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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

Cultura de Inovação

Os 3 Horizontes de Inovação da
Mckinsey: o que são e quanto
investir em cada um?
Aprenda a utilizar os 3 Horizontes de Inovação da Mckinsey para planejar o seu portfólio
de inovações em curto, médio e longo prazo.

 12/02/2020  Atualizado em 09/02/2022  9 minutos

Início » Vídeos » Os 3 Horizontes de Inovação da Mckinsey: o que são e quanto investir em cada um?

Encontrou o que você


procurava?
Os 3 Horizontes de Inovação da Mckinsey&Company foram desenvolvidos com base em
uma pesquisa de mercado, envolvendo empresas de 10 segmentos diferentes. O
resultado dessa imersão é um framework simples, porém eficaz, que vai te auxiliar a ter
uma visão mais estratégica dos investimentos em inovações de curto e longo prazo.

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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

O artigo de hoje é dedicado a ajudar os gestores de inovação que querem construir um


portfólio de projetos de inovação bem estruturado, com base em estratégias de curto
prazo ( exploitation) e estratégias de longo prazo ( exploration).

O balanceamento de inovações de sustentação ( exploitation) e inovações de


crescimento ( exploration), se chama Ambidestria Organizacional e, caso esse termo
seja novo para você, confere o artigo que preparamos sobre o tema:

Ambidestria Organizacional: como balancear as inovações do presente e futuro? 

O que são os 3 horizontes de inovação


Pensando em dar aos gestores e executivos do mundo todo um motivo a mais para
resgatarem suas merecidas noites de sono, a McKinsey&Company criou as três
dimensões que o gestor deve ter em mente para promover o crescimento do negócio de
maneira consistente ao longo do tempo.

O framework foi lançado no livro “Alquimia do Crescimento”, em 1999, ou seja, já é um


conceito bem antigo e já foi amplamente incorporado para auxiliar as organizações a
garantirem o balanceamento entre inovações de curto de longo prazo ( ambidestria
organizacional ).

A representação dos horizontes de inovação é feita em um gráfico com dois eixos: o eixo
vertical, do crescimento; e o eixo horizontal, do tempo:

Quais são os horizontes de inovação?


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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

Horizonte de inovação 1: Core Business


No Horizonte 1 nós precisamos cuidar muito bem das nossas vacas leiteiras , ou seja,
aprimorar e/ou otimizar produtos e processos que estão diretamente ligados ao core
business da minha empresa e que são atualmente a minha maior fonte de receita.

Já ouviu falar que em time que está ganhando não se mexe? Pois é, esqueça
completamente esse pensamento! Afinal, não dá para inovar fazendo mais do mesmo,
correto? 

Empresas como a Scholle IPN , Ambev , Aeris Energy e Aviva são excelentes exemplos
de como mexer em “time que está ganhando” traz resultados incríveis. Todas essas
organizações utilizaram o Programa de Ideias para trazer seus colaboradores para o
centro do protagonismo corporativo, uma vez que essas pessoas estão a frente dos
processos, serviços e produtos que representam o core business da empresa e que, sem
dúvidas, sabem melhor do que ninguém como resolver problemas e criar novas
soluções.

Veja também: O que é o Programa de Ideias?

Para o Horizonte 1, nós temos o exemplo da BIC. Sabe a caneta que todo mundo
conhece? Ela está há décadas no mercado e, ainda hoje, é uma campeã de vendas em
todo o mundo. 

Provavelmente você pode estar pensando que a caneta BIC é um produto tão incrível,
que mesmo ao longo dos anos ela continua sendo imbatível. Mas a verdade é que houve
muito trabalho na evolução desse produto ao longo das décadas, que permitiu que ela
se tornasse mais confortável, leve, resistente e segura – tudo para que hoje você
consiga ir a uma papelaria e comprar a sua unidade.

Horizonte de inovação 2: Novos negócios emergentes


No Horizonte 2 o foco é explorar novas oportunidades de negócios, mas que sejam uma
extensão direta do carro-chefe da sua organização. Exemplo: lançar um novo produto ou
expandir para um novo mercado. Aqui nós estamos falando da empresa aproveitar
competências que ela tem e dar um passo em um mercado que ela não explorou
inicialmente.

A inovação nesse horizonte não é muito arriscada, porque parte de algo que a empresa
já faz, já conhece, e desenvolve a partir disso. O investimento nesse horizonte tende a
ser alto, pois a promessa de retorno também é.

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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

Como exemplo podemos pensar no Uber Eats, que é o aproveitamento do mercado


adjacente da própria Uber. Não entendeu? Nós explicamos: a empresa já está
consolidada em um mercado de transporte, então entrar no mercado de delivery de
comida faz todo sentido, já que ela já domina o transporte.

