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PROJECTO DURATINET
Breysse D., Salta M., Daly A. – Concrete Strucures – Technical Guide, Part IV, Deterioration, Vol.
2, Duratinet Project, 2008-1/049, Laboratório Nacional de Engenharia Civil I.P., Lisboa, Portugal,
ISBN: 978-972-49-2237-9, 2012, 74 p..
Dérobert X., et al – Concrete Strucures – Technical Guide, Part IV, Testing techniques, Vol. 3,
Duratinet Project, 2008-1/049, Laboratório Nacional de Engenharia Civil I.P., Lisboa, Portugal,
ISBN: 978-972-49-2237-9, 2012, 132 p..
Daly A., et al – Concrete Strucures – Technical Guide, Part IV, Repair Methods, Vol. 4, Duratinet
Project, 2008-1/049, Laboratório Nacional de Engenharia Civil I.P., Lisboa, Portugal, ISBN: 978-
972-49-2237-9, 2012, 126 p..
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Patologia, Diagnóstico e Metodologias de Intervenção I Pós Graduação
Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
INTRODUÇÃO
SUB-CAPÍTULOS
5 METODOLOGIAS DE INTERVENÇÃO
5.1 Introdução
5.2 Organização da NP EN 1504
5.3 preparação da superfície
5.3.1 limpeza
5.3.1.1 Química
5.3.1.2 Mecânica
5.3.1.3 "Shot blasting"
5.3.1.4 Jacto de água
5.3.1.5 Jacto de ar
5.3.1.6 Jacto de areia
5.3.1.7 Ataque ácido
5.3.1.8 Limpeza das armaduras
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Patologia, Diagnóstico e Metodologias de Intervenção I Pós Graduação
Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
INTRODUÇÃO
SUB-CAPÍTULOS
5.3.2 Remoção / demolição
5.3.2.1 Manual
5.3.2.2 Explosão
5.3.2.3 Esmagamento
5.3.2.4 Corte
5.3.2.5 Impacto
5.3.2.6 Abrasão
5.3.2.7 "Pre-splitting"
5.4 Métodos de reparação
5.4.1 Protecção Catódica
5.4.2 Extracção electroquímica de cloretos
5.4.3 Injecção do betão
5.4.4 Reposição do betão
5.4.5 Inibidores de corrosão
5.4.6 Realcalinização do betão
5.4.7 Reforço
5.4.8 Sistemas de protecção da superfície
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 5/96
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
LIMPEZA Química
Mecânica
"Shot blasting"
Jacto de água
Jacto de ar
Jacto de areia
Ataque ácido
Limpeza das armaduras
REMOÇÃO Manual
Explosão
Esmagamento
Corte
Impacto
Abrasão
"Pre-splitting"
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 6/96
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Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
LIMPEZA MECÂNICA
Existe uma variedade de dispositivos mecânicos
disponíveis para a limpeza de superfícies de betão:
"scabblers", escarificadores, e ferramentas de
impacto.
- Por vezes é removido mais betão do que o
desejado.
- Dependendo dos martelos utilizados ou da
natureza do material abrasivo, pode atingir-se
uma variedade de graus de limpeza da
superfície.
- Pode ser necessária a utilização de outro
método complementar para limpeza final da
superfície.
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Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
Normalmente, os jactos são de água fria. Todavia, no caso de superfícies com contaminações
superficiais pode-se recorrer a jacto de água quente, normalmente adicionando-se detergentes
biodegradáveis. Neste caso, o equipamento tem uma resistência eléctrica que permite o
aquecimento da água e um depósito adicional para o detergente. O desgaste das mangueiras é
mínimo, quando comparado com os equipamentos de jacto de areia.
No caso de superfícies verticais, as operações de limpeza devem ser realizadas de cima para
baixo, para evitar sujar as zonas já limpas.
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Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
O jacto de vapor remove sais, óleos, pós fortemente aderentes, alguns tipos de
tinta, e é adequado para a limpeza de metais não ferrosos. Não deve ser
utilizado para limpeza das armaduras de aço.
Nos métodos 3.1, 3.2 e 3.3, a limpeza com jactos de ar comprimido é utilizada principalmente
para a remoção da poeira e das partículas menores que ficam na superfície a ser recuperada,
após os trabalhos de corte e limpeza mecânica de betão danificado, particularmente nos pontos
de mais difícil acesso.
