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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 04


Professor Marcelo Seco

1 - Avaliação e contabilização de itens patrimoniais.

Vamos começar com os artigos 183 e 184 da 6404 que definem as regras
essenciais para avaliação dos ativos e passivos, pois acho interessante que
vocês conheçam o texto literal. Vocês perceberão que esses são artigos
importantíssimos!!!

6404 - Avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em


direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a
longo prazo:

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à


negociação ou disponíveis para venda; e

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado


conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável
de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e
os direitos e títulos de crédito;

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da


companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,


(exceto os casos em que se deve usar o MEP), pelo custo de aquisição,
deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando
essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado
em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas
bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão


para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução
do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

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V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido


do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

VI – revogado;

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição


deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.

1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual


possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização


mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessárias para a venda, e a margem de lucro;

c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a


terceiros.

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um


mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre
partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um
determinado instrumento financeiro:

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a


negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e
risco similares;

2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para


instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de


precificação de instrumentos financeiros.

2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível


será registrada periodicamente nas contas de:

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a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que


têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por
uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital


aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e
quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou
cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua


exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.

3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação


dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver


decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se
destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados
suficientes para recuperação desse valor; ou

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da


vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização.

4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser


avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito
pela técnica contábil.

O parágrafo 3º é o dispositivo que permite o teste de recuperabilidade.

6404 Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com


os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive


Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço;

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II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,


serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do
balanço;

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.

Critérios de Avaliação em Operações Societárias

Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, normas especiais


de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações
societárias ou negócios.

Correção Monetária - revogados

Fique atento: Não há mais disposições sobre correção monetária na 6404.

6404

Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados


a valor presente. Os de curto prazo, somente quando
houver efeito relevante.

1.1 - Instrumentos Financeiros

São contratos que originam um ativo financeiro para uma entidade e um


passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade.

 títulos e valores mobiliários

 ações;

 debêntures;

 títulos emitidos pelo governo;

 derivativos;

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Aplicações Destinadas à Negociação:

Temos como exemplo a compra e venda de ações, fruto de negociações


diárias, até com compra e venda em poucas horas.

São avaliadas a valor justo, ou seja, valor de mercado.

Lançamentos

Na aquisição por 100:

D Aplicação destinada a negociação (ativo)

C Caixa 100

Rendimentos periódicos de 30, a serem pagos no vencimento:

D Aplicação destinada a negociação (ativo)

C Receita Aplicação Juros Periódicos 30

Verifica-se que o valor justo é 150:

D Aplicação destinada a negociação (ativo)

C Receita Aplicação Valor Justo 20

Perceba que já consideramos os juros que haviam contabilizados, então, para


chegar ao novo valor do título, precisamos corrigir em apenas mais 20. Nesse
momento o valor da conta aplicação está em 150.

Verifica-se que o novo valor justo é 110:

D Despesa Aplicação Valor Justo

C Aplicação destinada a negociação (ativo) 40

Reconhecemos uma perda de 40, diretamente no resultado, trazendo a


aplicação ao novo valor de mercado.

A contrapartida direta no resultado explica-se pelo intuito imediato de


negociação que caracteriza esses títulos.

Aplicações Disponíveis para Venda

São aplicações para operações futuras, que não terão venda imediata, mas
também não representam a intenção de serem permanentes.
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São avaliadas a valor justo, ou seja, valor de mercado.

Lançamentos

Na aquisição por 200:

D Aplicação disponível para venda (ativo)

C Caixa 200

Rendimentos periódicos de 50 a serem pagos no vencimento:

D Aplicação disponível para venda (ativo)

C Receita Aplicação Juros Periódico 50

Verifica-se que o valor justo é 350:

D Aplicação disponível para venda (ativo)

C Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 100

Perceba que já consideramos os juros que haviam sido contabilizados, então,


para chegar ao novo valor do título, precisamos corrigir em apenas mais 100.
O lançamento vai direto para a conta AAP no PL, aumentando seu saldo.

Nesse momento o valor da conta aplicação está em 350.

Verifica-se que o novo valor justo é 150

D Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 200

C Aplicação disponível para venda (ativo)

Reconhecemos uma perda de 200 em AAP, no PL. As perdas e ganhos em AAP


só serão reconhecidas no resultado por ocasião da venda dos títulos.

Aplicações Mantidas até o Vencimento (Demais)

Aqui temos como exemplo os títulos públicos, promissórias aceitas, duplicatas


emitidas e outros.

Para essas aplicações não se fala em valor justo. elas são mantidas pelo custo
de aquisição, ou pelo valor de mercado, dos dois o menor.

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Lançamentos

Na aquisição por 300:

D Aplicação mantida até o vencimento (ativo)

C Caixa 300

Rendimentos periódicos de 100 a serem pagos no vencimento:

D Aplicação mantida até o vencimento (ativo)

C Receita Aplicação Juros Periódicos 100

Verifica-se que o valor de mercado é 500:

Perceba que com os juros o valor do ativo está em 400, mas não faremos
nada, pois o título deve ser mantido pelo custo de aquisição.

Verifica-se que o valor de mercado é 250.

Só faremos ajuste se a perda constatada for permanente, constituindo ajuste


para trazer o título ao valor provável de realização, com contrapartida no
resultado.

D Despesa Ajuste Aplicação a Valor Provável (PL) 150

C Aplicação Mantida até o Vencimento (ativo)

Dividendos

Em qualquer dos casos de aplicação relatados, a receita de dividendos, caso


exista, deve ser contabilizada em contrapartida do resultado.

Custo Amortizado

Usualmente é utilizada a expressão “reconhecimento pelo custo amortizado”


para designar a apropriação das receitas financeiras advindas dos instrumentos
estudados acima.

Investimentos permanentes em sociedades não coligadas ou não


controladas.

São avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas


prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada
como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem
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1.2 - Mercadorias, Matérias Primas, Produtos e Almoxarifado

Serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão


para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.

Qual é valor de mercado das matérias-primas e dos bens em


almoxarifado?

O preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.

Qual é valor de mercado dos bens ou direitos destinados à venda?

O preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os


impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro.

Provisão para ajuste ao valor de mercado

A regra é custo registrado ou mercado, dos dois o menor.

No caso desses itens, se o custo no mercado hoje for maior do que o


registrado, não fazemos nada.

Se o valor de mercado for menor do que o registrado, fazemos a provisão.

Exemplo:

Compramos mercadorias por 100 e hoje estão valendo 80 no mercado.

D Despesa Ajuste a Valor de mercado

C Provisão Ajuste a Valor de mercado (retif. ativo) 20

Valor dos estoques - 6404 x CPC

6404 – custo aquisição ou valor de mercado, o menor dos dois

CPC – custo aquisição ou valor realizável líquido, o menor dos dois

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

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Entram no cálculo das despesas estimadas para conclusão:

As despesas diretamente relacionadas com a venda do produto e a cobrança


de seu valor, tais como comissões, fretes, embalagens, taxas e desconto das
duplicatas etc.

Não entram no cálculo:

As despesas que beneficiam genericamente todos os produtos da sociedade,


como propaganda, despesas gerais, administrativas etc.

Qual é valor de mercado dos estoques de bens fungíveis?

Temos aqui uma exceção.

Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser


avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito
pela técnica contábil.

É o caso dos commodities, por exemplo.

1.3 - Imobilizados e Intangíveis

Os imobilizados serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido da


depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, conforme o caso, ou por
teste de recuperabilidade.

