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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS E DE GESTÃO
CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

GESTÃO DA TESOURARIA COMO INDICADOR DE TOMADA DE


DECISÕES
(Estudo de Caso: Empresa Faias e Filhos Lda)

JÚLIA CASIMIRO ALFERES

VIANA - LUANDA
2022
2

JÚLIA CASIMIRO ALFERES

GESTÃO DA TESOURARIA COMO INDICADOR DE TOMADA DE


DECISÕES
(Estudo de Caso: Empresa Faias e Filhos Lda)

Monografia apresentada ao Curso de Contabilidade e


Administração do Instituto Superior Técnico de Angola -
ISTA, especialidade auditoria, como requisito para obtenção
do Grau de Licenciatura em Contabilidade eAdministração.

Orientador: Professor Orlando da Costa

VIANA - LUANDA
2022
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JÚLIA CASIMIRO ALFERES

GESTÃO DA TESOURARIA COMO INDICADOR DE TOMADA DE


DECISÕES
(Estudo de Caso: Empresa Faias e Filhos Lda)

Esta Monografia foi julgada e aprovada para obtenção do Grau de Licenciatura, no


curso de Contabilidade e Administração, do Instituto Superior Técnico de Angola-
ISTA.

Viana,________/________/____________

Prof. Mário Macuéria


Chefe do Departamento de Ciências Económicas e de Gestão

Orlando da Costa
Professor Orientador

Professor Professor
4

AGRADECIMENTOS

A conclusão deste trabalho é o culminar de um percurso académico repleto de


emoções e longos dias de estudo e de muito esforço para chegar até aqui. Assim é
com alegria e alivio que vejo como completa esta etapa de minha vida académica, a
qual não conseguiria ultrapassar sozinha.

Agradeço Primeiramente a Deus pela vida, saúde, e a oportunidade de realizar


esse trabalho. A minha família pela motivação ao longo de todo o meu percurso
académico.

Ao meu orientador Professor Orlando Costa que esteve sempre disponível para
qualquer questão que eu pudesse ter e me acompanhou do início ao fim desta
monografia. Ao grupo de Professores do Instituto Superior Técnico de Angola - ISTA
pela partilha de conhecimentos.

Agradeço aos meus colegas e amigos com os quais passamos bons e maus
momentos juntos, a todos aqueles que directas ou indirectamente colaboraram para
que este trabalho se tornasse realidade.

O meu muito obrigado!


5

Dedico este trabalho primeiramente ao nosso senhor Deus aquele que tem me
dado o folego e a resitencia de viver, a minha familia e amigos que com seu amor,
carinho, incomparável força ajudaram a trilhar este caminho e que de maneira moral
tanto fizeram para garantirem o presente trabalho e a materialização desta
formação.
6

Deus não muda o destino de um povo até


que o povo mude o que tem na Alma.
(Maomé, profeta Muçulmano,
fundador do islamismo e do império
árabe).
7

RESUMO

A pesquisa foi desenvolvida com a primcipal finalidade de analisar o grau de


utilização da gestão da tesouraria de curto prazo como indicador de tomada de
decisões na empresa Faias e Filhos Lda. A metodologia utilizada para a realização
do estudo e alcance dos objectivos propostos foi diferente em cada etapa da
pesquisa. Do ponto de vista dos procedimentos de recolha dos dados a pesquisa
apresenta-se como bibliográfica e documental, já em relação aos objectivos, a
pesquisa tem enfpque descritiva e exploratória. No que diz respeito à natureza de
abordagem do problema, a pesquisa é tanto qualitativa e quantitativa. Portanto, o
presente estudo conclui que a gestão da tesouraria de curto prazo é utiliazdo como
indicador de tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda, tornando a
empresa sólida nas actividades operacionais, convergindo assim a nossa hipótese
primária.

Palavras – Chaves: Gestão, Tesouraria e Indicadores.


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ABSTRACT

The research was developed with the main purpose of analyzing the degree of use of
short-term treasury management as an indicator of decision-making in the company
Faias e Filhos Lda. The methodology used to carry out the study and reach the
proposed objectives was different at each stage of the research. From the point of
view of data collection procedures, the research is presented as bibliographic and
documentary, in relation to the objectives, the research has a descriptive and
exploratory focus. With regard to the nature of approaching the problem, the
research is both qualitative and quantitative. Therefore, the present study concludes
that short-term treasury management is used as an indicator of decision-making in
the company Faias e Filhos Lda, making the company solid in operational activities,
thus converging our primary hypothesis.

Keywords: Management, Treasury and Indicators.


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DECLARAÇÃO DE AUTOR:

Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos
do ISTA – INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA e em particular das
Normas Orientadoras de Preparação e Elaboração do Trabalho de Fim de Curso em
vigor. O trabalho é original excepto onde indicado por referência especial no texto.
Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhum
as visões do ISTA. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para a
avaliação noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
1.1 Problemática da Pesquisa ................................................................................... 16
1.2 Objectivo da Pesquisa ......................................................................................... 16
1.2.1 Objectivo Geral ................................................................................................. 16
1.2.2 Objectivos Específicos ..................................................................................... 16
1.3 Hipótese da Pesquisa ......................................................................................... 16
1.4 Justificativa do Problema..................................................................................... 17
1.5 Delimitação da Pesquisa ..................................................................................... 17
1.6 Estrutura de apresentação dos capítulos ............................................................ 18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19
2.1 Análise Conceptual da Gestão Financeira .......................................................... 19
2.1.1 A função financeira da empresa ....................................................................... 20
2.1.2 Objectivos da Gestão Financeira ..................................................................... 20
2.1.3 Importância da Gestão Financeira ................................................................... 21
2.2 Demonstrações Financeiras ................................................................................ 22
2.2.1 Balanço Patrimonial ......................................................................................... 23
2.2.2 Demonstrações de Resultados ........................................................................ 25
2.3 Gestão de tesouraria ........................................................................................... 26
2.3.1 Equilíbrio Financeiro ......................................................................................... 27
2.3.1.1 Fundo de maneio .......................................................................................... 31
2.4 Análise dos indicadores financeiros .................................................................... 32
2.4.1 Liquidez Geral .................................................................................................. 32
2.4.2 Liquidez Reduzida ............................................................................................ 32
2.4.3 Liquidez Imediata ............................................................................................. 33
2.5 Disponibilidades .................................................................................................. 33
3. METODOLOGIA DE ESTUDO .............................................................................. 35
3.1. Natureza da Pesquisa ........................................................................................ 35
3.1.1. Pesquisa quanto aos Procedimentos .............................................................. 35
3.1.2. Pesquisa quanto aos objectivos ...................................................................... 36
3.1.3. Pesquisa quanto abordagem do problema ...................................................... 36
3.2. Universo da Pesquisa......................................................................................... 37
11

3.3. Técnica de Recolha de dados ............................................................................ 38


4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................... 40
4.1 Caracterização da Empresa ................................................................................ 40
4.1.1 Visão ................................................................................................................ 40
4.1.2 Missão .............................................................................................................. 40
4.1 Caracterização da Pesquisa................................................................................ 41
4.1.1 Perfil da Amostra .............................................................................................. 41
4.1.1.1 Distribuição da amostra por género .............................................................. 41
4.1.1.2 Nível de Escolaridade.................................................................................... 42
4.1.1.3 Faixa etária .................................................................................................... 43
4.1.1.4 Cargo que ocupa na empresa ....................................................................... 44
4.1.2 Análise dos dados obtidos................................................................................ 45
4.1.2.1 Controlo de recebimento ............................................................................... 45
4.1.2.2 Contabilidade Organizada ............................................................................. 46
4.1.2.3 Gestão de Tesouraria .................................................................................... 47
4.1.2.4 Preparação das Demonstrações Financeiras para Análise Financeira ......... 48
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 54
APÊNDICE ................................................................................................................ 57
12

LISTA DE QUADRO

Quadro 1: Balanço da Empresa Faias e filhos, Lda .................................................. 48


Quadro nº 02: Balanço Funcional da Empresa ......................................................... 49
Quadro nº 03: Análise dos Rácios de Liquidez ........................................................ 51
13

LISTA DE TABELAS

Tabela nº 1: Género dos Inquiridos ........................................................................... 41


