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INSTRUTIVO N.

º 13/2018 de 19 de Setembro
ASSUNTO: POLÍTICA CAMBIAL
- Prevenção de Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo nas Operações de
Comércio Internacional
Considerando que o comércio internacional pode representar um risco elevado de
branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e infracções subjacentes e facilitar a
movimentação ilícita de fundos para o exterior do país;
E considerando a legislação em vigor que abrange as transacções de comércio internacional,
nomeadamente:
- a Lei n.º 34/11, de 12 de Dezembro, regulamentada pelo Aviso n.º 22/2012 de 25 de Abril, que
estabelece as medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de
capitais e ao financiamento do terrorismo, complementada pela Lei n.º 3/14 de 10 de Fevereiro,
Lei Sobre a Criminalização das Infracções Subjacentes ao Branqueamento de Capitais;
- o Decreto Presidencial n.º 147 /13, de 1 de Outubro (Secção II do Capítulo IV), e o Código do
Imposto Industrial (artigo 55.º) que visam assegurar que as receitas fiscais não sofrem
diminuições em consequência da transferência de resultados entre entidades relacionadas;
- o Decreto Presidencial n.º 75/17, de 7 de Abril, sobre os Procedimentos Administrativos a
Observar no Licenciamento de Importações e Exportações que considera como infracções as
práticas especulativas de declaração de preços sobrefacturados ou subfacturados nas facturas de
mercadorias a importar;
Nos termos das disposições combinadas dos artigos 21.º e 40.º da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho –
Lei do Banco Nacional de Angola e do artigo 64.º da Lei n.º 12/15, de 17 de Junho – Lei de Bases
das Instituições Financeiras, conjugados com o n.º 2 do artigo 28.º da Lei n.º 5/97, de 27 de Julho
- Lei Cambial e do artigo 51.º da Lei do Banco Nacional de Angola
DETERMINO:
1. Objecto
O presente Instrutivo estabelece os procedimentos que as Instituições Financeiras Bancárias
devem observar na identificação do perfil de risco dos clientes nas transacções de importação e
exportação de mercadorias e as medidas de prevenção de branqueamento de capitais,
financiamento do terrorismo e infracções subjacentes, que devem ser aplicadas a clientes
classificados de risco elevado.
2. Classificação
2.1 O processo de atribuição do nível de risco aos clientes pela Instituição Financeira Bancária
deve ser baseado num conhecimento aprofundado dos mesmos, obtido no momento de
abertura de conta e actualizado numa base regular, através da análise da documentação e
informação prestada pelo cliente sobre:
a) O modelo de negócio;
b) As principais contrapartes e os países onde estas estão sedeadas;
c) A mercadoria e serviços que são transaccionados; e,
d) O historial e as perspectivas de volume e valor anual de operações.
2.2 Na avaliação das principais contrapartes dos seus clientes importadores e dos países onde
estas estão sedeadas, as Instituições Financeiras Bancárias devem ter em conta que existe maior
risco de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e respectivas infracções
subjacentes associadas, em determinadas estruturas, nomeadamente, as constituídas:
a) Em países que não aplicam ou aplicam de forma insuficiente os requisitos internacionais em
matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo,
facilitando a ocultação de fluxos de fundos ilícitos, e/ou que facilitam a criação de veículos de
finalidade especial (SPV) sem necessidade de uma estrutura física no país de incorporação, que
são pouco transparentes e que não estão sujeitos a regras de governação corporativa
equivalentes às exigidas em Angola através da Lei das Sociedades Comerciais; e/ou;
b) Com as características de uma empresa de “trading”, nomeadamente:
i. Para actuar, exclusivamente, como agente intermediário para uma ou poucas empresas
importadoras, aumentando a probabilidade de serem empresas relacionadas e facilitando a
aplicação de preços de transferência que não estejam alinhados com os preços de mercado; e,
ii. Não estando domiciliada no país de origem da maioria dos produtos exportados ou do qual os
produtos são embarcados; e/ou,
c) Como sociedades por quotas ou sociedades unipessoais, de pequena dimensão sem uma
estrutura de governação corporativa robusta e sem reputação e exposição internacional.
2.3 Os importadores que transaccionam com exportadores com estruturas caracterizadas pelo
ponto anterior do presente Instrutivo devem ser classificados como sendo de risco elevado,
exigindo procedimentos de diligência reforçada, nos termos previstos na Lei n.º 34/11, de 12 de
Dezembro – Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo.
3. Condições e Procedimentos Aplicáveis aos Importadores de Risco Elevado
3.1. As Instituições Financeiras Bancárias devem, no seguimento da atribuição de um nível de
risco elevado a um cliente importador:
a) Impedir que o cliente utilize pagamentos antecipados para a liquidação das suas importações;
e,
b) Aplicar procedimentos de diligência reforçada, nos termos previstos na Lei n.º 34/11, de 12 de
Dezembro e nos pontos 4 e 5 do presente Instrutivo.
