O papel da logística na dinâmica

mercadológica contemporânea

Disciplina: Logística, Redes de Suprimentos e Operações

Prof. Me. Diego José Casagrande

diego.casagrande@immes.edu.br
 O papel da logística na dinâmica
mercadológica contemporânea

• Em sua perspectiva, o que o termo “logística” representa?

• É possível que uma empresa sobreviva sem logística?

• Para você, qual a importância que tal área assume?

• A logística possui um caráter estratégico ou operacional?

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• De acordo com Ballou (2007), nos primórdios da

humanidade, grande parte das mercadorias essenciais
para a sobrevivência humana não eram produzidas
próximas aos lugares nas quais eram consumidas.
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• Segundo Ballou (2007), devido a inexistência de sistemas

desenvolvidos de transporte e armazenamento na antiguidade, o
movimento das mercadorias limitava-se àquilo que as pessoas
conseguiam fazer por suas próprias forças.

•A ausência das atividades logísticas obrigava as pessoas a

viverem perto das fontes de produção, acarretando assim na
limitação do consumo de uma quantidade significativa de bens.

• Mesmo na atualidade, em algumas regiões do mundo, o consumo

e a produção ocorrem em âmbitos geográficos distintos.
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• Ao expandirem as suas capacidades produtivas por meio do

advento da Revolução Industrial, as empresas não queriam
mais restringir as suas operações somente as cidades e/ou
regiões nas quais estavam instaladas fisicamente.

•Assim, as atividades logísticas surgiram com a finalidade de

escoar a produção para diferentes mercados de forma segura
e econômica, atendendo as demandas externas de forma
eficaz.
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• De acordo com Novaes (2007), em sua origem, o conceito de

Logística estava essencialmente ligado às operações militares.

• Entretanto, com a explosão de novos mercados mundiais e o

processo de globalização, o desafio das empresas passou a
ser levar os seus produtos para diferentes áreas geográficas.

• Desde o final da II Guerra Mundial, a logística apresentou uma

evolução continuada, sendo considerada atualmente um dos
elementos chave na estratégia competitiva das organizações.
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• Sob um viés de caráter tecnicista, compreende-se que uma

indústria precisa transportar seus produtos da fábrica para os
depósitos ou para as lojas de seus clientes (NOVAES, 2007).

• Antigamente, entretanto, grande parte dos executivos

consideravam que essas operações eram atividades de apoio,
inevitáveis, das quais não agregavam nenhum valor ao produto.
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• Antes visualizadas pelas empresas exclusivamente como

um centro de custo, as atividades logísticas passaram a ser
tratadas como um elemento necessário a fim de solucionar
o distanciamento espacial existente entre as indústrias e
seus mercados consumidores (NOVAES, 2007).

• É possível afirmar assim que, em períodos da antiguidade,

o setor de logística atuava de forma reativa e não proativa.
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• A logística, em sua essência de atuação, está presente

em todos os campos de atividades sociais e comerciais.

•Segundo Ballou (2007), em todas as áreas, seja no

campo pessoal ou empresarial, os fluxos de bens e
serviços ocorrem de forma ininterrupta.

•Diante deste contexto, o principal objetivo da logística é

disponibilizar os produtos/serviços demandados nos
locais requeridos de forma ágil e economicamente viável.
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• Novaes (2007) salienta que, ao sair da fábrica, o produto já

possui um valor intrínseco a ele agregado, mas esse valor
somente estará totalmente completo quando o mesmo estiver
disponível e/ou acessível ao seu consumidor final.

• Para que o consumidor possa usufruir o produto em toda sua

plenitude, é necessário que a mercadoria seja colocada no
lugar desejado, bem como no tempo e nas condições
(qualidade) estabelecidas, mediante informações adequadas.
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• Por exemplo, uma geladeira comprada por um indivíduo só gera

seu valor intrínseco e integral quando for instalada na casa do
comprador e passar a refrigerar seus alimentos (NOVAES,
2007).

• O sistema logístico, por mais primitivo que seja, tem como uma
das finalidades principais agregar um valor de lugar ao produto.