Tabela nº 2: Nível de Escolaridade ........................................................................... 42
Tabela nº 3: Faixa etária dos Inquiridos .................................................................... 43
Tabela nº 4: Cargo na Empresa ................................................................................ 44
Tabela nº 5: Controlo de recebimento ....................................................................... 45
Tabela nº 6: Contabilidade Organizada ..................................................................... 46
Tabela nº 7: Gestão de Tesouraria............................................................................ 47
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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico nº 1: Género dos Inquiridos .......................................................................... 41


Gráfico nº 2: Nível de Escolaridade ........................................................................... 42
Gráfico nº 3: Faixa etária dos Inquiridos.................................................................... 43
Gráfico nº 4: Cargo na Empresa ............................................................................... 44
Gráfico nº 5: Controlo de recebimento ...................................................................... 45
Gráfico nº 6: Contabilidade Organizada .................................................................... 46
Gráfico nº 7: Gestão de Tesouraria ........................................................................... 47
Gráfico nº 08: Análise dos Rácios de Liquidez .......................................................... 51
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1. INTRODUÇÃO

A permanente concorrência do mercado com o desenvolvimento de técnicas


apuradas de produção, comercialização e gestão aliado aos avanços tecnológicos
motivam um olhar critico sobre as técnicas e procedimentos utilizados na gestão das
empresas, principalmente no que se refere à administração financeira. É preciso
competência e profissionalismo para que a empresa continue gerando resultado e
perpetuando-se, principalmente no setor que tem por finalidade maximizar o valor da
empresa para seus proprietários, desta forma é necessidade imediata implantação
de novos métodos de gestão que auxiliem nas decisões estratégicas das
organizações.

Os recursos financeiros de uma empresa constituem um dos meios mais


importantes para a sua sobrevivência e desenvolvimento. Sem tais recursos, as
empresas não poderão alcançar os seus objectivos previamente estabelecidos, ou
melhor, dizendo, não é possível fazer-se o planeamento estratégico sem incluir tais
recursos.

Para isso, existe a gestão financeira que lida basicamente da aquisição,


aplicação e gestão eficiente e eficaz dos recursos financeiros. Ela compreende dois
segmentos principais, nomeadamente a estratégia financeira e a gestão financeira
corrente, ou seja a gestão da tesouraria.

A gestão da tesouraria trata da gestão do activo e do passivo circulante. É uma


área bastante sensível e problemática e a sua má gestão pode levar à insolvência
ou até mesmo a falência das empresas. A insolvência/ falência das empresas pode
ser solucionada através de uma gestão da tesouraria eficiente e eficaz. Contudo,
reconhece-se que esta é uma prática difícil de se realizar pois existe problemas
constantes de tesouraria, caracterizados pelas difíceis situações em que a empresa
encontra. Por essa razão, e para preparar as bases para as soluções dos
problemas, torna-se crucial averiguar o tipo de problemas assim como suas origens.

A tesouraria é uma das áreas mais importantes dentro de uma organização,


pois assegura os recursos e instrumentos financeiros necessários para a
manutenção e viabilização dos negócios da empresa. Tal relevância faz com que
esta área deva ser tratada de maneira estratégica.
16

1.1 Problemática da Pesquisa

A problematização é a quarta abordagem da unidade com vista ao


levantamento do problema em discussão. Segundo Severino (2007), a
problematização é a tomada em sentido amplo e visa levantar, para a discussão e a
reflexão, as questões explícitas ou implícitas no texto. Para o presente estudo,
pretende-se responder a seguinte pergunta:

 Em que medida a gestão da tesouraria de curto prazo é utiliazdo como


indicador de tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda?

1.2 Objectivo da Pesquisa

Segundo Rodrigues (2007), os objectivos constituem-se em declarações claras


e explicitas do que se deseja estudar o fenómeno ou assunto que se pretende
alcançar com a realização da pesquisa.

1.2.1 Objectivo Geral

 Analisar o grau de utilização da gestão da tesouraria de curto prazo como


indicador de tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda.

1.2.2 Objectivos Específicos

 Apresentar uma abordagem teórica abrangente em torno do tema para melhor


percepção do mesmo;
 Verificar o grau de utilização da gestão da tesouraria de curto prazo como
indicador de tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda;
 Analisar a gestão de tesouraria apartir dos indicadores.

1.3 Hipótese da Pesquisa

Segundo Gil (2002), “hipótese é declaração que antecipa a relação entre duas
ou mais variáveis, ela é uma antecipação do pesquisador que deduziu da revisão
17

bibliográfica”. A hipótese caracteriza-se por apresentar uma força explicativa e


provisória que será verificada no trabalho de campo. O presente estudo apresenta
as seguintes hipóteses:

H0: a gestão da tesouraria de curto prazo não é utiliazdo como indicador de


tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda;
H1: a gestão da tesouraria de curto prazo é utiliazdo como indicador de
tomada de decisões na empresa Faias e Filhos Lda, tornando a empresa
sólida nas actividades operacionais.

1.4 Justificativa do Problema

A existência de controlos internos eficientes e interelacionados com os agentes


externos são indispensáveis em qualquer organização para que esta consiga
dimensionar suas operações em números, que reflitam a capacidade de geração de
caixa para a liquidação dos compromissos e de lucro aos proprietários.

A Tesouraria realiza o controlo das informações financeiras oriundas de todos


os departamentos da empresa e também administra a aplicação dos recursos
operacionais. Tal importância faz com a área de tesouraria esteja relacionada
diretamente com setores estratégicos e decisórios das empresas.

A pesquisa justifica-se na vertente prática e teórica. Na prática, ela permite


buscar os efeitos positivos que a organização da gestão de tesouraria e a utilização
de ferramentas de auxílio à gestão podem trazer à empresa em termos suporte para
a tomada de decisões estratégicas. No entanto, a relevância do estudo na vertente
teórica em causa, permite ao grupo académico especialmente do Curso de
Contabilidade e Administração, adquirir conhecimento ou ter noção em relação a
gestão de tesouraria da empresa tendo em conta a salvaguarda dos seus próprios
activos e outros meios financeiros.

1.5 Delimitação da Pesquisa

O estudo de caso foi direccionado à empresa Faias e Filhos, Lda., localizada


na Província de Luanda, e a nossa pesquisa realça respectivamente aos exercícios
económicos dos períodos de 2018 a 2019.
18

1.6 Estrutura de apresentação dos capítulos

A monografia está estruturada em cinco capítulos: o primeiro capítulo fala


sobre a introdução onde tem como abordagem a problemática, objectivos, hipóteses,
justificativa e delimitação do estudo. No segundo capítulo abordamos sobre a
fundamentação teórica e conceptual, tratamos da revisão literária, com destaque a
assuntos relacionados ao tema. No capítulo três apresentamos os procedimentos
metodológicos, de forma amostrar os passos seguidos para cumprir com os
objectivos traçados e dar cunho cientifico a pesquisa. No quarto capítulo temos
apresentação dos dados e discussão dos resultados e no quinto capítulo
apresentamos as considerações finais.
19

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Toda a pesquisa deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre os


quais o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipa)
fundamentará sua interpretação. Por sua vez, Lakatos e Marconi (2005, p. 226),
afirmam que: “A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou
descrição de factos levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um
caráter interpretativo, no que se refere aos dados obtidos”.

2.1 Análise Conceptual da Gestão Financeira

A base principal da análise conceptual da gestão financeira consiste na análise


marginal, que segundo Santos e Antonelli (2011, p. 24) “[…] trata sobre benefícios
adicionais e custos adicionais, onde as ações financeiras devem ser concretizadas
somente quando os benefícios adicionais superam o custos adicionais”.
Independentemente do porte da empresa, a parte que compreende o controlo de
finanças da empresa é indispensável. Uma vez que toda e qualquer empresa
sobrevive através de meios financeiros. Aliás, tanto a gestão financeira como a
contabilidade em si, têm como princípio o “controlo”. Portanto, é deste princípio que
várias outras acções incidem.

Nesta perspectiva, Gitman (2010) complementam que o controlo consiste em


acções sequenciais tomadas pela administração para estabelecer os padrões de
desempenho e tomar medidas correctivas quando necessárias. O controlo é
essencial para o planeamento eficaz seja de recursos humanos, materiais ou
financeiros.

Assim, escreve Silva (1999, p. 21) que “a análise financeira de empresas


consiste em um “exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a
empresa, bem como condições endógenas e exógenas, que afetam financeiramente
a empresa”.