A estratégia da Uber é incorporar os mercados que estão próximos ao seu core


business, transformando produtos com baixo market share, localizados em um mercado
em alto crescimento ( Apostas ), em verdadeiras Estrelas . 

A Uber Eats pode um dia representar o futuro da Uber, afinal, é o que queremos com
qualquer aposta.

Horizonte de inovação 3: Experimentação


Nesse horizonte, a empresa trabalha com hipóteses. São ideias que precisam ser
testadas e validadas, e não há uma previsão concreta de resultado. Nesse horizonte, o
investimento deve ser voltado a viabilizar a experimentações. Aqui, eu estou falando de
geralmente de projetos de inovação que têm um alto grau de incerteza e risco
associado. 

Podemos pensar no Elon Musk apostando no Hyperloop (um transporte de tubos a


vácuo para as grandes metrópoles). O futuro desse projeto é incerto, uma vez que o
próprio Elon Musk não possui garantias de que a estratégia dará certo, de que terá
viabilidade comercial ou mesmo que as pessoas se sentirão confortáveis com a ideia.
Entretanto, se o Hyperloop der certo, pode ser um serviço de transporte completamente
disruptivo, capaz de mudar os hábitos de consumo das pessoas em geral.

Ainda seguindo pela linha de projetos com alta incerteza, temos o táxi híbrido da Uber ,
comunicado pela empresa em setembro de 2019. Existe uma tecnologia que precisa ser
validada, é preciso haver viabilidade técnica para isso, ou seja, o caminho é longo, mas
esse pode ser uma grande Estrela, garantindo o futuro da organização.

Quanto investir em cada horizonte de inovação?

Horizonte de inovação 1: Core Business


Agora que a gente já viu como que se organizam cada um dos horizontes de inovação,
uma pergunta que você pode estar se fazendo é: “Quanto que eu devo investir do meu
orçamento total de inovação em cada um dos horizontes?”

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Para isso, nós podemos nos guiar pela regra 70 / 20 / 10 , muito utilizada por Eric
Schmidt , presidente da Google por muitos anos. 

Com essa regra, nós disponibilizamos 70%  do nosso orçamento para inovações de
Horizonte 1. Lembra quando falamos sobre inovações incrementais e envolvimento dos
colaboradores acima? Nós estávamos falando justamente disso: utilizar 70% dos seus
recursos para investir no core business da sua empresa.

Investir a maior parte do seu orçamento de inovação em inovações incrementais, que


buscam aprimorar o seu core, vai fazer muito sentido porque é um mercado que o seu
negócio já conhece bem, tornando-se um investimento muito menos incerto.

Horizonte de inovação 2: Novos negócios emergentes


Os 20% da segunda parte aqui são alocadas para o Horizonte 2, para conquistar os
mercados adjacentes ao seu core business! Lembre-se dessa regra: quanto mais
próximo o mercado é do seu core business, menor o risco da inovação.

Entretanto, por mais que o mercado que estamos querendo conquistar seja próximo ao
que o meu carro-chefe faz parte, ainda sim não é o meu mercado – tornando o cenário
mais incerto.

Ou seja, alocamos apenas 20% do meu orçamento para investimentos com certo grau
de incerteza, permitindo que você capture um valor que o seu negócio não tem hoje,
sem apostar todas as nossas fichas nesses investimentos.

Horizonte de inovação 3: Experimentação


Os 10% restantes são para investimentos em Horizonte 3, ou seja, em inovações
radicais. Esses investimentos construirão um futuro desconhecido para a minha
empresa, com alto grau de incerteza. Mas o mais importante é que eu estou investindo
também no longo prazo, ou seja, estou garantindo a participação da minha organização
na criação de novas alternativas para o futuro, como o táxi híbrido da Uber ou o
Hyperloop do Elon Musk.

O próprio Eric Schmidt costumava dizer: “Quanto mais você investe em algo, mais difícil
é você admitir o fracasso nele”. Então, se optarmos por investir boa parte dos nossos
recursos em projetos de inovação incertos, corremos o risco de adiar a admissão de
fracasso desses investimentos que certamente vão consumir todos os meus recursos.

É muito mais assertivo trabalharmos com a ideia de observar a evolução dos projetos
em paralelo e observamos quais deles conseguem alcançar o desempenho esperado.

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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

Quando as expectativas não são atendidas, nós precisamos matar o projeto! Dessa
forma conseguimos priorizar os melhores investimentos, nos relacionando com eles de
forma racional.

