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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 13


Professor Marcelo Seco

1 - Intangível - CPC 04 - CFC 1303/10

O objetivo do CPC 04 é definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis que


não são abrangidos especificamente em outro Pronunciamento.

Desta forma, estão fora do alcance:

 ativos intangíveis tratados por outro CPC;


 ativos financeiros;
 ativos advindos da exploração e avaliação de recursos minerais;
 gastos com desenvolvimento e extração de minerais, óleo, gás natural e
recursos naturais não renováveis similares.

1.1 – Ativos de substância mista

No caso de ativos representados em parte por elementos que possuem


substância física e em parte por elementos que não possuem substância
física, como softwares e filmes, por exemplo, a entidade deve avaliar qual
elemento é mais significativo.

Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por


computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante
do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O
mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o
software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado
como ativo intangível.

Software

Quando só funciona com a máquina – fica no


imobilizado.
Quando funciona de maneira independente – fica no
intangível

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1.2 – Conceitos

Galera, não vou repetir os conceitos já apresentados em outras aulas, apenas


trarei os novos.

Mercado ativo

Mercado no qual se verificam todas as seguintes condições:

 os itens transacionados no mercado são homogêneos;


 compradores e vendedores dispostos a negociar podem ser encontrados
a qualquer momento; e
 os preços estão disponíveis para o público.

Amortização

Alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua


vida útil (assim como na depreciação e exaustão).

Combinação de negócios

Operação em que uma entidade adquirente obtém o controle de um ou mais


negócios, independentemente da forma jurídica da operação.

Desenvolvimento

Aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um


plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos,
processos, sistemas ou serviços novos ou substancialmente aprimorados,
antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.

Ativo intangível

É um ativo não monetário identificável sem substância física.

Ativo monetário

Representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia


fixa ou determinável de dinheiro.

Pesquisa

Investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo


conhecimento e entendimento científico ou técnico.
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1.3 - Ativo intangível

Como qualquer ativo, um intangível deve ser reconhecido apenas se:


 for provável que fluam benefícios econômicos futuros para a entidade; e
 seu custo possa ser mensurado com confiabilidade

Além disso, intangíveis requerem mais algumas características, vamos ver


como isso funciona.

Exemplos de itens que se enquadram como intangível desde que sejam


identificáveis, controlados e geradores de benefícios econômicos
futuros: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes
cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca,
quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou
fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de
comercialização.

Intangível deve ser:

Identificável
Controlado
Gerador de benefícios econômicos

Caso um item não atenda à definição, o gasto incorrido na sua aquisição ou


geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.

Se um item não identificável for adquirido em uma combinação de


negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.

Para ser identificável um ativo intangível deve:

 ser separável, ou seja, pode ser separado da entidade e vendido,


transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto
com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da
intenção de uso pela entidade;
ou
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 resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,


independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da
entidade ou de outros direitos e obrigações.

Controle

A entidade controla um ativo quando detém o poder de obter benefícios


econômicos futuros e de restringir o acesso de terceiros a esses benefícios.
Normalmente, a capacidade da entidade de controlar os benefícios econômicos
futuros de ativo intangível advém de direitos. A ausência de direitos legais
dificulta a comprovação do controle, mas não é uma condição
imprescindível para o controle.

Conhecimentos protegidos por direitos legais, podem se enquadrar como


intangível.

Conhecimentos de equipes e pessoas não podem se enquadrar como


intangível, devido ao insuficiente controle.

Carteiras de clientes podem vir a ser reconhecidas como intangível, se


atenderem aos critérios.

Benefício econômico futuro

Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a


receita da venda de produtos ou serviços, redução de custos ou outros
benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade. Por exemplo, o uso da
propriedade intelectual em um processo de produção pode reduzir os custos de
produção futuros em vez de aumentar as receitas futuras.

1.4 - Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura ou goodwill, caso não


possa ser identificado, deve ficar contabilizado em conta separada no ANC -
Investimentos, aumentando o valor do investimento a que se refere.

Exemplo:

Cia Tico Tico compra 100% da Cia Chico Lopes por 2000. O Capital de Chico
Lopes vale apenas 1400. Os 600 pagos a mais foram classificados como

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goodwil, mas não puderam ser identificados separadamente. Logo, não


atendem a um dos requisitos de reconhecimento de intangíveis, e ficarão
registrados no investimento, separadamente da participação.

Lançamento em Tico Tico, caso não haja identificação separada do ágio

D Investimento em controladas (ANC Investimentos) 1400


D Ágio em controladas– goodwill (ANC Investimentos) 600
C Caixa 2000

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido


em uma combinação de negócios é um ativo que representa benefícios
econômicos futuros gerados por outros ativos adquiridos em uma combinação
de negócios, que não são identificados individualmente e reconhecidos
separadamente.

Tais benefícios econômicos futuros podem advir da sinergia entre os ativos


identificáveis adquiridos ou de ativos que, individualmente, não se qualificam
para reconhecimento em separado nas demonstrações contábeis.

A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para


diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill).

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura ou goodwill, caso


possa ser identificado, deve ficar contabilizado em conta separada, no ANC
- Intangível.

Exemplo:

Cia Tico Tico compra 100% da Cia Chico Lopes por 2000. O Capital de Chico
Lopes vale apenas 1400. Os 600 pagos a mais foram classificados como
goodwil, 200 puderam ser identificados separadamente, pois se referiam ao
ponto comercial, e ficarão reconhecidos no intangível. Os restantes 400 não
tiveram sua origem identificada claramente. Logo, não atendem a um dos
requisitos de reconhecimento de intangíveis, e ficarão registrados no
investimento, separadamente da participação.

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Lançamento em Tico Tico, caso haja identificação em separado do ágio

D Investimento em controladas (ANC - Investimentos) 1400


D Ágio em controladas – goodwill (ANC - Investimentos) 400
D Agio em controladas – ponto comercial (ANC - Intangível) 200
C Caixa 2000

O adquirente deve reconhecer o intangível separadamente do ágio derivado


da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) apurado em uma combinação
de negócios, independentemente de o ativo ter sido reconhecido pela
adquirida antes da aquisição.

O goodwill que no balanço individual aparece como um componente do


investimento societário em investimentos deverá ser passado, no balanço
consolidado, para o intangível.

Fiquemos atentos para a definição da 6404, que não faz essa diferenciação:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


... no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido.

Goodwill - Resumindo

Não sofre amortização.


Está sujeito ao teste de recuperabilidade.
No Balanço Individual:
Classifica-se em ANC Investimentos se não for identificável.
Classifica-se em ANC Intangível se for identificável.
No Balanço Consolidado
Classifica-se em ANC Intangível, sempre.
Se nada for falado, classificamos no investimento.
O Ágio por expectativa de rentabilidade futura ou goodwill gerado
internamente não é reconhecido.
Ágio pago ou adquirido em de terceiros é reconhecido.

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Goodwill

Gerado internamente: não é reconhecido.


Adquirido de terceiros: é reconhecido.

O Ágio por expectativa de rentabilidade futura ou goodwill pago ou adquirido


de terceiros não é passível de amortização, e está sujeito ao teste de
recuperabilidade anualmente.

A literalidade da 6404 classifica todo fundo de comércio no Ativo Intangível.

Lembrem-se de que benfeitorias em propriedades de terceiros seguem regras


próprias e nada têm a ver com intangível.

1.5 - Mensuração

Um ativo intangível adquirido separadamente deve ser reconhecido


inicialmente ao custo, que inclui:
 seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
 qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.

Custos diretamente atribuíveis:

 custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o


ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento);
 honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais; e
 custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.

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Gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:

 custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço


 propaganda e atividades promocionais
 custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes, incluindo custos de treinamento
 custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa


quando esse ativo está em condições operacionais.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de


ativo intangível não devem ser incluídos no seu valor contábil, como, por
exemplo:
 custos incorridos durante o período em que um ativo capaz de operar
mas não é utilizado; e
 prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida

Como essas atividades não são necessárias para que um ativo fique em
condições de funcionar da maneira pretendida pela administração, as receitas
e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas imediatamente no
resultado e incluídas nas suas respectivas classificações de receita e despesa.

Se o prazo de pagamento de ativo intangível excede os prazos normais


de crédito, seu custo deve ser o equivalente ao preço à vista.

A diferença entre esse valor e o total dos pagamentos deve ser reconhecida
como despesa de juros, a menos que seja passível de capitalização como custo
financeiro diretamente identificável de ativo. Isso pode acontecer, por
exemplo, quando se tratar de ativo que leva necessariamente um período
substancial de tempo para ficar pronto para uso.

Que custo reconhecer?

Intangíveis adquiridos separadamente devem ser contabilizados pelo custo.


Intangíveis adquiridos em combinação de negócios devem ser
contabilizados separados do goodwill pelo seu valor justo.
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Gastos subsequentes

A natureza dos ativos intangíveis implica, em muitos casos, não haver o que
ser adicionado ao ativo nem se poder substituir parte dele. A maioria dos
gastos subsequentes são efetuados para manter a expectativa de benefícios
econômicos futuros incorporados ao ativo intangível existente, e não atendem
à definição de ativo intangível, tampouco aos critérios de reconhecimento.

Somente em raras ocasiões os gastos subsequentes (incorridos após o


reconhecimento inicial de ativo intangível adquirido ou a conclusão de item
gerado internamente) devem ser reconhecidos no valor contábil de um
ativo.

Intangível em aquisição separada

A probabilidade de que os benefícios econômicos futuros esperados


atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade é sempre
considerada atendida para ativos intangíveis adquiridos separadamente,
como na aquisição isolada de uma marca ou patente.

Intangível em combinação de negócios

Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu


custo deve ser o valor justo na data de aquisição, o qual reflete as
expectativas sobre a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros
incorporados no ativo serão gerados em favor da entidade.

Portanto a probabilidade de que os benefícios econômicos futuros esperados


atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade é sempre
considerada atendida para ativos intangíveis adquiridos em uma combinação
de negócios.

Se um ativo adquirido em uma combinação de negócios for separável ou


resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, considera-se
que exista informação suficiente para mensurar com confiabilidade o seu
valor justo.

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Portanto, o critério de mensuração confiável é sempre considerado


atendido para ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios.

Aquisição de Ativo Intangível por meio de subvenção governamental

Um ativo intangível pode ser adquirido sem custo ou por valor nominal, por
meio de subvenção ou assistência governamentais.

Isso pode ocorrer quando um governo transfere ou destina a uma entidade


ativos intangíveis, como direito de aterrissagem em aeroporto, licenças para
operação de estações de rádio ou de televisão, licenças de importação ou
quotas ou direitos de acesso a outros recursos restritos.

A entidade tem a faculdade de reconhecer inicialmente ao valor justo


tanto o ativo intangível quanto a concessão governamental.

Se uma entidade optar por não reconhecer inicialmente ao valor justo o


ativo, ela deve reconhecer o ativo inicialmente ao valor nominal
acrescido de quaisquer gastos que sejam diretamente atribuídos à preparação
do ativo para o uso pretendido.

1.6 - Goodwill gerado internamente

Temos como exemplo o valor de uma marca que é reconhecido no mercado,


mas foi gerado ao longo da vida da empresa. Outros exemplos são listas de
clientes e títulos editoriais.

Esse tipo de ágio não deve ser reconhecido como ativo pela empresa,
porque não é um recurso identificável, não é separável nem advém de
direitos contratuais ou outros direitos legais adquiridos pela entidade. Não
pode ser mensurado ao custo com confiabilidade, embora haja avaliação de
mercado.
Caso uma marca seja vendida, quem a comprar poderá reconhecê-la como
intangível.

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1.7 - Ativo intangível gerado internamente

O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos


diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do
ativo para ser capaz de funcionar.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis:

 gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do


ativo intangível;
 custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo
intangível;
 taxas de registro de direito legal; e
 amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo
intangível.

1.8 - Pesquisa e Desenvolvimento

Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de


adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros


conhecimentos em plano ou projeto visando à produção de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou
do seu uso.

Durante a Pesquisa

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido.

Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

Exemplos de atividades de pesquisa:


 atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
 busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de
pesquisa ou outros conhecimentos;
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 busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,


sistemas ou serviços; e
 formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis
para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços
novos ou aperfeiçoados.

Durante o desenvolvimento

Um ativo intangível resultante de desenvolvimento pode ser reconhecido


somente se todos os aspectos forem atendidos:

 viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
 intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
 capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
 forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.
Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de
mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo
intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
 disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e
 capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

Na fase de desenvolvimento a entidade pode identificar um ativo intangível e


demonstrar que este gerará prováveis benefícios econômicos futuros.