Esse exame minucioso visa analisar os dados apresentados nas distintas


demonstrações financeiras e concluir se a empresa é bem ou mal administrada, se
merece ou não crédito, se tem condições de pagar as suas dívidas, se é lucrativa, se
irá continuar investindo e operando no mercado.
20

2.1.1 A função financeira da empresa

Em todas as circunstâncias da análise da gestão financeira a contabilidade


está presente, aliás, é a principal espinha dorsal de toda a actividade financeira de
uma empresa seja qual for a sua dimensão.

Assim sendo, pode-se ter a primeira noção sobre a função financeira a partir da
abordagem a baixo:
As atividades entre estas áreas são distintas, mas estão relacionadas entre
si por se tratar da organização e movimentação de recursos, ou seja, a
Contabilidade está relacionada com o faturamento das vendas realizadas
pela empresa como também com o registro dos produtos/insumos
comprados pela mesma para serem utilizados na produção, já o Financeiro
está relacionado diretamente com a movimentação destes recursos, ou
seja, com a entrada e saídas destes recursos […], (SANTOS &
ANTONELLI, 2011, p. 25).

Nestas circunstâncias, é importante rever o papel do administrador financeiro,


pois deve fazer com que o capital desejado esteja disponível no momento certo, no
valor estimado e com um custo menor, auxiliando no investimento e redução de
riscos. Ou seja, tudo que o proprietário precisa é que os custos sejam sempre
menores e os lucros sejam superiores, no entanto, essa actividade implica um
trabalho árduo e consistente do administrador financeiro.

Por isso, Gitman (2010, p. 9) “admitiu que, a função financeira geralmente é


desempenhada pelo departamento de contabilidade”. À medida que a empresa
cresce, essa função se transforma num departamento separado e ligado ao
presidente da empresa, com a supervisão do diretor financeiro. Uma das tarefas
administrativas relativas a finanças consiste em controlar os orçamentos, previsões
financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de
investimento e captação de recursos. Toda essa actividade é destinada ao controlo
geral do património da empresa.

2.1.2 Objectivos da Gestão Financeira

As principais actividades da gestão financeira estão relacionadas com as


demonstrações financeiras básicas, tais como planeamento financeiro, tomadas de
decisões relativas aos investimentos de curto, médio e longo prazo e as decisões de
21

financiamentos (Gitman, 2010). Portanto, pode-se fundamentar que os objectivos da


gestão financeira baseiam-se nestas actividades.

Na perspectiva de Gitman (2010), o objectivo da gestão financeira é obter a


maior rentabilidade possível sobre o investimento, desde que não seja
comprometida a liquidez da empresa. A partir desse aumento a gestão consegue
garantir a criação dos valores para os accionistas, através da maximização do valor
da empresa.

2.1.3 Importância da Gestão Financeira

Numa empresa é necessário que todas as decisões a serem tomadas pelos


gestores principais passem antes por uma verificação financeira que demonstre sua
viabilidade e confiabilidade, para que se possa alcançar o objectivo geral da
organização.

A estrutura organizacional de uma empresa é composta por diversas


funções e de entre elas, podemos destacar a função da produção, a função
de marketing, a função administrativa, a função dos recursos humanos, mas
o mais importante de todas as funções, são as funções financeiras tendo
em conta que todo o processo de pagamentos e recebimentos além da
gestão do dinheiro que entra e sai, é da responsabilidade do gerente, diretor
e supervisor financeiro (FERNANDES, 2014, p. 5).

Partindo dos pressupostos fundamentados no tópico anterior, pode-se admitir


que a importância da gestão financeira da empresa verifica-se a partir da acção das
actividades de planeamento financeiro e da acção que consiste na tomada de
decisões diversas de investimento e financiamento respectivamente. Pois, o
planeamento consiste em evitar surpresas e desenvolver planos alternativos de
providências a serem tomadas caso ocorra imprevistos. E, as decisões reflectem-se
nos eventos futuros da empresa.

Portanto, é importante assinalar que a relevância da gestão financeira


desdobra-se no alcance que esta parte proporciona para a organização. Pois as
actividades de natureza financeira segundo Hoji (2010) têm como o objectivo
económico, maximizar a riqueza dos donos da empresa ou dos accionistas, através
de um retorno compatível aos investimentos efectuados. Onde, a geração de lucros
22

e caixa permite que a empresa reinvista seu lucro em benefício da comunidade, dos
seus funcionários e nela própria.

2.2 Demonstrações Financeiras

Em princípio, é importante assinalar que as demonstrações financeiras são


documentos contabilísticos onde todas as informações que ilustram o aumento ou
redução do património estão contidas.

Segundo Ribeiro (1999, p. 40):

Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contém


dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o sistema
contabilístico de uma entidade. Os registros contabilísticos realizados
periodicamente pelas empresas são a fonte dos dados para o processo de
elaboração das Demonstrações Financeiras.

A análise destes documentos, permitem detectar quais são os aspectos


positivos e negativos a empresa deve separar nas suas actividades operacionais e
não operacionais, bem como as suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada
de decisão. Além disso, é através destes que se pode evidenciar quais os lucros a
empresa está obtendo em função dos investimentos feitos pelos sócios.

A análise das demonstrações financeiras busca, principalmente, analisar o


desempenho económico-financeiro de uma empresa em determinado
período passado, para diagnosticar sua posição actual e produzir resultados
que sirvam de base para a previsão de tendências futuras (NETO, 2003, p.
97).

No entanto, pode-se perceber que, para melhor visualizar a situação


económico-financeira de uma determinada empresa, é necessário que as
informações contidas nos documentos demonstrativos estejam claro e em
conformidade com as normas contabilísticas.

Conforme Schier (2007, p. 57):


A análise das demonstrações financeiras extrai o máximo possível de
informações, através da interpretação dos dados disponibilizados pelas
demonstrações financeiras, tratadas em conformidade com as premissas
contabilísticas. Sua principal finalidade é fornecer informações precisas para
os credores e investidores tomarem decisões.
23

A importância das demonstrações financeiras com base nos fundamentos dos


autores acima, extrai-se informações que fornecem subsídios à tomada de decisões
de investimentos futuros por exemplo. E por outro lado, permitem também fazer uma
análise dos indicadores financeiros. Esse quadro fiel permite uma compreensão
simultânea mais rápida e profunda das informações disponíveis, sempre com vista à
sua utilidade percebida pelos utilizadores. Portanto, o objectivo das demonstrações
financeiras em termos genéricos é fornecer informações sobre a saúde da empresa
de modo a impactar nas decisões de gestão.

2.2.1 Balanço Patrimonial

O balanço numa óptica resumida é a relação entre activo e passivo ou ainda


uma relação entre as origens e as aplicações de fundos. Segundo Neves (2004, p.
43) o balanço é um “documento contabilístico que expressa a situação patrimonial
em determinada data”.

Nesta ordem, é necessário levar em consideração as contas que indicam o


capital próprio e as contas que indicam o capital alheio. O balanço é o principal
documento para análise do património da empresa num determinado período
económico. Nele, estão agregados precisamente as disponibilidades e as
exigibilidades.

Conforme o fundamento dos parágrafos anteriores, o Balanço Patrimonial


divide-se em grupos de contas, de características semelhantes dividida em contas
Patrimoniais do Activo, Passivo e Património liquido. Essa divisão possibilita o
conhecimento de todas as origens e as aplicações do dinheiro da empresa.

2.2.1.1 Activo

O Activo é um conjunto de Bens e Direitos, os bens, podem ser classificados


esses bens como bens tangíveis e intangíveis, bens imóveis e bens móveis. E os
direitos como valores a receber, títulos a receber, contas e outros direitos que tenha
a receber e também compreende as aplicações de recursos representadas. Os
componentes do activo são classificados de acordo com a destinação específica,
que varia segundo os fins da entidade.
24

De acordo com Iudícibus (2009, pp. 125-127):


Activos são bens e direitos que a empresa possui, adquiridos por meio das
transações. São as aplicações de recursos na empresa que têm valor
económico e que podem ser medidas e expressas em unidades monetárias.
Para ser um activo é necessário que qualquer item preencha os requisitos:
constituir bem ou direito para a empresa, ser de propriedade, posse ou
controle de longo prazo da empresa, se mensurável monetariamente e
trazer benefícios presentes ou futuros.

O activo é uma subconta que representam todos os recursos que foram


aplicados em bens e direitos. A noção pode ser concebível a partir da diferença
entre as contas do balanço. Pois o passivo é a subconta onde estão incorporadas
todas as fontes de recursos e por fim o património líquido e a ilustração do valor
monetário pertencente aos donos da empresa. Conforme as descrições abaixo.

