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Escola Técnica Estadual de Monte Mor

Curso: Técnico em Administração Turma: 1º Módulo


Componente Curricular: Técnicas Organizacionais
Docente responsável: Prof. Esp. Diego José Casagrande
Critérios de desempenho: Cumprimento formal das tarefas propostas;
Compreensão; Clareza na exposição escrita; Argumentação consistente; Coerência e
coesão; Relacionamento de ideias; Relacionamento de conceitos.
Alunos (a): Data:
____/____/____

ATIVIDADE AVALIATIVA 1 – 1º TRIMESTRE

Leia atentamente o texto de apoio abaixo e, em seguida, apoiando-se nos conceitos


sobre Técnicas Organizacionais abordados na última aula, responda as questões:
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Desorganização: como a bagunça no trabalho pode ser prejudicial ao desempenho

Natalia Gómez - VOCÊ S/A - 20 jan 2020.

Trabalhar em um local caótico pode parecer inofensivo, afinal, é fácil encontrar


outras pessoas com mesas mais caóticas do que a sua. Porém, de acordo com
especialistas, a desordem pode comprometer não apenas a saúde, mas também a
produtividade e a carreira.
Um dos principais problemas de uma estação de trabalho desordenada é que, muitas
vezes, ela dificulta a identificação de objetos. Consequentemente, o funcionário perde tempo
e energia atrás de documentos físicos e digitais, além de outros itens de trabalho, afetando
as entregas e o humor. E esse tempo, aparentemente irrelevante a princípio, pode se
mostrar bem representativo a longo prazo.
De acordo com um estudo realizado pelo aplicativo de localização Pixie, por
exemplo, os americanos gastam, em média, 2,5 dias por ano apenas procurando objetos
perdidos no trabalho. Não raramente, algumas histórias terminam mal, com documentos
importantes perdidos para sempre e a reputação profissional arranhada. Foi o que
aconteceu com o vice-presidente da fabricante de colchões Sono Quality, Luciano Brasil, de
37 anos. Em 2013, quando era supervisor da operação de telemarketing da companhia, ele
perdeu um documento importante que estava em um pen-drive. “Minha mesa tinha muitas
coisas espalhadas, era papel para todo lado e diversos pen-drives”, conta Luciano.
O arquivo desaparecido, que não possuía uma cópia de segurança, continha a
primeira etapa de um plano da empresa para aumentar o número de visitas a clientes. Sem
achar o original de jeito nenhum, Luciano teve de recomeçar o planejamento do zero,
provocando um atraso de 30 dias na implantação do projeto.
Além de perder a credibilidade, a liderança da iniciativa foi parar nas mãos de outro
colega, e o executivo ficou na geladeira por alguns meses. “Naquele momento comecei a
enxergar que o fator ‘organização’ estava me prejudicando muito”, afirma. E aquela não era
a primeira vez que a bagunça criava um problema para Luciano. Em 2009, por exemplo, ele
assinou, sem ler, uma papelada da imobiliária a respeito do imóvel ocupado pela empresa.
O documento em questão definia que o prédio teria de ser desocupado em um mês.
“O papel estava no meio de outros documentos sobre reformas que estávamos
fazendo na propriedade, e eu acabei assinando sem querer”, diz. A companhia precisou se
mudar às pressas por causa do deslize. Para superar os problemas causados por esse
comportamento, Luciano fez um curso de liderança que continha ensinamentos sobre
organização. Além disso, passou a observar atentamente os colegas que eram mais
disciplinados do que ele. Com isso, aprendeu a colocar a agenda no Outlook, eliminou os
papéis de sua mesa e começou a sistematizar os arquivos importantes no computador.
“Anotações só faço no celular ou em um caderno que tenho específico para isso.”
Hoje, ele afirma que não comete mais os erros primários de desorganização nem perde
itens importantes. “Quando você deixa escapar uma oportunidade, acaba aprendendo”,
conta.

