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Aula 21 - Prof Felipe

Canella
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 6 -
Manutenção Mecânica) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Felipe Canella, Juliano de
Pelegrin, Mara Camisassa

16 de Março de 2023
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin, Mara Camisassa
Aula 21 - Prof Felipe Canella

Sumário

ENSAIOS MECÂNICOS NÃO DESTRUTIVOS ...................................................................................................... 3

Ensaio visual .................................................................................................................................................... 4

Ensaios radiográficos .................................................................................................................................... 11

Ensaios eletromagnéticos – partículas magnéticas ........................................................................................ 13

Ensaios elétricos ............................................................................................................................................ 15

Ensaio sônico ................................................................................................................................................. 17

Ensaio mecânico ............................................................................................................................................ 19

Considerações finais ......................................................................................................................................... 21

Questões com comentários ................................................................................................................................ 22

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APRESENTAÇÃO DA AULA
Estrategista, nesta parte da nossa aula de Ciência dos Materiais, veremos os grandes tópicos sobre
Ensaios Mecânicos. Essa é uma aula bem curta, pois esse tema não costuma ser tão explorado em provas,
Coruja!

Nessa seara, entrarei nos ensaios mecânicos não destrutivos. Tivemos um introdução sobre o
assunto na nossa primeira aula quando falamos de algumas propriedades mecânicas como dureza,
resistência à tração e compressão, tenacidade, resiliência e ductilidade.

Todavia, nessa aula, veremos mais ensaios e maiores detalhes sobre de natureza não destrutiva,
como: visuais, líquido penetrante, partícula magnética, radiográfico, ultrassom e correntes parasitas.

Como de praxe, não deixe de seguir minhas redes sociais a fim de ter acesso a conteúdo exclusivo
sobre questões comentadas e dicas pertinentes:

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ENSAIOS MECÂNICOS NÃO DESTRUTIVOS


Coruja, os ensaios não destrutivos (END) são aqueles que “não estragam” a peça submetida ao
ensaio. Dessa forma, não corre o dano que pode impossibilitar seu uso no futuro. Conforme aponta a
literatura especializa1, pode-se inferir que são aqueles ensaios que permitem determinar as características
dos materiais, sem prejudicar sua utilização futura.

No âmbito dos concursos públicos, Estrategista, esses tipos de ensaios não são tão cobrados quanto
os de natureza destrutiva que vimos anteriormente. Assim, não há necessidade de passarmos pelas normas
específicas que regem cada ensaio, já que não fazem parte do seu edital (seria perder seu tempo que
regrinhas de procedimentos que não caem). Veremos os principais conceitos abordados pela literatura
dominante para cada tipo de END.

Nessa seara de estudo, o que você precisa logo de cara saber é que temos um total de 6 principais
tipos de ensaios de natureza não destrutiva:

Ensaios não destrutivos

Visual Radiográfico Magnético Elétrico Sônico Mecânico

Estrategista, antes de vermos cada tipo de ensaio não destrutivo, eu quero que você
memorize a sequência de etapas dos ENDs que já foi alvo de cobrança:

1a Aplicação 2a Modificação 3a Detecção 4a Conversão 5a Interpretação

1
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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Ensaio visual

Os métodos que pertencem aos tipos de ensaios visuais, Coruja, como o próprio nome dessa
categoria já sugere, consiste na inspeção e verificação visual, seja a olho nu, seja pela utilização de
instrumentos óticos ou microscópios.

Assim, ensaios visuais são aqueles nos quais podemos encontrar as descontinuidades por meio da
avaliação visual ou por meio de medidas. Nesse sentido, trincas superficiais são defeitos que podem ser
evidenciados pelo ensaio não destrutivo visual, seja a olho nu, seja com auxílio de algum instrumento, como
um microscópio.

Outro defeito muito comum que também pode ser evidenciado por esses tipos de ensaios são as
mordeduras de solda. Também chamadas de undercut (do inglês), é um defeito superficial da solda que
ocorre quando o chanfro entre as peças de trabalho e o cordão de solda possuem um desnível no metal de
base, por conta de o metal de base fundir próximo ao pé da solda, fazendo com que essa área fique mais
fraca.

Outros dois defeitos que geram dúvidas nos alunos são: ranhuras profundas e falta de penetração
de solda. Todavia, saiba que são defeitos superficiais e também facilmente evidenciados pelos ensaios
visuais. As ranhuras existem quando se usina uma peça e a falta de penetração de solda ocorre quando a
solda não é prolongada em sua totalidade da junta.

Normalmente, Coruja, se aplica o ensaio visual em soldas, justamente pare se verificar defeitos como:
fissuras, porosidade, crateras que não preenchidas por material. Além disso, podemos citar como exemplos
de métodos visuais, dois tipos principais que são comumente explorados em provas:

Líquido penetrante
Principais
métodos de
ensaios visuais
Pressão e vazamento

O ensaio de líquido penetrante (é comum a doutrina e a banca chamar de “ensaio” além de


“método”), consiste na aplicação de um líquido específico (com propriedades determinadas que veremos a
seguir) que permite detectar por um critério visual as descontinuidades que vão se estender até a superfície
do material da peça.

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Nesse tipo de método de ensaio visual de natureza não destrutiva, a superfície do material tem que
ser preparada e limpa antes da sua execução. Dessa forma, depois de preparada, a superfície recebe o líquido
penetrante por determinado tempo.

Em um segundo momento, Coruja, temos a remoção do líquido penetrante e a aplicação de um


revelador. De acordo com a doutrina2, esse revelador pode, inclusive, ser um fluido sólido. Dessa forma, esse
revelador drena o líquido penetrante nas descontinuidades que ele penetrou e delineia todas elas,
evidenciando sua natureza, dimensão e localização.

Se liga, Coruja: o tipo mais comum de líquido penetrante é o querosene! Além disso,
como revelador mais utilizado é formado por calcário friável, seja na forma de pó seco,
seja misturado com álcool!

Uma particularidade de que você deve levar para sua prova é que o ensaio de líquido penetrante
somente é aplicado em materiais sólidos e não porosos!

Além disso, de acordo com a norma N-1596 da Petrobrás3, não devem ser utilizados para a
preparação da superfície jato de areia, granalha, pistola de agulhas e qualquer outro meio que possa
obstruir as descontinuidades superficiais, pois invalidaria totalmente o ensaio, “tchierto”?

Dessa forma, Coruja, a limpeza consiste em uma tapa fundamental e seu objetivo é retirar resíduos
contaminantes, como tintas, camadas protetoras, areia, graxas, óleos, verniz, terra, óxidos (ferrugem), por
exemplo.

Conforme a limpeza é finalizada, aplica-se o líquido penetrante com um pincel, ou imersão da peça.
Depois disso, de acordo com a citada norma, o líquido deve ficar entre 10 e 60 minutos na faixa de
temperatura de 10 a 52oC. Depois dessa etapa, se remove o excesso e se aplica a revelação que comentei.

A finalização do ensaio consiste na inspeção e limpeza final. Na inspeção, tem-se a utilização de luz
branca natural ou artificial. Já para líquidos penetrantes de natureza fluorescentes, essa inspeção é
executada com luz negra. Assim, a limpeza final tem sua importância para evitar que fique resíduos que
possam comprometer um posterior ensaio.

2
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.
3
Adaptado da norma N-1596 da Petrobrás. <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM177/Prof.Okimoto/N-1596%5B1%5D.pdf> Acesso em:24/07/2020.

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Antes de vermos as principais vantagens e desvantagens do ensaio, vejamos algumas


propriedades/princípios que um bom líquido penetrante deve ter, normalmente descrita no mercado
específico:

• Viscosidade: relacionada a velocidade com que o penetrante adentra as descontinuidades;


• Tensão superficial: uma baixa tensão superficial garante maior viabilidade de penetração;
• Molhabilidade: permite que não se forme gotas ou porções, melhorando seu espalhamento;
• Volatilidade: não deve ter alta volatilidade a fim do ensaio ser executado em tempo certo;
• Ponto de fulgor: deve ter alto ponto de fulgor para se evitar a formação de gases que possa
inflamá-lo na presença de ignição;
• Facilidade de dissolução: o bom penetrante deve ser capaz de dissolver o corante ou produto
fluorescente;
• Penetrabilidade: capacidade de ele entrar nas descontinuidades finas;
• Capilaridade: relacionada a tensão superficial entre fluído e material da peça ensaiada. Por esse
princípio, a penetração do fluído nas trincas do material da peça ensaiada ocorre mesmo contra
a gravidade, sendo possível pela forças intermoleculares existentes entre as moléculas do fluído
com as do material da peça, sendo maior conforme maior for a tensão superficial. Assim, tem
relação com a melhor penetrabilidade e molhabilidade;
• Sensibilidade: capacidade de determinar as descontinuidades. Envolve sua facilidade de ser
absorvido pelo revelador, de ser removido da superfície e não do defeito, por exemplo.

Como mencionei antes, as vantagens do ensaio de líquido penetrante são:

• Simplicidade de método;
• Utilização de fotografia do defeito com facilidade de avaliação;
• Sem limitação de tamanho e forma da peça;
• Capaz de revelar descontinuidades muito finas na ordem de 0,001 mm.

Todavia, algumas desvantagens (limitações) podem ser evidenciadas:

• Somente é possível detectar descontinuidade abertas na superfície da peça;


• Não é aplicável em peças porosas ou materiais de natureza absorvente;
• A temperatura recomendada é entre 10 e 50oC;
• A depender do material da peça (se passou por solda ou utilizado no transporte de alimentos) a
limpeza da peça deve ser mais rigorosa, bem como se for de geometria complexa inviabilizar a
execução.

