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UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
R361c
Reif, Estelamaris
ISBN 978-85-53158-57-7
CDD 658.155
Estelamaris Reif
APRESENTAÇÃO...........................................................................07
CAPÍTULO 1
Gestão de Riscos......................................................................... 09
CAPÍTULO 2
Controles Internos.................................................................... 49
CAPÍTULO 3
Aplicação e Implantação do Controle Interno...................... 91
APRESENTAÇÃO
O controle interno pode ser definido como um conjunto de métodos e
ferramentas que os agentes da empresa utilizam para manter a trajetória
de modo a alcançar os objetivos traçados. As necessidades do controle são
decorrentes de diversos fatores, tais como riscos nos negócios por conta das
ameaças e vulnerabilidades identificadas no ciclo, problemas de fragilidade de
procedimentos, eventos não previstos na ocasião do planejamento etc. Diante
da situação exposta, estudar controle interno requer uma visão mais ampla,
abordando, além das técnicas tradicionais, o conhecimento sobre sua origem e
relação com a organização.
Bons estudos!
C APÍTULO 1
Gestão de Riscos
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
1 Contextualização
Não há como falar sobre gestão de riscos sem mencionar o COSO (The
Comitee of Sponsoring Organizations), que tem como principal função prevenir e
evitar fraudes decorrentes de fragilidades nos processos internos da empresa. O
gerenciamento de riscos corporativos tem como premissa que toda organização
existe para gerar valor às partes interessadas (pessoas, instituições, grupos,
órgãos governamentais etc.).
Acadêmico, dentro deste contexto iremos nos aprofundar mais sobre gestão
de riscos, pois é de extrema importância compreendermos sua definição para que
possamos entender posteriormente sua ligação com o controle interno, que é o
foco principal dessa disciplina.
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CONTROLES INTERNOS
12
Capítulo 1 Gestão de Riscos
• Uma pessoa sai de casa pela manhã e não sabe como está o trânsito.
Pode estar ruim, muito ruim, bom ou muito bom, pontuando somente
quatro alternativas.
• Uma equipe de futebol vai jogar uma partida em seu estádio contra o seu
principal adversário na cidade. Pode ganhar, perder ou empatar.
• Você adquire um apartamento novo, mas não para morar, apenas como
investimento. Pode ser que o apartamento se valorize, perca valor ou
mantenha um preço estagnado.
13
CONTROLES INTERNOS
O IBCG (2007) aborda que uma das formas de categorização dos riscos
reside em desenhar uma matriz que considere a origem dos eventos, a natureza e
uma tipificação dos riscos, conforme demonstrado na Figura 1 a seguir:
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
15
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <http://estudio.folha.uol.com.br/petrobras/2017/12/1940485-unir-gerenciamento-
de-risco-e-estrategia-melhora-resultados.shtml>. Acesso em: 6 jun. 2018.
16
Capítulo 1 Gestão de Riscos
FONTE: <https://oregionalsul.com/geral/sst-fara-parte-de-projeto-piloto-
de-gerenciamento-de-riscos/55134/>. Acesso em: 1 jun. 2018.
17
CONTROLES INTERNOS
Nesse sentido, as próprias crises financeiras ocorridas nos anos 1990 e 2000,
junto à crise do subprime em 2008, têm provocado a necessidade de uma busca
constante de novos mecanismos de gerenciamento de riscos, buscando não
comprometer em excesso os capitais especulativos e os capitais de reserva, que
acabam se sujeitando, via marcação, ao mercado e aos movimentos imprevisíveis
de variação da taxa de juros e de prêmio de risco.
Atividade de Estudos:
18
Capítulo 1 Gestão de Riscos
a) ( ) V – F – F – V.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – F – F – F.
d) ( ) F – F – V – V.
3 Componentes e Objetivos
do Gerenciamento de Riscos
Corporativo
“Existe um relacionamento direto entre os objetivos que uma organização se
empenha em alcançar e os componentes do gerenciamento de riscos corporativos,
que representam aquilo que é necessário para o seu alcance” (COSO, 2007, p. 7).