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O jacto de ar e areia para preparação de superfícies tende a deixar sempre partículas de areia
soltas sobre a superfície a reparar, devendo ser seguido de aplicação de jactos de ar
comprimido e/ou de água, antes da aplicação do material de substituição.
O jacto de ar e areia é essencialmente utilizado como método de limpeza, mas também pode
ser utilizado como método de desbaste ou de remoção.
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O ácido irá remover cimento suficiente para proporcionar uma superfície rugosa.
Se for utilizado ácido, a superfície deve ser limpa de gorduras e de óleos com agentes
apropriados.
Quando a espuma pára o ácido deve ser removido, e escovas utilizadas para remover os
produtos de reacção.
O método 7.2 requer limpeza de armaduras, que deve satisfazer os seguintes requisitos
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A menos que a limpeza seja feita imediatamente antes da aplicação dos produtos e sistemas
de protecção, os substratos limpos devem ser protegidos da contaminação;
As armaduras devem ser limpas sem lhes causar danos ou danificar ou contaminar o betão
ou o ambiente adjacente;
Quando as armaduras expostas estão contaminadas com cloretos ou outro material que
cause corrosão, toda a superfície exposta das armaduras contaminadas deve ser limpa com
jacto de água, não excedendo a pressão de 18 MPa para remover os cloretos e outros
contaminantes.
Escovagem manual;
Escovagem mecânica;
Decapagem com jacto de ar e areia;
Decapagem com jacto de água de alta pressão.
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jacto de água
Um compressor isento de óleo deve ser usado para evitar que o aço ou o betão fiquem
contaminados com gotas de óleo;
Se a corrosão foi iniciada por cloretos um jacto de água deve seguir-se à remoção da
ferrugem.
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MANUAL
EXPLOSÃO
Emprega uma expansão rápida do gás confinado dentro de uma
série de furos de sondagem para a produção de fracturas
controladas e remoção de betão.
EXPLOSÃO
VANTAGENS
- Rapidez;
- economia global;
- eficácia.
DESVANTAGENS
- Provoca projecção de materiais e vibrações no terreno;
- provoca ruído muito grande na detonação e no impacto da estrutura no terreno;
- é uma técnica perigosa para pessoas e bens nas proximidades e para o pessoal, que
tem de ser especializado;
- pode provocar gases (sulfurosos e nitrosos) perigosos para a saúde.
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VANTAGENS
- Equipamento versátil;
- não provoca ruído, vibração ou poeiras;
- equipamento de simples manutenção.
DESVANTAGENS
- Baixo rendimento;
- espessura a demolir deve ser inferior a 30 cm (podendo atingir os 50 cm com um
adaptador especial);
- necessidade de cortar as armaduras para prosseguir o trabalho;
- superfícies de corte muito irregulares;
- necessidade de remover constantemente os produtos de demolição;
- relação custo de aquisição / produtividade muito elevada.
CORTE
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VANTAGENS DESVANTAGENS
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CORTE
VANTAGENS
- Corta facilmente betão armado;
- elevado rendimento de corte (reduzido pela
existência de armaduras);
- elevada versatilidade de adaptação ao uso e a DESVANTAGENS
ambientes de trabalho;
- Exige experiência na utilização do
- equipamento silencioso, não provoca vibrações
equipamento;
nem poeiras (devido à água de arrefecimento);
- exige equipamento auxiliar de corte
- superfície de corte lisa, sem necessidade de
para passagem do cabo;
trabalhos adicionais e sem afectar o betão
- processo de instalação moroso ;
adjacente;
- custo elevado dos consumíveis;
- rigor e precisão de corte;
- necessário evacuar o líquido
- permite cortes em todas as direcções numa
refrigerante.
amplitude de 360º;
- sem riscos de fissuração;
- seguro para o pessoal;
- preço competitivo para grandes áreas de corte.
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VANTAGENS
- Não tem riscos de fissuração;
- manipulação simples;
- equipamento silencioso não causando vibrações;
- grande precisão de corte.
