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ADMINISTRAÇÃO DA

PRODUÇÃO E OPERAÇÃO
PROFESSOR MARCOS RODRIGUES

AULA 03
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
PARTE 02
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Rede de Operações:
• Considera todas as empresas envolvidas no processo de
geração do produto ou serviço.
• Sua configuração é resultante e deve estar alinhada com o
planejamento estratégico da empresa.
• Influência decisiva nos resultados.
• Apresenta características de dinamismo.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Perspectivas:
• Lado fornecimento:
• Fornecedores (internos e externos).
• Peças / informações / serviços.
• Lado da demanda:
• Clientes (internos e externos).
• Usuários finais ou não.
• Vários níveis.
• Rede de Operações:
• Toda a cadeia.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Quando bem projetada nos permite:
• Compreender a competitividade.
• Compreender os elos significativos.
• Focalizar questões de longo prazo.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Compreender a competitividade:
• Conhecer os processos / fornecedores das etapas
anteriores, de forma a identificar potenciais de ganhos ou
perdas.
• Políticas regionais de preços, salários e impostos,
características de performance, etc.
• Estabelecer conceitos e ideias próprias sobre os
subfornecedores e processos anteriores.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Compreender os elos significativos:
• São os elos mais vulneráveis da cadeia.
• Influenciam os resultados da empresa.
• Antes – fornecedores de insumos e processos
predecessores.
• Depois – clientes, processos sucessores.
• Sua avaliação resulta em ações específicas para
preservação do negócio.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Focalizar as questões de longo prazo:
• Identificar as situações críticas e sua influência nos
resultados da operação.
• Se necessário intervir nos processos / clientes /
fornecedores.
• Balizador para o futuro e preservação do empreendimento.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Decisões de projeto na Rede de Operações:
• Configuração da Rede de Operações.
• Localização das Operações.
• Capacidade produtiva.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Configuração da Rede de Operações:
• Operar com o menor número de participantes.
• Eliminação de intermediários.
• Automação.
• Aquisições / fusões.
• Simplificação de processos.
• Reconfiguração de produtos.
• A configuração específica de cada operação será abordada
no tópico “Arranjo Físico”.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Configuração da Rede de Operações:
• Coopetição (aumentar valor entre clientes e fornecedores).
• Coopetição pode existir entre concorrentes (surgimento de
um bairro de restaurantes) ou complementares (brindes na
venda de produtos)
• Fazer internamente ou terceirizar? Fazer ou comprar? Estas
são decisões de integração vertical.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Configuração da Rede de Operações:
• Integração Vertical (fazer ou comprar / make or buy):
• É influenciada inicialmente por questões de custo. Tecnologia,
qualidade, flexibilidade e estratégia de empresa influenciam a
decisão.
• A integração vertical pode ser na direção de adquirir seus clientes
ou seus fornecedores.
• A amplitude depende a estratégia e recursos da empresa.
• Na decisão de terceirizar deve-se ponderar a importância
estratégica da operação.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Configuração da Rede de Operações:
• Integração Vertical (fazer ou comprar / make or buy):
• O conhecimento específico da operação também afeta a decisão
de terceirização.
• Se a operação a ser terceirizada está associada de maneira
positiva à empresa, a terceirização é questionável.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Localização das Operações:
• Pode ser histórica.
• Mudanças na demanda podem gerar questionamentos
acerca da sua localização.
• Da mesma forma, a mudança da localização de
fornecedores pode afetar a localização da empresa.
• A definição da localização busca o equilíbrio entre os custos
variáveis, nível do serviço a ser oferecido aos clientes e a
receita da operação.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Localização das Operações:
• Os custos de mão de obra, terreno, energia, impostos,
logísticos, sócio-políticos devem ser considerados, bem
como a geografia do terreno.
PROJETO DA REDE DE OPERAÇÕES
• Capacidade Produtiva:
• É afetada pelo mix de produção desejado.
• Deve buscar um equilíbrio com a demanda.
• Seu dimensionamento é estratégico.
• O aumento de capacidade é algo geralmente lento e
custoso por envolver contratação de pessoal, aquisição de
equipamentos, financiamentos, etc.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Também chamado de layout.
• Trata-se da localização física dos recursos transformadores
ao longo do processo.
• Além de ditar o fluxo de materiais e informações, determina
a aparência da operação.
• Influencia de maneira direta as condições de segurança e
satisfação dos colaboradores.
• De uma maneira geral, envolve custos elevados de
modificação.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Um bom arranjo físico é caracterizado por:
• Segurança:
• Tanto para a mão de obra como para os clientes.
• Envolve as questões da operação, circulação de pessoal,
ergonomia, ambientais, etc.
• Extensão do fluxo controlada:
• O fluxo não deve ser maior do que o necessário.
• Em alguns casos pode significar o menor caminho a percorrer.
• Levar em consideração a massa do material a ser deslocado.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Um bom arranjo físico é caracterizado por:
• Clareza de fluxo:
• Sinalização adequada.
• Sinalização de todos os tipos: pisos, paredes, luminosos,
sonoros, etc.
• Aplicável tanto em manufatura como em serviços.
• Conforto aos funcionários:
• Associado à segurança.
• Bom ambiente de trabalho (iluminado, ventilado, etc.).