Esse relacionamento era apresentado de 2004 a 2017 (quando saiu a última
atualização do COSO) em uma matriz tridimensional em forma de cubo, como
pode ser observado a seguir:
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CONTROLES INTERNOS
Implic
ning atio
t alig ns
no fr
gy
om
rate
th e
Possibility of st
strate
gy chosen
Ris ce
k to an
strategy & Perform
21
CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
23
CONTROLES INTERNOS
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
FONTE: <http://www.boatos.org/brasil/caminhoneiros-nova-
paralisacao-lideres.html>. Acesso em: 1° jun. 2018.
Por sua vez, os eventos cujos impactos são positivos podem contrabalançar
os impactos negativos ou ainda representar oportunidades. Vejamos o conceito de
oportunidade, segundo o COSO (2007, pg. 52): “Oportunidade é a possibilidade
de que um evento ocorra e influencie favoravelmente na realização dos objetivos”.
25
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <http://www.odefensor.com.br/site/2018/05/21/especialista-
da-dicas-de-seguranca-para-assistir-aos-jogos-da-copa-do-mundo-
em-ambientes-publicos/>. Acesso em: 1° jun. 2018
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
Os autores relatam que há outros tipos de riscos que podem ser mencionados,
porém cabe nos concentrarmos especialmente nos tipos mencionados, que são
os que mais nos interessam do ponto de vista da gestão de risco corporativo.
Além disso, os tipos de riscos variam de acordo com o tipo de organização e o
ambiente em que está inserida. Vejamos o exemplo de mapeamento de riscos do
DNIT (2017). O resultado da aplicação das técnicas de identificação dos riscos
resultou na construção do Mapa de Riscos Corporativos, que pode ser visualizado
a seguir:
27
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <http://www.dnit.gov.br/planejamento-estrategico/riscos-corporativos/
gestao-de-riscos-corporativos-no-dnit>. Acesso em: 6 jun. 2018.
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
Atividade de Estudos:
29
CONTROLES INTERNOS
5 Órgãos Normalizadores
Para entender o funcionamento dos órgãos normalizadores que tratam dos
assuntos relacionados à gestão de riscos e aos controles internos, temos que
voltar um pouco no tempo e relembrar alguns casos que contribuíram com a
expansão dessas atividades em nível mundial.
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
Atividade de Estudos:
I- Lei SOX
II- COSO
III- CVM
IV- CMN
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CONTROLES INTERNOS
a) ( ) II – III – IV – I.
b) ( ) II – IV – I – III.
c) ( ) III – I – II – IV.
d) ( ) III – II – I – IV.
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
FONTE: a autora
Resultados Obtidos:
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
FONTE: <http://www.cesarramos.com.br/gestao-de-riscos-
corporativos-como-integrar-a-gestao-dos-riscos-com-a-estrategia-a-
governanca-e-o-controle-interno/>. Acesso em: 8 jun. 2018
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
Atividade de Estudos:
I- Compliance
II- Controles internos
III- Gerenciamento de riscos
a) ( ) II – III – I.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) III – I – II.
d) ( ) III – II – I.
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CONTROLES INTERNOS
7 Informação e Comunicação
Vaassen, Meuwissen e Schelleman (2013) escrevem que as organizações
precisam de informação, assim como as pessoas de comida, e sem isso não se
pode fazer muito. A informação pode vir e ser usada de múltiplas maneiras, porém
seu objetivo final é tirar a organização de uma situação de falta de controle e
colocá-la em uma outra que exista.
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
• Apropriada.
• Oportuna.
• Exata.
• Acessível.
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CONTROLES INTERNOS
As informações são de fácil acesso. São de fácil obtenção por aqueles que as necessitam?
Atividade de Estudos:
( ) Oportuna
( ) Descartável
( ) Exata
( ) Acessível
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Capítulo 1 Gestão de Riscos
a) ( ) V – V – F – V.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – F – V – V.
d) ( ) F – F – F – V.
8 Algumas Considerações
Após o estudo da temática de gestão de riscos, alguns pontos devem ser
destacados: o COSO (The Comitee of Sponsoring Organizations) que tem
como principal função prevenir e evitar fraudes decorrentes de fragilidades nos
processos internos da empresa é a principal ferramenta a ser utilizada quando se
fala em gerenciamento de riscos.