Além desses pontos é bom você saber, Estrategista, algumas classificações dos líquidos penetrantes.
Teremos dois tipos: quanto a sua visibilidade e seu processo de remoção do excesso.

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Fluorescentes
Visibilidade
Visíveis coloridos

Os fluorescentes são aqueles que mostraram as descontinuidades na presença de luz negra, ao passo
que os visíveis serão aqueles que possuem, normalmente, cor avermelhada e contrastam bem com o fundo
de cor branca do revelador.

Removíveis por solvente

Remoção do
Pós-emulsificáveis
execesso

Laváveis em água

Os removíveis por solvente, Coruja, são os líquidos penetrantes que podem ser removidos por pano
seco, papel-toalha ou outro material absorvente. A sobra de líquido penetrante é removida com um solvente
específico.

Os pós-emulsificáveis são os insolúveis em água. Dessa forma, necessita de um emulsificador


aplicado em separado para remover o excesso que se combina com o líquido e passa a ser removida pela
água (como se fosse um detergente que retira a gordura daquela costela de porco no bafo que fazemos nos
feriados, Coruja... hummmm, rsrs).

Os laváveis em água são os líquidos penetrantes que podem ser removidas somente pela adição de
água (sem ser em jatos para não remover das descontinuidades).

Por fim, quanto aos reveladores, temos alguns tipos. Esses tipos devem combinar as características
típicas, Estrategista, que eles devem ter, como: deve ser absorventes, promover o contraste, ter granulação
fina, aplicação fácil, deve ser umedecido facilmente pelo penetrante, deve aderir à superfície, não ser
tóxico e nem atacar a superfície de exame. Os principais tipos são:

• Pó seco: normalmente, constituídos de talco e sílica, muito usados em sistemas estacionários


e automáticos;
• Revelador aquoso: misturado com água;
• Revelador úmido não aquoso: talco misturado com solventes de nafta, álcool ou a base de
cloro;

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• Revelador em película: é formado por uma película adesiva plástica contendo um revelador
que faz o líquido penetrante emergir para a superfície. Conforme a película seca, são formadas
as descontinuidades.

Coruja, quanto ao método de pressão e vazamento, não há mistério: o defeito (descontinuidade) são
evidenciados pelo vazamento de um gás ou de um líquido por ele.

Por fim, Coruja, é válido conhecermos alguns materiais contaminantes e soluções respectivas para
sua eliminação! Perceba que a grande maioria usa solução alcalina! Assim, se você for chutar por não
lembrar, atenção que a “alcalina” é a palavra “mágica”! ;).

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4
Adaptado de essel (SENAI).

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(CEBRASPE/Mecânica)
Ensaios destrutivos e não-destrutivos são extremamente importantes para a compreensão do
comportamento mecânico e da condição dos materiais utilizados em engenharia. Acerca desse assunto,
julgue o seguinte item.
O ensaio de líquido penetrante para detecção de trincas superficiais é aplicável a qualquer tipo de material.
( ) Certo. ( ) Errado.

Comentário:
Os Ensaios Não Destrutivos (END) que utilizam líquido penetrante, visam identificar certos tipos de poros,
trincas ou fissuras e até mesmo outras descontinuidades no material, como imperfeições de diferentes tipos
e tamanhos.
Todavia, a depender do material, o ensaio pode ser inviável, como, por exemplo, em materiais porosos,
pois ocorrerá, nesse tipo de material, a absorção do líquido colocado sobre a superfícies a fim de delinear as
imperfeições a serem examinadas. Dessa forma, todo o resultado a ser analisado quanto às imperfeições,
trincas ou fissuras será comprometido.
Por conta disso, a assertiva está errada.
Gabarito: errado.
(Marinha/Mecânica)
Para que a imagem da descontinuidade fique visível deve-se contrastar o líquido penetrante com:
a) líquido incolor.
b) líquido penetrante mais forte.
c) água com soda cáustica.
d) revelador.
e) óleo.
Comentário:
Tranquilo, hein, Estrategista? Perceba pelo enunciado exige nosso conhecimento sobre o ensaio de natureza
não destrutiva (END) denominado ensaio por Líquido Penetrante. Nesse ensaio, vimos que para revelar a
descontinuidade por meio do contraste com o líquido penetrante que está nessa descontinuidade (que pode
ser um defeito da região da peça) precisamos colocar o revelador!
Gabarito: "d".

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Ensaios radiográficos

Nesses tipos de ensaios não destrutivos, Coruja, são usadas as radiações emitidas de ondas
eletromagnéticas curtas. Podemos incluir os raios X, beta e gama (γ).

De acordo com a literatura específica, é possível encontrar diferentes densidades no material, sendo
viável encontrar áreas de porosidade elevada, bem como as fissuras não facilmente detectáveis.

Estrategista, assim como em um exame de raio X é possível verificar se você quebrou ou trincou
alguma parte do seu osso, por meio desse tipo de ensaio é possível verificar as descontinuidades internas do
material.

Por conta dessa lógica, também é utilizado um filme que fica atrás da peça a ser analisada. Essa peça,
que por sua vez é posicionada entre o filme e os raios emitidos, absorve, nas regiões sem defeitos, boa parte
dos raios que a atravessa. Por outro lado, as descontinuidades absorvem menos, revelando uma região
escura no filme, ao passo que as áreas sem defeitos revelam regiões mais claras.

Normalmente, Coruja, em peças cujas espessuras são maiores, são utilizados os raios gama por conta
do seu menor comprimento de onda que os raios X.

Estrategista, saiba que os ensaios radiográficos são amplamente utilizados em soldas e


peças fundidas! Por isso, se vier alguma pergunta questionando quais são as maiores
aplicações, saiba que são essas duas!

De acordo com a doutrina5, os principais defeitos encontrados nos processos de soldagem por esse
tipo de ensaio de natureza não destrutiva são:

• Cavidades de gás e bolhas de gás normalmente evidenciadas por áreas de caráter circular e bem
definidas;
• Porosidades por conta de contração do material são evidenciadas por regiões escuras, irregulares
e fibrosas, sem uma delineação clara;
• Fissuras de largura variável evidenciadas em regiões escurecidas;

5
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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• Inclusões de areia que são evidenciadas por manchas cinzentas e pretas, com textura granular
de caráter não uniforme e não delineadas;
• Inclusões em peças de aço fundido são evidenciadas por áreas escuras também, porém com
limites definidos.

Nessa mesma linha de pensamento, Coruja, em soldas de aço os defeitos mais comuns são: inclusões
de escória, porosidades, fissuras e fusão incompleta. Como é possível perceber, pela menor densidade da
região, esses defeitos são revelados em regiões mais escuras no filme radiográfico.

Outro ponto interessante que você deve conhecer, Estrategista, é sobre o instrumento chamado de
penetrômetro. Ele nada mais é que um instrumento utilizado nos ensaios radiográficos cuja função é
medir/controlar a sensibilidade radiográfica e indicar a qualidade da imagem que será evidenciada no filme.

Nesse sentido, podem ser de diversos fios de diferentes diâmetros que ficam sobre a peça a fim de
medir essa sensibilidade, como também podem ser utilizadas lâminas de filmes com espessuras
especificadas. Outra denominação para o penetrômetro e que pode aparecer na sua prova é Indicador de
Qualidade de Imagem (IQI).

Os IQI ou penetrômetros mais comuns são constituídos de uma placa fina de metal (cerca de 2% da
espessura mínima – menor espessura - da peça a ser ensaiada) com três furos com diâmetros específicos.
Assim, para avaliar a qualidade do ensaio, o critério mais rigoroso, considera a imagem do menor furo desse
instrumento no filme radiográfico.

Outro tipo que pode também ser empregado é aquele relacionado com fios, correspondente a 5 fios
de material parecido ao da peça com diferentes diâmetros. O procedimento é muito parecido com o outro,
sendo colocado ao lado da peça, voltado para a fonte emissora dos raios. (Maiores detalhes, Coruja, foge ao
nosso objetivo. Para usa prova, é o suficiente!) ;).

Dessa forma, é possível, através desse equipamento medir a qualidade da radiação que está
associada ao quanto de energia o feixe de raios X possui. Assim, quando se tem um aumento da voltagem
do aparelho, tem-se um aumento do feixe de radiação e, consequentemente, um aumento da qualidade
dessa radiação.

Além desse aspecto energético, temos alguns outros parâmetros radiográficos e geométricos que
estão relacionados a qualidade das imagens e influenciam na sua melhor definição. De acordo com a
literatura6, temos:

• Diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível;

6
Adaptado de Andreucci, R. A Radiologia Industrial. Abende. 2003.

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• Fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do material da peça;
• Filme radiográfico deve estar mais próximo do material;
• Feixe de radiação deve estar perpendicular em relação ao filme;
• Plano do material e o plano do filme devem ser paralelos.

Se liga, Coruja! O penetrômetro mede/controla a sensibilidade radiográfica do material


da peça submetida ao ensaio e não do filme que terá as imagens formadas!

Ensaios eletromagnéticos – partículas magnéticas

A natureza desse tipo de ensaio não destrutivo, Estrategista, está na distorção que certas
descontinuidades (como bolhas de gás, fissuras e inclusões) fazem no campo magnético induzido nesse
ensaio. O ensaio mais famoso recebe uma subdenominação de partículas magnéticas. Dessa forma,
partículas magnéticas são aplicadas (seja em forma de pó seco, seja na forma em suspensão em um líquido
específico) sobre o material da peça que fora magnetizado. Assim, as partículas magnéticas serão atraídas e
serão aglomeradas na região do defeitos que por sua vez atua como um polo magnético, revelando a região
que contém a descontinuidade.

