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Principais Riscos de uma Instituição

Financeira – Um Estudo de Caso sobre a


Gestão de Riscos no Banco BTG Pactual

MBS02363-MFCA-T07

Aluno: Pedro Vieira Kluppel Carrara


PROFº PH.D. FERNANDO PEDRO DE
MORAES
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3-7
1.1 BTG PACTUAL 3
1.2 RISCOS 3
1.3 TIPIFICAÇÃO DOS RISCOS 4
1.4 AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS 5
1.5 PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE GESTÃO DE RISCO 6
1.6 GOVERNANÇA CORPORATIVA E O MAPEAMENTO DE RISCOS 6

2. DESENVOLVIMENTO 7-14
2.1 GERENCIAMENTO DE RISCOS BTG PACTUAL 7
2.2 MAPA DE RISCO BTG PACTUAL 8
2.3 RISK MODEL CANVAS 9-10
2.4 MATRIZ DE RISCO SIMPLIFICADA 11-12
2.5 RELATÓRIO DE RESPOSTA AO RISCO 13-14

3. CONCLUSÃO 14-15

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

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1. INTRODUÇÃO
Este projeto visa conduzir um estudo sobre as estratégias, práticas e decisões
implementadas pelo BTG Pactual para o controle e gestão dos riscos corporativos.
Destaca-se a relevância da análise de gestão de risco em conjunto com as
demonstrações financeiras pela alta administração, contribuindo para a tomada de
decisões.
1.1. BTG PACTUAL
O BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, foi fundado
em 1983 e está atualmente presente nos EUA, Chile, México, Portugal, Argentina,
Colômbia, Peru e no Reino Unido. Oferecendo uma ampla gama de serviços, como
assessoria em transações de M&A, gestão de fundos, consultoria de investimentos,
empréstimos e financiamentos, além de gestão de investimentos proprietários.
A instituição foi estabelecida através da aquisição do UBS Pactual por R$2,5
bilhões pelo BTG Investments, liderado por André Esteves.
O foco deste trabalho é o documento "Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar
III de junho de 2023", que detalha o processo abrangente de gestão de riscos e de
capital do Banco BTG, destacando os principais riscos enfrentados pela instituição e
as estratégias adotadas para mitigá-los.

1.2. RISCOS
O risco pode ser compreendido como a incerteza associada a eventos
específicos, potencialmente resultando em perdas. Em qualquer atividade ou evento,
há uma presença de risco, e o objetivo é quantificar e qualificar essa incerteza para
possibilitar tratamentos adequados.

Nesse contexto, surge a prática de Gerenciamento de Riscos Corporativos


(GRC), cujo propósito é identificar, priorizar e garantir uma gestão otimizada para os
diversos riscos inerentes ao negócio. A finalidade última é capacitar a alta gestão da
corporação a tomar decisões embasadas em riscos previamente calculados, tornando
as operações mais previsíveis.

O GRC, ou Gerenciamento de Riscos Corporativos, pode ser conceituado como


um sistema de processos contínuos e estruturados, visando identificar e responder a
eventos que desviem do foco real da organização, levando em consideração os efeitos
da incerteza.

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Um dos principais objetivos do GRC é encontrar o equilíbrio ou o apetite ao


risco de uma determinada empresa, compreendendo a estrutura de redução,
retenção, exploração e transferência dos diversos riscos que ela enfrenta.

A estratégia de GRC deve abranger objetivos, metas, expectativas e


necessidades de investimento, avaliando o desempenho em relação às práticas de
gestão da empresa. A política de GRC não se limita à aplicação de técnicas de
mitigação de riscos; ela também visa identificar oportunidades nos diversos eventos,
sejam eles internos ou externos, que impactam a empresa.

As práticas de GRC passaram por significativo desenvolvimento com a


implementação de normas e regulamentações relacionadas à gestão de riscos.
Destaca-se a ISO 9000, que estabeleceu a necessidade de um processo de GRC nas
empresas.

1.3. TIPIFICAÇÃO DOS RISCOS


Os riscos podem originar-se de fontes externas, fontes internas ou da estratégia
para tomada de decisão. As fontes externas de risco referem-se a informações
provenientes de fora da organização, auxiliando na identificação e classificação dos
diferentes tipos de risco que uma empresa pode enfrentar. Essas fontes oferecem
uma perspectiva externa sobre oportunidades e ameaças que a empresa pode não
ter considerado anteriormente.