Referências
ARIMA, Carlos Hideo; GIL, Antonio de Loureiro; NAKAMURA, Wilson Toshiro.
Gestão: controle interno, risco e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2013.
45
CONTROLES INTERNOS
COSTA, Luiz Paulo da Silva; FIGUEIRA, Ariane Cristine Roder. Risco político e
internacionalização de empresas: uma revisão bibliográfica. Cadernos EBAPE.
BR, v. 15, n. 1, 2017.
46
Capítulo 1 Gestão de Riscos
do Estado de São Paulo à framework de controles internos regido por Circular CMN
3.467/2009. Revista Organizações em Contexto, v. 11, n. 22. [s.l.] 2009.
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CONTROLES INTERNOS
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C APÍTULO 2
Controles Internos
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Capítulo 2 Controles Internos
1 Contextualização
A evolução da sociedade e dos seus negócios não ocorre sempre de forma
simples ante os eventos do horizonte, no passado ou no presente. Seja para
entidades privadas ou governamentais, a ideia de mudança está vinculada à visão
da sustentabilidade dos negócios e à medida que a continuidade da entidade
necessita de conformidade, customização e inovação para atender aos interesses
dos acionistas e clientes (ARIMA; GIL; NAKAMURA, 2013).
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CONTROLES INTERNOS
Atividade de Estudos:
52
Capítulo 2 Controles Internos
FONTE: <http://www.saojosedosquatromarcos.mt.gov.br/categoria/
unidade-de-controle-interno-uci/>. Acesso em: 2 jul 2018.
53
CONTROLES INTERNOS
Do ponto de vista da ciência contábil, o controle pode ser visto como uma
ciência do controle econômico, que tem como objetivo fornecer informação
econômica física de produtividade e social relevante para que os usuários possam
tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança (ARIMA; GIL;
NAKAMURA, 2013).
CONTÁBIL ADMINISTRATIVO
Integridade Disponibilidade
Confidencialidade Eficácia
Fidelidade da informação Eficiência
em relação aos dados
Segurança ambiental Obediência às diretrizes administrativas
Segurança física
Segurança lógica
Conformidade
Irrevogabilidade
FONTE: Adaptado de Arima, Gil e Nakamura (2013, p. 222)
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Capítulo 2 Controles Internos
O CRC/RS (2011) aborda que o controle interno também teve uma ampliação
no seu conceito com o COSO (2007), passando a ter uma conotação proativa,
além da reativa, focando o controle interno como um sistema, sempre de forma
integrada, com melhor visão de gestão no gerenciamento dos riscos, prevendo,
inclusive, a sua realização como processo por um comitê diretivo no âmbito da
entidade. Esta ampliação acontece no contexto de forma geral, vejamos:
O Controle interno deve ser visto como um processo, pois O Controle interno
representa um conjunto de ações das atividades internas em busca do deve ser visto como
cumprimento da missão da organização. um processo, pois
representa um
conjunto de ações
No decorrer do tempo, o papel do controle interno evoluiu,
das atividades
ultrapassando o campo da área contábil e estática para ser internas em busca
compreendido como um processo em movimento para ser debatido, que do cumprimento
não se prende a uma visão de passado, comparativa, mas assume uma da missão da
tendência prospectiva de mitigação de riscos (BRAGA, 2013). organização.
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CONTROLES INTERNOS
Atividade de Estudos:
“Gestão é decisão Imoniana e Nohara (2005) escrevem que apesar de haver vários
e toda decisão é conceitos, percebe-se que existe uma unidade de pensamento sobre
uma aposta de a compreensão de controle interno enquanto mecanismos adotados
ocorrência ou não e pelas organizações visando minimizar o impacto de riscos de processo
de forma favorável
e de negócio.
ou desfavorável aos
cenários do amanhã
dos negócios” (ARIMA; “Gestão é decisão e toda decisão é uma aposta de ocorrência ou
GIL; NAKAMURA, não e de forma favorável ou desfavorável aos cenários do amanhã dos
2013, p. 57). negócios” (ARIMA; GIL; NAKAMURA, 2013, p. 57).
