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PROPÓSITO
É fundamental que os profissionais de Engenharia e Segurança do Trabalho entendam os riscos em
instalações elétricas e saibam como atender à NR-10, para que possam atuar nessa área específica, de
um enorme campo de oportunidades, que envolve não somente as instalações, mas também as
máquinas e os equipamentos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os aspectos fundamentais da eletricidade e da NR-10
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe o que é um choque elétrico. Mas saberia dizer onde a NR-10 ‒ Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade − é aplicada para evitar esse e outros problemas? Para entendermos esse
conceito na prática, vamos analisar o case da empresa Elétricos X.
Uma de suas clientes, outro dia, inclusive, fez o seguinte comentário: — Sua empresa é toda certinha,
Seu Zé, dá gosto de ver; tudo arrumado, sinalizado; todos os funcionários são bem equipados, e reparo
que sempre que vai se fazer um serviço, seus funcionários pegam um formulário e preenchem, e só
começam a trabalhar depois de anotar tudo. Mas fazendo assim não perde tempo não?
Um dos funcionários escutou e respondeu todo orgulhoso: – Não, aqui Seu Zé faz questão de seguir
tudo que diz a norma.
O outro funcionário completou: – Assim fica tudo mais seguro, e no fim tudo mais rápido e certo, pois
não temos nenhuma interrupção no trabalho e nenhum acidente.
O terceiro, para não ficar de fora da conversa, emendou: – Fazemos tudo dentro do padrão. Fomos
treinados e somos cobrados a seguir tudo corretamente.
Seu Zé, que estava ouvindo tudo, todo orgulhoso, apareceu e finalizou: – Muita gente acha que a NR-
10, que é essa norma que eles estão falando, só se aplica à empresa de grande porte, em grandes
serviços, mas na verdade ela é para ser seguida em todo e qualquer serviço em rede elétrica.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) A NR-10 deixa claro que seu campo de atuação é somente em áreas industriais, e que a resposta do
Seu Zé estava errada.
B) A NR-10 deixa claro que é aplicada nas fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas
proximidades.
C) A NR-10 deixa claro que somente engenheiros eletricistas devem atender à norma, por isso a
empresa Elétricos X foi obrigada a segui-la.
D) A NR-10 deixa claro que somente trabalhos em alta tensão é que devem seguir o que ela determina.
E) A NR-10 deixa claro que somente deve ser aplicada em empresas de grande porte ou em empresas
setoriais.
B) Atendendo ao artigo da NR-10, que diz que os serviços devem ser registrados, além dos
equipamentos a serem reparados.
GABARITO
1. Como você viu, a empresa Elétricos X apresenta um diferencial em sua execução ao seguir a
NR-10 e, na visão da cliente, embora ela estivesse elogiando, tinha uma dúvida: se tal preparo
trazia benefício ou não. A senhora do case então pergunta ao Seu Zé qual é a necessidade de se
seguir a NR-10. Colocando-se no lugar do Seu Zé, qual das opções abaixo você diria para que ela
pudesse entender a importância do cumprimento dessa norma?
A atuação da NR-10 nas fases de geração, transmissão, distribuição e consumo está claramente
descrita nos propósitos de aplicação da norma, sendo, portanto, sua aplicação pertinente em instalações
de alta, média e baixa tensão. O uso da eletricidade na área industrial refere-se apenas à fase de
consumo de energia. A aplicação da norma em projetos, construção, montagem, operação, manutenção
das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades deixa claro que
diversas classes de profissionais devem fazer uso da norma, citando como alguns exemplos
engenheiros eletricistas, de produção, de segurança do trabalho, entre outros. Além disso, a norma deve
ser aplicada em empresas de todos os portes.
2. Como você viu, a empresa Elétricos X apresenta um diferencial em sua execução ao seguir a
NR-10. Observe o relato da cliente: “E reparo que sempre que vai se fazer um serviço, seus
funcionários pegam um formulário e preenchem várias informações, e só começam a trabalhar
depois de anotar tudo”. O que os funcionários estão fazendo antes de começar o serviço, de
acordo com a NR-10?
RESPOSTA
O choque elétrico, o arco elétrico, as queimaduras, os incêndios e explosões estão entre os acidentes usuais
que potencialmente podem ocorrer durante intervenções em instalações elétricas. Podem, ainda, ocorrer
lesões físicas decorrentes de tais acidentes, como queimaduras, quedas, impactos, cortes ou perfurações
que ocorrem por causa de contrações involuntárias dos músculos ao passar uma corrente elétrica, ou por
ação das ondas de pressão geradas na ocorrência de arcos elétricos ou outros tipos de explosão.
Os elétrons possuem cargas elétricas negativas, são partículas leves e se desprendem do átomo com
facilidade. Qualquer material, portanto, terá na sua composição características elétricas determinadas
por sua propriedade de liberar elétrons com maior ou menor energia.