4. Procedimentos de Diligência Reforçada
4.1 Os procedimentos de diligência reforçada referidos na alínea b) do ponto 3.1 do presente
Instrutivo devem incluir os seguintes elementos:
a) Solicitação das contas do cliente importador e respectivo Modelo 1 do imposto industrial para
verificar a consistência entre o valor de vendas declarado e o valor das importações reflectido nas
contas e também a sua razoabilidade, considerando o valor das operações cambiais realizadas
através da Instituição Financeira Bancária (Nota: passado o primeiro semestre apenas poderão
ser aceites para este efeito documentos referentes ao exercício anterior); e,
b) Identificação dos beneficiários efectivos das entidades exportadoras classificadas como
tradings, beneficiárias dos pagamentos, de forma a:
i. verificar que não estão sujeitos a sanções impostas peloOffice of Foreign Asset Control (OFAC),
Comité de Sanções das Nações Unidas e/ou outras entidades equivalentes;
ii. identificar a existência de entidades relacionadas com o importador; e,
iii. Obtenção de confirmação da entrega do Relatório de Preços de Transferência à Administração
Geral Tributária (AGT), no caso da identificação de entidades relacionadas, quando o importador
é um grande contribuinte, classificado como tal pelo Despacho n.º 316/17, de 17 de Julho, do
Ministério das Finanças.
4.2 Relativamente às operações de importação, as Instituições Financeiras Bancárias devem, na
monitorização das transacções dos seus clientes importadores considerados de risco elevado,
aplicar os procedimentos a seguir descritos, entre outros, de forma proporcional ao risco que a
operação possa representar.
4.3 Sempre que a operação é liquidada através de uma carta de crédito, as Instituições
Financeiras Bancárias devem, na abertura da carta de crédito:
a) Assegurar que a factura pró-forma inclui uma descrição detalhada da mercadoria a ser
importada e o preço unitário;
b) Aferir a consistência da descrição na factura com a descrição na licença de importação;
c) Procurar aferir a razoabilidade do valor da mercadoria na factura, através da comparação com
facturas anteriores e/ou o valor de mercado, quando publicamente disponível e/ou outra
informação relevante internamente ou publicamente disponível;
d) Averiguar o sentido económico da importação, nomeadamente, a correspondência do valor e
volume da mercadoria com o modo de transporte e custo do frete;
e) Obter justificações nos casos em que a mercadoria seja embarcada num país que não tem
produção tradicional do produto que está a ser exportado para Angola;
f) Avaliar a consistência da operação com a actividade do importador, designadamente:
i. O valor da importação está dentro do padrão normal do importador;
ii. O valor da importação é consistente com a escala da actividade de negócio regular do
importador; e,
iii. O tipo de mercadoria que está a ser importada é consistente com a actividade de negócio
regular do importador.
g) Não aceitar emitir cartas de crédito que:
i. Sejam transferíveis; e,
ii. Permitam transbordos através de uma ou mais jurisdições, a não ser que existam razões
económicas fundamentadas para tal.
4.4 As instituições financeiras bancárias devem na recepção dos documentos:
a) Aferir a consistência dos documentos de suporte à operação, designadamente:
i. Que a descrição da mercadoria e outras informações comuns no conhecimento de embarque,
na factura, na licença de importação, no Documento Único e outros documentos que façam parte
do conjunto de documentos de suporte à operação, são coerentes entre eles e com a carta de
crédito, sempre que aplicável;
ii. Que o número de referência dos contentores, referidos no manifesto de embarque foram
embarcados no navio referido no mesmo documento, e que esse navio saiu e atracou nos portos
referidos também no manifesto de embarque, através de consulta aos websites das linhas de
navegação.
b) Efectuar uma análise de qualquer pedido de aceitação de divergências pelo exportador,
especialmente quando estas resultam da inconsistência da informação entre os documentos
apresentados, ao abrigo da carta de crédito ou com a carta de crédito em si, permitindo a sua
aceitação apenas se estas forem devidamente justificadas.
c) Nos casos em que a operação foi confirmada por um banco no estrangeiro, a Instituição
Financeira Bancária deve imediatamente contactar esse banco ao detectar indícios de
branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo ou infracções subjacentes na sua
análise aos documentos de acordo com o estipulado no ponto 4.3, de forma a permitir que as
medidas adequadas sejam tomadas, conforme o caso.
4.5 As Instituições Financeiras Bancárias devem aplicar as diligências acimareferidas, com as
necessárias adaptações, aos outros instrumentos de pagamento utilizados pelos importadores,
no momento da solicitação da liquidação da operação.
