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FACULDADE DE ECONOMIA
LUANDA
DISCIPLINAS:
CONTABILIDADE BANCÁRIA
E
CONTABILIDADE DAS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Vamos aqui ver alguns aspectos do sistema, importantes para uma melhor
compreensão da Contabilidade Bancária e da Contabilidade de Outras
1
Instituições de Crédito (IC).
1.1.Posicionamento económico
2
• Estimularam a poupança dos cidadãos, criando esquemas atraentes
de depósitos.”
Ministério das
Finanças
Autoridades
3º Monetárias
Sector BNA Banco Central
Monetário Instituições
2º de Crédito
1º Sector
Sector Interno Financeiro Sector não Sociedades e Outras
Entidades
Monetário Financeiras não Bancárias
Administração Central
Economia Sector não Sector Público Administração Local
Financeiro Segurança Social
Sector Produtivo Empresas Públicas (Não
Financeiras)
Outras Empresas (Não
Financeiras)
Particular/Famílias
Sector Externo
3
conjunto das instituições financeiras.
• Órgãos Político-Decisores
4
país;
d) Elaborar, em colaboração com o BNA, um programa de recurso ao
financiamento externo do Estado;
e) Participar, em colaboração com o BNA, na negociação da dívida
externa do país e no estabelecimento do respectivo serviço.
• Órgãos de Supervisão
• Intermediários
GOVERNO
Órgãos
Político-
Decisores
MINISTÉRIO MINISTERIO
DAS DE A. P., E. e
Órgãos
Executivos, de Controlo e
BANCO AGÊNCIA A. ÖRGÃO DE S. Supervisão
NACIONAL DE R. E S. DE DO M. DE (o BNA é
SEG. VALORES
DE também
MOBILIARIOS
um
órgão
consultivo)
Intermediários
Financeiros
7
• Situação Actual
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Apoio Social; Fundo de Desenvolvimento Rodoviário; Fundo de
Apoio ao Empresariado Nacional; Fundo Nacional de
Desenvolvimento, o Fundo de Fomento Empresarial e o Fundo de
Capital de Risco; o Fundo de Desenvolvimento Económico e Social
foi extinto em 2006);
˙ Dez Instituições de Previdência Social (Montepio Geral de Angola;
Caixa de Aposentações dos Funcionários do Comissariado
Provincial de Luanda, antes Caixa de Aposentações dos
Funcionários da Câmara Municipal de Luanda; Caixa de Auxílios
dos Correios e Telégrafos de Angola, antes Caixa de Auxílios dos
Empregados dos Correios, Telégrafos e Telefones de Angola; Caixa
de Pensões e Aposentações do Pessoal das Alfândegas de Angola;
Caixa de Previdência dos Caminhos de Ferro de Benguela, antes
Caixa de Reformas, Pensões e Sociedade do Pessoal do Caminho de
Ferro de Benguela; Cofre de Previdência dos Funcionários Públicos
de Angola; Cofre de Previdência do Pessoal do Ministério do
Interior, antes Caixa de Previdência do Pessoal da Polícia de
Segurança Pública de Angola; Caixa de Previdência das FAA;
Montepio Ferroviário de Angola e a Caixa de Crédito dos
Funcionários de Apoio à Presidência).
− Órgãos Reitores
A Lei do Banco Nacional de Angola, de 15 de Julho de 2010, Lei 16, que
revoga toda a legislação anterior, concretamente a Lei Orgânica do Banco
Nacional de Angola de 11 de Julho de 1997, estabelece no seu artigo 48º 1
os seguintes órgãos reitores:
1. Governador
2. Vice Governador 2 ou Vice Governadores
3. Conselho de Administração
4. Conselho de Auditoria
5. Conselho Consultivo
1
Vid. artigo 48º da Lei 16/10, do BNA.
2
Por achar conveniente acrescentá-mo-lo. Está previsto na Lei do BNA a existência de vice
governadores,
como diz o artigo 51º da Lei, mas o artigo 48º não o tinha em conta.
9
funções por um período de cinco anos.