2.2.1.2 Passivo

O passivo também faz parte dos elementos patrimoniais por sua vez se define
com obrigações que a empresa tem com terceiros, divide-se em três grupos os
Passivos circulantes, Exigíveis a Longo prazo, resultado de exercícios futuros e
património líquido (PL).

De acordo com Hendriksen (1999, p. 409) “Passivos são sacrifícios futuros


prováveis benefícios econômicos de obrigações presentes. O patrimônio dos
acionistas é que sobra após subtrair passivos de ativos”.

Percebe-se na citação acima referenciada que o passivo corresponde ao


patriónio dos accionistas dentro da empresa.

2.2.1.3 Património líquido

Sendo que património de qualquer organização é a diferença entre o activo e o


passivo, o capital social, as reservas, os lucros ou prejuízos acumulados todos
fazem parte do património líquido da entidade sendo estes representados no passivo
do balanço patrimonial.

Marion (2004, p. 67), define o património líquido como: “o patrimônio que


demonstra o total de recursos aplicados pelos proprietários na empresa. As
25

aplicações são compostas de capital e lucros retidos, ou seja, a parte do lucro


distribuídas aos donos mas reinvestida na empresa”.

2.2.2 Demonstrações de Resultados

A análise económico-financeira de uma empresa implica uma análise conjunta


dos elementos que agregam as informações patrimoniais. A demonstração do
resultado pode ser resumida como sendo algo muito importante para a empresa,
pois espelha com detalhe toda a ocorrência relacionada com os proveitos e perdas.

Além de espelhar detalhes a demonstração de resultados ordena as receitas e


despesas para confrontar a diferença entre lucro e prejuízo. Destina-se a evidenciar
os ganhos ou as perdas não operacionais na época final do exercício económico da
empresa. Assim sendo, Matarazzo, (2003 p. 45) diz que:

A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração dos


aumentos e redução causada no patrimônio líquido pelas operações da
empresa. As receitas representam normalmente aumento do ativo, através
de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro
provenientes das transações. Aumentando o ativo, aumento o patrimônio
liquido. As despesas representam redução do patrimônio liquido, através de
um entre dois caminhos possíveis: redução do ativo ou aumento do passivo
exigível.

As demonstrações de resultados são usados a quando da evidenciação mais


precisa sobre ganhos e perdas durante um determinado período de exercício
económico. Neste conjunto, são ainda evidenciadas as receitas brutas das vendas e
serviços, todas as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos, a receita
líquida das vendas e serviços etc.

Na perspectiva de Sebastião (2014, p. 12):


Demonstração dos resultados é uma verdadeira combinação entre
rendimentos e gastos de forma a saber-se qual o resultado da entidade no
final de um determinado período de tempo. Isto é, a utilização da
demonstração dos resultados permite realçar os seguintes aspetos: o
crescimento de cada resultado, indicando rubrica a rubrica o valor produzido
pela entidade; e os custos fixos e variáveis possibilitando, o estudo dos
seus efeitos na criação da rendibilidade de exploração do negócio.

A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira


esquematizada, os resultados relativos a lucros ou prejuízos, auferidos pela
26

empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para as contas


do património líquido. Segundo informa Neto (2010), o lucro ou prejuízo é resultante
de receitas, custos e despesas incorridas na empresa no período e apropriados
segundo regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido
esses valores pagos ou recebidos.

Do mesmo modo, Gomes (2014, p. 17), afirma que a demonstração do


resultado do Exercício “é uma evidencialização do resultado líquido do período
através da apresentação resumida das operações realizadas pela empresa durante
o exercício social. Através dessa demonstração é apurado o lucro ou prejuízo da
empresa durante um período”.

Deste modo, entende-se que, as demonstrações de resultados, representam


um resumo de tudo àquilo que ocorreu na empresa em um determinado período.
Desde as receitas obtidas com as vendas ou operação da empresa (Serviços); os
custos incorridos nas operações; as despesas incorridas até o resultado final.

2.3 Gestão de tesouraria

A gestão de tesouraria é uma parte fulcral para o bom funcionamento de uma


organização. Se uma organização possui conhecimento das suas necessidades
financeiras, sabe onde encontrar os recursos para supri-las e como empregar esses
recursos de uma forma sustentável, eficiente e responsável, então, estamos perante
uma organização com capacidade de se desenvolver e combater as adversidades
com que se deparará na sua laboração.

A gestão de tesouraria, segundo Nabais e Nabais (2007), é responsável e tem


como objectivos definir o saldo médio de tesouraria, estabelecer o limite mínimo e
máximo para o saldo de tesouraria, controlar as contas bancárias, minimizar os
custos dos financiamentos a curto prazo, procurar formas de financiamento para
suprir os défices de tesouraria, evitar que fiquem dívidas por pagar, determinar o
ciclo de tesouraria de exploração, a rotação do disponível e a reserva de segurança
de tesouraria.

A gestão da tesouraria ou gestão financeira de curto prazo, segundo Menezes


(1999) consiste na gestão do capital circulante (exploração e extraexploração) e a
27

gestão da dívida a curto prazo (exploração e extraexploração), ou num sentido mais


restrito como gestão do disponível.

Do ponto de vista do referido autor, a tesouraria é influenciada pela gestão do


crédito a clientes, das disponibilidades e do crédito obtido a terceiros, pelo que é de
extrema importância compreender os conceitos de fundo de maneio, regra do
equilíbrio financeiro mínimo e a liquidez (geral, reduzida e imediata) para se obterem
bons resultados ao nível da gestão de tesouraria.

Bastardo e Gomes (1995) referem que é necessária uma especial atenção na


relação entre o prazo médio de recebimentos (PMR) e o prazo médio de pagamento
(PMP) para se obter um equilíbrio na gestão de tesouraria.

A definição de tesouraria apresentada por Lacrampe e Causse é a de que o


“saldo entre os recursos permanentes de que dispõe a empresa e as suas
necessidades de financiamento permanentes ou, utilizando a terminologia financeira,
a tesouraria é igual à diferença entre o fundo de maneio e as necessidades de fundo
de maneio” (CAUSSE & LACRAMPRE, 1983, p. 99).

Para Meunier a tesouraria de uma empresa é a diferença entre os recursos


empregues para financiar a sua actividade e as necessidades resultantes dessa
mesma (ob. cit. DUARTE, 2009).

A composição de um sistema de tesouraria abrange um controlo de


informações oriundas de todos os departamentos da empresa. O normal
funcionamento dos vários departamentos são influenciadores da tesouraria e geram
informações financeiras. As vendas geram contas a receber, compras geram contas
a pagar e todos estes movimentos financeiros transitam diretamente para a
tesouraria da empresa, conforme referido por Hoji (2000).

2.3.1 Equilíbrio Financeiro

Numa empresa, o equilíbrio financeiro é tido como um factor essencial para


que sirva como fonte primordial para os usuários da informação contabilística
possam tomar atitudes de relevância financeira. "O conceito de equilíbrio financeiro
fica evidenciado ao ser demonstrado que toda aplicação de recursos no Activo deve
28

ser financiada com fundos levantados a um prazo de recuperação proporcional à


aplicação efetuada” (NETO 2010, p.159).

A regra do equilíbrio financeiro mínimo deriva do facto de os capitais


permanentes serem iguais ou superiores aos activos fixos, o que, não se verificando,
leva a que estes activos sejam financiados por capitais alheios com prazo de
pagamento inferior ou igual a um ano. A não verificação desta regra pode resultar na
asfixia da empresa, uma vez o conjunto de activos com maior liquidez serão
insuficientes para liquidar as obrigações com prazo inferior a um ano (ESPERANÇA
& MATIAS, 2009).