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Capítulo 2 Controles Internos
57
CONTROLES INTERNOS
Nesse sentido, Braga (2013) aborda que os controles internos não são capazes
de assegurar, de forma absoluta, que os objetivos serão alcançados. O fator humano,
os riscos que estão fora do controle da administração e uma estrutura inadequada dos
controles influenciam negativamente na eficiência e eficácia dos objetivos propostos.
“A Carta Magna A Carta Magna não é uma lei, e sim normas que abrangem
não é uma lei, e deveres e obrigações das pessoas, incluindo o Direito. Ela apenas
define o que teremos de cumprir no todo ou em parte regida
sim normas que
pelo Código Civil, Código Penal e Comitê de Pronunciamentos
abrangem deveres Contábeis (DICIONÁRIO INFORMAL, 2013, s.p.).
e obrigações das
pessoas, incluindo
o Direito. Ela Na administração pública, a função de controle é exercida por
apenas define o causa de exigências legais. O artigo 70 da CF de 1988 determina que
que teremos de
cumprir no todo ou a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
em parte regida pelo patrimonial da União e das entidades da Administração Direta
e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
Código Civil, Código
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
Penal e Comitê de pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
Pronunciamentos sistema de controle interno de cada Poder (BRASIL, 1988, s.p.).
Contábeis”
(DICIONÁRIO
O Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou uma proposta
INFORMAL, 2013,
s.p.). de lei ao Congresso Nacional propondo um documento para que haja
uma uniformização da definição de controle interno, além da definição
de seus objetivos e elementos. Uma vez que se reconhece que é necessária uma
ordem para que haja uniformidade sem prejuízo das peculiaridades na criação e
implementação de estruturas de controles internos no Brasil (BRAGA, 2013).
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Capítulo 2 Controles Internos
Atividade de Estudos:
a) ( ) Decreto-Lei nº 200/1967.
b) ( ) NBC T 16.8 – Controles Internos.
c) ( ) Lei nº 4.320/1964.
d) ( ) Constituição Federal de 1988.
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CONTROLES INTERNOS
“O Controle Interno “O Controle Interno não controla o gestor, não engessa, nem impede
não controla o sua atuação. Ele controla para o gestor, amplia sua visão, seu conhecimento
gestor, não engessa, de todos os meandros da Administração” (TCE/PB, 2016, p. 14).
nem impede sua
atuação. Ele controla
para o gestor, amplia
sua visão, seu
conhecimento de
3 Controle Interno x Auditoria
todos os meandros
da Administração”
Interna
(TCE/PB, 2016, p. 14).
Primeiramente, ressalta-se que a auditoria interna está presente
tanto na esfera pública quanto na privada. Embora as definições apresentadas a
seguir se relacionem mais a uma ou outra esfera, o objetivo da auditoria interna
não irá diferir em sua essência, independentemente dela estar dentro de uma
empresa ou de um órgão público (BRAGA, 2013).
60
Capítulo 2 Controles Internos
61
CONTROLES INTERNOS
Yoshida e Reis (2005, p. 15) abordam que o “controle interno por melhor que
seja, deve ser fiscalizado periodicamente por um auditor interno, com a finalidade
de averiguar se realmente está sendo utilizado e se está sendo bom para o
funcionamento da empresa”. Os autores escrevem que o auditor interno deverá
efetuar o levantamento do sistema contábil e de controle interno, e avaliar o grau
de confiabilidade para que, baseado neste, possa estabelecer a extensão dos
procedimentos de auditoria e o momento de aplicação.
62
Capítulo 2 Controles Internos
Atividade de Estudos:
4 Controle Interno x
Controladoria
Os termos controle interno e controladoria acabam confundindo as pessoas,
fazendo com que pensem que é a mesma coisa, porém, ao nos aprofundarmos
mais no assunto, veremos que que a controladoria é muito mais. A controladoria é
uma área de conhecimento humano, enquanto que o controle interno são métodos
utilizados e modelos estruturados que objetivam garantir a eficácia no controle
organizacional (FERNANDES, 2012).