Os átomos de alguns elementos possuem poucos elétrons em sua última camada eletrônica, e estes
elétrons estão relativamente longe do núcleo, como ocorre com o ouro, a prata, o cobre, os metais em
geral. Por esse motivo, estão fracamente presos ao núcleo. Assim, ao receber pequena quantidade de
energia, eles se libertam e passam a se deslocar entre os átomos que estão próximos. Eles são bons
condutores de eletricidade.
Outros materiais se comportam inversamente, como o plástico, borracha e madeira. Seus elétrons estão
firmemente ligados ao núcleo, mantendo sua configuração eletrônica estável. Eles são chamados de
isolantes ou dielétricos, pois os elétrons não conseguem se deslocar neles com facilidade.
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O contato com partes energizadas (fios, cabos e barramentos) pode fazer circular uma corrente elétrica
no corpo da vítima, resultando em choques elétricos e queimaduras internas e externas, o que faz com
que os eletricistas, em especial os que trabalham diretamente com circuitos elétricos, tenham a atenção
redobrada.
ATENÇÃO
Por essa razão, a NR-10 deixa bem claro seu campo de aplicação:
(BRASIL, 1978)
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Agora, vamos conhecer algumas grandezas elétricas importantes para o nosso estudo.
CARGA ELÉTRICA
TENSÃO ELÉTRICA
INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA
POTÊNCIA ELÉTRICA
CARGA ELÉTRICA
É a grandeza que quantifica o carregamento elétrico de um corpo a partir de uma carga elétrica
elementar designada e corresponde à carga de um elétron. A unidade de carga elétrica é o coulomb [C].
TENSÃO ELÉTRICA
Também conhecida como voltagem, é a grandeza que quantifica a diferença de potencial elétrico entre
dois pontos. A tensão elétrica se estabelece toda vez que existe um desequilíbrio de cargas, seja ele
natural ou forçado (pilhas, baterias e geradores).
Também conhecida como amperagem, é a grandeza que quantifica o deslocamento de cargas elétricas
na unidade de tempo. O movimento ordenado de cargas elétricas em um condutor, sujeito a uma
diferença de potencial, recebe o nome de corrente elétrica.
POTÊNCIA ELÉTRICA
É a grandeza que quantifica o trabalho realizado (energia) na unidade de tempo. A unidade de potência
é o watt (W).
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Devido à sua grande importância, e não apenas por ser normativo, todo trabalho com eletricidade exige
procedimentos padronizados, assim como treinamentos específicos que sejam realizados, mas é claro
que, devido ao risco, é bastante vulnerável à ocorrência de acidentes, inclusive fatais.
Por essa razão, algumas atividades classificadas como perigosas no sistema elétrico são amparadas
por lei, e os trabalhadores expostos a esses ambientes têm o direito ao adicional de 30% na
remuneração. Conheça algumas atividades amparadas por essa lei:
Quanto aos equipamentos e às instalações elétricas, eles podem ser de alta ou baixa tensão, mas
devem ser integrantes de sistemas elétricos de potência. Eles podem estar energizados ou
desenergizados, mas com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional.
Os acidentes com eletricidade podem ser causados de maneira indireta e podem ocasionar quedas,
impactos, cortes ou perfurações que ocorrem por causa de contrações involuntárias dos músculos ao
passar uma corrente elétrica, ou por ação das ondas de pressão geradas na ocorrência de arcos
elétricos ou outros tipos de explosão. Os acidentes com eletricidade produzem: choque elétrico, arco
elétrico, queimaduras, incêndios e explosões.
CHOQUE ELÉTRICO
Numerosas alterações e lesões temporárias ou permanentes são causadas pela passagem da corrente
elétrica pelo corpo humano. Os efeitos mais conhecidos e frequentes são:
Queimaduras: lesões na pele e/ou em órgãos internos decorrentes do efeito joule, isto é, da
energia dissipada em forma de calor (energia térmica) no corpo humano.
ARCOS ELÉTRICOS
O arco elétrico (ou arco voltaico), quando ocorre, é de curtíssima duração (menor que 0,5 segundo) e,
por ser tão rápido, o olho humano não chega a perceber. Outra característica dos arcos elétricos é que
são extremamente quentes. Próximos à temperatura do “laser”, eles são a mais intensa fonte de calor na
Terra, podendo alcançar a temperatura de 20.000ºC. Dessa forma, dependendo da distância, quem
estiver em um raio de alguns metros de um arco poderá sofrer graves queimaduras.
