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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC - UFABC

Finanças Corporativas - 1o. quadrimestre/19


Prof. José Luís de Castro Neto

A empresa Arapiraca S.A. está empenhada em melhorar a eficiência do seu caixa.


Seus valores a receber são cobrados por volta de 35 dias e a idade média de seus
estoques é de 40 dias. As dívidas com os fornecedores são quitadas, normalmente
em 20 dias. A empresa desembolsa $450.000 por ano de 360 dias, a uma taxa cons-
tante, para dar suporte ao ciclo operacional.
1) Considerando os dados acima, calcule:

a) O ciclo operacional da empresa;


PMV= 35; PME= 40; PMC=20 dias
CO = PMV + PME = 75 dias

b) O ciclo financeiro da Arapiraca S.A.


CF = CO - PMC = 55 dias
CF = 55 - 20 = 35 dias

c) Calcule o montante de financiamento necessário para sustentar o ciclo financeiro


da empresa ou o seu ciclo de caixa.
(Desembolsos operacionais/360)*35
(450.000/360)*35
$43.750

d) Quais as alternativas possíveis para que a Arapiraca S.A. possa reduzir seu ciclo fim-
nanceiro ou ciclo de caixa?
1) Aumentar o PMC;
2) Reduzir o ciclo operacional (PME e PMV), ou ambos;
3) Reduzir o ciclo operacional e aumentar o PMC, simultaneamente.

2) Calcule os resultados dos ciclos operacional, financeiro e financiamento para a


sustentação do ciclo de caixa, se acontecerem as seguintes situações independentes:

e) Os valores a receber são cobrados por volta de 50 dias;

f) Os compromissos com fornecedores são pagos por volta de 70 dias;

g) A idade média dos estoques passa a 45 dias.


PMV = 50
PME = 45
PMC = 70
CO = 95 dias
CF = 25 dias
Financiamento necessário: (450.000 /360)*25 = $31.250
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EXERCÍCIOS

1) A empresa Camberra S.A. previu que suas necessidades totais de financiamento para
o próximo ano serão as seguintes:
$ $ $
Janeiro 280.000 Maio 410.000 Setembro 315.000
300.000 Junho 380.000 Outubro 460.000
Fevereiro
230.000 Julho 315.000 Novembro 360.000
Março
220.000 Agosto 300.000 Dezembro 390.000
Abril
Sabendo-se que as necessidades permanentes de recursos é de $400.000, calcular o
custo total do financiamento sob as estratégias agressiva e conservadora, considerando
que os recursos de curto prazo custam 5% e os de longo prazo 8%.

2) A Cia.Napa Ltda. obteve durante o exercício social a seguinte movimentação:


• Compra de produtos para revenda, a crédito, no valor de $120.000, sendo pagos
no exercício 90% desse total e o saldo no exercício seguinte.
• Compra de um equipamento por $100.000, sendo pagos no exercício 70% do valor
devido e o saldo no exercício seguinte.
• Venda a crédito de 100% dos produtos, no valor de $200.000, com recebimento no
exercício de 80% desse valor e o saldo no próximo exercício.
• Venda da máquina, a crédito, por $80.000 a ser recebido no exercício seguinte.
Pede-se: preparar a demonstração de resultado e a demonstração dos fluxos
de caixa da Cia. Maravilha para o período.
3) A empresa Poções Ltda., fábrica de sabão, apresentou, no exercício, um ciclo
financeiro de 38 dias. Ela calculou o seu Caixa Mínimo Operacional em $850.000 no
período, mas o novo gestor financeiro está em dúvida sobre os desembolsos
operacionais usados para o cálculo do Caixa Mínimo Operacional, que foi de: (Obs:
arredondar centavos).
a) $89.722
b) $3.409.444
c) $8,052.632
d) $2.361.111
e) $32.000.000
4) Aloísio, gestor financeiro de uma empresa de porte médio, precisa calcular os ciclos
operacional e financeiro da empresa Gimaflex Ltda, que apresenta os seguintes dados
no período: Disponibilidades, $10.000, Duplicatas a Pagar, $40.000, Contas a Pagar
Diversas, $28.000, Receita Bruta de Vendas, $170.000; Compras Brutas, $125.000,
Duplicatas a Receber, $50.000, Material de Consumo $8.000, Custo das Mercadorias
Vendidas, $135.000, Estoques, $20.000, Edifício, $60.000. Os números que Josimar
deve encontrar para o ciclo operacional e financeiro são, respectivamente:
a) 53,20 e 45,12
b) 159,21 e 44,01
c) 105,88 e 92,12
d) 75,12 e 52,12
e) 105,88 e 45,12
5) Assinalar a alternativa correta:
a) Os prazos de estocagem e cobrança não afetam significativamente as necessidades
de recursos para financiar o giro das operações, pois a empresa pode recorrer aos
capitals próprios.
b) Esses recursos tomados pelas entidades, sendo originários de empréstimos e
financiamentos sempre acarretarão despesas financeiras para as empresas.
c) Os custos de oportunidade são aqueles que as empresas incorrem quando aplicam no
Tesouro Direto – Selic.
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d) Ao reduzir o ciclo financeiro, a entidade otimizará o uso dos recursos operacionais,
aumentando os custos desses recursos.
e) Uma das estratégias para reduzir o ciclo financeiro da empresas é aumentar o giro dos
estoques, o máximo, sem qualquer restrição.
6) As afirmações abaixo se referem ao termo “finanças”. Assinale a afirmação incorreta:
a) As finanças corporativas tratam de organizar a gestão de custos e planejamento
estratégico da empresa.
b) “Finanças” é a campo da ciência que estuda a movimentação de recursos
financeiros entre os agentes econômicos.
c) “Finanças” é a arte e a ciência de administrar o dinheiro;
d) “Finanças” diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos
instrumentos envolvidos na transferência de recursos entre agentes econômicos.
e) As finanças corporativas tratam dos atos e medidas que visam maximizar a riqueza
dos acionistas.
7) Na Análise do Planejamento Financeiro, as decisões de financiamento dizem respeito ao
seguinte item do balanço patrimonial:
a) Passivo
b) Patrimônio Líquido.
c) Resultado do período.
d) Ativos Circulantes e Não Circulantes.
e) Receita e despesa.
8) “Representa a aplicação de recursos de curto prazo necessários para levar adiante o ciclo
operacional de uma empresa”.
a) Capital Fixo.
b) Capital Real
c) Capital Circulante Líquido
d) Capital Circulante
e) Capital Social

3 A B C D E
4 A B C D E
5 A B C D E
Gabarito 6 A B C D E
7 A B C D E
8 A B C D E
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GESTÃO DE DUPLICATAS A RECEBER

• O principal objetivo do gestor financeiro é a maximização do lucro da


empresa. Uma margem de lucro grande propicia a que a entidade opte
por uma política de crédito liberal.
• Quando a margem de lucro é relativamente pequena, a flexibilidade
do crédito pode aumentar o nível dos títulos incobráveis,
comprometendo a rentabilidade.
• Outro fator relevante na política das duplicatas a receber diz respeito
ao montante que a empresa pode comprometer com o capital de giro.
Esse volume determinará maiores ou menores volumes de vendas,
pois de a empresa tiver limitação de recursos, terá dificuldades em
conceder crédito a prazos mais longos, comprometendo a ampliação
das vendas. Mas, se a empresa estiver em condições de investir em
duplicatas a receber, ao flexibilizar o crédito, pode aumentar o seu
nível de incobráveis. Cabe ao gestor financeiro procurar equilíbrio na
relação risco-retorno.
• A política de crédito estabelece parâmetros da empresa quanto à
seleção, padrões, condições de crédito. No momento da definição de
sua política de crédito, a empresa deve levar em consideração o fluxo
de caixa proveniente dessa política e o investimento necessário para
coloca-lo em prática.
• Principais medidas financeiras de uma política de crédito:
investimento em capital, investimento em estoques, despesas de
cobrança e as despesas com devedores duvidosos.
• A seleção de crédito consiste em determinar:
- se o crédito deve ser concedido a um cliente;
- o limite quantitativo a ser concedido, levando em consideração:
o Capacidade de pagamento (liquidez, endividamento);
o Capital (patrimônio líquido);
o Colateral (ativos disponíveis para garantir o crédito);
o Condições (influência da conjuntura que afete as partes).

Obtenção das informações:

• Demonstrações financeiras;
• Publicações especializadas;
• Empresas prestadoras de serviços;
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• Trocas diretas de informações;


• Vendedores;
• Visita às instalações da empresa e entrevistas com seus
executivos.

1. Exemplo: A Cia. Luminária vende 60,000 unidades a $10. O custo unitário


variável é de $6 (60% das vendas) e o custo fixo é de $120.000. A empresa
pretende relaxar seus padrões de concessão de crédito. Espera, assim:
• Um aumento de 5% nas vendas;
• Aumento do PMR (período médio de recebimento) de 30 para 45 dias;
• Aumento no volume dos devedores incobráveis de 1% para 2% das
vendas. O retorno exigido (custo de oportunidade) sobre os
investimentos da empresa é de 15% a.a.

Sabendo-se que a empresa possui capacidade ociosa, pergunta-se: ela


deve relaxar seus padrões de crédito?
Tabela 1
Situação atual Situação proposta
Vendas anuais a prazo 60.000*10=600.000 60.000*1,05=63.000*10=630.000
Custo variável 60.000*6=360.000 63.000*6=378.000
Custo fixo 120.000 120.000
Perdas estimadas 600.000*0,01=6.000 630.000*0,02=12.600
c/incobráveis
PMR 30 45

Tabela 2 – Margem de contribuição incremental


Situação atual Situação proposta
Vendas anuais a prazo 600.000 630.000
Custo variável (360.000) (378.000)
(=) Margem de 240.000 252.000
contribuição
(-) Custo Fixo 120.000 120.000
Totais 120.000 132.000
Contribuição marginal dos 12.000
lucros
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Tabela 3 – Custo do investimento marginal em Duplicatas a Receber


Situação atual Situação proposta
Giro de duplicatas a receber 360/30=12 360/45=8
(360/PMR)
Investimento médio em DR 360.000/12=30.000 378.000/8=47.250
(Custo variável total/Giro de
DR)
Investimento/(Redução) 47.250–
Marginal de DR 30.000=17.250
Custo (ganho) marginal do 17.250*0,15=2.588
investimento em DR

Tabela 4 – Custo marginal dos devedores incobráveis


Situação proposta 630.000*0,02=12.600
Situação atual 600.000*0,01= (6.000)
Custo (ganho) marginal com 6.600
incobráveis

Tabela 5 – Análise da proposta


Contribuição marginal aos lucros 12.000
(- +) Custo/ganho do investimento (2.588)
marginal em DR
(- +) Custo (ganho) marginal com (6.600)
devedores incobráveis
Resultado marginal líquido com a 2.812
implementação da proposta

Conclusão: Resultado positivo - APROVAR


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MODELO DO CAIXA MÍNINMO OPERACIONAL

O Caixa Mínimo Operacional é um modelo de cálculo do volume mínimo de caixa


que uma empresa deve manter. Trata-se técnica simples, mas pode ser útil em
diversas situações.

Para se obter o Caixa Mínimo Operacional (CMO), deve-se dividir os desembolsos


Operacionais pelo Giro de Caixa.

