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Luanda, 2022
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
HUMBERTO DA ROSA FILIPE
“Licenciado em Matematica”
Luanda, 2022
Dedicatória
À minha esposa:
i
Agradecimentos
Aos meus familiares, amigos e todos aqueles que de forma directa ou indirecta me
apoiaram para a concretização deste projecto investigativo.
ii
Epígrafe
iii
Resumo
iv
Abstract
The present dissertation subordinated to the theme, "THE PROBLEM OF
THE BALANCED SCORECARD AS A STRATEGIC MANAGEMENT TOOL IN
COMPANIES, whose case study was carried out in a small company called Angola
Oilfield Supply Services - Aoss Lda, Referring to the Period 2018 - 2020, in order to
measure your performance. Its general objective is to analyze the Balanced
Scorecard as a performance assessment tool in a small business, in order to
understand its usefulness. To this end, an exploratory and descriptive research
methodology was used, with a mixed approach, that is, a quali-quantitative method
that interprets quantitative information through numerical symbols and qualitative
data through observation, interpretation of the subjects' discourse. . As an
exploratory research, the bibliographic review that supports the study carried out
from books, scientific articles, master's dissertations and doctoral theses was used. A
documental research was also carried out to obtain the company's financial
information and as a descriptive application of the techniques of direct observation,
verification and questionnaire as a method of collecting non-financial information.
Data were analyzed using descriptive statistics with support for excel and SPSS with
version 20. From the analysis of responses from 42 customers and 53 employees of
the company that constituted the sample with 95 elements and with the
measurement of their performance through the Balanced Scorecard tool, it was
possible to calculate the values that explain the company's performance. Finally, the
conclusions and recommendations that we hope will be taken into account were
presented.
Keyword: Balanced Scorecard; Strategic management; Performance evaluation;
Small and Medium Enterprises.
v
Índice de tabelas
vi
Índice de figuras
vii
Índice de quadros
viii
Índice de gráficos
ix
Lista de abreviaturas e síglas
AF Alavanca Financeira
BSC Balanced Scorecard
CP Capital Próprio
EVA Economic Value Added (Valor Económico Agregado)
FCS Factores Críticos de Sucesso
Lic. Licenciado
MCR Margem de Contribuição Residual
ML Margem Líquida
ONU Organização das Nações Unidas
RA Rotação do Activo
RCP Rentibilidade do Capital Próprio
RL Resultado Líquido
ROA Retorno Sobre os Activos
ROE Return on Equity (Retorno do Património)
TB Tableau de Board
PME´s Pequenas e Médias Empress
x
Índice
Dedicatória.................................................................................................................................i
Agradecimentos........................................................................................................................ii
Epígrafe.....................................................................................................................................iii
Resumo.....................................................................................................................................iv
Abstract......................................................................................................................................v
Índice de tabelas......................................................................................................................vi
Índice de figuras......................................................................................................................vii
Índice de quadros..................................................................................................................viii
Índice de gráficos.....................................................................................................................ix
Lista de abreviaturas e síglas.................................................................................................x
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................1
1.1. Problema.....................................................................................................................4
1.2. Objetivos.....................................................................................................................4
1.3. Hipóteses....................................................................................................................4
1.4. Limitação e delimitação do tema............................................................................5
1.5. Justificativa.................................................................................................................5
1.6. Estrutura do trabalho................................................................................................6
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................7
2.1 Introdução...........................................................................................................................7
2.2 Avaliação do desempenho...............................................................................................7
2.2.1 Valor Económico Agregado................................................................................10
2.2.2 DuPont....................................................................................................................11
2.2.3 Rácio de Rendibilidade........................................................................................13
2.2.4 Tableau de Bord....................................................................................................13
2.2.5 Modelo da pirâmide..............................................................................................14
2.2.6 Modelo Prisma......................................................................................................15
2.2.7 Balanced Scorecard.............................................................................................17
2.3 Quadro conceptual sobre o bsc....................................................................................18
2.3.1 Perspectivas do BSC...........................................................................................19
2.3.2 Papel do BSC na Implementação da Estratégia.............................................23
2.3.3 Papel do BSC na Implementação de Melhorias Organizacionais................24
xi
2.3.4 Abordagem e Fases de Implementação do Process Improvement BSC....26
2.3.5 Fases da Implementação do Process Improvement BSC.............................28
2.3.6 Procedimento proposto para a implantação do BSC em pequenas
empresas..........................................................................................................................40
2.4 Sumário.............................................................................................................................50
CAPITULO III: CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E METODOLOGIA DE
INVESTIGAÇÃO....................................................................................................................51
3.1 Localização da área de estudo.............................................................................51
3.1.1 Conceitos de Pequena e Média Empresa.......................................................51
3.1.2 Caracterização do campo de estudo................................................................55
3.2 Metodologia de investigação.....................................................................................59
Introdução............................................................................................................................59
3.2.1 Metodos científicos...................................................................................................59
3.2.2 Levantamento Bibliográfico.....................................................................................60
3.2.3 Questionários............................................................................................................60
3.2.4 População e amostra...............................................................................................61
3.2.5 Cálculos.....................................................................................................................63
3.2.6 Construção do BSC.................................................................................................67
CAPITULO IV: ANÁLISE E RESULTADOS......................................................................68
4.1 Análise e discussão dos resultados..........................................................................68
4.1.1 Indicadores do BSC..............................................................................................68
4.1.2 Construção do BSC da empresa.....................................................................77
4.1.3. Evolução do bsc ao longo dos três anos.........................................................81
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................84
Referências bibliográficas.....................................................................................................88
APÊNDICES
ANEXOS
xii
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, tem-se assistido a uma crescente preocupação por parte
das empresas com o alinhamento entre o desempenho organizacional e a estratégia
que a mesma pretende seguir. De facto, além da preocupação com a eficácia e
eficiência dos processos, as organizações necessitam de garantir que os resultados
estão efectivamente a contribuir para implementação da estratégia. Esta
necessidade conduz à adopção progressiva de instrumentos de gestão que
permitam, não só monitorizar os resultados operacionais, mas também a relação dos
mesmos com o nível estratégico da organização.
1
Tem-se assistido, por conseguinte, a fortes investimentos em projetos que
têm como objetivo a melhoria dos processos organizacionais motivados por
inúmeros fatores, dos quais se destacam:
A necessidade de obter uma determinada certificação de qualidade, por
exigência ou sugestão de determinado cliente ou mercado;
3
1.1. Problema
1.2. Objetivos
Geral:
Específicos:
1.3. Hipóteses
4
H2: Se o BSC não é uma ferramenta importante de gestão estratégica para a
avaliação do desempenho empresarial, não pode ser aplicado numa pequena
empresa em Angola.
1.5. Justificativa
Pretende-se com o presente trabalho, mostrar que o BSC pode ser aplicado
numa pequena empresa para a avaliação do seu desempenho e, portanto, sugerir o
inicio do processo de implementação desta ferramenta garantindo assim novas
ferramentas de controlo de gestão, de modo a perspectivar consistentemente como
a empresa irá de forma contínua enfrentar o futuro.