Altas correntes de curto-circuito e longos tempos de atuação dos dispositivos de proteção aumentam o
risco do arco elétrico. A quantidade da energia liberada durante um arco irá depender dessa
combinação. Conheça os três aspectos físicos que irão caracterizar os riscos relacionados com a
ocorrência de arcos elétricos:
Ondas de pressão (explosão): podem causar lesões auditivas e perda de memória devido à
concussão cerebral. Se a onda de pressão for muito forte, é possível jogar uma pessoa exposta
para longe, podendo ocasionar sérios acidentes.
INCÊNDIOS
A eletricidade pode, de várias maneiras, agir como a fonte para a ignição de um incêndio. O mais
comum é quando ocorre uma sobrecarga dos circuitos elétricos. O aumento de equipamentos elétricos
em um circuito, que não tenha sido dimensionado considerando todos os novos dispositivos elétricos,
fará com que a intensidade da corrente elétrica supere a capacidade dos condutores (fios ou cabos).
Você já pode ter visto algumas situações dessas no dia a dia, como o aumento da temperatura dos
condutores que, em alguns casos, chega a derreter parte da cobertura dos condutores e até mesmo
plugues e tomadas. Em casos extremos, até os pinos dos plugues ficam fundidos ou “colados” dentro
das tomadas.
EXPLOSÕES
Podem ocorrer em um ambiente onde haja substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa,
poeira ou fibras, e, após a ignição, a combustão se propaga. Os pequenos arcos elétricos oriundos de
fontes também representam um perigo e risco enorme. Certamente você já viu a ocorrência de uma
pequena faísca ao ligar ou desligar um interruptor ou abrir uma chave seccionadora. Esses casos
podem ter consequências dramáticas, sendo essas faíscas uma fonte de ignição.
Eles englobam uma série de classificações do tipo intrinsecamente seguros, não acendíveis, à prova de
explosão etc. Todo equipamento elétrico Ex deve ser certificado, por organismo de certificação
acreditado ao INMETRO em atendimento à Portaria INMETRO n.º 179, de 18 de maio de 2010 e
Portaria INMETRO n.º 89, de 23 de fevereiro de 2012.
Em razão da importância desse assunto, todo local com potencial explosivo que possua em suas
instalações a presença de algum componente combustível deve identificar em planta baixa a sua
localização, o que é chamado de classificação de áreas. Portanto, locais como postos de abastecimento
de combustíveis, refinarias, plataformas de petróleo, silos, ou em diversas outras situações,
especialmente na indústria química, se enquadram nessa identificação.
A NR-10 é bastante clara nesse sentido, exigindo das empresas a comprovação de conformidade com
as normas técnicas, a certificação dos equipamentos e materiais elétricos utilizados em áreas
classificadas entre os documentos técnicos obrigatórios e que serão auditados.
Outra causa de incêndios e explosões pode ser a eletricidade estática. Mesmo que a energia presente
em uma descarga de eletricidade estática seja pequena, se ocorrer em atmosferas explosivas, pelas
mesmas razões apresentadas anteriormente, será preocupante. A descarga eletrostática vai gerar uma
descarga elétrica que poderá ser o fator de ignição de incêndio, mesmo sem haver uma fonte de energia
ligada.
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Trabalhadores com equipamentos de prevenção para descargas eletrostáticas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Arcos elétricos.
B) Choque elétrico.
C) Queimadura.
D) Incêndio.
E) Explosão.
A) Arco elétrico
B) Explosões
C) Radiação térmica
D) Onda de pressão
E) Sobrecarga
GABARITO
O choque elétrico pode produzir temperaturas diversas, maiores ou menores. Queimaduras, incêndios e
explosões são consequências da falha de contenção de correntes elétricas. Portanto, as características
citadas se referem aos arcos elétricos.
2. Quando falamos em eletricidade, sabemos que, de várias maneiras, ela pode agir como fonte
de ignição de um incêndio. Qual é a forma mais comum de a eletricidade ocorrer?
A eletricidade pode, de várias formas, agir como fonte para a ignição de um incêndio, tais como arcos
elétricos, geração de calor, ondas de pressão etc. No entanto, a causa mais comum é a sobrecarga dos
circuitos elétricos, geralmente por meio do aumento de equipamentos elétricos em um mesmo circuito,
cujo dimensionamento não foi revisado.
MÓDULO 2
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe o que é medida de controle prevista na NR-10? Você conseguiria definir qual seria a medida
de controle prioritária? Para entendermos esse conceito na prática, vamos analisar o case da empresa
DEURUIM.
A empresa DEURUIM é uma famosa indústria do ramo de bebidas que produz um suco em copinhos. E
devido ao ótimo sabor e preço mais barato, suas vendas aumentaram muito.
A direção da empresa é executada pelo Sr. Ernesto, conhecido por ser bastante enérgico e que só
pensa em aumentar o lucro da empresa. Dizem que ele quer atingir a meta e com isso ganhar o bônus
anual.