CMO = Desembolsos Operacionais/Giro de Caixa

Giro de Caixa = 360/Ciclo Financeiro

Exemplo A: A empresa YMAN projetou, para determinado exercício social, desembol


totais líquidos de $4 milhões. Sabe-se que seu ciclo financeiro é de 50 dias, que é o
intervalo de tempo em que a empresa somente desembolsa recursos, sendo que
as entradas de fluxos financeiros ocorrem somente a partir do 46o. dia.
Pede-se determinar o Caixa Mínimo Operacional da Empresa YMAN.
Solução:
Giro de caixa = 360 50 7
CMO = 4.000.000 7 555.556
ou
(4000000/360)*50 555.556

Fazer os exercícios abaixo:


1) Qual será o Caixa Mínimo Operacional que a Empresa YMAN deverá manter
se ela alterar o seu ciclo financeiro para 15 dias? Determinar a economia
obtida considerando-se o custo de oportunidade de 10% para o exercício
em relação ao Exemplo A, acima?
Giro de Caixa = 360 15 24,00
CMO = 4.000.000 24,00 166.667
CMO= (4.000.000/360)*25 166.667
(166.667*0,10)-(555.556*0,10)= -33.333,36 -Economia
16.667 - 55.556 = -38.889
2) Qual será o Caixa Mínimo Operacional sera a empresa alterar o seu ci-
clo financeiro para 60 dias. Determinar o custo/economia adicional, com-
siderando o custo de oportunidade de 12% em relação ao Exemplo A?
Giro de Caixa = 360 60 6,00
CMO = 4.000.000 6,00 666.667
CMO= (4.000.000/360)*60 666.667
(666.667*0,12)-(555.556*0,12)= 13.333 Custo

3) Uma empresa projetou, para o próximo exercício, saldo de caixa de


$5.500.000, sendo seu ciclo financeiro de 90 dias. Pede-se calcular o
Caixa Mínimo Operacional dessa empresa.
Giro de caixa= 360 90 4
CMO = 5.500.000 4 1.375.000

4) Qual será o Caixa Mínimo Operacional e economia obtida, conside-


rando o custo de oportunidade de 13%, se a empresa imediatamente
acima alterar o seu ciclo financeiro para 30 dias?
Giro de caixa= 360 30 12
CMO= 5.500.000 12 458.333
(458.333*0,13)-(1.375.000*0,13)= (119.166,71) Economia

5) Qual será o Caixa Mínimo Operacional e custo adicional em relação


ao item 3, acima, se a empresa alterar o seu ciclo financeiro para 120
dias, considerando o custo de oportunidade de 16%?
Giro de caixa = 360 120 3
CMO = 5.500.000 3 1.833.333
(1.833.333*0,16)-(1.375.000*0,16) = 73.333 custo
RACIONAL

esembolsos
eéo

166.667
0,10
16.667
555.556
55.556
IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE BALANÇOS

Nos primórdios da Contabilidade, quando esta se resumia basicamente à realização de


Inventários, já o analista se preocupava em anotar as variações quantitativas e qualita-
tivas das várias categorias de bens incluídos em seu inventário (Iudícibus, p. 19).

É muito provável que já realizasse algum tipo de análise horizontal ou vertical.

Supondo-se que um criador de rebanhos Ukr Semanthal tivesse apurado as seguintes


posições em seu “inventário” de vacas:

Ano de 3689 AC Ano de 3688 AC

Vacas 405 Vacas 489

Análise horizontal: variação no tempo.......quanto?


Importância da análise de
balanços
• Itens do inventário 3689 AC 3688 AC
• Cabras 1.100 1.155
• Vacas 300 380
• Carneiros 50 40
1.450 1.575
Em análise horizontal: tempo
importante→homogeinização→vacas

Em análise vertical→ análise de percentagens


Rudimentos da análise vertical
• Os totais dos animais, nos dois anos
considerados devem ser iguais a 100%.
Calcular-se-ia quanto representa cada
item individual (cabras, vacas ou
carneiros) em relação ao total.

• Tal resultado tem valor relativo, pois as


quantidades não representam grandezas
homogêneas.
Moderna análise de balanços
• Os banqueiros foram responsáveis, em
boa parte, pela vulgarização da análise de
balanços por quocientes.
• Assim, era prática comum o banqueiro
analisar o relacionamentos entre os
valores a receber e os valores a pagar de
cada empreendimento a fim de determinar
com mais base o risco envolvido em
conceder empréstimos.
A moderna análise de balanços
Matarazzo (2009) apresenta salienta contribuições da Análise das
Demonstrações Contábeis:
• 1) Se bem manuseada, pode se constituir em excelente e poderoso "painel
de controle" da administração;

• 2) É poderosa ferramenta à disposição das pessoas que se relacionam ou


pretendem relacionar-se com a empresa, ou seja, os usuários da
informação contábil ou financeira, sejam eles internos ou externos;

• 3) Permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e


permitindo apresentar esboço das prioridades para a solução dos
problemas;

• 4) Permite visão estratégica dos planos da empresa, bem como estima o


seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
Etapas para o processo de
tomada de decisão

Escolha de Comparação com Diagnóstico ou


indicadores padrões Decisões
conclusões

• Processo de tomada de decisão - – MATARAZZO, Dante C., Análise Financeira de Balanços. São Paulo, Atlas,
2009
Informações produzidas pela Análise
de balanços
• Situação financeira/ econômica
• · Desempenho operacional
• · Eficiência na utilização dos recursos
• · Tendências e perspectivas para o futuro
• · Adequação das fontes às aplicações de recursos
• · Causas das alterações na situação financeira
• · Causas nas alterações na rentabilidade
• · Evidência de erros da administração
• · Providências que deveriam ter sido ser tomadas e não foram
• · Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras
Demonstrações comumente utilizadas
na Análise de Demonstrações
Contábeis
• Balanço Patrimonial
• Demonstração dos Resultados do
Exercício
• Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido
• Demonstração do Valor Adicionado
• Demonstração dos Fluxos de Caixa
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

• Uma das estratégias mais adotadas para se obter


informações sobre dados quantitativos apresentados no
Balanço e DRE→ transformação dos valores em
percentuais a fim de se verificar a composição estática
e dinâmica dos elementos componentes dessas
demonstrações.

• Análise horizontal→ análise temporal ou dinâmica,


consiste na comparação da evolução das contas ou
grupo de contas, por dois ou mais períodos
consecutivos.
Análise horizontal das
demonstrações contábeis
• Por meio da análise horizontal, é possível verificar qual
foi o percentual de aumento ou diminuição das vendas,
do custo das vendas, dos tributos, disponibilidades,
entre outras, que apontam ao gestor quais elementos
apresentaram uma variação mais expressiva.

• A finalidade principal da análise horizontal é denotar o


crescimento de itens dos Balanços e das
Demonstrações de Resultados através dos períodos, a
fim de caracterizar tendências.
Análise horizontal das
demonstrações contábeis
• O método consiste em adotar tanto para o
balanço como para a demonstração de
resultados, o índice 100% para o período base,
calculando os de evolução para os períodos
subsequentes. A variação será o que exceder a
100 ou o que faltar para 100.

• Segundo Marion (2010) algumas das vantagens


em se fazer a análise horizontal são as
seguintes:
.
Análise horizontal
• Verificar quais itens patrimoniais
apresentaram maior variação, a fim de se
comparar desempenhos de diferentes
períodos.

• _ Demonstrar como se comportaram as


Receitas, Despesas e Custos em
diferentes períodos.
Análise horizontal
Contas Em $milhoes
2008 2009 2010 2011 2012
Vendas 100 107 115 123 132
(-) Custo das vendas 70 76 83 91 99
(=_ Lucro bruto 30 31 32 32 33

Contas
2008 2009 2010 2011 2012
Vendas 100 107 115 123 132
(-) Custo das vendas 70 109 119 130 141

• Crescimento do custo das vendas > crescimento das vendas→estagnação do


lucro bruto.

• Taxa implícita média (composta) de crescimento anual das duas séries: despre-
zando-se os anos intermediários, observa-se que as vendas cresceram cerca de
7%, ao passo que os custos das vendas cresceram 9%:
Análise horizontal
• Vendas: um capital inicial de $100 rendeu $32 ao fim de
4 anos, transformando-se no montante de $$132. Assim,
100 x (1 + i)n = 132. Resolvendo, i= 7%

• Custo das vendas: $70 x (1+i) 4=. Resolvendo, i= 9% a.a.


Análise vertical
• Esse tipo de análise é importante para avaliar a
estrutura de composição de itens e sua evolução no
tempo. Suponha-se que determinado Estado apresente
a seguinte evolução de Despesas Públicas:

Contas Em $milhoes

2008 2009 2010


Despesas de correntes 800 1.000 1.300
Despesas de
capital 1.500 1.800 2.250
Total 2.300 2.800 3.550

A política de prioridades desse Estado havia sido declarada como sendo a de


aumentar a participação da despesa de capital (basicamente investimentos)
sobre a despesa total. Teria sido bem sucedida?
Análise vertical
Contas Em $milhoes
2008 % 2009 % 2010 % 2011 %
Disponibilidades 20 6 15 4 10 2 8 1,5
Valores a receber CP 90 27 85 20 20 5 22 4
Estoque 60 18 80 19 110 25 130 24
Valores a receber LP 10 3 20 5 25 6 30 6
Imobilizado 150 44 200 48 250 57 300 56
Investimentos 5 1 15 3,5 15 3 30 6
Outros 3 1 5 1 10 2 12 2,5
338 100 420 100 440 100 532 100

Comportamento do disponível? É um bom ou mau indício?

E das outras rubricas?


UFABC – FINANÇAS CORPORATIVAS –
11-2
ANOTAÇÕES DE AULA

1) INTRODUÇÃO
• A crescente complexidade do mundo dos negócios determinou visão mais integrativa
da empresa e de seu relacionamento com o ambiente externo.

• Finanças -→Mercado financeiro

--→Finanças Corporativas: estuda os processos e as tomadas de decisões


nas organizações.

--→Finanças Pessoais

• O gestor financeiro moderno deve possuir uma visão do todo da empresa, destacando
suas oportunidades, tanto internas como externas. Deve, ainda, apresentar
capacidade de bem interpretar os dados e informações e inferir, a partir deles,
comportamentos e ações futuros.

• Teoria das finanças→ era industrial→era da informação→era do conhecimento.

2) EVOLUÇÃO DAS FINANÇAS DAS EMPRESAS: FINANÇAS MODERNAS


• Existem duas correntes básicas:
- Finanças Corporativas (Modigliani e Miller, 1958). Esses professores
demonstraram que a forma como a empresa é financiada (quanto de dívidas
e de recursos próprios está financiando seus ativos, que é sua estrutura de
capital), ou como paga dividendos a seus acionistas, não exerce influência
sobre o seu valor.

- Teoria do Portfólio (carteiras) e de risco e retorno).


Nessa teoria, Markowitz, em 1952, difundiu a noção de que um investidor
deve formar um portfólio com base em seu retorno esperado e na variância
dos retornos (risco), de modo a maximizar os retornos e minimizar os riscos.
O resultado interessante do balanceamento ideal entre retorno e risco de
um investimento é obtido por meio da diversificação de ativos, com reduzido
nível de covariância.

A covariância, assim como a correlação, são medidas estatísticas que indicam


como duas variáveis se relacionam entre si. Por exemplo, quando o preço de
um ativo se eleva, como se comporta o do outro ativo. Se um acompanhar o
aumento do outro, diz-se que a covariância é positiva, denotando risco
MAIOR para a carteira; caso contrário, tem-se uma covariância negativa,
reduzindo o risco de perda pelo comportamento inverso de um ativo em
relação a outro.
Por exemplo, é esperado que, diante de uma subida nas taxas de juros de
mercado, o IBOVESPA sofra uma desvalorização. Assim, um investidor que
possua ações e CDBs em seu portfólio tem sua perda no retorno das ações
UFABC – FINANÇAS CORPORATIVAS –
11-2
contrabalanceada pela subida dos juros. Se possuísse somente ações
(covariância positiva), não teria como diversificar seu risco.