Exemplos de atividades de desenvolvimento:


 projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou
pré-utilização;
 projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova
tecnologia;
 projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja
em escala economicamente viável para produção comercial; e
 projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou
aperfeiçoados.
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Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de


desenvolvimento, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido
apenas na fase de pesquisa, portanto, tratado como despesa.

Os gastos subsequentes de projeto de pesquisa e desenvolvimento em


andamento, adquirido separadamente ou em uma combinação de negócios e
reconhecido como ativo intangível, devem ser reconhecidos da seguinte
maneira:

 gastos de pesquisa – são despesa quando incorridos;


 gastos de desenvolvimento que não atendem aos critérios de
reconhecimento como ativo intangível são despesas quando incorridos;
 gastos de desenvolvimento que atendam os critérios de
reconhecimento são adicionados ao valor contábil do projeto de pesquisa
ou desenvolvimento em andamento adquirido.

Durante pesquisa
Tudo é despesa, não se reconhece intangível.

Durante o desenvolvimento
Intangível pode ser reconhecido se atendidas as
condições

1.9 - Despesa anterior

Gastos com um item intangível reconhecidos inicialmente como despesa não


devem ser reconhecidos como parte do custo de ativo intangível em data
subsequente.

1.10 - Método de custo

Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado


ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.

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A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.

 Vida útil definida deve ser amortizado.


 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros


direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser
menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo.

Ativo intangível com vida útil definida

A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver


disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.

A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido


para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para
venda, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.

O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade


dos benefícios econômicos futuros.

Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser
utilizado o método linear.

A despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no


resultado, a não ser que outra norma contábil permita ou exija a sua inclusão
no valor contábil de outro ativo.

A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No entanto,


por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são
absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a amortização faz
parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por
exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados em processo de
produção faz parte do valor contábil dos estoques.

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Valor residual
Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida
é zero, a não ser que:
 haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final da sua vida
útil;
ou
 exista mercado ativo para ele e:
 o valor residual possa ser determinado em relação a esse
mercado; e
 seja provável que esse mercado continuará a existir ao final da
vida útil do ativo.

O valor residual de ativo intangível pode ser aumentado.

A despesa de amortização de ativo intangível será zero enquanto o valor


residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.

O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil definida


devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Caso a vida útil
prevista do ativo seja diferente de estimativas anteriores, o prazo de
amortização deve ser devidamente alterado.

Se houver alteração no padrão de consumo previsto, o método de amortização


deve ser alterado para refletir essa mudança. Tais mudanças devem ser
registradas como mudanças nas estimativas contábeis.

Ativo intangível com vida útil indefinida

Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
A entidade deve efetuar o teste de recuperabilidade anualmente e sempre
que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.

1.11 - Baixa e alienação


O ativo intangível deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando
não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou
alienação.

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2 - Arrendamento Mercantil - CPC 06 - CFC 1304/10

Vamos lá! A partir de agora, nas aulas sobre os CPCs, eu trarei para vocês
apenas os aspectos principais do assunto, pois não adianta ficarmos tentando
absorver todo o texto. Quem estiver com folga, pode ler os pronunciamentos,
pois isso vai ajudar. Mais importante é sabermos a base teórica e a forma
como são feitos os lançamentos.

2.1 - Objetivo e alcance do CPC 06

Estabelecer, para arrendatários e arrendadores, políticas contábeis e


divulgações apropriadas para arrendamentos mercantis.

 Arrendatário – é a parte que recebe o bem


 Arrendador – é a parte que compra ou produz o bem e
o disponibiliza para o arrendatário

Aplica-se a todas as operações de arrendamento mercantil (leasing) exceto:

 arrendamentos mercantis para explorar ou usar minério, petróleo, gás


natural e recursos similares não regeneráveis;
 acordos de licenciamento para fitas cinematográficas, registros de vídeo,
peças de teatro, manuscritos, patentes e direitos autorais (copyrights).
 propriedade detida por arrendatário que seja contabilizada como
propriedade de investimento;
 propriedade de investimento fornecida pelos arrendadores sob a forma
de arrendamentos mercantis operacionais;
 ativos biológicos detidos por arrendatários sob a forma de
arrendamentos mercantis financeiros ou operacionais;
 acordos que sejam contratos de serviço que não transfiram o direito de
usar os ativos de uma parte contratante para a outra.

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Aplica-se no caso de contratos de serviço que transfiram o direito de usar


ativos mesmo que existam serviços substanciais relativos ao funcionamento ou
à manutenção de tais ativos prestados pelos arrendadores.

2.2 - Conceitos

Arrendamento mercantil

Acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um


pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período
de tempo acordado.

Inclui contratos para o aluguel de ativo deem ao arrendatário a opção de


adquirir o ativo após o cumprimento das condições acordadas (contratos de
aluguel-compra).

Arrendamento mercantil financeiro

Deve haver transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à


propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser
transferido.

Arrendamento mercantil operacional

Qualquer outro arrendamento mercantil que não seja classificado como


financeiro, ou seja: para ser operacional não pode haver transferência dos
riscos e benefícios do ativo.

Arrendamento não cancelável

É um arrendamento mercantil que é cancelável apenas:

 após a ocorrência de alguma contingência remota;


 com a permissão do arrendador;
 se o arrendatário contratar um novo arrendamento para o mesmo ativo
ou equivalente com o mesmo arrendador; ou
 após o pagamento pelo arrendatário de uma quantia adicional tal que, no
já início do arrendamento, seja improvável que esse pagamento não
venha a ocorrer.

Como podem ver, não cancelável, na verdade, quer dizer: de difícil


cancelamento.
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Início do arrendamento mercantil

Data mais antiga entre data do acordo (contrato) de arrendamento e a data de


um compromisso assumido pelas partes.

Na data de início:

 o arrendamento deve ser classificado como financeiro ou operacional;


 no caso de arrendamento financeiro, as quantias a reconhecer devem ser
determinadas.

Começo do prazo do arrendamento mercantil

Data a partir da qual o arrendatário passa a poder exercer o seu direito de


usar o ativo arrendado, e também do reconhecimento inicial do arrendamento.

Pagamentos mínimos

São os pagamentos a que o arrendatário está ou estará obrigado a fazer


durante o prazo do arrendamento.

Não estão incluídos nesse conceito pagamentos ou abatimentos a seguir:

 pagamento contingente
 custos relativos a serviços e impostos a serem pagos pelo arrendador e a
ele serem reembolsados
 quaisquer quantias garantidas pelo arrendatário ou por parte relacionada
a ele
 qualquer valor residual garantido ao arrendador
 pelo arrendatário;
 por parte relacionada com o arrendatário; ou
 por terceiro não relacionado com o arrendador que seja
financeiramente capaz de dar cumprimento às obrigações segundo a
garantia.

O pagamento necessário para se exercer a opção de compra fará parte dos


pagamentos mínimos na seguinte situação:

 se o arrendatário tiver a opção de comprar o ativo por um preço


suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção
se torne exercível;
 se no início do contrato for razoavelmente certo que a opção será
exercida;
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Vida econômica

 período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente


utilizável por um ou mais usuários
 número de unidades de produção que um ou mais usuários esperam
obter do ativo.

Vida útil

Inicia-se no começo do prazo do arrendamento, não estando limitado a ele. É o


prazo durante o qual se espera que os benefícios econômicos incorporados no
ativo sejam consumidos pela entidade.

Valor residual garantido

Para o arrendatário, é a parte do valor residual que seja garantida por ele, ou
por parte relacionada a ele.

Para o arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo


arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador.

Valor residual não garantido

Parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não
esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada
com o arrendador.

Custos diretos iniciais

Custos de negociação e estruturação do arrendamento, exceto os custos


incorridos pelos arrendadores que são fabricantes ou comerciantes.

Investimento bruto no arrendamento

É a soma dos pagamentos mínimos do arrendamento e de qualquer valor


residual não garantido atribuído ao arrendador.

Investimento líquido no arrendamento

É o investimento bruto descontado à taxa de juros implícita no arrendamento.

Receita financeira não realizada

É a diferença entre o investimento bruto e o investimento líquido.

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Taxa de juros implícita

É a taxa que, no início do arrendamento faz com que:

valor presente dos pagamentos mínimos + valor residual não garantido

seja igual a

valor justo do ativo + quaisquer custos diretos do arrendador.

Taxa de juros incremental

É taxa que o arrendatário teria de pagar num arrendamento semelhante ou


incorreria ao pedir emprestado por prazo semelhante, e com segurança
semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo.

Pagamento contingente

Pagamento baseado na quantia futura de um fator que se altera sem ser pela
passagem do tempo (por exemplo, percentual de vendas futuras, quantidade
de uso futuro, índices de preços futuros, taxas futuras de juros do mercado).

2.3 - Classificação do arrendamento mercantil

Um arrendamento deve ser classificado como financeiro se ele transferir


substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Um arrendamento deve ser classificado como operacional se ele NÃO


transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.

Pode existir situação em que o mesmo arrendamento seja classificado


diferentemente por arrendador e por arrendatário.

A classificação do arrendamento depende da essência da transação e não da


forma do contrato.

Situações que, individualmente ou em conjunto, podem fazer com que o


arrendamento mercantil seja classificado como financeiro:

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 o arrendamento transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no


fim do prazo do arrendamento mercantil;
 o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se
espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em
que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento
mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida;
 o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida;
 no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos
substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e
 os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.
 se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do
arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo
arrendatário;
 os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são
atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que
equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento
mercantil); e
 o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil
por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente
inferiores ao valor de mercado.

Esses indicadores nem sempre são conclusivos. Se for claro com base em
outras características que o arrendamento não transfere
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, o
arrendamento deve ser classificado como operacional.

A classificação ser feita no início do arrendamento mercantil. Se houver


modificação dos termos que resulte em modificação da classificação, será
considerado como novo contrato. Isso não se aplica na renovação, quando,
de qualquer forma haverá novo contrato.

O arrendatário pode classificar uma propriedade detida por arrendamento


operacional como propriedade para investimento. Se assim fizer, a propriedade
deve ser contabilizada como arrendamento financeiro e avaliada a valor justo
deve ser aplicado ao ativo reconhecido.

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O arrendatário deve continuar a contabilizar como arrendamento financeiro,


mesmo que um evento posterior altere a natureza do interesse na propriedade
e ela já não esteja mais classificada como investimento.

Reconhecimento inicial do arrendamento operacional


classificado como propriedade para investimento:
Valor Justo, apenas.
E o arrendamento deve ser contabilizado como
financeiro.

Um subarrendamento deve ser contabilizado pelo arrendatário como


arrendamento financeiro, embora possa ser contabilizado como operacional
pelo terceiro.

2.4 – Arrendamento Financeiro no Arrendatário

No começo do prazo, os arrendatários devem reconhecer os


arrendamentos financeiros como ativos e passivos por quantias iguais ao
valor justo da propriedade arrendada ou ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil, dos dois o menor .

Reconhecimento inicial do arrendamento financeiro:


O menor valor entre:
Valor Justo e Valor presente dos pagtos mínimos.

A taxa para cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos deve ser a taxa
de juros implícita no arrendamento. Se não for possível determinar essa taxa,
deve ser usada a taxa incremental do arrendatário.

Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à


quantia reconhecida como ativo, e essa é a única situação em que ativo e
passivo serão reconhecidos por valores diferentes.

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Custos iniciais de negociação e de garantia de acordos (contratos), se


identificados como diretamente atribuíveis ao arrendamento financeiro, devem
ser adicionados ao montante reconhecido como ativo.

Mensuração subsequente

Os pagamentos mínimos devem ser segregados entre encargo financeiro e


redução do passivo em aberto (juros e amortização do principal). Os juros
devem ser apropriados a cada período. Os pagamentos contingentes devem
ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos.

O ativo oriundo de arrendamento financeiro deve ser depreciado ou


amortizado com a mesma política aplicada aos demais ativos da entidade.
Deve, também, ser submetido ao teste de recuperabilidade.

Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a


propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser
totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da
sua vida útil, o que for menor.

Raramente a soma da despesa de depreciação e da despesa financeira do


período é igual ao pagamento da prestação. Por conseguinte, é improvável que
o ativo e o passivo relacionado sejam de valor igual após o começo do prazo
do arrendamento mercantil.

