorrendo acidentes de trabalho, a empresa é responsa-
bilizada perante a legislação.

Para isso, compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina


do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e

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trabalhadores usuários, recomendar à empresa o EPI adequado ao risco existente em de-
terminada atividade.

Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar


o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habi-
litado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários

A NR6 também prevê, além das obrigações do empregador em fornecer os EPIs, que cabe
aos empregados a responsabilidade pelo seu uso, guarda e conservação.

A NR06 estabelece também as responsabilidades do fabricante ou importador e, ainda, as


responsabilidades do órgão nacional competente, hoje representado pelo Ministério do Tra-
balho e Emprego – MTE.

O que diz a Norma Regulamentadora nº 6:

6.6 Responsabilidades do empregador.


6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sis-
tema eletrônico.

6.7 Responsabilidades do trabalhador.


6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

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d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º
194, de 07 de dezembro de 2010)
6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
b) solicitar a emissão do CA;
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento apro-
vado;
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado
de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utiliza-
ção, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o
caso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus
EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário
proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos
mantenham as características de proteção original.
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com
deficiência.
6.11 Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

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c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e
g) cancelar o CA.

MÓDULO III – RISCOS OCUPACIONAIS

PORQUE DEVEMOS UTILIZAR OS EPIs

Quando se fala de segurança na execução das atividades, deve-se considerar os riscos ao


qual o trabalhador está exposto.

Os riscos ocupacionais são os riscos de acidentes ou adoecimento aos quais os trabalha-


dores estão sujeitos em um ambiente de trabalho. Qualquer situação que apresente risco
de danos à saúde ou segurança do trabalhador caracteriza um risco ocupacional.

O risco ocupacional é definido pela frequência com a qual uma pessoa pode sofrer danos
causados por uma fonte de perigo. Quanto maior a frequência de exposição ao fator de
risco, maior a probabilidade de haver consequências negativas.

Os riscos são avaliados em termos de consequências e de probabilidade dessas conse-


quências ocorrerem. Trata-se de uma medida de incerteza. Eles podem ter efeitos positivos
ou negativos. No entanto, a Gestão de SST se ocupa dos riscos potencialmente negativos
à saúde do trabalhador e ao meio ambiente.

O grau de exposição aos riscos ocupacionais está vinculado a 3 variáveis:

 Tempo de exposição – período durante o qual o trabalhador fica exposto ao agente


ou fator de risco;
 Intensidade ou concentração – nível acumulado do agente ou fator de risco no am-
biente de trabalho;
 Natureza do agente ou fator de risco – grau de nocividade ou potencial agressivo à
saúde do trabalhador.

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Quanto maior o tempo de exposição, a intensidade/concentração e a nocividade do agente
ou fator de risco, mais grave é o risco ao qual o trabalhador está exposto.

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS

Podemos dividir os riscos ocupacionais em 5 grandes grupos:

MÓDULO IV – EPI COMO MEIO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS

A prevenção de acidentes deve ser o objetivo de qualquer nível hierárquico, empresa e


procedimento de trabalho. Minimizar ou eliminar os riscos de qualquer atividade não é um
privilégio, mas uma meta a ser atingida e mantida permanentemente por todos nós em
nosso dia a dia de trabalho. O hábito de praticar segurança em todos os momentos do
nosso trabalho e de nossa vida.

Existem várias medidas e ferramentas que são utilizadas na prevenção, as quais devem
ser seguidas por todos a qualquer momento durante o percurso laboral. Seja qual for sua
função, desde uma área administrativa a uma operacional, o mais interessado na sua saúde
e segurança tem que ser você mesmo.

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Neste módulo vamos falar sobre os Equipamentos de Proteção Individual, como uma das
medidas de controles adotadas pela empresa.

Ao listar e classificar as ações de controle e mitigação a serem tomadas deve ser utilizado
a regra da hierarquia de riscos.

Lista de Equipamentos de Proteção Individual

A seleção do EPI depende do tipo de atividade e os riscos associados a essa. Cabe ao


Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT
recomendar à empresa o EPI adequado ao risco existente em determinado serviço, ouvindo
a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (quando houver) e todos os traba-
lhadores usuários.

Conheça um pouco mais sobre os principais equipamentos que protegem a saúde e inte-
gridade do trabalhador, e podem até salvar vidas, utilizados na empresa.

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Importante: os EPIs listados abaixo não representam a totalidade dos equipamentos
disponíveis. Cada agente de risco e atividade devem ser avaliadas, para melhor defi-
nição dos equipamentos adequados.