Portfólio, ou carteira, é um conjunto de bens financeiros (ações, títulos de


renda fixa, imóveis, moedas etc.), de propriedade de um investidor. O
objetivo da formação de portfólios diversificados é reduzir o risco.
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Finanças Corporativas – 1º. quadrimestre/2019

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Introdução

• Finanças→campo do conhecimento que estuda a movimentação de


recursos financeiros entre os agentes econômicos. Esses agentes são
as entidades, indivíduos e governos que interagem entre si, trocando
recursos, sejam por vendas, empréstimos etc. Tais recursos são
movimentados diretamente, ou através de instituições financeiras.

• Finanças corporativas→são os atos e medidas que visam maximizar a


riqueza dos proprietários das empresas. Grandes empresas,
constituídas sob a forma de cotas de responsabilidade limitada e que
necessitam boa governança corporativa também são objeto de estudo
das finanças corporativas.

• Gestão financeira→é a forma (com táticas e estratégias financeiras)


com a qual os gestores financeiros administram uma entidade. Eles
desempenham uma multiplicidade de tarefas, incluindo orçamentos,
gestão do caixa, crédito, captação de recursos, análise de investimentos
e acompanhamento.

• Ciclo econômico→ envolve agentes e governo, movimentando recursos


e dinamizando a economia.

• A função financeira de uma entidade geralmente está organizada na


gerência financeira e controladoria. A gerência financeira lida com
administração de caixa, crédito e cobrança, risco, câmbio, investimento,
financiamento, planejamento e controle financeiro. A controladoria
engloba atividades de gestão de custos e preços, auditoria interna,
avaliação de desempenho, contabilidade, orçamento, controle
patrimonial, planejamento tributário, relatórios gerenciais e sistemas de
informação financeira.

• Para atingir o objetivo de maximizar a riqueza da empresa (e de seus


acionistas, via distribuição de dividendos), a administração financeira
busca a melhor integração de três decisões estratégicas: decisões de
investimento, decisões de financiamento e decisões de resultados.
Decisões Análise e Planejamento Financeiro Decisões
de invest. Balanço Patrimonial de
Ativos Circulantes Recursos Temporários financia-
Ativos Não Circulantes Recursos Permanentes mento

• Meta de uma administração Financeira→maximizar a riqueza da


empresa (de seus proprietários→preço da ação). Retorno x risco
diretamente proporcional. Ex. caderneta de poupança (menor retorno –
menor risco) e ação patrimonial (maior retorno – maior risco).

• Valor de uma empresa→em um mercado desenvolvido, o valor de uma


empresa corresponde à cotação das ações multiplicada pelo número de
ações em circulação.

• Pergunta: uma empresa que não tem ação cotada em Bolsa pode ter
valor de mercado?

O VALOR DE MERCADO DE UMA EMPRESA CORRESPONDE AO VALOR


ATUAL DE SEUS LUCROS FUTUROS

• Custos de agência→custos despendidos pelos proprietários da


empresa para minimizar os efeitos das ações dos administradores que
trabalharam em prol de causa própria. Exs.: custos de auditoria,
incentivos, prêmios por bom desempenho, participação acionária.

• Gestão Financeira ≠ Contabilidade→a Administração Financeira tem


como funções básicas: o planejamento, a administração e o controle das
entradas e saídas de recursos, ou seja, os investimentos e
financiamentos necessários à sustentação das atividades da empresa;
para isso, adota o Regime de Caixa, preocupando-se com o fluxo de
recursos, reconhecendo as receitas e despesas somente quando
acontecem as reais entradas e saídas de caixa.

• Decisões de investimento
Balanço Patrimonial Questões a serem respondidas
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE Onde estão aplicados os recursos
financeiros?
Caixa e bancos Quanto está aplicado em ativos
circulantes?
Contas a receber Quanto em ativos permanentes? Em
quais?
Estoques Qual a melhor composição de ativos?
Outros Qual o risco do investimento?
ATIVO NÃO CIRCULANTE Qual o retorno do investimento?
Realizável a longo prazo Quais as novas alternativas de
investimento?
Investimentos Em quais novos ativos investir?
Imobilizado Como maximizar a rentabilidade dos
investimentos existentes?
Intangível O que deve ser descartado, reduzido ou
eliminado, por não acrescentar valor?
TOTAL

Entidades não voltadas ao lucro (ONGs, sindicatos,


associações, fundações→demandam mais recursos de curto
prazo, ativos circulantes, caixa; Vale, igualmente, para pequenos
varejos, como postos de gasolina, butiques, padarias.

Empresas de capital intensivo→requerem grandes


investimentos em ativos imobilizados. Exs.: Petrobrás, Vale,
Embraer, Vale, Gerdau, Renault, Copel e outras.

Decisões de financiamento Questões a serem respondidas

1.
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores Qual é a estrutura de capital?
Empréstimos e financiamentos De onde vêm os recursos?
Debêntures Qual a participação do capital próprio?
Outros Qual a participação do capital de
terceiros?
PASSIVO NÃO CIRCULANTE Qual o perfil do endividamento?
Exigível a longo prazo Qual o custo do capital? Como reduzi-lo?
Financiamentos Quais as fontes de financiamento
utilizadas e seus respectivos custos?
Quais deveriam ser substituídas ou
eliminadas?
PATRIMÔNIO Líquido Qual o risco financeiro?
Capital Social Qual o sincronismo entre os vencimentos
das dívidas e a geração de meios de
pagamentos?
Reservas de capital
Reservas de lucros
Ajustes de avaliação Patrimonial
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados
TOTAL

As respostas mais adequadas às questões formuladas dependem


de vários fatores, como: ramo de negócio, porte, situação
econômica do país e outros.
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FINANÇAS CORPORATIVAS – 1º. quadrimestre/19

Prof. José Luís de Castro Neto

1) As afirmações abaixo se referem ao termo “finanças”. Assinale a afirmação


incorreta.
a) “Finanças” é a campo da ciência que estuda a movimentação de recursos
financeiros entre os agentes econômicos.
b) “Finanças” é a arte e a ciência de administrar o dinheiro;
c) “Finanças” diz respeito ao processo, às instituições, aos mercados e aos
instrumentos envolvidos na transferência de recursos entre agentes
econômicos.
d) As finanças corporativas tratam dos atos e medidas que visam maximizar
a riqueza dos acionistas.
e) As finanças corporativas tratam de organizar a gestão de custos e
planejamento estratégico da empresa.

2) Assinale a alternativa que expressa devidamente as principais atribuições de


um gestor financeiro.
a) Organizam o Plano Geral de Contas da entidade, mobilizando recursos
dos sistemas de informações.
b) Gerenciam ativamente as finanças de todos os tipos de empresa,
financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas.
c) O gestor financeiro cuida, exclusivamente, de empresas com finalidade de
lucro.
d) O gestor financeiro cuida da logística de suprimentos a todas as áreas da
empresa.
e) O gestor financeiro não trata das decisões relativas a investimento e
financiamento da empresa.

3) O principal objetivo de uma empresa com finalidade de lucro é:


a) Satisfazer os stakeholders da empresa. Justifique.
b) Distribuir parcela de lucro aos seus funcionários, como medida de justiça
social;
c) Maximizar a riqueza de seus proprietários.
d) Atender às solicitações governamentais no que tange ao fornecimento de
informações fiscais.
e) Coibir as tentativas de fraude, proporcionando assistência àqueles que
cuidam dos processos internos da entidade.
4) Na Análise do Planejamento Financeiro, as decisões de investimento dizem
respeito aos seguintes itens do balanço patrimonial.
a) Recursos temporários e permanentes.
b) Patrimônio Líquido.
c) Resultado do período.
d) Ativos Circulantes e Não Circulantes.
e) Receita e despesa.

5) Na Análise do Planejamento Financeiro, as decisões de financiamento dizem


respeito aos seguintes itens do balanço patrimonial.
a) Recursos temporários e permanentes.
b) Receita e despesa.
c) Ativos Circulantes de Não Circulantes
d) Patrimônio Líquido
e) Receita e despesa.

6) Assinale a alternativa correta:


a) As duas variáveis que conduzem as decisões financeiras de aumento do
valor da ação são o risco e o retorno.
b) Quanto maior o risco, menor o retorno.
c) A caderneta de poupança apresenta baixo risco para elevado retorno.
d) As ações negociadas em Bolsa de Valores apresentam, geralmente, alto
risco com certeza para baixo retorno.
e) O Tesouro Direto é um título do governo que apresenta, normalmente,
elevado risco para baixo retorno.

7) O que são “custos de agência”?


a) São custos despendidos por instituições credenciadas pela Comissão de
Valores Mobiliários, CVM.
b) São recursos aplicados pelas empresas na criação de agências de
regulação;
c) São custos despendidos pelos proprietários da empresa para prevenir e
minimizar o impacto ocasionado pelo desvio dos objetivos na gestão da
empresa pelos administradores. Ex.: auditoria interna, incentivos, prêmios
por bom desempenho, participação acionária, bônus etc.
d) São recursos contabilizados na rubrica “Custos de agência temporários”,
conta de resultado.
e) São despesas de propaganda da empresa.
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Finanças Corporativas
Prof. José Luís de Castro Neto

EVOLUÇÃO DAS FINANÇAS CORPORATIVAS

• Década de 1990 até o ano 2000:


- Aumento da globalização da economia, com maior
interdependência entre os países, elevando o risco sistêmico (efeito
contágio) entre as instituições. Consequência: desenvolvimento de
modelos sofisticados de gestão de risco.

• Caso do Barings Bank: banco inglês que faliu em 1995 em razão de


operações financeiras irregulares e mal sucedidas, realizadas pelo
seu principal operador de mercado. A causa foi uma aposta
equivocada no desempenho futuro do índice de ações do Japão,
que levou a um rombo superior a US$1,3 bilhão. Na época, o
mercado acionário japonês caiu mais de 15%. O Banco foi vendido
ao ING, grupo financeiro holandês, pelo valor simbólico de 1 libra
esterlina.

A DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

Funções da Administração Financeira:

1) Planejamento financeiro→procura evidenciar o crescimento da


empresa e identificar eventuais dificuldades e desajustes futuro.
Através desse planejamento, é possível selecionar, com maior
margem de segurança, os ativos mais rentáveis;
2) Controle financeiro→dedica-se a acompanhar e avaliar o
desempenho financeiro da empresa, como: custos e despesas,
margens de ganhos, volume de vendas, liquidez de caixa,
endividamento, investimentos etc.;
3) Administração de ativos→deve perseguir a melhor estrutura
dos investimentos (ativos) empresariais, em termos de risco e
retorno, além de gerenciar tais bens. A Administração de Ativos
acompanha as defasagens que podem ocorrer entre entradas e
saídas.
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Finanças Corporativas
Prof. José Luís de Castro Neto

4) Administração de passivos→trata da aquisição de fundos


(financiamentos) e do gerenciamento de sua composição
(proporção entre capital próprio e capital de terceiros). Com
isso, se espera conseguir a estrutura de capital mais adequada.

A decisão de dividendos é geralmente incluída na área de


financiamento por representar, também, uma alternativa de
financiar as suas atividades.