As fontes internas dizem respeito a informações geradas dentro da própria


organização. Alguns riscos que podem ser citados incluem Risco Operacional, Risco
Financeiro e Risco Estratégico.

O risco de estratégia envolve a incerteza relacionada às informações utilizadas


como base para análises visando a tomada de decisão. Outra forma de classificar os
riscos é com base em sua natureza, podendo ser estratégicos, operacionais ou
financeiros.

Os riscos estratégicos envolvem decisões tomadas pela alta administração. Os


riscos operacionais estão relacionados a perdas decorrentes de falhas ou
inadequações nos processos internos, assim como eventos externos naturais e
fraudes. Os riscos financeiros referem-se à exposição das operações da organização.

1.4. AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS


Com o objetivo de determinar o tratamento dado a cada um dos riscos, é
necessário, inicialmente, avaliar a probabilidade de ocorrência do risco e o impacto
real que ele terá na companhia.

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Um ponto relevante sobre o sistema apresentado é compreender que os


eventos podem estar correlacionados ou impactar mais de uma área da organização,
dificultando a avaliação do risco mapeado. Eventos que afetam apenas uma área
serão definidos com um grau de exposição financeira total, calculado como o impacto
financeiro multiplicado pela probabilidade de ocorrência do fenômeno.

O quadro a seguir demonstra um modelo de mapeamento de risco utilizado,


onde o maior grau de exposição financeira representa os riscos que devem ser
tratados ou monitorados inicialmente.

Após a avaliação dos riscos, é necessário iniciar o tratamento do risco, começando


pela definição do objetivo de aceitar ou evitar o risco. Caso o objetivo seja aceitar o
risco, existem as possibilidades de retenção, redução, transferência e exploração.

Outra etapa importante no processo de controle do risco é a capacitação, que


permite a identificação, antecipação, mensuração, monitoramento e, em certos casos,
a mitigação do risco.

A última etapa do processo é o contínuo monitoramento dos riscos, envolvendo o


acompanhamento regular e sistemático dos riscos identificados para garantir a ciência
de possíveis ameaças e determinar qual capacitação será utilizada.

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1.5. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE GESTÃO DE RISCO

O termo gestão de risco refere-se ao princípio, à estrutura e ao processo de uma


arquitetura para melhor gerir os eventos de determinada companhia. Sua estrutura
retrata efetivamente a forma utilizada pela sociedade para gerenciar os riscos de sua
atividade.

Uma estrutura básica de gestão apresenta o sistema de implementação,


monitoramento, análise crítica e melhoria contínua. O sistema utilizado pelo banco
BTG Pactual será apresentado na etapa de desenvolvimento.

1.6. GOVERNANÇA CORPORATIVA E O MAPEAMENTO DE RISCOS


Uma gestão eficaz de risco em uma organização passa pela necessidade de uma
estrutura de governança de qualidade. Ao implementar processos claros de
transparência, é possível construir uma estrutura mais especializada para a
coordenação de eventos em uma determinada companhia.

Além disso, um sistema de gestão de risco bem elaborado traz melhorias na


governança corporativa de uma instituição, com maior diligência no processo de
prestação de contas, maior envolvimento da alta direção e maior responsabilidade
corporativa.

É importante frisar que a governança define o tom, a importância e delimita a


responsabilidade da GRC para o melhor funcionamento do controle. Os processos da
GRC devem ser exercidos pelas três linhas de defesa delimitadas pela governança
corporativa de uma organização, além dos órgãos externos (Auditoria Independente
e Órgão Regulador):

• 1ª Linha de Defesa: Gestores da unidade e responsáveis diretos


• 2ª Linha de Defesa: Gestores Corporativos de GRC
• 3ª Linha de Defesa: Auditoria Interna.

2. DESENVOLVIMENTO
O Banco BTG Pactual possui uma GRC estruturada. Será analisado todo o seu
escopo de gestão de risco, os principais riscos, o mapa de risco e, em seguida,
construirei o Business Model Canvas, o relatório de resposta ao risco e a matriz de
risco simplificada com base nos riscos apresentados.

