Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

VANESSA ROVEDA

GERENCIAMENTO DE RISCOS E DAS PARTES INTERESSADAS

São Miguel do Oeste


2022
1

Lista de Figuras

Figura 1:Niveis de riscos ............................................................................................. 4


Figura 2:Processo de gerenciamento dos riscos......................................................... 5
Figura 3:Planejar o gerenciamento dos riscos:entradas,ferramentas e tecnicas e
saída ........................................................................................................................... 6
Figura 4:Entradas,ferramentas e tecnicas esaídas ..................................................... 8
Figura 5:Riscos conhecidos ou desconhecidos........................................................... 9
Figura 6: Processos das partes interessadas............................................................ 11
2

Sumário

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 4
2.1 GERENCIAMENTO DE RISCOS .............................................................................. 4
2.1.1 Planejar o Gerenciamento dos Riscos .................................................... 5
2.1.2 Identificar os riscos .................................................................................. 6
2.1.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos................................................. 6
2.1.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos .............................................. 7
2.1.5 Planejar as resposta aos riscos .............................................................. 7
2.1.6 Implementar respostas aos riscos .......................................................... 8
2.2 GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS ............................................ 9
3 CONCLUSÃO .............................................................................................. 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 13
3

1 INTRODUÇÃO

O crescimento da construção civil e a demanda por obras maiores e de


execução mais rápida, têm levado as construtoras a identificar,ainda na fase inicial de
proposta, os riscos que estarão submetidas durante a execução dos serviços e
contingência-los. Contudo constata-se que a identificação e o monitoramento desses
riscos não são empregados quando na fase de execução do empreendimento,
gerando assim a perda de recursos ou até mesmo o não cumprimento das metas.
Seja qual for o projeto,este possui um conjunto de pessoas ou de organizações
com interesses em seus resultados ou que serão influenciados pelos estes, que se
conhecem como partes interessadas Dependendo dos interesses esses podem
assumir uma posição estratégica e engajada com relação ao projeto, ou por outro lado,
podem ser contrários a sua realização e, nesses casos , até buscar a sua interrupção,
contribuindo para seu fracasso.
Os projetos são um meio de criar valor e benefícios para as organizações. Onde
atualmente,devem ser capazes de gerenciar orçamentos reduzidos, prazos e
recursos cada vez mais curtos além de tecnologias que estão mudando cada vez mais
rápido. Com um ambiente de negócios dinâmico e ritmo de mudança acelerado. Para
se manterem competitivas na economia mundial, as empresas estão adotando o
gerenciamento de projetos para entregar valor de negócio de forma consistente (PMI
2017).
O ciclo de vida do projeto segundo PMI (2017),é a série de fases nas quais um
projeto passa, desde seu início à conclusão,fornecendo a estrutura básica para o
gerenciamento do projeto. Essa se aplica independentemente do trabalho envolvido.
Sendo que suas fases podem ser sequenciais, iterativas ou sobrepostas. Todos os
projetos podem ser mapeados na estrutura genérica de ciclo de vida.
4

2 DESENVOLVIMENTO

Conforme PMI(2017) gerenciamento de projetos é a prática de conhecimentos,


habilidades, ferramentas e técnicas das atividades do projeto a com o objetivo de
cumprir as suas determinações. Sendo realizado por meio de aplicação e integração
próprias dos processos identificados para o projeto, permitindo que as organizações
implementem seus projetos de forma eficaz e eficiente.

2.1 GERENCIAMENTO DE RISCOS

O gerenciamento dos riscos do projeto segundo o PMI (2017) compreende os


processos de condução do planejamento, da identificação, da análise, do
planejamento das respostas, da implementação das respostas e do monitoramento
dos riscos em um projeto. tendo por objetivo aumentar a probabilidade e/ou o impacto
dos riscos positivos e diminuir a probabilidade e/ou o impacto dos riscos negativos, a
fim de otimizar as chances de sucesso do projeto.
Todo projeto possui dois níveis de riscos de acordo o PMI(2017), esses são
definidos como risco individual do projeto é uma situação ou condição produz
incerteza,podendo essa provocar um efeito positivo ou negativo em um ou mais
objetivos do projeto e o risco geral do projeto o qual o resultado causa a incerteza em
todo o projeto,decorrente de todas as fontes de incerteza, incluindo os riscos
individuais do projeto.