Quando se utiliza pó seco, Coruja, as partículas são ferromagnéticas divididas de forma a ficarem
bem finas, com alta permeabilidade. Normalmente, são coloridas para evidenciar o maior contraste na peça
e são comumente aplicas em superfícies mais grosseiras, pois em superfícies lisas, há menor tendência de
serem mantidas. No caso líquido, partículas vermelhas e pretas de óxido de ferro, são mantidas em
suspensão em água ou em algum tipo de destilado leve de petróleo. Dessa forma, ou se coloca por aspersão
sobre a superfície da peça ou a peça é submergida para que o ensaio seja realizado.

Além disso, temos alguns métodos de magnetização da peça a ser ensaiada para atrair as partículas.
Apesar de eu achar bem fora do comum esse tipo de cobrança em concurso, uma questão da Cebraspe
chegou a explorar esse conceito de Eletromagnetismo. Assim, quero que você saiba que temos três principais
métodos que dependem da geometria e dimensões da amostra para serem escolhidos:

• Magnetização longitudinal: para esse tipo, a peça a ser ensaiada é envolvida por bobinas,
eletroímas ou solenóides. Assim, conforme uma corrente elétrica é produzida e passa pela
bobina, surge um campo magnético induzido longitudinalmente a ela e paralela ao longo do
elemento a ser inspecionado. Assim, o sentido de fluxo do campo magnético ocorrerá em função
do sentido da corrente na bobina e a intensidade do campo é dependente das dimensões do
comprimento e diâmetro da peça ensaiada. Por fim, a capacidade de detecção desta técnica é
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limitada a descontinuidades perpendiculares ou angulares em referência ao maior eixo da peça.


Veja a figura a seguir que pode ser explorada em prova:

• Magnetização circular: consiste no efeito que é gerado pela corrente elétrica que atravessa
qualquer condutor linear e cria um campo magnético circular em torno do condutor. Ela pode
ser produzida através de indução ou passagem da corrente elétrica através do elemento.
Normalmente, as linhas de força que geram o campo magnético ficam em torno da peça. Esse
tipo de magnetização é usado quando as descontinuidades são paralelas a direção de fluxo da
corrente, logo, usado para descontinuidades longitudinais. Veja na figura acima que a trinca
longitudinal é vista na magnetização circular e não na magnetização longitudinal;

• Magnetização multidirecional: também chamada de combinada, é o tipo que vai juntar as duas
vantagens com mais de um campo magnético gerado, verificando descontinuidades orientadas
transversalmente e longitudinalmente na peça. É também chamada de vetorial essa técnica e o
ganho de tempo e de produtividade é expressivo, com menos inspeções necessárias.

Como vantagens8 desse tipo de ensaio, Coruja, podemos mencionar:

7
Adaptado de GARCIA, A; DOS SANTOS, C.A; SPIM, J.A. Ensaios dos Materiais. LTC, 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2012.
8
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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Eficiência em encontrar descontinuidades e subsuperficiais na superfície


da peça
Vantagens dos
ensaios Técnica flexível e alta portabilidade dos equipamentos
eletromagnéticos

Custo (mão-de-obra e equipamentos) baixo em relação a outros ENDs

Como principais desvantagens, podemos citar:

Necessidade de peça ser ferromagnética

Desvantagens dos
ensaios Necessidade de desmagnetizar a peça (em alguns casos)
eletromagnéticos
Peças complexas impactam na amperagem e intensidade do campo
magnético

Ensaios elétricos

Coruja, os ensaios não destrutivos elétricos consistem em métodos aplicados em materiais que são
capazes de conduzir corrente elétrica, independentemente de serem magnéticos ou não. Um dos ensaios é
que pode ser enquadrado dentro desse tipo é o denominado correntes parasitas.

Normalmente, são aplicados para detectar defeitos em tubos e trilhos. A execução desse tipo de
ensaio é simples, Coruja: dois tubos (um de referência e sem defeito, idêntico ao segundo tubo no qual se
quer verificar qualquer defeito) são circundados com duas bobinas energizadas por corrente alternada (uma
para cada tubo, também idênticas).

Além disso, outras duas bobinas idênticas de ensaio também vão envolver os tubos, caso não haja
defeitos no tubo a ser analisado, o equilíbrio elétrico é atingido. Caso contrário, o indicador irá revelar que
o circuito do ensaio foi rompido pelo defeito. A figura9 a seguir ilustra esse ensaio:

9
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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Conforme aponta a doutrina, Coruja, quando usado esse ensaio em tubos, ele pode detectar defeitos
de 3 mm de comprimento que se estendam até a metade da parede do tubo de aço (baixo carbono), com
diâmetros de 15 mm e espessura de parede de 1,0 mm, por exemplo.

Já em trilhos, o aparelho do tipo Sperry pode ser colocado em um carro que irá se locomover por
cima dos trilhos. A velocidade do carro é cerda de 10 km/h. Por conta de uma corrente elétrica de baixa
voltagem e milhares de ampères produzida por um gerador de corrente contínua que é alimentada por meio
de escovas, montadas entre as rodas do carro, a detecção pode ser feita.

Dessa forma, surge um campo magnético em torno do trilho, o qual é determinado por bobinas
detectoras acopladas no carro entre as escovas mencionadas e logo acima do trilho. Essas correntes que são
induzidas nas bobinas são opostas e ficam em equilíbrio. Novamente, se aparecer algum defeito no trilho,
esse equilíbrio é rompido, alterando a corrente gerada. Dessa forma, são evidenciados os defeitos nessas
peças.

(FCC/Mecânica)
Tubos instalados em condensadores deverão ser inspecionados. Para essa inspeção recomenda-se o método
de ensaio:
a) radiográfico.
b) ultrassônico.
c) com líquidos penetrantes.
d) por termografia.
e) por correntes parasitas.

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Comentário:
Moleza! Como acabamos de ver, o ensaio mais adequado para verificar falhas em tubos e trilhos é o ensaio
por correntes parasitas, tipo de ensaio elétrico. Outro ensaio também poderia ser usado, como o
ultrassônico, caso a questão especificasse o não funcionamento do condensador. Todavia, o ensaios mais
recomendado é o da letra “e”.
Gabarito: "e".

Ensaio sônico

Coruja, a primeira informação a se guardar aqui é que esses tipos de ENDs são capazes de detectar
defeitos muito pequenos (minúsculos) em uma gama enorme e de diferentes tipos de materiais (metálicos
ferrosos e não ferrosos, plásticos, cerâmicos, entre outros).

Estrategista, no âmbito dos tipos de ENDs sônicos se encontra o ensaio de ultrassom (comum na
cobrança de concursos públicos). Dessa forma, conforme nos aponta a literatura específica10, é por meio das
ondas ou vibrações ultrassônicas que os defeitos são evidenciados. Nesse sentido, a reflexão dessas ondas
é determinada por meio eletrônico que medirá os tempos relativos para que elas voltem a origem.

Esses tempos serão diferentes para diferentes configurações o material. A produção dessas ondas,
Coruja, é feita pelo o efeito “piezoelétrico” que consiste na deformação mecânica de certos cristais (como o
quartzo) quando colocados em um campo elétrico. Observe a figura esquema a seguir:

Coruja, os cristais piezelétricos podem ser considerados como sensores eletromecânicos


por conta do fenômeno da piezoeletricidade (piezo, tem origem grega e significa
pressão). Dessa forma, consiste em materiais que a partir da aplicação de uma energia
mecânica (pressão exercida) a transforma em eletricidade (ou vice e versa). Com a
modificação da polarização de certos materiais cristalinos baseado na movimentação
dentro da célula unitária formada pelos átomos, gera mudança no campo elétrico do
material, ocasionando diferença de potencial e a leitura do sensor. Pegou o “bizu”?

10
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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11

O funcionamento é bem simples: o cristal de quartzo colocado sobre a peça a ser ensaiada, recebe
uma corrente alternada que produz oscilações mecânicas no cristal e que são transmitidas à peça que, por
sua vez, resulta em ondas ultrassônicas.

Essas ondas ultrassônicas vão atravessar o material da peça. Normalmente, se emprega um óleo
específico entre a peça e o instrumento para melhorar a transmissão delas. Quando as ondas retornam ao
cristal, elas fazem com que ele vibre e essas vibrações vão resultar em impulsos elétricos detectados e
registados por um osciloscópio. Por conta disso, é necessário que o fluido acoplante fique acoplado de forma
eficiente, pois barreiras podem interferir na leitura do aparelho, bolhas de ar, por exemplo.

Além disso, Coruja, saiba que esse tipo de ensaio é comumente utilizado em peças forjadas de grande
dimensão a fim de se encontrar descontinuidades internas antes de serem usinadas. Além disso, Coruja, o
ensaio de ultrassom é aplicado, também, em eixos de locomotivas, trilhos, chapas e tubos. Uma grande
vantagem do ensaio é sua facilidade em encontrar descontinuidades muito pequena e internas, como
trincas, sendo essa uma característica que em outros ensaios (como os radiográficos) é de difícil detecção
(grave isso, pois já foi cobrado em prova).

Por fim, o tamanho do defeito está intimamente relacionado com o comprimento de onda emitido.
Lembre-se do colegial que a velocidade de uma onda é igual ao produto do seu comprimento e sua
frequência. Assim:

11
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.

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V = λ.f;

• λ = comprimento, em “m”;
• V = velocidade da onda, m/s;
• F = frequência, em Hz;

Logo, temos que, para uma dada velocidade que é dependente do modo de vibração e do material, a
frequência é que está vinculado a fonte emissora e, assim, conforme se aumenta o comprimento, para
manter a igualdade, a frequência diminui, e vice-versa. Assim, o que eu quero que você tenha em mente é
que quanto MENOR for o comprimento de onda, MAIOR será a frequência e MENOR o tamanho da
descontinuidade a ser detectada.