5
1.6. Estrutura do trabalho
6
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Introdução
7
De facto, existem limitações dos indicadores financeiros (Kiyan, 2001) como por
exemplo:
Não consideram na totalidade a realidade da empresa: hoje em dia não são
apenas os ativos tangíveis que criam valor, o conhecimento e as ideias dos
colaboradores, relação entre cliente e fornecedor, a qualidade, inovação de
novos produtos, também contribuem para o valor da empresa. Os métodos
tradicionais foram criados para comparar resultados de períodos, com base
em standards de desempenho projetados, não permitindo assim,
prever/calcular indicadores como qualidade, satisfação do cliente, problemas
com colaboradores, ou outro tipo de ameaças/oportunidades.
Não permitem ter uma previsão do futuro: os indicadores financeiros
permitem fazer uma revisão do desempenho da empresa, através de
resultados passados. Contudo é necessário que haja uma previsão sobre
resultados futuros, e os indicadores meramente financeiros apesar de
apresentarem resultados por mês, trimestre ou por ano, não permitem prever
comportamentos, nem especular sobre o desempenho futuro.
Tendem a forçar resultados: as demonstrações financeiras são normalmente
feitas por área funcional ou departamento, e posteriormente acumuladas aos
dados gerais da empresa. Esta abordagem é incorrecta, pois vemos as
equipas de vários departamentos ajudar-se mutuamente, e a criar valor em
situações que se diziam impossíveis. Os sistemas tradicionais, de
mensuração financeira, não conseguem calcular o valor ou custo destes
relacionamentos.
Pensamento de sacrifício a longo prazo: muitos programas de mudanças
apresentam cortes muito severos, e podem ter um impacto muito positivo nas
demonstrações financeiras de curto prazo. No entanto, esses cortes muitas
vezes são sobre actividades que acrescentam valor à empresa, tais como:
pesquisa e desenvolvimento, relacionamento com o cliente. Estes ganhos, ou
“menos gastos” de curto prazo podem levar à sub-optimização dos recursos
da empresa.
As medidas financeiras não são muito relevantes para os vários níveis da
empresa: os relatórios financeiros são abstractos, ou seja, é uma compilação
de informações que não tem muita relevância, quando no dia-a-dia os
8
colaboradores precisam de informações sobre o desempenho, para que
possam actuar e melhorar.
9
Confirmar prioridades: depois de todo o processo de controlo e comunicação,
é necessário clarificar as prioridades, bem como os recursos necessários,
para determinar os objetivos estratégicos definidos.
10
Fonte: Fernandes et. al., 2015
2.2.2 DuPont
De acordo com Johnson & Kaplan (1993), o modelo DuPont surgiu pela
necessidade de desenvolver uma estrutura (conjunto de rácios) que permitisse
avaliar e controlar a eficiência e rentabilidade das empresas. Este modelo está mais
ligado ao cálculo do retorno sobre os activos. Para isso, desenvolveu-se a fórmula
return on assets (ROA) que permite analisar numa empresa qual é a obtenção do
retorno sobre os investimentos. Ao longo dos tempos, o ROA evoluiu, permitindo
não só analisar as causas, como os efeitos da rentabilidade na organização.
A fórmula do ROA é a seguinte:
ROA=Margem Líquida × Rotação do Activo
Fonte: Fernandes et. al., 2015
12
É desta relação de fórmulas que surge o modelo de DuPont. Este mecanismo
de avaliação financeira do desempenho empresarial dá origem à uma maneira geral
que nos permite retirar as seguintes conclusões: quanto maior for o retorno sobre o
investimento em função dos activos da empresa, e menor a participação dos
acionistas, maior será o grau de alavancagem e consequentemente o retorno obtido
pelos acionistas.
Onde:
RCP significa Rendibilidade do Capital Próprio;
RL denota Resultado Líquido;
CP representa Capital Próprio.
Este modelo surgiu em França, nos finais do século XIX, pela necessidade de
melhorar os processos produtivos e compreender as relações de causa-efeito
desses processos.
13
Para Jordan (2002), as medidas não financeiras permitem perceber e retirar
informações mais relevantes sobre o funcionamento geral da empresa, do que as
financeiras. Algo que era predominante neste modelo. Este autor acreditava, que
deveria haver a desagregação do Tableau de Bord (TB), pelos diferentes
departamentos dentro da organização, permitindo assim que em cada um deles
estabelecesse objetivos e caminhos a seguir, de acordo com a visão e missão da
organização. O TB para além de apresentar medidas não financeiras, ainda estava
muito focado nos indicadores financeiros.
Neste quisito, o TB apresenta algumas características semelhantes ao
modelo BSC, pois para além de ter informação financeira e não-financeira,
possibilita a medição do desempenho e performance organizacional.
Em modo de conclusão, podemos dizer que o TB apresenta-se como um
instrumento de consulta rápida, em que a informação está concisa, e definida para
um curto prazo, permitindo não só estimular o diálogo dentro da organização, bem
como avaliar os resultados e identificar as causas dos desvios, se assim ocorrerem.
É através desta identificação que depois podemos aplicar ações correctivas, com o
único objetivo de aumentar o bom desempenho da organização.
O modelo da pirâmide foi apresentado por Cross e Lynch (1989) para suprimir
as necessidades de modelos já existentes. Os autores acreditavam que os modelos
estavam incompletos, porque eram constituídos apenas por indicadores financeiros.
Inicialmente, atribuíram o nome de Strategic Measurement Analys and Reporting
Technique (SMART), ao sistema de medição de desempenho, que tinha sido
desenvolvido e implementado na Wang Laboratories (EUA). Mais tarde, este sistema
foi recriado, ficando assim conhecido por pirâmide do desempenho. Como o próprio
nome indica, este modelo, através de uma pirâmide hierárquica organizacional, tanto
pode ir de cima para baixo, dando a conhecer os objetivos estratégicos baseados
nas necessidades dos clientes, como de baixo para cima, dando a conhecer o
feedback e as medidas operacionais.
14
Figura 2.1: Modelo Pirâmide
16
podem trazer à organização, como uma moeda de troca. Este pode ser factor mais
importante do modelo, porque através dos stakeholders podemos obter a melhoria
na organização, e o sucesso consequentemente.
17
O BSC começou a ganhar destaque no âmbito do controlo de gestão
(Atkinson, Waterhouse e Wells, 1997; Malina e Selto, 2001; Ruhl, 1997; Shields,
1997; Hoque e James, 2000; Simons, 2000), sobretudo, devido aos seguintes
fatores:
18
2.3.1 Perspectivas do BSC
20
as empresas serem bem-sucedidas, havendo uma tendência para apostarem
apenas em custos mais baixos, melhor qualidade e cumprimento de prazos.