Capacetes
EPI para proteção da
cabeça
Capuz ou balaclavas

EPI para proteção dos


Óculos
olhos

EPI para proteção da Protetores facial e más-


face caras de solda

Protetores auditivos tipo


EPI para proteção audi-
concha e tipo plugs de
tiva
inserção

Respiradores Descartá-
veis,

Respiradores semi faci-


EPI para proteção Res- ais e faciais total
piratória

Respirador de adução
de ar

Vestimentas diversas
tais como coletes, aven-
tais e jalecos para prote-
EPI para proteção do ção de umidade, agen-
tronco tes químicos, calor, frio,
radiação etc.
Colete Balístico

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Vestimentas de corpo
inteiro e macacões para
EPI para proteção do
proteção de umidade,
corpo inteiro
agentes químicos, calor,
frio, radiação etc

Calçados de segurança
diversos para proteção
de umidade, agentes
EPI proteção de mem- químicos, calor, frio etc
bros inferiores
Perneiras diversos para
proteção de umidade,
agentes químicos, ani-
mais peçonhentos etc

Luvas diversos para


proteção de umidade,
agentes químicos, quei-
maduras, frio, cortes,
perfurações etc

EPIs proteção de mem-


bros superiores Cremes de Proteção (lu-
vas químicas)

Mangas e Mangotes di-


versos para proteção de
umidade, agentes quí-
micos, queimaduras etc

EPIs para proteção Cintos de segurança


contra quedas com di- com talabartes e/ou com
ferença de nível trava-quedas

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Utilização dos Principais EPI’s

Botinas de Couro e Botas Impermeáveis

Utilize o calçado de segurança com meias de algodão limpas, com


as botas impermeáveis utilize meias de cano longo, isso evitará atrito
com tornozelos e canela.

Calças de algodão deverão estar para dentro da bota de PVC, evi-


tando dessa forma contato com umidade. No caso de utilização com macacão ou calças
impermeáveis, neste caso deve ser utilizado com a boca da calça
cobrindo o cano da bota, a fim de impedir o escorrimento de produ-
tos para o interior do calçado.

Durante as atividades os calçados são os mais atingidos por produ-


tos e sujeitos a contato com sujidade, portanto é ideal que sejam
retiradas ainda com o uso das luvas, em local limpo onde o traba-
lhador não suje os pés.

Luvas

As luvas devem ser usadas de forma a evitar o contato das mãos com produtos químicos,
materiais abrasivos, cortantes, aquecidos etc.
Utilize luvas de acordo com o tamanho das suas mãos, não podendo ser
muito justas, para facilitar a colocação e a retirada, e nem muito grandes,
para não atrapalhar o tato e causar acidentes.
As luvas devem ser colocadas normalmente, colocando o cano para den-
tro das mangas de jalecos e uniformes. Em caso de utilização de luvas
impermeáveis é ideal que dobre a barra da luva ou utilize para dentro de
jaleco impermeável, com objetivo é evitar que o produto utilizado escorra
para dentro das luvas e atinja as mãos.
Antes de começar a retirar luvas impermeáveis, recomenda-se que
lave as luvas vestidas. Isto ajudará a reduzir os riscos de contami-
nação acidental.

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Deve-se puxar a ponta dos dedos das duas luvas aos poucos, de
forma que elas possam ir se desprendendo simultaneamente. Não
devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria o próximo uso e con-
taminaria a parte interna.

Respirador Descartável

Deve ser colocado de forma que os dois elásticos fiquem fixados corretamente e sem do-
bras, um fixado na parte inferior, na altura do pescoço, sem apertar as orelhas. O respirador
deve encaixar perfeitamente na face do trabalhador, não permitindo que haja abertura para
a entrada de partículas, névoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador deve
estar sempre bem barbeado.

Protetores auditivos

Protetor auditivo tipo plug

Com as mãos limpas, segure o protetor auditivo com os dedos polegar e indicador. Passe
a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo de sua orelha para facilitar a inserção. Insira
o protetor no canal auditivo, com cuidado, empurrando o protetor para se obter a melhor
colocação, de modo a permitir sua remoção.

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Protetor auditivo tipo Concha

Alinhe a altura das conchas de acordo com a posição de suas orelhas. Retire o excesso
de cabelo que fica entre o abafador e a orelha. Encaixe as conchas em suas orelhas de
forma que elas estejam totalmente inseridas no círculo interno da almofada. As conchas
devem ficar alinhadas verticalmente para proporcionar melhor vedação. Nunca use com
as conchas viradas para trás. Certifique-se de que a vedação esteja satisfatória, sem a in-
terferência de objetos como elásticos de respiradores ou armações de óculos.

MÓDULO V – CUIDADOS, HIGIENIZAÇÃO E LIMITAÇÃO DOS EPIS

LAVAGEM E MANUTENÇÃO DOS EPIS

A lavação e higienização dos EPIs devem ser feitas de acordo com as recomendações do
fabricante, disponíveis nas embalagens dos equipamentos.
A lavagem dos EPIs deve ser feita de forma cuidadosa
com o sabão neutro e não devem ficar de molho, devem
ser bem enxaguados para remover todo sabão e secar à
sombra.
O uso de alvejantes não é recomendado.
Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente,
para assegurar maior vida útil. Os EPI devem ser mantidos
separados das roupas da família.