Divulgação

Os arrendatários, além de cumprir os requisitos CPC 40 – Instrumentos


Financeiros, devem divulgar para os arrendamentos financeiros:

 para cada categoria de ativo, valor contábil líquido ao final do período;

 total dos futuros pagamentos mínimos e seu valor presente:


 até um ano;
 mais de um ano e até cinco anos;
 mais de cinco anos;

 pagamentos contingentes reconhecidos como despesa no período;

 valor dos futuros pagamentos mínimos de subarrendamento que se


espera que sejam recebidos;

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 descrição geral dos acordos de arrendamento incluindo, o seguinte:


 base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar;
 condições de opções de renovação, compra e reajuste; e
 restrições relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio,
dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

Exemplo

A sociedade arrendatária fecha um contrato para arrendamento mercantil de


um caminhão, junto a um banco. Os riscos e benefícios inerentes à
propriedade do veículo são considerados substancialmente transferidos à
sociedade. Isto posto, o leasing é contabilizado como financeiro.

O valor do bem para compra à vista no mercado (valor justo) é de 360. O


valor contratado foi de 450, a ser pago em 30 parcelas de 15. Juros na
operação: 90, ou seja, 3 por mês. A depreciação mensal foi calculada em 20.

O bem deve ser reconhecido no ativo do arrendatário pelo seu valor justo, ou
pelo valor presente se este for menor. No nosso caso os dois são iguais. O
correto é dividir os valores em curto prazo e longo prazo, de acordo com o
vencimento das parcelas. Para fins didáticos vamos tratar o curto prazo.

Vamos aos lançamentos

Na contratação do arrendamento:
D Caminhões 360
D Encargos Financiamento (retific. arrendamento) 90
C Arrendamento Financeiro PC 450

No pagamento da primeira parcela:


D Arrendamento Financeiro PC 15
C Caixa 15

No reconhecimento da despesa do primeiro mês:


D Despesas de juros 3
C Encargos Financiamento (retific. arrendamento) 3

Na depreciação mensal do bem


D Despesa de depreciação
C Depreciação acumulada 20

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O encargo financeiro deve ser apropriado a cada período durante o prazo do


arrendamento mercantil de forma a produzir uma taxa de juros periódica
constante sobre o saldo remanescente do passivo.

O bem deve ser normalmente depreciado no arrendatário, e está sujeito ao


teste de recuperabilidade.

2.5 – Arrendamento Operacional no arrendatário

Os pagamentos da prestação do arrendamento operacional, pelo arrendatário,


devem ser reconhecidos como despesa na base da linha reta durante o prazo
do arrendamento mercantil, exceto se outra base sistemática for mais
representativa do padrão temporal do benefício do usuário (mesmo que os
pagamentos continuem sendo feitos em linha reta). Ou seja, o reconhecimento
é proporcional ao prazo do contrato, independentemente da data de
pagamento.

Divulgação

Os arrendatários, além de cumprir os requisitos CPC 40 – Instrumentos


Financeiros, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos
operacionais:

 total dos futuros pagamentos mínimos:


 até um ano;
 mais de um ano e até cinco anos;
 mais de cinco anos;
 total dos pagamentos mínimos futuros de subarrendamento que se
espera receber;
 pagamentos de arrendamento e de subarrendamento reconhecidos como
despesa do período, separados em
 pagamentos de arrendamento
 pagamentos contingentes
 pagamentos de subarrendamento
 descrição geral dos acordos de arrendamento incluindo, o seguinte:
 base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar;
 condições de opções de renovação, compra e reajuste; e
 restrições relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio,
dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

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Exemplo

A sociedade arrendatária fecha contrato de arrendamento operacional por um


ano, de uma máquina a ser utilizada em seu processo industrial. O valor do
bem é 4800. Sua vida útil é de quatro anos, sem valor residual. O arrendatário
pagará ao arrendador a quantia mensal de 90. A parcela será paga no mês
seguinte ao de utilização.

Lançamentos no arrendatário

No reconhecimento da despesa incorrida:


D Despesa de arrendamento
C Despesa de arrendamento a pagar (PC) 90

No pagamento:
D Despesa de arrendamento a pagar (PC)
C Caixa 90

2.6 - Arrendamento Financeiro no Arrendador

Reconhecimento inicial

Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento


financeiro como conta a receber por valor igual ao investimento líquido.

Os pagamentos do arrendamento mercantil a serem recebidos são tratados


pelo arrendador como amortização de capital e receita financeira, referentes ao
investimento e serviços por ele prestados.

São incluídos no valor do ativo:

 custos diretos
 comissões
 honorários legais
 custos internos diretamente atribuíveis à negociação e estruturação do
arrendamento .

Não são incluídos no valor do ativo:

 Gastos gerais por equipe de vendas


 Gastos com marketing.

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A taxa de juros implícita no arrendamento mercantil deve ser definida de tal


forma que os custos diretos iniciais sejam automaticamente incluídos na conta
a receber de arrendamento mercantil financeiro e não haja necessidade de
adicioná-los separadamente.

Se o arrendador for fabricante ou comerciante deve reconhecer o


arrendamento financeiro de maneira semelhante à que reconhece uma
venda.

Os custos incorridos pelos arrendadores que forem fabricantes ou


comerciantes, relacionados com a negociação e a estruturação de um
arrendamento mercantil estão excluídos da definição de custos diretos
iniciais.

Logo, os referidos custos devem ser excluídos do investimento líquido no


arrendamento e devem ser reconhecidos como despesa quando o lucro da
venda for reconhecido.

Normalmente, em um arrendamento financeiro, esse lucro é reconhecido no


começo do prazo do arrendamento mercantil.

Mensuração subsequente

O reconhecimento da receita financeira deve ser feito de forma proporcional


durante o prazo do arrendamento. Os pagamentos recebidos são reconhecidos
e baixados contra a o investimento e a contra a receita a realizar.

Um ativo objeto de um arrendamento financeiro que for classificado como


mantido para venda deve seguir as normas para esse tipo de ativo.

Divulgação

Os arrendadores, além de cumprirem o CPC 40, devem fazer as seguintes


divulgações:

 conciliação entre o investimento bruto no final do período e o valor


presente dos pagamentos mínimos a receber
 valores investidos e a receber separados:
 até um ano;
 mais de um ano e até cinco anos;
 mais de cinco anos;
 receita financeira não realizada;

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 valores residuais não garantidos que resultem em benefício do


arrendador;
 provisão para pagamentos mínimos incobráveis;
 pagamentos contingentes reconhecidos como receita durante o período;
 descrição geral dos acordos de arrendamento;
 informações sobre novos negócios no período.

Exemplo

A sociedade arrendadora, um banco, fecha um contrato para arrendamento


mercantil de um caminhão a uma empresa comercial. Os riscos e benefícios
inerentes à propriedade do veículo são considerados substancialmente
transferidos à sociedade comercial arrendatária. Isto posto, o leasing é
contabilizado como financeiro. O banco compra o caminhão à vista e passa
para o arrendatário.

O valor do bem para compra à vista no mercado (valor justo) é de 360. O


valor contratado foi de 450, a ser pago em 30 parcelas de 15. Juros na
operação: 90, ou seja, 3 por mês. A depreciação mensal foi calculada em 20. A
prestação vence no final do mesmo mês a que se refere.

O bem deve ser reconhecido no ativo do arrendatário. O correto é dividir os


valores em curto prazo e longo prazo, de acordo com o vencimento das
parcelas. Para fins didáticos vamos tratar o curto prazo.

Vamos aos lançamentos

Na contratação do arrendamento:
D Arrendamento a receber AC 450
C Juros a apropriar (retificadora arrend. AC) 90
C Caixa 360

No recebimento da parcela:
D Caixa 15
C Arrendamento a receber AC 15

No reconhecimento da receita do mês:


D Juros a apropriar (retificadora arrend. AC) 3
C Receita de juros 3

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O encargo financeiro deve ser apropriado a cada período de forma a produzir


uma taxa de juros periódica constante e valores de amortização constantes.
Isso é o que chamamos de “reconhecer na base da linha reta”.

2.7 - Arrendamento operacional no arrendador

Os arrendadores devem reconhecer os ativos arrendados nos seus balanços.

A receita de arrendamentos operacionais deve ser reconhecida no resultado na


base da linha reta durante o prazo do arrendamento, a menos que outra base
sistemática seja mais representativa. Esse reconhecimento independe da data
de pagamento.

Os custos de negociação e transação, incorridos na obtenção da receita de


arrendamento mercantil devem ser acrescidos ao valor do ativo e devem ser
reconhecidos como despesa ao longo do tempo..

A política de depreciação ou amortização dos ativos arrendados deve ser a


política normal do arrendador para ativos semelhantes.

Os ativos arrendados estão sujeitos ao teste de recuperabilidade.

O arrendador, se for fabricante ou o comerciante não deve reconhecer


qualquer lucro da venda ao celebrar um arrendamento mercantil operacional
porque não esse contrato não é o equivalente a uma venda.

Divulgação

Os arrendadores, além de cumprir os requisitos CPC 40, devem fazer as


seguintes divulgações:

 pagamentos mínimos futuros de arrendamentos mercantis operacionais


não canceláveis no total e para cada um dos seguintes períodos:
 até um ano;
 mais de um ano e até cinco anos;
 mais de cinco anos;
 total dos pagamentos contingentes reconhecidos como receita durante o
período;
 descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil do arrendador.

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Exemplo

A sociedade arrendadora adquire, à vista, uma máquina e passa ao


arrendatário por contrato na modalidade operacional. O valor do bem é 4800.
Sua vida útil é de quatro anos, sem valor residual. O arrendador receberá a
quantia mensal de 90 pelo arrendamento que foi feito pelo prazo de 1 ano. As
parcelas são recebidas no mesmo mês a que se referem.

Lançamentos no arrendador

Na aquisição do bem:

D Imobilizado – Máquina
C Caixa 4800

Na depreciação mensal do bem

D Despesa de depreciação
C Depreciação acumulada 200

No recebimento da parcela mensal

D Caixa
C Receita de arrendamento 90

2.8 - Venda e leaseback ou retroarrendamento

Envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento do mesmo


ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e
o preço de venda são geralmente relacionados por serem negociados como um
pacote.

O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do


tipo de arrendamento mercantil envolvido.

Se resultar em arrendamento financeiro, qualquer excesso de receita de


venda obtido acima do valor contábil não deve ser imediatamente
reconhecido como receita por um vendedor-arrendatário. Em vez disso, tal
valor deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento
mercantil.

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3 - CPC 28 Investimentos CFC 1178/09.

3.1 - Objetivo e alcance

O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil de


propriedades para investimento e respectivos requisitos de divulgação.

Deve ser aplicado no reconhecimento, mensuração e divulgação de


propriedades para investimento.

Este Pronunciamento não trata de assuntos cobertos pelo Pronunciamento


Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil, incluindo.

Este Pronunciamento não se aplica a:

 ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola; e


 direitos sobre reservas minerais tais como carvão mineral, petróleo, gás
natural e recursos semelhantes não renováveis.

3.2 - Definições

Propriedade para investimento

É a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos)


mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro)
para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não
para:

 Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para


finalidades administrativas; ou
 Venda no curso ordinário do negócio.

Propriedade ocupada pelo proprietário

Propriedade mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário sob


arrendamento financeiro) para uso na produção ou fornecimento de bens ou
serviços ou para finalidades administrativas.

As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para


valorização do capital ou para ambas, e por isso classificadas no subgrupo

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Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante. Isso distingue as propriedades


para investimento de propriedades ocupadas pelos proprietários.

Exemplos de itens que não são propriedades para investimento, estando, por
isso, fora do alcance deste Pronunciamento:

 Propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou


em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda;
 Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros;
 Propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para uso
futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida
para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade
ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados
(paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada
pelo proprietário no aguardo de alienação;
 Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.

Algumas propriedades compreendem uma parte que é mantida para obter


rendimentos ou para valorização de capital e outra parte que é mantida para
uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas. Se essas partes puderem ser vendidas separadamente, a
entidade contabiliza as partes separadamente.

Se as partes não puderem ser vendidas separadamente, a propriedade só é


propriedade para investimento se uma parte insignificante for mantida para
uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas.

Se a entidade proporciona serviços de apoio aos ocupantes da propriedade


que ela mantém, deve tratá-la como propriedade para investimento se os
serviços forem insignificantes em relação ao acordo como um todo.

Se os serviços prestados são significativos.A propriedade é propriedade


ocupada pelo proprietário e não propriedade para investimento.

3.3 - Reconhecimento

A propriedade para investimento deve ser reconhecida somente quando:

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 for provável que os benefícios econômicos futuros associados à


propriedade para investimento fluirão para a entidade; e
 o custo da propriedade para investimento possa ser mensurado
confiavelmente.

