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MATERIAL DIDÁTICO
PATOLOGIAS DO CONCRETO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – ENGENHARIA DIAGNÓSTICA E ENGENHARIA PREVENTIVA ....... 8
1.1 Engenharia Diagnóstica ........................................................................................ 8
1.2 Engenharia Preventiva/Manutenção ................................................................... 13
1.3 A inspeção predial ............................................................................................... 19
UNIDADE 2 – CAUSAS DA DETERIORAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE
CONCRETO .............................................................................................................. 21
2.1 Causas intrínsecas .............................................................................................. 26
2.2 Causas extrínsecas ............................................................................................. 27
UNIDADE 3 – DANOS COMUNS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO .................. 29
3.1 Carbonatação ...................................................................................................... 29
3.2 Desagregação ..................................................................................................... 29
3.3 Disgregação ........................................................................................................ 30
3.4 Segregação ......................................................................................................... 30
3.5 Perda de aderência ............................................................................................. 30
3.6 Corrosão das armaduras ..................................................................................... 31
3.7 Corrosão do concreto .......................................................................................... 32
3.8 Calcinação........................................................................................................... 32
3.9 Reatividade álcali-agregado álcali sílica (RAS) ................................................... 32
UNIDADE 4 – PATOLOGIAS DAS FUNDAÇÕES ................................................... 35
4.1 Causas de recalque em fundações ..................................................................... 37
UNIDADE 5 – PATOLOGIAS DAS ALVENARIAS ................................................... 41
5.1 Fissuras, trincas e rachaduras ............................................................................ 43
5.2 Eflorescências ..................................................................................................... 48
5.3 Infiltração de água ............................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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INTRODUÇÃO
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
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World Wide Web (www), conhecida popularmente como Internet, que devido ao
acesso facilitado na atualidade e até mesmo democrático, ajudam sobremaneira
para enriquecimentos, para sanar questionamentos que por ventura surjam ao longo
da leitura e, mais, para manterem-se atualizados.
2) Deixamos bem claro que esta composição não se trata de um artigo
original1, pelo contrário, é uma compilação do pensamento de vários estudiosos que
têm muito a contribuir para a ampliação dos nossos conhecimentos. Também
reforçamos que existem autores considerados clássicos que não podem ser
deixados de lado, apesar de parecer (pela data da publicação) que seus escritos
estão ultrapassados, afinal de contas, uma obra clássica é aquela capaz de
comunicar-se com o presente, mesmo que seu passado datável esteja separado
pela cronologia que lhe é exterior por milênios de distância.
3) Em se tratando de Jurisprudência, entendida como “Interpretação
reiterada que os tribunais dão à lei, nos casos concretos submetidos ao seu
julgamento” (FERREIRA, 2005)2, ou conjunto de soluções dadas às questões de
direito pelos tribunais superiores, algumas delas poderão constar em nota de rodapé
ou em anexo, a título apenas de exemplo e enriquecimento.
4) Por uma questão ética, a empresa/instituto não defende posições
ideológico-partidária, priorizando o estímulo ao conhecimento e ao pensamento
crítico.
5) Pedimos compreensão por usar a lógica ocidental tradicional que funciona
como uma divisão binária: masculino x feminino, macho x fêmea ou homem x
mulher, mas na medida do possível iremos nos adequando à identidade de gênero,
cientes de que no mundo atual as pessoas tem liberdade de se expressarem de
forma tão diversa e plural e que o respeito à singularidade e a tolerância de cada
indivíduo torna-se fator de extrema importância.
6) Sabemos que a escrita acadêmica tem como premissa ser científica, ou
seja, baseada em normas e padrões da academia, portanto, pedimos licença para
fugir um pouco às regras com o objetivo de nos aproximarmos de vocês e para que
1
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
2
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Editora
Positivo, 2005.
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2) Inspeção em Edificação
Geralmente é feita de forma preventiva. Seria a análise técnica de fato,
condição ou direito relativo a uma edificação, com base na interpretação e
experiência do engenheiro diagnóstico.
O trabalho de inspeção, assim como a vistoria, possui caráter tátil-visual e
não emprega ensaios tecnológicos para sua realização de forma que não são
levantadas as causas e origens das anomalias e falhas constatadas nem prescritas
soluções para as mesmas.