DESVANTAGENS
- Furação limitada pelo comprimento e diâmetro da broca;
- baixo rendimento / preço elevado;
- processo moroso;
- necessidade de evacuar o líquido refrigerante.
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MAÇARICO
- oxigénio;
pólvora; plasma;
LANÇA TÉRMICA
- oxigénio;
pólvora.
Tripla acção:
- Térmica (temperaturas de 2000 a
2500 ºC);
realização de - Química (combinação de óxidos
grandes aberturas de ferro com
ou em reabilitação componentes do betão , que
acabam por fundir);
- Cinética (pressão do jacto de
oxigénio).
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 34/96
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VANTAGENS DESVANTAGENS
- Possibilidade de cortar peças de grande - Pequena precisão no corte;
espessura; - origina escorrimento da escória de
- aplicável quer em betão armado quer em combustão;
pré-esforçado; - superfícies de betão em contacto com
- não provoca vibrações e é silenciosa; escória ficam marcadas;
- o pessoal aprende facilmente a técnica; - necessária boa ventilação para trabalhar no
- o material é simples e ligeiro (excepto as interior (provoca fumos);
reservas das garrafas de oxigénio); - risco de incêndio devido à projecção de
- permite trabalhar ao ar livre, no interior e materiais em fusão;
até debaixo de água; - necessidade de vestuário especial de
- permite trabalhar em locais de difícil protecção do manobrador;
acesso; - custo bastante elevado.
- altera pouco as propriedades do betão nas
proximidades do rasgo.
LASER CORTE
Técnica que consiste na emissão de um feixe de luz
“coerente” e monocromática;
⇩
Onda única de grande densidade de energia; Irradiação
encontra o betão - parte da energia é absorvida - aumento
de temperatura da zona afectada; Concentração de energia
numa área muito pequena;
⇩
Choque térmico do betão;
⇩
Fragmentação.
VANTAGENS DESVANTAGENS
- Corte muito preciso; - Necessidade de combinar esta técnica com outras para o corte de
- ausência de ruído, armaduras;
vibrações, fumos, gases - o raio é invisível, logo perigoso, podendo causar queimaduras;
tóxicos e poeiras; - necessidade de protecções eléctricas e de isolamento do aparelho;
- rapidez na execução. - muito onerosa.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 36/96
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"BOOM-MOUNTED BREAKERS"
Remoções totais e parciais em profundidade são
economicamente mais vantajosas com este método, do
que com recurso a martelos pneumáticos.
Produz-se poeira;
O betão que permanece pode ser
danificado (microfissuras;
Elevados níveis de ruído
produzido.
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VANTAGENS
- Possantes e eficazes;
- não necessitam de mão-de-obra especializada;
- portáteis (com algum esforço);
- económicos, pouca manutenção, duráveis;
- relativamente seguros;
- limpeza e precisão.
DESVANTAGENS
- Ruidosos;
- introduzem grandes vibrações;
- equipamentos manuais - grande exigência física do manobrador;
- originam poeiras e fumos;
- propagação de fendas;
- descasque de arestas e cantos em elementos de betão;
- rendimento muito baixo em estruturas fortemente armadas;
- trabalho lento (peças pequenas).
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 39/96
Custo elevado;
Betão e o aço que permanecem não são danificados;
Requer uma grande fonte de água potável;
Elevados níveis de ruído produzidos;
Produz-se projecção de material;
Precauções de segurança adicionais são necessárias
(elevada pressão da água 100-300 MPa).
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HIDRO-DEMOLIÇÃO ABRASÃO
VANTAGENS
- Ausência quase total de poeiras e vibrações;
- corte relativamente preciso;
- betão adjacente ao corte é pouco afectado.
DESVANTAGENS
- Equipamento caro;
- corte difícil de peças armadas;
- lentidão;
- necessidade de evacuar água e detritos;
- o pessoal deve estar protegido contra a projecção de detritos;
- grandes fendas nos elementos a demolir podem causar perdas de rendimento
consideráveis;
- necessidade de produzir in situ uma grande pressão.
ABRASÃO
CABEÇA ROTATIVA DE DEMOLIÇÃO
Remoção do betão deteriorado de estruturas de massa elevada e
remoção do recobrimento de elementos de betão reforçados como
pavimentos, tabuleiros, onde o seu contacto com as armaduras é
improvável.