Os intangíveis serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido pela,


amortização acumulada, quando cabível ou por teste de recuperabilidade.

Veremos com mais detalhes essas questões no estudo dos CPCs 04 e 27.

1.4 - Passivo

As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto


sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados
pelo valor atualizado até a data do balanço.

As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão


convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

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As obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante


serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando
houver efeito relevante. Veremos isso adiante, em ajuste a valor presente.

2 - CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos CFC 1292/10.

O teste de recuperabilidade foi introduzido nas normas contábeis brasileiras


em virtude do processo de convergência às normas internacionais. Está
previsto no artigo 183 da 6404 e regulamentado no CPC 01, e deve ser
aplicado aos itens do imobilizado e do intangível.

A 6404 deixa claro que o intuito do teste, além de registrar as perdas do


capital aplicado, é também revisar os critérios e as estimativas envolvidas no
cálculo de depreciação, exaustão e amortização.

O objetivo do CPC 01 é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar


para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor
que não exceda seus valores de recuperação.

Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de
recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo
uso ou pela venda do ativo.

Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de


perdas, e a Norma requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por
desvalorização.

A Norma também especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para


perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas.

Antes de dar início ao seu estudo, vamos entender alguns conceitos utilizados
pelo CPC 01:

Mercado ativo

É um mercado no qual todas as seguintes condições existem:

 os itens transacionados no mercado são homogêneos;

 vendedores e compradores com disposição para negociar podem ser


encontrados a qualquer momento para efetuar a transação;

 os preços estão disponíveis para o público.


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Valor contábil

É o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução


de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste
para perdas.

Unidade geradora de caixa

É o menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, entradas


essas que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros
ativos ou outros grupos de ativos.

Ativos corporativos

São ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que
contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros tanto
da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades
geradoras de caixa.

Despesas de venda ou de baixa

São despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um


ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas financeiras
e de impostos sobre o resultado gerado.

Valor depreciável, amortizável e exaurível

É o custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações


contábeis, menos seu valor residual.

Depreciação, amortização e exaustão

É a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de


ativos durante sua vida útil.

Valor justo líquido de despesa de venda

É o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade geradora de


caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e
interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

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Perda por desvalorização

É o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de


caixa excede seu valor recuperável.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa

É o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o


seu valor em uso.

Vida útil é:

 O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo;

ou

 O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a


entidade espera obter do ativo.

Valor em uso

É o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de


um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Valor residual

É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir
as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.

Valor recuperável = o maior entre valor líquido de


venda e valor em uso.

2.1 - O que é o teste de recuperabilidade?

Estudemos o seguinte exemplo.

A sociedade possui um equipamento na linha de produção, reconhecido no


imobilizado por 1000, com 300 de depreciação acumulada e 100 em provisão
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para perdas. Logo, valor contábil =1000 – 300 – 100 =600

Se a sociedade fosse vendê-lo hoje, obteria 500, com um custo para venda e
remoção de 200. O valor líquido de venda seria de 300.

Mantendo o equipamento em produção, durante o restante de sua vida útil, a


área de produção estima que ele geraria retorno de 400.

Então temos:

valor contábil 600

valor líquido de venda 300

valor em uso 400

Qual o valor recuperável?

É o maior entre o valor líquido de venda e o valor em uso.

No nosso caso é 400.

Há perda por desvalorização?

Comparamos o valor recuperável com o valor contábil:

 se valor recuperável maior que o valor contábil, é possível recuperar o


valor investido no bem ou direito e não há perda, logo não se faz nada.

 se valor recuperável for menor que valor contábil o ativo está registrado
por um valor acima do que se pode recuperar e a então a diferença deve
ser reconhecida como perda por desvalorização.

Valor contábil 600

Valor recuperável 400

Logo, reconheceremos uma perda por impairment, ou por redução ao valor


recuperável, ou por desvalorização, de 200. Perda por desvalorização é o valor
pelo qual o valor contábil de um ativo excede seu valor recuperável.

Note que, se o valor líquido de venda ou o valor em uso, for maior do que o
valor contábil, já podemos encerrar o teste, pois o valor recuperável será
maior do que o contábil e não haverá perda e não haverá nenhum registro a
fazer.

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O teste só produzirá efeitos na situação do ativo se o valor recuperável for


menor do que o contábil.

Uma vez detectada a perda por desvalorização deverão ser revisados e


ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

Quando efetuar o teste de recuperabilidade?

A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma


indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor


recuperável, a entidade deve testar, no mínimo anualmente, a redução ao
valor recuperável de:

 um ativo intangível com vida útil indefinida, ou de

 um ativo intangível ainda não disponível para uso

 o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em


combinação de negócios.

Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer


momento no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no
mesmo período.

Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em


períodos diferentes.

Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante


o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim
do ano corrente;

Impairment anual obrigatório:

Intangível com vida útil indefinida


Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

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2.2 - O que avaliar para decidir se há indícios de desvalorização?

Fontes externas de informação

 o valor de mercado do ativo diminuiu significativamente, mais do que


seria de se esperar

 mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram


ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente da entidade ou do ativo

 as taxas de juros e de retorno sobre investimentos aumentaram durante


o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto
da empresa

 o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor


de suas ações no mercado;

Fontes internas de informação

 evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;

 mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram


durante o período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão
pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado

 evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o


desempenho econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;

É possível determinar o valor justo mesmo que um ativo não seja negociado
em mercado ativo. Entretanto, algumas vezes não será possível determinar o
valor justo, nesse caso, o valor em uso pode ser utilizado como seu valor
recuperável.

Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda


materialmente seu valor justo líquido de despesas de venda, o valor justo
líquido de despesas de venda do ativo pode ser considerado como seu valor
recuperável.

Elementos a considerar no cálculo do valor em uso

 estimativa dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos com o ativo;

 possíveis variações no montante ou no período dos fluxos de caixa


futuros;
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 taxa de juros livre de risco utilizada pela entidade;

 preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e

 outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado


iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa

2.3 - Como reconhecer a perda por desvalorização?

A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na


demonstração do resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado.
Nesse caso, qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como
diminuição do saldo da reserva reavaliação.

Vocês lembram que já estudamos o fim da reserva de reavaliação, não é


mesmo? Pois bem, caso haja saldo nessa reserva, a perda deve ser lançada
em contrapartida desse saldo, até o seu limite.

Reconhecimento da desvalorização

Caso normal - sem reserva de reavaliação

Perda de 200.

Lançamento

D Despesa com perda por desvalorização de ativo

C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 200

Caso haja reserva a ser amortizada

Perda de 200, com reserva de 200

D Reserva de Reavaliação (PL)

C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 200

Perda de 200, com reserva de 100

D Reserva de Reavaliação (PL) 100

D Despesa com perda por desvalorização de ativo 100

C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 200

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2.4 - Ajuste na depreciação, exaustão e amortização

Reconhecida a perda por desvalorização, a despesa de depreciação,


amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para
alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver),
em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.

Exemplo:

Intangível - Direitos de concessão

Valor reconhecido: 2000

Valor residual: 200

Valor amortizável: 1800

Prazo do contrato: 5 anos

Taxa de Amortização: 360 por ano

Amortização acumulada: 360

Prazo restante: 4 anos

Valor recuperável determinado no impairment: 1000

Novo valor contábil: 1000

Novo valor amortizável: 800

Nova taxa de Amortização: 200 por ano (800/4)

2.5 - Reversão da perda por desvalorização

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma


indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos
anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma
indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.

Reversão não vale para goodwill. Falaremos sobre ele na aula de intangíveis.