A propriedade para investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu


custo. Os custos de transação devem ser incluídos na mensuração inicial.

Os dispêndios diretamente atribuíveis incluem, por exemplo, as


remunerações profissionais de serviços legais, impostos de transferência de
propriedade e outros custos de transação.

O custo de uma propriedade para investimento não é aumentado por:

 custos de início de atividades (start-up) (a não ser que sejam


necessários para trazer a propriedade à condição necessária para que
seja capaz de funcionar da forma pretendida pela administração);
 perdas operacionais incorridas antes de a propriedade para investimento
ter atingido o nível de ocupação previsto; ou
 quantidades anormais de material, mão-de-obra ou outros recursos
consumidos incorridos na construção ou desenvolvimento da
propriedade.

Se o pagamento de uma propriedade para investimento for a prazo, o seu


custo é o equivalente ao valor à vista. A diferença entre esta quantia e os
pagamentos totais é reconhecida como despesa financeira durante o período
do crédito.

Mensuração após reconhecimento

A entidade deve escolher como sua política contábil ou o método do valor


justo ou o método do custo e deve aplicar essa política a todas as suas
propriedades para investimento.

Uma alteração voluntária na política contábil deve ser feita apenas se a


alteração resultar numa apresentação mais apropriada das operações, de
outros acontecimentos ou de condições nas demonstrações contábeis da
entidade. É altamente improvável que uma alteração do método do valor
justo para o método do custo resulte numa apresentação mais apropriada.

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A entidade pode:

 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as


propriedades para investimento que suportem passivos que pagam
retorno diretamente associado ao valor justo de, ou aos retornos de
ativos especificados incluindo essa propriedade para investimento; e
 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as
restantes propriedades para investimento, independentemente da
escolha feita no item anterior.

Método do valor justo

O ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de propriedade


para investimento deve ser reconhecido no resultado do período em que
ocorra.

A entidade determina o valor justo sem qualquer dedução para custos de


transação em que possa incorrer por venda ou outra alienação.

O valor justo da propriedade para investimento deve refletir as condições de


mercado à data do período de reporte.

O valor justo é específico no tempo em uma data determinada. Pelo fato de


as condições de mercado poderem mudar, a quantia relatada como valor
justo pode ser incorreta ou não ser apropriada se estimada em outro
momento. A definição de valor justo assume também troca simultânea e
término do contrato de venda sem qualquer variação de preço que pudesse
ser realizado entre partes conhecedoras e dispostas a isso em uma transação
em que não exista relacionamento entre elas se a troca e o término não
forem simultâneos.

Na ausência de preços correntes em mercado ativo do gênero, a entidade


considera a informação proveniente de uma variedade de fontes, incluindo:

 preços correntes em mercado ativo de propriedades de diferente


natureza, condição ou localização, ajustados para refletir essas
diferenças;

 preços recentes de propriedades semelhantes em mercados menos


ativos, com ajustes para refletir quaisquer; e

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 projeções de fluxos de caixa descontados com base em estimativas


confiáveis de futuros fluxos de caixa.

O valor justo difere do valor de uso, definido no CPC 01 – Redução ao Valor


Recuperável de Ativos. O valor justo reflete o conhecimento e as estimativas
de compradores e vendedores conhecedores do negócio e interessados nele.
Em contraste, o valor de uso reflete as estimativas da entidade, incluindo os
efeitos de fatores que podem ser específicos da entidade e não aplicáveis às
entidades em geral.

Por exemplo, o valor justo não reflete qualquer dos seguintes:

 valor adicional derivado da criação de carteira de propriedades;


 sinergias entre propriedades para investimento e outros ativos;
 direitos legais ou restrições legais que somente sejam específicos ao
proprietário atual;
 benefícios de impostos ou encargos fiscais que sejam específicos ao
proprietário atual.
Ao determinar o valor justo da propriedade, não se contam duplamente
ativos ou passivos que estejam reconhecidos separadamente. Por exemplo,
elevador ou ar-condicionado, são muitas vezes partes integrantes de edifício
e estão geralmente incluídos no valor justo da propriedade para
investimento, não sendo reconhecidos separadamente como ativos
imobilizados. Caso um equipamento esteja reconhecido separadamente, ele
não será incluído no valor justo.

Incapacidade de determinar confiavelmente o valor justo

Há presunção de que a entidade pode confiavelmente determinar o valor


justo de propriedade para investimento em uma base contínua. Porém, em
casos excepcionais, por exemplo, quando a entidade adquire pela primeira
vez uma propriedade para investimento ou uma propriedade em construção,
há clara evidência de que o valor justo não é determinável com confiabilidade
em uma base contínua. Se a entidade conclui que o valor justo não é
determinável com confiabilidade, deve utilizar métodos alternativos, previstos
em outros pronunciamentos.

Se a entidade tiver previamente mensurado a propriedade para investimento


pelo valor justo, ela deve continuar a mensurar a propriedade pelo valor justo

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até a alienação ou até que a deixe de ser classificada como propriedade para
investimento.

Método do custo

Após o reconhecimento inicial, a entidade que escolher o método do custo


deve mensurar todas as suas propriedades para investimento de acordo com
os requisitos do método, exceto aquelas que satisfaçam os critérios de
classificação como mantidas para venda ou que estejam incluídas em grupo
para alienação que esteja classificado como mantido para venda, que devem
ser mensuradas de acordo com CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada.

Transferência (Mudança na classificação)

A mudança de classificação em propriedades para investimento deve ocorrer


apenas quando houver alteração de uso, evidenciada pelo seguinte:

 início de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade


para investimento para propriedade ocupada pelo proprietário;
 início de desenvolvimento com objetivo de venda, para transferência de
propriedade para investimento para estoque;
 fim de ocupação pelo proprietário, para transferência de propriedade
ocupada pelo proprietário para propriedade para investimento;
 começo de arrendamento operacional para outra entidade, para
transferência de estoques para propriedade para investimento; ou

3.4 - Alienação

A propriedade para investimento deve ser baixada na alienação ou quando a


propriedade para investimento for permanentemente retirada de uso e
nenhum benefício econômico for esperado da sua alienação.

A alienação de propriedade para investimento pode ocorrer por venda ou


arrendamento financeiro.

Se a entidade reconhecer no valor contábil de ativo o custo de substituição de


parte de propriedade para investimento, então ela baixa o valor contábil da
parte substituída.

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Ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de propriedades


para investimento devem ser determinados como a diferença entre os valores
líquidos da alienação e o valor contábil do ativo e devem ser reconhecidos no
resultado no período da retirada ou da alienação, exceto no caso de
leaseback, que como já vimos, segue regras específicas.

A indenização de terceiros para propriedade para investimento, que tenha


sofrido redução no valor recuperável, perda ou que tenha sido cedida deve
ser reconhecida no resultado quando se tornar recebível.

3.5 - Divulgação

Tanto para valor justo como método do custo, a entidade deve divulgar:

 se aplica o método do valor justo ou o método do custo;


 se valor justo, as circunstâncias em que os interesses em propriedade
mantidos em arrendamentos operacionais são classificados e
contabilizados como propriedade para investimento;
 quando a classificação for difícil, os critérios que usa para distinguir
propriedades para investimento de propriedades ocupadas pelo
proprietário e de propriedades mantidas para venda no curso ordinário
dos negócios;
 os métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do
valor justo de propriedade para investimento;
 a extensão até a qual o valor justo da propriedade para investimento
se baseia em avaliação de avaliador independente. Se não tiver havido
tal avaliação, esse fato deve ser divulgado;
 as quantias reconhecidas no resultado para:
 lucros de rendas de propriedade para investimento;
 gastos operacionais diretos para investimento que tenham gerado
rendas durante o período;
 gastos operacionais diretos para investimento que não tenham
gerado rendas durante o período; e
 a alteração cumulativa no valor justo reconhecido nos resultados
com a venda de propriedade para investimento.
 a existência e quantias de restrições sobre a capacidade de
realização de propriedades para investimento ou a remessa de lucros
e recebimentos de alienação;

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 obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver


propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou
aumentos.

Só para os casos de valor justo

Além das divulgações comuns, deve divulgar o seguinte:

 adições, divulgando separadamente as adições resultantes de


aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente reconhecido no
valor contábil do ativo;
 adições que resultem de aquisições por intermédio de combinação de
negócios;
 ativos classificados como detidos para venda ou incluídos em grupo
para alienação classificado como detido para venda;
 ganhos ou perdas líquidos provenientes de ajustes de valor justo;
 diferenças cambiais líquidas resultantes da conversão das
demonstrações contábeis para outra moeda de apresentação, e da
conversão de unidade operacional estrangeira para a moeda de
apresentação da entidade que relata;
 transferências para e de estoque e propriedade ocupada pelo
proprietário; e
 outras alterações.

Só para os casos de método do custo

Além das divulgações comuns, deve divulgar o seguinte:

 os métodos de depreciação usados;


 as vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas;

 o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (agregada com as


perdas por impairment acumuladas) no início e no fim do período;
 a conciliação do valor contábil da propriedade para investimento no
início e no fim do período, mostrando o seguinte:

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 adições, divulgando separadamente as adições que resultem de


aquisições e as que resultem de dispêndio subseqüente reconhecido
como ativo;
 adições que resultem de aquisições por intermédio de combinação
de negócios;
 ativos classificados como detidos para venda ou incluídos em grupo
para alienação classificado como detido para venda de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para
Venda e Operação Descontinuada e outras alienações;
 depreciação;
 a quantia de perdas por impairment;
 diferenças cambiais líquidas resultantes da conversão das
demonstrações contábeis para outra moeda de apresentação, e da
conversão de unidade operacional estrangeira para a moeda de
apresentação da entidade que relata;
 transferências para e de estoques e propriedade ocupada pelo
proprietário; e
 outras alterações; e
 o valor justo das propriedades para investimento.

Agora, vamos treinar!

Poucas questões da Esaf, mas completaremos com outras. Não deixem de


fazer todas.

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Exercícios Resolvidos

1 – Esaf 2013 Contador MF - No registro dos bens intangíveis como ativo da


entidade, deve ser observado, exceto:
a) a mensuração com segurança do custo do ativo é condição necessária para
o seu reconhecimento.
b) o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura também deve ser
reconhecido como ativo.
c) os valores da amortização ou perdas sofridas pelo ativo devem ser levados
em conta no reconhecimento do ativo intangível.
d) os critérios de mensuração dos ativos recebidos a título gratuito devem ser
explicitados nas notas explicativas ao balanço.
e) quando houver a possibilidade de geração de benefícios futuros, os gastos
realizados posteriormente à aquisição do ativo devem ser incorporados ao
valor do ativo.

Para acertar essa questão, você apenas precisava saber que o good will nem
sempre é reconhecido como ativo. É o que acontece nos casos de good will
gerado internamente, que não pode ser reconhecido.

Vamos aproveitar para rever as características do Goodwill:


Não sofre amortização.
Está sujeito ao teste de recuperabilidade.
No Balanço Individual:
Classifica-se em ANC Investimentos se não for identificável.
Classifica-se em ANC Intangível se for identificável.
No Balanço Consolidado
Classifica-se em ANC Intangível, sempre.
Se nada for falado, classificamos no investimento.

Goodwill

Gerado internamente: não é reconhecido.


Adquirido de terceiros: é reconhecido.

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O Ágio por expectativa de rentabilidade futura ou goodwill pago ou adquirido


de terceiros não é passível de amortização, e está sujeito ao teste de
recuperabilidade anualmente.

A literalidade da 6404 classifica todo fundo de comércio no Ativo Intangível.

As demais alternativas estão corretas. Notem que a alternativa B é bastante


escorregadia. Poderia ser dada como certa em outro contexto? Sim, poderia.
Mas em casos como esse, muito comuns em provas da Esaf, temos que
verificar se as outras alternativas estão mais certas do que essa, ou se existe
alguma mais errada. Infelizmente, a Esaf age muito assim. O que está meio
certo pode ser certo. E o que está meio errado pode ser errado. Eles nunca dão
todos os detalhes.

Gaba: B

2 – Esaf 2012 STN - O excedente de preço de venda obtido sobre o valor


contábil de um leaseback enquadrado como arrendamento mercantil financeiro
é uma
a) despesa diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento
mercantil.
b) receita financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em
que a operação for realizada.
c) complementação do valor do ativo que deve ser incorporado ao valor do
imobilizado e ter seu valor recuperável avaliado.
d) despesa financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em
que a operação for realizada.
e) receita diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento
mercantil.