Governador
Dois Vice
3
Vid. artigo 6º da Lei nova de 2015.
4
Vid. artigo 9º da Lei 12/15.
10
Gabinete do Gabinete de
Governador Auditoria Interna
Gabinete de
Desenvolviment
o
Conselho de Conselho de
Conselho Administração Auditoria
Consultivo
Departamento de Sistemas de Pagamentos e Operações
Departamento Administrativo
Delegações Regionais
ídi
ã d
d
5
Vid. artigo 3º da Lei 16/10, do BNA.
11
acompanhamento e controlo da política cambial e o respectivo
mercado;
f) Actuar como intermediário, nas relações monetárias internacionais
do Estado;
g) Velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional, assegurando
a função de prestamista ou financiador em última instância;
h) Gerir as disponibilidades externas (reservas de divisas) do país que
lhe estejam cometidas;
i) Participar na elaboração da programação financeira anual do
Executivo, de modo a compatibilizar a gestão das reservas cambiais
e o crédito a conceder pelo BNA com as necessidades de
estabilização e desenvolvimento da economia;
j) Garantir e assegurar um sistema de informação, compilação e
tratamento das estatísticas monetária, financeira e cambial e outros
documentos, como instrumento eficiente de coordenação, gestão e
controlo;
k) Elaborar e manter actualizado o registo completo da Dívida Externa
do país e efectuar a sua gestão;
l) Elaborar a Balança de Pagamentos externos do país;
m) Exigir a qualquer entidade, pública ou privada, que lhe sejam
apresentadas, directamente as informações necessárias para o
cumprimento das suas funções ou, por motivos relacionados com as
suas atribuições em matéria de política monetária e cambial e do
funcionamento dos sistemas de pagamentos, regulando-os,
fiscalizando-os e promovendo a sua eficácia.
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1.1.4.1. Evolução Histórica na Banca
1.1.4.1.1. No Mundo
13
Os trapezistas atenienses já se notabilizavam pela lisura com que
procediam, recebendo dinheiro em conta corrente, de cuja operação não
lhes era exigido recibo.
Era costume entre judeus lombardos, trazer para a praça ou feira uma
banca sobre a qual efectuavam as operações de compra e troca de
moedas, de compra e venda de ouro e pedras preciosas e de depósitos ou
restituição de dinheiro.
Se por analogia nos foi dado achar a origem das palavras banco e
banqueiro, vejamos pelo mesmo processo se nos é possível encontrar a
origem da palavra bancarrota, cuja locução queria designar o fracasso de
um banco.
Roma, que era rica e senhora do mundo, quando lhe faltou a fonte da qual
hauria toda a sua riqueza, caíra em negra miséria.
14
Esse estado de miséria a que chegara a rainha do mundo, onde entretanto
havia grandes tesouros de arte, atraíra a cobiça de estrangeiros, que para
ela afluíram com grandes capitais, empregando-os em diversas
especulações. Entre as que mais seduziram esses estrangeiros estavam o
comércio e a indústria, especialmente o comércio bancário.
O Banco de São Jorge, que chegou a tornar-se perigoso para o Estado pela
sua grande importância, durou quase quatro séculos, vindo a falir em
1797.
Dos bancos então criados, dois conseguiram resistir aos embates das lutas
oriundas de tal expansão e chegar até aos nossos dias, ostentando na sua
grandeza actual uma tradição gloriosa.
O primeiro, fundado com o nome de Banca della Pietà, em 1539, tem hoje
o nome de Banca di Napoli e é um dos maiores bancos do mundo e de
mais perfeita organização.
15
de 6ª feira, 08 de Março de 2013 diz que é um dos Bancos mais antigos do
mundo e o terceiro maior da Itália.
1.1.4.1.2. Em Angola
18
Neste novo panorama o BNA passou a dedicar-se à função de banco central,
transferindo de forma gradual a faixa comercial aos bancos comerciais.