• Contudo, os aspectos vinculados a tempo, qualidade e

informações também são considerados elementos essenciais.
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• De acordo com Ballou (2007), à medida que os sistemas

logísticos foram sendo aperfeiçoados, o consumo e a
produção experimentaram uma separação geográfica.

• Segundo Bowersox et al. (2014), em todo o planeta, 24

horas por dia, sete dias por semana, durante 52 semanas
por ano, a logística se preocupa em levar bens e serviços
aonde eles são demandados e no momento desejado.
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• Comumente, a maioria dos consumidores não percebe o alto

nível da competência logística (BOWERSOX et al., 2014).

• Quando os consumidores adquirem produtos em uma loja

física ou virtualmente, os mesmos esperam, naturalmente, que
as suas entregas sejam realizadas conforme o prometido.
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• Segundo Ballou (2007, p. 25), “as atividades logísticas

são a ponte que faz a ligação entre locais de produção e
mercados separados por tempo e distâncias”.
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• Conceitualmente, Ballou (2007) afirma que a logística se refere ao

processo de planejar, implementar e controlar, de maneira eficiente
e eficaz, o fluxo e a armazenagem de bens, serviços e informações
relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
com o propósito de adequar as necessidades dos clientes.
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• Na perspectiva de Bowersox et al. (2014), é por meio do

processo logístico que a matéria-prima chega até a
capacidade produtiva de uma nação industrializada e os
produtos acabados são distribuídos aos consumidores.

• Para Ballou (2007), é essencial visualizar a logística como

um processo, pois a mesma inclui todas as atividades
vitais para a disponibilização de bens e serviços aos
consumidores quando e onde estes quiserem adquiri-los.
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• Para Morabito e Iannoni (2009), o conjunto de atividades

logísticas é responsável pelo fluxo físico e de informações
desde a obtenção da matéria-prima até a distribuição do
produto final da empresa para os consumidores.

• A missão da logística, desta forma, é colocar os bens ou

serviços certos, no lugar, no tempo, nas condições e na forma
desejadas pelos clientes, com o menor custo possível.
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• De acordo com Novaes (2007), todos esses elementos

presentes no processo logístico devem ser enfocados com um
objetivo fundamental: satisfazer as necessidades e
preferências dos consumidores finais.

• No entanto, cada elemento da cadeia logística é também

cliente de seus fornecedores, criando uma perspectiva de
caráter sistêmico e integrado.
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• De acordo com Ballou (2007), as atividades logísticas

ocorrem por meio de uma longa e complexa cadeia de
processos, na qual matérias-primas são supridas para
centros produtivos que, por sua vez, as convertem em
produtos semiacabados e acabados para, posteriormente,
distribuí-los aos centros de consumo (clientes finais).
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• Ao invés de ser confundida com cadeia de suprimentos, a

logística deve ser considerada parte integrante da mesma,
já que as atividades que a compõem são repetidas por
diversas vezes no decorrer do funcionamento desta cadeia.
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• Segundo Ballou (2007), a logística engloba um conjunto de

atividades funcionais que se repetem inúmeras vezes ao longo do
canal pelo qual as matérias-primas vão sendo convertidas em
produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor.

•As atividades logísticas se repetem à medida que os produtos

são transformados a montante dentro de seu canal de
distribuição.
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• De acordo com Ballou (2007), o valor da logística é

manifestado primariamente em termos de tempo e lugar.

• Os produtos e serviços, de forma geral, não têm valor a

menos que estejam em poder dos clientes quando
(tempo) e onde (lugar) eles pretenderem consumi-los.

• Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor

quando não está ao alcance dos clientes no momento e
lugar nas quais são demandados.
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• Segundo Novaes (2007), considera-se que o processo de

evolução da logística pode ser dividido em quatro fases,
sendo que a última delas corresponde ao atual conceito de
SCM.

- 1ª fase: Atuação segmentada;

- 2ª fase: Integração rígida;
- 3ª fase: Integração flexível;
- 4ª fase: Integração estratégica
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• Em termos estratégicos, Ballou (2007) ressalta que as atividades

logísticas possuem considerável influência sobre a eficiência e
eficácia tanto da produção quanto da comercialização.

