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GERENCIAMENTO DE

RISCOS
PROFESSOR MARCOS RODRIGUES

AULA 01
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A preocupação com riscos é algo recente?

• Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem


sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na
guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes
nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm
prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos.

• Eclesiastes 9:11
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A preocupação com riscos é algo recente?

• "Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não


se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro
suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não
for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele,
dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz
de terminar’.

• Lucas 14:28-30
HISTÓRICO
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Obviamente, não há um consenso sobre os primórdios
da Gestão de Riscos:
• Jogos de azar na antiguidade.
• Associação com superstições.
• Início do estudo das probabilidades (Pascal).
• WW2
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Se alguma coisa pode dar errado ......

Apr 11, 1955

Coronel John Paul Stapp


INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://youtu.be/vkfjI4_q0Ak
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Se alguma coisa pode dar errado ......

• https://time.com/4234265/stapp-clip-space-men/?jwsource=cl

• http://www.murphys-laws.com/murphy/murphy-true.html
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• If there is a possibility of several things going wrong, the one
that will cause the most damage will be the one to go wrong.
• Logic is a systematic method of coming to the wrong conclusion
with confidence.
• Washing your car constitutes a rain dance to the raining gods.
• Your current boss is the worst you've ever had until the next one.
• When the instructor is late, he will meet the principal in the hall.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Evolução da Gestão de Riscos.
• De: Adivinhações / superstições.
• Para: Estimativas racionais.
• Uso da ciência, tecnologia, capitalismo e democracia.

(mas o futuro continua imprevisível).

• Mitigação é a palavra chave:


• Tornar mais brando.
“You want a valve that doesn´t leak and you try everything
possible to develop one. But the real world provides you a leaky
valve. You have to determine how much leaking you can tolerate”

“Você quer uma válvula que não vaze e você tenta de tudo
possível para desenvolvê-la. O mundo real lhe dá uma válvula
que vaza. Você deve determinar o quanto de vazamento você
pode tolerar.”
Arthur Rudolph
 1906
 1996
BACKGROUND
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS

• Faz parte de algumas culturas (inclusive a nossa) o ato


de encarar as situações de maneira extremamente
otimista.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/09/28/interna-
brasil,791916/76-dos-brasileiros-se-consideram-otimistas-segundo-pesquisa.shtml
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://www.coletiva.net/comunicacao/o-melhor-do-brasil-e-o-brasileiro,191686.jhtml
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2007200403.htm
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS

• O ponto crítico é que este otimismo pode negligenciar


probabilidade de falhas.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://www.seguroauto.org/excesso-confianca-volante-levar-acidentes/
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https://veja.abril.com.br/esporte/chapecoense-em-relatorio-final-falta-de-
combustivel-causou-acidente/
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
https://autopapo.uol.com.br/noticia/recall-12-defeitos-mais-polemicos/
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS

• Em muitas situações a menção a riscos não é aceita ou


permitida.
• Ou pior, não é compreendida.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A norma IATF 16949:2016 trouxe um maior destaque
para as questões associadas a riscos.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A norma IATF 16949:2016 trouxe um maior destaque
para as questões associadas a riscos.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A norma ISO 9001:2015 trouxe um maior destaque para
as questões associadas a riscos.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A norma ISO 9001:2015 trouxe um maior destaque para
as questões associadas a riscos.
CONCEITOS
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Todas as nossas atividade diárias estão sujeitas a
algum tipo de risco, e os projetos também.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A dinâmica dos projetos torna os riscos variáveis ao
longo do tempo:
• Condições macro econômicas.
• Atrasos.
• Falhas em etapas do processo.
• Expectativas dos stakeholders.
• Alterações no time de projetos.
• Mudança de escopo.
• Alterações no mercado consumidor.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A dinâmica dos projetos torna os riscos variáveis ao
longo do tempo:
• Conflitos entre os stakeholders.
• Riscos “importados” de outros projetos.
• Fator transcultural.
• Idioma.
• Cultura.
• Calendário.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• A Gestão de Riscos administra os eventos não tratados
por outras ferramentas de análise de risco:
• PFMEA, DFMEA, SFMEA, etc.
• QFD, etc.
• Estes riscos mencionados acima referem-se
tipicamente a produto e/ou processo, e quando
atingem um nível crítico, podem migrar para a Gestão
de Riscos.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Uma regra prática:
• Os itens a serem incluídos no Plano de Gestão de Riscos
partem, geralmente:
• Do escopo do projeto.
• Dos milestones do projeto.
• Das atividades que são caminho crítico.
• De atividades geridas por outras ferramentas, que estão
numa condição limite.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Outra regra prática:

• Risco positivo: oportunidade.