Para fazer a avaliação, a entidade deve considerar os mesmos fatores que


utiliza para avaliar a possibilidade de perda, porém, desta vez, procurando
efeitos contrários aos que causaram a desvalorização.
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O aumento do valor contábil de um ativo, exceto o ágio por expectativa de


rentabilidade futura (goodwill), atribuível à reversão de perda por
desvalorização não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado
(líquido de depreciação, amortização ou exaustão), caso nenhuma perda por
desvalorização tivesse sido reconhecida para o ativo em anos anteriores.

Exemplo:

Valor contábil inicial: 900

Valor recuperável determinado no teste anterior: 500

Valor provisionado no teste anterior: 400 (900 – 500)

Novo valor recuperável 1000

Limite permitido para reversão 400

Ou seja, o novo teste indica um aumento de 500 no valor do item, mas não se
pode reverter mais do que foi provisionado, porque estaríamos alterando o
valor do ativo para um valor maior do que aquele pelo qual ele foi
originalmente contabilizado, então revertemos apenas 400.

Lançamento:

D Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo)

C Receita reversão de provisão para perdas 400

Muito bem, paramos a teoria aqui, por hoje.

Agora, vamos exercitar!

Ainda temos poucas questões da Esaf nos temas de hoje. São assuntos que
recentemente começaram a ser explorados pela banca, e não podemos deixá-
los de lado. Vocês perceberão a importância avaliando a quantidade de
questões que existem das outras bancas, que organizam concursos com mais
frequência do que a Esaf.

Fiquem tranquilos. Como disse, resolveremos todas questões da Esaf que


estão aí na praça até o final do curso.

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Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 04
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Exercícios Resolvidos

1 - Esaf 2013 Contador MF - Não é um fator que interfere no valor realizável


líquido dos estoques:
a) a obsolescência.
b) o abalroamento.
c) a queda permanente de preço de venda.
d) o perecimento.
e) a redução do custo fixo de energia.
Vamos lá!
A base para o cálculo do valor realizável líquido dos estoques é o valor que a
empresa espera obter com a sua venda no mercado. E isso depende, co o
vimos durante a aula, da Provisão para ajuste ao valor de mercado.
A regra é custo registrado ou mercado, dos dois o menor. No caso desses
itens, se o custo no mercado hoje for maior do que o registrado, não fazemos
nada. Se o valor de mercado for menor do que o registrado, fazemos a
provisão.
Ora, a obsolescência, a queda do preço de venda e o perecimento de uma
mercadoria, afetam o valor de mercado. O abalroamento, com certeza,
também, embora seja estranho imaginar um estoque sendo abalroado,
enfim...
O custo fixo da energia, NÃO afeta o valor de mercado, pois, no momento
da venda, serão inseridos no cálculo do valor realizável apenas os custos
diretamente ligados a essa venda. Qualquer custo fixo não entra nesse cálculo.
Vamos lembrar:
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

Entram no cálculo das despesas estimadas para conclusão:


As despesas diretamente relacionadas com a venda do produto e a cobrança
de seu valor, tais como comissões, fretes, embalagens, taxas e desconto das
duplicatas etc.

Não entram no cálculo:


As despesas que beneficiam genericamente todos os produtos da sociedade,
como propaganda, despesas gerais, administrativas etc.

Gaba: E

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2 - Esaf 2013 AFC STN - A empresa Bastilha S.A. tem em seu imobilizado
uma unidade geradora de caixa contabilizada com os seguintes valores:
CONTAS VALORES EM 2011
Imobilizado – custo histórico R$ 100.000,00
Depreciação (10% ao ano) R$ 10.000,00
Perda de Valor Recuperável R$ 15.000,00
O contador, ao avaliar a unidade geradora de caixa ao final de 2012, apurou os
seguintes valores:
CONTAS VALORES EM 2012
Valor Justo da unidade R$ 50.000,00
Valor em Uso da unidade R$ 64.500,00
Com base nos dados, deve o contador, em dezembro de 2012:
a) estornar a perda de valor recuperável em R$ 25.000,00.
b) manter o valor contábil de R$ 75.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável em R$ 10.500,00.
d) constituir a perda de valor recuperável em R$ 15.000,00.
e) complementar a perda de valor recuperável em R$ 500,00.

Turma, mais uma questão sobre o teste de recuperabilidade! A Esaf começou a


cobrar esse assunto há pouco tempo.

Em 2011 temos:
Valor contábil = 100 000 – 10 000 – 15 000 = 75 000
Em 2012 nos foram fornecidas as informações para fazer o teste de
recuperabilidade:
Valor Justo: 50 000
Valor em Uso: 64 500

Qual o valor recuperável?


É o maior entre o valor líquido de venda (vl de mercado ou vl justo) e o valor
em uso, nesse caso, temos 64 500. Guardemos esse valor.

Mas e o valor contábil de 2012?


Em 2011 tínhamos 75 000, agora, temos:
75 000 – 10 000 da depreciação = 65 000.

Há perda por desvalorização?


Comparamos o valor recuperável com o valor contábil:
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 se valor recuperável maior que o valor contábil, é possível recuperar o


valor investido no bem ou direito e não há perda, logo não se faz nada.
 se valor recuperável for menor que valor contábil o ativo está registrado
por um valor acima do que se pode recuperar e a então a diferença deve
ser reconhecida como perda por desvalorização.

Valor contábil 65 000


Valor recuperável 64 500

Logo, em 2012, há que se reconhecer uma perda por desvalorização de


500.

Vamos lembrar o lançamento:


D Despesa com perda por desvalorização de ativo
C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 500

Gaba: E

3 - Esaf 2013 AFC STN - São critérios de avaliação das propriedades para
investimentos:
a) método de custo e valor justo.
b) custo histórico corrigido e valor justo.
c) valor de liquidação e método do custo corrente.
d) somente são avaliados pelo valor justo.
e) só podem ser avaliados pelo custo de aquisição.

As propriedades para investimento encaixam-se na última linha do nosso


quadro e devem ser avaliadas pelo custo ou mercado (vl justo), dos dois o
menor.

Vamos ao quadro das formas de avaliação dos investimentos.

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No segundo ano temos as informações para o teste:


Valor de venda 950 000
Valor em uso 980 000

Qual o valor recuperável?


É o maior entre o valor líquido de venda (vl de mercado ou vl justo) e o valor
em uso, nesse caso, temos 980 000.

Logo, como o valor contábil anterior era de 985 000, teremos que reconhecer
uma perda de: 985000. – 980000 = 5000

Vamos lembrar o lançamento:


D Despesa com perda por desvalorização de ativo
C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 5000

Gaba: B

5 - Esaf 2012 AFRFB - A Cia. Gráfica Firmamento adquire uma máquina


copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$ 1,2 milhões, com vida útil
estimada na capacidade total de reprodução de 5 milhões de cópias. A
expectativa é de que, após o uso total da máquina, a empresa obtenha por
este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um prazo máximo de até 5
anos para atingir a utilização integral da máquina. No período de 2008/2009, a
empresa executou a reprodução de 2.500.000 das cópias esperadas e no
decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000 cópias. Ao final de 2010,
o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa determina como valor
recuperável desse ativo R$ 440.000,00. Com base nos dados fornecidos, é
possível afirmar que:
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de
R$ 640.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$
200.000,00.

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Turma, depreciação será assunto de aulas futuras, mas vou adiantar alguma
coisa nessa aula, para já irmos desenferrujando.