Ensaio mecânico

Estrategista, nesse tipo de ensaio, temos uma divergência doutrinaria. Apesar de eu acreditar que a
banca não entraria nesse tipo de discussão é válido termos mente que para certos autores, como Chiaverini 12
o ensaio de dureza tem natureza não destrutiva, sendo classificado com um tipo de ensaio mecânico.

Todavia, para outros autores, como Souza13, o ensaio de dureza é classificado como um ensaio de
dureza destrutivo, conforme vimos anteriormente quando o estudamos.

Por conta desse cenário, aconselho você a levar as duas possibilidades para sua prova. De fato, a
depender do tipo de ensaio de dureza, a gente viu que ele pode não estragar a peça, sendo feito no produto
acabado. Todavia, em outras situações, ele pode danificar a peça submetida ao ensaio.

Assim, tenha atenção para essas possibilidades. Nesse sentido, seguindo a linha doutrinária
dominante, temos a possibilidade de que os ensaios de dureza podem ser classificados como ENDs.

(Marinha/Mecânica)

12
Adaptado de CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: processos de fabricação e tratamento. Editora: Makron Books do Brasil Ltda, 2ª edição, vol: II. São Paulo, 1986.
13
Adaptado SOUZA, S. A.; Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos: fundamentos teóricos e práticos. Editora: Edgard Blücher Ltda, 5a edição. São Paulo, 1982.

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Analise a figura abaixo:

Qual o tipo de ensaio utilizado no material representado acima está sob exame?
a) Raio X.
b) Ultra sônicas.
c) Partículas magnéticas.
d) Líquidos penetrantes.
e) Dureza.
Comentário:
Coruja, questão fácil que nos cobra como funciona o mecanismo do ensaio de natureza não destrutiva
denominado ensaio de Ultrassom (ou, como o(a) examinador(a) preferiu chamar, ultra sônicas). Perceba que
ele até utilizou uma figura característica utilizada na literatura específica que mostra o comportamento das
ondas enviadas que evidenciam a descontinuidade (defeito, nesse caso) pelo seu retorno ao cristal de
quartzo que envia e recebe as ondas.
Gabarito: "b".

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estrategista, a nossa aula chegou ao fim. Vamos fazer algumas questões, agora, a fim de fixarmos o
conteúdo da aula de hoje! Bora lá! Foco no sucesso e na aprovação, hein!? Lembre-se, dica de mestre:
resolva as questões comentadas amanhã! Foco na sua revisão de 24 horas. :)

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CEBRASPE! Com isso, seu preparo será de acordo com o que já fora explorado por bancas renomadas, como
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compartilho questões comentadas sobre diferentes assuntos e temas de Engenharia Mecânica de tempos
em tempos.

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oportunidades de concurso em Engenharia Mecânica.

Depois, dê uma olhada! ;)

prof.canelas; t.me/profcanelas

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QUESTÕES COM COMENTÁRIOS

CEBRASPE

1. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

Entre os ensaios não destrutivos, que permitem a caracterização de materiais, detecção de


descontinuidades e avaliação da integridade de peças, além do controle de qualidade, sem que haja
alteração permanente de suas propriedades físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais, ou seja, sem
interferir nem prejudicar seu uso futuro ou processamento posterior, estão incluídos os ensaios visuais e
dimensionais, a radiografia com raios gama (gamagrafia) e os ensaios por correntes parasitas.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Opa! Questão perfeita, Coruja! Conforme vimos, o enunciado define o que são os ensaios de natureza
não destrutiva, bem como traz exemplos corretos de alguns ensaios. Lembre-se:

Ensaios não destrutivos

Visual Radiográfico Magnético Elétrico Sônico Mecânico

Essa é uma questão interessante para você incluir no seu ciclo de revisão (apesar de fácil e óbvia), pois
detona o entendimento recente da banca Cebraspe sobre a definição dessa categoria de ensaios.

Gabarito: correta.

2. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

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A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

Os ensaios por inspeção visual são técnicas relativamente simples que consistem na observação visual do
produto ou peça sem a utilização de qualquer equipamento e são usados para detectar não somente
falhas na superfície ou distorções na estrutura, mas também o grau de acabamento de uma peça.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Opa! Aí, não! Veja que a assertiva possui um erro bem sutil! Ela começa certa afirmando que consiste na
observação visual do produto ou peça. Todavia, erra ao afirmar que não há utilização de qualquer
instrumento. Primeiro, pelo fato de termos o emprego de diferentes equipamentos e produtos (no líquido
penetrantes, temos o próprio líquido e o revelador). Além disso, logo na definição geral desses tipos de
ensaios não destrutivos (visuais), há a possibilidade de ser feito a olho nu ou pelo uso de microscópios.
Logo, assertiva errada. As demais considerações estão em linha com a literatura.

Gabarito: errada.

3. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

Para a obtenção de imagens bem definidas em um ensaio radiográfico por raios X, é necessário que o
diâmetro da fonte emissora de radiação seja o menor possível e que a fonte emissora e o filme
radiográfico estejam posicionados o mais próximo possível do material objeto do ensaio.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Não necessariamente! Na realidade, as imagens bem definidas de um ensaios radiográfico por raios X
estão associadas com a qualidade da radiação emitida. Essa qualidade aumenta, conforme se aumenta a
voltagem da fonte de energia que irá aumentar a energia do feixe de elétrons emitidos. Dessa forma, a
qualidade da imagem será superior. Além desse principal aspecto, temos alguns outros parâmetros
radiográficos e geométricos que estão relacionadas a qualidade das imagens e influenciam na sua
definição. De acordo com a literatura, temos:

• Diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível;


• Fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do material a ensaiar;
• Filme radiográfico deve estar mais próximo do material;
• Feixe de radiação deve se aproximar o mais possível, da perpendicularidade em relação ao filme;
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• Plano do material e o plano do filme devem ser paralelos.

Veja que a fonte emissora deve estar mais afastada possível e não mais próximas como o filme
radiográfico.

Gabarito: errada.

4. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

O ensaio por líquido penetrante com a utilização de penetrante fluorescente é indicado para a detecção
de trincas superficiais ou descontinuidades internas em materiais sólidos de alta porosidade.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Mais uma assertiva errada! Veja que não há o que se falar, independentemente do tipo de líquido
penetrante (seja fluorescente, seja não fluorescente) – LP não é indicado para materiais de alta
porosidade. Lembre-se sempre que esse ensaio não é recomendado para esses tipos de materiais.

Gabarito: errada.

5. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

Em se tratando de ensaios por partículas magnéticas, a magnetização circular pode ser realizada
colocando-se a peça a ser ensaiada dentro de uma bobina do tipo solenoide, enquanto a magnetização
longitudinal pode ser obtida pela passagem de uma corrente elétrica através da peça.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Opa! Os conceitos estão certos! Todavia, a assertiva trocou os conceitos. Na realidade, a magnetização
circular é realizada pela passagem de uma corrente elétrica através da peça que será ensaiada, ao passo
que a magnetização longitudinal é aquela na qual se coloca a peça a ser ensaiada dentro de uma bobina
solenoide.

Gabarito: errada.

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6. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos - Inspeção – 2022)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue os itens que se seguem.

Nos métodos de ensaio por ultrassom — método de transparência e método de reflexão —, quanto maior
a frequência de vibração, menor será o tamanho do defeito possível de ser detectado.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Até que enfim, uma correta! De fato, para uma mesma velocidade de propagação da onda, Coruja, temos
que se a frequência aumenta (número de oscilações que temos), o comprimento de onda é menor.
Lembre-se que a equação que rege o fenômeno é dado por:

V = λ.f;

Logo, maiores frequências estão associadas com menores ondas e, por conseguinte, menor será o defeito
a ser detectado por essa onda que atravessa o material.

Gabarito: correta.

7. (CEBRASPE/PC-PE Adaptada – 2016)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue o item que segue.

Ensaios não destrutivos que utilizem a técnica de raios X são comumente empregados para a
determinação da composição química dos constituintes do material.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Errada, Coruja! Aqui, o(a) examinador(a) está querendo te ferra, Coruja! Ele tende a te iludir com a palavra
“raio-x”. Nada a ver, pois esse ensaio de natureza não destrutiva é utilizado para avaliar as
descontinuidades do material e não composição química do material que chega a nível molecular e
atômico;

Gabarito: errada.

8. (CEBRASPE/PC-PE - Adaptada – 2016)

A respeito dos ensaios não destrutivos, julgue o item que segue.


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Líquidos penetrantes é um tipo de ensaio que identifica trincas e rachaduras internas no material testado.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Incorreta, também! O ensaio de líquidos penetrantes é utilizado para averiguar as descontinuidades


(trincas) na superfície e não internas. Elas podem até ter certa profundidade, mas com conexão com a
superfície. É um ensaio de natureza não destrutiva, como vimos, inclusive.

Gabarito: errada.

9. (CEBRASPE/FUB – Técnico Industrial - Mecânica – 2016)

A respeito dos métodos de ensaios não destrutivos aplicados a materiais metálicos, julgue o item seguinte.

Nos testes de ultrassom, é necessário inserir líquido acoplante entre o cristal e a superfície da peça; sem
esse líquido, há possibilidade de o ar existente entre o cristal e a superfície da peça impedir a transmissão
da vibração ultrassônica.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Nos testes de ultrassom, é necessário ter o fluído acoplante que fica acoplado no aparelho, podendo ser
óleos de diferentes especificações (como SAE 15W40, a depender do ensaio). Esse fluído fica acoplado
entre a superfície e o cabeçote, possibilitando que a leitura seja efetuada de forma eficiente e sem
interferências (como do ar). Assim, as descontinuidades presente na superfície do material reflete parte
da energia sônica e, assim, muda o sinal a ser recebido pelo receptor.