Noutro artigo publicado na “Harvard Business Review”, em 1993, designado
como “Puting the BSC to Work”, estes autores defenderam a importância da relação
existente entre a estratégia e a avaliação de desempenho, salientando o relevo, a
atribuir pelos gestores à forma de avaliarem estes aspectos de forma integrada, pela
escolha criteriosa de indicadores que permitam evidenciar e relacionar os mesmos,
tendo assim surgido a segunda geração do BSC, referida como “Management
System”.
Kaplan e Norton publicaram um terceiro artigo na mesma revista, em 1996,
reformulando e ampliando os conceitos anteriores, passando a designar o BSC
como “Strategic Management System”, apresentado como um novo sistema de
gestão estratégico essencial, e não apenas como uma mera ferramenta de medição
e controlo, derivada de sistemas anteriores.
O BSC passou a ser considerado como um sistema de gestão estratégico,
especialmente apto para implementar uma estratégia empresarial. É actualmente
muito utilizado nas grandes empresas e outras organizações. Para tal, socorre-se de
quatro processos de gestão, a seguir apresentados, de forma a garantir a coerência
e ligação entre os objectivos estratégicos duma empresa a longo prazo e as
iniciativas operacionais, estas de curto prazo, que são tomadas:
(1) Esclarecimento e tradução da Visão e da Estratégia
A Visão e a Missão da empresa têm que ser claras, consensuais e bem
definidas, sendo transpostas para o nível operacional através dos objectivos e
medidas a desenvolver.
(2) Comunicação e Alinhamento Estratégico
A difusão da estratégia a todos os membros da organização, desde a gestão
de topo ao nível mais elementar, é fundamental para que todos os colaboradores se
envolvam e consigam o alinhamento dos objectivos individuais e departamentais
com a estratégia global da empresa, aproveitando ao máximo o esforço de cada um
dos membros.
(3) Planeamento e Afectação de Recursos
O alinhamento dos recursos humanos, materiais e financeiros da empresa
com a estratégia é imprescindível para se quantificarem os resultados pretendidos a
21
longo prazo, e para assegurar os recursos necessários para se obterem esses
resultados, assim como para se definirem as metas a curto prazo. O planeamento
permite uma melhor adequação dos recursos e uma melhor gestão de actividades,
facilitando a identificação de prioridades, em termos de investimentos, despesas e
iniciativas, entre outras decisões empresariais.
22
A definição e implementação da estratégia têm constituído temas centrais em
grande parte das empresas, sobretudo nos últimos anos, e um dos riscos
decorrentes reside no facto de o planeamento estratégico ser formulado de forma
autónoma e desligada das atividades do dia-a-dia (Kiechel, 1984; Mintzberg, 1994;
Simons, 1995).
Podem, por isso, verificar-se diferenças entre as actividades previstas no plano
estratégico e as efectivamente realizadas. Segundo Mintzberg (1987), surge a
necessidade de utilização de ferramentas adequadas que minimizem o
distanciamento entre o plano estratégico definido para a empresa, tipicamente por
parte da gestão de topo, e as acções efectivamente executadas a todos os níveis da
organização. Por conseguinte, as organizações necessitam de introduzir medidas
estratégicas relevantes a vários níveis da organização que facilitem a coordenação e
controlo das acções e decisões nos diferentes patamares da mesma. Como foi
referido anteriormente, os indicadores de natureza financeira constantes do sistema
contabilístico apresentam-se como insuficientes para garantir a concordância entre
objectivos estratégicos, operacionais e resultados efectivos (Parker, 1979; Merchant,
1985; Maciariello e Kirby, 1994).
23
estratégia da empresa e o foco nas medidas consideradas mais críticas para o
negócio. Esta visibilidade facilita também a comunicação a todos os colaboradores:
Da estratégia de longo prazo;
Da relação entre os objectivos estratégicos e as acções e projectos em curso;
Do seu papel no alcance dos objectivos traçados aquando da definição da
estratégia organizacional.
24
de melhoria organizacional (Process Improvement), analisada única e isoladamente
à luz de indicadores financeiros, constitui um custo para a organização na medida
em que não se trata de uma unidade produtiva. Poderá, inclusive, ter influência
positiva ou negativa nas outras áreas da empresa, decorrente do sucesso ou
insucesso das iniciativas de melhoria implementadas, facto que dificilmente se
reflecte numa avaliação isolada desta unidade.
A criação de valor do Process Improvement poderá ser aferida a partir da
medição do desempenho das unidades organizacionais sob as quais as iniciativas
de melhoria incidem. Pela natureza eminentemente qualitativa do trabalho realizado,
o recurso a métricas financeiras é insuficiente para a percepção do real valor criado.
A avaliação da eficácia e eficiência das iniciativas, bem como a relação custo-
benefício da aposta em melhoria organizacional podem ser alcançados com o auxílio
do Balanced Scorecard.
Em suma, se é importante apurar o impacto das operações directamente
produtivas para o cumprimento da estratégia, é igualmente fundamental medir o
contributo das iniciativas ou projectos levados a cabo pela empresa fora destes
contextos, como por exemplo, no domínio do Process Improvement. Tal como
referido anteriormente, o Balanced Scorecard permite aferir o desempenho
organizacional e seu alinhamento com a estratégia da empresa sob diferentes
perspectivas e com base em indicadores financeiros e não financeiros. Além disso,
possibilita uma percepção clara das iniciativas (actividades e projectos) que
contribuem para os resultados obtidos.
Para aferir Process Improvement necessitamos de, por um lado, dispor de
indicadores que meçam o desempenho da organização e, por outro, de relacionar
com clareza que acções estão a contribuir para os resultados obtidos. Tal como
todas as restantes iniciativas empresariais, as iniciativas de melhoria dos processos
da organização deverão ser estrategicamente consideradas. Pelas características do
Balanced Scorecard apresentadas anteriormente, esta metodologia surge como uma
possível resposta a estas necessidades.
25
Pelas características já referidas anteriormente, e sobretudo, pela sua
maturidade e estrutura, a metodologia Balanced Scorecard apresentou-se como
uma opção adequada para construção do sistema de medição cujo objectivo é
facilitar o alinhamento entre as iniciativas de Process Improvement e a Estratégia da
organização.
Escolhida a metodologia, e tendo em conta a complexidade inerente à aplicação
prática da mesma, considerou-se relevante definir a estratégia de implementação a
adoptar, visto se tratar de um factor importante na aplicação da mesma.
Tradicionalmente, o planeamento estratégico (missão, visão, estratégia e
objectivos estratégicos) é realizado pela gestão de topo e comunicado a toda a
organização. Além disso, as organizações são compostas por unidades
organizacionais e processos de negócio com âmbitos de actividade e objectivos
distintos e que, consequentemente, terão contributos distintos para o cumprimento
da estratégia da empresa como um todo.
As implementações de BSC que habitualmente se observam nas empresas
apresentam uma arquitectura semelhante à representada na Figura 2.5, composta
por uma camada de medição estratégica agregada (BSC da empresa, alimentada
pelos KPI (Key Performance Indicators) definidos ao nível operacional, por cada
unidade funcional ou processo de negócio.