Esse conceito de matar projeto é muito relevante quando a gente tem um portfólio de
inovações muito grande na organização. Se você quiser ver, na prática, como realizamos
essa alocação de projetos por horizonte, clique no link abaixo:

Vídeo – Como equilibrar o portfólio de inovações com o AEVO Innovate

Horizonte de inovação 1 vs Horizonte 3

O planejamento de inovação
Quando falamos de planejamento, ou seja, planejar nossas iniciativas de inovação do
Horizonte 1 é natural é que nós queiramos fazer um Business Plan tradicional, ou seja,
um plano de negócios que as empresas estão comumente acostumadas a fazer. Esse
plano tradicional é perfeito pode ser facilmente utilizado nesse horizonte, por se tratar
de um cenário de alta certeza.

Agora, quando falamos de Horizonte 3 a coisa muda! Isso porque o Business Plan
tradicional não consegue prever os riscos desse cenário que é muito incerto. Para o
Horizonte 3 é mais assertivo trabalhar com a ideia de se desvincular daqueles planos
muito extensos e incorporar pequenos ciclos de experimentação, validando as
alternativas a cada evolução do projeto.

A execução da inovação
Quando falamos de execução de projetos e, principalmente se tratando de estrutura
para executar essas inovações, temos uma boa diferença por horizontes de inovação.

No Horizonte 1 eu vou envolver meu time interno para executar essa estratégia, uma
vez que o mesmo está muito próximo do meu modelo de negócios e já entende bastante
do funcionamento do meu core business. É como citamos lá em cima, envolver os
colaboradores em um Programa de Ideias é uma ótima forma de aproveitar o potencial
da sua organização para gerar melhorias em processos, produtos e serviços.

Já no Horizonte 3, estamos falando de uma inovação cujas variáveis de risco e incerteza


não sou conhecidas pelo meu time interno e, para isso, eu precisarei contar com a ajuda
de estruturas mais a borda da organização, ou seja, nós talvez queiramos abrir uma

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empresa que esteja mais focada especificamente nessa inovação e/ou vou querer ter um
grupo específico de pessoas voltadas para fazer inovações em futuros tão incertos.

Aqui também vale fazer parcerias no mercado com startups e universidades, seguindo o
mindset de inovação aberta – se você ainda não conhece o termo ou quer se aprofundar
nele, clique no link abaixo:

Vídeo – O que é Inovação Aberta, conceito e cases de sucesso

Então, a dica é simples: aposte no seu time interno quando se tratar de investimentos de
Horizonte 1 e foque na borda da organização quando os investimentos se aproximarem
do Horizonte 3.

O prazo da inovação
O tempo é uma variável infinitamente importante para a inovação e faz sentido termos
em mente as dimensões desse recurso ao longo dos horizontes de inovação.

Como você deve ter imaginado, nas inovações de Horizonte 1 eu tenho projetos que são
executados de forma mais veloz, isso porque estamos falando de absorver melhorias
em cenários que já são muito conhecidos pela organização.

Steve Blank escreveu um artigo para Havard Business Review falando sobre a
volatilidade da variável tempo no Horizonte 3 de inovação, isso porque a disponibilidade
de tecnologia e a velocidade com que as empresas conseguem se reinventar hoje em dia
está muito mais veloz, trazendo à tona, por exemplo, startups com modelos de negócio
disruptivos.

O importante desse insight é perceber que nós precisamos acompanhar a velocidade do


mercado, viabilizando os projetos de Horizonte 3 do meu portfólio de inovações,
também com maior velocidade. É importante lembrar: eu preciso disruptar o meu
mercado o quanto antes, porque se eu não fizer, alguém vai.

Conclusão
Esperamos que esse conteúdo tenha sido útil para você planejar o seu portfólio de
inovações com mais assertividade. Nós preparamos um vídeo especialmente para você,
mostrando como você pode organizar seus projetos de inovação utilizando nosso
software para gerenciar as inovações da sua empresa, o AEVO Innovate.

Vídeo – Como equilibrar o portfólio de inovações com o AEVO Innovate

https://blog.aevo.com.br/horizontes-de-inovacao-2/ 7/11
23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

4 comentários

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EDIEILSON SANTANA CARMO


20/04/2022 / 00:17 RESPONDER

Muito bom! INOVAÇÃO é uma coisa que sempre esteve liga a processos muito mais do
que à tecnologia. Sempre gostei desse termo e tenho procurado trabalhar com isso
muito antes do surgimento do Digital.

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23/02/2023, 19:34 Os horizontes de inovação: o que são e quanto investir em cada um

alice
28/04/2022 / 13:27 RESPONDER

gosteiiii de mas , sempre tiver essa paixão de tecnologia

Silvio Lima
26/08/2022 / 14:40 RESPONDER

Muito bom.

Silvana
15/01/2023 / 04:31 RESPONDER

Mutio bom!!

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