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Pré-colocação de agregados
aplicação de
betão moldado
Aplicação de betão
projectado
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Variante aos processos referidos é a de injecção de argamassas em cavidades nas quais tenham
sido colocados agregados de granulometria conhecida, bem lavados, secos e isentos de
qualquer material que possa inibir a sua perfeita aderência ao material a ser injectado e não
contendo finos.
A aplicação de agentes de colagem torna-se mais problemática nos sistemas com cofragem e
pode ser desnecessária. Em superfícies com cofragem vertical pode ser difícil preencher todo o
espaço. As zonas remanescentes superiores podem ser tratadas pelo método de aplicação a
seco.
VANTAGENS DESVANTAGENS
A durabilidade depende do processo e causa de deterioração. A
adopção deste método de reparação pode ter algumas implicações
relacionadas com a sustentabilidade da construção e com o impacto
ambiental.
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Onde existe a substituição do recobrimento por um novo betão, devem ser considerados os
requisitos das normas: NP EN 206-1, NP EN 1992-1-1 e EN 10080.
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inibidor de
corrosão migratório
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VANTAGENS DESVANTAGENS
A utilização de inibidores de corrosão no betão pode ajudar a retardar o
início da corrosão do aço exposto a contaminação por cloretos e
carbonatação. No entanto, após a iniciação da corrosão, a sua eficácia é
questionável. As informações sobre desempenho a longo prazo em
estruturas reais é limitado. Em algumas condições de exposição, os
inibidores podem ser lixiviadas do betão, o que reduz o seu efeito.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 69/96
Uma corrente contínua é aplicada entre as armaduras (cátodo) e um ânodo rodeado por uma
solução de carbonato de sódio (ou outro metal alcalino) temporariamente colocada sobre a
superfície exterior do betão.
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O tratamento terá uma duração típica variável entre quatro e dez dias, consoante a
profundidade da carbonatação, densidade de armadura superficial, compacidade do betão,
espessura de recobrimento, revestimentos do betão, etc..
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 72/96
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Onde estiverem presentes agregados reativos, o aumento da alcalinidade do betão pode
aumentar a probabilidade de reação álcalis-agregado (RAA).
A realcalinixação não é recomendada em betão que contenha aço pré-esforçado uma vez que a
fragilização por hidrogénio pode ocorrer. Também não é aplicável em betão que contem
revestimentos epóxicos ou armaduras galvanizadas ou se acontaminação por cloretos estiver a
contribuir para a corrosão das armaduras.
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DESVANTAGENS
- A aplicação do reforço com aço é sensível às condições ambientais, tais como a humidade
que afecta a qualidade da ligação e a temperatura que afecta o tempo de cura;
- Os elementos de aço necessitam de uma protecção anti corrosão.
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Módulo 1 - Betão Armado Conservação e Reabilitação de Construções
O reforço com recurso a FRP exterior deve apenas ser considerado onde existe um betão de
qualidade adequada e onde não existem processos de deterioração em evolução,
incluindo corrosão, RAA, etc.
VANTAGENS
- O FRP é muito leve e resistente, desse modo é fácil de aplicar em diversos elementos;
- O FRP é de rápida e fácil aplicação;
- Os custos são similares ao reforço com placas de aço, uma vez que o maior custo do FRP é
compensado pelo custo de instalação mais baixo;
- O FRP não sofre corrosão.
DESVANTAGENS
- O sistema é muito sensível a: preparação de superfície, temperatura e humidade durante a
aplicação;
- A utilização de mantas requere uma mão-de-obra mais especializada quando comparada
com a utilização de placas.
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VANTAGENS DESVANTAGENS
- Tantos os estados limites últimos, bem como os
estados limites de serviço são melhorados; - Em alguns casos, problemas
- Tecnologia comprovada; estéticos;
- Fácil de inspeccionar e monitorizar; - É necessário uma execução dos
- Cabos podem ser e voltar a ser tensionados e trabalhos de uma forma precisa e
substituídos. cuidada.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 83/96
Estes tratamentos são aplicados na superfície de betão para prevenir o ingresso de água e
de substâncias agressivas associadas com os vários processos de deterioração
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O tratamento por impregnação hidrofóbica não preenche os poros e os capilares mas produz
umas superfície repelente à água, prevenindo o ingresso de líquidos que ocorre por acção
capilar. A aparência da superfícies de betão não se altera.