Figura 2.5: Arquitectura BSC segundo uma estratégia de implementação mais usual.
26
Alguns autores reconhecem vantagens no envolvimento de toda a
organização no planeamento estratégico, nomeadamente a transparência
relativamente ao alinhamento das operações com a estratégia pretendida pela
gestão de topo. O processo de construção inerente a uma arquitectura como a
apresentada na figura 2.5, poderá dificultar a percepção relativamente ao contributo
estratégico de cada unidade organizacional ou processo de negócio para a
estratégia da empresa e, consequentemente, comprometer o alinhamento requerido.
Com base neste pressuposto, considerou-se que seria determinante para o
sucesso da implementação do BSC considerar cada unidade
organizacional/processo de negócio como se de uma empresa se tratasse e que,
como tal, presta serviços a outras unidades organizacionais/processos de negócio e
contribui para uma estratégia global partilhada por todas – a estratégia da empresa.
Desta forma, o conceito de alinhamento estratégico ganha visibilidade na empresa e
o planeamento estratégico é alargado a níveis tradicionalmente não envolvidos. No
limite, todos os colaboradores terão condições para deflectirem das directivas
estratégicas da empresa o seu contributo individual para as mesmas. A Figura 2.6
ilustra a estratégia de implementação descrita acima e adoptada no
desenvolvimento do protótipo.
Figura 2.6: Arquitectura BSC segundo uma estratégia de implementação mais usual.
29
definida a missão, visão e estratégia da unidade organizacional ou do
processo de negócio para o qual se pretenda construir o BSC, conforme
representado na Figura 2.7.
30
Figura 2.9: Mapa Estratégico – Identificação dos Objetivos Estratégicos, seu posicionamento
nas perspetivas do BSC e relação causa-efeito entre eles.
31
Figura 2.10: Classificação dos Objetivos Estratégicos em função da sua Criticidade.
32
a levar a cabo para que os targets definidos sejam efetivamente cumpridos e,
consequentemente, os objetivos sejam alcançados. À semelhança do que
acontece nas etapas anteriores, as iniciativas identificadas deverão ser
acrescentadas ao mapa estratégico (Figura 2.12).
Figura 2.12: Definição das iniciativas necessárias para o alcance dos objetivos estratégicos.
33
Os dados de suporte têm que ser fiáveis, sob pena de se comprometer a
validade dos resultados obtidos aquando da medição;
As ferramentas e sistemas de suporte deverão possibilitar um nível de
automatização elevado, por forma a minimizar a intervenção humana na
atualização dos dados e, consequentemente, a probabilidade de erro no
registo;
Identificação e Validação das Fontes de Dados: assegurar a fiabilidade do
sistema de medição é indispensável visto que o mesmo constituirá o reflexo
da organização. A transparência é um princípio fundamental na medida em
que facilita a deteção de inconsistências e contribui para a confiança nos
resultados apurados por parte de colaboradores e gestores. Assim sendo, e
depois de definidos e mapeados os indicadores de nível estratégico e
operacional, procede-se à identificação e validação das fontes de dados que
serão utilizadas para alimentar os mesmos.
Revisão dos Indicadores e Targets: por impossibilidade de obter
determinados dados, poderá ser necessário rever os indicadores e targets
definidos na fase anterior. Será de realçar que todas as alterações
introduzidas nesta fase terão que ser devidamente validadas, sob pena de as
mesmas comprometerem a consistência do sistema de medição. Sempre que
possível, e na eventualidade de não ser possível alimentar determinado
indicador, deverão procurar-se alternativas.
Automatização da Recolha e Atualização dos Dados: garantir a atualização
automática de um sistema de medição e controlo é condição necessária para
o seu sucesso. No caso do Balanced Scorecard, e dada a complexidade das
relações que são estabelecidas, é fundamental garantir a utilização de
ferramentas que, a partir de registos diários de execução, façam toda a
atualização dos indicadores, sem acréscimo de esforço por parte dos
colaboradores da empresa.
Integração entre Nível Operacional e Estratégico: por fim, e depois de
devidamente definidas as interfaces entre as camadas de medição
operacional e estratégica, procede-se à integração das duas, o que
contribuirá para o alinhamento e consistência entre as ações do dia-a-dia e a
estratégia da empresa.
34
Portanto, importa realçar a importância da abordagem orientada a serviços na
implementação do BSC na medida em que conduz à uma intervenção mais focada
e, consequentemente, mais ágil. Além disso, o carácter estruturado da metodologia
BSC facilita, por um lado, a aplicação da mesma em qualquer contexto de forma
consistente e, por outro, a integração dos diferentes contextos numa fase posterior.
35
4) Elaboração do plano de implementação: nesta última fase é desenvolvido o
plano de implementação do modelo. O plano deve incluir a relação entre os
indicadores e as bases de dados e sistemas de informação, para que o modelo seja
comunicado, e esteja disponível a todos os elementos da organização (Norton e
Kaplan, 1997).
Os autores acham conveniente uma reunião com as partes intervenientes,
para obter o consenso final sobre a missão, visão, objectivos estratégicos e sobre as
metas. É aqui também que se define o plano de comunicação do modelo.
Este modelo pode tornar-se uma ferramenta bastante poderosa, mas por
desconhecimento, os colaboradores podem ficar cépticos em relação à mudança,
pondo assim em causa o sucesso do projecto. Katter (1996) afirma que a falta de
comunicação torna-se uma das principais causas de falha: “sem comunicação
credível, e muitas outras coisas, os corações e mentes dos funcionários nunca serão
capturados”.
A comunicação correcta da estratégia e do plano provaram ser um grande
aliado no momento da implementação, pois permite receber o apoio de todos os
colaboradores.
Niven (2002) afirma que o plano de comunicação deve incluir os seguintes
objectivos:
Dar a conhecer o conceito BSC em todos os níveis da organização;
36
implementação da estratégia, o papel do BSC em relação a outras iniciativas
de mudança, ou a nova filosofia de gestão representado pelo BSC. Um outro
conteúdo que também pode incluir é cronogramas, questões de
desenvolvimento. As mensagens devem ser alteradas com o papel do alvo.
Público-alvo (quem): os indivíduos exigem mensagens durante o projeto,
depende do tamanho do projeto, o público pode variar. Mas considera-se
equipa do projeto, direção/gerência, todos os outros colaboradores.
Frequência (quando): o tempo de comunicação dependerá das necessidades
dos grupos. Aqueles que estão mais fortemente envolvidos requerem
comunicação mais frequente.
Forma de comunicar (onde/como): descreve o método escolhido para
transmitir a mensagem e dependerá das necessidades do público. Nos dias
de hoje existem muitas formas: reuniões presenciais, apresentações em
grupo, boletins informativos, e-mails, intranet.
Comunicador (quem): o indivíduo/grupo responsável pelo conteúdo e
distribuição da mensagem. Existem informações que podem ser ou não
fornecidas, mas o glossário de termos deve ser incluído. Para que toda a
organização utilize as mesmas terminologias, promovendo o trabalho em
equipa, a cooperação e a partilha de informações.