Assim o BPA de simples caixa de captação de poupanças viu alargado o
âmbito da sua actividade passando a ter funções de banco comercial, e
através do Decreto 47/91 de 16 de Agosto, altera a designação para Banco de
Poupança e Crédito (BPC). Duas novas instituições públicas foram criadas,
nomeadamente o Banco de Comércio e Indústria (BCI), pelo Decreto 08-A/91
de 16 de Março, com início de actividade a 11 de Julho de 1991 e a Caixa de
Crédito Agro-Pecuária e Pescas (CAP), pelo Decreto 08-B/91 de 16 de Março, e
com início de actividade em 29 de Maio de 1991. Entretanto, esta última
instituição abriu falência e foi extinta a 26 de Maio de 2000, pelo Decreto
28/00.
19
Quadro 4. Entidades de Crédito em Angola
Banco Nacional de
20
1.2. Intermediação Financeira e Prestação de Serviços
21
uma IC produz informação cujo interesse para a condução da política
económica é indiscutível, quer ao nível da política monetária (reservas
obrigatórias, redesconto, crédito interno) e quer ao nível da política
cambial (taxa de câmbio, disponibilidades sobre o exterior).
A economia dos nossos dias, é cada vez mais complexa. A sua análise e o
seu entendimento requerem processos sofisticados e grandes doses de
imaginação. As inter-relações entre a economia real e os sistemas
financeiros são de tal tenor que, não somente a actividade e o
comportamento de um afecta sensivelmente à conduta do outro, senão
que determinadas entidades financeiras e agentes produtivos de outros
sectores, são partes integrantes de uma mesma unidade de decisão. Tudo
isto deve entender-se como uma resposta ao processo de crescimento
seguido por determinado sistema económico.
24
1.2.1.4. Vantagens da Intermediação Financeira
25
entre outros.
Estes, à diferença dos anteriores, os seus passivos não são dinheiro, por isso,
a sua actividade é mais mediadora do que a daqueles. Dentro dos
intermediários financeiros não bancários podem-se incluir uma grande
variedade de instituições, com características próprias para cada país, mas
que se podem recolher nos seguintes subgrupos:
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aparecem, em muitos países, dentro dos intermediários financeiros
bancários pois que, como a banca, captam recursos à vista
mobilizáveis mediante cheque, que constituem dinheiro.
• Redução do Risco
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nominal, circunstância que pode estar vedada a muitos indivíduos
cujos recursos sejam inferiores a estes nominais mínimos. Por isto, o
intermediário financeiro pode diversificar mais, porque a sua carteira
de activos é maior.
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crédito, na apreciação e decisão de qualquer operação. Toda e qualquer
operação de crédito comporta em si um risco e neste sentido deve ser
considerado.
É evidente que o risco tem um campo de análise muito vasto, por vezes,
difícil, complexo, e, em muitos casos, até subjectivo.
➢ Há, ainda, o “jogador” que gosta de correr riscos ou tem perante eles
uma atitude de confrontação ou desafio; sente-se atraído pelo abismo
e gosta de experimentar a sensação.
Por outro lado, as técnicas de análise do risco têm vindo, ao longo dos
tempos, a experimentar diversas adaptações face a crescente complexidade
e volume do crédito e, também, às novas tecnologias e recursos de gestão
disponíveis, mas visando sempre minorar a influência dos riscos de
natureza subjectiva.
➢ Conflitos sócio-laborais;
➢ Catástrofes naturais;
32
empresa, etc. Apreciado de outra forma poderíamos assim sintetizar:
1. Subjectiva
33
do rigor técnico da análise ou da natureza das garantias. Hoje em dia existe
uma clara tendência, até pelos meios tecnológicos disponíveis, mais ou
menos sofisticados, de reduzir o peso e influência dos riscos de natureza
subjectiva nas decisões de crédito.
2. Objectiva
3. Previsível
4. Imprevisível
1. Divisão/Diversificação da clientela
4. Diversificação territorial
1. Por clientes
35
➢ Situação económico-financeira e conclusões da análise de balanços
com destaque para os coeficientes de liquidez, solvabilidade e
endividamento;
3. Por países/regiões
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domésticas. Também nos empréstimos internacionais o grau de risco-país é
elemento fundamental na definição da respectiva taxa de juro. Daí haver
países com taxas de juro bem mais gravosas que outros, face ao seu
posicionamento mais desfavorável no ranking internacional:
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perante terceiros).