Valor contábil: 1 200 000


Valor depreciável: 1 000 000
Valor residual: 200 000 (não se deprecia esse valor)
Vida útil: 5 milhões de cópias
Logo, a cada cópia, deprecia-se a máquina em 0,20 (1 mi / 5 mi)

Depreciação: 0,20 por cópia


Depreciação em 2008/2009 = 2 500 000 x 0,20 = 500 000
Depreciação em 2010 = 1 300 000 x 0,20 = 260 000

Valor contábil em 2010 (ou contábil líquido)


1 200 000 – 500 000 – 260 000 = 440 000

Valor recuperável em 2010 = 440 000


Logo, não há perda por recuperabilidade.

Vamos ver as alternativas:


Letra A, correta!
Letra B, errada. A depreciação acumulada é de 760 000
Letra C, errada. A depreciação de 2010 é de 260 000
Letra D, errada. O valor contábil líquido é 440 000
Só para esclarecer:
VL Líq Contábil = Vl Contábil Bruto – Deprec Acumulada - Provisões
Letra E, errada. Não há perda a ser reconhecida.

Gaba: A

6 - Cespe - 2013 - ANP - Com relação à depreciação e à amortização de


ativos, julgue os itens a seguir.

Os ativos com valor residual maior que zero estão sujeitos à redução do seu
valor depreciável. Isso faz que o valor contábil desses ativos, ao final de sua
vida útil, represente os benefícios econômicos futuros que a venda desses bens
ainda será capaz de proporcionar à empresa que detém o seu controle.

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Creio que não nos fará mal perder alguns minutos com algumas questões
recentes de depreciação, haja vista que também são instrumentos utilizados
para mensurar o valor de ativos.

Vamos lá! Um exemplo para entender o que o texto da questão está dizendo:
Valor contábil: 80
Valor depreciável: 60
Valor residual: 20 (não se deprecia esse valor)
Vida útil: 4 anos
Depreciação: 15 ao ano
Logo, ao final da vida útil, espera-se que o ativo valha 20, e que sua venda
faça fluir benefícios econômicos para a entidade. Assertiva correta.

Gaba: C

7 - Cespe - 2013 – ANP - Comparativamente aos métodos dos saldos


decrescentes e das unidades produzidas, o método linear resulta em despesas
de depreciação inconstantes ao longo da vida útil do ativo, refletindo um
padrão instável do consumo dos benefícios econômicos futuros esperados
incorporados no ativo.

Errado. O método linear é o que mantém as despesas de depreciação


constantes. Os outros citados resultam em despesas inconstantes.

Gaba: E

8 - Cespe - 2013 - ANP –Os ativos intangíveis estão sujeitos à amortização


com base na sua vida útil, que pode sofrer influência tanto de fatores
econômicos quanto de fatores legais. Ativos intangíveis com vida útil
indefinida, no entanto, devem ser amortizados no prazo máximo de dez anos.

Veremos isso com calma na aula sobre os intangíveis. Mas já adianto que
intangível sem vida útil definida não está sujeito à amortização, e sim ao teste
de recuperabilidade, sempre que houver indício de desvalorização, e, no
mínimo, anualmente.

Gaba: E

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9 - Cespe - 2013 - ANP – O reparo e a manutenção de um ativo podem


preservar suas condições originais, mas não evitam a necessidade de depreciá-
lo. No entanto, o programa de reparos e de manutenção é considerado na
determinação da vida útil do ativo, exercendo, assim, influência sobre o valor
da depreciação.

Perfeito. Ao sofrer uma manutenção que implique aumento de sua vida útil, o
ativo deve ter os critérios de depreciação revistos.

Gaba: C

10 - Cespe - 2013 - ANP - Com relação ao efeito contábil das transações


realizadas por uma companhia aberta, julgue os itens a seguir. Os itens de
estoques que, normalmente, não são intercambiáveis são avaliados pelos seus
custos individuais, os quais devem ser ajustados aos seus valores realizáveis
líquidos sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a esses custos.

Mercadorias, Matérias Primas, Produtos e Almoxarifado


Serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão
para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.
Provisão para ajuste ao valor de mercado
A regra é custo registrado ou mercado, dos dois o menor.
No caso desses itens, se o custo no mercado for maior do que o registrado,
não fazemos nada. Se o valor de mercado for menor do que o registrado,
fazemos a provisão.

Gaba: E

11 - Cespe - 2013 - CNJ - Em janeiro de 2008, para ajudar no transporte


gratuito de estudantes, determinada escola municipal adquiriu um ônibus
escolar no valor de R$ 100.000,00. A escola estimou uma vida útil de cinco
anos para o ônibus (depreciação linear). O ônibus foi danificado 36 meses
depois em acidente na estrada, gerando um custo de R$ 30.000,00 para sua
recuperação. A restauração não afetará a vida útil do ativo. O custo de um
novo ônibus para realização de serviço similar é de R$ 120.000,00.

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Considerando a situação acima e com base na abordagem da recuperação do


custo, julgue os itens seguintes acerca da perda por irrecuperabilidade. O valor
da perda por irrecuperabilidade será de R$ 22.000,00.

Muito bem!

Valor do Ativo:
Valor contábil em janeiro/2008: 100000
Vida Útil: 5 anos
Depreciação: 20000 ao ano
Valor contábil em janeiro/2011: 40000
Valor ativado por custo de reforma: 30000
Novo valor contábil: 70000

Teste de Recuperabilidade:
O único valor de referência que temos é o valor de mercado de um item
similar, e já sabemos que podemos usá-lo.
O similar custa 120000, que depreciados por 3 anos na mesma condição do
ativo em questão (vida útil 5 anos) resultariam em um valor de 48000. Logo,
sendo esse o nosso único parâmetro, ele passa a ser o valor recuperável.
Então temos:
Valor contábil do ativo: 70000
Valor Recuperável: 48000
Perda por redução ao valor recuperável: 22000

O examinador chamou de perda por irrecuperabilidade.

Gaba: C

12 - Cespe - 2013 - CNJ - O custo de reposição depreciado desse ônibus


escolar será de R$ 48.000,00.

Correto. É o valor de mercado, como já vimos.


Ônibus novo: 120000
Vida Útil: 5 anos
Depreciação: 24000 ao ano
Valor contábil após 3 anos: 48000

Gaba: C

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13 - Cespe - 2013 - CNJ - Acerca de contas patrimoniais, suas


características, seu registro e sua evidenciação, julgue os itens a seguir,
considerando que a sigla CPC corresponde a Comitê de Pronunciamentos
Contábeis. Uma entidade não deve reconhecer os custos da manutenção
periódica de um item do ativo imobilizado no valor contábil desse item. Pelo
contrário, quando incorridos, esses custos são reconhecidos no resultado.

Correto. Manutenções periódicas são despesas. Estudaremos isso no CPC sobre


Imobilizados.

Gaba: C

14 - Cespe - 2013 - CNJ - Os pronunciamentos do CPC determinam que, na


fase em que o ativo intangível ainda não está disponível para uso, sua
capacidade de gerar benefícios econômicos futuros para recuperar seu valor
contábil é, usualmente, sujeita a maior incerteza que na fase em que ele já
está disponível para ser utilizado. Portanto, é necessário que a entidade
proceda, no mínimo anualmente, ao teste por desvalorização de ativo
intangível que ainda não esteja disponível para uso.

Impairment anual obrigatório:

Intangível com vida útil indefinida


Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Gaba: C

15 - Cespe - 2013 - CNJ - A respeito de demonstrações contábeis, seus


componentes, seus respectivos registros e sua evidenciação, julgue os itens
subsequentes.