5. Outras Diligências
5.1 As Instituições Financeiras Bancárias devem:
a) Obter todas as informações necessárias para se assegurar da licitude das operações;
b) Recusar a realização de operações sempre que os procedimentos de diligência referidos no
presente Instrutivo não possam ser adequadamente cumpridos;
c) No caso de existirem suspeitas de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo ou
infracções subjacentes, abster-se de executar as operações e comunica-las à Unidade de
Informação Financeira (UIF), conforme disposto na Directiva n.º 01/DSI/2012, devendo aguardar
pela decisão dessa entidade sobre o tratamento a ser dado à operação; e,
d) Registar os resultados das medidas de diligência aplicadas e das decisões tomadas e arquivá-
las no dossier do respectivo cliente.
6. Sanções
A violação das regras previstas no presente Instrutivo é punível nos termos do disposto na Lei n.º
34/11, de 12 de Dezembro - Lei do Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do
Terrorismo, Lei n.º 05/97, de 27 de Junho – Lei Cambial e na Lei n.º 12/15, de 17 de Junho – Lei
de Bases das Instituições Financeiras, sem prejuízo de outra legislação eventualmente aplicável.
7. Dúvidas e Omissões
As dúvidas e omissões que resultarem da interpretação e aplicação do presente Instrutivo são
resolvidas pelo Banco Nacional de Angola.
8. Entrada em vigor
O presente Instrutivo entra em vigor 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.

PUBLIQUE-SE.
Luanda, aos 20 de Setembro de 2018.
O GOVERNADOR
JOSÉ DE LIMA MASSANO

9 月 19 日第 13/2018 号指令
主题:汇率政策
- 防止国际贸易业务中的洗钱和资助恐怖主义行为
考虑到国际贸易可能构成洗钱、资助恐怖主义和相关犯罪的高风险,并为资金非法转移到
境外提供便利;
考虑到涉及国际贸易交易的现行法律,即
- 经 4 月 25 日第 22/2012 号公告修订的 12 月 12 日第 34/11 号法律,规定了打击洗钱和
资助恐怖主义行为的预防和镇压措施,并由 2 月 10 日第 3/14 号法律《洗钱相关罪行刑
事定罪法》予以补充;
- 10 月 1 日第 147/13 号总统令(第四章第二节)和《工业税法》(第 55 条),旨在确保税收
不会因相关实体之间的成果转让而减少;
- 4 月 7 日第 75/17 号总统令《进出口许可证发放应遵守的行政程序》,该法令将在进口
货物发票上申报过高或过低价格的投机行为视为违法行为;
根据 7 月 15 日第 16/10 号法律--《安哥拉国家银行法》第 21 条和第 40 条、6 月 17 日第
12/15 号法律--《金融机构基本法》第 64 条,以及 7 月 27 日第 5/97 号法律--《外汇法》第
28(2)条和《安哥拉国家银行法》第 51 条的综合规定。
决定
1. 目的
本指令规定了银行业金融机构在确定进出口交易客户的风险状况时必须遵守的程序,以及
防止洗钱、资助恐怖主义和相关犯罪的措施,这些措施必须适用于被归类为高风险的客户。
2. 分类
2.1 银行业金融机构在对客户进行风险等级划分时,必须深入了解客户的情况,在开立账户
时了解客户的情况,并通过分析客户提供的以下方面的文件和信息定期更新客户的情况:
a) 业务模式;
b) 主要交易对手及其所在国家;
c) 交易的商品和服务;以及
d) 交易量和年度交易额的历史和前景。