3. Imobilização
E quanto mais rígido e mais volumoso for esse imobilizado maior será o
custo.
Com efeito, o crédito, como o sangue, deve circular pelas vias certas e no
ritmo adequado para alimentar e revigorar as células do tecido económico e
social. Quanto mais circular mais gente serve e mais actividades suporta e
desenvolve. A imobilização, pelo contrário, corresponde à estagnação, é
improdutiva, não gera riqueza, tem custos e pode ser fatal.
4. Impacto económico
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demais instituições financeiras, por vezes associadas ou cruzadas, revela-se
dum poder e duma força planetária decisiva e fundamental.
➢ Assim sendo, o crédito bancário e o das outras IC, como capital alheio,
deve ter permanência temporária e não definitiva ou excessivamente
prolongada dentro da empresa, mas ajustada à finalidade de crédito e
da operação que o suporta;
Tal prática, a maior parte das vezes, não serve senão para disfarçar a
situação de crise da empresa, deteriorar as relações com a IC e protelar
decisões cada vez mais gravosas.
➢ Deve, ainda, ter sempre em conta a estreita co-relação existente entre
objectivo-prazo-segurança.
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Daqui que se verifique um crescente movimento de liberalização e
desregulamentação que, sem perda do desejável rigor, permita uma maior
flexibilização para mais rápida adaptação aos mercados.
Por outro lado, há que proteger os interesses de todos os intervenientes no
sistema e regular o bom funcionamento da actividade financeira de modo a
prevenir crises ou rupturas e orientá-la no apoio à política económica.
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Depois, porque a sua composição influenciará a selecção do tipo de
operações de crédito e, consequentemente, a opção pelos sectores de
actividade e mercados onde elas prevaleçam.
Assim, fácil se torna compreender que, estando a instituição condicionada,
para além das disposições legais, à evolução destas duas variáveis e sujeita
ao peso das imobilizações, às repercussões nefastas das crises económicas
ou outras, é importante a adopção duma política de crédito criteriosa e
segura. Política essa que deverá, também, ter em conta a indispensável
flexibilidade para permitir, a qualquer momento, uma rápida adaptação às
condições da instituição e do mercado.
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reembolsáveis e em conceder créditos por sua própria conta”.
45
l) Efectuar transacções por conta própria ou alheia sobre instrumentos
do mercado monetário, financeiro ou cambial;
➢ Conceda crédito.
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valores para cobrança se, e na medida em que o produto desta ficar
sujeita a determinadas condições, feita por uma pessoa a outra);
♦ Os contratos de factoring;
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O regime para o exercício da actividade bancária em Angola vem expresso
na Lei 12/15 de 30 de Setembro, e em Avisos, Instrutivos e Directivas
dimanadas pelo BNA, sendo de realçar as seguintes disposições:
〉 Balanço global;
〉 Demonstração de Resultados;
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1.2.1.10. Técnicas de Intervenção do Estado na Economia, via Sistema
Bancário
1.2.1.10.1. Directas
1.2.1.10.2. Indirectas
• Política de redesconto;
Estes laços costumam ser mais estreitos no caso dos grandes bancos e das
grandes empresas não bancárias.
51
complementaridade entre o sistema financeiro e a economia real. Portanto,
não pode suster-se uma subordinação do aparelho produtivo ao sistema
creditício.
Para que seja possível que o sistema financeiro seja visto como
intermediação entre os que poupam e os investidores, se requer que a
intermediação possa oferecer um incentivo suficiente no que diz respeito à
segurança e ao rendimento, para fomentar a poupança em lugar do
consumo. Os intermediários financeiros não podem ser meros mediadores
sem ausência de risco, mas devem actuar como verdadeiros agentes
económicos que, ao mesmo tempo que prestam o serviço, acrescentam valor
económico e conseguem um benefício que compense o ter assumido o risco.