Devido ao seu sucesso de venda, cada vez mais a produção fica comprometida e sem tempo de parar
para manutenção adequada. O que importa é a produção – o slogan do Sr. Ernesto está pintado na
parede da fábrica, para que todos leiam e saibam qual é a sua prioridade.
Acontece que, em um fim de semana, véspera de feriado, o Seu Jorge da manutenção foi chamado
correndo para atender ao pedido da produção, pois havia uma máquina elétrica com uma folga na
esteira e emitindo um estranho barulho na bomba de alta pressão.
Ao avaliar a máquina, ele identificou um dos problemas: havia um vazamento na união da bomba, e ele
tinha quase certeza de que o outro problema era no painel de comando da esteira. Seu Jorge, então,
conhecendo o slogan do Sr. Ernesto, foi logo abrindo o painel para tentar corrigir o problema. Nesse
momento, todos escutaram um barulho seguido de um grito.
Ao chegarem perto, encontraram o Seu Jorge no chão, desacordado, com parte da mão e rosto
queimados. Ele foi levado ao hospital. O médico que o atendeu informou que Seu Jorge estava fora de
perigo e que precisava tratar das queimaduras, além de ficar em observação devido à queda.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. COMO VOCÊ VIU, A EMPRESA DEURUIM, EMBORA COM SUCESSO DE
VENDAS, NÃO LEVA A SÉRIO A QUESTÃO DE SEGURANÇA. EM RELAÇÃO A
ESSE EVENTO, IDENTIFIQUE ABAIXO QUAL MEDIDA DE CONTROLE
PRIORITÁRIA NÃO FOI SEGUIDA.
GABARITO
1. Como você viu, a empresa DEURUIM, embora com sucesso de vendas, não leva a sério a
questão de segurança. Em relação a esse evento, identifique abaixo qual medida de controle
prioritária não foi seguida.
Ao realizar intervenções em circuitos ou redes elétricas, a medida de controle prioritária é trabalhar com
a rede desenergizada. É necessário desligar os circuitos onde será realizado e executado o serviço de
instalação, de manutenção ou reparo. Isso se aplica a quaisquer serviços em baixa ou alta tensão.
Isso fica bem claro na NR-10, que diz:
2. Como você viu, infelizmente, houve um acidente na empresa DEURUIM, o qual poderia ter sido
evitado com o atendimento à medida de controle chamada prioritária, visando garantir essa
segurança. Identifique abaixo que outra medida de controle relacionada com a prioritária deve
ser obedecida.
RESPOSTA
As medidas de controle coletivas são: desligar a energia, impedir que a energia seja restabelecida
inadvertidamente, confirmar a ausência de tensão, aterrar temporariamente os circuitos sob manutenção e
sinalização. A medida de controle individual é a utilização de EPI. Esses são procedimentos que priorizam a
proteção coletiva ante a individual, são comuns a várias normatizações em diversos países.
Conforme determina a NR-10, em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Essa avaliação ou análise de
riscos pode ser feita de diferentes maneiras, mas o mais importante é a inclusão dos riscos inerentes à
eletricidade.
HAZIP
HAZOP
FMEA
RBI
AMFE
APP
APR
HAZIP
HAZOP
Sigla para Hazard and Operation Study, em inglês. É a ferramenta para análise de risco da operação.
FMEA
Sigla em inglês para Failure Mode and Effect Analysis, ou seja, significa análise de modos de falhas e
efeitos. É um método de identificação de causas e efeitos utilizado para prevenir falhas e analisar os
riscos de um processo.
RBI
Significa Inspeção Baseada em Risco. É um método de identificação dos equipamentos mais críticos
para que a ação da equipe seja mais efetiva, otimizando os recursos. São analisados o projeto, a
operação, o fluído e os possíveis danos.
AMFE
APP
Sigla de Análise Preliminar de Perigo. É um estudo prévio e detalhado, de qualquer processo, com foco
em identificar possíveis falhas em procedimentos ou execução.
APR
Sigla de Análise Preliminar de Riscos. É um estudo prévio e detalhado, de qualquer atividade que será
executada, com a intenção de identificar os riscos e poder se antecipar na prevenção.
SAIBA MAIS
A Norma Regulamentadora NR-10 deixa bem claro que as medidas de controle adotadas não devem ser
a única ação, e sim devem integrar as demais iniciativas da empresa.