O risco associado às decisões financeiras tomadas pelas


empresas pode ser dividido em duas outras, segundo a natureza
da decisão a ser tomada.
a) Risco econômico (operacional)→este risco independe da
forma como a empresa é financiada, restringindo-se às
decisões de investimentos (ativos). Ele é inerente à própria
atividade da entidade e às características do mercado onde
ela opera. Exs.: sazonalidade de mercado, tecnologia,
concorrência, estrutura de custos mantida pela empresa,
qualidade dos produtos negociados, variações nas taxas de
juros de mercado etc.
b) Risco financeiro→ reflete o risco associado às decisões de
financiamento, ou seja, à capacidade da empresa em liquidar
seus compromissos financeiros. Entidades com reduzido nível
de endividamento apresentam baixo nível de risco financeiro;
já, altos níveis de endividamento denotam maior risco
financeiro.

Quando uma entidade toma dinheiro emprestado pagando


taxa de juros menor que o retorno obtido em sua aplicação,
diz-se que ela ALAVANCOU favoravelmente o retorno aos
acionistas.
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FINANÇAS CORPORATIVAS, A CONTABILIDADE E A ECONOMIA

As finanças corporativas não tem o mesmo campo de atuação que a


Contabilidade, embora os gestores muito se utilizem das demonstrações
contábeis.

A Contabilidade Financeira tem como finalidade registrar os fenômenos


que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das
entidades, reconhecendo a receita no momento da venda e contrapondo
essas receitas com as despesas incorridas (Regime de Competência).

As Finanças Corporativas têm como funções básicas o planejamento, a


gestão e o controle das entradas e saídas de recursos através dos
investimentos e financiamentos necessários ao funcionamento da
entidade. Utiliza, assim, o Regime de Caixa, reconhecendo as receitas e
despesas somente quando transitam pelo Caixa. Preocupa-se, assim,
com o fluxo de recursos, mais que com o resultado global da operação.

As Finanças Corporativas (Administração Financeira) estão estreitamente


relacionadas com a Economia (Teoria Econômica) e as Finanças. Assim, o
gestor financeiro, ao tomar decisões, frequentemente recorre aos dados
da Economia para nortear suas decisões.

Assim, o gestor financeiro deve conhecer a teoria de formação de


preços, da oferta e da demanda e outros conceitos que o ajudem a
tomar a melhor decisão para a entidade. Deve, além disso, estar atento
às mudanças na conjuntura econômica.
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FINANÇAS CORPORATIVAS

Exercícios-treino

Elaborar a Demonstração dos resultados do exercício e a demonstração dos fluxos de caixa


da empresa abaixo, considerando as transações efetuadas;

Durante o mês de maio/2018, a Cia Tulipa apresentou a seguinte movimentacao:


1) Compra de máquina por $100.000, sendo pagos no exercício 70% do valor
devido, e o saldo no exercício seguinte;
2) Compra de produtos para revenda a crédito no valor de $120.000, sendo pagos no
decorrer do exercício 90% desse total, e o saldo no próximo exercício;
3) Venda, a crédito, de 100% dos produtos no valor de $200.000 com recebimento no
exercício de 80% desse valor, e o saldo no próximo exercício;
4) Venda da máquina a crédito por $80.000 a ser recebido no exercício seguinte.

Demonstração dos resultados do exercício


$
Venda de mercadorias 200.000
Venda do imobilizado 80.000
Total das receitas 280.000
(-) CMV -120.000
(-) Custo do imobilizado -100.000
Custo total -220.000
Lucro no período 60.000

Demonstração dos fluxos de caixa


$
Recebimento das vendas de mercadorias 160.000
Total das entradas de caixa 160.000
(-) Pagto pela compra de mercadorias -108.000

(-) Pagto pela compra do imobilizado -70.000


Total das saídas de caixa -178.000
Fluxo de caixa líquido -18.000
aixa

z
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Finanças Corporativas – 1º. quadrimestre/19


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DECISÕES FINANCEIRAS E RISCO

• É por meio do desempenho operacional (lucro operacional) que a viabilidade


econômica do empreendimento é avaliada.
• O lucro operacional pertence aos acionistas (proprietários) e credores. Ele
define os limites de remuneração das fontes de capital da entidade. As decisões
de financiamento são avaliadas, adicionalmente, com base em valores
operacionais de caixa.
• Resultado operacional: gerados exclusivamente pelos ativos da empresa,
quantifica o retorno produzido pelas decisões de investimento. Através do
valor do resultado operacional, pode-se avaliar a atratividade econômica do
empreendimento, definindo, inclusive, o interesse e as condições de sua
continuidade. Ex.: startups.
• O resultado operacional é o resultado do negócio, não é influenciado pela
forma como os ativos são financiados. Ele é calculado antes da dedução dos
juros das dívidas contraídas.
• O resultado operacional sinaliza, também, a relevância do custo de captação
pelas entidades. Constitui-se no nível máximo de custo dos passivos (dívidas)
empresariais de modo a viabilizar as decisões dos gestores. Empresas que
apuram resultado operacional inferior aos encargos das dívidas sacrificam o
retorno de seus proprietários, destroem riqueza econômica e promovem, ao
longo do tempo, um desequilíbrio financeiro.

ALGUMAS FRAUDES QUE ABALARAM A CONFIANÇA DOS MERCADOS

• ENRO: a empresa inflou os ganhos e diminuiu os prejuízos, deixando um


rombo de US$13 bilhões na praça. Sua auditoria, a Arthur Andersen, foi
conivente com a fraude. Pediu concordata e falência.
• XEROX (2002): a empresa elevou artificialmente seus resultados em US$10
milhões. Admitiu ter contabilizado de modo errado vendas de equipamentos
no valor de US$6,4 bilhões nos últimos cinco anos. A receita, de fato, nunca
existiu.
• WORLDCOM (2002): A empresa transformou um prejuízo de US$3,8 bilhões
em lucro ao lançar como investimentos gastos que eram despesas. Os
lançamentos equivocados foram feitos ao longo de cinco trimestres.
• MERCK: o governo norte-americano identificou uma receita fictícia
TESTES DE VERIFICAÇÃO

1) Dentro da dinâmica de decisões financeiras, as finanças corporativas


voltam-se ao planejamento financeiro, controle financeiro, administração
de ativos e administração de passivos. Assim, não é correto afirmar:
a) No planejamento financeiro, são evidenciadas as necessidades de
expansão da empresa e a identificação de eventuais lucros futuros.
b) No controle financeiro, é avaliado todo o desempenho da empresa, e
feitas, também, análises de desvios que venham a ocorrer entre os
resultados previstos e os realizados.
c) A administração de ativos tem como objetivo obter a melhor
estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos
empresariais, e proceder a um gerenciamento eficiente de seus
valores.
d) A administração de passivos está associada à gestão da liquidez e
capital de giro, onde são avaliadas eventuais defasagens entre
entradas e saídas de dinheiro no caixa.
e) O levantamento de fundos de provedores de capital, ' principalmente
o gerenciamento das obrigações financeiras e a composição do
passivo, identificando a estrutura adequada de liquidez, redução de
seus custos e risco financeiro, é característica da administração do
passivo.

2) De acordo com as alternativas abaixo, é correto afirmar:]


a) O lucro, conforme apurado pelos princípios contábeis consagrados,
representa uma medida de eficiência econômica, pois deduz dos
resultados do exercício os custos do capital próprio e do capital de
terceiros alocados pela empresa em suas decisões de ativo.
b) Imagem, participação de mercado, estratégia financeira, tecnologia,
distribuição e logística, potencial de lucros etc. não são considerados
na determinação do valor econômico de uma empresa.
c) A distribuição de dividendos leva em consideração se o retorno
gerado pela empresa é superior ao *custo de oportunidade do
acionista.
d) As ações ordinárias das companhias brasileiras são as mais
negociadas em bolsas de valores, em razão de, no Brasil, existir uma
grande diluição de capital votante.
e) Commercial papers é uma nota promissória de curto prazo emitida
por um sociedade tomadora de recursos para financiar seu capital de
giro. As taxas são geralmente mais baixas devido à eliminação da
intermediação financeira.

3) Na dinâmica das decisões financeiras, uma empresa, independentemente


de sua natureza operacional, é obrigada a tomar duas grandes decisões: a
decisão de investimento e a decisão de financiamento. Identifique duas
alternativas corretas:
a) A decisão de investimento envolve todo o processo de
identificação e seleção de alternativas de aplicação de recursos na
expectativa de auferirem benefícios econômicos futuros.
b) Para serem considerados economicamente atraentes, as decisões
de investimento não precisam criar valor.
c) As decisões de financiamento voltam-se principalmente em
selecionar ofertas de recursos, sem preocupação em manter a
melhor proporção entre capital de terceiros e capital próprio.
d) Não há a necessidade de se avaliar toda decisão de investimento
diante da relação risco-retorno, pois é certa a realização futura
dos benefícios econômicos.
e) As decisões de investimentos são atraentes quando a taxa de
retorno exigida pelos proprietários de capital exceder ao retorno
esperado da alternativa de investimento.

4) O objetivo contemporâneo das finanças corporativas está centrado na


maximização da riqueza de seus acionistas. Assim, fica evidenciado o
impacto que cada decisão financeira determina sobre a riqueza. Neste
contexto, todas as afirmações abaixo estão corretas, exceto:
a) O lucro contábil não é o critério mais adequado para a análise de
liquidez por não definir a efetiva capacidade de pagamento da
empresa, pois o critério de apuração é o regime de competência e não
o regime de caixa.
b) O lucro contábil não leva em consideração o valor do dinheiro no
tempo, prejudicando a tomada de decisão financeira.
c) A realização dos resultados em termos de caixa, valor da moeda no
tempo e diferentes níveis de risco associados às decisões financeiras
são fundamentos importantes para se obter o valor de mercado da
empresa.
d) O método que calcula o valor de mercado da empresa, como o valor
presente de um fluxo futuro esperado de benefícios de caixa é o
critério mais indicado para a tomada de decisão financeira.
e) O genuíno resultado operacional de uma empresa é calculado
após todas as despesas operacionais, inclusive as despesas de
juros de financiamentos contraídos e direcionados à atividade
operacional.

5) Sobre a criação de valor para uma empresa, é correto afirmar que:


a) Uma empresa agrega valor sempre que gerar lucro líquido positivo.
b) Uma empresa agrega valor se o rotorno do capital investido em sua
atividade exceder o custo de oportunidade de suas fontes de
financiamento.
c) Uma empresa agrega valor se o retorno do capital investido em sua
atividade for inferior ao custo de oportunidade de suas fontes de
financiamento.
d) Uma empresa agrega valor sempre que suas receitas forem recebidas
em dia.
e) Uma empresa agrega valor sempre que o retorno do capital investido
for positivo.

*Custo de oportunidade: é o retorno da melhor alternativa disponível


de investimento que foi rejeitada pela decisão de aplicar os recursos
em outra alternativa. É quanto um investidor deixou de ganhar por
ter aplicado seu capital em uma alternativa de investimento em vez
de outra.
Exemplo: ao comprar ações da Siderúrgica Gerdau, o custo de
oportunidade do investidor é o retorno que deixou de ganhar ao não
aplicar o mesmo valor em ação de outra empresa. Em geral, o custo
de oportunidade considera alternativas de mesmo risco.

ATIVIDADE ESCRITA

1) A globalização da economia, conceito chave dos anos 90, forçou as


empresas a adotar estratégias mais apuradas para lidar com
finanças corporativas. No conflito entre risco e retorno, as
empresas adotaram alguns instrumentos estratégicos mais
sofisticados, como os que envolvem derivativos, opções, swaps e
hedges. Por que existe a necessidade na gestão de risco de levar
em consideração esses instrumentos financeiros?
2) Segundo o entendimento do grupo, neste ano de 2019, o
fenômeno da globalização de mercados acabou ou continua?
Fundamente a sua resposta.
qws
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Prof. José Luís de Castro Neto

ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA E TÍTULOS

• Caixa→ item pertencente ao Ativo. Apresenta-se na forma de


moeda corrente, que tem por finalidade realizar os pagamentos
das obrigações imediatas das empresas.