De acordo com essa regra os capitais utilizados pela empresa para financiar
um elemento do activo devem ficar à disposição da empresa durante um prazo
nunca inferior à duração desse mesmo activo. Contudo, a verificação desta regra
pode não ser suficiente, uma vez que para muitas empresas, a igualdade entre
Activo e Passivo Corrente pode assumir-se como insuficiente, sendo necessário que
estes Activos excedam os Passivos Correntes, na medida em que é possível que, no
conjunto desses Activos, existam alguns cujo grau de liquidez seja baixo para
permitir fazer face às obrigações de curto prazo (NABAIS & NABAIS, 2011).
Para Menezes (1999) o cumprimento da regra do equilíbrio financeiro mínimo
exige que os capitais permanentes sejam iguais ao imobilizado total líquido, ou seja,
que o FM seja nulo e deste modo à empresa esteja em equilíbrio financeiro, ainda
que mínimo.
Segundo Neves (2000), a noção de equilíbrio financeiro é fundamental para a
análise da estabilidade da empresa. Este equilíbrio é um ajuste dos fluxos
financeiros, que visa garantir que a empresa tem condições para fazer face às
dívidas que se vençam, mantendo certo volume de disponibilidades.
No entanto, para esta análise é necessário ter em consideração os ciclos de
exploração, investimento e financiamento, pois a diferença entre o activo circulante e
o passivo circulante não inclui as necessidades de financiamento do ciclo de
exploração. Nabais & Nabais (2007) e Neves (2000) referem que a análise do
equilíbrio financeiro tem como base o balanço funcional que dá expressão aos três
ciclos (exploração, investimento e financeiro), sendo os três grandes indicadores do
equilíbrio financeiro os seguintes:
 Fundo de Maneio Liquido ou Fundo de Maneio Funcional (FMF);
29

 Necessidades em Fundo de Maneio (NFM);


 Tesouraria Liquida (TRL).

Na análise funcional, o equilíbrio financeiro resulta da comparação entre o FMF


e as NFM. O FMF, para Neves (2000), é obtido pela diferença entre os capitais
permanentes e o activo fixo. Os capitais permanentes são os recursos estáveis
determinados pela política de financiamento (aumento de capital social, excedentes
criados e não distribuídos e empréstimos de médio e longo prazo), sendo os activos
fixos o resultado das aplicações de investimento que são função das decisões de
investimento. Para o cálculo do FMF devem-se comparar os capitais permanentes
com o activo fixo.
FMF= Capitais Permanentes - Activo Fixo

Se FMF > 0, existe uma parte dos fundos estáveis que financia o ciclo de
exploração, ou seja, é uma margem de segurança do financiamento sobre as
aplicações permanentes.

Se FMF < 0, neste caso, a empresa encontra-se numa situação de risco


porque os recursos estáveis não são suficientes face às necessidades de
financiamento do ativo fixo. Partes dos activos não estáveis estão a financiar os
ativos fixos.

Para estarmos perante uma situação de equilíbrio financeiro, é necessário que


o valor do FM seja adequado às NFM.

As NFM refletem a necessidade de financiamento do ciclo de exploração, ou


seja, os pagamentos que são necessários efetuar (fornecedores, pessoal, outros
credores) antes de receber de clientes. Tudo isto é influenciado pela política de
gestão da empresa quanto ao PMP, PMR e taxa de rotação de existências (TRE).

Portanto, as NFM resultam da diferença entre as necessidades cíclicas e os


recursos cíclicos.

NFM = Necessidades Cíclicas - Recursos Cíclicos

Se NMF > 0, significa que a empresa não possui recursos cíclicos suficientes
para fazer face as necessidades cíclicas, isto é, necessita de financiamento. Se
30

NMF < 0, indica que existem excedentes financeiros do ciclo de exploração e que
tem capacidade para libertar fundos.

Por último, a TRL, é outro indicador do equilíbrio financeiro da empresa (e o


mais objetivo), e resulta da diferença entre os recursos que são libertados das
decisões de investimento e financiamento a médio/longo prazo, ou seja, o FMF e as
NFM.

TRL = Fundo Maneio Funcional – Necessidades Fundo Maneio

Ou

TRL = Tesouraria Ativa – Tesouraria Passiva

Se TRL ≥ 0, significa que o FMF é suficiente para financiar as NFM e para


cobrir os riscos da atividade da empresa.

As decisões financeiras de curto prazo (como por exemplo efetuar um


reembolso de um empréstimos de curto prazo, ou recorrer a um empréstimo para
melhorar as disponibilidades) não vão afectar a TRL da empresa, pois esta está
dependente das decisões tomadas nas interrelações dos vários níveis de gestão e
que mediante as suas decisões afectam o equilíbrio financeiro.

No entanto, deve-se ter em conta que se o saldo da TRL se aproxima de zero


significa que o FMF está adequado às NFM, mas se o saldo é positivo podem existir
excedentes de tesouraria com um impacto negativo sobre a rendibilidade. Quando é
negativo, défice de tesouraria, a empresa está com problemas de tesouraria e
poderá estar com dificuldades em cumprir com os compromissos financeiros de
curto prazo, pelo que deve tomar algumas medidas como por exemplo: recorrer a
descobertos bancários, negociar as dívidas de fornecedores aumentando o PMP, e
diminuir PMR de modo a assegurar a atividade operacional e melhorar a liquidez.

Conclui-se que o equilíbrio financeiro é medido pela expressão TRL = FMF –


NFM e existirá equilíbrio financeiro se se verificar:
 FMF > NFM
 FMF – NFM ≥ 0
 TRL ≥ 0
31

2.3.1.1 Fundo de maneio

De acordo com Menezes (1999) o FM pode ser utilizado nas aceções de fundo
de maneio bruto, composto pelo capital circulante total líquido de provisões; fundo
de maneio líquido, composto pela diferença entre o capital circulante e os débitos de
curto prazo; ou ainda no sentido restrito como reserva de segurança de tesouraria.

Segundo Santos o FM é entendido como:


Conjunto de valores submetidos às transformações cíclicas de curto prazo e
cujo destino normal, no final de cada ciclo de exploração, é serem
reutilizados em novos ciclos, para garantirem à empresa uma margem de
segurança que lhe permita adequar, a todo o tempo, a cadência de
transformação dos ativos, em meios líquidos, às exigências dos credores.
(SANTOS, 1987, p. 152)

Para Neves (2000) é a margem de segurança constituída pelo excedente dos


activos circulantes em relação às dívidas de curto prazo. Conclui-se que o FM é a
diferença entre os capitais circulantes e o exigível a curto prazo, isto é, o excedente
do activo circulante que estando fora da exigência imediata pelos credores, faz parte
do ciclo de exploração.

O Fundo de Maneio em termos genéricos pode ser entendido como uma


“margem de segurança”, uma vez que assegura a capacidade da organização em
honrar as suas obrigações no curto prazo (NABAIS & NABAIS, 2011). A noção
básica sobre o fundo de uma empresa diz que:

As disponibilidades devam ter um valor reduzido; 2. As cobranças de


dívidas devem ser rápidas; 3. Os inventários devem estar sujeitos a uma
gestão eficiente e conduzir a um montante de Stocks reduzidos sem
provocar rutura na actividade; 4. O alargamento do prazo médio de
pagamento a fornecedores sem pôr em causa a imagem da empresa.
(NABAIS & NABAIS, 2011, p. 141).

Nesta base de ideias, compreende-se que o fundo de maneio de uma empresa,


exige muito da gestão financeira uma capacidade maior de subverter o ciclo
operacional e financeiro simultaneamente, de modo a evitar prejuízos e salvaguardar
o valor patrimonial da empresa perante o mercado.

“Para que a empresa tenha uma situação estável, o Activo circulante deve ser
superior ao valor do Exigível a curto prazo. A diferença entre as duas rubricas
32

recebe o nome de fundo de maneio líquido ou fundo de maneio permanente”


(LOUSÃ & SALGUEIRINHO, 2015, p. 261).

Com base nos autores supracitados, o fundo de maneio é uma margem de


segurança constituída por elementos patrimoniais que se transformam com algumas
facilidades em disponibilidades.

2.4 Análise dos indicadores financeiros

Para se evidenciar uma situação económico-financeira de uma empresa, é


necessário basear-se à informações primárias como caminhos a perseguir para
obter dados secundários que são os relatórios efectuados e apresentados por meio
de índices em sínteses.

Segundo Athar (2005) apud Souza (2010, p. 23):


Trata-se de um método analítico onde dois valores patrimoniais são
comparados, dividindo-se um pelo outro. Nesta análise é
estabelecida uma relação entre dois fatores das demonstrações
contábeis, que indicam quantas vezes um valor contém o outro, ou a
proporcionalidade de um em relação ao outro.