A penetração deve ser uniforme e pelo menos ter a espessura de 2 mm em toda a superfície. A
penetração é afectada pelas condições de humidade da camada de recobrimento do betão.
Numa estrutura nova é aconselhável esperar 2 ou 3 meses antes de aplicar estes produtos.
A aplicação apenas pode ter lugar quando a superfície de betão está seca e a humidade relativa
(HR) é baixa.
No caso de uma reparação localizada anterior com reposição de betão, estes sistemas de
protecção da superfície não corrigem aspectos estéticos da pintura.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 86/96
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Patologia, Diagnóstico e Metodologias de Intervenção I Pós Graduação
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No caso de uma reparação localizada anterior com reposição de betão, estes sistemas de
protecção da superfície não corrigem aspectos estéticos da pintura.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 87/96
Estes tratamentos envolvem a aplicação de produtos líquidos de baixa viscosidades, que contêm
componentes activos, tais como como polímeros orgânicos (acrílicos, resinas epóxi,
poliuretanos) água ou solventes de base aquosa; silicatos (sódio e potássio); fluoretos.
Também podem ser concebidos para endurecer a superfície de betão e aumentar a sua
resistência ao desgaste e limitar os efeitos da abrasão.
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Patologia, Diagnóstico e Metodologias de Intervenção I Pós Graduação
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Este tratamento deve ser aplicado antes de se iniciarem processos de deterioração ou incluídos
como parte do sistema de reparação.
VANTAGENS DESVANTAGENS
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Os revestimentos podem ser: tintas e vernizes orgânicos; membranas; tintas de silicatos; tintas
polímero-cimentícias; argamassas poliméricas, tintas betuminosas; e podem ter vários
componentes activos, tais como polímeros orgânicos (acrílicos, epóxis, poliuretanos, vinil,
estirenos, butadienos, etc.) água ou solventes aquosos; cimentos com silicatos + polímeros;
betumes + polímeros.
Este tratamento pode formar um filme contínuo na superfície de betão. A espessura do filme
varia tipicamente de 100 micrometros a 5 mm. A reparação que involva revestimentos irá
sempre alterar a aparência estética da supefície reparada, desde que o betão não tenha sido
revestido previamente.
• é um tratamento para produzir uma camada protectora contínua sobre a superfície do
betão;
• a espessura é geralmente compreendida entre 0.1 e 5.0 mm;
• certas aplicações podem necessitar de uma espessura superior a 5 mm;
• os ligantes podem ser, por exemplo polímeros orgânicos, polímeros orgânicos contendo
cimento como carga ou cimento hidráulico modificado com uma dispersão de polímero.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 91/96
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Durabilidade reduzida quando comparada como tempo de vida útil da estrutura e a necessidade
de manutenção é muito comum.
BIBLIOGRAFIA
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diagnosing corrosion in reinforced concrete structures, CYTED, Ibero-American Program Science
and Technology for Development, Subprogram XV, Corrosion/Enviromental Impact on Materials,
ISBN: 980-296-541-3, 2000, 204 p.
ECTP (European Construction Technology Platform) – Challenging and changing Europe’s built
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2005, 15 p.
ECTP (European Construction Technology Platform) – Vision 2030 & strategic research agenda,
focus area materials (Version 1), September, 2005a, 40 p.
Ferreira M. J. – Introdução à prevenção da corrosão no betão armado, Seminário: Prevenção da
corrosão em estruturas de betão armado, Lisboa, Portugal, LNEC, ISBN: 972-49-1707-x, 1996,
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Ferreira R. M. – Avaliação de ensaios de durabilidade do betão. Guimarães, Portugal,
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structures, training course series No. 17, IAEA, Vienna, Austria, ISSN: 1018-5518, 2002, 231 p.
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LNEC E 464, 2007 - Metodologia prescritiva para uma vida útil de projecto de 50 e de 100 anos
face às acções ambientais, Lisboa, Portugal, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 15 p.
Área Departamental de Engenharia Civil Pedro Raposeiro da Silva 94/96
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BIBLIOGRAFIA
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