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(BRASIL, 1978)
Algumas medidas são adotadas a fim de garantir a segurança dos trabalhadores. Vamos
conhecer cada uma delas a seguir:
DESLIGAR A ENERGIA
A medida de controle prioritária é trabalhar com a rede desenergizada, isto é, desligar os circuitos onde
será realizado e executado o serviço de instalação, de manutenção ou reparo. Isso se aplica a quaisquer
serviços em baixa ou alta tensão. Isso fica bem claro na NR-10, que estabelece esta decisão:
Claro que, infelizmente, nem sempre isso é possível, principalmente quando a intervenção ocorre na
rede pública ou em instalações de grande porte, em que os dispositivos de seccionamento estão
localizados a distâncias muito grandes do local da realização do serviço. Essa ação pode parecer um
procedimento muito simples, a do desligamento do circuito elétrico antes da realização de qualquer
serviço, porém a sua desobediência é um dos fatores que mais contribuem para a ocorrência dos
acidentes com eletricidade.
É importante o treinamento de toda força de trabalho, e não somente do pessoal da execução formal do
trabalho. Todos devem saber que, estando um equipamento com bloqueio, é fundamental que seja
respeitado e somente a equipe que executou o bloqueio poderá removê-lo e liberar novamente o
circuito.
Se na empresa existirem setores e/ou equipes bem distintas, como, por exemplo, mecânica, elétrica,
automação, estrutura etc., é uma boa prática que cada um desses setores ou equipes tenha uma cor
definida para os seus cadeados ou etiquetas de bloqueio. Desse modo, fica claro qual setor está
realizando o serviço.
Caso mais de uma equipe esteja realizando serviços ao mesmo tempo em determinado circuito, cada
uma delas deve utilizar o seu cadeado, assim, conforme cada equipe for terminando, é retirado o seu
bloqueio, porém o circuito ainda permanecerá bloqueado pela equipe que ainda estiver executando o
serviço.
Observe, na imagem a seguir, dois bloqueios com cores diferentes no mesmo circuito.
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A realização dessa ação também tem por função verificar se existe indução ou retorno no circuito
desligado. Um erro comum é achar que se está seguro ao desligar o circuito e que, dessa forma, não se
tem mais energia no circuito, mas a verdade é que se não fizermos essa confirmação, podemos ter
ainda “a linha viva” (ainda energizada). É importante garantir que o dispositivo de seccionamento
corresponda ao circuito que estará sob intervenção ou que não há outra fonte de energia. Essa
verificação deve ser realizada em baixa e em alta tensão.
EXECUTAR A SINALIZAÇÃO
A NR-10 nos traz, ainda, o dever de executarmos a sinalização de segurança, que deve ser adotado em
consonância com a NR-26 − Sinalização. Vale destacar que somente a sinalização não pode ser a única
forma de prevenção. De acordo com a norma NR-10, dentre outras, devem ser atendidas as seguintes
situações:
Delimitações de áreas.
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ÓCULOS DE PROTEÇÃO
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CAPUZ OU BALACLAVA
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ATENÇÃO
As vestimentas para proteção devem ser adequadas contra os efeitos térmicos, sendo comumente
chamadas de RF − Resistentes ao Fogo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) intervenção.
B) destravamento.
C) modulação.
D) bloqueio.
E) isolamento.
C) Desligar a energia.
GABARITO
1. Segundo a NR-10, após se desligar um circuito elétrico que irá sofrer uma intervenção, se faz
necessário impedir que ele seja religado acidentalmente ou por descuido, sendo esse
procedimento chamado de
2. Identifique abaixo qual a ação que, ao ser realizada, também tem por função verificar se existe
indução ou retorno no circuito desligado.
É importante lembrar que a tensão é o fator gerador de corrente elétrica. Portanto, como determinado
pela NR-10, em sequência ao desligamento do circuito elétrico e com a aplicação do bloqueio ou
travamento, devemos aplicar a próxima medida de controle, que é a confirmação da ausência de tensão,
utilizando equipamentos como os detectores de tensão ou os voltímetros, esses últimos no caso de
circuitos de baixa tensão.
MÓDULO 3
LIGANDO OS PONTOS
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A TOSEGURO é uma empresa do segmento de construção naval que atua no segmento de petróleo e
gás, na fabricação das plataformas de produção. Essa empresa é bem localizada, possui seu próprio
porto e uma grande área, que é suficiente para fabricar, ao mesmo tempo, várias unidades.
Devido à sua condição geográfica e ao seu ótimo preço de mercado, tem conseguido novos contratos, o
que faz com que tenha necessidade de contratação de grande volume de profissionais para que possa
atender a essa demanda de serviço.
Neste ano, inclusive, já contratou cerca de 4.000 (quatro mil) profissionais de diferentes categorias e
funções, como engenheiros e técnicos: projetistas, soldadores, eletricistas e inspetores, além de
ajudantes em diversas áreas.
Um fato curioso tem chamado a atenção do time de RH, que faz o processo de contratação. Houve
recentemente uma alteração na legislação, que exige dos soldadores uma nova especialização que
deve ser certificada por uma entidade de classe, cujo cliente final fez questão de que constasse no
contrato.