2.4.1 Liquidez Geral

De acordo com Matarazzo (1998, p. 170) “este índice indica quanto a empresa
possui no Activo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada unidade
monetária de dívida total, quanto maior, melhor”. Segundo este autor, este índice
obtém-se através da seguinte fórmula:

Liquidez Geral

2.4.2 Liquidez Reduzida

O rácio de Liquidez Reduzida resulta do reconhecimento de que as existências


de uma empresa são tipicamente o activo menos líquido do seu activo circulante, ou
seja procura saber a capacidade da empresa fazer face aos compromissos de Curto
Prazo com recurso aos Activos de maior Liquidez (com exclusão das Existências).
33

A comparação entre o RLG e o RLR permite, em particular, destacar o peso


das Existências relativamente ao Activo Corrente da empresa. O RLR é calculado,
de acordo a seguinte fórmula:

Liquidez Reduzida

De acordo com Fernandes, et al. (2016, p. 113), “o rácio de Liquidez Reduzida,


considera a possibilidade de existirem dificuldades que impedem a transformação
imediata das Existências em dinheiro, pelo que essa transformação pode ainda
ocorrer abaixo do respectivo custo de aquisição”.

2.4.3 Liquidez Imediata

Mede a capacidade da empresa poder fazer face ao passivo e curto prazo


utilizando somente a disponibilidade da empresa (Caixa e Banco).

Liquidez Imediata =

Para Iudícibus (2009, p. 21) argumenta que:


Índice de Liquidez Corrente é considerado o melhor indicador para avaliar a
situação líquida da empresa. Este índice relaciona quanto de dinheiro
disponível e conversível imediatamente tem a empresa em relação às
dívidas de curto prazo. Nesse índice deve-se tomar cuidado em relação a
prazos dos vencimentos das contas a receber e a pagar, pois se existem
muitas dívidas a serem pagas em curto prazo a empresa deve tomar
providencias para lucrar em curto prazo também, para que consiga cumprir
com suas obrigações. No caso, se para cada kz 1,00 de exigibilidade a
empresa tem kz 2,00 de recursos imediatos para liquidar com seus
compromissos financeiros, indicando que seu Activo Circulante é maior que
o Passivo Circulante, além de cumprir com suas obrigações, a empresa tem
uma folga de kz 1,00.

2.5 Disponibilidades

Segundo Menezes (1999), o disponível tem uma amplitude maior na óptica da


gestão financeira do que para a contabilidade geral, pois abrange caixa, depósitos à
ordem, depósitos com aviso prévio, clientes, títulos a receber (desde que facilmente
mobilizáveis junto da banca), empréstimos bancários (já negociados e não
34

utilizados), obrigações e outros títulos com um mercado vasto e rapidamente


acessível (títulos negociáveis).

Na óptica da gestão financeira, o disponível é composto pelos ativos líquidos


por excelência (dinheiro) e aqueles que apresentam uma elevada aptidão para num
pequeno espaço de tempo se converterem em disponibilidades. Para uma correta
gestão destas disponibilidades as empresas devem tomar medidas que rentabilizem
ao máximo o potencial das mesmas, pelo que Nabais & Nabais (2007) refere as
seguintes:
 Os valores em caixa e nos depósitos à ordem devem ser reduzidos ao
mínimo;
 Arranjar alternativas de aplicação financeira em relação aos depósitos a
prazo;
 Não proceder ao desconto bancário de letras, em situações em que os
encargos bancários não são repercutidos nos clientes (evitar os encargos
bancários);
 Negociar com os bancos as melhores formas de financiamento, de modo a
evitar determinados encargos;
 Efetuar pagamentos através de transferências bancárias ou de outros meios
para retardarem a sua movimentação;
 Proceder ao desconto imediato de cheques recebidos;
 Proceder ao cruzamento dos cheques emitidos para retardar o movimento
bancário;
 Elaborar e efetuar um controlo sistémico do orçamento de tesouraria, de
modo a detetar antecipadamente os excessos e os problemas de liquidez;
 Facilitar com frequência informações aos bancos, para que estes possam
analisar antecipadamente a evolução da empresa em processos que
conduzam a financiamentos;
 Controlo periódico das contas de depósitos à ordem.
35

3. METODOLOGIA DE ESTUDO

Segundo GIl (2002), “entende-se por Metodologia o estudo do método na


busca de determinado conhecimento”.

3.1. Natureza da Pesquisa

Por ser um estudo de carácter aplicativo nada mais é relevante se não


apresentar a natureza devida deste estudo, no caso a pesquisa aplicada. Os
procedimentos desta pesquisa auxiliam bastante nas mudanças comportamentais
das organizações.

3.1.1. Pesquisa quanto aos Procedimentos

Os procedimentos na pesquisa científica referem-se à maneira pela qual se


conduz o estudo e, portanto, se obtêm os dados. Gil (2009, p. 65) ressalta que „„o
elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o
procedimento adoptado para a colecta de dados‟‟.

Apresenta-se, na sequência, detalhadamente a tipologia de pesquisa


bibliográfica:

 Pesquisa bibliográfica:
Este tipo de pesquisa é tido como primordial para todos os estudos científicos.
Segundo Andrade (2002, p. 22), “uma pesquisa bibliográfica pode ser desenvolvida
como um trabalho em si mesmo ou constituir-se numa etapa de elaboração de
monografias e dissertações”.

É importante realçar que o feito deste trabalho não foi uma mera leitura de
livros e outros artigos acima mencionados. Foi também uma análise de um abrigo
específico, tomando o olhar de vários autores como parâmetro, problematizando as
práticas circulantes nas análises, ressaltando as formações subjectivas ali
presentes, enunciadas pelos autores dos textos pesquisados.
36

3.1.2. Pesquisa quanto aos objectivos

Diante da necessidade de definir o delineamento da pesquisa, quanto aos


objectivos, o estudante poderá enquadrar seu trabalho monográfico como uma
pesquisa descritiva, exploratória ou explicativa. Apresenta-se, na sequência,
detalhadamente a tipologia de pesquisa descritiva:

 Pesquisa Descritiva:
De forma análoga, Andrade (2002) destaca que a pesquisa descritiva
preocupa-se em observar os factos, registá-los, analisá-los, classificá-los e
interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenómenos do mundo
físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.

3.1.3. Pesquisa quanto abordagem do problema

Finalizando as tipologias de pesquisa aplicáveis a Contabilidade, contemplam-


se, na sequência, as tipologias de pesquisa quanto a abordagem do problema.
Nessa perspectiva destacam-se as pesquisas qualitativa e quantitativa.

 Pesquisa Qualitativa
Richardson (1999) menciona que os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interacção de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos
vividos por grupos sociais. Ressalta também que podem contribuir no processo de
mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o
entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

 Pesquisa Quantitativa
Diferente da pesquisa qualitativa, a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo
emprego de instrumentos estatísticos, quanto na colecta como no tratamento dos
dados. Esse procedimento não é tão profundo na busca do conhecimento da
realidade dos fenómenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral
dos acontecimentos.
37

A pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto


nas modalidades de colecta de informações, quanto no tratamento delas por
meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,
média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação,
análise de regressão (RICHARDSON, 1999, p. 70).

3.2. Universo da Pesquisa

No universo, a variedade de fenómenos passíveis de serem estudados é


infinita. A Ciência selecciona os que deseja estudar e os abstrai da realidade,
escolhendo alguns ângulos do fenómeno para ser investigado. Assim, se cada
Ciência estuda determinados aspectos da realidade e possui diversos sistemas
abstractos de pensamento para analisar e interpretar esses fenómenos, o
pesquisador necessita ter conhecimento dos sistemas conceituais que expressem
cada área do saber.

 População
Para Lapponi (1997, p. 8), a população é o conjunto ou colecção de dados que
descreve algum fenómeno de nosso interesse. A população não se refere apenas a
um grupo de pessoas sobre as quais se pretende conhecer, mas a uma colecção de
unidades como: os seres humanos, os países, os factos sociais, a produção agro-
industrial, as empresas públicas ou privadas e objecto diversos.

Assim sendo, a população definida para a presente pesquisa compreende a


empresa Faias e Filhos, Lda.

 Amostra:
Conforme Lapponi (1997, p.8) introduz que a amostra é um „„subconjunto de
dados seleccionados de uma população‟‟. No entanto, amostrar simplesmente não é
suficiente para fazer inferências mais contundentes sobre determinado objecto
pesquisado, é necessário que a amostra seja representativa da população, ou seja,
conter características não conflituantes com as características ou estrutura da
composição da população de onde foi retirada.