Para além de um plano de comunicação bem estruturado, é muito importante
que os gestores estejam dispostos a ajudar e a doar o seu tempo e compromisso.
Norton e Kaplan (1997) acreditam que o comprometimento da gerência é necessário
pelas seguintes razões:
38
Falta de colaboração entre os vários departamentos, e entre a equipa
responsável pela implementação.
39
influenciando directa e positivamente na evolução de seus negócios. Para Andersen
(2001) o BSC é um aliado que destaca os benefícios do gerenciamento dos
processos mais relevantes para essas empresas.
40
possuem modelos que permitem maior facilidade de adaptações às particularidades
das pequenas empresas.
1º PASSO: Preparação
41
Nesta tarefa, faz-se necessário um mediador para trabalhar na
conscientização da administração da empresa sobre os benefícios do BSC, a título
de convencimento dos proprietários.
2º PASSO: Elaboração
43
c) Tarefa 4: Estabelecer indicadores para as perspectivas, metas de
superação e planos de acção.
44
Quadro 2.3: Painel de bordo
3º Passo: Implantação:
45
A implantação do BSC em uma pequena empresa precisa acontecer num
curto período de tempo. O quadro a seguir mostra uma sugestão de tempo para a
implantação do BSC em pequenas empresas, em que a preparação duraria de um a
dois dias; a elaboração teria a duração de quatro semanas; sem ter, contudo, tempo
sugerido para a implantação.
Dias
1º Passo: Preparação
Tarefa 1: Preparação do ambiente de aplicação 1à2
2º Passo: Elaboração
Tarefa 2: Conhecimento da organização e preparação do processo de
discussão 3 à
Tarefa 3: Estabelecer as perspectivas e objectivos estratégicos 30
Tarefa 4: Estabelecer indicadores para as perspectivas, metas de superação
e planos de acção
Tarefa 5: Preparação da implantação e aprovação final
3º Passo: Implantação
Tarefa 6: Colocação do sistema em funcionamento, com revisões dos
objectivos estratégicos, metas e dos indicadores de desempenho
46
motivação pelo conhecimento do melhor funcionamento da gestão e,
consequentemente, das melhorias que se reflectirão nos trabalhos de cada um em
seu sector.
48
Quadro 2.5: Mapa estratégico
Perspectiva
OBJETIVOS METAS INDICADORES INICIATIVAS
s
Aumentar em Negociar parcerias
Perspectiva Aumentar a 15% a Demonstrativos de parcelamento
Financeira lucratividade lucratividade da financeiros com empresas de
empresa cartões de crédito
Melhorar a
Ter uma loja Aumentar em
Perspectiva exposição dos
mais atraente 20% a média de Contagem de
do Cliente produtos nas
para os visitas diárias à clientes
vitrinas e investir
clientes loja
em mídias sociais
Aumentar o
Perspectiva número de Análise
Ser referência Redesenhar
de processos elogios em 15% estatística dos
em processo de
internos e diminuir as relatórios do
atendimento atendimento
reclamações no SAC
SAC em 80%
Fonte: autor
49
2.4 Sumário
50
CAPITULO III: CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E METODOLOGIA DE
INVESTIGAÇÃO.
Não existe uma definição universal do que é uma Pequena ou Média Empresa
(PME). A definição varia em função do número de funcionários e do financiamento
fixado pelo Estado (Hessels e Parker, 2013, p.137). Começaremos por ver
definições de alguns autores. Passaremos, de seguida, a revisar definições de
instituições e organizações, nomeadamente a União Europeia e Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e por fim, os conceitos segundo
o estado angolano.
“Sendo assim uma PME é uma empresa que emprega cerca de
50 a 200 funcionários e é considerada a principal espinha dorsal
da economia de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, na
criação de emprego e aumento da renda”.
Barth et. al., 2011, p.19
De acordo com a definição recomendada pela União Europeia 2003/361/CE2,
as PME são classificadas como empresas com menos de 250 trabalhadores cujo
volume de negócios anual não excede os 50 milhões de euros ou cujo balanço total
anual não excede os 43 milhões de euros. De forma mais detalhada classificam-se
como micro as empresas com menos de 10 trabalhadores e um volume de negócio
igual ou inferior a 2 milhões de euros; como pequenas empresas, aquelas que têm
menos de 50 trabalhadores e um volume de negócios inferior a 10 milhões de euros
e as restantes como médias empresas.
Para a OCDE (2010), as PME são definidas como empresas não controladas
independentemente do número de funcionários que elas empregam, o limite médio
de uma PME é de 250 funcionários, tal como a União Europeia define, em muitos
países criaram o limite máximo de 200 funcionários, enquanto nos EUA, considera-
se que as PME são empresas que empregam até 500 funcionários.
51
Quanto às características das pequenas empresas, Lezana (1995) destaca as
seguintes: proprietário e administração interdependentes; não domina o sector em
que opera; e estrutura organizacional simples. Conforme Mintzberg (apud
CANCELLIER, 2001) a principal característica das pequenas empresas é o modo
empreendedor como são administradas.
De acordo com (Deeks, 1973, p.37), o modelo de gestão na maioria das PME
é tradicional, baseado na gestão familiar e tendo como gestor o patriarca ou os seus
herdeiros, por isso as suas características e formas variam segundo a crença e a
mobilidade desses gestores.
O modelo de gestão concentra-se na estrutura de sobrevivência da actividade
do negócio. A estratégia da empresa é simplesmente manter-se viva, o proprietário é
o principal fornecedor de energia, o funcionamento da empresa está ligado a
parentes e amigos mais próximos da família do titular da empresa (Churchill e Lewis,
1983, p.p. 3-9).
No que se refere à sua importância, as PME geralmente baseiam-se em dois
factores principais. O primeiro factor decorre da sua contribuição para a criação de
emprego e riqueza. Embora representem 99% de todas as empresas as PME são
responsáveis por 60% a 70% de todas as empresas criadas nos países da UE. O
segundo factor é a sua contribuição para a inovação e crescimento de novas
empresas sobretudo as start-ups (União Europeia, 2003).
“As PME desempenham um papel fundamental na geração de
emprego, criação de renda, promoção da inovação, gerando
anúncios competitivos e aumento de riqueza económica. Em
muitos países constituem 90% de todas as empresas. Contudo,
a importância de todos esses efeitos depende muito da
capacidade de crescimento.” Hay, 1994, p.p. 49-50.
53
“As pequenas e médias empresas, até ao momento, continuam
a ter uma importância bastante reduzida no tecido empresarial
formal angolano, contribuem apenas 5% do imposto industrial. O
tipo de empreendedorismo em Angola além de ser bastante
informal também se encontra muito dependente das exportações
com baixa incorporação nacional.” Lei nº30/11 de 13 de
Setembro.
54
mantém o enquadramento na mesma categoria, devendo alterá-lo no ano fiscal
seguinte.