63
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <https://pt.slideshare.net/ValinieAssociados/palestra-de-
gesto-estratgica-em-controladoria/>. Acesso em: 21 jun. 2018.
Autor Funções
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Capítulo 2 Controles Internos
Atividade de Estudos:
65
CONTROLES INTERNOS
Para o COSO (2007, p. 75), “toda organização identifica e coleta uma ampla
gama de informações relacionadas a atividades e eventos externos e internos,
pertinentes à administração”. Após essa coleta, as informações são transmitidas
ao pessoal responsável de alguma forma e em um prazo que lhes permita
executar suas responsabilidades.
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Capítulo 2 Controles Internos
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 2 Controles Internos
Atividade de Estudos:
Característica Descrição
Deve estar de acordo com a parcela da
1 Precisão ( ) realidade representada, não deixando lacunas
para o que foi relatado.
Deve estar de acordo com a realidade
2 Integralidade ( ) representada, no sentido de que o que está
relatado não contenha exageros.
Deve ser matematicamente correta, não
3 Validade ( ) havendo a inversão da ordem dos dígitos de
um número.
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CONTROLES INTERNOS
6 Objetivos e Metodologia
Quando se fala em objetivos do controle interno, os autores Yoshida e Reis
(2005) abordam que eles podem ser de natureza preventiva, detectiva ou corretiva.
• C
ontroles detectivos: são os que detectam os erros, desperdícios ou
irregularidades no momento em que eles ocorrem, permitindo a adoção
de medidas tempestivas de correção. Exemplo: quando o alarme de seu
carro dispara é porque detectou algo errado e tem a finalidade de evitar
que o fato aconteça.
• C
ontroles corretivos: são os projetados para detectar erros, desperdícios
ou irregularidades depois que já tenham acontecidos, permitindo a adoção
posterior de ações corretivas. Exemplo: a conferência do seu extrato de
conta bancária permite que você detecte erros porventura existentes e a
posterior adoção de medidas para correção dos mesmos.
• O bjetivos de desempenho.
• Objetivos de informação.
• Objetivos de conformidade.
70
Capítulo 2 Controles Internos
71
CONTROLES INTERNOS
Esta linha de raciocínio também é apresentada por Oliveira, Perez Jr. e Silva
(2002), porém sob um ângulo um pouco mais tímido. Observe a figura:
Coso (2007) também afirma que existe uma variedade de tipos de controle
e com uma variedade de descrições. Ele aborda, além das mencionadas, as
manuais, as computadorizadas e as de controles administrativos. A classificação
das atividades também pode ser feita com base nos objetivos de controle
especificados, como o de assegurar a integridade e a precisão do processamento
de dados.
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Capítulo 2 Controles Internos
73
CONTROLES INTERNOS
Atividade de Estudos:
7 Metodologia Aplicada ao
Controle Interno
É maior a dependência das organizações em relação aos sistemas de
informações, seja para auxiliar em suas operações, ou para atender aos objetivos
de comunicação, ou fazer acontecer o cumprimento de políticas (COSO, 2007).
74
Capítulo 2 Controles Internos
CONTROLES GERAIS
75
CONTROLES INTERNOS
CONTROLE DE APLICATIVOS
Atividade de Estudos:
76
Capítulo 2 Controles Internos
a) ( ) V – F – F – F.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – F – V – V.
NF-e
NFS-e Relatório de Status
GAM Qualidade de Atendimento
PIS/COFINS Sugestões e Reclamações
Controle de Impostos Cadastro de Clientes
Substituição Tributária Expedição
Histórico
Movimentação Manual
Consignação de entrada
Boleto CNAB Requisição
Controle de Cheques Compras e Pedidos
Contas a Pagar Consumo de matéria-prima
Fluxo de Caixa Cotação
Movimentação Bancária
Contas a Receber
77
CONTROLES INTERNOS
O sistema ERP possui tanto efeitos diretos como indiretos sobre os controles
internos. Observe o quadro:
78
Capítulo 2 Controles Internos
Por fim, o ERP tem efeitos diretos tanto positivos como negativos sobre os
controles internos, entre eles:
79
CONTROLES INTERNOS
8 Estruturação do Controle
Interno
O controle é um importante elemento das funções administrativas de uma
organização, pois permite que seja verificada constantemente a avaliação do
alcance dos objetivos estratégicos e operacionais da organização. Segundo a
NBC T 16.8, a estrutura de controle interno compreende o ambiente de controle,
mapeamento e avaliação de riscos, procedimentos de controle, informação e
comunicação, e monitoramento.