• Risco negativo: risco.


INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Podemos dividir os riscos em dois níveis:
• Risco individual:
• Afeta um ou mais objetivos do projeto.

• Exemplos:
• Variação de custos.
• Atraso no lançamento.
• Degradação do padrão de qualidade.
• Alteração no design.
• Variação no volume de vendas.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Podemos dividir os riscos em dois níveis:
• Risco geral:
• Afeta o projeto como um todo, inclusive com
consequências aos stakeholders.
• Exemplos:
• Colapso do objeto do projeto.
• Mudança do cenário macroeconômico.
• Mudança do cenário político.
• Conturbação social.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Outra regra prática:

• SWOT:
• Pode ajudar a mapear riscos gerais do projeto, bem como
as oportunidades.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• IMPORTANTE:
• Todos os eventos de um projeto estão sujeitos a riscos.
• Muitas vezes – para não se dizer em todas – não é possível
eliminar por completo os riscos.
• É papel do Gerente de Projeto – com o apoio do time do
projeto e stakeholders – definir os limites aceitáveis ao risco,
para cada fator.
• Isto é possível?
• SIM !
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• IMPORTANTE:
• Através de:
• Especificações técnicas.
• Entrevistas com stakeholders.
• Contratos de fornecimento.
• Pesquisas de mercado.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• IMPORTANTE:
• Há empresas que são mais tolerantes a risco que outras.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Riscos periféricos aos projetos:
• Referem-se a fatos e situações não mapeadas diretamente
em cronograma, SWOT, entrevistas, etc., mas devem ser
capturadas pelo Gerente de Projeto.

• Nesta categoria podemos citar, mas não se limitar a:


INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Riscos periféricos aos projetos:
• Grau de maturidade da liderança da empresa na Gestão de
Projetos:
• Preservação dos objetivos do projeto.
• Manutenção dos Financials.
• Tolerância a atrasos.
• Priorização das ações para a sobrevivência do projeto.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Riscos periféricos aos projetos:
• Grau de maturidade do time de projeto no objeto do projeto.
• Experiência de projetos anteriores.
• Aplicação/derivação ou inovação.
• Validação dos limites das especificações técnicas.
• Capacidade de interpretação de resultados adversos.
• Recursos técnicos de avaliação.
• Possibilidade de intercâmbio de informações e resultados.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Riscos periféricos aos projetos:
• Grau de maturidade do time de projeto em Gestão de
Projetos:
• Preservação do escopo.
• Uso apropriado de recursos.
• Cultura de combate a desperdícios.
• Trabalho em equipe.
• Comunicação.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Robustez (ou resiliência) de um projeto:
• Com base nos riscos apontados, podemos avaliar a
capacidade do projeto em absorver variações de:
• Cronograma.
• Milestones.
• Expectativas dos stakeholders.
• Orçamento.
• Custos / Financials.
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
• Robustez (ou resiliência) de um projeto:
• Com base nos riscos apontados, podemos avaliar a
capacidade do projeto em absorver variações de:
• Escopo.
• Especificações técnicas.
• Características visuais e/ou sensoriais.
• Performance.
• Embalagem.
MOMENTO HANDS-ON
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCOS
1. Conceber um projeto simples.
2. Definir as etapas principais do cronograma.
3. Definir o time de projeto e seu perfil de conhecimento.
4. SWOT.
5. Definir os riscos individuais e gerais.
6. Avaliar os riscos periféricos.
OBRIGADO
PROFESSOR MARCOS RODRIGUES.

@marcos_rodrigues_br
marcos.rodrigues@faex.edu.br

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