(fluxo real)
EMPRESAS
(fluxo monetário)
Factores Remune-
R Financiame
APLICAÇÕES
Bens Pagamento nto
ração dos ao
RECURSOS de
Produ- Investiment e
Bens Factores o Bens
APLICAÇÕES
RECURSOS
tivos Produtivos e
Serviços e RECURSOS
(Salários,
(Trabalho, Serviços
Serviços
Juros,...) 52
capital,...)
Poupança
Fonte: Instituto de Formação Bancária (2005) Contabilidade Bancária
Explicação do Quadro 4
Famílias
Factores Salários,
produção lucros, 1º Circuito
(fluxo real) rendas
Empresas
53
Empresas
Meios de
Bens e
pagamento
Serviços
(fluxo
(fluxo real)
monetário) 2º Circuito
Famílias
Famílias
Bancos 3º Circuito
Empresas
Poupança e investimento
(fluxos financeiros)
1.2.2.1. Caracterização
Sabemos que a resposta a esta pergunta passa por uma das funções da
actividade bancária – a prestação de serviços bancários.
- A cobrança de valores;
- O depósito e guarda de títulos;
- O pagamento de consumos (água, telefone, electricidade, etc.);
- O pagamento de ordenados.
Quadro 5. Serviços
Garantias Bancárias
Informações Comerciais
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1.3. Enquadramento legal da actividade das Instituições de Crédito
2.2.Cronologia Legislativa
- À terminologia;
- Ao âmbito das contas;
- Às regras de valorimetria dos elementos patrimoniais;
- À determinação dos resultados;
- À elaboração e apresentação das peças contabilísticas.
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A multiplicidade de critérios apontada não traria vantagens: nem para os
bancos e outras instituições de crédito, que não teriam possibilidade de se
situarem comparativamente; nem para a didáctica, dado que as escolas e
os profissionais de contabilidade usariam critérios diferentes; nem para a
análise económica, por não permitir análises sectoriais, regionais e
nacionais; nem para o Estado, porque os elementos estatísticos
necessários para o planeamento da economia, seriam diversos.
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Inspecção Geral de Crédito e Seguros (IGCS).
- Disponível e Realizável
- Imobilizado
ACTIVO - Outras Contas do Activo
- Contas de Ordem
- Exigível
- Outras Contas do Passivo
- Provisões
PASSIVO - Capital e Reservas
- Resultados
- Contas de Ordem
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Fonte: Instituto de Formação Bancária (2005) Contabilidade Bancária
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O PCIF, por força de uma tendência crescente para o interrelacionamento
e interdependência dos mercados financeiros nacionais, não poderia
afastar-se significativamente dos padrões internacionalmente seguidos,
nas suas várias vertentes: nomenclatura; quadro de operações; critérios
valorimétricos; e princípios contabilísticos.