Essa veio bastante simples, praticamente a literalidade do CPC. Vamos rever o


quadro resumo do arrendamento, e verificar o que fazer com o valor recebido
acima do valor contábil na venda, no caso de arrendamento financeiro.

Resumo do Arrendamento

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 gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do


ativo intangível;
 custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo
intangível;
 taxas de registro de direito legal; e
 amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo
intangível.

Tomem cuidado para não confundir a relação de gastos atribuíveis ao


intangível gerado internamente, com a relação de gastos atribuíveis ao
intangível adquirido.
Nessa questão o examinador amigo pegou, no texto do CPC, os itens dados
como exemplos de gastos atribuíveis ao intangível gerado internamente e
colocou no meio um item não atribuível aos intangíveis adquiridos.
De qualquer forma: treinamento de pessoal para operar o ativo é despesa, não
vai para o valor do ativo em nenhuma das situações.

Gaba: B

4 – Esaf 2012 STN - O valor desembolsado para o registro de uma nova


patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.

Muito bem. Se você vai registrar uma patente, é porque você está
desenvolvendo um intangível. Logo, vamos nos ater à relação de ativos
desenvolvidos internamente. Nesse caso, temos o seguinte:

Ativo intangível gerado internamente

O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos


diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do
ativo para ser capaz de funcionar.

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Exemplos de custos diretamente atribuíveis:


 gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do
ativo intangível;
 custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo
intangível;
 taxas de registro de direito legal; e
 amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo
intangível.

O valor gasto para registrar a patente vai ser ativado, passando a fazer parte
do intangível que está sendo desenvolvido. Tudo isso, desde que o ativo
obedeça aos critérios de reconhecimento, é claro.

Gaba: B

5 – Esaf 2012 AFRFB - A empresa Biogás S.A. foi contratada pela empresa
Aves S.A. para fornecer gás para sua fábrica de processamento de carnes. A
Biogás S.A. produz gás a partir de biodigestores que transformam resíduos
animais em gás. Como a contratante fica em região sem estrutura, a única
fonte de fornecimento de gás é esta. O produtor de gás não tem interesse em
fornecer para outras empresas, sendo exclusivo o fornecimento para empresa
Aves S.A, por 10 anos. A manutenção, reparos e outros é de responsabilidade
da empresa fornecedora do gás. Nesse caso, pode-se afirmar que esse
contrato representa
a) uma compra de imobilizado, devendo ser reconhecido.
b) uma prestação de serviços, devendo ser reconhecido como despesa.
c) um gasto, podendo ser contabilizado como passivo ou despesas.
d) um acordo que contém um arrendamento.
e) um contrato de imobilizações em andamento, devendo ser reconhecido no
ativo imobilizado.

Temos a descrição de um contrato para fornecimento de equipamentos que


produzirão gás com exclusividade. Em um primeiro olhar, poderíamos ser
levados a encarar como prestação de serviços e despesa. Contudo, devemos
ser sensíveis às demais informações prestadas pelo examinador.
Foi dado um prazo, falou-se em equipamentos, e deixou-se a entender que
esses equipamentos, embora de propriedade do contratado, estariam

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instalados dentro do contratante. E temos, ainda, uma informação adicional:


manutenção a cargo do contratado.

Vejamos então:
Contrato para fornecimento de equipamentos
Equipamentos utilizados no estabelecimento do contratante
Manutenção a cargo do contratado

O que temos?
Arrendamento mercantil operacional.

Na verdade, não é um contrato para fornecimento de gás. Trata-se, sim, de


um contrato para fornecimento de equipamentos que produzirão o gás a partir
de matéria prima fornecida pelo contratante.

Vamos rever o arrendamento?

Arrendamento mercantil

Acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um


pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período
de tempo acordado.

Arrendamento mercantil financeiro

Deve haver transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à


propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser
transferido.

Arrendamento mercantil operacional – Esse é a nossa resposta

Qualquer outro arrendamento mercantil que não seja classificado como


financeiro, ou seja: para ser operacional não pode haver transferência dos
riscos e benefícios do ativo.

Gaba: D

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6 – Esaf 2012 AFRFB - A Cia. Mercúrio inicia em janeiro de 2009 uma


pesquisa para desenvolvimento de um protótipo de captação de energia solar.
Quando concluído, será patenteado pela empresa. Até junho de 2009, a
empresa já havia efetuado diversos gastos com pesquisa no valor de R$
200.000,00. Após essa data, com o avanço do processo de pesquisa, foi
possível definir um critério confiável de controle, acumulação, identificação e
registro do Ativo Intangível. No final de 2009, os gastos da empresa com
pesquisas totalizaram R$ 280.000,00 e o valor recuperável do intangível
incorporado foi de R$ 100.000,00. Com base nas informações fornecidas, o
registro contábil desse evento é:
a) Ativo Intangível
a Disponibilidades
Débito 280.000
Crédito 280.000
b) Despesas
a Disponibilidades
Débito 280.000
Crédito 280.000
c) Ativo Intangível
Despesas
a Disponibilidades
Débito 80.000
200.000
Crédito 280.000
d) Despesas
Ativo Intangível
a Disponibilidades
Débito 80.000
200.000
Crédito 280.000
e) Despesas
Ativo Intangível
Perda por Imparidade
a Disponibilidades
Débito 80.000
100.000
100.000
Crédito 280.000
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Questão que requer o conhecimento sobre o que fazer com os valores


aplicados em pesquisa e desenvolvimento.

Durante pesquisa
Tudo é despesa, não se reconhece intangível.

Durante o desenvolvimento
Intangível pode ser reconhecido se atendidas as
condições

Temos a informação de que foi possível atender às condições de


reconhecimento do intangível e temos os seguintes valores:
200 000 na fase de pesquisa
280 000 de gastos totais
280 000 – 200 000 = 80 000 que vão para o intangível

Se o valor do intangível é 80 000 e seu valor recuperável é 100 000, eu faço


alguma coisa? Não, não faço nada. Lembrem-se do teste de recuperabilidade,
e esqueçam esses 100 000.

Vamos ao lançamento dessa tralha toda

D Despesas 200 000


D Intangível 80 000
C Disponibilidades 280 000

Ou seja, estou construindo um intangível. Tirei 280 do meu caixa e gastei


nesse projeto. Tive 200 de despesas e pude reconhecer 80 como ativo
intangível.

A alternativa que retrata esse lançamento é a letra C. Já vimos antes que a


Esaf gosta de enrolar a representação dos lançamentos, fiquemos atentos.

Gaba: C

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7 - Cespe 2013 ANP - Os ativos intangíveis estão sujeitos à amortização com


base na sua vida útil, que pode sofrer influência tanto de fatores econômicos
quanto de fatores legais. Ativos intangíveis com vida útil indefinida, no
entanto, devem ser amortizados no prazo máximo de dez anos.

Errado.
Ativo intangível com vida útil indefinida
Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
A entidade deve efetuar o teste de recuperabilidade no mínimo
anualmente e também sempre que existam indícios de que o ativo intangível
pode ter perdido valor.

Gaba: E

8 - Cespe 2013 CNJ - Os pronunciamentos do CPC determinam que, na fase


em que o ativo intangível ainda não está disponível para uso, sua capacidade
de gerar benefícios econômicos futuros para recuperar seu valor contábil é,
usualmente, sujeita a maior incerteza que na fase em que ele já está
disponível para ser utilizado. Portanto, é necessário que a entidade proceda, no
mínimo anualmente, ao teste por desvalorização de ativo intangível que ainda
não esteja disponível para uso.
Certo!

Impairment anual obrigatório:

Intangível com vida útil indefinida


Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Gaba: C

9 - Cespe 2013 CNJ - Ao se efetuar o registro dos ativos intangíveis,


seguindo o que preconiza os pronunciamentos do CPC, os gastos subsequentes
com marcas, títulos de publicações e logomarcas, sempre devem ser
reconhecidos no ativo, uma vez que não devem ser segregados de outros
gastos incorridos no desenvolvimento do negócio como um todo.

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Errado.

Gastos subsequentes
A natureza dos ativos intangíveis implica, em muitos casos, não haver o que
ser adicionado ao ativo nem se poder substituir parte dele. A maioria dos
gastos subsequentes são efetuados para manter a expectativa de benefícios
econômicos futuros incorporados ao ativo intangível existente, e não atendem
à definição de ativo intangível, tampouco aos critérios de reconhecimento.
Somente em raras ocasiões os gastos subsequentes (incorridos após o
reconhecimento inicial de ativo intangível adquirido ou a conclusão de item
gerado internamente) devem ser reconhecidos no valor contábil de um
ativo.

Gaba: E

10 - Cespe 2013 CNJ - A respeito do tratamento contábil do ativo intangível,


julgue os itens a seguir. Quando não houver expectativa de benefícios
econômicos futuros ou serviços potenciais com a sua utilização ou alienação, o
ativo intangível deve ser baixado.
Correto!
Baixa e alienação
O ativo intangível deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando
não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou
alienação.

Gaba: C

11 - Cespe 2013 - CNJ - Como na fase de pesquisa a entidade não está apta
a demonstrar a existência de ativo intangível, os gastos, quando incorridos,
devem ser reconhecidos em contas de resultado.
Certo!
Durante a Pesquisa

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido.


Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

Gaba: C
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12 - Cespe 2012 – TJ - Todas as contas de ativo intangível serão


amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a débito de uma conta
de resultado.

Errado, ativos com vida útil,indefinida não devem ser amortizados.

Método de custo

Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado


ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.

 Vida útil definida deve ser amortizado.


 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Gaba: E

13 - Cespe 2012 PF - No que ѕe refere ao dіѕpoѕto no Comіtê de


Pronuncіamentoѕ Contábeіѕ 04 – atіvo intangível, julgue os itens seguintes.
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil indefinida deverá ser
amortizado de modo a refletir o padrão de consumo, pela entidade, dos
benefícios econômicos futuros.

Errado, ativos com vida útil, indefinida não devem ser amortizados.

Método de custo

Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado


ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.

 Vida útil definida deve ser amortizado.


 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Gaba: E

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14 - Cespe 2012 PF - No que ѕe refere ao dіѕpoѕto no Comіtê de


Pronuncіamentoѕ Contábeіѕ 04 – atіvo intangível, julgue os itens seguintes.
Não deve ser reconhecido como ativo o ágio derivado da expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente.
Perfeito!
Goodwill gerado internamente

Temos como exemplo o valor de uma marca que é reconhecido no mercado,


mas foi gerado ao longo da vida da empresa. Outros exemplos são listas de
clientes e títulos editoriais.
Esse tipo de ágio não deve ser reconhecido como ativo pela empresa,
porque não é um recurso identificável, não é separável nem advém de
direitos contratuais ou outros direitos legais adquiridos pela entidade. Não
pode ser mensurado ao custo com confiabilidade, embora haja avaliação de
mercado.
Caso uma marca seja vendida, quem a comprar poderá reconhecê-la como
intangível.

Gaba: C

15 - Cespe 2012 MPE - O teste de recuperabilidade de ativos deve ser


realizado anualmente para ativos intangíveis com vida útil indefinida.
Certo!

Ativo intangível com vida útil indefinida


Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
A entidade deve efetuar o teste de recuperabilidade no mínimo
anualmente e também sempre que existam indícios de que o ativo intangível
pode ter perdido valor.

Gaba: C

16 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens a seguir, a respeito da Lei n.º 6.404 e
suas alterações, da legislação complementar e dos pronunciamentos do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Os gastos incorridos com pesquisa de um projeto interno são reconhecidos
como despesas, uma vez que a empresa não está apta a demonstrar a

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existência de um ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos


futuros.

Certo! É a literalidade do CPC.


Durante a Pesquisa
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido.

Os gastos com pesquisa (ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser
reconhecidos como despesa quando incorridos.

Durante pesquisa
Tudo é despesa, não se reconhece intangível.

Durante o desenvolvimento
Intangível pode ser reconhecido se atendidas as
condições

Gaba: E

17 - Cespe 2011 FUB - Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido


na aquisição, vedada qualquer dedução.

Errado! Os intangíveis são avaliados pelo método do custo, que prevê a


dedução da amortização e das perdas por impairment.

Método de custo
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.
 Vida útil definida deve ser amortizado.
 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros


direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser
menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo.
Gaba: E
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18 - Cespe 2010 ABIN - Julgue os itens a seguir, relativos ao


reconhecimento e à mensuração de contas patrimoniais.
A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e,
consequentemente, um intangível com vida útil definida deve ser amortizado
periodicamente, o que não se aplica nos casos de intangíveis com vida útil
indefinida, que não chegam a ser reconhecidos no balanço patrimonial.