2.2 银行业金融机构在评估其进口客户的主要交易方及其所在国时,必须考虑到在某些结构
中,即在以下结构中,洗钱、资助恐怖主义及相关犯罪的风险更大:
(a) 在不适用或未充分适用关于防止洗钱和资助恐怖主义的国际规定的国家,为掩盖 非法
资金流动提供了便利,和/或为创建特殊目的机构(SPV)提供了便利,而无需 在注册国设
立实体机构,这些机构
不透明,不受安哥拉《公司法》规定的公司治理规则的约束;和/或
b) 具有贸易公司的特征,即
i. 专门充当一家或几家进口公司的中介代理,增加了这些公司是关联公司的可能性,便于
采用不符合市场价格的转让价格;以及
ii. 不在大部分出口产品的原产地国或产品装运地国注册;和/或
c) 私营有限公司或独资企业,规模较小,没有健全的公司治理结构,没有国际声誉和知名
度。
2.3 根据 12 月 12 日第 34/11 号法律--《反银行法》的规定,与具有本指令前述结构特征
的出口商 进行贸易的进口商应被列为高风险,需要加强尽职调查程序。12 月 12 日第
34/11 号法律--《反银行法》。
3. 适用于高风险进口商的条件和程序
3.1. 进口商客户被认定为高风险客户后,银行业金融机构必须
(a) 防止客户使用预付款结算其进口;以及
b) 根据 12 月 12 日第 34/11 号法律以及本指令第 4 和第 5 点的规定,加强尽职调查程序。
4. 强化尽职调查程序
4.1 本《指示》第 3.1 b)点提及的强化尽职调查程序必须包括以下内容:
a) 要求提供进口客户的账目和相应的工业税表 1,以核实申报的销售额与账目中反映的进
口额之间的一致性及其合理性,同时考虑到通过银行业金融机构进行的汇兑交易额(注:
在头六个月之后,只能接受与上一财政年度有关的文件);以及
b) 确定被归类为贸易公司的出口实体的实际受益人、付款受益人,以便
i. 核实他们不受外国资产管制处(OFAC)、联合国制裁委员会和/或其他同等实体的制裁;
ii. 确定是否存在与进口商有关的实体;以及
iii. 在确定相关实体的情况下,如果进口商是财政部 7 月 17 日第 316/17 号命令规定的大
额纳税人,则获得向税务总局(AGT)提交转让定价报告的确认。
4.2 关于进口业务,银行业金融机构在监测被视为高风险的进口商客户的交易时,除其他外,
必须根据该业务可能代表的风险比例采用下述程序。
4.3 如果业务是通过信用证结算的,银行业金融机构在开立信用证时必须
a) 确保形式发票包括进口货物的详细描述和单价;
b) 检查发票上的说明是否与进口许可证上的说明一致;
c) 通过与以前的发票和/或市场价值(如可公开获得)和/或内部或公开获得的其他相关信
息进行比较,确定发票上货物价值的合理性;
d) 确定进口的经济意义,即货物价值和数量与运输方式和运费的对应关系;
e) 如果货物运往的国家没有向安哥拉出口产品的传统生产基地,则应说明理由;
f) 评估业务与进口商业务的一致性,即
i. 进口价值在进口商的正常范围内;
ii. 进口价值与进口商正常业务活动的规模相符;以及
iii. 进口商品的类型与进口商的正常商业活动相符。
g) 不同意开具以下信用证
i. 可转让;以及
ii. 允许通过一个或多个辖区转运、 除非有合理的经济原因。
4.4 收到文件后,银行业金融机构必须
a) 检查业务支持文件的一致性,即
i. 提单、发票、进口许可证、单一单证和其他单证中的货物描述和其他共同信息是否相互
一致,并与信用证(如适用)一致;
ii. 通过查询航运公司的网站,船运舱单中提及的集装箱的参考编号已装载到同一文件中提
及的船舶上,且该船舶离开并停靠在船运舱单中也提及的港口。
网站。
b) 分析出口商提出的任何接受不符点的要求,特别是当这些不符点是由根据信用证提交的
单据之间的信息不一致造成的。
b) 对出口商提出的接受不符点的要求进行分析,特别是当这些不符点是由信用证项下的单
据或信用证本身的信息不一致造成的。
c) 如果交易已得到国外银行的确认,银行业金融机构在根据第 4.3 点的规定分析单据时,
一旦发现有洗钱、资助恐怖主义或相关犯罪的迹象,必须立即与该银行联系,以便视情况
采取适当措施。
4.5 银行业金融机构在申请业务结算时,必须对进口商使用的其他支付工具采取 上述步骤 ,
并作出必要调整。
5. 其他尽职调查
5.1 银行业金融机构必须
a) 获取所有必要信息,确保交易合法;
b) 如果无法充分遵守本指示中提到的尽职调查程序,则拒绝执行业务;
c) 如果怀疑存在洗钱、资助恐怖主义或相关犯罪活动,则应根据 01/DSI/2012 号指令的规
定,避免执行相关操作,并向金融情报机构(FIU)报告,等待该机构就如何处理相关操作
做出决定;以及
d) 记录尽职调查措施的结果和做出的决定,并将其归入相应客户的档案。
6. 处罚
根据 12 月 12 日第 34/11 号法律--《打击洗钱和资助恐怖主义行为法》、6 月 27 日第
05/97 号法律--《外汇法》和 6 月 17 日第 12/15 号法律--《金融机构基本法》的规定,在
不影响任何其他适用法律的情况下,违反本指示所列规则的行为将受到惩罚。
7. 疑问和遗漏
因本指示的解释和适用而产生的任何疑问或遗漏,应由安哥拉国家银行解决。
8. 生效
本指示自发布之日起 30 天后生效。

发布。
罗安达,2018 年 9 月 20 日。
总督
若泽-德利马-马萨诺

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