1 2 3 4 5 6 7
63
X XX XX XX XX XX XX
1. Activo;
2. Passivo;
3. Interesses Minoritários;
4. Fundos Próprios;
5. Resultado do Exercício;
6. Fluxo de Caixa do Período;
7. Mutações nos Fundos Próprios;
9. Contas Extrapatrimoniais.
1. ACTIVO
1.10 . DISPONIBILIDADES
1.20. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ
1.30. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
1.40. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
1.50. CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
1.60. OPERAÇÕES DE CÂMBIO
1.70. CRÉDITOS
1.75. CLIENTES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS
1.80. OUTROS VALORES
1.85. INVENTÁRIOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS E ADIANTAMENTOS A
FORNECEDORES
1.90. IMOBILIZAÇÕES
2. PASSIVO
2.10. DEPÓSITOS
2.20. CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ
2.30. CAPTAÇÕES COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
2.40. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
2.50. OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS
2.60. OPERAÇÕES DE CÂMBIO
2.70. OUTRAS CAPTAÇÕES
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2.80. OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.85. FORNECEDORES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS
2.90. PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS
2.95. PROVISÕES TÉCNICAS
3. INTERESSES MINORITÁRIOS
3.10. CAPITAL SOCIAL
3.20. RESERVA DE ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL SOCIAL
3.30. RESERVAS E FUNDOS
3.40. RESULTADOS POTENCIAIS
3.50. RESULTADOS TRANSITADOS
3.60. (-) DIVIDENDOS PAGOS ANTECIPADAMENTE
3.70. RESULTADO DA ALTERAÇÃO DOS CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS
3.80. (-) ACÇÕES OU QUOTAS PRÓPRIAS EM TESOURARIA
4. FUNDOS PRÓPRIOS
4.10. CAPITAL SOCIAL
4.20. RESERVA DA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO CAPITAL
4.30. RESERVAS E FUNDOS
4.40. RESULTADOS POTENCIAIS
4.50. RESULTADOS TRANSITADOS
4.60. (-) DIVIDENDOS ANTECIPADOS
4.70. RESULTADO DA ALTERAÇÃO DE CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS
4.80. (-) ACÇÕES OU QUOTAS PRÓPRIAS EM TESOURARIA
5. RESULTADO DO EXERCÍCIO
5.10. RESULTADO OPERACIONAL
5.20. RESULTADO NÃO OPERACIONAL
5.30. ENCARGOS SOBRE OS RESULTADOS CORRENTES
5.80. INTERESSES MINORITÁRIOS
5.90. APURAMENTO DO RESULTADO
65
7.50. MUTAÇÕES NOS RESULTADOS TRANSITADOS
7.60. MUTAÇÕES NOS RESULTADOS ANTECIPADOS
7.70.MUTAÇÕES NO RESULTADO DA ALTERAÇÃO DOS CRITÉRIOS
CONTABILÍSTICOS
7.80. MUTAÇÕES EM ACÇÕES OU QUOTAS PRÓPRIAS EM TESOURARIA
7.90. VARIAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS
9. CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
9.10. CONTAS DE CONTROLO
9.20. RESPONSABILIDADES POR VALORES CONTINGENTES
9.99.DEVEDORES E CREDORES POR RESPONSABILIDADES
EXTRAPATRIMONIAIS
66
O registo da movimentação contabilística deve ser efectuado, no mínimo,
no nível da conta.
⇒ Princípio da Entidade
Reconhece o património como objecto da Contabilidade e afirma
autonomia patrimonial, independentemente de pertencer a uma pessoa,
um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Como observação,
ressalta que a soma ou aglutinação contabilística não resulta em nova
entidade, mas numa unidade de natureza económico-contabilística.
⇒ Princípio da Continuidade
Presume-se que a instituição continue as suas actividades, não tendo
intenção nem necessidade de entrar em liquidação ou de reduzir
significativamente a sua actividade, até que surjam novas evidências em
contrário. O pressuposto que a instituição tem continuidade operacional
indeterminada influencia tanto a classificação como os critérios de
avaliação do património e das suas mutações, tanto quantitativas como
qualitativas. A observância deste princípio é indispensável à correcta
aplicação do Princípio da Especialização, em virtude da relação entre a
quantificação do património e a realização de proveitos e apropriação de
custos com a continuidade da entidade.
68
líquido, quando se apresentarem opções igualmente válidas diante dos
demais princípios contabilísticos. Determina a adopção do menor valor
para os componentes do activo e maior para os do passivo, sempre que se
apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o património líquido.
〉 Materialidade e Relevância
As demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que
sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões de terceiros,
inclusive eventual mudança de política contabilística que tenha efeitos
materialmente relevantes nos exercícios sociais subsequentes;
72
A Abertura de Crédito é um contrato em que o banco se obriga a ter à
disposição de um cliente, fundos, até um determinado montante e por um
determinado período de tempo, fundos esses que o cliente utilizará de
acordo com as suas conveniências, estando obrigado a reembolsar o
banco os fundos que utilizar, pagar a respectiva remuneração (o juro)
bem como eventuais comissões a que haja lugar.
➢ O Aval Bancário.
3.1.2.4. Preço
Cada produto tem preços de venda que, segundo a sua natureza, podem
ser uniformes ou divergir de cliente para cliente e, segundo a modalidade
ou tipo, pode ter relação quer com fixações feitas pelas autoridades
monetárias, quer com as práticas que a concorrência vai adoptando.
