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Introdução 1

O que é?
Riscos são eventos onde não há certezas sob sua ocorrência e que podem impactar um projeto
positiva ou negativamente. Riscos positivos são incertezas que podem se transformar em vantagens para o
projeto, já os riscos negativos são incertezas que podem se transformar em problemas para o projeto e
prejudicar o atingimento de seus objetivos. A gestão de riscos inclui os processos para identificar, analisar,
controlar e planejar ações de tratamento aos riscos.

Quais os benefícios?

A gestão de riscos promove uma sequência de ações que buscam aumentar a probabilidade e o
impacto dos eventos positivos, reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos, auxiliando o
projeto a atingir os seus objetivos. Sempre haverá riscos desconhecidos pela organização, porém com boas
práticas de gestão de projetos é possível diminuir as incertezas relacionadas ao futuro e maximizar as
chances de atingir os objetivos traçados.

Gerenciar riscos é gerenciar o futuro!


Antes de um projeto iniciar, é essencial ter os riscos potenciais identificados e estratégias
para a gestão de tais riscos desenvolvida. A gestão de riscos consiste em influenciar o
futuro e estar preparado para o que pode acontecer.
Passo a Passo 2
Como fazer?
Neste guia preparamos um passo a passo com as etapas necessárias para implementação de uma
gestão de riscos eficaz em seus projetos.

1. MOBILIZAÇÃO DA EQUIPE

Para aplicação eficaz da gestão de riscos, a primeira etapa é mobilizar a equipe do projeto e buscar a
sensibilização em relação à gestão de riscos. Uma gestão de riscos de sucesso deve habilitar todos os
membros do projeto para comunicar os riscos durante todas as etapas do projeto, devendo assim ser
estabelecida uma boa comunicação.

2. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

A segunda etapa é a identificação e documentação dos riscos que podem afetar o projeto. Para isto,
podemos utilizar a técnica de brainstorming (tempestade de ideias), que é uma das mais utilizadas
ferramentas para identificação de riscos. No brainstorming, o objetivo é definir uma lista de riscos para
realizar análises e aprofundamentos.

Dinâmica de Brainstorming
1º. Defina um facilitador para conduzir a dinâmica;
2º. Defina o tempo da dinâmica;
3º. Em um quadro ou cartolina, divida colunas com as fases ou entregas do escopo;
4º. Iniciada a rodada, os membros contribuem abertamente com ideias inserindo nas
colunas através de post-its;
5º. Os riscos comuns são agrupados e busca-se um consenso sobre os mais relevantes.
Outros meios para identificação dos riscos e que são complementares ao brainstorming são:
consulta em registros de projetos anteriores, referências no mercado ou especialistas no tema. A
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identificação deve classificar e documentar pontos chave para a gestão dos riscos. Para definir o perfil do
risco alguns aspectos podem ser considerados: a causa raiz e origem dos riscos, o tipo de impacto para o
projeto, a etapa que poderá ocorrer e as consequências para o projeto.

Importante
! Sempre existirão riscos desconhecidos e desta forma a identificação de riscos não se
restringe a etapa de planejamento do projeto pois novos riscos podem ser identificados
no andamento do projeto. Devemos estar atentos também aos riscos secundários, os
quais são consequências da efetivação dos riscos.

3. ANÁLISE QUALITATIVA

A terceira etapa é a análise qualitativa dos riscos, onde buscamos Matriz de


determinar o efeito potencial do risco, ou em outras palavras, o grau de Probabilidade versus Impacto
exposição que o risco gera para o projeto. Esta análise permite a
priorização dos riscos para análise ou ação adicional através da avaliação e
combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto nos objetivos do
projeto, normalmente visualizados através da Matriz de Probabilidade
versus Impacto. Na avaliação de probabilidade classifica-se a chance de que
o risco específico tem de ocorrer, indo do improvável ao quase certo,
enquanto na avaliação de impacto de risco classifica-se o efeito potencial
do risco sobre os objetivos do projeto, tais como cronograma, orçamento,
qualidade ou escopo, indo do irrelevante ao muito grave. Na matriz os
riscos são posicionados conforme o grau de exposição, definindo para os
riscos de alto grau de exposição maior prioridade, e para aqueles com baixo
grau de exposição, menor prioridade.
4. ANÁLISE QUANTITATIVA 4
Com todos os riscos identificados e priorizados, o quarto passo busca aprofundar as análises sobre a
incerteza que os riscos geram para o projeto. Para isto, a análise quantitativa busca demonstrar
numericamente o efeito dos riscos prioritários sobre os objetivos do projeto. Normalmente são realizados
estudos detalhados sobre os objetivos de custo e tempo, confrontando com os resultados dos riscos.

Esta avaliação utiliza técnicas avançadas que demandam de dados estruturados. Algumas
ferramentas que podem ser utilizadas na análise quantitativa são: Análise de Sensibilidade, Diagrama de
Árvore de Decisão e Simulação de Monte Carlo.

5. TRATAMENTO

Com todos os riscos identificados e priorizados, é preciso preparar um plano de ação de riscos. No
plano, a equipe do projeto deve definir a estratégia mais adequada para cada risco e descrever o que pode
ser feito para o seu tratamento. Com base nas análises qualitativa e quantitativa, é possível definir as ações
que sejam apropriadas para o grau dos risco. Também é importante definir o responsável por cada ação de
risco, gatilhos que possam “avisar” a necessidade de início da ação, valores de reserva e etc. As estratégias
de tratamento são divididas conforme o tipo do risco (negativo o u positivo), por exemplo:
O risco negativo de os equipamentos de luz e som falharem no projeto de um evento artístico. 5
Estratégia Objetivo Exemplo

Prevenir Reduzir a zero a probabilidade ou o impacto do risco Alugar equipamentos extras

Elaborar contrato com multa no caso


Transferir Transferir a responsabilidade para um terceiro
de falhas para o fornecedor
Estabelecer uma reserva financeira
Aceitar Agir apenas se o risco ocorrer
para manutenção de última hora
Agir de forma antecipada para diminuir a probabilidade e o Realizar revisões e testes nos
Mitigar
impacto do risco equipamentos de som

O risco positivo de se utilizar uma nova tecnologia e melhorar o desempenho no projeto de um aplicativo.

Estratégia Objetivo Exemplo


Designar um time para estudar e
Garantir que a oportunidade ocorra para explorar seus
Explorar auxiliar na implementação da
benefícios
tecnologia
Compartilhar um risco positivo envolve alocar parte ou toda a Terceirizar a implementação da
Compartilhar propriedade da oportunidade para um terceiro que é o melhor tecnologia com uma empresa
capaz de capturar a oportunidade para o benefício do projeto. especializada
Destinar mais recursos para as
Potencializar Aumentar probabilidade e/ou impacto de uma oportunidade;
atividades
Aceitar uma oportunidade é estar disposto a aproveitar as suas Realizar a implementação
Aceitar
vantagens, mas não persegui-las ativamente. normalmente

Para uma gestão eficaz é importante monitorar os riscos identificados, identificar novos riscos e
aprimorar as análises e avaliar a eficácia do plano definido para o tratamento, sistemicamente durante as
etapas do projeto.

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