• Títulos negociáveis→ tratam-se de investimentos de curto prazo


(até 90 dias) e de alta liquidez, que tem por objetivo proteger
recursos da empresa.

• Caixa e Títulos Negociáveis→ compõem as Disponibilidades do


Balanço Patrimonial. São os ativos mais líquidos e os que oferecem
a menor rentabilidade para a entidade.

• O objetivo maior da administração do caixa é investir o menor


montante possível nesse ativo, pois eles rendem relativamente
pouco para a empresa, não contribuindo de forma relevante para
o desempenho operacional da entidade. Mas, o gestor financeiro
deve ficar atento ao estimar o volume necessário de recursos no
Caixa para garantir liquidez que possa dar sustentação às
atividades operacionais da entidade.

• Para decidir a proporção mais adequada nos investimentos nesses


dois tipos de ativos, o gestor financeiro deve sempre buscar a
decisão que proporcione um equilíbrio entre os CUSTOS DE
OPORTUNIDADE (benefícios que a empresa deixa de obter ao
optar por investimentos em ativos menos rentáveis) e os CUSTOS
DE TRANSAÇÃO (custos incorridos pela empresa quando necessita
buscar recursos no mercado de crédito ou negocia sua carteira de
títulos no mercado monetário).
• A gestão do caixa tem mudado bastante nos últimos anos, devido
ao comportamento da taxa de juros, esta ora sendo aumentada a
maior parte do tempo, ora sendo reduzida para estimular a
demanda interna por produtos. Tais manobras alteram o custo de
oportunidade de manter caixa, obrigando a que os gestores
financeiros procurem meios mais eficientes de administrar o caixa
da entidade.

• Outro fator relevante é o aparecimento de novas tecnologias, que


facilitam a movimentação de recursos, aumentando a eficiência da
gestão do caixa.

• Numa situação ideal, em que uma empresa tem controle absoluto


sobre sua liquidez, seu saldo de caixa deveria ser zero. No entanto,
fatores como taxa de juros, inflação, incerteza quanto ao fluxo
futuro de caixa induzem as empresas a manter um volume mínimo
de caixa.

• Normalmente, identificaram-se três motivos para que uma


empresa mantenha um valor mínimo de caixa:
1) Efetuar transações→diz respeito a manter um volume mínimo
de recursos no caixa para honrar compromissos assumidos,
devido, normalmente, à falta de sincronia entre recebimentos e
pagamentos;
2) Precaução→relaciona-se à imprevisibilidade dos fluxos de
pagamentos futuros e à aversão ao risco. Quanto mais avessa
ao risco, a empresa mantém maior quantidade de dinheiro no
caixa, por precaução;
3) Especulativos→ nesta situação, a existência de recursos em
caixa representa perspectiva de fazer novos negócios.

• Tendo em vista que o investimento em caixa representa perda de


rentabilidade, a entidade deve exercer o melhor controle possível
sobre esse item para não aumentar o risco em nível indesejado.
• O caixa mínimo dependerá de uma série de fatores, dentre os
quais se destacam:
1) Falta de sincronia entre pagamentos e recebimentos;
2) Possibilidade da ocorrência de eventos não previstos;
3) Acesso a diferentes fontes de financiamento;
4) Qualidade do relacionamento com o sistema financeiro;
5) Ocorrência de furtos e desfalques;
6) Prazos de estocagem, recebimento e pagamento mal
dimensionados;
7) Taxa de inflação;
8) Desperdício na produção acima do previsto;
9) Política de crédito;
10) Existência de um modelo de gestão de caixa;
11) Regularidade nos recebimentos etc.

• Conclusão→ toda empresa deve manter em seu caixa volume


mínimo de recursos para satisfazer às suas necessidades
financeiras. Para isso, existem vários modelos que podem ser
utilizados.
Exercício - Cia. Morro Branco Ltda.

Apresentam-se, abaixo, dados sobre as vendas e compras efetuadas


pela Cia. Morro
Branco Ltda. para novembro e dezembro de 2017, bem como projeções
dos mesmos dados
para o período de janeiro a março de 2018:

Compras
Ano Mês Vendas ($) ($)
2017 Nov. 210.000 60% vendas
Dez. 250.000 60% vendas
2018 Jan. 170.000 60% vendas
Fev. 160.000 60% vendas
Mar. 140.000 60% vendas
A empresa fatura 20% do total de suas vendas a vista e cobra 40% das
vendas após 30 e 60
dias. Outras entradas esperadas de caixa são de $12.000 em janeiro e
fevereiro e de $15.000
em março. A empresa paga 10% de suas compras a visa, 50% no mês
seguinte e o saldo dois
meses depois.
O montante de pagamento de salários corresponde a 20% das vendas do
mês precedentes. O
aluguel de $20.000 precisa ser pago mensalmente. Os pagamentos de
juros totais de $20.000,
referentes a um financiamento de longo prazo, vencem em janeiro e
março. A empresa espe-
ra pagar $30.000 de dividendos, em parcelas iguais em fevereiro e
março, sendo que, em mar-
ço, vence o prazo para o pagamento dos impostos no valor de $30.000.
A empresa pretende fazer um investimento de capital no valor de
$25.000, em fevereiro. O
valor de seguros a pagar é de $15.000 ao mês, enquanto o saldo de caixa
esperado em 31/12/
17 é de $22.000.
Pede-se: supondo que a Morro Branco Ltda. deseja manter um saldo
operacional de caixa de
$15.000 em 2018, elabore um orçamento de caixa da empresa para o
primeiro trimestre de
2018, determinando, ainda, os excedentes/necessidades de
financiamentos de caixa a serem
investidos/financiados. A rentabilidade das aplicações financeiras é de
1,5% ao mês e os ju -
ros do financiamento é de 4,5% ao mês.
Obs.: as aplicações financeiras e os financiamentos são movimentados
no mês seguinte ao
fechamento do caixa, com entradas e saídas dentro do próprio mês.

Solução:
Programação dos recebimentos
nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18
Vendas 210.000 250.000 170.000 160.000 140.000
Vendas a vista 42.000 50.000 34.000 32.000 28.000

Recebim. 30 dias 84.000 100.000 68.000 64.000


Recebim. após 60 d 84.000 100.000 68.000
Outros recebimentos 12.000 12.000 15.000
Rendimentos aplicaç. 96
Total de entradas 230.000 212.096 175.000

Programação de pagamentos
nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18
Compras 126.000 150.000 102.000 96.000 84.000
Compras a vista 12.600 15.000 10.200 9.600 8.400

Pagamentos:
Após 1 mês 63.000 75.000 51.000 48.000
Após 60 dias 50.400 60.000 40.800
Pagamento salários 42.000 50.000 34.000 32.000
Pagto. de alugueis 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Juros s.Financiam.LP 10.000 10.000
Dividendos 15.000 15.000
Pagto. Impostos 30.000
Investim. de capital 25.000
Pagamento seguros 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000
Juros s/Financiam. 500
Total de pagamentos 230.600 229.600 219.700
Orçamento de Caixa Janeiro Fevereiro Março
Recebimentos 230.000 212.096 175.000
(-) Pagamentos -230.600 -229.600 -219.700
Fluxo líquido de caixa -600 -17.504 -44.700
(+) Saldo inicial de caixa 22.000 21.400 3.896
Saldo final de caixa 21.400 3.896 -40.804
(-) Saldo mínimo de caixa -15.000 -15.000 -15.000
Financ. necessário -11.104 -55.804
Saldo excedente de caixa 6.400

Rendimentos de aplicação financeira:


96

Juros s/Financiamento necessário


-499,68 500
Exercício - Cia. Morro Branco Ltda.

Apresentam-se, abaixo, dados sobre as vendas e compras efetuadas pela Cia. Morro
Branco Ltda. para novembro e dezembro de 2017, bem como projeções dos mesmos dad
para o período de janeiro a março de 2018:

Ano Mês Vendas ($) Compras ($)


2017 Nov. 210.000 60% vendas
Dez. 250.000 60% vendas
2018 Jan. 170.000 60% vendas
Fev. 160.000 60% vendas
Mar. 140.000 60% vendas
A empresa fatura 20% do total de suas vendas a vista e cobra 40% das vendas após 30 e 60
dias. Outras entradas esperadas de caixa são de $12.000 em janeiro e fevereiro e de $15.00
em março. A empresa paga 10% de suas compras a visa, 50% no mês seguinte e o saldo d
meses depois.
O montante de pagamento de salários corresponde a 20% das vendas do mês precedente
aluguel de $20.000 precisa ser pago mensalmente. Os pagamentos de juros totais de $20.00
referentes a um financiamento de longo prazo, vencem em janeiro e março. A empresa e
ra pagar $30.000 de dividendos, em parcelas iguais em fevereiro e março, sendo que, em
ço, vence o prazo para o pagamento dos impostos no valor de $30.000.
A empresa pretende fazer um investimento de capital no valor de $25.000, em fevereiro.
valor de seguros a pagar é de $15.000 ao mês, enquanto o saldo de caixa esperado em 31
17 é de $22.000.
Pede-se: supondo que a Morro Branco Ltda. deseja manter um saldo operacional de caixa
$15.000 em 2018, elabore um orçamento de caixa da empresa para o primeiro trimestre
2018, determinando, ainda, os excedentes/necessidades de financiamentos de caixa a serem
investidos/financiados. A rentabilidade das aplicações financeiras é de 1,5% ao mês e os ju
ros do financiamento é de 4,5% ao mês.
Obs.: as aplicações financeiras e os financiamentos são movimentados no mês seguinte ao
fechamento do caixa, com entradas e saídas dentro do próprio mês.

Solução:
Programação dos recebimentos
nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18
Vendas 210.000 250.000 170.000 160.000 140.000
Vendas a vista 42.000 50.000 34.000 32.000 28.000

Recebim. 30 dias 84.000 100.000 68.000 64.000


Recebim. após 60 d 84.000 100.000 68.000
Outros recebimentos 12.000 12.000 15.000
Rendimentos aplicaç. 96
Total de entradas 230.000 212.096 175.000

Programação de pagamentos
nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18
Compras 126.000 150.000 102.000 96.000 84.000
Compras a vista 12.600 15.000 10.200 9.600 8.400

Pagamentos:
Após 1 mês 63.000 75.000 51.000 48.000
Após 60 dias 50.400 60.000 40.800
Pagamento salários 42.000 50.000 34.000 32.000
Pagto. de alugueis 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
Juros s.Financiam.LP 10.000 10.000
Dividendos 15.000 15.000
Pagto. Impostos 30.000
Investim. de capital 25.000
Pagamento seguros 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000
Juros s/Financiam. 500
Total de pagamentos 230.600 229.600 219.700

Orçamento de Caixa Janeiro Fevereiro Março


Recebimentos 230.000 212.096 175.000
(-) Pagamentos -230.600 -229.600 -219.700
Fluxo líquido de caixa -600 -17.504 -44.700
(+) Saldo inicial de caixa 22.000 21.400 3.896
Saldo final de caixa 21.400 3.896 -40.804
(-) Saldo mínimo de caixa -15.000 -15.000 -15.000
Financ. necessário -11.104 -55.804
Saldo excedente de caixa 6.400 Rendimento
96

Juros s/Fina
-499,68
entos de aplicação financeira:

Financiamento necessário
500
Conservadora: financia apenas os ativos totais correspondente ao mês de maior valor pela tx
longa.