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2.1. GERENCIAMENTO DE RISCOS BTG PACTUAL


O BTG Pactual, por ser um banco de investimento, tem como foco a
preservação do capital na seleção das melhores oportunidades, procurando sempre
uma estrutura de alocação eficiente. O processo do banco é baseado na ISO 31000,
com a política de GRC integrada à estrutura, operações e processos da organização,
fazendo parte de toda a gestão do negócio e auxiliando na tomada de decisão.

O método se inicia com a identificação e mapeamento dos riscos, apresentando


a origem do risco, quando e onde, como e por quê. A etapa seguinte é a análise de
riscos, na qual o foco está na identificação das consequências, probabilidade e nível
do risco, retratando cada controle se existe uma política prévia de gestão de risco.
Caso a resposta seja negativa, faz-se necessário a criação de uma política de
gerenciamento junto ao comitê de risco. Se a política já existe para o evento, o foco
torna-se analisar de forma quantitativa a ameaça.

Após a análise, a etapa seguinte é a avaliação dos riscos, discutindo a


possibilidade de mitigação dos riscos e estabelecendo prioridades. Além disso, é
realizada uma simulação de cenários de estresse, definindo o limite do risco para
determinar se será tratado ou apenas monitorado de forma frequente.

A última etapa é o monitoramento e o tratamento dos riscos, acompanhando a


evolução com o relatório de controle interno, trazendo uma visualização e
transparência da organização como um todo. Nessa etapa, implanta-se o plano de
tratamento, analisa e avalia cada uma das opções e, por fim, estudam-se os riscos
residuais finais.

O modelo processual da gestão de risco é apresentado a seguir.

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O modelo de gestão de risco do BTG Pactual, por intermédio da alta gestão,


realiza a revisão do seu modelo com periodicidade anual, enquadrando-se nas
melhores práticas de mercado. O BTG possui diversas normas, procedimentos e
políticas para implementação do gerenciamento de risco. Todos esses modelos são
submetidos à aprovação por parte do Risk Committee e Management Committee
Brazil.

2.2. MAPA DE RISCO BTG PACTUAL


O BTG Pactual mapeia todos os seus riscos com base nas diretrizes normativas
do Banco Central, conforme indicado na Resolução do Conselho Monetário Nacional
nº 4557. Essa resolução estabelece a necessidade de uma estrutura de
gerenciamento contínuo e integrado de riscos e capital para as empresas dos
Segmentos 1, 2, 3 e 4.

Os riscos elencados pelo BTG Pactual de maior impacto e probabilidade de


ocorrência são:

• Risco de Crédito – Perda financeira associada ao não cumprimento por


parte do tomador de suas obrigações financeiras gera redução de
ganhos, deterioração do rating de crédito do tomador e custos de
recuperação. Esse risco engloba a possibilidade de seus clientes não
cumprirem com suas obrigações. Nessa ameaça, é necessário
estruturar e utilizar a política de rating.

• Risco de Mercado – Ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos


valores de mercado das posições detidas pela instituição financeira,
incluindo volatilidade do câmbio, commodities, derivativos, ações e
juros.

• Risco de Liquidez – Descasamento entre pagamentos e recebimentos


afeta a capacidade de uma instituição de honrar suas obrigações
financeiras, bem como a possibilidade de o banco não conseguir
negociar a posição em determinado ativo.

• Risco Operacional- Falha ou inadequação de processos internos,


pessoas e sistemas, além da possibilidade de descumprimento de
dispositivos legais, fraudes internas e externas, falha na execução de
prazos e gerenciamento de atividades.

• Risco Socioambiental – Dano da sociedade ao meio ambiente por


parte da sua cadeia de fornecimento ou pela própria instituição. Esses
riscos podem ser diretos ou indiretos.

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2.3. RISK MODEL CANVAS


O Business Model Canva é um modelo ágil utilizado para gerenciamento de
riscos, focado em 8 etapas:

1. Ameaças
2. Oportunidades
3. Análise Antes do Tratamento
4. Fazer Antes
5. Fazer Depois
6. Integração
7. Responsável
8. Análise após Tratamento

Os riscos apresentados foram utilizados para a construção do risk canvas. Após


essa etapa, foram elencadas 5 oportunidades:

