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Projeto e gerenciamento de redes

na cadeia de suprimentos

Disciplina: Logística Industrial

Prof. Me. Diego José Casagrande


diego.casagrande@fatectq.edu.br
Projeto e gerenciamento de redes
na cadeia de suprimentos

• Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), nenhuma


operação produtiva, ou parte dela, existe isoladamente.

• Todas as operações fazem parte de uma rede maior e


mais abrangente, interconectada com outras operações.

• Em nível estratégico, os gerentes de produção estão


envolvidos em "projetar" a melhor configuração da rede na
qual as suas operações se encontram inseridas.
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• Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), as decisões de


projeto da rede começam com a definição dos objetivos
estratégicos para a posição da operação na rede.

• Isso ajuda a produção a decidir como quer influenciar a forma


geral de sua rede, a localização de cada operação produtiva e
como administrar sua capacidade geral dentro da rede.
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na cadeia de suprimentos
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• Para Slack, Chambers e Johnston (2002), a “chave”


para compreender a dinâmica funcional das redes de
suprimentos consiste na identificação das partes de rede
(configuração) que contribuem para os objetivos de
desempenho valorizados pelos consumidores finais.
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• Mesmo quando uma operação produtiva não possui ou


controla diretamente outras operações na rede, esta ainda
pode desejar usar a sua influência para mudar sua formatação.

• Isso envolve tentar gerenciar o comportamento da rede por


meio de sua reconfiguração, de modo a modificar o escopo
de atividades desempenhadas em cada operação e a natureza
dos relacionamentos entre os seus atores (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
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• Para Slack, Chambers e Johnston (2002), reconfigurar a rede


de suprimentos muitas vezes envolve a fusão de partes da
operação e não necessariamente uma mudança da propriedade
sobre partes da operação, mas uma realocação das
responsabilidades pela realização de tais atividades.
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na cadeia de suprimentos
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• Segundo Chopra e Meindl (2016), de modo geral, as decisões


de configuração de rede da cadeia de suprimentos incluem a
atribuição do papel das instalações, da localização de
instalações relacionadas à manufatura, do armazenamento,
transporte e da alocação de capacidade e mercados.
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• Deste modo, as decisões de projeto de rede da cadeia de suprimentos são


classificadas da seguinte forma:

1. Papel das instalações: Que papel cada uma das instalações deve
desempenhar? Que processos são realizados em cada uma das
instalações?;

2. Localização das instalações: Onde as instalações devem estar


localizadas?;

3. Alocação de capacidade: Quanta capacidade deve ser alocada a cada


uma das instalações?;

4. Alocação de mercado e suprimentos: A que mercados cada instalação


deverá atender? Que fontes de suprimentos devem alimentar cada uma das
instalações?
Projeto e gerenciamento de redes na
cadeia de suprimentos
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• De acordo com Ballou (2007), dentro de um projeto de rede


de suprimentos, o aspecto espacial trata da localização de
instalações (fábricas, armazéns e pontos de varejo) a partir da
perspectiva de um plano geográfico.

• Assim, a quantidade, o tamanho e a localização de instalações


são determinados pelos seguintes itens: custos de
produção/compra; custos da instalação (estocagem, de
manuseio e custos fixos) e custos de transporte.
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• Já o problema temporal, por sua vez, envolve a manutenção


da disponibilidade de produtos em proporções suficientes para
suprir as metas do serviço ao cliente.

• A disponibilidade do produto pode ser concretizada por


intermédio do tempo de resposta pedido/produção ou pela
manutenção de um estoque próximo do cliente.

• Neste sentido, a otimização do tempo da aquisição do produto


por parte do cliente é considerado o aspecto mais relevante.
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• Segundo Ballou (2007), os aspectos estratégicos que


englobam a configuração exitosa de uma rede de suprimentos
são:

- Relação de todos os itens da linha de produtos;


- Localizações de clientes, pontos de estocagem e pontos de
origem;
- Demanda de cada produto conforme a localização dos clientes;
- Tarifas ou custos dos transportes;
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- Tempos de viagem, tempos de transmissão de pedidos e tarifas de


atendimento de pedidos;
- Tarifas ou custos de armazenagem;
- Custos de produção/compra;
- Tamanhos de embarques por produto;
- Níveis de estoques por local por produto e os métodos para controlá-
los;
- Padrões de pedidos por frequência, tamanho, sazonalidade e
conteúdo
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- Custos de processamento de pedidos e os pontos em que


ocorrem;
- Custo de capital;
- Metas de serviço aos clientes;
- Equipamento e instalações disponíveis, com os respectivos
limites de capacidade;
- Padrões de distribuição da realização das vendas
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• Segundo Ballou (2007), o problema do projeto de rede tem


aspectos tanto de espaço (espacial) quanto de tempo.

• Para Chopra e Meindl (2016), as decisões de projeto de rede


têm impacto significativo no desempenho da cadeia de
suprimentos, pois determinam as configurações da mesma.

• Decisões referentes a localização de instalações exercem


um impacto em longo prazo sobre o desempenho de uma
cadeia de suprimentos, pois é muito caro fechar uma instalação
ou mudá-la para um local diferente.
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• Dentro do projeto de rede, a alocação de capacidade, por sua


vez, pode ser alterada mais facilmente do que sua localização.

• Contudo, as decisões sobre capacidade tendem a assumir um


alto grau de complexidade.

•Alocar muita capacidade a um local resulta em má utilização e,


como resultado, em custos mais altos.

• Por outro lado, alocar pouca capacidade resulta em fraca


responsividade se a demanda não for satisfeita.
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• Já a alocação de mercados e de fontes de suprimentos,


por sua vez, só podem ser mudadas se as instalações forem
flexíveis o bastante para atender a diferentes mercados
(demandas) e receber insumos de diferentes fontes.

• As decisões do projeto de rede devem ser revistas à medida


que uma empresa cresce ou se une a outra.
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• Fatores que influenciam decisões do projeto de rede:

- Fatores estratégicos;
- Fatores tecnológicos;
- Fatores macroeconômicos;
- Fatores políticos;
- Fatores de infraestrutura;
- Fatores competitivos;
- Tempo de resposta;
- Custo de logística instalação.
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• Para Bowersox et al. (2014), os principais aspectos a


serem considerados no projeto de uma rede logística são
requisitos resultantes da integração de estratégias de
compras, produção e relacionamento com o cliente.
Referências

• BALLOU, R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial.


5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

• BOWERSOX, D.J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed.


Porto Alegre: AMGH, 2014.

• CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia,


planejamento e operações. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

• CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São


Paulo: Cencage, 2018.

• CORRÊA, H.L. Administração de cadeias de suprimento e logística: o


essencial. São Paulo: Atlas, 2014.
Referências

• LEITE, P.R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

• MORABITO, R.; IANNONI, A.P. Logística agroindustrial. In: BATALHA, M.O.


(Org.). Gestão agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p.184-255.

• NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2007.

• SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção.


2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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