Os ativos que satisfazem aos critérios de classificação como mantidos para


venda devem ser mensurados pelo maior entre os seguintes valores: o
contábil, até então registrado, e o justo menos as despesas de venda. Além
disso, esses ativos, bem como o resultado das operações descontinuadas na
demonstração do resultado, devem ser evidenciados no balanço patrimonial,
separadamente.

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Valor recuperável = o maior entre valor líquido de


venda e valor em uso.

Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,
ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Gaba: C

17- Cespe - 2012 - MPE-PI - O teste de recuperabilidade de ativos deve ser


realizado anualmente para ativos intangíveis com vida útil indefinida.

Impairment anual obrigatório:

Intangível com vida útil indefinida


Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Gaba: C

18 - Cespe - 2011 - TCU - Com respeito à análise das demonstrações


contábeis das empresas, julgue os itens:

As aplicações destinadas a negociação ou disponíveis para venda, feitas em


instrumentos financeiros (inclusive derivativos) e em direitos e títulos de
crédito (classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo), devem
ser avaliadas pelo fair value.

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22 - Cespe - 2011 - FUB - Os estoques devem ser avaliados pelo custo de


aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao
preço de mercado, quando este for inferior, vedado qualquer outro critério.

Estoques
Serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão
para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior.
Valor de mercado dos estoques
O preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro.
Provisão para ajuste ao valor de mercado
A regra é custo registrado ou mercado, dos dois o menor.
Exceção
Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser
avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito
pela técnica contábil.
Logo, existem critérios de exceção.

Gaba: E

23 - Cespe - 2011 - STM - Obras de arte não podem ser registradas em


contas de ativo imobilizado, devendo, obrigatoriamente, ser inscritas em grupo
próprio de investimentos.

Errado. Isso vai depender de qual a finalidade da obra de arte para a entidade.

Para um museu é um imobilizado. Para um fundo de investimentos em arte, é


um investimento.

Gaba: E

24 - Cespe - 2010 - TRT - Quando adquire participação no capital social de


outra empresa na forma de ações negociáveis em bolsa de valores, com a
intenção de vendê-las no curso do exercício financeiro seguinte, a empresa
adquirente deve registrar o direito pelo valor de custo de aquisição ou valor de
emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao
valor provável de realização, quando este for inferior.

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d) Para instrumentos financeiros sem mercado ativo, o valor justo é o valor


obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação.

e) O valor que se pode obter em um mercado ativo, decorrente de transação


não compulsória realizada entre partes independentes, é o conceito de valor
justo para mercadorias destinadas à venda.

Vamos ver:
6404 - Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
- das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam
ser repostos, mediante compra no mercado;
- dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização
mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessárias para a venda, e a margem de lucro;
- dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a
terceiros.
- dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:
o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de
outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos
financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou
o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos financeiros.

Os imobilizados serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido da


depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, conforme o caso, ou por
teste de recuperabilidade.

Gaba: D

26 - Cespe - 2010 - ABIN - Em cada um dos itens seguintes, é apresentada


uma situação hipotética que não está relacionada com combinações de
negócios, seguida de uma assertiva a ser julgada. Determinada entidade, ao
realizar os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou
mercado ativo para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o
correspondente valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da

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unidade geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a


entidade deveria reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do
período pelo valor da diferença de R$ 2 milhões.

Valor contábil: 12
Valor em uso: 10
Valor líquido de venda: não disponível.
Nesse caso, o valor recuperável é 10, e lançamos a perda desvalorização no
valor de 2.
Lançamento:
D Despesa com perda por desvalorização de ativo
C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 2

Gaba: C

27 - Cespe - 2010 - ABIN - Ao realizar os testes para a recuperabilidade de


seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas para o valor
recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um valor
realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O valor
contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4
milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor
recuperável de R$ 1 milhão.

Valor contábil: 4
Valor em uso: 3
Valor líquido de venda: 3,5
Nesse caso, o valor recuperável é 3,5 e lançamos a perda desvalorização no
valor de 0,5 milhão.
Lançamento:
D Despesa com perda por desvalorização de ativo
C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 0,5

Gaba: E

28 - Cespe - 2010 - ABIN - Em cada um dos itens seguintes, é apresentada


uma situação hipotética que não está relacionada com combinações de
negócios, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Diante dos testes para a recuperabilidade de seus ativos, determinada


entidade levou em conta a possibilidade de uma futura reorganização. As
estimativas do valor em uso foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita
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marginal advinda da reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A


entidade não encontrou mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O
valor contábil líquido da unidade geradora de caixa estava registrado como R$
8 milhões. Nessa situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à
unidade geradora de caixa.

Possibilidade de futura reorganização não deve ser considerada. O ágio por


expectativa de rendimentos futuros só deve ser reconhecido quando o negócio
se concretizar.

Valor contábil: 8
Valor em uso: 7
Valor líquido de venda: não disponível
Nesse caso, o valor recuperável é 7 e lançamos a perda desvalorização no
valor de 1.
Lançamento:
D Despesa com perda por desvalorização de ativo
C Provisão para perda por desvalorização (retif. do ativo) 1

Gaba: E

29 - Cespe - 2010 - ABIN - A entidade deve testar a redução ao valor


recuperável de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando
seu valor contábil com seu valor recuperável,caso exista alguma indicação de
redução no mercado ativo do intangível.

Impairment anual obrigatório:

Intangível com vida útil indefinida


Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

Deve ser testado todo ano, independentemente de haver indicação. E quando


houver indicação também deve ser testado.

Gaba: E

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30 - Cespe - 2010 - MPU - A diminuição do valor dos elementos dos ativos


imobilizado e intangível da Companhia deve ser registrada periodicamente nas
contas de depreciação, de amortização ou de exaustão, sendo vedada qualquer
alteração nos critérios utilizados para a determinação da vida útil econômica
estimada do bem e para o cálculo da redução de valor a contabilizar.

Os critérios devem ser revistos caso ocorram alterações na vida útil, no valor,
na utilização e em outros aspectos. É o que acontece no caso de alteração por
recuperabilidade, por exemplo.

Gaba: E

31 - Cespe - 2010 - MPU – Com base no que dispõe a legislação sobre


sociedades por ações, julgue os itens subsequentes.

O valor justo das aplicações em instrumentos financeiros, na ausência de


mercado ativo, é obtido por meio do cálculo do valor líquido atual dos fluxos de
caixa futuros de instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares.

Vamos ver:
6404 - Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
- das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam
ser repostos, mediante compra no mercado;
- dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização
mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessárias para a venda, e a margem de lucro;
- dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a
terceiros.
- dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:
o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de
outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou
o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos financeiros.
Gaba: C

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32 - Cespe - 2010 - MS - Uma clínica radiológica comprou um mamógrafo


digital, por R$ 403.200,00, em 31/10/2006. Segundo o fabricante, a vida útil
do aparelho é de oito anos. Nessa situação, se a empresa realizar a
depreciação pelo método linear, no final de 2009, o valor líquido desse bem
será aproximadamente 60% do valor de custo.

Valor do Ativo: 403200


Vida Útil: 8 anos
Depreciação: 50400 ao ano, 4200 ao mês
Out 2006 (inclusive) a Dez 2009: 38 meses
Depreciação Acumulada: 159600
Valor Líquido em Dez 2009: 243600 60,4% do custo
Ou então:
38 meses passados em 96. Restam 58
58/96 = 60,4% do tempo restando, como é linear e sem residual, equivale ao
valor que resta também. A conta é bem mais simples e rápida.