Imoniana e Nohara (2005) escrevem que uma vez que os controles internos
estejam implantados, eles são capazes de amenizar ou eliminar gargalos que
impeçam o alcance dos objetivos, podendo ainda assumir formas dependentes ou
independentes, os quais podem ser manuais ou computadorizados.
80
Capítulo 2 Controles Internos
81
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <https://pt.slideshare.net/miltonh/processo-
administrativo-201201>. Acesso em: 29 jun. 2018.
Por mais que o controle interno deva ser executado dentro da própria
estrutura da organização, ele deve possuir independência técnico-funcional em
obediência a um dos princípios de controle, que estabelece que aquele que exerce
as atividades de controle deve ter independência para realizar suas funções com
a eficácia desejada (CORBARI; MACEDO, 2012).
Os autores continuam abordando que não há controle eficaz quando não existe
independência, pois isso torna difícil que uma avaliação seja isenta e imparcial,
devido à ligação econômica e hierárquica entre aquele que exerce o comando e
o agente controlado. Havendo ausência da independência técnico-funcional entre
controle e controlado, desenvolve-se um incentivo para ignorar os riscos potenciais
e dificuldade de emissão de opinião isenta sobre os achados e conclusões.
82
Capítulo 2 Controles Internos
83
CONTROLES INTERNOS
84
Capítulo 2 Controles Internos
É necessário que seja feita uma análise para saber quais são
os fatores para implantação do sistema de controle interno, com o
objetivo de evitar erros nesta fase, como por exemplo:
85
CONTROLES INTERNOS
FONTE: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/
contabilidade/razoes-e-pre-requisitos-para-implantacao-do-
sistema-de-controle-interno/52364>. Acesso em: 26 jun. 2018.
86
Capítulo 2 Controles Internos
Atividade de Estudos:
10 Algumas Considerações
Controlar pode ser definido como o ato de efetuar interferências no
comportamento, processo ou sistema para verificar se está de acordo com o
resultado pretendido, gerando assim mais confiança e eficácia para a organização.
Nesse sentindo, o controle interno cada vez mais passa a ter maior
destaque nas organizações à medida que as pessoas afetadas reivindicam mais
esclarecimentos sobre os processos decisórios.
87
CONTROLES INTERNOS
Referências
ABRAPP – Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência
Complementar. Manual de Controles Internos. Comissão Técnica Nacional de
Governança. 2. ed. São Paulo: ABRAPP, 2010.
88
Capítulo 2 Controles Internos
MELO, Moisés Moura de; SANTOS, Ivan Ramos dos. Auditoria Contábil.
2. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2017.
OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ JR., José Hernandez; SILVA, Carlos
Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.
89
CONTROLES INTERNOS
90
C APÍTULO 3
Aplicação e Implantação do
Controle Interno
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
1 Contextualização
Estruturar Controles Internos é um desafio presente em todas as
organizações, sendo que eles auxiliarão no gerenciamento dos riscos e evitarão
perdas em um cenário global e competitivo. As crescentes demandas dos órgãos
reguladores, bem como o aumento das auditorias e fiscalizações vêm forçando as
empresas a implantarem em sua estrutura um controle interno mais eficiente para
minimizar os riscos e fortalecer o mercado global (PIZO, 2018).
Além disso, para que o sistema de controle interno que foi devidamente
estruturado e inserido na organização não fique ultrapassado, faz-se uma
revisão periódica dele, o que chamamos de “monitoramento”. Esta revisão se faz
necessária para apontar sua correta interpretação nos pontos mais complexos,
como política interna, tratativas dos procedimentos mais complicados, obsoletos
ou inadequados, além de eventuais falhas no sistema de controle, e se constatadas
incoerências nessas ou em outras questões, são tomadas medidas corretivas.