A inspeção registra e analisa os problemas construtivos existentes em um
imóvel em uso, classificando-os de acordo com o grau de risco e determinando uma
ordem de reparos e intervenções adequada para que os problemas mais graves
sejam corrigidos com prioridade e os demais de acordo com o orçamento disponível.
Seu principal objetivo é avaliar e identificar o estado geral da edificação e de seus
sistemas construtivos, analisando seus aspectos de desempenho, funcionalidade,
vida útil, segurança, estado de conservação e manutenção, utilização e operação.
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3) Auditoria em Edificação
É o atestamento técnico, ou não, de conformidade de um fato, condição ou
direito relativo a uma edificação.
Geralmente é recomendado para a conclusão e entrega de uma obra,
acionamento de garantia para edificações em fase de garantia e edificações em uso
para manutenção e conservação dos mesmos.
4) Perícia em Edificação
É uma análise mais completa e detalhada se comparada aos trabalhos
anteriores. É a determinação da origem, causa e mecanismo de ação de um fato,
condição ou direito relativo a uma edificação.
O trabalho de perícia é empregado com evidente sucesso na determinação
das responsabilidades pelas falhas e anomalias estudadas.
Além disso, é amplamente utilizado nos processos de reparos, recuperações
e reforços nas edificações.
5) Consultoria em Edificação
É um trabalho de maior complexidade. Da mesma forma que ocorre na
perícia, a consultoria determina as causas e origens das falhas e anomalias de uma
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Guarde...
Etiologia técnica da edificação é a determinação dos efeitos, origens, causas
e mecanismos de ação, agentes e fatores de agravamento das anomalias
construtivas e falhas de manutenção.
Terapêutica da edificação se reporta aos estudos das reparações das
anomalias construtivas e falhas de manutenção.
Patologia da edificação é o estudo que se ocupa da natureza e das
modificações das condições físicas e/ou funcionais produzidas pelas
anomalias construtivas e falhas da edificações, através de auditorias, perícias
e ensaios técnicos.
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respeitado e viabilizado pelo construtor. A base desse sistema, aliás, será o conjunto
de inspeções rotineiras, em que o usuário será figura preponderante (SOUZA;
RIPPER, 2009).
Falar em prevenção nos leva a algumas características necessárias a uma
obra: vida útil, desempenho e durabilidade.
a) Vida útil de um material entende-se como o período durante o qual as
suas propriedades permanecem acima dos limites mínimos especificados. O
conhecimento da vida útil e da curva de deterioração de cada material ou estrutura
são fatores de fundamental importância para a confecção de orçamentos reais para
a obra, assim como de programas de manutenção adequados e realistas (SOUZA;
RIPPER, 2009).
De acordo com a ISO 13823:2008, vida útil é definida também
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Guarde...
No Brasil, a Norma de Desempenho (NR 15575), lançada em 2013,
constitui-se no principal documento normativo voltado ao desempenho de
edificações habitacionais. Objetiva estabelecer uma sistemática de avaliação de
tecnologias e sistemas construtivos habitacionais, com base em requisitos e critérios
de desempenho expressos em normas técnicas brasileiras vigentes.
Essa norma definiu as condições mínimas de exposição (sobrecarga, peso
próprio, ação de intempéries, entre outros) que a estrutura de concreto deve atender
durante a vida útil e os seus requisitos mínimos:
não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;
prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras
solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na
época do projeto;
não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de
quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal requisito atendido, caso
as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta Norma;
não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedações e
acabamentos;
não prejudicar a manobra normal de partes como portas e janelas, nem
repercutir no funcionamento anormal das instalações em face das
deformações dos elementos estruturais;
atender às disposições das normas NBR 5629, NBR 11682 e NBR 6122
relativas às interações com o solo e com o entorno da edificação.
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Guarde...
A inspeção predial:
identifica necessidade de ações corretivas e preventivas;
fornece subsídios para implantação do programa de manutenção predial;
possibilita a classificação das anomalias e falhas quanto à ordem de
prioridade de ações reparadoras;
fornece recomendações técnicas quanto à necessidade de correções
prevenindo ações corretivas insatisfatórias que necessitarão de retrabalho e
possibilitarão o ressurgimento ou agravamento dos problemas; e,
dentro de certo nível, propicia a manutenção preditiva, uma vez que a
inspeção predial poderá fornecer prognóstico de ocorrência de anomalias e
também poderá conter sugestão de realização de testes e ensaios
tecnológicos para identificação de problemas (SILVA, 2016).