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Um bom arranjo físico é caracterizado por:
• Coordenação Gerencial:
• Comunicação rápida e fácil.
• Visualização do processo, operações e fluxo de materiais.
• Acessibilidade:
• A todos os equipamentos e etapas do processo.
• Por todos os colaboradores.
• Controle do nível de acesso pode ser utilizado.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Um bom arranjo físico é caracterizado por:
• Uso racional do espaço físico:
• Conciliar a área ocupada x propósito do processo.
• Hotel de luxo x fábrica.
• Fundição x montagem eletrônica.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Introdução:
• Um bom arranjo físico é caracterizado por:
• Flexibilidade de longo prazo:
• Considera o planejamento de médio e longo prazo da empresa.
• Prevê expansões.
• Reversível.
• Alinhado com a estratégia da empresa, quando possível.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Tipos básicos de arranjo físico:
• Posicional.
• Funcional.
• Celular.
• Por produto.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Posicional: (posição)
• O material a processar fica parado, e os recursos
transformadores que se movimentam.
• Necessita de espaço e um bom planejamento da
movimentação de recursos e pessoal.
• Rodovias, edifícios, navios, etc.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Posicional:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Posicional:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Funcional: (departamentos)
• A distribuição é efetuada em função do tipo dos recursos
transformadores.
• Recursos similares são agrupados.
• Podemos também dizer que é um layout dividido em
departamentos.
• Supermercados, grandes magazines, hospitais, fábricas,
etc.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Funcional:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Celular: (Tipicamente em forma de “U”)
• Os recursos transformadores agrupados são geralmente
diferentes entre si.
• O recurso a ser transformado circula pelo local (célula).
• Nem todos os produtos utilizam todos os recursos
transformadores.
• Loja de conveniência, restaurante self-service, setores
fabris, etc.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Funcional:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Celular:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Por produto:
• Os recursos transformadores são agrupados, geralmente em
linha.
• Todos os recursos transformadores são utilizados nos
recursos a serem transformados.
• Linhas de produção, atendimento em repartições públicas,
lava rápido mecanizado, etc.
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Por produto:
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Critérios de seleção:
Vantagens Desvantagens
-Flexibilidade de mix e produto muito alta
-Custo unitário elevado
- Produto ou cliente não movido ou
-Complexidade na programação de
Posicional perturbado
espaços e movimentação
-Alta variedade de tarefas para a mão de
-Muita movimentação de recursos
obra
-Flexibilidade de mix e produto alta
-Baixa utilização de recursos
-Relativamente robusto em casos de
-Tendência de possuir estoque em
Funcional interrupção
processo
-Supervisão de equipamentos e instalações é
- Fluxo complexo
fácil
ARRANJO FÍSICO E FLUXO DE PRODUÇÃO
• Critérios de seleção:
Vantagens Desvantagens
-Caro se implantado em layout
-Equilíbrio entre custo e flexibilidade para
existente (ex. linha)
operações com alta variedade de produtos
Celular -Pode demandar recursos adicionais
-Atravessamento rápido
-Pode reduzir nível de utilização dos
- Trabalho em grupo gera motivação
recursos
-Baixo custo unitário para altos volumes
-Oportunidade para especialização do -Pode ter baixa flexibilidade de mix
Produto equipamento - Robustez limitada em interrupções
- Movimentação adequada de clientes e -Trabalho repetitivo
materiais
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Introdução:
• A presença de tecnologia é identificada em quase todas as
operações.
• Evolução contínua.
• Utilizar a tecnologia para vender um produto ou serviço.
• Engenheiros de Imaginação.
• Clientes não humanos (ordenhadeiras).
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Introdução:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Introdução:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Critérios para seleção:
• O que esta tecnologia é diferente das similares?
• Como ela faz isto? (com quais características particulares
da sua tecnologia).
• Que benefícios esta tecnologia oferece à operação
produtiva?
• Que limitações esta tecnologia traz para a operação
produtiva?
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Alguns exemplos:
• Máquinas CNCs.
• Robôs.
• Veículos automaticamente guiados (AGV).
• Manufatura integrada por computador (CIM).
• Sistema flexível de manufatura (FMS).
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Máquinas CNCs:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Máquinas CNCs:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Robôs:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Robôs:
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Veículo Automaticamente Guiado (AGV):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Veículo Automaticamente Guiado (AGV):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Manufatura integrada por computador (CIM):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Manufatura integrada por computador (CIM):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Sistema flexível de manufatura (FMS):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Sistema flexível de manufatura (FMS):
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Resumo
MÁQUINA FERRAMENTA CNC
REALIZA CORTES E OPERAÇÕES DE FORMA EM METAIS (GERALMENTE)
O QUE FAZ
ATRAVÉS DE CONTROLE POR COMPUTADOR
INSTRUÇÕES EM SOFTWARE ACIONAM OS COMANDOS DA MÁQUINA,
COMO FAZ
OU LEITURA DE MODELO EM 3 DIMENSÕES