Agressiva: financia a média das necessidades permanentes pela taxa de longo prazo e a média
das necessidades sazonais pela taxa de curto prazo

Intermediária: orma de financiamento igual a do agressivo, porém, a necessidade permanente


(dado) será maior, e a sazonal, menor

A Cia. Protech Ltda. previu que as suas necessidades totais (permanentes e temporárias) de
financiamento para o próximo ano serão as seguintes:

Necessidades de
Mês Ativos Totais recursos
Permanentes Sazonais
Janeiro 740.000 500.000 240.000
Fevereiro 550.000 500.000 50.000
Março 500.000 500.000 0
Abril 530.000 500.000 30.000
Maio 620.000 500.000 120.000
Junho 600.000 500.000 100.000
Julho 580.000 500.000 80.000
Agosto 540.000 500.000 40.000
Setembro 500.000 500.000 0
Outubro 530.000 500.000 30.000
Novembro 600.000 500.000 100.000
Dezembro 680.000 500.000 180.000
Total 6.970.000 6.000.000 970.000
12
Média 580.833 500.000 80.833

Pede-se:

a) Calcular o custo total de financiamento sob as estratégias agressiva e conservadora,


considerando que os recursos de curto prazo custam 10% e os de longo prazo 16%.

Custos necessários
AGRESSIVA: Longo prazo--> 80.000 permanentes
Curto prazo--> 8.083 Custos necessários sazonais
Total 88.083
CONSERVADORA: 118.400

b) Calcular o custo total de financiamento sob um plano intermediário, considerando que


o total dos recursos permanentes (longo prazo) utilizados pela empresa para financiar
suas atividades somam $620.000.
Ativos Necessidades de
Mês Totais recursos
Permanentes Sazonais
Janeiro 740.000 620.000 120.000
Fevereiro 550.000 620.000
Março 500.000 620.000
Abril 530.000 620.000
Maio 620.000 620.000
Junho 600.000 620.000
Julho 580.000 620.000
Agosto 540.000 620.000
Setembro 500.000 620.000
Outubro 530.000 620.000
Novembro 600.000 620.000
Dezembro 680.000 620.000 60.000
Total 6.970.000 7.440.000 180.000
12
Média 580.833 620.000 15.000
Custo necessário
INTERMEDIÁRIA Longo Prazo 99.200 permanente
Curto
Prazzo 1.500
Total 100.700
Disponível

Estoque de matéria-
prima

Processo de fabricação

Estoque de produtos
acabados

Vendas a
Vendas a prazo
vista
Duplicatas a
receber
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Ciclos Operacional e Financeiro

Prof. José Luís de Castro Neto

• Dentre as políticas de capital de giro, podem-se destacar as medidas que


visam manter os indicadores de giro e de liquidez da empresa dentre os
limites esperados. Normalmente, esses limites visam satisfazer as condições
estipuladas pelas fontes de financiamento da entidade, que podem ser desde
bancos até outras entidades financiadoras, como uma Secretaria de Governo
que faz uma licitação.
• O ciclo operacional de uma entidade se inicia com a compra de matéria-prima
e termina com o recebimento dos recursos da venda do produto.
Compra de MP Prazo médio de pagamento Prazo médio de estoque Recebimento das vendas
!_______________!___________________!_______________________!

! Ciclo Financeiro !

! Ciclo operacional !

• Ciclo financeiro ou de Caixa (CF) →informa o prazo, em termos médios, que se


inicia com o pagamento aos fornecedores e termina com o recebimento das
vendas. É o período em que a empresa financia suas operações sem a
participação dos fornecedores. Quanto maior o ciclo financeiro, mais recursos
próprios e de terceiros (exceto fornecedores) estarão temporariamente
aplicados nas operações, provocando custos financeiros, afetando a
rentabilidade do negócio.

CF = PMRE + PMRV - PMPC


CF = CO – PMPC

PMRE = prazo médio de renovação de estoque


PMRV = prazo médio de recebimento de vendas
PMPC = prazo médio de pagamento de compras

• Ciclo Operacional (CO) →corresponde ao intervalo de tempo entre a compra da


matéria-prima, ou dos materiais de produção, até o recebimento das vendas.
Trata-se de um período médio em que são investidos recursos nas operações,
ocasionando custos financeiros, afetando a rentabilidade.

CO = PMRE + PMRV
• Exemplo: a Cia. Mármore Negro é pequena empresa que vende seus produtos
a prazo. Os prazos médios apresentados são os seguintes:
PMRE = 70 dias
PMRV = 40 dias
PMPC = 30 dias

Pede-se: determinar os ciclos operacional e financeiro da empresa.


Ciclo Operacional = 70 + 40 = 110 dias

Ciclo Financeiro = 110 – 30 = 80 dias

PRAZOS MÉDIOS

ESTOCAGEM

O cálculo do giro, ou rotação dos recursos investidos nos estoques, fornece


uma medida própria para a avaliação da eficiência de sua gestão.

O cálculo do giro indica o número de vezes em que tais recursos foram


renovados em certo intervalo de tempo. É obtido pela fórmula seguinte:

Giro dos estoques (G.E.) = CMV/ESTOQUES

Prazo médio de renovação dos estoques = 360/G.E.

RECEBIMENTO

A gestão financeira da entidade faz esforços no sentido de


minimizar o montante de recursos aplicados em duplicatas a receber
para otimizar a taxa de retorno global, ao mesmo tempo em que se
preocupa em alcançar um nível adequado de receitas de vendas.

A gestão dos recursos aplicados em duplicatas a receber pode ser


avaliada pelo cálculo do seu giro, ou rotação, assim calculado:

Giro das Duplicatas a Receber (GDR) = Receita bruta de vendas a


prazo/Clientes

Prazo médio de recebimento de vendas = 360/GDR


PAGAMENTO

Giro das duplicatas a pagar (GDP) = Compras brutas a


prazo/Fornecedores

Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) = Compras brutas a


prazo/Fornecedores = 360/GDP

Como se utiliza 360 dias, as fórmulas informarão os prazos médios em


número de dias.

• Observação: para calcular o Giro das Duplicatas a Pagar, a fórmula


é: Compras brutas a prazo/Fornecedores. Mas, o dado “Compras
Brutas” geralmente não está disponível, tendo que ser calculado.
O ICMS sobre as compras costuma ser de 18%. Assim, as compras
brutas deverão ser calculadas dividindo-se o valor das compras
líquidas por 0,82 (1-0,18). Exemplo: o Estoque Final de uma
empresa, em 31/12/X1 é de $20.000. O Estoque Inicial é de
$10.000. O CMV é de $220.000. Assim, tem-se que calcular as
Compras Líquidas, que devem ser calculadas usando-se a fórmula:
EI + Compras líquidas– EF. Então, aplicando-se a fórmula acima, o
cálculo ficaria: 220.000 = 10.000 + CL – 20.000. CL = 230.000. As
compras brutas seriam calculadas assim: CB = 230.000/0,82, ou,
$280.488.
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Finanças Corporativas - 1o. Quadrimestre/19

Calcular o ciclo operacional e o ciclo financeiro da OGH S.A

Balanço Patrimonial GE= CMV


Ativo Circulante Passivo Circulante Estoques
Disponível 8.000 Fornecedores 30.000 GE= 7

Clientes 40.000 Contas a Pagar 26.000 PME = 51


Estoques 50.000 Empréstimos 28.000
Totais Circulantes 98.000 84.000 CD = 51

Demonstração de Resultados GDR = RBB


Vendas 500.000 Clientes
(-) Custo das mercadorias vendidas -350.000
GDR = 13
Outras informações
Estoque final do ano anterior 40.000 PMV = 29

Fórmulas: CD = 29
CO = PME + PMV - PMC
CF = PME + PMV - PMC GDP = Compras Brut
Fornecedo
Giro dos estoques--> número de vezes em que os recursos apli- Cálculo das compras a
cados nos estoques foram renovados em certo intervalo de tem- EF 50.000
po. EI 40.000
Giro dos estoques (GE)= CMV/Estoques CMV 350.000
Prazo médio de rotação dos estoques (PMRE) = 360 Clíquid 360.000
GE Cbrutas 439.024
Cálculo direto:
PME = ((Estoques/(CMV/360)

Recebimento-->
Giro das Duplicatas a Receber (GDR)= Receita Bruta de Vendas/Clientes
Prazo médio de recebimento de vendas= 360
GDR
Cálculo direto = ((Clientes/(Vendas Brutas/360)
Pagamento-->
Giro das Duplicatas a Pagar (GDP): Compras brutas a prazo/Fornecedores
Prazo Médio de Pagamento de Compras = 360
GDP
Cálculo Direto: ((Fornecedores/(Compras Brutas a Prazo/360))
ras Brutas a Prazo
ornecedores
ras a prazo:

GDP = 15
PMC = 25
CD = 25

CO = 80
CF = 56
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Prof. José Luís de Castro Neto

1) INTRODUÇÃO

As principais demonstrações utilizadas para fins de análise são:

a) Balanço Patrimonial
b) Demonstração dos Resultados do Exercício
c) Demonstração dos Fluxos de Caixa
d) Demonstração do Valor Adicionado

Essas demonstrações são elaboradas e publicadas de acordo com normas,


resoluções e instruções normativas expedidas pelos diversos órgãos
encarregados de garantir a transparência, uniformidade e harmonia do mercado
tais como CVM, SUSEP, BACEN, CPC, ANA e outros.

Por conta disto, e considerando que a Analise de Demonstrações Contábeis se


notabiliza por ser uma atividade gerencial, é conveniente que o profissional
encarregado de calcular e redigir o relatório de análise adote os seguintes
procedimentos para garantir que a análise seja eficaz:

I. Certificar-se que as Demonstrações Contábeis tenham sido


devidamente auditadas, seja por auditores internos e externos;

II. Verificar se as demonstrações contábeis já tenham sido elaboradas em


conformidade com as IFRS (uma vez que comumente há a comparação
de desempenho de empresas de mesmo segmento sediadas fora do
país);

III. Verificar se o exercício social contemplado nas Demonstrações


Contábeis coincide com as empresas objeto de comparação, (haja vista
que muitas vezes o exercício social pode diferir de acordo com o
segmento ou país sede);

IV. Ao comparar os índices e quocientes obtidos na análise, somente


compará-los com empresas do mesmo segmento, uma vez que os
resultados obtidos de cada ramo de atividade podem apresentar
peculiaridades, como subsídios tributários recebidos, maior ou menor
dilatação dos prazos de produção, vendas e recebimentos, entre outros.

V. Utilizar as demais demonstrações contábeis que possam contribuir com


o fornecimento de informações acessórias e complementares, tais como
a DMPL, Notas Explicativas e Relatório da Administração.
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VI. Padronizar e reclassificar algumas contas e subgrupos a fim de torna-los
compatíveis com os critérios de análise utilizados pelos analistas, tal
como expostos no item a seguir:

2) RECLASSIFICAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

O Balanço Patrimonial publicado pelas empresas apresenta algumas


classificações contábeis que, embora corretas do ponto de vista dos princípios de
contabilidade, normas brasileiras de contabilidade e demais legislações
pertinentes, não favorecem ao processo de análise, implicando na distorção dos
relatórios contábeis. Isso leva à necessidade de algumas reclassificações, cujos
critérios variam de acordo com a profundidade da análise e relevância dos valores
envolvidos:

Marion (2010) aponta as seguintes reclassificações a serem feitas:

a) Duplicatas descontadas (Redutora do ativo circulante)


Uma operação muito comum que ocorre com as empresas é o desconto de
seus recebíveis em instituições bancárias, obtendo-se no ato o valor dos títulos
deduzidos dos juros e encargos cobrados pelo banco. A evidenciação contábil é
como conta redutora da Conta Clientes, porém considerando que a empresa
continua como corresponsável perante o banco, devendo saldar a dívida caso o
cliente não o faça. Sob o ponto de vista financeiro isso se torna uma obrigação,
devendo ser reclassificada no Passivo Circulante.