Todavia, a amostra seleccionada para a presente pesquisa compreende as


demonstrações financeiras da empresa Faias e Filhos, Lda., nomeadamente o
Balanço Patrimonial, com suporte das informações dos membros que compilam
38

essas informações, no caso os funcionários seleccionados que corresponde a 10


colaboradores.

3.3. Técnica de Recolha de dados

O objecto de um trabalho monográfico é a sistematização metódica e objectiva


de informações fragmentadas, seguida da identificação de suas relações e
sequências repetitivas, com vista em descobrir respostas para determinada questão
– problema. Assim, o processo de colecta, análise e interpretação dos dados busca
regularidades ou padrões de associação de dados que não sejam idiossincráticos
aos factos que estão sendo examinados, mas comuns a toda categoria de factos
semelhantes.

A Ciência utiliza inúmeras técnicas para obtenção dos propósitos objectivados.


A técnica é uma forma sistematizada e lógica de preceitos ou processos em que se
apoia uma Ciência; dito de outra forma, a técnica é a habilidade para se usar
pragmaticamente os preceitos ou normas. Nesse sentido, após a etapa de colecta
de dados, estes precisam ser tratados para facilitar a construção de um raciocínio
conclusivo. Assim, faz-se na sequência uma breve inclusão teórica nessas técnicas,
sem a pretensão de esgotar as particularidades de cada instrumento usado para
colectar dados nos trabalhos monográficos.

 Analise Documental
Para Richardson (1999), a análise documental consiste em uma série de
operações que visam estudar um ou vários documentos para descobrir as
circunstâncias sociais e económicas com as quais podem estar relacionados.
Comenta que o método mais conhecido é o histórico, o qual consiste em estudar os
documentos visando investigar os factos sociais e suas relações com o tempo
sociocultural – cronológico.

Algumas características da análise documental são apresentadas por


Richardson (1999), tais como a análise documental trabalha, em específico, sobre
os documentos, e essencialmente a temática: e busca a determinação fiel dos
fenómenos sociais.
39

No que diz respeito aos aspectos metodológicos da análise documental, o


primeiro passo é a caracterização dos documentos que serão usados ou
seleccionados, entre eles o documento oficial (decreto, parecer), documento técnico
(relatório, planeamentos, livro – texto) ou documento pessoal (cartas, diários,
autobiografias); o passo seguinte é a análise propriamente dita, para a qual deve
recorrer a metodologia da análise de conteúdo.

 Análise de conteúdo
Segundo Richardson (1999, p. 224) infere que a análise de conteúdo busca
compreender melhor um discurso, aprofundar suas características „„gramaticais,
fonológicas, cognitivas, ideológicas‟‟ e extrair os momentos mais importantes.

Portanto, baseia-se em teorias relevantes que sirvam de marco de explicação


para as descobertas do pesquisador. Análise de conteúdo caracteriza-se como um
método de investigação do conteúdo simbólico das mensagens podem ser
abordadas por diferentes ângulos.
40

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

No presente capítulo pretende-se dar a conhecer os resultados obtidos, em


função de toda a informação colhida, a sua aplicação, como foi referido
anteriormente, incidiu sobre as demonstrações financeiras da empresa Faias e
Filhos, Lda., nomeadamente o Balanço Patrimonial.

4.1 Caracterização da Empresa

A Empresa Faias e Filhos Lda., é uma empresa que dedica ao comércio geral e
a prestação de serviço com património próprio e tem como actividade principal o
comércio e prestação de serviço. A Empresa encontra-se registada nos grandes
contribuintes sob o número de contribuinte 5417015610.

4.1.1 Visão

A nossa visão está focalizada na seguinte:


 Produção e venda cada vez mais eficiente e eficazes
 Ser uma referência entre as empresas na área onde atuamos não só ao nível
do País mais a nível internacional
 Ser uma empresa social, cultural e ambientalmente responsável.

4.1.2 Missão

 Melhorar cada vez mais e tornar o sector terciário o futuro petróleo de Angola
 Decobrir novas áreas com maior prespectivas para investir.
41

4.1 Caracterização da Pesquisa

4.1.1 Perfil da Amostra

4.1.1.1 Distribuição da amostra por género

Tabela nº 1: Género dos Inquiridos

Género Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)


Masculinos 06 70%
Femininos 04 30%

Total 10 100%
Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 1: Género dos Inquiridos

Feminino
40%
Masculino
60%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Para a prossecução dos objectivos pretendidos nesta pesquisa, a mostra foi


primeiramente abordada por género, tendo-se destacado o género masculino com
maior representatividade com 06 funcionários correspondendo 60% e o género
feminino com 04 que corresponde 40%.
42

4.1.1.2 Nível de Escolaridade

Tabela nº 2: Nível de Escolaridade

Nível de Escolaridade F.Absoluta F.Relativa (%)


Ensino Médio 07 70%
Ensino Superior 03 30%

Total 10 100%
Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 2: Nível de Escolaridade

Superior
30%

Médio
70%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Para a habilitação académica e literária, verificamos que dos inquiridos, 70%


possuem o curso médio, 30% possuem a licenciatura. Mostrando assim que o
ensino médio é o mais representativo.
43

4.1.1.3 Faixa etária

Tabela nº 3: Faixa etária dos Inquiridos

Faixa Etária F. Absoluta F.Relativa (%)


18 aos 28 anos 04 40%
29 aos 39 anos 03 30%
40 aos 50 anos 03 30%
Total 10 100%
Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 3: Faixa etária dos Inquiridos

40 aos 50
anos 18 aos 28
30% anos
40%

29 aos 39
anos
30%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

No gráfico 3 pode-se verificar que existe um equilíbrio de 30% entre os


gestores com idade compreendida entre os 29 e os 39 anos e aqueles têm entre os
40 e os 5 anos de idade. Em maior representatividade se encontram os jovens, com
idades compreendidas entre os 18 e os 28 anos de idade, perfazendo 40% do total
da amostra.
44

4.1.1.4 Cargo que ocupa na empresa

Tabela nº 4: Cargo na Empresa

Cargo Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)


Administrador 07 70%
Contabilista 03 30%
Outro 0 0%
Total 10 100%
Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 4: Cargo na Empresa


outro
0%

Contabilista
30%

Administrador
70%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Em relação ao cargo que ocupam na empresa, dos 10 dos inquiridos, 70% são
administradores e apenas 30% são contabilistas.
45

4.1.2 Análise dos dados obtidos

4.1.2.1 Controlo de recebimento

Tabela nº 5: Controlo de recebimento

Controlo Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)


Sim 09 90%
Não 01 10%
Total 10 100%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 5: Controlo de recebimento

Não
10%

Sim
90%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Quando questionados aos gestores se a empresa tinha um controlo específico


sobre os recebimentos de clientes, a maioria, 90% respondeu sim, enquanto 10%
respondeu negativamente, denotando um nível de organização muito grande por
parte da maioria da empresa, matéria de controlo das dívidas ou valores recebidos
de clientes.
46

4.1.2.2 Contabilidade Organizada

Tabela nº 6: Contabilidade Organizada

Contabilidade Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)


Sim 07 70%
Não 03 30%
Total 10 100%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 6: Contabilidade Organizada

Não
30%

Sim
70%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Em relação à questão, a empresa possui contabilidade organizada, a maioria


dos inquiridos, 70% responderau sim, apenas 20% respondeu não, tal como se
apresenta no gráfico 7.
47

4.1.2.3 Gestão de Tesouraria

Tabela nº 7: Gestão de Tesouraria

Fluxo de Caixa F. Absoluta F.Relativa (%)


Conheço e utilizo 06 60%
Conheço mas não utilizo 02 20%
Não conheço 02 20%
Total 10 100%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Gráfico nº 7: Gestão de Tesouraria

Não Conheço
20%

Conheço mas
Conheço e não utilizo
utilizo 20%
60%

Fonte: Elaborada pela própria autora (2022)

Quando questionados se conhecessem e utilizassem a gestão de tesouraria, a


maioria dos inquiridos, 60% afirmou que conhece e utilizo, 20% que conhece mas
não utiliza e apenas 20% Não conhece.
48