As MPME que tenham, no decurso do exercício económico, excedido o
volume de facturação ou número de trabalhadores previstos neste artigo, ficam
excluídas, no exercício económico seguinte, do regime diferenciado previsto na
presente lei.
Não são enquadradas como MPME nem destinatárias do tratamento
diferenciado previsto na lei 30/11 de 13 de Setembro as seguintes entidades:
1. Em cujo capital participe, independentemente da percentagem, o Estado ou
outras entidades públicas, excepto universidades e centros de investigação, nestes
casos com o limite máximo de 25 % do capital social;
2. Em cujo capital participe outra empresa que não seja MPME,
independentemente do tipo societário em causa;
3. Que participe no capital de outras empresas que não sejam MPME
independentemente do tipo societário em causa;
4. Que seja filial ou sucursal, no País, de uma empresa com sede no exterior
do país;
5. Que exerça a actividade no sector financeiro bancário e não bancário.
História
ADMINISTRAÇÃO
Director - geral
Direcção Direcção
Administrativa e Comercial e
Financeira Logística
Área de
Contabilidade e Relacções Recursos
vendas
Tesouraria Públicas Humanos
Missão
Visão
Valores
Serviços prestados
58
3.2 Metodologia de investigação
Introdução
59
informações quantitativas por meio de símbolos numéricos e os dados qualitativos
mediante a observação, a interpretação do discurso dos sujeitos.
Para a realização deste trabalho, começou-se por fazer uma revisão bibliográfica
que fundamentam o estudo. A pesquisa foi desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituido principalmente por livros, artigos científicos e teses. Segundo
Lakatos e Marconi (2001, p.183), a pesquisa bibliográfica abrangeu toda a
bibliografia já tomada pública em relação ao tema estudado, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais
cartográficos, etc. A sua finalidade foi de colocar o pesquisador em contacto directo
com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre o uso do BSC como instrumento de
gestão estratégica, especialmente o seu uso como ferramenta de avaliação do
desempenho empresarial. O resultado deste levantamento foi a recolha do
dimensionamento dos indicadores, principalmente os não-financeiros. Foi possivel
estabelecer-se o leque de dados numéricos e não numéricos que permitiram
operacionalizar os indicadores do BSC.
3.2.3 Questionários
60
Económico Agregado (EVA) e a Rendibilidade o Capital Próprio (RCP), para a
perspectiva financeira; o grau de satisfação dos clientes quanto aos serviços
prestados pela empresa e o tempo de cumprimento dos serviços, para a perspectiva
de clientes; o prazo de execução de tarefas e a taxa de rejeição, para a perspectiva
do processo interno; O número de horas de formação e o número de prémios
atribuídos, para a perspectiva do desenvolvimento e aprendizado.
Com o intuito de recolher dados não financeiros, foram aplicados dois tipos de
questionários, sendo um para os funcionários (correspondente a perspectiva do
processo interno e a de aprendizado e desenvolvimento) e outro para os clientes
(correspondente a perspectiva de clientes). Para os clientes, os dados recolhidos
foram a idade, o género, o grau de satisfação dos serviços prestados pela empresa,
a satisfação ao tempo do cumprimento de entrega dos produtos. Mas por
conveniência e a necessidade de brevidade, para medir o desempenho, escolheu-se
apenas dois indicadores que são: o grau de satisfação com os serviços prestados
pela empresa e o tempo de cumprimento de entrega dos produtos.
61
sendo um dos funcionários e outro dos clientes assíduos da empresa, com garantias
a confidencialidade e anonimato dos dados por eles fornecidos.
.
50
45 43
40
35
30
25 27
20
15 12
10 16
10 6 6
4 3
5 7 2
5 5 5 5 4
0 2 2 2 1 2 2
<25 1
25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 >=50
0 Total
62
Gráfico 3.2: Faixa etária por Gênero dos funcionários
60
52
50
40
30
30
22
20
13
1112
9
10 6 6
4 4 4 45 5 4 4 5
2 1 101 1 1 1
0
0
<=25 26-30 31-35 36-40 41-45 46-50 51-55 >=56 Total
3.2.5 Cálculos
63
Para os outros indicadores, os dados obtidos foram inseridos numa folha de
Microsoft Excel e posteriormente transferidos para o programa Statistical Package
for Social Science (SPSS) versão 20, onde foram feitas as suas análises estatísticas
(valores absolutos e percentuais).
Um score é considerado como uma medida que sintetiza as realizações
previstas em cada uma das quatro perspectivas. No pressuposto da avaliação de
desempenho ter como suporte um score que resulte destas quatro perspectivas, o
método a seguir será:
Definir o peso relativo a atribuir a cada uma das perspectivas
(dependendo da estratégia da empresa e das opções de actividade e
desenvolvimento futuros).
Fazer participar os responsáveis na fixação das ponderações por forma
a que o gestor que vai ser avaliado se reveja nos valores fixados e se
motive no cumprimento dos objectivos consignados no seu modelo de
avaliação de desempenho.
Identificar, dentro de cada perspectiva, os indicadores de desempenho
que traduzam mais fielmente os objectivos que se pretende atingir.
Estabelecer os pesos relativos de cada um dos indicadores, dentro de
cada uma perspectiva. (Hugues Jordan at al, p.395-396)
64
RCP - Quanto maior o seu valor, melhor será a performance da empresa
na utilização dos investimentos dos seus proprietários. Se, por exemplo, o
valor da RCP for igual a 0,1 (ou seja, 10%), tal significa que cada kwanza
de investimento dos proprietários é convertido em 10 cêntimos de
resultados líquidos.
EVA - resultado deve ser superior a zero (existe a criação de valor, o
retorno de capital é superior ao custo do capital) // EVA inferior a zero
(destruição de valor)
Como nos objectivos foi proposto verificar se existe relação entre o gênero e a
idade dos inquiridos, fez-se uma análise multivariada. A análise multivariada trata-se
de um conjunto de técnicas estatísticas que permite analisar simultaneamente
medidas múltiplas para cada indivíduo, objeto ou fenômeno. Sendo assim, essa
categoria engloba os métodos que permitem a análise simultânea de duas ou mais
variáveis (Corrar, Paulo e Dias Filho, 2011). Dentre as várias técnicas existentes,
para medir a relação entre as variáveis gênero e idade, utilizou-se neste trabalho o
teste de qui-quadrado, proposto pelo estatístico Karl Person em 1900.
65
Eij é o número de casos esperados, sob H0, na linha i da coluna j
Oi × O j
Com Eij =
n
Sob a hipótese, a estatística dada em (1) tem distribuição Qui-quiadrado com
q=(l−1)( c−1) graus de liberdade.
Sendo p=P( X 2 > X 2q , α ), para α fixado, obtemos:
Se p ≤ α rejeitamos a hipótese H0;
Se p>α aceitamos H0.
Consideramos p>5 % alta e p<5 % baixa.
