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Um estudo dos padrões do crescimento do produto nas economias capitalistas mostra períodos de expansão
e contracção no PNB real. As flutuações na actividade económica global são conhecidas por ciclos
económicos. Durante os períodos de contracção dos ciclos económicos, milhões de pessoas perdem os seus
empregos e o país perde milhares de milhões de dólares de bens e serviço devido à redução da produção.
Apesar das flutuações de curto prazo do PNB observadas nos ciclos económicos, as economias avançadas
exibem geralmente, a longo prazo, um crescimento sustentado do PNB real e uma melhoria dos padrões de
vida; este processo é conhecido como crescimento económico.
O PNB potencial é a tendência de longo prazo do PNB real. Representa a capacidade produtiva de longo
prazo da economia, ou a quantidade máxima que a economia pode produzir mantendo simultaneamente os
preços estáveis. O produto potencial é também por vezes designado o nível de produto de emprego mais
elevado. Quando uma economia está a operar no seu potencial, o desemprego é reduzido e a produção
elevada.
Instrumentos de Política
O que pode o governo fazer para melhorar o desempenho económico? Que instrumentos de politica
económica podem ser usados para reduzir a inflação ou o desemprego ou para corrigir um desequilíbrio
comercial?
Os governos dispõem de instrumentos que podem utilizar para influenciar a actividade económica. Um
instrumento de política é uma variável económica sob controlo do governo que pode afectar um ou mais
objectivos macroeconómicos. Isto é, ao fazer variar as políticas monetária, fiscal e outras, os governos
podem dirigir a economia para uma melhor combinação de produto, estabilidade de preços, emprego e
comércio internacional. Os quatro principais conjuntos de instrumentos da política macroeconómica são
descritos a seguir:
i. Política fiscal
A política fiscal corresponde ao uso de impostos e despesa pública. A categoria de despesa pública inclui
a despesa do estado em bens e serviços – compras de armamento para defesa do país, construção de
barragens, estradas, salários dos juízes e oficiais de defesa, etc. A despesa pública determina a dimensão
relativa dos sectores público e privado, isto é, qual a parcela do PNB que é consumida colectivamente e
não de modo privado. Numa perspectiva macroeconómica, a despesa pública afecta o nível global da
despesa na economia e dessa forma influencia o nível do PNB.
A outra parte da politica fiscal, os impostos, afecta a globalidade da economia de dois modos. Para começar,
os impostos reduzem os rendimentos dos indivíduos. Ao deixar as ílias com um menor rendimento
disponível ou que podem gastar, os impostos tendem a reduzir o montante que as pessoas gastam em bens
e serviços. Isto, por sua vez, reduz a procura de bens e serviços, o que finalmente faz baixar o PNB real.
Alem disso, os impostos afectam os preços de mercado e desse modo influenciam os incentivos e o
comportamento. Por exemplo, quanto maior e a carga fiscal das empresas menor é o incentivo para as
empresas investirem em novos bens de capital.
As variáveis de política económica (como as políticas fiscal e monetária) juntamente com as variáveis externas (as que estão
praticamente fora do controlo das forças económicas internas (como as guerras ou o produto de países estrangeiros) interactuam
para determinar o produto, os preços, o emprego e as exportações líquidas.
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Este diagrama fundamental mostra os principais factores que afectam a actividade económica global. No lado esquerdo estão
as principais variáveis que determinam a oferta e a procura agregadas: as variáveis da política económica, como as políticas
monetária e fiscal, bem como a disponibilidade de capital e trabalho. No centro, a oferta e a procura agregadas interactuam
com o nível da procura a encontrar-se com os recursos disponíveis. Os principais resultados são apresentados nos hexágonos
do lado direito: produto, emprego, preços e exportações líquidas.
O que os Macro-economistas Estudam
Por que alguns países apresentaram rápido crescimento da renda ao longo do século passado, enquanto
outros permanecem estagnados na pobreza? Por que alguns países têm altas taxas de inflação, enquanto
outros conseguem manter preços estáveis? Por que todos os países passam por recessões e depressões —
períodos recorrentes de queda na renda e aumento do desemprego — e de que modo as políticas
governamentais podem reduzir a frequência e a gravidade desses episódios? A macroeconomia, o estudo
da economia como um conjunto, tenta responder a essas perguntas, e a muitas outras perguntas afins.