Errado!!! Ativos intangíveis com vida útil indefinida são, sim, reconhecidos.
Apenas não sofrem amortização.

Método de custo
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.
 Vida útil definida deve ser amortizado.
 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.
A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros
direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser
menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo.
Ativo intangível com vida útil indefinida
Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
A entidade deve efetuar o teste de recuperabilidade anualmente e sempre
que existam indícios de que o ativo intangível pode ter perdido valor.

Gaba: E

19 - Cespe 2010 ABIN - A entidade deve testar a redução ao valor


recuperável de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando
seu valor contábil com seu valor recuperável, caso exista alguma indicação de
redução no mercado ativo do intangível.

Errado.
Se o ativo ainda não está disponível para uso, gastos ainda podem ser
incorridos e podem vir a ser ativados, ou seja, podem vir a fazer parte do
custo do ativo. Na realidade, a amortização e o teste de impairment começam

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a ser obrigatórios a partir do momento em que o intangível está pronto para


uso.

Gaba: E

20 - Cespe 2010 - MPU - A diminuição do valor dos elementos dos ativos


imobilizado e intangível da companhia deve ser registrada periodicamente nas
contas de depreciação, de amortização ou de exaustão, sendo vedada qualquer
alteração nos critérios utilizados para a determinação da vida útil econômica
estimada do bem e para o cálculo da redução de valor a contabilizar.
Errado!
O período e o método de depreciação, exaustão e amortização de ativo
(inclusive intangível) com vida útil definida devem ser revisados pelo menos ao
final de cada exercício. Caso a vida útil prevista do ativo seja diferente de
estimativas anteriores, o prazo de amortização deve ser devidamente alterado.
Se houver alteração no padrão de consumo previsto, o método de amortização
deve ser alterado para refletir essa mudança. Tais mudanças devem ser
registradas como mudanças nas estimativas contábeis.

Gaba: E

21 - Cespe 2010 Contador MS - A respeito das demonstrações financeiras,


julgue os itens a seguir de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações.
Os direitos classificados no grupo intangível do ativo não circulante devem ser
avaliados pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva
conta de amortização.
Correto. CPC e 6404 andam juntos nesse ponto.

Método de custo
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, deduzido da amortização acumulada (se houver) e a perda
acumulada.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.
 Vida útil definida deve ser amortizado.
 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Gaba: C

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22 – FCC 2009 PGE - O auditor da Empresa Ava Geral S.A. constatou que a
licença para uso de um software, destinado a movimentação de robôs de solda
de produtos fabricados pela empresa, usado ou vendido somente com esse
equipamento, foi contabilizado no Intangível.
O valor do bem e do software foram destacados na nota fiscal. Com relação a
esse fato, o auditor deve recomendar:
A) sua ativação no investimento para poder mensurar o seu retorno.
B) a validação do procedimento em decorrência de poder identificar a parcela
do imobilizado e a parte referente ao ativo intangível.
C) que o valor seja contabilizado no resultado, visto não trazer benefícios
futuros.
D) a reclassificação para o ativo imobilizado juntamente com o bem.
E) que o valor seja contabilizado como despesa por não ser possível calcular o
retorno a ser gerado.

Software

Quando só funciona com a máquina – fica no


imobilizado.
Quando funciona de maneira independente – fica no
intangível

Se o software só funciona com o equipamento, deve ser reconhecido no


imobilizado, junto com o equipamento.

Gaba: D

23 – UEL 2012 Sefaz PR - O custo de ativo intangível adquirido


separadamente inclui seu preço de compra, acrescido de impostos de
importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos
os descontos comerciais e os abatimentos, e qualquer custo diretamente
atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
Com relação aos exemplos de custos diretamente atribuíveis, considere as
afirmativas a seguir.
I. Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
II. Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes, incluindo custos de treinamento.

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III. Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço, incluindo


propaganda e atividades promocionais.
IV. Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Um ativo intangível adquirido separadamente deve ser reconhecido


inicialmente ao custo, que inclui:
 seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
 qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.
Custos diretamente atribuíveis:
 custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o
ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento);
 honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais; e
 custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
Gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:
 custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço
 propaganda e atividades promocionais
 custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes, incluindo custos de treinamento
 custos administrativos e outros custos indiretos.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa
quando esse ativo está em condições operacionais.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de


ativo intangível não devem ser incluídos no seu valor contábil, como, por
exemplo:

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 custos incorridos durante o período em que um ativo capaz de operar


mas não é utilizado; e
 prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida
Vamos analisar cada item:
I. Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
São atribuíveis.
II. Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes, incluindo custos de treinamento.
Não são atribuíveis.
III. Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço, incluindo
propaganda e atividades promocionais.
Não são atribuíveis.
IV. Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais.
São atribuíveis.

Gaba: B

24 - Cespe 2011 STM - Marcas e patentes devem ser registradas no grupo


ativo imobilizado pelo seu valor efetivo de aquisição, incluídos todos os custos.

Errado!
Marcas e patentes são intangíveis, e devem seguir as regras próprias de
reconhecimento do grupo, como vimos durante a aula.
Um ativo intangível adquirido separadamente deve ser reconhecido
inicialmente ao custo, que inclui:
 seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
 qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.
Se a marca ou patente for gerada internamente, não deve ser reconhecida.

Gaba: E

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25- Cespe 2012 TJ - A respeito dos conceitos e aplicações das operações de


leasing e derivativos financeiros, julgue os itens que se seguem.
O arrendamento mercantil será classificado como financeiro se houver
transferência integral dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem
objeto do negócio.

Certo! Vamos relembrar os conceitos:


Arrendamento mercantil financeiro
Deve haver transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à
propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser
transferido.
Arrendamento mercantil operacional
Qualquer outro arrendamento mercantil que não seja classificado como
financeiro, ou seja: para ser operacional não pode haver transferência dos
riscos e benefícios do ativo.

Gaba: C

26 - Cespe 2012 TJ-RR - O arrendamento mercantil é classificado como


financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência
substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo
que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

Errado, conceitos invertidos! Vamos ver mais uma vez.


Arrendamento mercantil financeiro
Deve haver transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à
propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser
transferido.
Arrendamento mercantil operacional
Qualquer outro arrendamento mercantil que não seja classificado como
financeiro, ou seja: para ser operacional não pode haver transferência dos
riscos e benefícios do ativo.

Gaba: E

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27 - Cespe 2010 ABIN - A determinação do custo inicial do direito de uso de


uma propriedade, para investimento obtido por meio de um arrendamento
financeiro, deve ser feita pelo menor entre o valor justo do direito de uso sobre
a propriedade e o valor dos pagamentos mínimos do arrendamento.
Errado! Inicialmente determinamos do que estamos falando: neste caso
estamos avaliando o reconhecimento do bem pelo arrendatário, pois é ele que
está com o direito de uso da propriedade. Legal. Para a determinação do valor,
faltou aí a expressão “ valor presente” Vamos ver:
No começo do prazo, os arrendatários devem reconhecer os
arrendamentos financeiros como ativos e passivos por quantias iguais ao
valor justo da propriedade arrendada ou ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil, dos dois o menor.

Reconhecimento inicial do arrendamento financeiro:


O menor valor entre:
Valor Justo e Valor presente dos pagtos mínimos.

Contudo, prestem atenção em um detalhe:


O arrendatário pode classificar uma propriedade detida por arrendamento
operacional como propriedade para investimento. Se assim fizer, a
propriedade deve ser contabilizada como arrendamento financeiro e avaliada
a valor justo deve ser aplicado ao ativo reconhecido.
O arrendatário deve continuar a contabilizar como arrendamento financeiro,
mesmo que um evento posterior altere a natureza do interesse na
propriedade e ela já não esteja mais classificada como investimento.
Vejam que se a primeira vírgula no enunciado estivesse depois de “para
investimento”, mesmo assim a questão estaria errada, só que o arrendamento
deveria ser classificado apenas a valor justo.

Reconhecimento inicial do arrendamento operacional


classificado como propriedade para investimento:
Valor Justo, apenas.
E o arrendamento deve ser contabilizado como
financeiro.

Gaba: E
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28 -Cespe 2010 ABIN - Quando um financiamento por arrendamento


financeiro apresenta o valor presente das prestações mínimas, menor do que o
valor justo do bem, a empresa arrendatária credita o passivo pelo valor da
soma dos pagamentos mínimos e debita conta redutora no valor calculado dos
juros efetivos, ao passo que debita o ativo pelo valor presente das prestações
mínimas.
Vamos lá!
Bem, já sabemos o valor de reconhecimento deve ser o menor entre valor
justo e valor presente das prestações mínimas, e, neste caso, é o valor
presente que é o menor. Então, a primeira parte está correta. Vamos ver o
restante, avaliando os lançamentos que são feitos pelo arrendatário.
Lançamento do arrendatário na contratação do leasing financeiro:

D Bem (ativo)
D Encargos Financiamento (retific. arrendamento no passivo)
C Arrendamento Financeiro (passivo)

O que fizemos?
Credito no PNC pelo total dos pagamentos
Débito em uma retificadora desse PNC pelo total dos encargos (juros efetivos)
Débito no ativo pelo valor presente

Gaba: C

29 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Acerca das características do


leasing, sua contabilização e os reflexos no patrimônio das empresas, julgue os
itens a seguir. No caso de a empresa arrendatária não registrar corretamente a
operação de leasing financeiro, seus recursos econômicos e o nível de
obrigações são subestimados, distorcendo os índices financeiros. O
arrendamento mercantil financeiro deve ser reconhecido no balanço do
arrendatário do lado do ativo, e a contrapartida é em conta de resultado.
A primeira parte está correta:
“No caso de a empresa arrendatária não registrar corretamente a operação de
leasing financeiro, seus recursos econômicos e o nível de obrigações são
subestimados, distorcendo os índices financeiros.”
Perfeito! Se não contabilizo o arrendamento financeiro segundo os ditames do
CPC, fico com ativo e passivo subavaliados.
A parte que fala da contrapartida está errada. O bem fica registrado no ativo,
com contrapartida no passivo, e não em conta de resultado.
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Lançamento do arrendatário na contratação do leasing financeiro:

D Bem (ativo)
D Encargos Financiamento (retific. arrendamento no passivo)
C Arrendamento Financeiro (passivo)

Gaba: E

30- Cespe 2010 Banco da Amazônia - Uma característica dos terrenos é


sua vida econômica indefinida. No caso de operações de arrendamento em que
se espera que a propriedade passe para o arrendatário no fim do prazo do
arrendamento mercantil, normalmente o arrendatário recebe substancialmente
todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade e, nesse caso, o
arrendamento mercantil do terreno é um arrendamento mercantil financeiro.

Errado. A questão apoiou-se em uma sutileza: O quesito essencial para ser um


arrendamento financeiro reside em que os riscos e benefícios sejam
transferidos ao arrendatário, e isso não depende do fato de a propriedade
passar ou não para o proprietário no final do contrato, que é o que foi dito pelo
examinador. Se riscos e benefícios forem transferidos, independentemente da
transferência da propriedade, o contrato será financeiro.
Vamos lembrar?
Situações que individualmente ou em conjunto podem fazer com que o
arrendamento mercantil seja classificado como financeiro:
 o arrendamento transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no
fim do prazo do arrendamento mercantil;
 o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se
espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em
que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento
mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida;
 o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida;
 no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos
substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e
 os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

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 se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do


arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo
arrendatário;
 os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são
atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que
equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento
mercantil); e
 o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil
por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente
inferiores ao valor de mercado.
Esses indicadores nem sempre são conclusivos. Se for claro com base em
outras características que o arrendamento não transfere
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, o
arrendamento deve ser classificado como operacional.
Gaba: E

31 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O valor residual garantido, para o


arrendador, é a parcela do valor residual que seja garantida pelo arrendatário,
ou por terceiro não relacionado com o arrendador, que seja financeiramente
capaz de satisfazer às obrigações cobertas pela garantia.
Correto!
Valor residual garantido
Para o arrendatário, é a parte do valor residual que seja garantida por ele, ou
por parte relacionada a ele.
Para o arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo
arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador.
Valor residual não garantido
Parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não
esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada
com o arrendador.
Gaba: C

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32 – FCC 2011 Infraero - Em relação às operações de arrendamento


mercantil, é correto afirmar, de acordo com as novas Normas Brasileiras de
Contabilidade:
A) Um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele não
transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.
B) No começo do prazo do contrato de arrendamento mercantil operacional, os
arrendatários devem reconhecer os arrendamentos mercantis operacionais
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil.
C) Os arrendadores devem reconhecer nos seus balanços patrimoniais os
ativos mantidos por um arrendamento mercantil financeiro e apresentá-los
como uma conta a receber por um valor igual ao investimento líquido no
arrendamento mercantil.
D) Os pagamentos do arrendamento mercantil financeiro devem ser
reconhecidos como despesa pelo arrendatário numa base de linha reta durante
o prazo do arrendamento mercantil, a não ser que outra base sistemática seja
mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.
E) Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele transferir
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.
Letra A, errada. É o contrário, só é financeiro se transferir.
Letra B, errada. Isso se aplica ao arrendamento financeiro.
Letra D, errada. Isso se aplica ao arrendamento operacional.
Letra E, errada. É o contrário, só é operacional se não transferir.
Letra C, correta.