Gabarito: correta.

10. (CEBRASPE/IEMA-ES – Agente Técnico – 2007)

Ensaios não-destrutivos são comumente utilizados para verificar a condição de peças. Acerca desse tipo
de ensaio, julgue o seguinte item.

Nos ensaios de detecção de trincas com líquido penetrante, não há limitações quanto ao tamanho é a
forma das peças a serem ensaiadas nem quanto ao tipo de material, desde que as trincas sejam
superficiais.

( ) Certo ( ) Errado.

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Comentário:

Opa! Apesar de eu achar estranho a expressão “não há limitações”, pois é muito totalizante, o tipo de
material não pode ser qualquer um. Oras, vimos que a literatura específica deixa claro que materiais
porosos não são adequados para serem inspecionados por essa técnica, já que absorver o líquido
penetrante e dificultam o processo de leitura. Isso é pacífico na doutrina dominante. Todavia, a CEBRASPE
considerou a assertiva correta o que, na minha opinião, não ter o menor sentido. Inclusive porque em
outra ocasião, a mesma banca considerou o raciocínio contrário. Digo isso, porque de fato temos parte
da doutrina que coloca que “pode ser usado em qualquer tipo de material, porém a superfície do material
não pode ser porosa”. Logo, é incoerente, pois materiais porosos, não serviriam para a técnica. Por conta
disso, acho difícil a CEBRASPE/CEBRASPE entrar nessa discussão novamente.

Gabarito: correta, com ressalvas.

11. (CEBRASPE/IEMA-ES – Agente Técnico – 2007)

Ensaios não-destrutivos são comumente utilizados para verificar a condição de peças. Acerca desse tipo
de ensaio, julgue o seguinte item.

O ensaio de líquido penetrante para detecção de trincas superficiais é aplicável a qualquer tipo de
material.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:

Veja que aqui, temos o gabarito considerado “errado”. Oras, completa incoerência. Todavia, memorize,
Coruja: falou em material poroso na assertiva, ela está errada. Disso, a gente não tem dúvidas, pois é
expresso na doutrina.

Gabarito: errada.

12. (CEBRASPE/IEMA-ES – Agente Técnico – 2007)

Ensaios não-destrutivos são comumente utilizados para verificar a condição de peças. Acerca desse tipo
de ensaio, julgue o seguinte item.

Os ensaios com ultrassom são bastante utilizados para detectar descontinuidades em todo o volume da
peça, porém só são aplicáveis a materiais metálicos.

( ) Certo ( ) Errado.

Comentário:
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Opa! Errada! Vimos que os ensaios de ultrassom não são aplicados somente para materiais metálicos!
Essa é uma limitação que não existe nesse tipo de ensaio. A única ressalva que é comumente apresentada
na doutrina é quanto ao fato dos ensaios de ultrassom, de maneira geral, quando aplicados em materiais
não ferrosos são de difícil exame/detecção e requerem procedimentos especiais.

Gabarito: errada.

13. (CEBRASPE/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos – 2004)

A chapa de aço soldada, mostrada na figura I, deve ser ensaiada por raios X para verificar a existência de
trincas no cordão. Tem-se disponível um equipamento com capacidade de 100 kV e 15 mA, cujas curvas
de exposição estão mostradas na figura II. A solda é de topo e o cordão possui um reforço de 2,5 mm.
Julgue o item a seguir, acerca das condições em que deve ser realizado esse ensaio.

O ensaio deve ser feito com voltagem de 100 kV.

( ) Certo ( ) Errado.

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Comentário:

Opa! Questão tranquila que é mais de interpretação de texto/figura do que sobre o ensaio de raios-X
propriamente dito. Veja que pela figura II (que está uma bos**, eu sei, mas foi o máximo de resolução
que consegui colocar rsrs), temos que para a faixa de espessura do metal de base considerado nessa
junta, (10 mm) que é possível ver na figura I, inclusive, como um reforço de solda (excesso) de 2,5 mm,
deve ser aplicada uma voltagem de 100 kV. Desse modo, a assertiva está correta.

Gabarito: correta.

Cesgranrio

14. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior – 2018)

Dois ensaios que permitem observar trincas situadas no interior de peças metálicas são:

a) ensaio visual e ensaio de líquidos penetrantes.


b) ensaio de líquidos penetrantes e ensaio de partículas magnéticas.
c) ensaio de partículas magnéticas e ensaio radiográfico (raios X).
d) ensaio radiográfico (raios X) e ensaio de ultrassom.
e) ensaio de ultrassom e ensaio de líquidos penetrantes.

Comentário:
Conforme vimos, Coruja, os ensaios de natureza não destrutiva (ENDs) são aqueles nos quais não há
dano no material da peça a ser ensaiada.
Quando estudamos os principais tipos de ensaios, vimos que no ensaio radiográfico (que pode utilizar
ondas de raio X, por exemplo) é possível verificar descontinuidades internas, justamente pela mudança
de tonalidade (mais escuras) nas regiões nas quais estão os defeitos internos no filme bombardeado pelos
raios. Dessa forma, a peça a ser ensaiada fica entre o equipamento emissor dos raios X e o filme que
revelará as regiões conformes e defeituosas.
Além disso, nos ensaios de ultrassom, também é possível verificar as descontinuidades internas do
material, pelo princípio de funcionamento das ondas ultrassônicas que são interrompidas e registradas
suas oscilações no instrumento com o cristal de quartzo (comumente utilizado).
Os demais ensaios (líquido penetrante, visuais – o próprio ensaio de líquido penetrante é considerado,
pela doutrina majoritária, como um ensaio visual, inclusive – e partículas magnéticas são normalmente
empregados para fissuras, defeitos ou descontinuidades superficiais nos materiais e não internas.
Gabarito: "d".
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15. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior – 2018)

Considerando as mesmas dimensões para as peças metálicas, para qual material deve ser utilizado o
menor valor de frequência mínima na inspeção por ultrassons?

a) Alumínio trefilado.
b) Bronze.
c) Cobre.
d) Ferro fundido.
e) Prata.

Comentário:
Conforme estudamos, Coruja, temos que os intervalos de frequência do ensaio de ultrassom irá depender
de alguns fatores da peça a ser ensaiada. Dentre os fatores, temos: as dimensões da peça (como a
espessura) e o material dela.
Nessa seara, de acordo com a literatura especializada, é comum se utilizar a frequência de 4 mega-hertz
(MHz) de frequência em ângulos de 60 a 70o quando a espessura do material de uma solda for de 15 mm
e de 45 a 60o para espessuras acima de 15 mm, por exemplo.
No que tange ao material, temos que levar em conta o comprimento de onda (λ) e a velocidade de
propagação (v) das ondas mecânicas (ondas de ultrassom) em cada tipo de material. Assim, saberemos
identificar a frequência mínima (f) considerando apenas o material (sem a sua espessura):
v = λ.f;
Assim, sabemos que o comprimento de onda pode ser calculado pela relação entre a velocidade de
propagação e frequência da fonte emissora de onda. O que você precisa saber para matar a questão,
Coruja, é que a velocidade de propagação só depende do meio (sendo uma constante). De acordo com a
tabela abaixo para alguns materiais, temos:

Material Velocidade de propagação de ondas longitudinais (m/s)

Ar 330

Cobre 4700

Ferro fundido 3500 a 5600

Prata 3600

Alumínio 6300
30

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Perceba, Coruja, que dentre os materiais citados, perceba que a menor velocidade mínima é do Ferro
Fundido! Portanto, como enunciado nos diz para desconsiderar a espessura, temos que nesse meio,
teremos o menor valor de velocidade e menor frequência.
Além disso, é defendido na literatura específica que para ensaios ultrassônicos em peças fundidas se
utilize frequências baixas, de 0,5 a 2 Mhz.
Gabarito: "d".

16. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior – 2018)

Qual a função de um penetrômetro numa inspeção radiográfica?

a) Indicar a qualidade da imagem radiográfica.


b) Indicar o nível de profundidade de penetração dos raios X.
c) Indicar a espessura da peça inspecionada.
d) Indicar o grau de penetração dos raios X.
e) Indicar o grau de sensibilidade do filme radiográfico.
Comentário:
De acordo com o que estudamos, Coruja, o penetrômetro é um instrumento utilizado nos ensaios de
natureza não destrutiva dos tipos radiográficos cuja função é medir/controlar a sensibilidade radiográfica
e indicar a qualidade da imagem que será evidenciada no filme. Nesse sentido, correspondem a diversos
fios de diferentes diâmetros que ficam sobre a peça a fim de medir essa sensibilidade, como também
podem ser utilizadas lâminas de filmes com espessuras especificadas, a depender da norma (ASME ou
DIN, por exemplo). Outra denominação para o penetrômetro é Indicador de Qualidade de Imagem (IQI).
Letra “a”: Bingo! Conforme vimos, é o utilizado para medir/controlar o grau de sensibilidade radiográfica
e indicar a qualidade da imagem!
Letra “b”: O nível de profundidade de penetração dos raios X depende da intensidade de radiação
transmitida e incidente, bem como dos tipos de raio (x, gama, etc) utilizados pelo equipamento.
Alternativa certa;
Letra “c”: essa não é a função do penetrômetro. Normalmente, eles são acoplados junto a peça a ser
ensaiada e eles possuem uma espessura de 2% da espessura mínima da peça. A alternativa tenta
confundir esse aspecto com a função real do penetrômetro. Alternativa errada;
Letra “d”: O nível de profundidade de penetração dos raios X depende da intensidade de radiação
transmitida e incidente, fatores de correção. Alternativa errada;
Letra “e”: Coruja, aqui poderia surgir uma dúvida na sua cabeça! Mas, atenção, na realidade, o grau de
sensibilidade do filme não se confunde com o grau de sensibilidade que a peça terá no decorrer do

31

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ensaio. O grau de sensibilidade do filme está de acordo com seus processos de fabricação. O grau de
sensibilidade da peça no ensaio é o que o penetrômetro pode medir/controlar.
Gabarito: "a".

17. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior – 2018)

O ensaio por líquidos penetrantes baseia-se em qual princípio físico?

a) Empuxo.
b) Princípio de Huygens.
c) Efeito Doppler.
d) Capilaridade.
e) Hidrodinâmica.
Comentário:
De todos os princípios elencados em cada alternativa, vimos em aula que o único que tem relação com o
ensaio de líquido penetrante (tipo de ensaio visual não destrutivo) é o da capilaridade. Vamos relembrar
do seu conceito? A capilaridade, Coruja, nada mais é que o princípio que determinada a penetração do
fluído nas trincas do material da peça ensaiada, mesmo contra a gravidade, sendo estabelecido pela
forças intermoleculares existentes entre as moléculas do fluído com as do material da peça. Quanto maior
a tensão superficial gerada pelas forças intermoleculares, maior capilaridade do fluído.
Gabarito: "d".

18. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior – 2018)

O ensaio visual permite observar alguns tipos de defeitos de fabricação de materiais metálicos, porém
não permite detectar

a) trincas superficiais.
b) mordeduras de solda.
c) dupla laminação.
d) ranhuras profundas de usinagem.
e) falta de penetração na solda.
Comentário:
Coruja, conforme vimos em aula, os ensaios visuais são aqueles nos quais podemos encontrar as
descontinuidades por meio da avaliação visual ou por meio de medidas. Nessa seara, vejamos cada
alternativa para identificarmos qual é a incorreta:

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Letra “a”: perfeito! As trincas superficiais são defeitos que podem ser evidenciados pelo ensaio não
destrutivo visual, seja a olho nu, seja com auxílio de algum instrumento, como um microscópio.
Alternativa correta.
Letra “b”: também chamadas de undercut (do inglês), as mordeduras de solda é um defeito superficial da
solda que ocorre quando o chanfro entre as peças de trabalho e o cordão de solda possuem um desnível
no metal de base, por conta de o metal de base fundir próximo ao pé da solda, fazendo com que essa área
fique mais fraca. Esse defeito pode ocorrer por corrente e velocidade de soldagem elevadas, ângulo
incorreto de soldagem, entre outros. Por ser superficial, também é possível ser detectado pelo ensaio.
Alternativa correta;
Letra “c”: durante a laminação, uma descontinuidade que pode ocorrer é a descontinuidade
bidimensional paralela à superfície da chapa, devido a porosidade ou rechupe do lingote que não se
caldearam durante a laminação, conforme aponta a norma N-1738 da Petrobrás. Em outras palavras, é
uma descontinuidade que pode ocorrer pela conformação do material na laminação à frio devido a
carência de plasticidade do material. Coruja, a dupla laminação fica dentro do material, às vezes, no meio
da espessura da peça. Por isso, eis o nosso gabarito! Não é possível detectar pelo ensaio visual e, sim, por
ultrassom! Alternativa errada;
Letra “d”: Estrategista, por conta da palavra “profundas” você pode ter se confundido, certo? Na
realidade, as ranhuras profundas por usinagem não, necessariamente, são defeitos e ocorrem em
processos de fresamento. Além disso, podem ser detectadas por ensaios visuais, pois podem ir da
superfície com certo grau de profundidade. Por exemplo, por líquido penetrante (tipo de ensaio visual,
por parte da doutrina) e partícula magnética, elas podem ser evidenciadas. Alternativa correta;
Letra “e”: a falta de penetração é também uma descontinuidade superficial, Coruja! Na realidade, ela
ocorre quando a solda não é prolongada em sua totalidade da junta. Dessa forma, pode ser evidenciada
pelo ensaio visual. Alternativa correta.
Gabarito: "c".

19. (Cesgranrio/Petrobrás Distribuidora – Profissional Júnior – 2015)

Que tipo de Ensaio Não Destrutivo busca detectar descontinuidades superficiais e que sejam abertas na
superfície, tais como trincas, poros, dobras e pode ser aplicado a todos os materiais sólidos e que não
sejam porosos ou com superfície muito grosseira?

a) Raio-X.
b) Ultrassom.
c) Gamagrafia.
d) Líquidos penetrantes.
e) Partículas magnéticas.

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Comentário:
Estrategista, o gabarito dado pela banca para essa questão foi a letra “e”. Todavia, eu não concordo com
esse gabarito, pois o correto deveria ser a letra “d”. O ensaio de líquido penetrante é que atende às
características descritas no enunciado, principalmente por não poder ser utilizado em materiais sólidos
porosos ou com superfície muito grosseira. Dessa forma, de acordo com a literatura específica, a condição
imposta pelo enunciado se refere ao ensaio de líquido penetrante (LP).
Inclusive, o ensaio de partículas magnéticas, como vimos em aula, pode ser aplicado pela via seca (pó
seco) o que implica em uma condição possível para materiais porosos.
Gabarito: "e" – professor: “d”.

20. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior - Mecânica – 2014)

Ensaios não destrutivos são técnicas aplicadas a materiais, equipamentos e estruturas com o objetivo de
avaliar propriedades, desempenho e integridade sem comprometer suas futuras aplicações. A sequência
das etapas associadas com ensaios não destrutivos inicia-se com aplicação e prossegue com

a) modificação, detecção, conversão e interpretação.


b) modificação, detecção, interpretação e conversão.
c) detecção, modificação, conversão e interpretação.
d) detecção, modificação, interpretação e conversão.
e) detecção, interpretação, modificação e conversão.
Comentário:
Estrategista, conforme eu te alertei, memorize a sequência de etapas dos ENDs:
1-) Aplicação 2-) Modificação 3-) Detecção 4-) Conversão 5-) Interpretação
Gabarito: "a".

21. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Júnior - Mecânica – 2014)

Apesar de todos os modernos métodos de ensaios não destrutivos, o ensaio visual continua sendo muito
utilizado, devido à sua simplicidade.

No ensaio visual, destaca-se que a(o)

a) lupa é recomendada para a inspeção interna de tubos de pequeno diâmetro.


b) qualificação do inspetor não influencia no processo da inspeção.
c) precisão do paquímetro não influencia na determinação exata da espessura de chapas.

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d) sucesso da inspeção depende da posição do defeito.


e) acabamento da superfície não influencia na inspeção.
Comentário:
Coruja, essa é uma questão que pelo “bom senso” é possível “matar” e correr para o “abraço”. Vejamos:
Letra “a”: de fato, para grande maioria de ensaios visuais, a lupa facilita muito a inspeção. Todavia, dizer
que a lupa é recomendada para uma inspeção interna de tubos com diâmetros pequenos é um exagero e
definitivamente não é a melhor opção de resposta, já que a “pequeno” é um critério muito subjetivo e
impreciso (ou seja, o quão pequeno é?). Além disso, a literatura específica menciona a utilização de tubos-
cópios para a inspeção em tubos de diâmetros muito pequeno. Alternativa errada;
Letra “b”: pelo contrário! É claro que o inspetor tem de ser qualificado para saber identificar as
descontinuidades no material a depender do produto, sendo uma característica defendida pela literatura
específica ter um treinamento adequado que faça com que eles sejam especializados para cada tipo de
produto. Alternativa errada;
Letra “c”: novamente, errada. O paquímetro é um instrumento de medição e que precisa estar
devidamente calibrado para que sua precisão não seja comprometida e as medidas sejam o mais
verossímil com a realidade. Alternativa errada;
Letra “d”: bingo! De fato, o sucessão da inspeção terá impacto direto pela posição do defeito,
influenciando como a medida pode ser feita. Dessa forma, defeitos em tubos, por exemplo, necessitam
de equipamentos específicos (como mencionei na alternativa “a”). Alternativa correta;
Letra “e”: errada. O acabamento da superfície tem influência direta na inspeção. Por exemplo,
acabamentos derivados de processos de fabricação (retifica, laminação, fundição, forjamento, etc)
podem, inclusive, mascarar e esconder descontinuidades, necessitando a peça sofrer preparo antes de
serem examinadas, além de terem suas superfícies limpas para remover resíduos (graxa, óleo, poeira,
oxidação, etc). Alternativa errada.
Gabarito: "d".

22. (Cesgranrio/CIA Petroquímica de Pernambuco – Engenheiro de Equipamentos Pleno – 2010)

O ensaio por líquidos penetrantes impõe ao penetrante algumas características no sentido de poder
cumprir da melhor forma possível sua função de penetrar por trincas, poros, dobras, etc. Sobre as
propriedades desses líquidos, pode-se afirmar que

I - um líquido penetrante, como regra geral, não deve ser volátil, porém, considerando que, para os
derivados de petróleo, quanto maior a volatibilidade, maior a viscosidade, os líquidos penetrantes são
mediamente voláteis;

II - a viscosidade é importante na velocidade com que o penetrante entra num defeito, sendo que
penetrantes mais viscosos demoram mais a penetrar nas descontinuidades e penetrantes pouco viscosos
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têm a tendência de não permanecerem muito tempo sobre a superfície de uma peça, o que pode
ocasionar tempo insuficiente para penetração;

III - a molhabilidade é a propriedade que um líquido tem de se espalhar por toda a superfície, não se
juntando em porções ou gotas, sendo que quanto melhor a molhabilidade, pior o penetrante.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, III, apenas.
e) I, II e III.
Comentário:
Questão tranquila, que nos traz o posicionamento majoritário da doutrina sobre o ensaio de líquidos
penetrantes (LP) – ensaio de natureza não destrutiva que estudamos. Vejamos:
I: sabemos que o líquido penetrante possui média volatidade, apesar de, em regra, não deveriam ser
voláteis. Alternativa correta;
II: assertiva define, conforme vimos, uma das propriedades do líquido penetrante de maneira acertada
com a literatura – definição perfeita de viscosidade e seus efeitos no LP do ensaio. Alternativa correta;
III: a assertiva começa certo e define corretamente a propriedade da molhabilidade. Todavia, erra ao
dizer que quanto melhor a molhabilidade, pior será o líquido penetrante, pois é justamente o contrário.
Assertiva errada.
Gabarito: "b".

23. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Pleno – Mecânica - 2005)

Avaliações do tipo não destrutivas são ensaios que, uma vez realizados sobre produtos, equipamentos,
componentes e estruturas não provocam alterações físicas, químicas ou microestruturais nos mesmos
e, portanto, não interferem na continuidade de operações ou futuras aplicações. Qual é a principal
característica do ensaio de ultrassom?

a) Está baseado no fenômeno de reflexão da energia sonora pelas descontinuidades existentes no


material.
b) Detecta descontinuidades associadas com perda de espessura do material.
c) É indicado somente para detecção de defeitos volumétricos.

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d) Não se aplica a materiais não metálicos.


e) Não é influenciado pela orientação da descontinuidade.
Comentário:

Questão direta ao ponto, certo, Coruja? Sem nenhuma dificuldade! De fato, conforme exposto pela letra
“a”, é o ensaio de natureza não destrutiva (END) baseado na reflexão dessas ondas que é determinada
por meio eletrônico responsável pela medição dos tempos relativos para que elas voltem a origem.

Esses tempos serão diferentes para diferentes configurações do material. A produção dessas ondas,
Coruja, é feita pelo o efeito “piezoelétrico” que consiste na deformação mecânica de certos cristais (como
o quartzo) quando colocados em um campo elétrico. Assim, tempos diferentes serão “lidos” para as
descontinuidades, torando-as evidentes.
Gabarito: "a".

24. (Cesgranrio/Petrobrás – Engenheiro de Equipamentos Pleno – Mecânica - 2005)

Ensaios não destrutivos são adotados com o objetivo de se assegurar confiabilidade ao produto,
equipamento, componente ou estrutura. Podem ser utilizados em diferentes etapas do projeto, desde a
qualificação de soldadores até o controle de qualidade do produto, bem como monitorar sua vida em
serviço. Qual afirmação representa vantagem do ensaio de partículas magnéticas sobre líquidos
penetrantes?

a) É mais rápido.
b) Pode detectar descontinuidades superficiais.
c) É mais indicado para detecção de defeitos volumétricos.
d) É mais indicado para detecção de trincas de fadiga em juntas soldadas.
e) Pode detectar descontinuidades associadas com diferentes fases no seu interior.
Comentário:
Questão que compara os ensaios de partículas magnéticas e líquidos penetrantes, ambos de natureza não
destrutivas. Apesar do ensaio de partículas magnéticas ser um ensaio rápido, não podemos dizer que um
é mais rápido que o outro, pois isso vai depender de outros fatores (formato da peça, preparação da
superfície, etc - letra “a”, errada). Ambos podem detectar descontinuidades superficiais (letra b, errada).
Defeitos volumétricos são defeitos macroscópicos tridimensionais (fissuras, fendas, inclusões) que, ao
meu ver, podem ser examinados por ambos ensaios (letra “c”, errada).
Além disso, não necessariamente é mais indicado para detectar trincas de fadiga em juntas soldadas, já
que elas podem ser detectadas pelo ensaio de LP (letra “d”, errada). Todavia, de fato, o ensaio de
partículas magnéticas tem como vantagens detectar descontinuidades internas, independente das fases

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do material, já que a leitura da fuga do campo magnético irá ocorrer da mesma forma, sendo uma
vantagem clara e evidente em relação ao LP.
Gabarito: "e".

25. (AOCP/CASAN-SC - Engenheiro Mecânico – 2015)

Sobre o ensaio de líquidos penetrantes, assinale a alternativa correta.

a) Líquidos com baixa molhabilidade são altamente recomendados para o ensaio.


b) Um líquido penetrante, para ser utilizado em vasos de pressão, deve possuir um baixo ponto de fulgor
(menor que 20ºC).
c) Líquidos menos viscosos são sempre melhores penetrantes que aqueles mais viscosos.
d) O método pode ser aplicado, sem limitações, em peças de diversas formas, tamanhos e materiais,
dede que sejam susceptíveis à limpeza e não possuam superfícies porosas ou rugosas.
e) O ensaio é amplamente utilizado na verificação de defeitos em juntas soldadas, por ser capaz de
identificar trincas superficiais, mordeduras, falta de fusão entre os passes de solda e porosidades
vermiformes.

Comentário:

Questão “tranquila”, Coruja, que nos cobra as características e propriedades do ensaio de líquidos
penetrantes (ensaio de natureza não destrutiva). Vejamos cada alternativa:

Letra “a”: errada! Vimos que dentre as propriedades que o líquidos penetrante deve possuir é a
molhabilidade. Ter baixa molhabilidade não é recomendado, pois é justamente essa propriedade dele
que não deixa formar gotas ou porções, melhorando seu espalhamento (que é o que interessa) pela
descontinuidade a ser evidenciada;

Letra “b”: errada! Por uma questão de segurança, Coruja, o líquido penetrante não deve possuir baixo
ponto de fulgor! O ponto de fulgor tem relação direta com a facilidade de combustão do fluído, sendo ele
o ponto de temperatura na qual começa a liberação de vapor capaz de ser inflamável com alguma fonte
externa de calor. 20oC é baixo ponto (menor que a média de temperatura ambiente), sendo perigosa tal
característica;

Letra “c”: errada! A viscosidade é um propriedade relacionada ao escoamento do líquido em dada


superfície e a velocidade com que ele adentra as descontinuidades do material. Menos viscoso, implica
em uma velocidade maior, claro. Todavia, a viscosidade não é um atributo isolado para a escolha do
líquido penetrante, existem outras que precisam ser consideradas. Além disso, não necessariamente
fluídos menos viscosos são sempre melhores, pois a depender da configuração do defeito, um líquido com

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baixa viscosidade pode não aderir pelo tempo necessário e não evidenciar um detalhe necessário,
escorrendo antes do tempo;

Letra “d”: correta! Apesar de eu achar que “sem limitações” é ser um tanto quanto exagerado (oras, dizer
que algo não possui qualquer limitação é quase pensar em uma situação ideal, inexistente), de fato,
considerando a limpeza da peça, pois vimos que elas precisam ser bem trabalhadas e limpas antes do
ensaio e o material não ser poroso (pois, a porosidade absorve o líquido penetrante e compromete o
resultado do ensaio), temos que o método pode ser aplicado sim e diferentes formas, tamanhos e
materiais;

Letra “e”: errada! O método é realmente utilizado em juntas soldadas para evidenciar trincas superficiais
e mordeduras, por exemplo. Todavia, falta de fusão não é evidenciada pelo método, pois é extremamente
interno o defeito. A porosidade vermiforme da peça, caso seja superficial, também podem ser alvo de
análise pelo ensaio de líquido penetrante.

Gabarito: “d”.

Marinha

26. (Marinha - Técnico de Praças da Armada - Mecânica - 2020)

Em relação aos ensaios não destrutivos, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas a seguir e
assinale a opção que apresenta a sequência correta.

( ) No ensaio por líquido penetrante, tanto as descontinuidades abertas a superfície quanto as


preenchidas, cobertas ou obstruídas por material estranho podem ser detectadas com a aplicação desse
método.

( ) O ensaio por partículas magnéticas é utilizado na localização de descontinuidades superficiais e


subsuperficiais em materiais ferromagnéticos.

( ) Uma das vantagens do ensaio por ultrassom é que esse método possui alta sensibilidade na detecção
de pequenas descontinuidades internas especialmente trincas, muitas vezes de difícil detecção por
radiografia.

( ) A radiologia industrial desempenha um papel importante e de certa forma insuperável na


documentação da qualidade do produto inspecionado, pois a imagem projetada do filme radiográfico
representa a “fotografia” externa da peça, o que nenhum outro ensaio não destrutivo é capaz de mostrar
na área industrial.

( ) O ensaio por partículas magnéticas apresenta a vantagem de poder ser aplicado a alta e baixa
temperatura.
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a) (V) (F) (V) (F) (V).


b) (F) (V) (F) (V) (V).
c) (V) (V) (V) (F) (F).
d) (F) (F) (F) (V) (V).
e) (F) (V) (V) (F) (V).

Comentário:

Olha aí, Coruja! Questãozinha “tranquila” sobre os detalhes dos Ensaios de Natureza Não Destrutiva
(END)! Excelente questão de revisão! Vejamos cada assertiva, de cima para baixo:

F – errada! Oras, vimos que no ensaio de Líquido Penetrantes a descontinuidade tem que ser aberta até
a superfície da peça e sem obstruções ou sujeiras;

V – certo! De fato, como vimos, o ensaio de Partículas Magnéticas é eficiente tanto para descontinuidade
superficiais quanto subsuperficiais (claro, até certo nível de profundidade);

V – correto! Como vimos, de fato, o Ultrassom é uma técnica mais aguçada para trincas internas menores
que são de difícil detecção por meio de outros ensaios, como o Radiográfico;

F – errada! Assertiva absurda! Quer dizer, então, que o ensaio é insuperável? (rs). Cuidado com palavras
generalizantes como essa. Claro que não é insuperável. Além disso, vimos que o Ensaio Radiográfico é
justamente utilizado para defeitos internos no material que são representados por regiões mais escuras
no filme, justamente pela falta de material;

V – certa! Apesar de achar uma assertiva complicada, pois a temperatura pode intervir no campo
magnético e não é comum na literatura termos essa generalização (alto e baixo é muito subjetivo. O que
é alta temperatura? 3000 oC ou 75oC? Entende?). Apesar disso, a assertiva foi considerada correta é uma
fonte de informação sobre o perfil de banca sobre esse ensaio.