Acontece que dos 50 eletricistas contratados, somente 10 possuem tal certificado de conclusão do
curso, e apenas 5 desses 10 possuem o comprovante do registro no conselho de classe.
Como o prazo de construção das plataformas está atrasado, a empresa TOSEGURO resolveu contratar
todos e preparar as devidas certificações individuais ao longo do processo. Conforme esses eletricistas
forem sendo certificados, entrarão imediatamente em serviço.
Durante esse tempo de espera, os eletricistas receberão os treinamentos internos, também obrigatórios
por contrato.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) Os 50 eletricistas.
B) Os 10 eletricistas.
C) Os 15 eletricistas.
E) Os 5 eletricistas.
A) Os 50 eletricistas.
B) Os 10 eletricistas.
C) Os 15 eletricistas.
E) Os 5 eletricistas.
GABARITO
1. Como você viu, a TOSEGURO está agindo de forma totalmente profissional e seguindo
inclusive o que é determinado pela NR-10. Pensando como gestor responsável pela Engenharia
de Segurança, quantos eletricistas estão qualificados para essa função?
O trabalhador qualificado é aquele que comprova a conclusão de curso específico na área elétrica,
sendo esse curso reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. Conforme informado pela empresa
TOSEGURO, 10 novos eletricistas apresentaram a certificação exigida com o certificado de conclusão.
Desse modo, poderemos considerar todos esses 50 eletricistas como capacitados para exercerem a sua
função somente quando todos os 40 eletricistas que não possuem a certificação apresentarem o certificado
de conclusão e fazerem seu registro junto ao conselho de classe.
Além disso, os outros 45 eletricistas precisam apresentar o registro junto ao conselho de classe.
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Ao longo de vários artigos e trechos da NR-10, algumas das condições estão descritas explícita e
implicitamente. Importante ressaltar que no primeiro artigo isso já é bem evidente, e é assim
escrito:
(BRASIL, 1978)
SEGURANÇA EM PROJETOS
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A NR-10 nos coloca várias condições às quais devemos atender durante a fase do projeto de
instalações elétricas, conforme alguns exemplos abaixo:
10.3.1
10.3.3
10.3.3.1
Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração
elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento
tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos.
10.3.10
Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada
e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR-17 − Ergonomia.
Fica evidente o objetivo de antecipação na NR-10 ao nos colocar diversas condições. Quando algo está
sendo projetado, está havendo uma antecipação do que será o resultado a que se pretende.
A NR-10 destaca que as medidas preventivas, objetivando o controle dos riscos chamados adicionais,
devem ser adotadas, sinalizadas e implementadas, em especial aquelas relacionadas a questões de
altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e
outros agravantes.
O atendimento à NR-17 – Ergonomia − é outra condição lembrada, e que deve ser plenamente atendida,
inclusive no que tange à iluminação, que deve ser adequada, dimensionada e localizada de forma
segura e eficiente.
SAIBA MAIS
A NR-10 destaca que os trabalhadores, para exercer as suas funções, devem ser qualificados,
habilitados, capacitados e autorizados, conforme as condições impostas pela norma, incluindo ensaios,
testes elétricos, de campo ou comissionamento das instalações.
Trabalhador qualificado
Trabalhador habilitado
Trabalhador capacitado
Autorizado
ATENÇÃO
Vale ressaltar que a capacitação somente é válida para a empresa que o capacitou e nas condições
estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação, ou seja, mesmo
sendo um excelente profissional em outro ambiente diferente da sua empresa, precisa passar por nova
capacitação.
Outro destaque importante, de acordo com a NR-10, é que a empresa deve estabelecer sistema de
identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador,
além de manter essas informações e condições no sistema da empresa.
TREINAMENTO
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A NR-10, em diversos artigos, chama a atenção e fala sobre o treinamento dos trabalhadores, sendo
inclusive obrigatório manter os registros dos treinamentos realizados. Ela destaca que os trabalhos nas
áreas classificadas só podem ser realizados após treinamento específico de acordo com o risco
identificado em cada área, conforme a planta baixa de área classificada.
Programação mínima:
Regulamentações do TEM.
Riscos adicionais.
Primeiros socorros.
Responsabilidades.
Programação mínima:
Organização do trabalho.
Aspectos comportamentais.
Responsabilidades.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Habilitado.
B) Qualificado.
C) Capacitado.
D) Autorizado.
E) Certificado.
A) Operação.
B) Reforma.
C) Projeto.
D) Execução.
E) Adaptação.
GABARITO
A NR-10 estabelece que o trabalhador qualificado é aquele que possui e comprova a conclusão de curso
específico na área elétrica, sendo esse curso reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
É na fase projeto que podemos atuar de forma antecipada. Nela teremos a oportunidade de eliminar de
maneira definitiva os riscos ao pensarmos na execução, e assim projetaremos já pensando não somente
na execução, mas também nos riscos e na segurança.