Nota: Algumas empresas já vêm classificando as Duplicatas Descontadas como


Passivo Circulante, para atender ao disposto no CPC. Por conta disso, é possível
encontrar ainda essa conta classificada tanto como redutora do AC ou credora no
PC.

Para fins de análise não haverá influência nos índices de liquidez, porém de
afetar a composição do endividamento da empresa.

b) Despesas antecipadas (Aplicações de recursos que comporão o resultado


do exercício seguinte)
São originariamente classificadas no Ativo e proporcionalmente alocadas ao
período de competência, sendo transferidas para o resultado do exercício. Neste
caso, considerando-se a materialidade, pode-se transferir o valor total para
resultado (PL), evitando-se uma distorção na análise dos índices de liquidez.
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3) REVISÃO DE PRÉ-REQUISITOS - ELABORAÇÃO DO BALANÇO


PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO.

Com base no Balancete de Verificação abaixo, de 2009, 2010 e 2011, em


$mil, elabore a DRE e o Balanço Patrimonial da empresa para os três anos.
ESCOLHIDA
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2014 e 31/12/2013 ($)
2017 2016 AV% 2017 AV% 2016 AH
ATIVO CIRCULANTE 794.783 577.831 45,14 51,25 37,55%
Disponibilidades 95.727 70.826 6,17% 6,28 35,16%
Contas a receber 350.145 280.005 22,58 24,83 25,05%
Estoques 313.761 222.000 20,23 19,69 41,33%
Depósitos em conta vinculada 30.546 5.000 1,97 0,44 510,92%
Despesas antecipadas 4.604 0 0,30

ATIVO NÃO CIRCULANTE 755.887 549.749 48,75 48,75 37,50%


Empresas controladas 20.440 12.255 1,32 1,09 66,79%
Empréstimos a diretores 11.827 25.000 0,76 2,22 -52,69%
Outros 3.160 2.000 0,20 0,18 58,00%
Investimentos 159.931 82.000 10,31 7,27 95,04%
Provisão s/investimentos -32.054 -16.528 -2,07 -1,47 93,94%
Imobilizado 592.583 445.022 38,21 39,47 33,16%

TOTAL DO ATIVO 1.550.670 1.127.580 100 100 37,52%

PASSIVO CIRCULANTE 331.352 218.708 21,37 19,40 51,50%


Fornecedores 35.514 21.354 2,29 1,89 66,31%
Financiamentos 79.532 54.354 5,13 4,82 46,32%
Contas a pagar 18.642 9.000 1,20 0,80 107,13%
Impostos a recolher 59.664 32.000 3,85 2,84 86,45%
Provisão para IR 66.657 45.000 4,30 3,99 48,13%
Dividendos a pagar 71.343 57.000 4,60 5,06 25,16%

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.219.318 908.872 78,63 80,60 34,16%


Financiamentos nacionais 93.216 120.000 6,01 10,64 -22,32%
Financiamentos em moeda estrang. 42.175 35.056 2,72 3,11 20,31%
Capital social 334.399 215.000 21,56 19,07 55,53%
Reservas de capital 517.445 334.399 33,37 29,66 54,74%
Reservas de lucros 232.083 204.417 14,97 18,13 13,53%
TOTAL DO PASSIVO E PL 1.550.670 1.127.580 100 37,52%

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS PARA O EXERCÍCIO FINDO DE 2017'

Receita líquida de vendas


Custo dos produtos vendidos
LUCRO BRUTO
Despesas com vendas -173.769
Administrativas -244.026
Depreciação -12.794
Outras despesas operacionais -114.865
Outras receitas operacionais 12.056
LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E IMPOSTOS
Despesas financeiras -63.136
Lucro antes dos impostos
Provisão para IR -66.657
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Pede-se:
1) Faça a análise horizontal e vertical dos balanços apresentados.

2) Responda às perguntas:
a) Qual é a variação percentual do Ativo Circulante de 31/12/16 para 31/ 12/17?
b) Com base no balanço de 2017, qual valor representa os realizáveis até dezembro de 2018?
c) Qual é o total do capital à disposição da empresa em 31/12/17?
d) Qual é a variação dos ativos realizáveis de curto prazo de 31/12/2016 para 31/12/2017?
e) Com base no balanço encerrado em 31/12/2017, que valor representa os realizáveis após 31/12/
f) Qual é o total do Passivo Exigível em 31/12/17?
g) Com base no balanço de 31/12/17, que valor representa os exigíveis a partir de janeiro de 2018?
h) Qual é a variação do Capital Próprio de 31/12/2016 para 31/12/2017?
i) Qual é a variação do passivo exigível de longo prazo de 2016 para 2017?
j) Com base no balanço de 31/12/2017, que valor representa os realizáveis totais?
k) Qual é a variação das disponibilidades de 31/12/2016 para 31/12/2017?

2) Uma empresa possuía $76.875.000 de ativos e $37.825.000 de passivos exigíveis. Sabendo-se que o
representava 0,2 vezes o valor do Patrimônio Líquido, responda qual o valor do patrimônio Líquido , o
al e o total de resultado acumulado.

Ativo P + PL

37.825.000

PL=39.050.000
R= 20% do PL = 7.810.000

Capital = 31.240.000
76.875.000 76.875.000
95.727 35,16% 35,15799
70.826 95727

5.000 5000
1.127.580 0,443427517
100

37,54593

466.743

135.391
155.056

1.083.927
753.816

1.389.392
-540.500
848.892
-533.398
315.494

252.358

185.701

37,55%
714.043
1.550.670
37,88%
31/12/17? 14.987
466.743
de 2018? 466.743
43,79%
-12,68%
714.043
35,16%

que o resultado acumulado


uido , o valor do capital soci-
1. Examinando o Balanço Patrimonial de 2016 da Prufrock Corporation, um auditor externo pode
constatar a existência de softwares especialistas usados juntamente com os sistemas integrados no
valor de $720.000. Esse valor, juntamente com o sistema integrado usado, acrescido dos bens
registrados no Imobilizado, totalizam $35.680.000, em 2016. A Prufrock possui um Patrimônio
Líquido contábil de $25.000.000, sendo que seus acionistas pretendem aumentar o capital da
empresa com integralização em bens imóveis de forma a reduzir o seu índice de imobilização para
1,2. Pergunta-se: Qual deve ser o valor do aumento de capital perseguido pela Prufrock
Corporation?
R.: Índice de Imobilização = Imobilizado/PL
35.680.000 + x = 1,2
25.000.000 + x

30.000.000 + 1,2 x = 35.680.000 + x

-5.680.000+0,2x=0
-5.680.000= -0,2x

x = 5.680.000
0,2
x = 28.400.000

2.Com base nos índices seguintes, preencha os espaços pontilhados da Cia. Staple Supply, abaixo:
a) A Liquidez corrente é igual a 1,6.
b) 40% dos ativos são financiados com Capital de terceiros.
c) A Liquidez geral é igual a 1,4.
d) A Liquidez imediata é igual a 0,2857 (arredondar).
e) A Liquidez seca é igual a 1,0.

ATIVO PASSIVO E PL
Circulante Circulante
Caixa e Bancos 20.000 Contas a pagar 70.000.
Duplicatas a receber 50.000 Passivo Não Circulante
Estoques 42.000. Financiamento 10.000
Total Circulante 112.000 Patrimônio Líquido
Não Circulante Capital 100.000
Investimentos 20.000 Reservas 20.000.
Imobilizado 40.000
Intangíveis 28.000.
Total Não Circulante 88.000. Total PL 120.000
Total 200.000 Total 200.000..
Capital de terceiros = 40% * Ativos
=PC + PNC = 40% * 200.000 = 80.000

Liquidez Geral = AC + RLP


PC + PNC
1,4 = AC + 0
80.000

AC = 112.000

Liquidez Corrente = AC
PC
1,6 = 112.000
PC
PC = 70.000

Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoques


PC
1 = 112.000 – E
70.000

E = 52.000

Liquidez Imediata = Disponibilidades


PC
0,2857 = D
70.000

D = 20.000

3. Dados os Balanços Patrimoniais e outras informações abaixo, montar o quadro Clínico da Empresa MBV
(calcular indicadores), fazer o Diagnóstico (pontos fortes e fracos) e emitir um parecer geral sobre sua
situação econômico-financeira.

2010 2011 2012 2010 2011 2012


ATIVO PASSIVO E PL
Circulante Circulante
Disponível 100 200 300 Fornecedores 600 1.000 2.000
Duplicatas a receber 700 1.000 1.500 Contas a pagar 400 2.000 3.000
Estoques 1.200 1.800 2.200 Total Circulante 1.000 3.000 5.000
Total Circulante 2.000 3.000 4.000 Não Circulante
Financiamento 2.000 2.000 2.000
Não Circulante Patrimônio Líquido
Investimentos 500 1.000 2.000 Capital 500 500 500
Imobilizado 1.000 2.000 3.000 Reserva de Capital 400 1.000 1.500
Intangíveis 500 1.000 1.000 Reserva de Lucros 100 500 1.000
Total Não Circulante 2.000 4.000 6.000 Total PL 1.000 2.000 3.000
Total 4.000 7.000 10.000 Total 4.000 7.000 10.000
.
DADOS DA DRE
2010 2011 2012
Receita 8.000 9.000 10.000
CMV 4.000 5.000 6.000
Compras 1.000 2.000 3.000
Lucro líquido 100 400 500
R.
QUADRO CLÍNICO

INDICADORES FÓRMULAS 2010 2011 2012 Tendência

Liquidez Corrente 2,00 1,00 0,80 Piorou

Geral 0,67 0,60 0,57 Piorou

Seca 0,80 0,40 0,36 Piorou

Imediata 0,10 0,07 0,06 Piorou

Endividamento CTerc/Rec.totais 0,75 0,71 0,70 Melhorou

PC/Cterc. 0,33 0,60 0,71 Piorou

Cterc/PL 3,00 2,50 2,33 Melhorou

Rentabilidade LL/Ativo 2,50% 5,71% 5,00% Estabilizou

Vendas/Ativo 200,00% 128,57% 100,00% Piorou

LL/PL 10,00% 20,00% 16,67% Estabilizou

Atividade PMRE: (E*360/CMV) 108 130 132 Piorou

PMRV: (DR*360)/Rec. 32 40 54 Piorou

PMPC: (Forn*360/C) 216 180 240 Melhorou

Parecer geral:

A Empresa apresentou piora em seus índices de liquidez. Os seus compromissos de curto prazo a pressionam
provavelmente por causa das compras efetuadas.

Essas compras são a causa, igualmente, da piora em seu índice de envidividamente de curto prazo. O índice de
endividamente geral, teve leve melhora, permanecendo quase que inalterado.

O índice de endividamento, em relação ao PL melhorou devido a lucros anteriores, colocados em Reservas.


Portanto, essa melhora não foi virtude do desempenho das operações no último ano. Atesta este fato, os
indicadores de Rentabilidade, que evidenciaram piora quando se analisam as vendas em relação ao Ativo.

O ciclo operacional da empresa piorou de 140 dias, em 2010, para 186 dias em 2012, sinalizando que a empresa
precisa tomar providência quanto ao futuro de seus negócios.