Figura 1:Niveis de riscos

Fonte:André Paim
5

Figura 2:Processo de gerenciamento dos riscos

Fonte:ENAP(2017 pág.6)

2.1.1 Planejar o Gerenciamento dos Riscos

Planejar o Gerenciamento dos Riscos de acordo com PMI (2017),é o processo


de definição de como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um
projeto. O principal benefício deste processo é garantir que o grau, o tipo e a
visibilidade do gerenciamento dos riscos sejam proporcionais tanto aos riscos como à
importância do projeto para a organização e para as outras partes interessadas. Esse
processo é realizado uma vez ou em pontos pré definidos no projeto. As entradas,
ferramentas e técnicas e saídas desse processo estão ilustradas na Figura 3.
6

Figura 3:Planejar o gerenciamento dos riscos:entradas,ferramentas e tecnicas e saída

Fonte:PMBOK(2017 pág.401)

2.1.2 Identificar os riscos

Identificar os riscos segundo Montes(2021)tem como objetivo determinar quais


risco podem afetar o projeto e documentar suas características.É um processo
iterativo que deve ocorrer durante todo o projeto. Entradas, Ferramentas e Saídas do
Processo.
A principal vantagem desse processo é a documentação de cada risco
existente e suas fontes gerais de riscos. As respostas antecipados aos riscos também
podem ser identificadas e registradas, sendo revisadas e confirmadas como parte do
processo para se identificar os riscos e discutir ideias envolvendo os principais
membros da equipe para identificar os riscos do empreendimento, com isso cada um
pode trazer sua experiência, ajudando no desenvolvimento de uma lista abrangente
de riscos. Tendo assim como resultado, a identificação de riscos deve apresentar, por
exemplo, uma lista dos riscos, os possíveis responsáveis pelo risco e as possíveis
respostas aos mesmos(PMI, 2017).

2.1.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos

A análise qualitativa dos riscos conforme ENAP(2017) é o processo de


priorização de riscos para análise ou ação adicional por meio da avaliação e
combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.As organizações podem
aumentar o desempenho do projeto se concentrando nos riscos de alta prioridade. O
7

processo de Realizar a Análise Qualitativa dos Riscos visa à detecção do impacto dos
riscos identificados sobre os objetivos do projeto, sua probabilidade de ocorrência e a
tolerância a riscos da organização associada com as restrições de custo, cronograma,
escopo e qualidade do projeto. Portanto, uma avaliação eficaz requer a identificação
explícita e o gerenciamento das atitudes em relação ao risco dos principais
participantes no processo de Realizar a análise qualitativa dos riscos.Caso essas
atitudes em relação ao risco gerem parcialidade na avaliação dos riscos identificados,
deve-se avaliá-las e corrigi-las com atenção.

2.1.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos

A análise quantitativa dos riscos segundo PMI(2017),é o processo de analisar


numericamente o resultado combinado dos riscos individuais identificados e com
outras fontes de incerteza nos objetivos gerais do projeto,tendo assim como principal
benefício a quantificação e a exposição ao risco geral do projeto, além de fornecer
informações quantitativas adicionais dos riscos as quais serviram de apoio do
planejamento de respostas aos mesmos.
O processo de acordo ENAP(2017) deve priorizar os processos de análise
qualitativa dos riscos que foram priorizados, tendo assim o impacto potencial e
substancial nas demandas concorrentes do projeto. Esse processo analisa o resultado
desses riscos nos objetivos do projeto.

