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ESTRATÉGICOS
Autores: Antônio Edson Maciel Dos Santos (coordenador); Antonio Manuel Fonseca
Ribeiro; Alberto Yamandu Messano Colucci; Paulo A Baraldi; Rainer Lutke; Tatiana Oliveira
Leite.
1. Introdução
1J. Lam, Enterprise Risk Management: From Incentives to Controls, 2014, pp. 434-436.
2A.Chandler, Strategy and Structure: Chapters in the History of the American Industrial Enterprise,
1962.
* Este documento reflete a opinião do grupo de trabalho composto por membros da
Comissão de Gerenciamento de Riscos Corporativos do IBGC, e não necessariamente a do
instituto. 1
Segundo o Coso (Committee of Sponsoring Organizations), risco é “a
possibilidade de que eventos ocorram e afetem o alcance da estratégia e dos
objetivos de negócios”3.
Para atingir seus objetivos de negócio, as organizações elaboram um plano
estratégico compatível com sua missão, visão e valores, definem os fatores críticos
de sucesso, considerando seu apetite ao risco, para melhor explorar as
oportunidades de mercado.
Os fatores críticos de sucesso são aqueles que determinam em grande
medida a probabilidade de uma empresa atingir ou não seus objetivos/metas por
meio da execução da sua estratégia.
Entende-se por risco estratégico os eventos futuros, cuja materialização afeta
significativamente a estratégia em sua totalidade ou parte importante dela, ou o
próprio modelo de negócios, podendo provocar perda duradoura ou relevante de
valor econômico para a empresa.
Nessa definição incluem-se os riscos originalmente operacionais que se
transformam em estratégicos, uma vez que passem a impactar a capacidade da
empresa de realizar sua estratégia; assim como mudanças de contexto que
aumentam o nível de risco aceitável estabelecido no apetite ao risco definido para a
estratégia em curso.
A gestão dos riscos estratégicos passa a ser elemento-chave para o sucesso
e a sobrevivência das organizações; é essencial que os riscos estratégicos sejam
identificados, avaliados e monitorados, e que a organização esteja preparada para
mitigá-los.
Os riscos estratégicos estão relacionados diretamente com a cadeia de valor
do negócio, ou seja, com eventos que podem impactar a competitividade da
empresa, estão associados ao processo de tomada de decisão da alta
administração e são inerentes à atividade empresarial e à busca de retorno
econômico.
➲ inovação tecnológica;
➲ obsolescência tecnológica;
➲ gestão de talentos;
➲ capacidade intelectual, produtiva e/ou financeira;
➲ ambientais e/ou sociais;
➲ falta de liquidez;
➲ desgaste da imagem;
➲ disponibilidade de crédito;
➲ reações da concorrência.
Pouco ou nada pode ser feito para evitar a materialização desses riscos,
cujos efeitos podem atingir não somente a continuidade dos negócios, como
também provocar tragédias humanas e sociais. Mas, ainda assim, medidas podem e
devem ser tomadas com o objetivo de preparar-se minimamente para tais
infortúnios. Listamos aqui alguns exemplos:
➲ desastres naturais;
➲ ameaças à sustentabilidade/ambiente derivadas de ações de terceiros;
* Este documento reflete a opinião do grupo de trabalho composto por membros da
Comissão de Gerenciamento de Riscos Corporativos do IBGC, e não necessariamente a do
instituto. 6
➲ pandemias.
Referências:
BERNSTEIN, PETER. Desafio aos Deuses: A Fascinante História do Risco. 3. ed., Rio
de Janeiro, Campus, 1996.
CHANDLER, ALFRED. Strategy and Structure: Chapters in the History of the American
Industrial Enterprise. Cambridge (MA), MIT Press, 1962.
COSO (COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS OF TREADWAY COMMISSION). Ge-
renciamento de Riscos Corporativos – Integrado com Estratégia e Performance. Ju-
nho 2017.
GILAD B. Early Warning: Using Competitive Intelligence to Anticipate Market Shifts,
Control Risk, and Create Powerful Strategies. Nova York, American Management
Association, 2003.
IBGC (INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA). Código das Melhores
Práticas de Governança Corporativa. 5. ed., São Paulo, IBGC, 2015.
Esse documento contou com a revisão de: Alex Lelis Buzato Borges e
Luciana Bacci Costa