2 Avaliação do Ambiente
Nascimento e Reginato (2013) escrevem que o ambiente de controle é
resultado direto do modelo de gestão da organização, é intimamente ligado às
intenções dos gestores e na maneira como pretendem conduzi-la, assim como
o modo como tais intenções são repassadas ao restante das pessoas que estão
envolvidas para que sigam as diretrizes estabelecidas pela direção.
93
CONTROLES INTERNOS
Segundo Pizo (2018), para que a estrutura de Controles Internos possa definir
seu alcance e sua limitação é necessário identificar os ambientes de controle, que
podem ser divididos em níveis, conforme apresentamos a seguir:
94
Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
Atividade de Estudos:
95
CONTROLES INTERNOS
96
Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
• ouvidoria;
Canal de Denúncia Externo (Clientes e
• combate à corrupção;
Fornecedores)
• combate à fraude;
• prevenção à lavagem de dinheiro.
• plano de auditoria e abrangência;
• independência e efetividade;
Auditoria Interna ou Externa
• pareceres internos e contramedidas;
• pareceres externos e publicações
financeiras.
FONTE: Adaptado de Pizo (2018)
Pizo (2018) reforça este conceito ao abordar que os controles variam muito
de empresa para empresa e conforme o segmento de negócios. Os bancos, por
exemplo, têm sua política própria por exigência regulatória (ex.: Banco Central do
Brasil – Bacen), embora outros segmentos também possam adotar as mesmas
exigências regulatórias para elevar seus níveis de reconhecimento e efetividade
das operações.
97
CONTROLES INTERNOS
98
Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
• Fluxograma.
• Narrativa.
• Segregação de Funções Manual.
• Segregação de Funções Eletrônica.
• Matriz de Riscos e Controles.
• Walkthrough de Controles.
• Lista de Deficiências (GAPs)/Remediação (Plano de Ação).
99
CONTROLES INTERNOS
100
Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
101
CONTROLES INTERNOS
102
Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
103
CONTROLES INTERNOS
Por mais que os riscos sejam complexos, a avaliação do risco é uma etapa
obrigatória no mapeamento de Controles Internos, pois é parte fundamental do
processo de estabelecer controles.
4 Critério de Avaliação
Várias são as formas de se avaliar os riscos, podendo envolver bases
probabilísticas, estatísticas, históricas ou subjetivas, mas são, em sua maioria,
fundamentadas pelas vertentes de impacto e probabilidade (PIZO, 2018). Observe
a figura a seguir:
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
Essas vertentes expõem que quanto maior for o impacto e maior a sua
probabilidade de ocorrer, maior será a preocupação com o risco.
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CONTROLES INTERNOS
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CONTROLES INTERNOS
Para cada risco devem ser aplicados todos os critérios, mantendo a grade
de pontuação para qualquer processo para que sejam avaliados sob o mesmo
padrão, a fim de apurar os riscos mais relevantes.
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
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CONTROLES INTERNOS
4.2 Implantação
Implantar um determinado conjunto de controles sem a observância de modelos
reconhecidos e aceitos pode levar a organização a uma coleção de instrumentos
e procedimentos burocráticos, descoordenados, que mais impressionam do que,
de fato, garantem efetivamente os benefícios desejados, o que acaba resultando
não só em desperdício de tempo e recursos, mas também em uma indesejável
concentração de poder e influência em quem os administra (TCU, 2012).
“As atividades são rotinas que suportam os controles, dependem de outras atividades
para formar um controle e isoladamente não mitigam o risco” (PIZO, 2018, p. 75).
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
Resumidamente, isso quer dizer que em muitos casos existem os controles para
mitigar os riscos, porém eles não são devidamente formalizados ou são controles
informais, o que faz com que não sejam passíveis de testes que comprovam sua
efetividade, motivo pelo qual sua inclusão na Matriz de Risco e Controles resulta em
um controle considerado deficiente ou inexistente (PIZO, 2018).