74
• De natureza administrativa.
Apresentamos, a seguir, um quadro do preço de venda dos diversos
produtos que integram a actividade bancária, sistematizado de acordo
com a natureza do produto:
3.1.3.1. Caracterização
As IC oferecem no seu dia a dia uma gama diversificada de produtos aos
seus clientes, ligada à sua vocação tradicional, e de serviços com ou sem
expressão patrimonial.
75
3.1.3.2. Produtos de Intermediação do Balanço
A intermediação financeira é uma das funções da actividade bancária e
da de outras IC, que se materializa através de vários produtos existentes:
os produtos de intermediação do balanço. Pelo seu carácter inovador, o
Plano atribui grande peso e importância às aplicações e recursos
interbancários, que podem ser sistematizados da seguinte forma:
➢ Aplicações
• Interbancárias
• Crédito
• Financeiras
• Fundos consignados
➢ Recursos
• Interbancários
• Depósitos à ordem
• Depósitos com pré-aviso
• Depósitos a prazo
3.1.4.2. Resultados
RF = JA - JP
PB= RF +
SB
CO = CP + FT + ST +
Am
RB=PB - CO
Resumindo, tem-se:
RB = PB – CO
PB = RF + SB
RF = JA – JP
CO = CP + FT + ST + Am
Ma = TR -
TB
78
Para a margem dos recursos, estabelece-se a diferença entre a taxa
padrão (TB) e a taxa normalizada dos recursos (TR). Assim a margem
bruta ou comercial (Mr) virá:
Mr = TB -
TR
É evidente que os resultados devem ser idênticos (em RF, PB e RB) aos
alcançados pelo método tradicional ou contabilístico.
79
posições em moeda estrangeira;
• O apuramento de resultados efectua-se mais de acordo com a
realidade do mercado de câmbios e as situações de risco envolvidas.
Esquema de Contabilização
Exemplos:
80
O Banco compra ao O Banco decide O Banco vende de
seu cliente Manuel contratar com o seu imediato ao seu cliente
um cheque no valor cliente David, uma Fortunato USD 1
de USD 1 milhão a venva de USD 1 milhão milhão por EUR
AKZ 80.00 por USD. a efectuar daqui a 90 950.000.00 com a
dias ao câmbio de AKZ condição de, num
83.00 por USD. prazo de 90 dias
comprar o mesmo
valor de USD por EUR
950.000.00.
Estas três situações realizadas pelo Banco são alguns dos exemplos das
referidas operações.
2. Outras avaliações
➢ Títulos de investimento (24) 1310000A1
- Custos de aquisição (títulos emitidos ao valor nominal)
- Valor nominal (títulos emitidos ao valor descontado)
➢ Imobilizações, incluindo Participações Financeiras
- Custo de aquisição em MN, excepto:
- Quando as reavaliações legalmente autorizadas e incorporadas
em “Reservas de Reavaliação”
- Quando a aquisição de imobilizado em ME se encontra coberta por
uma operação de financiamento em condições de prazo e
montante adequados
➢ Restantes elementos patrimoniais, passivos eventuais e
compromissos
- Valor contratado
➢ Demais valores extrapatrimoniais
- Valor nominal, ou
- Valor convencional
82
MOEDA POSIÇÃO SPOT CÂMBIO MÉDIO CONTRAVALOR
(À VISTA) DO DIA
USD 1.000.000.00 83.00 83.000.000.00
AKZ 80.000.000.00 1.00 80.000.000.00
Diferencial de Reavaliação 3.000.000.00
Perante o resultado apurado, o lançamento a efectuar será:
Caracterização
83
Passemos a uma breve análise dos títulos de acordo com:
➢ O tipo de rendimento
➢ A intenção de aquisição
De acordo com o tipo de rendimento que conferem, os títulos agrupam-se,
em:
� Rendimento Fixo
São exemplos de títulos de rendimento fixo: Bilhetes do Tesouro;
Certificado em Leilão de Investimento Público (CLIP); Obrigações (emissão
pública e privada) e Certificados de Depósitos.