4.1.2.4 Preparação das Demonstrações Financeiras para Análise Financeira

Quadro 1: Balanço da Empresa Faias e filhos, Lda


Exercícios Económicos

DESIGNAÇÃO 2018 2019


ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
Imobilizado Corpóreas 27.034.738,42 28.490.132,22
Amortizações Acumulada (18.306.204,94) (20.256.651,35)
Subtotal 8.728.533,48 8.233.480,87
ACTIVO CORRENTE
Existência 66.608.299,54 51.093.663,87
Contas a receber 14.614.436,98 0,00
Disponibilidades 58.109.677,04 301.740.813,86
Outros Activos Correntes 55.532.463,33 298.097.291,99
Subtotal 194.864.876,9 650.931.769,6
TOTAL DO ACTIVO 203.593.410,4 659.165.250,59
CAPITAL PR. E PASSIVO
Capital 50.000,00 50.000,00
Reservas 88.000.000,03 100.000.000,02
Resultados Transitados 16.570.464,44 20.445.349,43
Resultados do Exercícios 3.874.884,99 8.417.228,94
Subtotal 108.495.349,5 128.912.578,39
PASSIVO NÃO CORRENTE
Empréstimo MLP 0,00 0,00
Impostos Deferidos 0,00 0,00
Provisão Para Pensões 0,00 0,00
Provisão Para Riscos 276.983,94 0,00
Outros Passivos Não Correntes 0,00 0,00
Subtotal 276.983,94 0,00
PASSIVO CORRENTE
Contas à Pagar 53.868.305,56 106.947.619,77
Empréstimos à Curto Prazo 38.781.413,50 25.320.409,05
Parte Corrente dos emp a MLP 0,00 0,00
Outros Passivos Correntes 2.171.357,94 397.984.643,40
PASSIVO TOTAL 95.098.060,94 530.252.672,2
TOTAL C. PRO E PASSIVO 203.593.410,4 659.165.250,59
Fonte: Balanços da empresa Faias e filhos, Lda de 2018 a 2019
49

Quadro nº 02: Balanço Funcional da Empresa


Ano
Designação 2018 2019
Activos Fixos 8.728.533,48 8.233.480,87
Necessidades cíclicas 136.755.199,9 349.190.955,8
Tesouraria activa 58.109.677,04 301.740.813,86
Capital permanente 108.772.333,4 128.912.578,39
Recursos cíclicos 94.821.077 530.252.672,2
Tesouraria passiva 0 0
Fundo de Maneio 100.043.799,9 120.679.097,4
Necessidade Fundo de Maneio 41.934.122,9 (181.061.716,4)
Tesouraria Líquida 58.109.677 301.740.813,8
Fonte: Elaborado pela autora (2022)

A empresa vem apresentando desde o ano 2016 um equilíbrio financeiro


satisfatório, sendo as suas necessidades de fundo de maneio integralmente
financiadas pelo fundo de maneio, gerando, nos dois anos em análise uma
tesouraria liquída positiva, com especial enfoque no ano de 2017, dado o aumento
significativo do fundo de maneio, por via do aumento do capital próprio.

Nota:

Fundo de Maneio (FM) = Capitais permanentes - Activos Fixos

Necessidades de Fundo de Maneio (NFM) = Necessidade cíclicas - Recursos


cíclicos
Tesouraria Líquida (TL) = Fundo de Maneio - Necessidades de Fundo de Maneio

 Calculo dos Rácios de Liquidez

Activo circulante
Liquidez Geral =
Passivo a curto prazo

Liquidez Geral =
50

Liquidez Geral (2018) =

Liquidez Geral (2019) =

Liquidez Reduzida

Liquidez Reduzida (2018)

Liquidez Reduzida ( ) = 1,1

Liquidez Imediata =

Liquidez Imediata (2018) = 0,6

Liquidez Imediata (2019) = 0.5


51

Quadro nº 03: Análise dos Rácios de Liquidez


Rácios de Liquidez 2018 2019

Liquidez Geral 2,1 1,2

Liquidez Reduzida 1,4 1,1

Liquidez Imediata 0,6 0,5

Fonte: Elaborado pela autora (2022)

Gráfico nº 08: Análise dos Rácios de Liquidez

2018 2019

2,1

1,4
1,2
1,1

0,6
0,5

Liquidez Geral Liquidez Reduzida Liquidez Imediata

Fonte: Elaborado pela autor (2022)

Analisamos os rácios de liquidez da empresa no periodo 2016- 2017, no que


diz respeito a liquidez geral da empresa, verificamos que a empresa passou de um
valor ideial no exercício do ano de 2016 para uma situação razoável no ano de 2017,
isto é, enquanto em 2016 a empresa possuia 210 kz para pagar 100 kz de divida, no
exercício de 2017 só possuia 120 kz para pagar 100 kzde divida. Neste caso,
podemos verificar que a empresa em análise está bem e tem capacidade para
honrar os seus compromissos a curto prazo, ou seja, à sua relação com o terceiro é
de confiança não deixando em dificuldade os fornecedores na projecção dos seu
negócios, a empresa recebe e paga conforme o acordo. No período em análise a
liquidez reduzida registou em 2016 e 2017 uma sã situação financeira na estrutura
52

da empresa, respectivamente 1,4 e 1.1. Isso indica que quanto maior for o rácio
melhor estará a tesouraria da empresa. Neste contexto, a empresa está produzindo
para o mercado, mostrando assim a sustentabilidade positiva no peso de stocks na
estrutura da empresa. No que concerne a liquidez imediata no periodo em análise
esta muita baixa, pois, vê-se claramente que em 2016 a liquidez imediata foi 0,6 e
em 2017 foi 0,5, isso significa que somente com suas disponibilidades a empresa
não conseguiria pagar suas obrigações de curto prazo. Para honrar a empresa
deverá recorrer nas alternativas para pagar as suas obrigações.
53

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Gestão de tesouraria é uma área bastante sensível e problemática e a sua


má gestão pode levar à insolvência ou até mesmo a falência das empresas. A
insolvência/ falência das empresas pode ser solucionada através de uma gestão da
tesouraria eficiente e eficaz. Contudo, reconhece-se que esta é uma prática difícil de
realizar, pois existem problemas constantes de tesouraria, caracterizados pelas
difíceis situações em que a empresa se encontra. Por essa razão, e para preparar
as bases para as soluções dos problemas, torna-se crucial averiguar o tipo de
problemas assim como suas origens.

O modelo da pesquisa, de acordo com o tema, tendo em conta as


características do nosso trabalho e a metodologia utilizada, pode aferir que o nosso
trabalho enquadra-se na pesquisa bibliográfica e documental num modelo de
pesquisa qualitativa e quantitativo. Quanto aos procedimentos foi efectuada a
recolha de dados junto aos funcionários, com o recurso ao questionário, tendo
definido uma amostra de 10 funcionários, com o suporte das demostração
financeiras nomeadamente Balanço Patrimonial.

Através desta investigação procurou-se após uma análise fundamentada de


diversas teorias e estudos, identificar quais os indicadores mais relevantes para os
gestores das empresas. As implicações do presente estudo para a ciência da gestão
são essenciais para tirar conclusões relevantes para os gestores que querem
melhorar a sua tesouraria, pois devem ter um cuidado na análise dos indicadores
baseado nas demonstrações financeiras.

O trabalho científico permitiu evidenciar os indicadores que permitem os


gestores na tomada de decisões. Dessa forma, a investigação fornece dados
pertinentes na gestão da tesouraria, pois O objectivo foi alcançado, paralelamente
aos objectivos específicos , por meio da fundamentação teórica bem como o estudo
de caso realizado. Portanto, o presente estudo conclui que a gestão da tesouraria de
curto prazo é utiliazdo como indicador de tomada de decisões na empresa Faias e
Filhos Lda, tornando a empresa sólida nas actividades operacionais, convergindo
assim a nossa hipótese primária.
54

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Automotiva. Caxias do Sul.
57

Apêndice

Apêndice 1 – Questionário de pesquisa

1. Género dos inquiridos


Masculino ( ) Feminino ( )

2. Idade dos Inqueridos


De 18 aos 28 ( ) De 29 aos 39 ( ) De 40 aos 05( )

3. Nível de escolaridade:
Ensino Médio ( ) Ensino Superior ( )

4. Cargo que ocupa na empresa:


Administrador ( ) Contabilista ( ) Outro ( )

5. Existe controlo específico sobre o recebimento de clientes?


Sim ( ) Não ( )

6. A empresa possui contabilidade organizada?


Sim ( ) Não ( )

7. Conheces e utilizas a gestão de tesouraria na empresa?


Conheço e utilizo ( ) Conheço mas não utilizo ( ) Não conheço ( )

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