2.1.5 Planejar as resposta aos riscos

Planejar as respostas aos riscos de acordo com Montes (2021) tem o objetivo
de desenvolver opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças
aos objetivos do projeto.Tratar as respostas aos riscos conforme sua prioridade e
assim aplicar mais recursos e atividades no orçamento, cronograma e plano de
gerenciamento do projeto.
O processo de planejar resposta aos riscos, deve ser realizado após aos
processos de análise qualitativa dos riscos e análise quantitativa dos riscos,
envolvendo assim a identificação e a definição de uma pessoa o responsável pela(s)
resposta(s) ao risco a qual vai assumir a responsabilidade por cada resposta ao risco
acordada e financiada (ENAP 2017).
8

2.1.6 Implementar respostas aos riscos

O principal benefício do processo de implantação das respostas aos riscos


segundo PMI (2017) é a garantia de que as respostas estabelecidas sejam executadas
de acordo com planejado a fim de abordar a exposição ao risco geral do projeto,
minimizar ameaças individuais e maximizar as oportunidades individuais do projeto.
Sendo realizado seu processo ao longo do projeto. As entradas, ferramentas e
técnicas e saídas do processo estão ilustradas na Figura 4.

Figura 4:Entradas,ferramentas e tecnicas esaídas

Fonte:PMBOK(2017 pág.449)

Os riscos de um projeto segundo Paim(2020),podem ser classificados como


conhecidos ou desconhecidos. Os riscos conhecidos são os riscos identificados, ou
seja, aqueles se possui o conhecimento que podem acontecer e afetar um ou mais
objetivos do projeto (positiva ou negativamente),sendo assim prepara-se reservas
para custos para tratamento ativo dos riscos identificados o qual é chamado de
‘’Reserva de Contingência’’, essa deve fazer parte da reserva da linha de base de
custos do projeto. Já os riscos desconhecidos são riscos que somente serão
conhecidos no momento que ocorrerem. Ou seja, não possui uma ação previamente
planejada para essa situação é estimada a reserva de gerenciamento, que faz parte
do orçamento do projeto, mas não da linha de base dos custos ou seja espera-se que
essa reserva não seja utilizada.
9

Figura 5:Riscos conhecidos ou desconhecidos

Fonte:André Paim

2.2 GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS

Para Justo(2015) o gerenciamento das partes interessadas é o conjunto de


processos o qual tem como objetivo identificar os stakeholders, expressão em inglês
para“partes interessadas”. Independentemente do nome, Justo(2015) lembra que o
não gerenciamento das expectativas pode causar riscos ao projeto, esse podendo
comprometer o resultado. Por exemplo, se o projeto não estiver adequado às regras
de um determinado órgão regulamentador, pode ser que haja atraso no início do
projeto, encarecendo os custos da iniciativa, mapear suas expectativas e
necessidades para assim elaborar estratégias adequadas para engajar as pessoas no
projeto e prepará-las para o pós-projeto. Sendo necessário seu início o mais cedo
possível, logo após a assinatura do termo de abertura do projeto.
O gerenciamento das partes interessadas segundo ENAP(2017) inclui os
processos exigidos para identificar todas as pessoas,grupos ou organizações que
podem impactar ou serem impactadas pelo projeto,analisar suas expectativas e seu
impacto no projeto,além de desenvolver estratégias de gerenciamento apropriado
para o envolvimento eficaz das partes interessadas nas decisões e execuções.se
concentra na comunicação contínua com elas para entender suas
necessidades,abordando as questões conforme ocorrem,gerenciando os interesses
conflitantes e incentivando o comprometimento das partes interessadas com as
decisões e atividades do projeto.
10

O gerenciamento das partes interessadas segundo Montes (2021)é a área de


conhecimento responsável por engajar as partes interessadas. Para tal é preciso
identificar, classificar, priorizar e desenvolver estratégias para diminuir as resistências
e aumentar o envolvimento, além de executar estratégias e monitorar as partes
interessadas de maneira a garantir o engajamento integral no projeto.
Ainda segundo Justo (2015), saber qual o nível de engajamento de cada uma
das partes interessadas é relevante porque ajuda a identificar quais as estratégias
mais adequadas para cada um dos stakeholders. Por exemplo: se o gestor de uma
área que será afetada indiretamente pelo projeto for classificado como “neutro”, uma
estratégia de engajamento poderia ser o envio de relatórios curtos e quinzenais sobre
o andamento do projeto.
O nível de envolvimento das partes interessadas de acordo ENAP (2017 pág
21) pode ser classificado como:
• Desinformado: sem conhecimento do projeto e impactos potenciais.
• Resistente: ciente do projeto e dos impactos potenciais e resistente à
mudança.
• Neutro: ciente do projeto e mesmo assim não dá apoio ou resiste.
• Dá apoio: ciente do projeto e dos impactos potenciais e dá apoio à mudança.
• Lidera: ciente do projeto e dos impactos potenciais e ativamente engajado
em garantir o êxito do projeto.