Para a análise da Associação Linear entre as variáveis, considerou-se que:
Se p<5 % , existe relação linear entre as variáveis;
Se p>5 % , não existe relação linear entre as variáveis
significâ Chi-
Faixa etária Associaç
Gênero Total ncia (p- quadrad
ão linear
value) o
< 25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 >=50
Contagem 2 5 7 5 2 4 2 27
Cont.
M 2,5 3,8 7,5 6,3 1,9 3,8 1,3 27
Esperada
% do Total 4,70% 11,60% 16,30% 11,60% 4,70% 9,30% 4,70% 62,80%
Contagem 2 1 5 5 1 2 0 16
Cont.
F 1,5 2,2 4,5 3,7 1,1 2,2 0,7 16 0,756 0,651 3,409
Esperada
% do Total 4,70% 2,30% 11,60% 11,60% 2,30% 4,70% 0,00% 37,20%
Contagem 4 6 12 10 3 6 2 43
Total Cont.
4 6 12 10 3 6 2 43
Esperada
% do Total 9,30% 14,00% 27,90% 23,30% 7,00% 14,00% 4,70% 100,00%
66
O valor do Qui-Quadrado de Pearson é 3,409 com significância ou valor p de
0,756. Como p¿0,05, aceita-se a hipótese H1, isto é, ao nível de significância de 5%,
concluímos que as váriáveis sexo e idade dos clientes são independentes.
Verifica-se também que não existe relação linear entre as variáveis pois o valor
p=0,733 da “Associação Linear por Linear” é superior a 0,05.
Contagem 4 2 1 1 1 5 4 4 22
Cont.
M 1,7 2,5 2,1 0,4 5,1 2,5 5,5 2,1 22
Esperada
% do
7,70% 3,80% 1,90% 1,90% 1,90% 9,60% 7,70% 7,70% 42,30%
Total
Contagem 0 4 4 0 11 1 9 1 30
Cont.
F 2,3 3,5 2,9 0,6 6,9 3,5 7,5 2,9 30 0,003 0,871 21,467
Esperada
% do
0,00% 7,70% 7,70% 0,00% 21,20% 1,90% 17,30% 1,90% 57,70%
Total
Contagem 4 6 5 1 12 6 13 5 52
Cont.
Total 4 6 5 1 12 6 13 5 52
Esperada
% do
7,70% 11,50% 9,60% 1,90% 23,10% 11,50% 25,00% 9,60% 100,00%
Total
67
CAPITULO IV: ANÁLISE E RESULTADOS
68
Onde: MCR é a Margem de Contribuição Residual; EVA é o Valor Economic
Aded (Valor Acrescentado).
.
89.00% 85.00%
90%
71.00%
80%
70%
60%
50%
40% 22.00%
30%
11% 10%
20% 5.00% 7%
0.00%
10%
0%
2014 2015 2016
O Valor Económico Agregado mostra que nos anos de 2014, 2015 e 2016 a
empresa rendeu do capital investido 11%, 10% e 7% respectivamente. Notando
assim um decréscimo de 1% no período de 2014 á 2015 e 3% no período de 2015 á
2016, com maior queda neste último período. A empresa rendeu mais no ano de
2014. Estas percentagens mostram que a empresa consegue gerar excedentes
superiores aos necessários para remunerar os capitais investidos, de acordo com a
remuneração exigida, verificando-se assim a criação de valores.
A Rendibilidade dos Capitais Próprios mostra que nos anos de 2014, 2015 e
2016 a empresa, em cada 100,00 Akzs investidos obteve 89%, 85% e 71%
respectivamente. Nota-se um decréscimo de 18% no período de 2014 á 2015 e de
14% no período de 2015 á 2016, com maior queda neste último período. Isto
significa que a empresa rendeu mais no ano de 2014, pois, é neste ano que se
observa a maior percentagem.
Perspectiva de Clientes
Para esta perspectiva foram considerados dois indicadores que são: o grau
de satisfação dos clientes e o tempo no cumprimento dos serviços prestados pela
empresa.
Grau de Satisfação dos Clientes concernente aos serviços prestados pela
empresa.
O gráfico 4.4 é concernente ao grau de satisfação dos clientes quanto aos
serviços prestados pela empresa.
Gráfico 4.4: Grau de satisfação dos clientes quanto aos serviços prestados pela empresa.
40%
30%
25%
20%
19%
15%
10%
5% 7%
0%
Nulo Baixo Médio Alto
Porcentual
71
(37%). Isto significa que maior parte dos clientes estão satisfeitos com os derviços
prestados pela empresa.
Grau de satisfação dos clientes concernente ao tempo no cumprimento de
entrega dos serviços prestados pela empresa.
30%
28%
25% 26%
23%
20%
15%
14%
10%
9%
5%
0%
Nenhum Pouco Médio Elevado Muito elevado
O gráfico 4.5 ilustra que menos de um quarto (9%) dos clientes não tinham
nenhuma satisfação, menos de um quarto (14%) estavam pouco satisfeitos, mais de
um quarto (28%) disseram ter satisfação média, mais de um quarto (26%) disseram
ter satisfação elevada e menos de um quarto (23%) disseram ter satisfação muito
elevada. Como o objectivo é saber se os clientes estão satisfeitos e estes são os
que tinham satisfações elevada e muito elevada, então fez-se a soma das
percentagens destas opiniões e deu igual a 49%. Portanto, quase metade dos
clientes da empresa (49%) estavam satisfeitos.
72
A tabela 4.6 sintetiza as percentagens (pesos) das respostas dos clientes por
indicador na perspectiva de clientes.
Para esta perspectiva foram considerados dois indicadores que são: o prazo
de execução de tarefas e a Taxa de rejeição dos serviços prestados pela empresa.
45%
40% 38%
35%
35%
30%
25%
20% 17%
15%
10%
10%
5%
0%
Mal Bom Muito Bom Excelente
73
quarto (35%) respondeu muito bom e quase metade dos funcionários (38%)
consideraram excelente. Portanto, considera-se a opinião da maioria 38%, como
sendo a medida do indicador para avaliar a eficiência dos funcionários nesta
perspectiva.
Taxa de rejeição dos serviços prestados pela empresa, por parte dos
clientes, segundo os funcionários da empresa
45%
40%
40%
35%
31%
30%
25%
19%
20%
15%
10%
10%
5%
0%
Nula Baixa Média Alta
Para esta perspectiva foram considerados dois indicadores que são: número
de prémios atribuídos aos funcionários e o número de horas de formação dos
mesmos.
70%
58%
60%
50%
40%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim Não
76
4.1.2 Construção do BSC da empresa.
2014
Gráfico 4.10: Scores dos indicadores de todas as prespectivas do BSC no ano de 2014.
77
Nº Horas Outros
formação 6%
Nº Prémios 9%
atribuidos
6%
Taxa de rejeição RCP = RL/CP
6% 46%
Prazo p/Exe-
cução Tarefas
6%
Tempo de
entrega
Nº Clientes
9% satisfeitos EVA = MCR - IMPOSTO
7% 6%
Tabela 4. 10: Valores dos indicadores de todas as prespectivas do BSC no ano de 2015.