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Guarde...
As possíveis causas de falhas que podem ocorrer durante a etapa de estudo
da futura edificação são aquelas originadas de um estudo preliminar deficiente, ou
de anteprojetos equivocados, enquanto que as falhas geradas na realização do
projeto final, geralmente são as responsáveis pela implantação de problemas
patológicos sérios e podem ser por diversos fatores, tais como:
a) projetos inadequados (deficiência no cálculo da estrutura, avaliação da
resistência do solo, má definição do modelo analítico, entre outros);
b) falta de compatibilidade entre o projeto estrutural e o arquitetônico, bem como
os demais projetos civis;
c) especificação inadequada de materiais;
d) detalhamento insuficiente ou errado;
e) detalhes construtivos inexequíveis;
f) falta de padronização das representações (convenções);
g) erros de dimensionamento (SOUZA; RIPPER, 2009).
A sequência lógica do processo de construção civil indica que a etapa de
construção deva ser iniciada somente após o término da etapa de concepção, com a
conclusão de todos os estudos e projetos que lhe são inerentes.
As principais falhas que podem ocorrer durante a etapa de execução da
estrutura são:
a) deficiências de concretagem (transporte, lançamento, juntas de concretagem,
adensamento, cura, outros);
b) inadequação de escoramentos e fôrmas;
c) deficiência nas armaduras (estribos, ancoragem, emendas, cobrimento,
espaçamento, posicionamento);
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c) Causas naturais:
causas próprias à estrutura porosa do concreto;
causas químicas – reações internas ao concreto, presença de cloretos e
elevação interna da temperatura do concreto;
causas físicas – variação de temperatura, insolação, vento e água;
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Inadequação ao ambiente.
Incorreção não relação solo-estrutura.
Incorreção na consideração de juntas de dilatação.
c) Ações mecânicas
Choques de Veículos.
Recalque de Fundações.
Acidentes (Ações Imprevisíveis).
d) Ações físicas
Variação de Temperatura.
Insolação.
Atuação da água.
d) Ações químicas
e) Ações biológicas
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3.1 Carbonatação
Uma das causas mais frequentes da corrosão em estruturas de concreto
armado, a carbonatação é a transformação do hidróxido de cálcio, com alto pH, em
carbonato de cálcio, que tem um PH mais neutro (VITÓRIO, 2003).
A perda de pH do concreto representa um problema, pois em seu ambiente
alcalino – pH variando de 12 a 13 -, as armaduras estão protegidas da corrosão,
mas, abaixo de 9,5, tem-se o início do processo de formação de células
eletroquímicas de corrosão, começando a surgir, depois de algum tempo, fissuras e
desprendimentos da camada de cobrimento.
A existência de umidade no concreto influencia bastante o avanço da
carbonatação. Outros fatores que também contribuem para que o fenômeno se
desenvolva com mais rapidez são: a quantidade de CO2 do meio ambiente, a
permeabilidade do concreto e a existência de fissuras (VITÓRIO, 2003).
3.2 Desagregação
É a deterioração, por separação de partes do concreto, provocada, em geral,
pela expansão devido à oxidação ou dilatação das armaduras, e também pelo
aumento de volume do concreto quando este absorve água. Pode ocorrer também
devido às movimentações estruturais e aos choques.
Abrasão, erosão e cavitação levam à desagregação. Os agentes podem ser
gases, líquidos e partículas (VITÓRIO, 2003).
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3.3 Disgregação
Caracteriza-se pela ruptura do concreto, em especial nas partes salientes da
estrutura. O concreto disgregado geralmente apresenta as características originais
de resistência, porém não foi capaz de suportar a atuação de esforços anormais
(VITÓRIO, 2003).
3.4 Segregação
É a separação entre os elementos de concreto – a brita e a argamassa –
logo após o lançamento (VITÓRIO, 2003).
Na segregação interna, as partículas maiores e mais pesadas tendem a
assentar na parte inferior; já na segregação externa, as partículas maiores tendem a
separar da mistura durante o lançamento.