Arrendamento financeiro no arrendador


Reconhecimento inicial
Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento
financeiro como conta a receber por valor igual ao investimento líquido.
Os pagamentos do arrendamento mercantil a serem recebidos são tratados
pelo arrendador como amortização de capital e receita financeira, referentes ao
investimento e serviços por ele prestados.

Gaba: C

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33 – Fepese 2010 Sefaz PR - Quanto ao leaseback (retroarrendamento pelo


vendedor junto ao comprador), pode-se afirmar:
a) Uma transação de venda e leaseback envolve a venda de um ativo e o
concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao
vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são
geralmente interdependentes, por serem negociados como um pacote. O
tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback independe do tipo
de arrendamento mercantil envolvido.
b ) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do
valor contábil deve ser imediatamente reconhecido como receita, por um
vendedor-arrendatário. Tal valor não deve ser diferido e amortizado durante o
prazo do arrendamento mercantil.
c) Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor
junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante
arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O
pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente
interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento
contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de
arrendamento mercantil envolvido.
d) Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um
meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como
garantia. Por essa razão, é apropriado considerar como receita um excesso de
vendas obtido sobre o valor contábil. Contudo, esse excesso não é diferido e
amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil.
e) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil operacional ou financeiro, e se a transação for estabelecida pelo
valor justo, qualquer lucro ou prejuízo advindo dessa operação não pode ser
imediatamente reconhecido.

Letra A, errada. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback


depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido.
Letra B, errada. Se resultar em arrendamento financeiro, qualquer excesso
de receita de venda obtido acima do valor contábil não deve ser
imediatamente reconhecido como receita por um vendedor-arrendatário.
Em vez disso, tal valor deve ser diferido e amortizado durante o prazo do
arrendamento mercantil.
Letra C, correta.
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Letra D, errada. Tudo certo, menos o final. O excesso deve ser diferido e
amortizado durante o prazo.
Letra E, errada. Se resultar em arrendamento operacional, e se estiver claro
que a transação é estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo
deve ser imediatamente reconhecido.

Gaba: C

34 - FCC 2010 METRO - É uma condição que pode caracterizar a operação de


arrendamento mercantil como operacional:
A) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o
arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil.
B) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera
seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se
torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja
razoavelmente certo que a opção será exercida.
C) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida.
D) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil totaliza menos de 60% do valor justo do
ativo arrendado.
E) os ativos arrendados são de natureza especializada, de tal forma que
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

Se a operação não tiver nada que indique que ela é financeira, será
reconhecida como operacional. Vamos ver as evidências que podem levar um
arrendamento a ser classificado como financeiro:
 o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o
arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil
 o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se
espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a
opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil,
seja razoavelmente certo que a opção será exercida;
 o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida;
 no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente
todo o valor justo do ativo arrendado;
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 os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que


apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.
 se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do
arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário;
 os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são
atribuídos ao arrendatário;
 o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil
por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente
inferiores ao valor de mercado.

Vejam que a única alternativa que não faz com que o leasing seja
financeiro é a letra D. Uma operação nos moldes da alternativa D deve ser
reconhecida como arrendamento operacional.

Gaba: D

35 - FCC-2012 METRÔ - Segundo as normas exaradas no Pronunciamento


Técnico CPC 6, é uma das características do arrendamento mercantil
operacional:
A) A transferência da propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo
da operação de arrendamento.
B) O prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida útil do
ativo arrendado.
C) O valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento é um valor
muito próximo do valor justo do ativo arrendado.
D) A natureza do ativo arrendado é especializada de tal forma que apenas o
arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.
E) Não existe a transferência substancial de todos os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele


transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.
Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele
não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.

Gaba: E
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36 - FCC 2011 TRF - Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no


prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos
e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será
transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada:
A) no Realizável de Longo Prazo.
B) em conta de Ajustes Patrimoniais.
C) como item do Ativo Diferido.
D) em conta do Imobilizado.
E) como uma Despesa Diferida.

Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele


transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade. O contrato transfere a propriedade do ativo para o arrendatário
no fim do prazo do arrendamento mercantil.
Como vimos, nesse caso, o bem fica registrado desde o início no ativo da
empresa arrendatária, no imobilizado.

Gaba: D

37 - FCC 2012 TRT - Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de


arrendamento mercantil financeiro que será pago em 60 prestações mensais
de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a
taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O
valor justo da máquina arrendada era de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu
no momento da aquisição, em reais, um:

A) ativo de 78.760,54.
B) ativo de 78.000,00.
C) passivo de 120.000,00.
D) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46.
E) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00.

Reconhecimento do leasing financeiro no arrendatário


Os arrendatários devem reconhecer os arrendamentos mercantis financeiros
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil.

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Reconhecimento inicial do arrendamento financeiro:


O menor valor entre:
Valor Justo e Valor presente dos pagtos mínimos.

No caso, o menor é o valor justo, 78000.

Gaba: B

38 - FCC 2010 Sefaz RO - Uma empresa adquiriu um veículo por


arrendamento mercantil financeiro que será pago em 48 prestações mensais
de R$ 1.000,00 cada. O valor presente das prestações é de R$ 30.673,00 e a
taxa de juros compostos implícita no arrendamento mercantil é de 2% ao mês.
No momento da aquisição, a empresa deve reconhecer, em reais,
A) um ativo de 30.673,00.
B) um passivo de 48.000,00.
C) um ativo de 48.000,00 e uma receita financeira de 17.327,00.
D) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 17.327,00.
E) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 613,46.
Reconhecimento do leasing financeiro no arrendatário
Os arrendatários devem reconhecer os arrendamentos mercantis financeiros
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo
da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil.
O valor presente já foi dado, então não precisamos calcular nada. Como não
há menção ao valor justo, reconheceremos o veículo no ativo pelo seu valor
presente. Percebam que a Letra D está errada, pois a despesa só vai ser
reconhecida ao longo do contrato, seguindo o regime de competência. Não há
despesa nesse momento inicial, só a partir do primeiro mês.
Vamos aos lançamentos
Na contratação do arrendamento:
D Veículos 30673
D Encargos Financiamento (retific. arrendamento) 17327
C Arrendamento Financeiro PNC 48000

Gaba: A
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39 – Professor 2014 – Propriedade para investimento é a propriedade


(terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo
proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para auferir aluguel ou
para valorização do capital.
Errado!
O bem utilizado na produção não pode ser reconhecido como investimento.
Deve ficar no imobilizado, lembram? Vamos ver a definição correta de
propriedade para investimento.

Propriedade para investimento


É a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos)
mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro)
para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não
para:
 Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas; ou
 Venda no curso ordinário do negócio.

Gaba: E

40 – Professor 2014 – Após o reconhecimento inicial a entidade deve


manter como sua política contábil o método do valor justo e deve aplicar essa
política a todas as suas propriedades para investimento.

Errado!
Podem ser utilizados o método do valor justo e o método do custo.
Mensuração após reconhecimento
A entidade deve escolher como sua política contábil ou o método do valor
justo ou método do custo e deve aplicar essa política a todas as suas
propriedades para investimento.
Uma alteração voluntária na política contábil deve ser feita apenas se a
alteração resultar numa apresentação mais apropriada das operações, de
outros acontecimentos ou de condições nas demonstrações contábeis da
entidade. É altamente improvável que uma alteração do método do valor
justo para o método do custo resulte numa apresentação mais apropriada.
A entidade pode:

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 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as


propriedades para investimento que suportem passivos que pagam
retorno diretamente associado ao valor justo de, ou aos retornos de
ativos especificados incluindo essa propriedade para investimento; e
 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as
restantes propriedades para investimento, independentemente da
escolha feita no item anterior.

Gaba: E

Muito bem!
Por hoje é só. Força nos estudos!!!

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Lista das Questões Apresentadas

1 – Esaf 2013 Contador MF - No registro dos bens intangíveis como ativo da


entidade, deve ser observado, exceto:
a) a mensuração com segurança do custo do ativo é condição necessária para
o seu reconhecimento.
b) o ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura também deve ser
reconhecido como ativo.
c) os valores da amortização ou perdas sofridas pelo ativo devem ser levados
em conta no reconhecimento do ativo intangível.
d) os critérios de mensuração dos ativos recebidos a título gratuito devem ser
explicitados nas notas explicativas ao balanço.
e) quando houver a possibilidade de geração de benefícios futuros, os gastos
realizados posteriormente à aquisição do ativo devem ser incorporados ao
valor do ativo.

2 – Esaf 2012 STN - O excedente de preço de venda obtido sobre o valor


contábil de um leaseback enquadrado como arrendamento mercantil financeiro
é uma
a) despesa diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento
mercantil.
b) receita financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em
que a operação for realizada.
c) complementação do valor do ativo que deve ser incorporado ao valor do
imobilizado e ter seu valor recuperável avaliado.
d) despesa financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em
que a operação for realizada.
e) receita diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento
mercantil.

3 – Esaf 2012 STN - Não é um gasto atribuível ao custo do intangível gerado


internamente:
a) materiais e serviços consumidos pelo ativo intangível.
b) gastos com treinamento de pessoal para operar o ativo intangível.
c) custos de benefícios a empregados, relacionado ao ativo intangível.
d) amortização de licenças utilizadas na geração do ativo intangível.
e) taxas de registro de direito legal.

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4 – Esaf 2012 STN - O valor desembolsado para o registro de uma nova


patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.

5 – Esaf 2012 AFRFB - A empresa Biogás S.A. foi contratada pela empresa
Aves S.A. para fornecer gás para sua fábrica de processamento de carnes. A
Biogás S.A. produz gás a partir de biodigestores que transformam resíduos
animais em gás. Como a contratante fica em região sem estrutura, a única
fonte de fornecimento de gás é esta. O produtor de gás não tem interesse em
fornecer para outras empresas, sendo exclusivo o fornecimento para empresa
Aves S.A, por 10 anos. A manutenção, reparos e outros é de responsabilidade
da empresa fornecedora do gás. Nesse caso, pode-se afirmar que esse
contrato representa
a) uma compra de imobilizado, devendo ser reconhecido.
b) uma prestação de serviços, devendo ser reconhecido como despesa.
c) um gasto, podendo ser contabilizado como passivo ou despesas.
d) um acordo que contém um arrendamento.
e) um contrato de imobilizações em andamento, devendo ser reconhecido no
ativo imobilizado.

6 – Esaf 2012 AFRFB - A Cia. Mercúrio inicia em janeiro de 2009 uma


pesquisa para desenvolvimento de um protótipo de captação de energia solar.
Quando concluído, será patenteado pela empresa. Até junho de 2009, a
empresa já havia efetuado diversos gastos com pesquisa no valor de R$
200.000,00. Após essa data, com o avanço do processo de pesquisa, foi
possível definir um critério confiável de controle, acumulação, identificação e
registro do Ativo Intangível. No final de 2009, os gastos da empresa com
pesquisas totalizaram R$ 280.000,00 e o valor recuperável do intangível
incorporado foi de R$ 100.000,00. Com base nas informações fornecidas, o
registro contábil desse evento é:
a) Ativo Intangível
a Disponibilidades
Débito 280.000
Crédito 280.000
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b) Despesas
a Disponibilidades
Débito 280.000
Crédito 280.000
c) Ativo Intangível
Despesas
a Disponibilidades
Débito 80.000
200.000
Crédito 280.000
d) Despesas
Ativo Intangível
a Disponibilidades
Débito 80.000
200.000
Crédito 280.000
e) Despesas
Ativo Intangível
Perda por Imparidade
a Disponibilidades
Débito 80.000
100.000
100.000
Crédito 280.000

7 - Cespe 2013 ANP - Os ativos intangíveis estão sujeitos à amortização com


base na sua vida útil, que pode sofrer influência tanto de fatores econômicos
quanto de fatores legais. Ativos intangíveis com vida útil indefinida, no
entanto, devem ser amortizados no prazo máximo de dez anos.