Questão 4 Considere as afirmativas abaixo:


a-Uma entidade elaborará suas demonstrações financeiras, exceto as informações da Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido, utilizando a contabilização pelo Regime de Caixa.
b-Um conjunto completo de demonstrações financeiras deve ser apresentado pelo menos mensalmente.
c-A IAS 1 (CPC 26) determina que as informações devam ser comparáveis, a não ser que as IFRSs
permitam ou exijam de outra forma.
d-Quando a entidade mudar a apresentação ou classificação dos itens em suas demonstrações financeiras,
ela reclassificará os valores comparativos, a menos que a reclassificação seja impraticável.
e- As demonstrações devem fornecer os seguintes dados de uma entidade: ativo; passivo; patrimônio líquido;
receitas e despesas; fluxos de caixa; valor de mercado; preço das ações, e nome dos acionistas majoritários.
Considerando V, alternativa verdadeira, e F, alternativa falsa, assinale a sequência correta:
a-V,F,F,F,V
b-F,F,F,V,V
c-V,F,V,V,F
d-F,F,V,V,F
e-V,F,F,V,F

Questão 5 A finalidade principal da análise horizontal é verificar:


a-A situação específica da empresa.
b-Se a empresa obteve lucros satisfatórios em relação às aplicações efetuadas.
c-A participação percentual dos componentes das demonstrações financeiras.
d-O quociente dos elementos formadores das demonstrações financeiras.
e-A evolução dos elementos que formam as demonstrações financeiras.

Questão 6 A empresa ANITY apresenta o seguinte Balanço Patrimonial

2012 2013
Ativo Circulante 1.960.480 2.269.171
Realizável a Longo Prazo - -
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
Passivo Não Circulante 314.360 1.170.788
Pode-se afirmar que a variação entre os dois anos do índice de liquidez corrente da ANITY foi de:
a-10,3%
b-9,3%
c-14,6%
d-46,2%
e-16,1%

Questão 7 Um fabricante de artigos natalinos, cujo prazo real de financiamento de vendas é de 30 dias,
apresenta índice de prazo médio de financiamento de vendas igual a 300 dias. Ele foi calculado através de
suas demonstrações financeiras. Tal número revela que os índices de prazo médio calculados:
a-Não são absolutamente confiáveis e, portanto, não devem ser nunca calculados.
b-São válidos apenas para empresas que tenham vendas e compras aproximadamente uniformes
durante o ano.
c-Para expressarem o valor real, devem ser divididos por 10.
d-Induzem sempre o analista a erros.
e-Devem ser calculados apenas para empresas de determinados segmentos.

Questão 8 Uma empresa possuía demonstrado em seu Balanço Patrimonial um total de R$15.000.000 de
ativos e R$5.000.000 de PL. Sabendo-se que o resultado acumulado representava 30% do Patrimônio
Líquido, qual é o valor do seu Capital Social?
a-$1.500.000
b-$3.500.000
c-$4.500.000
d-$6.000.000
e-$5.000.000

Questão 9 O Ativo Circulante também é conhecido como:


a-Capital de Movimentação
b-Capital Corrente Fixo
c-Capital de Giro Próprio
d-Capital de Giro
e-Investimento Operacional em Giro
Questão 10 Considerando-se o Balanço abaixo, qual é o índice de liquidez seca da Empresa para 2012 e
2013?
2012 2013
Disponível 34.665 26.309
Aplicações Financeiras 128.969 80.915
Clientes LP 1.045.640 1.122.512
Estoques 755.206 1.086.435
Ativo Circulante 918.540 1.193.659
Passivo Circulante 1.340.957 1.406.077
a) 0,92 e 0,92
b) 1,51 e 1,60
c) 0,71 e 0,80
d) 0,12 e 0,08
e) 1,91 e 1,53
Análise por quocientes
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
(BALANÇO E DRE) POR MEIO DE
INDICADORES

Índices de estrutura de capitais (Quocientes de


endividamento)

→Relacionam as fontes de recursos entre si, procurando retratar a


posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros.
Indicam a relação de dependência da empresa com relação a capital
de terceiros.

→Demonstram o percentual de participação dos capitais próprios e de


terceiros em relação ao total de origens de recursos da entidade, como
também a indicação do percentual de financiamentos de curto e de
longo prazo para a entidade.
Participação do Capital Próprio em
relação aos recursos totais
→Participação do Capital Próprio em
relação aos recursos totais: representa
o quanto os capitais próprios têm de
participação na composição do Passivo

• Fórmula: Capital próprio (PL)/Total do


Passivo
Participação de Capital de Terceiros em
relação aos recursos totais
→ Representa o quanto os capitais de terceiros têm de participação na
composição do Passivo total mais o patrimônio líquido;

→ Quociente também conhecido como debt ratio, indica o percentual


do ativo total financiada com recursos de terceiros;

→ Fórmula: Capital de terceiros/Total do Passivo;

→ No longo prazo, esse indicador não deve elevar-se de maneira


aguda, pois iria aumentando as despesas financeiras sobre o
endividamento, erodindo o resultado do exercício; entretanto, muito
irá depender da taxa de retorno ganha pelo giro do ativo dos
recursos tomados por empréstimo.
Relação entre recursos de Curto Prazo X Exigível Total
(Composição do
Endividamento)

→Representa a composição do Endividamento Total, ou, qual a


parcela que se vence a curto prazo, no endividamento total.

→A entidade em franca expansão deve procurar financiá-la, em


grande parte, com endividamento de longo prazo, de forma que, à
medida que ela ganhe capacidade operacional adicional com a entrada
em funcionamento dos novos equipamentos e outros recursos de
produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas.

→Deve-se evitar financiar expansão com empréstimos de curto prazo,


a não ser que o período de payback dos ativos seja curto.

→ Fórmula: Passivo circulante/Exigível total * 100.


Relação entre recursos de Longo Prazo X
Exigível Total
→Representa o percentual de dívidas de
Longo Prazo em relação ao exigível total;

→Fórmula: Passivo Não Circulante/Exigível


Total*100.
Participação de Capital de Terceiros em
relação ao Capital Próprio
→ Forma de expressar a dependência de recursos de terceiros.

→ Fórmula: Capital de Terceiros/Capital Próprio.

→ Se o quociente for consistente e acentuadamente maior que 1 (um),


denotaria dependência exagerada de recursos de terceiros.

→ É um dos quocientes mais utilizados para retratar o posicionamento da


empresa com relação aos capitais de terceiros.

→ Grande parte das empresas que vão a falência apresenta, durante período
relativamente longo, altos quocientes de Capitais de Terceiros/Capitais
Próprios.
Análise por quocientes
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
(BALANÇO E DRE) POR MEIO DE
INDICADORES

Índices de liquidez
→Têm como objetivo demonstrar a capacidade de
pagamento da entidade em dado momento, seja em
relação às dividas de curto ou de longo prazo, com base
nos recursos disponíveis.

→Esses indicadores perdem em significação se não forem


analisados em conjunto com outros grupos.

→Os quocientes de rentabilidade e de atividade costumam


ter um forte efeito sobre os de liquidez.
Liquidez imediata

→O quanto se tem, de disponibilidades, para


saldar dívidas de curto prazo.

→ Fórmula: Disponibilidades/Passivo
Circulante
A comparação mais correta seria com o valor
presente das obrigações do Passivo.

→Orçamento de caixa/Recursos ociosos


Liquidez corrente

→ Representa o quanto se dispõe de recursos disponíveis e


realizáveis de curto prazo, em dinheiro, para saldar as dívidas de
curto prazo.

→ Fórmula: Ativo Circulante/Passivo Circulante

→ Considerado o melhor indicador da situação de liquidez da


empresa.

→ A inclusão do Estoque no numerador pode diminuir a validade do


quociente como indicador da liquidez da empresa.
Liquidez Seca

→Avalia conservadoramente a situação de liquidez da empresa.


Eliminando-se os estoques do numerador, elimina-se fonte de
incerteza quanto a realização do valor.

→Fórmula: Ativo Circulante – Estoques/Passivo Circulante

→Elimina-se, igualmente, influências e distorções que a adoção de


critérios diferentes de avaliação de estoques poderia acarretar,
principalmente se os critérios forem mudados ao longo dos períodos.

→É o quociente preferido dos emprestadores de capitais.

→ Permanece o problema dos prazos das contas do Ativo Circulante.


Liquidez Geral

→ Detecta a saúde financeira (no que se refere à liquidez)


de longo prazo do empreendimento.

→ Os prazos de liquidação do passivo e de recebimento do


ativo podem ser os mais diferenciados possíveis,
empobrecendo os resultados alcançados).

→Fórmula: Passivo Não Circulante/Exigível


Total*100.
Indicadores de Rentabilidade

→ Expressar a rentabilidade em termos absolutos tem uma utilidade


informativa reduzida. Afirmar que a Microsoft teve um lucro de US$6
bi e a Apple US$5 bi pode impressionar, mas não informará qual
das duas foi a mais lucrativa.

→ Deve-se relacionar o lucro de um empreendimento com algum valor


que expresse a dimensão relativa do mesmo.

→ É importante que o conceito usado no numerador seja compatível


com aquele usado no denominador (ex.: se se quiser calcular o
retorno para investimento preditivo em termos de tendência, será
melhor excluir do numerador e do denominador contas e valores
não repetitivos ou não operacionais).
Margem líquida
• Fórmula: lucro líquido/Vendas
líquidas

• Índice que se apresenta alto ou


baixo, dependendo do tipo de
empreendimento.
Giro do Ativo
• Fórmula: Vendas líquidas/Ativo
total médio
Retorno sobre o investimento
→Indicador mais relevante da análise de
balanços.

→Fórmula: Lucro líquido/Ativo

→Derivado da fórmula: margem líquida x


Giro do Ativo total (Lucro líquido/Vendas x
Vendas/Ativo)
Retorno sobre o Patrimônio Líquido
• Lucro líquido/Patrimônio Líquido
EBITDA (Earnings before interests, taxes,
depreciation and amortization)
• Lucro antes dos juros, impostos sobre o lucro,
depreciações e amortizações (LAJIDA).

• O Ebitda concentra a informação na


capacidade de a empresa gerar caixa. Essa é
a principal razão para a exclusão das despesas
financeiras (juros pagos a credores), uma vez
que não apresentam vínculo com a atividade
principal, embora sejam, muitas vezes,
inevitáveis no fomento da atividade.
EBITDA (Earnings before interests, taxes,
depreciation and amortization)
→A desconsideração de depreciação, amortização e exaustão no
cálculo do Ebitda deve-se ao fato de se tratarem de despesas que não
representam saída de caixa.

→A exclusão das despesas financeiras decorre do fato de estas não


fazerem parte do ciclo operacional do negócio (exceto para instituições
financeiras).

→ Não estão ligadas ao seu objeto de exploração e, sim, à ação de


captar recursos externos e ao reflexo provocado pela variação cambial.
Não deve ser relevante se preocupar com a forma como as atividades
foram financiadas quando a finalidade do usuário é verificar o
desempenho operacional do empreendimento.
EBITDA (Earnings before interests, taxes,
depreciation and amortization)
• Cálculo do Ebtida:
Receita líquida de vendas (vendas líquidas)
(-) CMV
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas administrativas (excluindo-se amortização e
exaustão)
(-) Despesas comerciais
(=) Ebitda
Dívida Financeira
→Indica o montante da dívida financeira
contraída pela entidade.

→Fórmula: Empréstimos e Financiamentos


(Passivo Circulante) + Empréstimos e
Financiamentos (Passivo Não Circulante)

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