Para avaliar a importância da macroeconomia, basta ler os jornais ou escutar os noticiários.
Todos os dias, é possível que você veja manchetes como: RENDA VOLTA A CRESCER, BANCO
CENTRAL INTERVÉM PARA COMBATER A INFLAÇÃO, ou AÇÕES CAEM POR MEDO DE
RECESSÃO. Esses eventos macroeconómicos podem parecer abstractos, mas afectam a vida de todos nós.
Executivos de empresas que estejam realizando previsões de demanda para seus produtos precisam avaliar
com que rapidez a renda dos consumidores crescerá. Cidadãos idosos, que sobrevivem com uma renda fixa,
especulam sobre a rapidez de aumento dos preços. Recém-graduados em faculdades em busca de empregos
esperam que a economia se aqueça e que as empresas contratem novos profissionais.
Uma vez que a economia afecta todas as pessoas, as questões macroeconómicas desempenham um papel
fundamental nos debates políticos nacionais. Os eleitores estão atentos ao desempenho económico e sabem
que as políticas governamentais podem afectá-los consideravelmente. Resultado: a popularidade do
presidente em exercício geralmente aumenta quando a economia apresenta um bom desempenho e diminui
quando este é precário.
Questões macroeconómicas também são fundamentais para a política mundial; e os noticiários
internacionais estão repletos de questões macroeconómicas. Terá sido mesmo uma boa opção, para grande
parte da Europa, adoptar uma moeda comum? A China deve manter uma taxa de câmbio fixa em relação
ao dólar norte-americano? Qual o motivo do enorme deficit comercial dos Estados Unidos? O que os países
mais pobres podem fazer para elevar seus padrões de vida? Nas ocasiões em que os líderes das grandes
potências mundiais se reúnem esses tópicos geralmente ocupam lugar de destaque em suas agendas.
Embora a tarefa de formular políticas económicas caiba aos líderes das grandes potências mundiais, cabe
aos macro-economistas a tarefa de explicar o funcionamento da economia como um todo. Com essa
finalidade, os macroeconomistas colectam dados sobre renda, preços, desemprego e muitas outras variáveis,
originários de diferentes períodos de tempo e diferentes países. Depois disso, eles tentam formular teorias
gerais com o objectivo de explicar esses dados. Como os astrónomos, que estudam a evolução das estrelas,
ou os biólogos, que estudam a evolução das espécies, os macroeconomistas não podem conduzir
experimentos controlados dentro do laboratório.
Ao contrário, precisam fazer uso dos dados que a história lhes fornece. Os macroeconomistas observam
que as economias diferem de país para país e que mudam ao longo do tempo. Essas observações
proporcionam tanto a motivação para desenvolver teorias macroeconómicas quanto os dados para testá-las.
Com certeza, a macroeconomia é uma ciência recente e imperfeita. A capacidade dos macroeconomistas
de prever o curso futuro de eventos económicos não é maior do que a capacidade dos meteorologistas de
realizar previsões do tempo para o mês seguinte. Entretanto, como você vai ver, os macroeconomistas
conhecem bem o funcionamento das economias. Esse conhecimento é útil tanto para explicar eventos
económicos quanto para formular políticas económicas.
A história da macroeconomia não é um relato simples, mas proporciona uma valiosa motivação para a teoria
macroeconómica. Embora os princípios básicos da macroeconomia não mudem de uma década para outra,
o macroeconomista precisa aplicá-los com flexibilidade e criatividade para se adequar às mudanças nas
circunstâncias ao longo do tempo.
Os economistas usam vários tipos de dados para medir o desempenho de uma determinada economia. Três
variáveis macroeconómicas são especialmente importantes: o produto interno bruto (PIB) real, a taxa de
inflação e a taxa de desemprego. O PIB real mede a renda total de todas as pessoas na economia (ajustada
ao nível de preços). A taxa de inflação mede a taxa de aumento dos preços. A taxa de desemprego mede a
fracção da força de trabalho que está sem trabalho. Os macroeconomistas estudam como essas variáveis
são determinadas, por que elas mudam ao longo do tempo e como interagem entre si.