Consequências da segregação:
heterogeneidade do concreto endurecido;
alterações nas relações agregado/cimento e água/cimento dentro do material.
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3.8 Calcinação
É o ressecamento das camadas superficiais do concreto devido à ocorrência
de incêndios.
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recalques diferenciais;
adoção de fundações profundas para solos compactados assentes à camada
compressível;
elementos de fundação como reforço.
f) Execuções-falha:
Envolvendo o elemento estrutural da fundação:
• adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto;
• estrangulamento de seção de pilares enterrados;
• junta de dilatação mal executada.
Problemas genéricos:
• erros de locação;
• falta de limpeza da cabeça de estaca para vinculação ao bloco;
• flexão dos elementos cravados.
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A grandeza dos recalques que podem ser tolerados por uma estrutura, irão
depender essencialmente dos seguintes fatores abaixo:
a) dos materiais constituintes da estrutura – quanto mais flexíveis os materiais,
tanto maiores as deformações toleráveis;
b) da velocidade de ocorrência do recalque – recalques lentos (devidos ao
adensamento de uma camada argilosa, por exemplo) permitem uma
acomodação da estrutura, e esta passa a suportar recalques diferenciais
maiores do que suportaria se os recalques ocorressem mais rapidamente;
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NOTAS
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1 As definições de ELS-W, ELS-F e ELS-D estão em nota de rodapé abaixo .
2 Para as classes de agressividade ambiental CAA-lll e IV, exige-se que as cordoalhas não
aderentes tenham proteção especial na região de suas ancoragens.
3 No projeto de lajes lisas e cogumelo protendidas, basta ser atendido o ELS-F para a
combinação frequente das ações, em todas as classes de agressividade ambiental.
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5.2 Eflorescências
A eflorescência é decorrente de depósitos salinos, principalmente de sais de
metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalinoterrosos (cálcio e magnésio) na
superfície de alvenarias, provenientes da migração de sais solúveis nos materiais e
componentes da alvenaria. Elas podem alterar a aparência da superfície sobre a
qual se depositam e em determinados casos seus sais constituintes podem ser
agressivos, causando desagregação profunda, como no caso dos compostos
expansivos.
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A geometria das fachadas deverá ser estudada de modo a evitar que o fluxo
de água se dirija para pontos vulneráveis, como juntas e caixilhos, permitindo que o
próprio fluxo de água faça a limpeza do paramento. Assim, evita-se a deposição de
fuligem e empoçamento de água.
As prumadas externas de águas pluviais, em tubo de PVC, galvanizado ou
zinco, em geral são fixadas da alvenaria. Caso a superfície da parede apresente
irregularidades, o que é normal, a prumada e a alvenaria se tocarão em certos locais
e a sujeira, como pó e folhas, se acumularão formando deposições que reterão
umidade proveniente de água da chuva.
Se a alvenaria estiver em uma fachada ensolarada pode ser que não
ocorram infiltrações. Porém, não é possível descobrir a tempo as infiltrações e
poderão ocorrer problemas sérios antes que se perceba a causa. A utilização de
espaçadores entre o parafuso de fixação e a prumada evitará possíveis pontos de
contato e, portanto, o acúmulo de sujeira e umidade.
Por fim, deve-se evitar que os parafusos de fixação sejam introduzidos
diretamente nas argamassas de assentamento dos blocos, a fim de impedir que
ocorram pontos preferenciais de penetração de umidade. É fundamental prever
verificações periódicas do estado da tubulação, quanto a eventuais entupimentos,
perfurações, corrosão e estado da pintura, se for o caso (BAUER, 2006).
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira. Engenharia legal 4. São Paulo: LEUD, 2014.
GOMIDE, Tito Lívio Ferreira; FAGUNDES NETO, Jerônimo Cabral Pereira; GULLO,
Marco Antônio. Engenharia Diagnóstica em edificações. São Paulo: Editora Pini,
2015.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
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CICHINELLI, Gisele C. Reação perigosa. Ainda pouco estudada pelo meio técnico,
reação álcali-agregado em estruturas é de recuperação cara e complexa. Edição
125 -Agosto/2007. Disponível em: http://techne17.pini.com.br/engenharia-
civil/125/artigo285390-4.aspx
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