Gabarito: “e”.

27. (Marinha - Técnico de Praças da Armada - Mecânica - 2013)

Em relação aos ensaios de materiais, é INCORRETO afirmar que:

a) Na aplicação da técnica de inspeção por líquidos penetrantes em uma superfície contaminada com
óleo, o procedimento mais indicado para limpeza desta superfície é o aquecimento e a lavagem com
solução ácida.
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b) O ensaio por partículas magnéticas é utilizado para detectar descontinuidades superficiais e


subsuperficiais, até aproximadamente 3 mm de profundidade, em materiais ferromagnéticos.
c) No ensaio de ultrassom, os transdutores são necessários para converter energia elétrica em energia
mecânica de vibração e vice-versa.
d) No ensaio de impacto, o corpo de prova tipo Charpy é apoiado e o corpo de prova tipo Izod é
engastado na máquina de ensaio.
e) O ensaio de dobramento fornece uma indicação qualitativa da ductilidade do material.
Comentário:

Questão que nos cobra vários conhecimentos da matéria, Coruja, tanto de ensaios destrutivos quanto
não destrutivos. Perceba que a única errada é a letra “a”! Lembre-se da nossa tabela de contaminantes e
solução para inspeção no ensaio de líquidos penetrantes! Para óleo e graxa temos o aquecimento com
solução alcalina e não ácida! Alternativa errada e nosso gabarito!

Gabarito: "a".

28. (Marinha - Técnico de Praças da Armada - Mecânica - 2012)

Na aplicação da técnica de inspeção por líquidos penetrantes em uma superfície com resíduos de carbono,
qual é o procedimento mais indicado para a limpeza e correção desta superfície de exame?

a) Vapor desengraxante e usinagem.


b) Jateamento e queima.
c) Aquecimento e estufa.
d) Solução alcalina e vapor.
e) Solução ácida e neutralizadores.
Comentário:

Questão que parece super difícil, mas com o conhecimento básico do ensaio de natureza não destrutiva
(END) de líquidos penetrantes e o bom senso, você seria capaz de “matar”! Veja que cada alternativa tem
uma condição absurda que não chega nem perto do que vimos para a limpeza da superfície (etapa
essencial para a inspeção). Oras, usinagem? Meu Deus! Usinar a peça para depois inspecionar? Não! (letra
“a”, errada). Queima? Meu Deus 2 (letra “b”, errada). Aquecimento? Estufa? Qual a relação? (Letra “c”,
errada). As únicas possíveis seriam as letras “d” e “e”, todavia veja que falamos na aula que a palavra
mágica é ”alcalina”, certo? Corre para o abraço! (atenção para aquela tabela final, hein?).

Gabarito: "d".

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FUMARC

29. (FUMARC/CEMIG – Engenharia Mecânica – 2018)

Os seguintes métodos de ensaios não destrutivos destacam-se na inspeção de peças semiacabadas ou


acabadas:

a) ultrassom; capilaridade; eletromagnéticos; térmicos; tensão superficial.


b) visual; magnéticos; radiografia com raios γ (gama); elétricos e térmicos.
c) visual; sonoro; radiografia com raios γ (gama); eletrolítico e térmicos.
d) visual; tensão superficial; piezoelétrico; elétricos e térmicos.

Comentário:
Questão tranquila que procura gerar certa confusão ao incluir alguns termos que pertencem ao conceitos
de alguns Ensaios de Natureza Não Destrutiva (END), mas que no fundo quer saber a nomenclatura
correta dos principais ensaios END. Vejamos:
Letra “a”: errada. Oras, veja que “capilaridade” não é um ensaios e, sim, uma propriedade do liquido
penetrante do ensaio de Líquidos Penetrantes (tipo de ensaio visual);
Letra “b”: correta. Todos os ensaios elencados pela alternativa são ensaios de natureza não destrutiva;
Letra “c”: errada. Veja que eletrolítico não é uma denominação usual de um ensaio de natureza não
destrutiva;
Letra “d”: errada. Novamente, “piezoelétrico” não é uma denominação de ensaio de natureza não
destrutiva e, sim, uma propriedade dos cristais piezelétricos do ensaio de ultrassom.
Gabarito: "b".

FCC

30. (FCC/SABESP – Oficial - Mecânica – 2018)

A equipe de manutenção de uma indústria metalúrgica está desconfiada que um compressor de ar, em
manutenção do motor e bomba, apresenta risco de ruptura no tanque reservatório de pressurização,
devido a possível corrosão interna. Por este motivo, deverá passar por ensaio, de modo que se detecte a
possível avaria. Qual dos ensaios abaixo é o mais indicado para validar o risco de ruptura em questão?

a) Inspeção visual meticulosa.

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b) Tração
c) Compressão
d) Ultrassom
e) Líquido penetrante.

Comentário:
Opa! Questão tranquila, Coruja! Vejamos: temos uma situação em que o risco de ruptura do tanque é
devido a uma possível corrosão interna. Oras, para termos acesso a esse tipo de falha, não adiante uma
inspeção visual externa e nem utilizar líquido penetrante (mesmo ele adentrando o material, não chega a
profundidades muito grandes e a falha precisa ser vista pela superfície). Ensaios de compressão e de
tração não fazem o menor sentido, primeiro por conta da sua execução e segundo, pelo óbvio – são de
natureza destrutiva.
Por conta disso, a resposta correta é o ensaio de ultrassom, no qual, com vimos em aula, a reflexão das
ondas é determinada por meio eletrônico que medirá os tempos relativos para que elas voltem a origem,
evidenciando os defeitos (a ruptura) internos.
Gabarito: "d".

31. (AOCP/CASAN-SC - Engenheiro Mecânico – 2015)

Sobre o ensaio de líquidos penetrantes, assinale a alternativa correta.

a) Líquidos com baixa molhabilidade são altamente recomendados para o ensaio.


b) Um líquido penetrante, para ser utilizado em vasos de pressão, deve possuir um baixo ponto de fulgor
(menor que 20ºC).
c) Líquidos menos viscosos são sempre melhores penetrantes que aqueles mais viscosos.
d) O método pode ser aplicado, sem limitações, em peças de diversas formas, tamanhos e materiais,
dede que sejam susceptíveis à limpeza e não possuam superfícies porosas ou rugosas.
e) O ensaio é amplamente utilizado na verificação de defeitos em juntas soldadas, por ser capaz de
identificar trincas superficiais, mordeduras, falta de fusão entre os passes de solda e porosidades
vermiformes.

Comentário:

Questão “tranquila”, Coruja, que nos cobra as características e propriedades do ensaio de líquidos
penetrantes (ensaio de natureza não destrutiva). Vejamos cada alternativa:

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Letra “a”: errada! Vimos que dentre as propriedades que o líquidos penetrante deve possuir é a
molhabilidade. Ter baixa molhabilidade não é recomendado, pois é justamente essa propriedade dele
que não deixa formar gotas ou porções, melhorando seu espalhamento (que é o que interessa) pela
descontinuidade a ser evidenciada;

Letra “b”: errada! Por uma questão de segurança, Coruja, o líquido penetrante não deve possuir baixo
ponto de fulgor! O ponto de fulgor tem relação direta com a facilidade de combustão do fluído, sendo ele
o ponto de temperatura na qual começa a liberação de vapor capaz de ser inflamável com alguma fonte
externa de calor. 20oC é baixo ponto (menor que a média de temperatura ambiente), sendo perigosa tal
característica;

Letra “c”: errada! A viscosidade é um propriedade relacionada ao escoamento do líquido em dada


superfície e a velocidade com que ele adentra as descontinuidades do material. Menos viscoso, implica
em uma velocidade maior, claro. Todavia, a viscosidade não é um atributo isolado para a escolha do
líquido penetrante, existem outras que precisam ser consideradas. Além disso, não necessariamente
fluídos menos viscosos são sempre melhores, pois a depender da configuração do defeito, um líquido com
baixa viscosidade pode não aderir pelo tempo necessário e não evidenciar um detalhe necessário,
escorrendo antes do tempo;

Letra “d”: correta! Apesar de eu achar que “sem limitações” é ser um tanto quanto exagerado (oras, dizer
que algo não possui qualquer limitação é quase pensar em uma situação ideal, inexistente), de fato,
considerando a limpeza da peça, pois vimos que elas precisam ser bem trabalhadas e limpas antes do
ensaio e o material não ser poroso (pois, a porosidade absorve o líquido penetrante e compromete o
resultado do ensaio), temos que o método pode ser aplicado sim e diferentes formas, tamanhos e
materiais;

Letra “e”: errada! O método é realmente utilizado em juntas soldadas para evidenciar trincas superficiais
e mordeduras, por exemplo. Todavia, falta de fusão não é evidenciada pelo método, pois é extremamente
interno o defeito. A porosidade vermiforme da peça, caso seja superficial, também podem ser alvo de
análise pelo ensaio de líquido penetrante.

Gabarito: “d”.

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PETROBRAS (Técnico - Ênfase 6 - Manutenção Mecânica) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pós-Edital)


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