2015
78
PESO PESO SCORE
PERSPECTIVAS PERSPECTIV INDICADORES INDICADORE S
A S
RCP = RL/CP 85% 44%
EVA = MCR –
FINANCEIRA 52%
IMPOSTO 10% 5%
Outros 5% 3%
Nº Clientes satisfeitos 37% 7%
CLIENTES 18%
Tempo de entrega 49% 9%
Outros 14% 3%
Prazo p/Execução
PROCESSOS Tarefas 39% 6%
INTERNOS 15%
Taxa de rejeição 40% 6%
Outros 21% 3%
APRENDIZAGEM E Nº Prémios atribuidos 39% 6%
DESENVOLVIMENT 15% Nº Horas formação 60% 9,0%
O Outros 1% 0%
100%
Fonte: Autor (2021)
Gráfico 4.11: Scores dos indicadores de todas as prespectivas do BSC no ano de 2015.
Nº Horas
formação; Outros; 9%
9%
Nº Prémios RCP = RL/CP;
atribuidos ; 6% 44%
Taxa de rejeição;
6%
Prazo p/Exe-
cução Tarefas ;
6% Tempo de
Nºentrega
Clientes; 9%
satisfeitos ; 7% EVA = MCR - IMPOSTO; 5%
Tabela 4.11: Valores dos indicadores de todas as prespectivas do BSC no ano de 2016.
2016
PESO PESO SCORE
PERSPECTIVAS PERSPECTIV INDICADORES INDICADORE S
A S
RCP = RL/CP 71% 37%
EVA = MCR –
FINANCEIRA 52%
IMPOSTO 7% 4%
Outros 22% 11%
Nº Clientes satisfeitos 37% 7%
CLIENTES 18%
Tempo de entrega 49% 9%
Outros 14% 3%
Prazo p/Execução
PROCESSOS Tarefas 39% 6%
15%
INTERNOS
Taxa de rejeição 40% 6%
Outros 21% 3%
APRENDIZAGEM E Nº Prémios atribuidos 39% 6%
DESENVOLVIMENT 15% Nº Horas formação 60% 9%
O Outros 1% 0%
100%
Fonte: Autor (2021)
Gráfico 4.12: Scores dos indicadores de todas as prespectivas do BSC no ano de 2016.
80
Outros; 17%
Nº Horas RCP = RL/CP;
formação; 37%
9%
Nº Prémios
atribuidos ; 6%
Taxa de re-
jeição; 6%p/Exe- EVA = MCR -
Prazo
Tempo
cução de entrega
Tarefas ; ; 9% IMPOSTO;
Nº Clientes 4% ; 7%
satisfeitos
6%
Tabela 4.12: Evolução dos indicadores de todas as prespectivas do BSC durante os três anos.
81
50% 46%
44%
45%
40% 37%
35%
30%
25%
20% 17%
15%
10% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9%
6% 7% 6% 6% 6% 6% 5% 7% 6% 6% 6% 7% 6% 6% 6%
5% 4%
0%
SCORES SCORES SCORES
2014 2015 2016
Observa-se que durante os três anos 2014, 2015 e 2016 o EVA apresentou
valores inferiores a um quarto (6%, 5% e 4% respectivamente) do valor esperado.
Estes valores mostram que a empresa gerou excedentes suficientes aos accionistas
para remunerar os capitais investidos, de acordo com a remuneração exigida,
gerando assim criação de valores. Comparando ao longo dos três anos, houve um
decréscimo de 2%, verificando assim destruição de valores.
82
O número de clientes satisfeitos e o tempo de entrega dos serviços prestados
pela empresa com scores de 7% e 9% respectivamente, mostram que os clientes
têm estado satisfeitos com a prestação dos serviços da empresa.
83
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Conclusões
O principal objectivo desta investigação consiste em analisar a problemática
do Balanced Scorecard (BSC) como ferramanta de gestão estratégica numa
empresa de pequeno porte em Angola.
Não existe propósito em que a intenção é intender algo que nao foi aqui
ilustrado como problematica. Existe uma diferença entre problemática e temática.
Temática é o estudo de determinado tema. Já a problemática é o conjunto de
questionamento que podem ser propostos em relação ao que se pretende estudar.
Sendo o BSC uma ferramenta de gestão que procura dar uma visão global e
integrada do desempenho organizacional de acordo com a perspectiva financeira,
incluindo, adicionalmente, três perspectivas não-financeiras, sendo elas a
perspectiva de clientes, a do processo interno e a de aprendizado e
desenvolvimento, que funcionam de modo equilibrado, este revelou um efeito
positivo para os benefícios do planeamento estratégico. O mesmo foi verificado pela
análise dos indicadores de suas perspectivas.
Para ter os resultados criou-se um mapa estratégico, que é a ferramenta
principal do BSC, onde constam os objectivos estratégicos que são a missão, a
visão e a estratégia, e os seus indicadores de desempenho, segundo as suas
perspectivas.
Para cada perspectiva, atribuiu-se um peso e definiram-se dois indicadores.
Para cada indicador foram calculados os seus respectivos pesos. Os pesos dos
indicadores financeiros foram calculados através dos relatórios financeiros
fornecidos pela empresa (o Balanço e as Demonstrações de Resultados). Para os
indicadores das perspectivas não-financeiras, os pesos foram calculados através
dos resultados dos questionários dirigidos aos clientes e aos funcionários da
empresa. Ao multiplicar os pesos dos indicadores com os pesos das perspectivas,
obtem-se os scores que representam os desempenhos de cada indicador na referida
perspectiva.
Na análise efectuada, constatou-se que:
Durante os três anos 2014, 2015 e 2016 o EVA apresentou valores inferiores
a um quarto (6%, 5% e 4% respectivamente) do valor esperado. Estes valores
84
mostraram que a empresa gerou excedentes suficientes aos accionistas para
remunerar os capitais investidos, de acordo com a remuneração exigida, gerando
assim criação de valores. Comparando ao longo dos três anos, houve um
decréscimo de 2%, verificando assim destruição de valores.
85
Concluímos também que a grande inovação do BSC está em não se
preocupar apenas com medidas financeiras e que, com a sua implementação na
empresa Angola Oilfield Supply Service, podem advir alguns benefícios como:
Permitir uma melhor visualização do futuro;
Permitir a melhoria de resultados;
Colocar em prática planos de acção;
Melorar continuamente a qualidade e o desempenho;
Monitoramento, medição e direcionamento de acções;
Favorecer a comunicação e o feedback entre a equipa.
Em suma, com os resultados deste estudo, mostramos que o BSC pode ser
aplicado em uma pequena empresa em Angola.
86
Recomendações
Referências bibliográficas
87
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Small Businessin New Zealand (Vol. 4). Electronic Markets.
Ansoff, H. (1990). A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas.
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Pequenas e Médias Empresas no Sistema Nacional de Inovação. Instituto de
Economia. Acesso em 12 de Outubro de 2019, disponível em
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