VANTAGENS PRECISÃO, PRODUTIVIDADE, USO OTIMIZADO DOS FERRAMENTAIS

RESTRIÇÕES CUSTO DOS EQUIPAMENTOS E MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA


TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Resumo
ROBÔ
O QUE FAZ MOVE PRODUTOS, PEÇAS E FERRAMENTAIS
OPERA POR MEIO DE UM BRAÇO PROGRAMÁVEL E CONTROLADO
COMO FAZ
POR COMPUTADOR. USA UMA PINÇA ESPECÍFICA NAS PONTAS
USO EM SITUAÇÕES INSALUBRES, REPETITIVAS COM MENOR
VANTAGENS
CUSTO E CAPACIDADE DE REPETIÇÃO
NÃO EXECUTA FUNÇÕES QUE DEPENDAM DE RESPOSTA
RESTRIÇÕES
SENSORIAL DELICADA OU JULGAMENTO SOFISTICADO
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Resumo
VEÍCULO GUIADO AUTOMATICAMENTE (AGV)

O QUE FAZ MOVE MATERIAL ENTRE OPERAÇÕES

VEÍCULOS COM ENERGIA INDEPENDENTE E GUIADOS POR COMPUTADOR


COMO FAZ
(GPS)

VANTAGENS MOVIMENTO INDEPENDENTE, FLEXIBILIDADE DE ROTA E USO CONTÍNUO

RESTRIÇÕES CUSTO ELEVADO


TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Resumo
MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR
COORDENA O PROCESSO DE MANUFATURA DE UM PRODUTO OU
O QUE FAZ
COMPONENTE
CONECTA E INTEGRA A TECNOLOGIA ASSOCIADA AO PROJETO (CAD),
TECNOLOGIA DE MANUFATURA (CAM OU FMS), MANUSEIO DE MATERIAIS
COMO FAZ
(AGVs OU ROBÔS) E A GESTÃO IMEDIATA DESTAS ATIVIDADES POR SOFTWARES
DE MRP
TEMPOS DE ATRAVESSAMENTO MENORES, FLEXIBILIDADE SE COMPARADO
VANTAGENS
COM OUTRAS TECNOLOGIAS.
CUSTO ELEVADO E CAPITAL, INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS, E
RESTRIÇÕES
VULNERABILIDADE A PARADAS.
TECNOLOGIA DE PROCESSOS
• Resumo
SISTEMA FLEXÍVEL DE MANUFATURA
PRODUZ UMA FAMÍLIA DE PRODUTOS COM BAIXA INTERVENÇÃO
O QUE FAZ
HUMANA
ATRAVÉS DA INTEGRAÇÃO DE MÁQUINAS, ROBÔS E DISPOSITIVOS
COMO FAZ
DIVERSOS
MENOR TEMPO DE ATRAVESSAMENTO, MELHOR UTILIZAÇÃO DO
VANTAGENS CAPITAL INVESTIDO, MENOR ESTOQUE EM PROCESSO, QUALIDADE
CONSTANTE,
CUSTO ELEVADO E CAPITAL, NECESSIDADE DE EQUIPES
RESTRIÇÕES
ESPECIALIZADAS, VULNERÁVEL A QUEBRAS
“If you can’t fly then run, if you can’t run then walk, if you
can’t walk then crawl, but whatever you do you have to keep
moving forward.”
“Se você não pode voar, corra. Se você não consegue
correr, ande. Se você não consegue andar, engatinhe, mas o
que quer que você faça, continue a se mover para a frente .”

Martin Luther King Jr.


 1929
 1968
OBRIGADO
PROFESSOR MARCOS RODRIGUES.

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