� Rendimento Variável
São exemplos de títulos de rendimento variável: Acções e Unidades de
Participação.
� Rendimento Fixo e Variável
São exemplos de títulos de rendimento fixo e variável: Títulos de
Participação e Unidades de Participação.
Tratamento contabilístico
O tratamento contabilístico dos títulos é bastante complexo, dada a sua
diversificação, pelo que em forma de apresentação nos basearemos num
exemplo de contabilização de aquisição e manutenção em carteira de
títulos de negociação de rendimento variável.
Exemplo:
84
• Objectivo
• Tipo de rendimento
Caracterização
Se as instituições, de modo geral, honram os seus compromissos para com
os depositantes, nem sempre o mesmo acontece por parte dos seus
clientes de crédito que, por razões diversas, nem sempre satisfazem as
suas dívidas no respectivo vencimento, fazendo com que estas entrem em
situação de incumprimento.
Os Bancos e outras IC têm todo o interesse em relevar contabilisticamente
o crédito concedido na referida situação.
A relevação contabilística do crédito e juros vencidos, por regularizar,
processa-se nas contas:
(28) 1710090A1 – Crédito Vencido principal,
1710092A3 – Crédito Vencido – Juros e
1710098A5 – Crédito Vencido – Juros Vencidos a Regularizar
85
Contabilização do Capital
São transferidos para a conta (28) 1710090A1 todos os créditos (capitais)
que se encontrem por regularizar, independentemente da sua titulação,
decorridos, no máximo, trinta dias sobre o seu vencimento.
No entanto a instituição pode efectuar a sua transferência logo que
entenda que estão esgotadas as possibilidades de uma regularização
imediata.
É dado o mesmo tratamento às prestações de capital contratualmente
previstas para períodos futuros mas que, por razões de não cumprimento
de uma das prestações (de capital ou de juros) possam, nos termos legais,
considerar-se vencidas e em relação às quais existam dúvidas quanto à
sua cobrabilidade.
Exemplo:
A agência central do Banco Renascer concedeu um crédito em conta
corrente, no valor de AKZ 40.000.00 à sua cliente Sociedade Turística da
Funda, SARL, para esta proceder à renovação parcial do mobiliário da sua
unidade hoteleira.
O empréstimo referido deveria ser liquidado em 5 prestações semestrais de
AKZ 8.000.00 acrescidas dos juros vencidos.
No entanto à data do vencimento da 3ª prestação, que já não foi paga, a
empresa entrou em situação de insolvência.
Consequentemente, o Banco Renascer decidiu passar todo o crédito não
liquidado para “Crédito Vencido”.
Na base desta atitude, estiveram as fortes dúvidas quanto à possibilidade de
a garantia, prestada por um dos sócios no caso previsível de falência, cobrir
a dívida na sua totalidade.
Refira-se, ainda, que à data da 3ª prestação, os juros vencidos eram de AKZ
2.200.00.
86
1. PELO CAPITAL
24.000.00
2. PELOS JUROS
- No dia do vencimento:
3.2.4. Provisões
88
Para maior clarificação do esquema de contabilização de operações de
provisões, veremos o seguinte exemplo:
Daqui resulta que o saldo final de provisões para crédito vencido poderá
atingir 886,7 milhões de kzs. Como, porém, a referida rubrica já
apresentava um saldo acumulado de 850,7 milões de kzs, teremos que o
reforço da provisão do exercício é de 36,0 milhões de kzs, e o lançamento
a efectuar será:
TABELA I TABELA II
Taxas específicas estabelecidas por Taxas genéricas, aplicáveis a
ramos de actividade (classificação quaisquer ramos de actividade
de acordo com a classificação das
90
actividades económicas pelo INE)
Data
92
• Juro (custo ou proveito) postecipado se o pagamento ou recebimento se
verifica no fim
Juro postecipado
Data
Esquema de contabilização
Exemplo:
93
2.040.00 Setembro 2.040.00
94