• Alavancagem Financeira – O banco utiliza uma política de capital mista,


envolvendo capital próprio e de terceiros. Uma boa gestão de liquidez
permite que o banco atinja um bom indicador de Basileia com menor
risco de crédito.
• Diversificação de Investimentos – Uma carteira de risco cada vez mais
diversificada permite que o banco diminua a concentração em
determinados ativos, reduzindo a dificuldade na saída e tornando seu
patrimônio mais rentável a longo prazo.
• Melhoria de Processos e Automações – Um fluxo otimizado dos
processos, maior clareza e transparência trazem melhoria na qualidade,
gerando minimização dos erros. A otimização do tempo e redução de
custos também são oportunidades trazidas pela melhoria do processo
operacional.
• Uso Inteligente de Derivativos – A utilização de operações como os
Credit Default Swaps para diminuição do risco de crédito e proteção das
operações, além das opções de Compra ou Venda para mitigar algumas
perdas de liquidez pela liquidação dos ativos.

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• Certificações e Selos Sustentáveis – Com uma política melhor de


sustentabilidade, o banco tende a ter menor custo de capital em suas
emissões, um exemplo claro dessa oportunidade são os chamados
Green Bonds.
A análise antes do tratamento indicava o banco com risco de crédito
médio, porém com um impacto muito alto no caso de perda. O risco de liquidez tinha
uma probabilidade média para alta, com um impacto muito alto. O risco operacional
possuía um impacto alto, com probabilidade alta de ocorrência. O risco de mercado
tinha probabilidade muito alta e impacto alto. Por fim, o risco socioambiental tinha
probabilidade média, com impacto médio para alto.

As oportunidades são apresentadas no Canvas. Um destaque é a


melhoria de processos e automações, que pode trazer um impacto muito alto, com
alta probabilidade de acontecer. Outra é a utilização de derivativos, que pode trazer
um impacto alto. No entanto, como o mercado de derivativos no Brasil ainda é pouco
efetivo, a probabilidade de realização é média.

As demais informações sobre o que fazer antes, fazer depois,


integração, responsável e análise pós-tratamento estão apresentadas no Canvas
abaixo.

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2.4. MATRIZ DE RISCO SIMPLIFICADA


A matriz de risco simplificada é uma ferramenta que permite à empresa
comunicar os riscos de forma clara e com maior facilidade de entendimento. Ela
possibilita, de maneira rápida, apresentar os riscos críticos de uma organização,
auxiliando na tomada de decisão e no elencar de prioridades. Os riscos são
categorizados em grau de impacto e probabilidade de ocorrência. A matriz é pontuada,
nesse caso, com notas de 0,1 até 0,9, escalando de risco desprezível até o risco muito
alto.

Os 5 riscos elencados no Canvas foram atribuídos à matriz, elencando a


probabilidade, impacto, ação necessária (mitigar, explorar, compartilhar, transferir ou
aceitar) e o responsável pela decisão.

A mesma análise foi realizada com as oportunidades elencando algumas


possibilidades de explorar, melhorar ou compartilhar determinada oportunidade.

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Com os graus definidos de impacto e probabilidade para cada uma das


oportunidades e riscos, desenhou-se o mapa de riscos, elencando a ordem de
prioridade para a companhia com base no produto de probabilidade e impacto. Os
números fora da zona colorida central tendem a ter um nível de aceitação maior ao
risco devido à sua menor representatividade.

2.4 RELATÓRIO DE RESPOSTA AO RISCO

Com base no risco específico de mercado, foi realizado um relatório de


resposta ao risco. A data de referência tem como base a data de produção do relatório
de gestão de risco por parte do BTG Pactual.

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Resposta aos Riscos


Data: 30/06/2023 (Data
Processo ou Projeto: Relatório de Gestão de Risco de Referência do
Relatório)
Gestor ou Responsável Direto: André Fernandes (CRO)

1. Risco: Risco de Mercado

2. Resposta: ( ) Explorar ( ) Compartilhar ( ) Mitigar ( ) Transferir (x) Aceitar


ativamente(Oportunidade) ( )Aceitar passivamente(Ameaça)

3. Descrição do Plano de ação:

Cálculo de Value at Risk e testes de estresse;


Cálculo de Exposições feito pelo sistema de risco de mercado (PARIS);
Relatórios Diários de Exposição de Risco Consolidado e risco individual;
Revisão dos Cenários de Stress Test Hipotéticos;
Avaliação por parte do Sênior Management;
Análises de Backtesting mensais.