O custo da desordem

Histórias como a de Luciano são comuns. E, não bastasse o desperdício de tempo, a


desorganização também pode prejudicar nossa saúde. Uma pesquisa da Universidade da
Califórnia, em Los Angeles, descobriu que, quando estamos em um espaço confuso, nossos
índices de cortisol aumentam e, consequentemente, os níveis de estresse também.
A desordem sobrecarrega os sentidos, levando à distração e à incapacidade de
concentração. “A bagunça física pode se transformar em bagunça mental, pois gera
confusão e dúvida. Depois evolui para bagunça temporal, quando começamos a perder a
noção de tempo e prazos. Por fim, ela se torna bagunça emocional, que gera estresse,
preocupação e afeta a saúde”, explica José Cunha, fundador da OZ!, empresa especializada
em organização.
Segundo ele, algumas pessoas pensam que conseguem se dar bem em ambientes
caóticos ou que a desordem é um sinal de criatividade. “Na realidade, é grande a
possibilidade de que colegas, gerentes ou clientes não pensem da mesma maneira”, diz.
Além de comprometer a produtividade, a desordem pode prejudicar o desenvolvimento da
carreira. Isso porque a falta de organização envia uma mensagem negativa a líderes e
colegas.
“O profissional passa a impressão de que não vai exercer o trabalho com qualidade,
perderá prazos, documentos e, principalmente, não dará o melhor de si mesmo”, afirma
Beth Mariano, sócia da Prosphera Corporativa, consultoria especializada em gestão de
negócios. Na prática, trabalhadores associados ao desleixo podem não ser escolhidos para
gerenciar um novo projeto ou perder uma promoção.
“Quem tem um espaço mal arrumado está comunicando que não possui capacidade
de autogestão. E quem não sabe gerir a si mesmo também não sabe administrar outras
coisas”, diz Maria Aparecida Araújo, presidente da consultoria Etiqueta Empresarial. Se o
dano à imagem é significativo para quem ocupa uma estação de trabalho fixa, os prejuízos
podem ser mais graves para os que trabalham em escritórios abertos ou sem mesas
definidas.

Eliminando o problema

Segundo especialistas, o ideal é ter uma mesa de trabalho minimalista, apenas com
os itens essenciais usados no dia a dia. Para Beth, da Prosphera, os objetos de uso
frequente devem ficar por perto, enquanto os menos utilizados precisam ser arquivados.
Outro segredo é colocar cada coisa em um lugar específico, como gavetas, prateleiras e
porta-objetos.
E, para os que recebem um volume grande de papéis diariamente, uma caixa de
entrada onde são colocados os documentos, os relatórios e o material recebido é uma
ferramenta útil. Ao longo do dia, basta verificar cada item e decidir o que será arquivado,
deixado para depois, descartado ou enviado a outras pessoas ou clientes.
Mas, para ter um espaço arrumado, não basta ajeitar os itens uma vez só. É preciso
fazer a manutenção diária para tudo permanecer em ordem. “Os profissionais podem
reservar os últimos 10 minutos de expediente para essa conservação. Esse é o momento
para colocar cada coisa em seu lugar, jogar o lixo fora e escrever a lista dos próximos
compromissos. Desse modo, o escritório vai parecer um lugar mais produtivo e acolhedor
todas as manhãs”, explica José Luiz, fundador da OZ!
Ter objetos de decoração ou de valor sentimental sobre a mesa também é permitido,
desde que com moderação. Colocar muitos bibelôs, brinquedos e outros itens na estação de
trabalho pode pegar mal, segundo Maria Aparecida, da Etiqueta Empresarial. “É
interessante ser discreto e evitar excessos”, orienta.
Manter a foto dos filhos e usar notas adesivas para se organizar, no entanto, é bem-
vindo, conforme mostrou um levantamento feito pela Lucidchart, plataforma de
gerenciamento de projetos. Independentemente do tamanho da pilha de papéis que esteja
sobre sua mesa ou do que você optará por manter ou jogar fora, uma coisa é certa: quanto
antes começar a faxina, melhor será para você e para sua carreira.

Fonte: <https://exame.abril.com.br/carreira/quando-a-bagunca-vira-problema/> Acesso em:


04 mar. 2020.
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Questões:

1. Explique, com base no contexto apresentado em sala, a importância da atividade de


“organizar” no contexto funcional das organizações.

2. De modo geral, quais os principais impactos que a desorganização no ambiente de


trabalho pode proporcionar para a empresa e seus colaboradores? Comente com
base na análise do texto.

3. Em sua perspectiva, de que modo ferramentas como o método 5S (ou


housekeeping) podem contribuir para a melhoria do ambiente organizacional?

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