Esse de acordo com Montes (2021) possivelmente seja o processo mais crítico
do gerenciamento do projeto, pois, descobrir as partes interessadas e escutá-las de
forma efetiva no início, trará um maior comprometimento, maior clareza de requisitos
e objetivos e consequentemente, menos mudanças no decorrer do projeto, devendo
assim conectar as partes interessadas maximizando as influências positivas e
minimizando as resistências, o que implicará em uma maior probabilidade de
aceitação das entregas.
11

Figura 6: Processos das partes interessadas

Fonte:ENAP 2017 pág 15.


12

3 CONCLUSÃO

Com o presente trabalho, foi possível compreender o gerenciamento de riscos e


das partes interessadas e suas aplicações no ramo da construção civil. Apesar da
gama de possibilidades,a aplicação do gerenciamento destes e sua importância para
um projeto. Embora as análises feitas neste trabalho sejam bastante simplificadas,
constata-se que o deve envolver de alguma forma todas as partes do projeto desde a
concepção até a entrega.
O surgimento das partes interessadas mostra sua importância para o
gerenciamento de projetos. Na busca pelo sucesso, é fundamental o envolvimento de
todos que fazem o projeto. É possível observar a influência do sucesso ou ausência
dele quando um projeto não se é gerido pensando em todos os envolvidos, que
influenciam ou que sejam influenciados, no decorrer do tempo.Podemos observar a
necessidade de um sistema constituído harmonicamente entre os stakeholders,
funcionando de maneira sistemática, com o objetivo comum ao projeto.
É evidente a necessidade de um engajamento dentre todos para a análise de
riscos e partes interessadas, não apenas os inseridos no processo diretamente, como
também a quem vai ser atendido ou afetado pelo mesmo , com vistas a assegurar o
sucesso do projeto, onde seu planejamento e suas ações implicam diretamente nos
resultados esperados pela equipe.
Cada projeto possui suas individualidades, deste modo se torna inviável criar uma
estrutura geral, que sirva para todo e qualquer tipo de projeto. No entanto, as
estruturas apresentadas neste estudo, servem como base para elaboração de novas
estruturas, que atendam as especificações de cada projeto.
13

REFERÊNCIAS

ENAP Escola Nacional de Administração Pública. Módulo 4:


Gerenciamento dos Riscos, das Partes Interessadas e das comunicações
Brasilia -2017 Disponivel em
<https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5320/4/Modulo%20IV%20-
%20Gerenciamento%20dos%20Riscos%2C%20das%20Partes%20Interessadas%2
0e%20das%20Comunica%C3%A7%C3%B5es.pdf> Acesso em 29 de maiode 2022.

MONTES, Eduardo. Gerenciamento dos riscos:O que é,objetivo e processos.


2021 Disponível em< https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-dos-riscos-
do-projeto > Acesso em 02 de junho de 2022.

MONTES, Eduardo.Gerenciamento das partes interessadas :o que é e como


fazer<https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-das-partes-interessadas-do-
projeto >Acesso em 02 de junho de 2022.

JUSTO,Andreia Silva Partes interessadas: descubra o que são e como gerenciá-


las no seu projeto em 4 passos Disponivel em<
https://www.euax.com.br/2015/06/entregando-sucesso-engajando-as-partes-
interessada> Acesso em 11 de junho de 2022.

PAIM André Gerenciamento de riscos na Construção Civil 2020 Disponível em<


https://ekoaeducacao.com.br/blog/gerenciamento-de-riscos-na-construcao-
civil>Acesso em 02 de junho de 2022.

PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Guia PMBOK: Um Guia para o


Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, Sexta edição,
Pennsylvania: PMI, 2017.

Você também pode gostar