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METODOLOGIA DE
GESTÃO DE PROJETOS
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processo de determinação do que pode afetar o projeto e da documentação de
suas características.
O processo de identificar riscos deve ser constante, pois novos riscos
devem surgir ao longo de todo o ciclo de vida de um projeto. Porém, uma
consideração importante que deve ser realizada é a análise dos riscos positivos,
que podem trazer algum benefício a alguma parte do escopo do projeto; e
negativos, que podem comprometer negativamente alguma parte do escopo.
Um exemplo de risco positivo é a deflação de algum componente para o
projeto. Esse componente pode sofrer uma redução de preço e,
consequentemente, ser adquirido em quantidade maior que a anteriormente
idealizada. Nesse sentido, a flutuação do câmbio pode ser identificada como um
risco negativo ou positivo para compra de insumos importados para o projeto,
pois o valor da mercadoria pode ser maior ou menor de acordo com a cotação
do dia.
Outra consideração importante é com relação ao desenvolvimento de
todas as atividades do projeto, com o objetivo de, em conjunto, refletirem sobre
como será realizada a identificação dos riscos. É necessário que muitas
informações sobre o escopo do projeto já estejam plenamente identificadas e
aprovadas. Só após essa identificação será possível a realização de uma análise
de riscos mais aprofundada.
O mesmo processo vale para os envolvidos em cada atividade, entre
várias outras peculiaridades relacionadas aos riscos. Só é possível a
identificação dos riscos depois da análise dos envolvidos no projeto. Isso
significa que, com o auxílio desses participantes, a identificação de riscos é
realizada e, dessa forma, a conclusão pode ser exposta em uma tabela,
conforme a que segue.
Risco
Falta de comprometimento dos envolvidos por conta de trabalho em outros projetos institucionais
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Falta de infraestrutura adequada
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Carvalho e Rabechini (2005) indicam que a intenção desse instrumento é,
de fato, priorizar os riscos identificados com base em uma análise conjunta,
aliando a probabilidade de ocorrência com o impacto no projeto. Segundo o
Project Management Institute (PMI, 2017), realizar a análise qualitativa dos
riscos pode ser entendido como um importante processo que consiste na
priorização de riscos para análise ou ação adicional a ser realizada
posteriormente. A intenção disso é realizar uma avaliação inicial, por meio de
uma combinação da probabilidade de ocorrência com o impacto do risco.
Percentual de
Escala probabilidade de Descrição qualitativa da ocorrência
ocorrência
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Percentual de
Escala probabilidade de Descrição qualitativa da ocorrência
ocorrência
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Nesse momento, é mais fácil de constatar que a análise qualitativa acaba
sendo realmente o meio mais rápido, fácil e barato para criar um critério
associado a riscos. Porém, na fase de quantificação do risco, é necessário que
essas informações sejam um pouco mais detalhadas, para que seja possível
prever, de forma minuciosa, o real impacto da incidência do risco no projeto.
Para Clements e Gido (2014), isso significa que a análise quantitativa
envolve a determinação, de forma mais precisa, do grau de impacto de cada
risco no projeto. Essa fase é importante para que cada risco seja realmente
tratado de acordo com o grau de dano causado.
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Cada ação escolhida como resposta ao risco deve levar em conta a
complexidade de cada projeto e os impactos. Sob a ótica de custo, no momento
do planejamento, é possível fazer a escolha de qual ação pode ser considerada
a menos onerosa financeiramente para a instituição. Por isso, é importante que
sejam escolhidas e documentadas todas as respostas aos riscos identificadas,
bem como os seus devidos responsáveis.
Créditos: Bleakstar/Shutterstock.
Nesse momento, é possível não apenas mensurar ações mais baratas,
como também ações mais rápidas ou, ainda, respostas aos riscos as quais
melhor se aderem ao escopo do projeto. Por isso, entende-se que esse
processo deve ser plenamente realizado e avaliado no planejamento do projeto.
Nesse sentido, as respostas aos riscos devem refletir a relevância do próprio
risco em si, além de ser financeiramente viáveis para atender ao projeto de
forma condizente.
Uma consideração importante a ser feita com relação às respostas aos
riscos é a comunicação que esse processo deve receber no projeto,
principalmente entre os envolvidos. O documento ou a relação de resposta aos
riscos deve ser de conhecimento de todos, principalmente por parte da pessoa
responsável por alguma atitude diante do evento de risco. Assim, mais do que
um bom planejamento de risco, a comunicação deve ser também levada em
conta para atender, de forma completa, a um determinado evento no projeto.
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Segundo o PMI (2017), existem algumas ferramentas ou técnicas que
auxiliam no processo de planejamento de resposta aos riscos, como a realização
de reuniões e a coleta de opinião comprovadamente especializada sobre o
assunto. Além disso, é possível citar algumas estratégias para respostas aos
riscos negativos, como o processo de eliminar, transferir, mitigar ou aceitar o
risco, dependendo de cada situação (PMI, 2017).
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pautada por um contrato de prestação de serviços assinado por ambas as
partes.
informações do projeto;
descrição dos processos de gerenciamento de aquisições, juntamente
aos elementos que serão objetivo do contrato;
tipo do contrato;
critérios para avaliação de cotações e propostas;
avaliação de fornecedores;
alocação de recursos para aquisições no projeto.
Créditos: Peshkova/Shutterstock.
Nesse sentido, para que todas as ações sejam realizadas nessa área, é
de suma importância a utilização de comunicação. É necessário acompanhar,
inspirar e planejar o sucesso da equipe, compreender a dinâmica de cada
situação e seus impactos e integrar todas as outras áreas de gerenciamento
para que ,em conjunto, seja possível alcançar o sucesso (BATCHELOR, 2013).
Segundo o PMI (2017), para que seja possível realizar o planejamento
das partes interessadas, é necessária a realização de alguns processos, tais
como:
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Identificar as partes interessadas: isso pode ser entendido como o
processo de identificação constante de todas as partes interessadas do
projeto, além de realizar análise e documentação das informações
relevantes sobre os respectivos interesses, bem como o envolvimento,
interdependência, influência e impacto potencial no sucesso do projeto.
Planejar o engajamento das partes interessadas: pode ser identificado
como o processo necessário para o desenvolvimento de abordagens que
envolvem todas partes interessadas no projeto, com base em suas reais
necessidades, expectativas, interesses e potencial impacto.
Gerenciar o engajamento das partes interessadas: é o processo de se
comunicar e trabalhar com as partes interessadas com o intuito de
atender, de forma otimizada, às suas expectativas e necessidades, lidar
com questões relativas ao projeto e promover o engajamento das partes
interessadas adequadamente.
Monitorar engajamento das partes interessadas: é o último processo
citado, que visa monitorar as relações das partes interessadas no projeto
e realizar adaptação de estratégias para engajamento por meio de
modificação de planos e estratégias de mobilização.
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interessada ou realizar o planejamento de mudanças de acordo com cada
realidade.
Nesse sentido, o processo de gerenciamento das partes interessadas
possui estreita relação não apenas com a comunicação, mas também com
mudanças, riscos e até mesmo custos. A ideia principal disso é realizar a
apresentação, de forma sistematizada, das partes interessadas, bem como as
suas respectivas atuações em projeto.
Porém, vale citar que, assim como os riscos, que podem ser positivos ou
negativos para os projetos, também as partes interessadas podem ter interesses
positivos ou negativos em relação ao projeto. Por isso, a identificação das
partes, a atenção e o tratamento devem ser realizados de forma focada para
atender aos objetivos do projeto.
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REFERÊNCIAS
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