8 - Cespe 2013 CNJ - Os pronunciamentos do CPC determinam que, na fase


em que o ativo intangível ainda não está disponível para uso, sua capacidade
de gerar benefícios econômicos futuros para recuperar seu valor contábil é,
usualmente, sujeita a maior incerteza que na fase em que ele já está
disponível para ser utilizado. Portanto, é necessário que a entidade proceda, no
mínimo anualmente, ao teste por desvalorização de ativo intangível que ainda
não esteja disponível para uso.

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9 - Cespe 2013 CNJ - Ao se efetuar o registro dos ativos intangíveis,


seguindo o que preconiza os pronunciamentos do CPC, os gastos subsequentes
com marcas, títulos de publicações e logomarcas, sempre devem ser
reconhecidos no ativo, uma vez que não devem ser segregados de outros
gastos incorridos no desenvolvimento do negócio como um todo.

10 - Cespe 2013 CNJ - A respeito do tratamento contábil do ativo intangível,


julgue os itens a seguir. Quando não houver expectativa de benefícios
econômicos futuros ou serviços potenciais com a sua utilização ou alienação, o
ativo intangível deve ser baixado.

11 - Cespe 2013 - CNJ - Como na fase de pesquisa a entidade não está apta
a demonstrar a existência de ativo intangível, os gastos, quando incorridos,
devem ser reconhecidos em contas de resultado.

12 - Cespe 2012 – TJ - Todas as contas de ativo intangível serão


amortizadas a cada período, levando-se a contrapartida a débito de uma conta
de resultado.

13 - Cespe 2012 PF - No que ѕe refere ao dіѕpoѕto no Comіtê de


Pronuncіamentoѕ Contábeіѕ 04 – atіvo intangível, julgue os itens seguintes.
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil indefinida deverá ser
amortizado de modo a refletir o padrão de consumo, pela entidade, dos
benefícios econômicos futuros.

14 - Cespe 2012 PF - No que ѕe refere ao dіѕpoѕto no Comіtê de


Pronuncіamentoѕ Contábeіѕ 04 – atіvo intangível, julgue os itens seguintes.
Não deve ser reconhecido como ativo o ágio derivado da expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente.

15 - Cespe 2012 MPE - O teste de recuperabilidade de ativos deve ser


realizado anualmente para ativos intangíveis com vida útil indefinida.

16 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens a seguir, a respeito da Lei n.º 6.404 e
suas alterações, da legislação complementar e dos pronunciamentos do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Os gastos incorridos com pesquisa de um projeto interno são reconhecidos
como despesas, uma vez que a empresa não está apta a demonstrar a
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existência de um ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos


futuros.

17 - Cespe 2011 FUB - Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido


na aquisição, vedada qualquer dedução.

18 - Cespe 2010 ABIN - Julgue os itens a seguir, relativos ao


reconhecimento e à mensuração de contas patrimoniais.
A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e,
consequentemente, um intangível com vida útil definida deve ser amortizado
periodicamente, o que não se aplica nos casos de intangíveis com vida útil
indefinida, que não chegam a ser reconhecidos no balanço patrimonial.

19 - Cespe 2010 ABIN - A entidade deve testar a redução ao valor


recuperável de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando
seu valor contábil com seu valor recuperável, caso exista alguma indicação de
redução no mercado ativo do intangível.

20 - Cespe 2010 - MPU - A diminuição do valor dos elementos dos ativos


imobilizado e intangível da companhia deve ser registrada periodicamente nas
contas de depreciação, de amortização ou de exaustão, sendo vedada qualquer
alteração nos critérios utilizados para a determinação da vida útil econômica
estimada do bem e para o cálculo da redução de valor a contabilizar.

21 - Cespe 2010 Contador MS - A respeito das demonstrações financeiras,


julgue os itens a seguir de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e suas alterações.
Os direitos classificados no grupo intangível do ativo não circulante devem ser
avaliados pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva
conta de amortização.

22 – FCC 2009 PGE - O auditor da Empresa Ava Geral S.A. constatou que a
licença para uso de um software, destinado a movimentação de robôs de solda
de produtos fabricados pela empresa, usado ou vendido somente com esse
equipamento, foi contabilizado no Intangível.

O valor do bem e do software foram destacados na nota fiscal. Com relação a


esse fato, o auditor deve recomendar:

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A) sua ativação no investimento para poder mensurar o seu retorno.


B) a validação do procedimento em decorrência de poder identificar a parcela
do imobilizado e a parte referente ao ativo intangível.
C) que o valor seja contabilizado no resultado, visto não trazer benefícios
futuros.
D) a reclassificação para o ativo imobilizado juntamente com o bem.
E) que o valor seja contabilizado como despesa por não ser possível calcular o
retorno a ser gerado.

23 – UEL 2012 Sefaz PR - O custo de ativo intangível adquirido


separadamente inclui seu preço de compra, acrescido de impostos de
importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos
os descontos comerciais e os abatimentos, e qualquer custo diretamente
atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.
Com relação aos exemplos de custos diretamente atribuíveis, considere as
afirmativas a seguir.
I. Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
II. Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes, incluindo custos de treinamento.
III. Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço, incluindo
propaganda e atividades promocionais.
IV. Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

24 - Cespe 2011 STM - Marcas e patentes devem ser registradas no grupo


ativo imobilizado pelo seu valor efetivo de aquisição, incluídos todos os custos.

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25- Cespe 2012 TJ - A respeito dos conceitos e aplicações das operações de


leasing e derivativos financeiros, julgue os itens que se seguem.
O arrendamento mercantil será classificado como financeiro se houver
transferência integral dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do bem
objeto do negócio.

26 - Cespe 2012 TJ-RR - O arrendamento mercantil é classificado como


financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência
substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo
que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

27 - Cespe 2010 ABIN - A determinação do custo inicial do direito de uso de


uma propriedade, para investimento obtido por meio de um arrendamento
financeiro, deve ser feita pelo menor entre o valor justo do direito de uso sobre
a propriedade e o valor dos pagamentos mínimos do arrendamento.

28 -Cespe 2010 ABIN - Quando um financiamento por arrendamento


financeiro apresenta o valor presente das prestações mínimas, menor do que o
valor justo do bem, a empresa arrendatária credita o passivo pelo valor da
soma dos pagamentos mínimos e debita conta redutora no valor calculado dos
juros efetivos, ao passo que debita o ativo pelo valor presente das prestações
mínimas.

29 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Acerca das características do


leasing, sua contabilização e os reflexos no patrimônio das empresas, julgue os
itens a seguir. No caso de a empresa arrendatária não registrar corretamente a
operação de leasing financeiro, seus recursos econômicos e o nível de
obrigações são subestimados, distorcendo os índices financeiros. O
arrendamento mercantil financeiro deve ser reconhecido no balanço do
arrendatário do lado do ativo, e a contrapartida é em conta de resultado.

30- Cespe 2010 Banco da Amazônia - Uma característica dos terrenos é


sua vida econômica indefinida. No caso de operações de arrendamento em que
se espera que a propriedade passe para o arrendatário no fim do prazo do
arrendamento mercantil, normalmente o arrendatário recebe substancialmente
todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade e, nesse caso, o
arrendamento mercantil do terreno é um arrendamento mercantil financeiro.
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31 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O valor residual garantido, para o


arrendador, é a parcela do valor residual que seja garantida pelo arrendatário,
ou por terceiro não relacionado com o arrendador, que seja financeiramente
capaz de satisfazer às obrigações cobertas pela garantia.

32 – FCC 2011 Infraero - Em relação às operações de arrendamento


mercantil, é correto afirmar, de acordo com as novas Normas Brasileiras de
Contabilidade:
A) Um arrendamento mercantil é classificado como financeiro se ele não
transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade.
B) No começo do prazo do contrato de arrendamento mercantil operacional, os
arrendatários devem reconhecer os arrendamentos mercantis operacionais
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil.
C) Os arrendadores devem reconhecer nos seus balanços patrimoniais os
ativos mantidos por um arrendamento mercantil financeiro e apresentá-los
como uma conta a receber por um valor igual ao investimento líquido no
arrendamento mercantil.
D) Os pagamentos do arrendamento mercantil financeiro devem ser
reconhecidos como despesa pelo arrendatário numa base de linha reta durante
o prazo do arrendamento mercantil, a não ser que outra base sistemática seja
mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.
E) Um arrendamento mercantil é classificado como operacional se ele transferir
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

33 – Fepese 2010 Sefaz PR - Quanto ao leaseback (retroarrendamento pelo


vendedor junto ao comprador), pode-se afirmar:
a) Uma transação de venda e leaseback envolve a venda de um ativo e o
concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao
vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são
geralmente interdependentes, por serem negociados como um pacote. O
tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback independe do tipo
de arrendamento mercantil envolvido.
b ) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do
valor contábil deve ser imediatamente reconhecido como receita, por um
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vendedor-arrendatário. Tal valor não deve ser diferido e amortizado durante o


prazo do arrendamento mercantil.
c) Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor
junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante
arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O
pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente
interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento
contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de
arrendamento mercantil envolvido.
d) Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um
meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como
garantia. Por essa razão, é apropriado considerar como receita um excesso de
vendas obtido sobre o valor contábil. Contudo, esse excesso não é diferido e
amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil.
e) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento
mercantil operacional ou financeiro, e se a transação for estabelecida pelo
valor justo, qualquer lucro ou prejuízo advindo dessa operação não pode ser
imediatamente reconhecido.

34 - FCC 2010 METRO - É uma condição que pode caracterizar a operação de


arrendamento mercantil como operacional:
A) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o
arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil.
B) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera
seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se
torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja
razoavelmente certo que a opção será exercida.
C) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida
econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida.
D) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil totaliza menos de 60% do valor justo do
ativo arrendado.
E) os ativos arrendados são de natureza especializada, de tal forma que
apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

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35 - FCC-2012 METRÔ - Segundo as normas exaradas no Pronunciamento


Técnico CPC 6, é uma das características do arrendamento mercantil
operacional:
A) A transferência da propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo
da operação de arrendamento.
B) O prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida útil do
ativo arrendado.
C) O valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento é um valor
muito próximo do valor justo do ativo arrendado.
D) A natureza do ativo arrendado é especializada de tal forma que apenas o
arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.
E) Não existe a transferência substancial de todos os riscos e benefícios
inerentes à propriedade.

36 - FCC 2011 TRF - Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no


prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos
e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será
transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada:
A) no Realizável de Longo Prazo.
B) em conta de Ajustes Patrimoniais.
C) como item do Ativo Diferido.
D) em conta do Imobilizado.
E) como uma Despesa Diferida.

37 - FCC 2012 TRT - Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de


arrendamento mercantil financeiro que será pago em 60 prestações mensais
de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a
taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O
valor justo da máquina arrendada era de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu
no momento da aquisição, em reais, um:

A) ativo de 78.760,54.
B) ativo de 78.000,00.
C) passivo de 120.000,00.
D) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46.
E) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00.

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38 - FCC 2010 Sefaz RO - Uma empresa adquiriu um veículo por


arrendamento mercantil financeiro que será pago em 48 prestações mensais
de R$ 1.000,00 cada. O valor presente das prestações é de R$ 30.673,00 e a
taxa de juros compostos implícita no arrendamento mercantil é de 2% ao mês.
No momento da aquisição, a empresa deve reconhecer, em reais,
A) um ativo de 30.673,00.
B) um passivo de 48.000,00.
C) um ativo de 48.000,00 e uma receita financeira de 17.327,00.
D) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 17.327,00.
E) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 613,46.

39 – Professor 2014 – Propriedade para investimento é a propriedade


(terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo
proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para auferir aluguel ou
para valorização do capital.

40 – Professor 2014 – Após o reconhecimento inicial a entidade deve


manter como sua política contábil o método do valor justo e deve aplicar essa
política a todas as suas propriedades para investimento.

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Gabarito

1 B 6C 11 C 16 E 21 C 26 E 31 C 36 D 41 46
2 E 7E 12 E 17 E 22 D 27 E 32 C 37 B 42 47
3 B 8C 13 E 18 E 23 B 28 C 33 C 38 A 43 48
4 B 9E 14 C 19 E 24 E 29 E 34 D 39 E 44 49
5 D 10 C 15 C 20 E 25 C 30 E 35 E 40 E 45 50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

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