4. Eventos disparadores do risco (gatilhos):

Movimentos adversos ao preço de riscos subjacentes às posições da carteira. O


gatilho pode ser considerado um movimento de perda esperado acima do value at risk
mensurado.

5. Periodicidade de verificação:
Diária por parte da mesa de trading. Analisado de forma individual e consolidada.

6. Nome do Responsável: Renato Hermann – Diretor Financeiro


7. Ação de contingência:

Estabelecer uma nova alocação dos ativos com base no novo cenário;
Reconhecimento de Perdas Financeiras no Balanço Patrimonial;
Adequar a exposição de risco com o novo cenário de volatilidade;
Comunicação Transparente com os acionistas;

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Monitoramento em tempo real para identificar possível mudanças significativas nas


posições;
Estratégias de Hedge para minimização do custo efetivo.

8. Custo estimado como capital requerido: R$ 48.000.000.000,00 (total)

3. CONCLUSÃO
Com base no desenvolvimento apresentado, podemos concluir que o modelo
de gestão de risco utilizado, com base na ISO 31000 e integrado a uma cultura de
gestão corporativa forte e com alto grau de transparência, traz inúmeros benefícios a
uma corporação. O modelo apresentado pelo BTG Pactual possui diversos benefícios,
como um bom mapeamento de riscos, apresentando os principais riscos operacionais,
financeiros e estratégicos da operação. Há uma boa estrutura de gestão de riscos com
equipes muito bem definidas para neutralização de cada ameaça: Financial
Committee, CFO Committee, Área de Risco Operacional e Área de Risco de Mercado.
Há adequação ao modelo de gestão de risco com base na ISO 31000, e a empresa
demonstra alto grau de transparência e uma boa política de controle interno.

Outro ponto importante destacado na análise do BTG Pactual é a importância


do envolvimento da alta gestão no trabalho de mapeamento de risco. Os líderes
definem a tolerância ao risco e alocação de recursos, exigindo alto nível de
complexidade em suas análises de eventos.

Uma instituição financeira como o BTG Pactual, com uma grande carteira de
ativos, deve neutralizar muito bem seus riscos, principalmente financeiros, pois seus
riscos são de cauda longa, como evidenciado no caso da Americanas, onde uma falha
acarretou alto prejuízo para a corporação.

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Outro ponto essencial de análise é a importância da utilização de ferramentas


externas para análise de risco. O Canvas é essencial para entender de forma objetiva
as principais ameaças e oportunidades e como tratá-las. Um exemplo claro disso é o
mapa de risco quando comparamos a análise antes do tratamento e após o tratamento
com as medidas adotadas, demonstrando a importância das análises apresentadas e
frequentemente utilizadas pelo Banco BTG Pactual.

A matriz de risco simplificada é essencial para tomadas de decisões ágeis,


elencando de forma clara e simplificada o foco estratégico para quais riscos devem
ser inicialmente tratados com base em seu grau de probabilidade e impacto.

O relatório de resposta ao risco é essencial para analisar de forma individual e


específica cada um dos riscos e pode traçar tanto o plano de ação para determinar as
medidas necessárias para o tratamento do risco quanto o plano de contingência caso
o risco não consiga ser evitado.

Por fim, a estruturação de uma gestão de risco no meio corporativo, com a


utilização das ferramentas certas, é uma estratégia essencial para evitar perdas nos
mais diversos tipos de negócio, além de trazer uma boa janela de oportunidades caso
sejam bem tratadas com determinado nível de gerência do risco. Além disso, é
necessário cada vez mais a implementação de ferramentas que simplifiquem a
visualização do potencial de risco e retorno de cada uma das iniciativas,
principalmente no meio financeiro em que o Banco BTG Pactual está englobado.

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4. REFERÊNCIAS

• MORAES, Fernando, Apostila_GRC_2023

• VIEIRA, James Batista; TAVARES, Rodrigo. Governança, Gestão de


Riscos e Integridade, 2019.

• BTG PACTUAL. Gerenciamento de Riscos e Capital - Junho de 2023.


São Paulo: BTG Pactual, 2023. Disponível em:
[https://ri.btgpactual.com/governanca-corporativa/gerenciamento-de-
risco/].

• Planilha. Matriz_Risco_Simplificada. Microsoft Excel. 2023

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