Algumas empresas
Algumas empresas conferem a responsabilidade pelos Controles conferem a
Internos ao setor de auditoria interna ou à controladoria (NASCIMENTO; responsabilidade
REGINATO, 2013). pelos Controles
Internos ao setor
de auditoria interna
Dependendo da estrutura da organização, a implantação ou ou à controladoria
aprimoramento do Sistema de Controles pode vir a ser uma tarefa (NASCIMENTO;
complexa que compreende a criação ou a reformulação de procedimentos, REGINATO, 2013).
formulários utilizados, técnicas orçamentárias e metodologia de custeio da
empresa. Todo esse processo envolve paciência e a aplicação da técnica de tentativa/
erro/correção, o que pode acarretar significativa perda de tempo, tornando, na prática,
impossível prever com exatidão ou até com razoável aproximação o prazo requerido
para a implantação ou renovação de um sistema de controle (OLIVEIRA et al., 2008).
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CONTROLES INTERNOS
Exemplos:
Exemplos:
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
Exemplos:
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CONTROLES INTERNOS
5 Frequência do Controle
A frequência do controle é um atributo que confere ao controle a identificação
do volume de vezes que precisa ou deveria ocorrer para que exista efetividade em
mitigar o risco. As frequências são periódicas ou irregulares (PIZO, 2018).
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CONTROLES INTERNOS
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
No controle em que a escala de frequência for por ocorrência terá maior volume
de amostras selecionadas durante os testes de efetividade (PIZO, 2018). Nessa
modalidade, o monitoramento pode ser feito por meio de autoavaliações realizadas
pela própria equipe responsável por atividades, processos ou operações, ou por meio
de avaliações e revisões independentes realizadas pela auditoria interna ou externa.
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CONTROLES INTERNOS
Atividade de Estudos:
5.1 Monitoramento
Assumir certos riscos faz parte da cultura corporativa, é um fato inerente às
atividades empresariais, assim como comprar matérias-primas e mão de obra
para a produção, fabricar uma quantidade variada de produtos, vender a prazo,
financiar o cliente, receber as faturas, pesquisar novos produtos ou tecnologias,
gerenciar o capital humano com toda sua problemática, anseios e ambições
típicas do ser humano etc.
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CONTROLES INTERNOS
Para Arima, Gil e Nakamura (2013), monitorar significa mensurar o nível atual
de desempenho, ou seja, obter medidas que possam ser comparadas com o que
foi estabelecido no planejamento.
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
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CONTROLES INTERNOS
FONTE: <https://pt.slideshare.net/almeriobarros/3o-workshop-governanca-corporativa-e-
controles-internos-cdl-balnerio-cambori-apresentacao-final>. Acesso em: 21 jul. 2018.
Observe as etapas!
Esperamos que você tenha aproveitado os estudos, mas não esqueça: Não
basta saber, é preciso saber fazer! O conhecimento vai muito além desse livro
de estudos, depende exclusivamente de você.
Sucesso!
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
Atividade de Estudos:
a) ( ) V – F – F – F.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – V – F – V.
d) ( ) F – F – V – V.
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CONTROLES INTERNOS
• Fraude.
• Corrupção.
• Desvio e lavagem de dinheiro.
• Favorecimento em licitações.
• Impacto na cultura organizacional.
1# Treinamento e capacitação
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
• Objetivos da empresa.
• Princípios da organização.
• O que é e o que não é permitido.
• Multas e punições por descumprimento.
3# Controle de qualidade
4# Auditoria interna
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CONTROLES INTERNOS
5# Canal de denúncias
• Telefone.
• E-mail.
• Site.
6# Segurança da informação
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Capítulo 3 Aplicação e Implantação do Controle Interno
7# Gestão de terceiros
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CONTROLES INTERNOS
6 Algumas Considerações
A filosofia da administração de riscos está potencialmente refletida em tudo
aquilo que a administração faz para gerir a organização. Ela é intrinsecamente
inserida nas declarações a respeito das políticas, comunicações verbais e escritas,
bem como durante o processo decisório. Além disso, é de suma importância que a
administração reforce a filosofia não apenas com palavras, mas também por meio
de ações do cotidiano (COSO, 2007).
Referências
ARIMA, Carlos Hideo; GIL, Antonio de Loureiro; NAKAMURA, Wilson Toshiro.
Ebook. Gestão: controle interno, risco e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2013.
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