• Considera-se, deste modo, a necessidade de um processo de

interface/integração entre as áreas de logística, marketing e
produção (operações) na dinâmica funcional das organizações.
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• Em termos funcionais, “logística” e “cadeia de suprimentos”

representam a mesma coisa? A resposta é.... NÃO !

• Para Bowersox et al. (2014), dentro da gestão da cadeia de

suprimentos de uma empresa, a logística é a função necessária
para transportar e posicionar geograficamente o estoque.
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• Assim, a logística representa um subconjunto de atividades e

ocorre dentro do quadro mais abrangente da cadeia.

• A logística é o processo que cria valor pela gestão e pelo

posicionamento do estoque, combinada ao gerenciamento de
pedidos, estoque, transporte e o manuseio de materiais e da
embalagem, integrados por meio de uma rede de instalações.

• Já a cadeia de suprimentos, por sua vez, refere-se aos

vínculos comerciais entre empresas a montante e a jusante.
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• Segundo Bowersox et al. (2014), entende-se que a logística

agrega valor aos processos da cadeia de suprimentos quando o
estoque é estrategicamente posicionado para gerar vendas.

• Em geral, as empresas que possuem atividades logísticas de

alto nível tendem a conquistar vantagens competitivas como
resultado de fornecer um serviço superior aos seus clientes.

• No viés estratégico, o desempenho logístico básico é medido

em termos de disponibilidade de estoque, desempenho
operacional e confiabilidade do serviço.
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• Nas empresas, o estoque (mercadorias) possui um

valor limitado até que esteja posicionado no momento e
no local certos para apoiar a transferência de
propriedade ou a criação de valor agregado.

• Mediante essa conjuntura, se uma empresa não satisfaz

consistentemente junto ao mercado aos requisitos de
tempo e de local, ela não tem “nada” para vender
(BOWERSOX ET AL., 2014).
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• A logística, eu seu aspecto global, é o conjunto de

processos que conecta os participantes da cadeia de
suprimentos em operações interdependentes por meio
de uma perspectiva integrada (BOWERSOX et al., 2014).

• Deste modo, segundo Ballou (2007), a logística

empresarial procura atingir metas de processos de
cadeia de suprimentos que venham a conduzir a
organização para os objetivos globais.
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Redução de Consolidação
estoques de cargas

Redução da
variação Qualidade

Integração
Capacidade Suporte ao
de resposta logística ciclo de vida
estratégica
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Retomando alguns conceitos fundamentais...

• A gestão operacional da logística preocupa-se com a

movimentação e o armazenamento de estoques na forma de
matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados.

• As operações logísticas começam com o carregamento inicial

de uma matéria-prima ou componente por um fornecedor e
terminam quando um produto manufaturado ou processado é
entregue a um cliente/consumidor (BOWERSOX et al., 2014).
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Retomando alguns conceitos fundamentais...

• Desde a compra inicial de uma matéria-prima ou de qualquer

insumo, o processo logístico agrega valor ao produto ao
movimentá-lo para quando e onde for necessário.

• Exemplo: uma peça individual tem mais valor depois de ser

incorporada a uma máquina do que possuía isoladamente.

• Da mesma forma, uma determinado produto ou bem tem mais

valor após ser entregue ao seu consumidor final.
 Referências

• BALLOU, R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial.

5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

• BOWERSOX, D.J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed.

Porto Alegre: AMGH, 2014.

• CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia,

planejamento e operações. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

• CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São

Paulo: Cencage, 2018.

• CORRÊA, H.L. Administração de cadeias de suprimento e logística: o

essencial. São Paulo: Atlas, 2014.
 Referências

• LEITE, P.R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

• MORABITO, R.; IANNONI, A.P. Logística agroindustrial. In: BATALHA, M.O.

(Org.). Gestão agroindustrial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. p.184-255.

• NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio

de Janeiro: Elsevier, 2007.

• SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção.

2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.