Gaba: C

33 - Cespe - 2010 - DPU - Determinada empresa adquiriu um caminhão em


1.º de maio de 2006 por R$ 120.000,00, colocando-o imediatamente em uso.
O valor residual deste imobilizado foi estimado em R$ 19.200,00 e sua vida útil
em 4 anos. Anualmente, contudo, são realizadas despesas de manutenção no
veículo estimadas em R$ 4.000,00, anuais. O setor de contabilidade reconhece
mensalmente as despesas, incluindo a depreciação.

Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que a despesa de


depreciação somou:
a) em 2006, R$ 25.200,00.
b) em 2007, R$ 29.200,00.
c) em 2008, R$ 67.200,00
d) em 2009, R$ 25.200,00.
e) em 2010, R$ 12.400,00.

Vejamos:
Valor do Ativo: 120000
Valor residual: 19200
Valor depreciável = 120000 – 19200 = 100800
Vida Útil: 4 anos
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Depreciação: 25200 ao ano, 2100 ao mês


Em 2006: 8 meses 16800

Nos demais anos: 25200 ao ano.

As despesas de manutenção periódica não são ativadas, sua contrapartida é


direto no resultado.

Gaba: D

34 - Cespe - 2010 - TRE-MT - De acordo com os critérios de avaliação dos


elementos do passivo no balanço patrimonial, segundo a Lei n.º 6.404/1976,
obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto
sobre a renda a pagar com base no resultado do exercício, devem ser
avaliados pelo:

a) custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação,


amortização ou exaustão.
b) seu valor justo.
c) valor atualizado até a data do balanço.
d) custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao
valor de mercado, quando este for inferior.
e) custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na
realização do seu valor
Avaliação do Passivo

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com


os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis,


inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do
exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do
balanço;

II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,


serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do
balanço;

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.

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Olhem o passivo aí!!! Não é muito pedido, mas uma hora cai! Temos que
saber.

Gaba: C

35- FCC-MPEAP-2012 - Para que seja reconhecida uma perda de valor


recuperável de um ativo, o valor:
A) de custo estará sempre maior do que o valor em uso.
B) em uso sempre superará o valor de custo.
C) justo encontrado sempre superará o valor de custo.
D) em uso tem que ser maior que o custo e o valor justo.
E) em uso e o valor justo será sempre inferior ao valor de custo.

Valor recuperável = o maior entre valor de venda e


valor em uso.

Se um deles for maior do que o valor contábil, não fazemos nada.

Gaba: E

36 – CFC Suficiência 2011 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos se


aplica a todos os ativos a seguir, EXCETO a:
a) Ativo Intangível.
b) Estoque.
c) Imobilizado.
d) Investimento em Controlada.

Somente os elementos do imobilizado e do intangível estão sujeitos ao teste de


recuperabilidade.

Gaba: B

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Para responder às questões de números 37 a 39, considere os dados a seguir.


A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes
características:

VL Líquido de venda: 5 100 000


VL Uso 5 000 000
VL Contábil bruto 8 000 000
Depreciação acumulada 2 000 000
Provisões para perda registradas 600 000

37 - FCC-ICMS-SP-2009 - O valor recuperável desse ativo é, em R$:


A) 5.000.000,00
B) 5.100.000,00
C) 5.400.000,00
D) 5.600.000,00
E) 6.000.000,00

Valor recuperável = o maior entre valor de venda e valor em uso


Venda: 5 100 000 = VL Recuperável
Uso: 5 000 000

Gaba: B

38 - FCC-ICMS-SP-2009 - O valor líquido contábil é, em R$:


A) 6.000.000,00
B) 5.600.000,00
C) 5.400.000,00
D) 5.100.000,00
E) 5.000.000,00

VL Líq Contábil = Vl Bruto – Deprec Acumulada - Provisões = 5 400 000

Gaba: C

39 - FCC-ICMS-SP-2009 - A perda por redução ao valor recuperável é, em


R$:
A) 3.000.000,00
B) 2.600.000,00
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C) 1.000.000,00
D) 600.000,00
E) 300.000,00

VL Líq Contábil = 5 400 000


VL Recuperável = 5 100 000
Perda a reconhecer: 300 000

Gaba: E

40 - FCC-TCE-2012 - A empresa Inovação S.A. fez um novo investimento em


uma nova unidade de negócios, no nordeste brasileiro, no valor de R$
1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve alagamento na região e
inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de negócios, neste momento
era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e gastos com recuperação.
Seu valor de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a
comprá-la, apresentava valor médio de R$ 1.500.000,00 e o valor do fluxo de
caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$
800.000,00. Neste caso a empresa deverá:
A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.
B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$
600.000,00.
C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

VL Líq Contábil = 900 000


VL Venda = 1 500 000 (Proposta formal deve ser considerada)
VL Uso = 800 000
VL Recuperável = 1 500 000

Como o recuperável é maior do que o contábil, não há nada a reconhecer.

Gaba: C
Terminamos! Espero que tenham gostado de nossa aula hoje. Destruam com
carinho a matéria e as questões!. Bons estudos!!!

Até a próxima!

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Lista das Questões Apresentadas

1 - Esaf 2013 Contador MF - Não é um fator que interfere no valor realizável


líquido dos estoques:
a) a obsolescência.
b) o abalroamento.
c) a queda permanente de preço de venda.
d) o perecimento.
e) a redução do custo fixo de energia.

2 - Esaf 2013 AFC STN - A empresa Bastilha S.A. tem em seu imobilizado
uma unidade geradora de caixa contabilizada com os seguintes valores:
CONTAS VALORES EM 2011
Imobilizado – custo histórico R$ 100.000,00
Depreciação (10% ao ano) R$ 10.000,00
Perda de Valor Recuperável R$ 15.000,00
O contador, ao avaliar a unidade geradora de caixa ao final de 2012, apurou os
seguintes valores:
CONTAS VALORES EM 2012
Valor Justo da unidade R$ 50.000,00
Valor em Uso da unidade R$ 64.500,00
Com base nos dados, deve o contador, em dezembro de 2012:
a) estornar a perda de valor recuperável em R$ 25.000,00.
b) manter o valor contábil de R$ 75.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável em R$ 10.500,00.
d) constituir a perda de valor recuperável em R$ 15.000,00.
e) complementar a perda de valor recuperável em R$ 500,00.

3 - Esaf 2013 AFC STN - São critérios de avaliação das propriedades para
investimentos:
a) método de custo e valor justo.
b) custo histórico corrigido e valor justo.
c) valor de liquidação e método do custo corrente.
d) somente são avaliados pelo valor justo.
e) só podem ser avaliados pelo custo de aquisição.

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4 - Esaf 2012 AFRFB - A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no


norte do país. Os investimentos na unidade foram de R$ 1.000.000,00,
registrados no ativo imobilizado.
No primeiro ano, a empresa contabilizou um ajuste de perda de valor
recuperável de R$ 15.000,00.
No segundo ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o concorrente e
único interessado na aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao analisar o valor do
fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um valor de R$ 980.000,00.
Dessa forma, deve o contador da empresa:
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.
b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.

5 - Esaf 2012 AFRFB - A Cia. Gráfica Firmamento adquire uma máquina


copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$ 1,2 milhões, com vida útil
estimada na capacidade total de reprodução de 5 milhões de cópias. A
expectativa é de que, após o uso total da máquina, a empresa obtenha por
este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um prazo máximo de até 5
anos para atingir a utilização integral da máquina. No período de 2008/2009, a
empresa executou a reprodução de 2.500.000 das cópias esperadas e no
decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000 cópias. Ao final de 2010,
o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa determina como valor
recuperável desse ativo R$ 440.000,00. Com base nos dados fornecidos, é
possível afirmar que:
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00.
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00.
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de
R$ 640.000,00.
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00.
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$
200.000,00.