CUIDADOS E CONSERVAÇÃO DOS EPIs E EPC

Os cuidados com os equipamentos de proteção garantem a segurança


dos trabalhadores, pois mantêm sua eficácia. A conservação garante

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maior durabilidade, reduzindo custos para as empresas com substituições desnecessá-
rias.

Equipamentos mal conservados podem oferecer desconforto durante a utilização e repre-


sentar riscos para a saúde dos trabalhadores. Portanto, a empresa estabelece normas e
procedimentos para promover o uso, a higienização, a conservação, a manutenção e a
reposição dos EPIs visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas.
Dentre eles destacamos:
 Treinamento de empregados quanto as limitações, uso, guarda e conservação de
EPIs e EPCs;
 Verificação de EPIs para garantia de condições de funcionamento e eficácia, através
de programas de Inspeções Periódicas e Inspeção pré uso (check list);
 Trocas periódicas de EPI’s, de acordo com estudos de depreciação e orientações de
fabricantes;

PERIODICIDADE DE TROCA DOS EPIS

Não há norma que indique o tempo de validade de EPIs, pois como é um item de proteção,
a qualquer momento pode sofrer alguma alteração oriunda de um acidente. Assim, o EPI
pode fazer seu papel, mesmo com minutos de utilização.

Os Equipamentos de Proteção sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes,


basta um exame visual para se notar que precisam ser trocados.

Todo EPI deve passar por testes visuais que devem ser realizados diariamente; se apre-
sentar qualquer deterioração que possa prejudicar seu desempenho e segurança, deve ser
solicitada sua substituição junto à área de Segurança do Trabalho ou setor responsável.

LIMITAÇÕES DOS EPIS

A proteção individual dos empregados depende de outros fatores, não somente do forneci-
mento do EPI e de sua utilização correta.
Conhecer os riscos aos quais estará exposto é fundamental para definição correta dos
meios de prevenção, incluindo o Equipamento de Proteção Individual.

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Certifique – se que o EPI escolhido garantirá a correta proteção. Informações importantes
de uso, guarda e limitações dos equipamentos de proteção são itens constantes das em-
balagens, por isso, leia atentamente o manual de instruções.
Utilize somente os EPIs fornecidos pelo empregador e siga as orientações de uso ade-
quado.
Em caso de dúvidas sobre o uso adequado ou qual equipamento de proteção utilizar para
a atividade que irá executar, procure sua liderança imediata, CIPA ou responsável pela
segurança do trabalho de sua empresa.

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FONTE / REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Economia. SIT Inspeção do Trabalho. NR 01 - Disposições Gerais e Ge-
renciamento de Riscos Ocupacionais, Portaria SEPRT nº 6.730, de 9 de março de 2020. Dispo-
nível em https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secreta-
ria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/nr-1 Acesso em 04/04/2022.

BRASIL. Ministério da Economia. SIT Inspeção do Trabalho. NR06 – 1Equipamento de Proteção


Individual – EPI. Portaria SIT nº 25, de 15/10/200, texto vigente. Disponível em
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-tra-
balho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf Acesso em
04/04/2022.

BRASIL. Ministério da Economia. SIT Inspeção do Trabalho. NR07 - Programa de Controle Mé-
dico e Saúde Ocupacional – PCMSO. Portaria MTB 1031, 06/12/2018, texto vigente. Disponível
em http://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-07.pdf.
Acesso em 13/01/2021.

BRASIL. Ministério da Economia. SIT Inspeção do Trabalho. NR-9 - Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais, Portarias SEPRT n.º 1.358 e 1.359, de 09 de dezembro de 2019, texto vigente.
Disponível em https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-
09-atualizada-2019.pdf. Acesso em 13/01/12021.

Boletim técnico protetores auditivos 3 M Pomp Plus - C.A. 5745. Disponível em https://multime-
dia.3m.com/mws/media/828292O/technical-bulletin-3m-pomp-plus.pdf. Acesso em 22/01/2021.
Manual de uso correto de EPIs ANDEF. Disponível em https://www.casul.com.br/arquivo/ima-
gem/d3d9446802a44259755d38e6d163e820Manual_EPI.pdf. Acesso em 29/03/2022.
Manual de boas práticas no uso de EPIs. Disponível em http://www.ufvjm.edu.br/pro-
ace/pae/doc_view/1116-.html Acesso em 04/04/2022.

BRASIL. Constituição Federal. Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977. Capítulo V - Artigo 158,
art. 166 e art. 167. Disponível em http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/l6514.htm#:~:text=de%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20Individual-,Art%20.,da-
nos%20%C3%A0%20sa%C3%BAde%20dos%20empregados. Acesso em 04/042022.

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NR 06 – EPI: Equipamento de Proteção Individual

Elaborado por ANDRESSA REGINA SILVA ALVES Data: 04/04/2022


Edição nº 01

Universidade Corporativa Empresas Funcional – UniFuncional


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