MÓDULO 4
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe o que é uma equipe brigadista de incêndio? Sabe o que é ponto de encontro? Sabe o que é
rota de fuga? Para entendermos esses conceitos na prática, vamos analisar o case da empresa
SEGFIRME.
Essa empresa executa constantemente treinamentos, revisa os procedimentos, faz a capacitação dos
colaboradores, de modo a garantir o máximo de segurança e atenção possível, no caso de um evento
não desejável.
Tem em suas instalações sistemas de alarme, sistemas de combate a incêndio, câmeras de CFTV, para
monitoramento de todos os setores da empresa.
Toda semana são realizados testes desses sistemas e equipamentos para que sejam monitorados e
estejam em pleno funcionamento a qualquer momento.
Uma vez por mês é realizado um simulado, em atendimento ao Plano de Emergência, com todos os
colaboradores, para que sejam praticados todos os procedimentos e produzir uma espécie de memória
na execução.
Márcia, que trabalha no setor de suprimentos, é voluntária e atua como brigadista de incêndio junto com
vários outros colaboradores de vários setores da empresa. Em seu setor, ela é a responsável por indicar
a rota de fuga que deverá ser utilizada, além de qual será o ponto de encontro, dentre as opções
existentes, em razão de localização, vento e outros fatores que são decididos no momento de um evento
indesejável.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. COMO VOCÊ VIU, A SEGFIRME POSSUI UMA SÉRIE DE PROCEDIMENTOS,
SISTEMAS, TREINAMENTOS E BRIGADA DE INCÊNDIO. VOCÊ, COMO
RESPONSÁVEL PELO SETOR DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA, EM
ATENDIMENTO À NR-23 − PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS −, TERIA DE
REALIZAR OUTRO PROCEDIMENTO. QUAL SERIA ESSE PROCEDIMENTO?
A) Plano de Evacuação.
B) Plano de Combate.
C) Plano de Contorno.
D) Plano de Execução.
E) Plano de Incêndio.
GABARITO
1. Como você viu, a SEGFIRME possui uma série de procedimentos, sistemas, treinamentos e
brigada de incêndio. Você, como responsável pelo setor de Engenharia de Segurança, em
atendimento à NR-23 − Proteção Contra Incêndios −, teria de realizar outro procedimento. Qual
seria esse procedimento?
A NR 23 − Proteção Contra Incêndios −, em seu item 23.4, informa que “nenhuma saída de emergência
deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho”.
2. A SEGFIRME executa, uma vez por mês, um simulado em atendimento a um Plano de
Emergência. Qual plano deve ser utilizado quando o Plano de Emergência não for suficiente?
RESPOSTA
Como gestor de segurança da SEGFIRME, para o correto dimensionamento da equipe brigadista, teria de
verificar, por meio dos bombeiros, as normas técnicas ou instruções técnicas próprias do estado, pois nelas
estará a regra de como dimensionar uma brigada de incêndio.
O QUE DEVE SER ATENDIDO EM PROTEÇÃO CONTRA
INCÊNDIO E EXPLOSÃO PELA NR-10?
A NR-10 nos determina que devem ser certificados quanto à sua conformidade, no âmbito do SBC −
Sistema Brasileiro de Certificação −, materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas.
A NR-10 também determina que os processos ou equipamentos que possam gerar ou acumular
eletricidade estática devem possuir dispositivos de descarga elétrica e, ainda, possuir proteção
específica. Ela deixa claro em seu texto que dispositivos de proteção devem ser utilizados nas
instalações elétricas, conforme abaixo:
(BRASIL, 1978)
VOCÊ SABIA
É muito comum os leigos pensarem somente em mangueira de combate a incêndio ou nos extintores de
incêndio. Embora sejam fundamentais, esses equipamentos, na verdade, não impedem que o incêndio
ocorra, e sim ajudam a combatê-lo.
Foto: Shutterstock.com
Quando um trabalhador atinge uma maturidade de segurança e tem a plena consciência da importância
da coletividade, é o momento ideal para ser voluntário e integrar uma equipe de brigadista. A
coletividade fará toda a diferença em um evento em que uma ação coletiva é fundamental para que
todos estejam em um ambiente mais seguro.
Não existe eleição para a escolha dos empregados que irão compor uma brigada de incêndio, como
também não existe uma remuneração por esse serviço, que deve ser voluntário, podendo a empresa
escolher da forma que achar melhor. Lembrando, ainda, que fazer parte de uma brigada de incêndio não
dá estabilidade de emprego, diferentemente da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes −,
onde existe essa condição.