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6 - Cespe - 2013 - ANP - Com relação à depreciação e à amortização de


ativos, julgue os itens a seguir.

Os ativos com valor residual maior que zero estão sujeitos à redução do seu
valor depreciável. Isso faz que o valor contábil desses ativos, ao final de sua
vida útil, represente os benefícios econômicos futuros que a venda desses bens
ainda será capaz de proporcionar à empresa que detém o seu controle.

7 - Cespe - 2013 – ANP - Comparativamente aos métodos dos saldos


decrescentes e das unidades produzidas, o método linear resulta em despesas
de depreciação inconstantes ao longo da vida útil do ativo, refletindo um
padrão instável do consumo dos benefícios econômicos futuros esperados
incorporados no ativo.

8 - Cespe - 2013 - ANP –Os ativos intangíveis estão sujeitos à amortização


com base na sua vida útil, que pode sofrer influência tanto de fatores
econômicos quanto de fatores legais. Ativos intangíveis com vida útil
indefinida, no entanto, devem ser amortizados no prazo máximo de dez anos.

9 - Cespe - 2013 - ANP – O reparo e a manutenção de um ativo podem


preservar suas condições originais, mas não evitam a necessidade de depreciá-
lo. No entanto, o programa de reparos e de manutenção é considerado na
determinação da vida útil do ativo, exercendo, assim, influência sobre o valor
da depreciação.

10 - Cespe - 2013 - ANP - Com relação ao efeito contábil das transações


realizadas por uma companhia aberta, julgue os itens a seguir. Os itens de
estoques que, normalmente, não são intercambiáveis são avaliados pelos seus
custos individuais, os quais devem ser ajustados aos seus valores realizáveis
líquidos sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a esses custos.

11 - Cespe - 2013 - CNJ - Em janeiro de 2008, para ajudar no transporte


gratuito de estudantes, determinada escola municipal adquiriu um ônibus
escolar no valor de R$ 100.000,00. A escola estimou uma vida útil de cinco
anos para o ônibus (depreciação linear). O ônibus foi danificado 36 meses
depois em acidente na estrada, gerando um custo de R$ 30.000,00 para sua
recuperação. A restauração não afetará a vida útil do ativo. O custo de um
novo ônibus para realização de serviço similar é de R$ 120.000,00.

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Considerando a situação acima e com base na abordagem da recuperação do


custo, julgue os itens seguintes acerca da perda por irrecuperabilidade. O valor
da perda por irrecuperabilidade será de R$ 22.000,00.

12 - Cespe - 2013 - CNJ - O custo de reposição depreciado desse ônibus


escolar será de R$ 48.000,00.

13 - Cespe - 2013 - CNJ - Acerca de contas patrimoniais, suas


características, seu registro e sua evidenciação, julgue os itens a seguir,
considerando que a sigla CPC corresponde a Comitê de Pronunciamentos
Contábeis. Uma entidade não deve reconhecer os custos da manutenção
periódica de um item do ativo imobilizado no valor contábil desse item. Pelo
contrário, quando incorridos, esses custos são reconhecidos no resultado.

14 - Cespe - 2013 - CNJ - Os pronunciamentos do CPC determinam que, na


fase em que o ativo intangível ainda não está disponível para uso, sua
capacidade de gerar benefícios econômicos futuros para recuperar seu valor
contábil é, usualmente, sujeita a maior incerteza que na fase em que ele já
está disponível para ser utilizado. Portanto, é necessário que a entidade
proceda, no mínimo anualmente, ao teste por desvalorização de ativo
intangível que ainda não esteja disponível para uso.

15 - Cespe - 2013 - CNJ - A respeito de demonstrações contábeis, seus


componentes, seus respectivos registros e sua evidenciação, julgue os itens
subsequentes.

Os ativos que satisfazem aos critérios de classificação como mantidos para


venda devem ser mensurados pelo maior entre os seguintes valores: o
contábil, até então registrado, e o justo menos as despesas de venda. Além
disso, esses ativos, bem como o resultado das operações descontinuadas na
demonstração do resultado, devem ser evidenciados no balanço patrimonial,
separadamente.

16 - Cespe - 2012 - TRE-RJ - O Conselho Federal de Contabilidade e o


Comitê de Pronunciamentos Contábeis são responsáveis pela elaboração das
normas contábeis comumente aceitas. Sobre essas normas, julgue os itens que
se seguem.

O valor recuperável é definido como o maior número absoluto entre o valor


justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de
caixa e o seu valor de uso.
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17- Cespe - 2012 - MPE-PI - O teste de recuperabilidade de ativos deve ser


realizado anualmente para ativos intangíveis com vida útil indefinida.

18 - Cespe - 2011 - TCU - Com respeito à análise das demonstrações


contábeis das empresas, julgue os itens:

As aplicações destinadas a negociação ou disponíveis para venda, feitas em


instrumentos financeiros (inclusive derivativos) e em direitos e títulos de
crédito (classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo), devem
ser avaliadas pelo fair value.

19 - Cespe - 2011 - FUB -Julgue os itens seguintes, de acordo com os


critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º
6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.

O valor justo dos instrumentos financeiros pode ser obtido pelo cálculo do
valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros de instrumentos financeiros
similares.

20 - Cespe - 2011 - FUB - Julgue os itens seguintes, de acordo com os


critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º
6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.

O método do custo foi abolido como forma de avaliação de investimentos


societários.

21 - Cespe - 2011 - FUB - Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo


incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução.

22 - Cespe - 2011 - FUB - Os estoques devem ser avaliados pelo custo de


aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao
preço de mercado, quando este for inferior, vedado qualquer outro critério.

23 - Cespe - 2011 - STM - Obras de arte não podem ser registradas em


contas de ativo imobilizado, devendo, obrigatoriamente, ser inscritas em grupo
próprio de investimentos.

24 - Cespe - 2010 - TRT - Quando adquire participação no capital social de


outra empresa na forma de ações negociáveis em bolsa de valores, com a
intenção de vendê-las no curso do exercício financeiro seguinte, a empresa
adquirente deve registrar o direito pelo valor de custo de aquisição ou valor de

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emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao


valor provável de realização, quando este for inferior.

25 - Cespe - 2010 - IPAJM - O princípio contábil do custo histórico não


reflete o valor de uma empresa em determinado dia, a não ser no momento
histórico de seu registro inicial. A utilização do fair value (valor justo) ou do
valor de mercado, entretanto, pode oferecer dificuldades na prática, embora,
teoricamente, esses valores possam ser considerados mais aconselháveis do
que a avaliação pelo custo histórico.

H. Franco. A contabilidade da era da informação: In: Temas discutidos no XV


Congresso Mundial de Contadores de Paris. São Paulo: Atlas, 1999, p. 284 .

Refletindo a discussão em torno da questão da avaliação dos itens


patrimoniais, recentes alterações na Lei n.º 6.404/1976 introduziram o
conceito de valor justo de itens do ativo, conceito que possui aplicações
variadas, dependendo do ativo que se quer avaliar. Acerca desse tema,
assinale a opção correta.

a) Para estoques em geral, o valor justo é o custo de reposição.

b) Para bens do ativo imobilizado, o valor justo é o preço de transferência.

c) Para as matérias-primas, o valor justo é o preço líquido de realização por


venda no mercado.

d) Para instrumentos financeiros sem mercado ativo, o valor justo é o valor


obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação.

e) O valor que se pode obter em um mercado ativo, decorrente de transação


não compulsória realizada entre partes independentes, é o conceito de valor
justo para mercadorias destinadas à venda.