em que D( ) representa a função demanda. O economista pressupõe também que a quantidade de pizza
fornecida pelas pizzarias, , depende do preço da pizza, P, e do preço da matéria-prima, Pm, tais como
queijo, tomate, farinha e anchovas. Essa relação é expressa sob a forma
em que S( ) representa a função oferta. Por fim, o economista pressupõe que o preço da pizza se ajusta de
modo a levar para um ponto de equilíbrio a quantidade fornecida e a quantidade demandada:
O Modelo de Oferta e Demanda O modelo económico mais famoso é o modelo de oferta e demanda de um determinado bem ou
serviço — neste caso, pizza. A curva da demanda é um a curva descendente que relaciona o preço da pizza à quantidade de pizza
demandada pelos consumidores. A curva da oferta é um a curva ascendente que relaciona o preço da pizza à quantidade de pizza
ofertada nas pizzarias. O preço da pizza se ajusta até o ponto em que a quantidade oferecida se iguala à quantidade demandada. O
ponto no qual as duas curvas s e interceptam corres ponde ao equilíbrio de mercado, que ilustra o preço e a quantidade de equilíbrio
para pizza.
A curva da demanda mostra a relação entre a quantidade de pizza demandada e o preço da pizza, mantendo-
se constante a renda agregada. A curva da demanda é descendente, uma vez que um preço mais alto da
pizza estimula os consumidores a optarem por outros tipos de alimentos e comprarem menos pizza. A curva
da oferta mostra a relação entre a quantidade de pizza ofertada e o preço da pizza, mantendo-se constante
o preço da matéria-prima. A curva da oferta é ascendente, uma vez que um preço mais alto da pizza torna
mais rentável a venda de pizzas, o que estimula as pizzarias a produzirem mais pizzas. O equilíbrio do
mercado corresponde ao preço e à quantidade nos quais as curvas de oferta e demanda se interceptam. Ao
preço de equilíbrio, os consumidores optam por comprar a quantidade de pizza que as pizzarias optam por
produzir.
Como os Modelos Funcionam: Os modelos são teorias simplificadas que ilustram as principais relações
entre as variáveis económicas. As variáveis exógenas são aquelas oriundas de fora do modelo. As variáveis
endógenas são aquelas que o modelo explica. O modelo mostra como variações nas variáveis exógenas
afectam as variáveis endógenas.
Esse modelo do mercado de pizzas possui duas variáveis exógenas e duas variáveis endógenas.
As variáveis exógenas são a renda agregada e o preço da matéria-prima. O modelo não tenta explicá-las;
ao contrário, trata-as como um dado (talvez a serem explicadas por outro modelo). As variáveis endógenas
são o preço da pizza e a quantidade de pizza comercializada. Essas são as variáveis que o modelo tenta
explicar.
O modelo pode ser utilizado para ilustrar como uma alteração em uma das variáveis exógenas afecta ambas
as variáveis endógenas. Por exemplo, se a renda agregada aumenta, a demanda por pizzas aumenta, como
mostra o painel (a) da figura abaixo.
Mudanças no Equilíbrio No painel (a), a elevação da demanda agregada faz com que a demanda por pizza aumente: em qualquer
preço especificado, os consumidores agora desejam adquirir um a maior quantidade de pizza. Isso é representado por meio de um
deslocamento para a direita, de D1 para D2, na curva da demanda. O mercado se desloca para a nova intersecção entre oferta e
demanda. O preço de equilíbrio aumenta de P1 para P2, e a quantidade de pizza aumenta de Q1 para Q2. No painel (b), o aumento
do preço da matéria-prima faz com que a oferta de pizzas diminua, em qualquer preço especificado; as pizzarias consideram a
venda de pizzas menos lucrativa e, por conseguinte, optam por produzir menor quantidade de pizzas . Isso é representado por um
deslocamento para a esquerda, de S1 para S2, na curva de oferta. O mercado se desloca para a nova intersecção entre oferta e
demanda. O preço de equilíbrio sobe de P1 para P2, enquanto a quantidade de equilíbrio cai de Q1 para Q2.
O modelo mostra que, tanto o preço de equilíbrio quanto a quantidade de equilíbrio da pizza, aumentam.
De maneira análoga, se o preço da matéria-prima aumenta, a oferta de pizza consequentemente diminui,
como ilustra o painel (b) da figura acima. O modelo mostra que, nesse caso, o preço de equilíbrio para a
pizza aumenta e a quantidade de equilíbrio para a pizza diminui. Sendo assim, o modelo demonstra como
as variações na renda agregada ou no preço da matéria-prima afectam o preço e a quantidade no mercado
de pizzas.