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SAIBA MAIS
Cada estado brasileiro, por meio dos bombeiros, irá possuir NTs (Normas Técnicas) ou ITs (Instruções
Técnicas) próprias que devem ser seguidas. Nessas normas ou instruções, irão constar importantes
informações, por exemplo, como dimensionar uma brigada de incêndio para fins de sua aplicação.
As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra
incêndio e explosão, conforme dispõe a NR-23 − Proteção Contra Incêndios. A NR-23 é uma norma
complementar à NR-10, que dispõe sobre medidas de proteção contra incêndio em geral. Ambas as
normas se complementam.
E por se tratar de uma norma pequena no texto, mesmo com uma enorme importância, a NR-23
(BRASIL, 1978) será aqui reproduzida na íntegra:
23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com
a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que
aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência.
23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando a direção da saída.
23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.
23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil
abertura do interior do estabelecimento.
PLANO DE EMERGÊNCIA
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As empresas deverão possuir e implementar um Plano de Emergência, que deve no mínimo
incluir:
Capítulo específico para autorizar, capacitar e dar condições aos trabalhadores de estarem aptos a
manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio.
O Plano de Evacuação ou Plano de Abandono é para ser utilizado quando as ações previstas no
Plano de Emergência não forem suficientes e o cenário sair do controle, colocando em risco toda a
força de trabalho. Nos dois planos devem ser realizados simulados, para que toda a força dos
trabalhadores seja envolvida e eles tenham a vivência necessária caso ocorra a necessidade real.
Quando falamos em toda força de trabalhadores, é preciso que efetivamente todos os colaboradores
sejam treinados e executem esses simulados, sem exceção. É uma boa prática que as seguintes
ações complementares sejam bem identificadas e implementadas:
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ROTA DE FUGA
Em inglês, escape route, é como se chama o trajeto que deve ser seguido de forma segura em caso de
emergência.
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PONTO DE ENCONTRO
Em inglês, assembly point, é como se chama o local determinado, por ser seguro, onde todos os
colaboradores devem se encontrar e aguardar as orientações da brigada para saber se voltam aos seus
postos de trabalho ou se deverão seguir o Plano de Evacuação.
ATENÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Plano de Evacuação.
B) Plano de Emergência.
D) Plano de Abandono.
E) Ponto de Encontro.
B) Melhoria contínua.
C) Saídas de emergência.
D) Utilização de EPIs.
E) Capacitação da brigada de incêndio.
GABARITO
1. Qual é o plano que elenca vários cenários possíveis, de acordo com o risco encontrado, e
prevê ações para eliminar os eventos indesejáveis em cada um dos cenários evidenciados?
O Plano de Emergência é um documento que tem por objetivo detalhar vários cenários possíveis, de
acordo com o risco encontrado, prevendo ações específicas para combater os eventos indesejáveis em
cada um dos cenários.
2. Sabemos que a NR-10 é complementada por outras normas regulamentadoras, mas quando se
trata de proteção contra incêndios, é citada a complementação pela NR-23. Identifique abaixo ao
que a NR-23 dá ênfase em seu texto normativo.
Os locais que possuem instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotados de proteção contra
incêndio e explosão, conforme previsto pela NR-23. A NR-23 enfatiza a importância de se ter atenção
com as saídas de emergência.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos de maneira bem clara e objetiva os conceitos básicos de eletricidade, tema abordado
pela NR-10 − Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Vimos, ainda, as principais
grandezas elétricas e quais os aspectos que devem ser considerados em relação às instalações
elétricas.
Estudamos também os riscos em instalações, tais como: choque elétrico, arcos elétricos, incêndios,
explosões. Vimos como é importante e fundamental efetuarmos uma avaliação de riscos, para que
possamos, então, avaliar e implementar as medidas de controle, sejam as medidas de proteção coletiva
sejam as de proteção individual.
Também apresentamos algumas condições que a NR-10 evidencia, com destaque à fase de projeto,
mas com atenção igualmente às fases de construção, montagem, operação e manutenção. Vimos,
ainda, que a Norma NR-10 cita como complementação várias outras normas regulamentadoras, como a
NR-26 – Sinalização, a NR-17 – Ergonomia e a NR- 23 – Proteção Contra Incêndios.
Aprendemos, por fim, que os assuntos estudados visam a um melhor ambiente, mais seguro e mais
saudável para os trabalhadores, usuários e empresa.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ergonomia, Norma Regulamentadora nº 17. Ministério da Economia. Brasília, DF, 1978.
Consultado na Internet em: 01 set. 2021.
BRASIL. Proteção Contra Incêndios. Norma Regulamentadora nº 23. Ministério da Economia. Brasília,
DF, 1978. Consultado na Internet em: 01 set. 2021.
CONTEUDISTA
Elmar Conte Lofredo Mourão