26 - Cespe - 2010 - ABIN - Em cada um dos itens seguintes, é apresentada


uma situação hipotética que não está relacionada com combinações de
negócios, seguida de uma assertiva a ser julgada. Determinada entidade, ao
realizar os testes para a recuperabilidade de seus ativos, não encontrou
mercado ativo para sua unidade geradora de caixa, estimando, porém, que o
correspondente valor em uso era de R$ 10 milhões. O valor contábil líquido da
unidade geradora de caixa registrava R$ 12 milhões. Nessa situação, a
entidade deveria reconhecer o fato com reduções no ativo e no resultado do
período pelo valor da diferença de R$ 2 milhões.
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27 - Cespe - 2010 - ABIN - Ao realizar os testes para a recuperabilidade de


seus ativos, determinada entidade realizou as estimativas para o valor
recuperável de sua unidade geradora de caixa, encontrando um valor
realizável líquido de R$ 3,5 milhões e um valor de uso de R$ 3 milhões. O valor
contábil líquido da unidade geradora de caixa está registrado como R$ 4
milhões. Nessa situação, a entidade deverá reconhecer uma perda ao valor
recuperável de R$ 1 milhão.

28 - Cespe - 2010 - ABIN - Em cada um dos itens seguintes, é apresentada


uma situação hipotética que não está relacionada com combinações de
negócios, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Diante dos testes para a recuperabilidade de seus ativos, determinada


entidade levou em conta a possibilidade de uma futura reorganização. As
estimativas do valor em uso foram de R$ 7 milhões, caso excluída a receita
marginal advinda da reorganização, e R$ 10 milhões, incluindo tal receita. A
entidade não encontrou mercado ativo para sua unidade geradora de caixa. O
valor contábil líquido da unidade geradora de caixa estava registrado como R$
8 milhões. Nessa situação, não houve perda a ser contabilizada relacionada à
unidade geradora de caixa.

29 - Cespe - 2010 - ABIN - A entidade deve testar a redução ao valor


recuperável de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando
seu valor contábil com seu valor recuperável,caso exista alguma indicação de
redução no mercado ativo do intangível.

30 - Cespe - 2010 - MPU - A diminuição do valor dos elementos dos ativos


imobilizado e intangível da Companhia deve ser registrada periodicamente nas
contas de depreciação, de amortização ou de exaustão, sendo vedada qualquer
alteração nos critérios utilizados para a determinação da vida útil econômica
estimada do bem e para o cálculo da redução de valor a contabilizar.

31 - Cespe - 2010 - MPU – Com base no que dispõe a legislação sobre


sociedades por ações, julgue os itens subsequentes.

O valor justo das aplicações em instrumentos financeiros, na ausência de


mercado ativo, é obtido por meio do cálculo do valor líquido atual dos fluxos de
caixa futuros de instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares.

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32 - Cespe - 2010 - MS - Uma clínica radiológica comprou um mamógrafo


digital, por R$ 403.200,00, em 31/10/2006. Segundo o fabricante, a vida útil
do aparelho é de oito anos. Nessa situação, se a empresa realizar a
depreciação pelo método linear, no final de 2009, o valor líquido desse bem
será aproximadamente 60% do valor de custo.

33 - Cespe - 2010 - DPU - Determinada empresa adquiriu um caminhão em


1.º de maio de 2006 por R$ 120.000,00, colocando-o imediatamente em uso.
O valor residual deste imobilizado foi estimado em R$ 19.200,00 e sua vida útil
em 4 anos. Anualmente, contudo, são realizadas despesas de manutenção no
veículo estimadas em R$ 4.000,00, anuais. O setor de contabilidade reconhece
mensalmente as despesas, incluindo a depreciação.

Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que a despesa de


depreciação somou:
a) em 2006, R$ 25.200,00.
b) em 2007, R$ 29.200,00.
c) em 2008, R$ 67.200,00
d) em 2009, R$ 25.200,00.
e) em 2010, R$ 12.400,00.

34 - Cespe - 2010 - TRE-MT - De acordo com os critérios de avaliação dos


elementos do passivo no balanço patrimonial, segundo a Lei n.º 6.404/1976,
obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto
sobre a renda a pagar com base no resultado do exercício, devem ser
avaliados pelo:

a) custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação,


amortização ou exaustão.
b) seu valor justo.
c) valor atualizado até a data do balanço.
d) custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao
valor de mercado, quando este for inferior.
e) custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na
realização do seu valor

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35- FCC-MPEAP-2012 - Para que seja reconhecida uma perda de valor


recuperável de um ativo, o valor:
A) de custo estará sempre maior do que o valor em uso.
B) em uso sempre superará o valor de custo.
C) justo encontrado sempre superará o valor de custo.
D) em uso tem que ser maior que o custo e o valor justo.
E) em uso e o valor justo será sempre inferior ao valor de custo.

36 – CFC Suficiência 2011 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos se


aplica a todos os ativos a seguir, EXCETO a:
a) Ativo Intangível.
b) Estoque.
c) Imobilizado.
d) Investimento em Controlada.

Para responder às questões de números 37 a 39, considere os dados a seguir.


A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes
características:

VL Líquido de venda: 5 100 000


VL Uso 5 000 000
VL Contábil bruto 8 000 000
Depreciação acumulada 2 000 000
Provisões para perda registradas 600 000

37 - FCC-ICMS-SP-2009 - O valor recuperável desse ativo é, em R$:


A) 5.000.000,00
B) 5.100.000,00
C) 5.400.000,00
D) 5.600.000,00
E) 6.000.000,00

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38 - FCC-ICMS-SP-2009 - O valor líquido contábil é, em R$:


A) 6.000.000,00
B) 5.600.000,00
C) 5.400.000,00
D) 5.100.000,00
E) 5.000.000,00

39 - FCC-ICMS-SP-2009 - A perda por redução ao valor recuperável é, em


R$:
A) 3.000.000,00
B) 2.600.000,00
C) 1.000.000,00
D) 600.000,00
E) 300.000,00

40 - FCC-TCE-2012 - A empresa Inovação S.A. fez um novo investimento em


uma nova unidade de negócios, no nordeste brasileiro, no valor de R$
1.000.000,00. Após um ano de funcionamento houve alagamento na região e
inundação da fábrica. O valor contábil da unidade de negócios, neste momento
era de R$ 900.000,00, já considerando as perdas e gastos com recuperação.
Seu valor de venda apurado, mediante propostas formais de interessados a
comprá-la, apresentava valor médio de R$ 1.500.000,00 e o valor do fluxo de
caixa descontado da unidade sugeria a recuperação do valor de R$
800.000,00. Neste caso a empresa deverá:
A) registrar uma perda de valor recuperável de R$ 100.000,00.
B) registrar uma complementação do valor de custo pelo valor justo de R$
600.000,00.
C) manter o valor de custo de R$ 900.000,00.
D) restabelecer o valor de aquisição de R$ 1.000.000,00.
E) registrar pelo valor de mercado de R$ 1.500.000,00.

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Gabarito

1 E 6C 11 C 16 C 21 E 26 C 31 C 36 B 41 46
2 E 7E 12 C 17 C 22 E 27 E 32 C 37 B 42 47
3 A 8E 13 C 18 C 23 E 28 E 33 D 38 C 43 48
4 B 9C 14 C 19 C 24 E 29 E 34 C 39 E 44 49
5 A 10 E 15 E 20 E 25 D 30 E 35 E 40 C 45 50

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

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