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Belém-Pará
2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE FÍSICA
Reações Nucleares I
Belém-Pará
2010
1
Aluno do Curso de Licenciatura em Fı́sica da Universidade Federal do Pará
Objetivo
Tem-se como objetivo apresentar os conceitos iniciais para um estudo mais avançado sobre
a fı́sica nuclear. Fazendo uma analise sobre as reacões nucleares de baixas energias.
1 Reações Nucleares
Quando o núcleo é bombardeado com uma partı́cula energética e sua estrutura ini-
cial é abalada, a esse evento chamamos de reação nuclear. As primeiras experiências
envolvendo reações nucleares foram efetuadas em 1919 com Ernest Rutherford2 . Usando
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partı́culas α com energia de 7, 68 M eV , Rutherford, bombardeou o 7 N produzindo 8 O
Essa reação pode ser representada, assim como outras reações, da seguinte forma:
x + X → y + Y (2)
14 17
7 N (α, p)8 O (4)
essa é a chamada reação (α, p), já que a partı́cula bombardeante é a partı́cula α e a
partı́cula produto é o próton.
Até 1931, quando Robert Van de Graaff3 construiu o primeiro acelerador de alta
tensão, o número de reações nucleares que poderiam ser estudadas eram limitadas so-
mente por reações nucleares usando partı́culas α ou β procedentes de isótopos radioativos
naturais. Há muitos aceleradores de partı́culas diferentes, como: os geradores de Van
de Graaff, os aceleradores lineares e os ciclotrons. Que permitem estudar uma grande
variedade de reações nucleares.
Todas as reações nucleares de baixas energias, são governadas por alguns princı́pios
fı́sicos, tais como:
2
foi um fı́sico e quı́mico neozelandês que se tornou conhecido como o pai da fı́sica nuclear.
3
foi um fı́sico estadunidense e criador de instrumentos da Universidade de Princeton.
1
Figura 1: Esquema de uma reação nuclear
m x c 2 + K x + MX c 2 = m y c 2 + K y + MY c 2 + K Y (7)
2
onde mx c2 ,Mx c2 ,my c2 e MY c2 são as energias de repouso da partı́cula bombardeante, do
núcleo bombardeado, da partı́cula produto e do núcleo em retrocesso, respectivamente.
Já que as reações são dadas a baixas energias, então as energias cinéticas Kx , Ky e KY
podem ser consideradas clássicas e não relativı́sticas. Dessa forma, a energia cinética é:
P2
K= (8)
2m
e a energia cinética do núcleo bombardeado KX é nulo.
O valor Q da reação é a energia dispónivel da diferença de massa entre a partı́cula
bombardeante somada ao núcleo bombardeado e a partı́cula produto somada ao núcleo
em retrocesso, logo:
Q = ∆E = (∆m)c2 (10)
a perda de energia é ∆m, e ∆E é a energia criada. Essas reações a qual Q > 0 são
chamadas exoergicas, devido liberarem energias.
Se Q < 0, temos: mx + MX < my + MY , então Ky + KY < Kx , ou seja, parte da
energia cinética inicial se tornou em massa. Essa reação é conhecida como endoérgicas,
devido introduzir-se energia de alguma fonte externa.
3
27
no qual, núcleos de 13 Al são bombardeados por partı́culas α produzindo neutrôns e um
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núcleo de 15 P em retrocesso. Essa reação pode ser ecrita como:
4
2 He +27
13 Al →
30
15 P +10 n + Q (12)
o valor de Q para essa reação se encontra nos cálculos de deficit de massa entre a massa
antes da reação:
4
2 He = mx = 4, 00260 uam (13)
27
13 Al = MX = 26, 98154 uam (14)
30
15 P = MY = 29, 97832 uam (16)
1
0n = MX = 1, 00866 uam (17)
Q = −2, 64 M eV (23)
Essa reação é endoérgicas e não pode ocorrer espôntaneamente sem que haja uma
fonte de energia externa. Agora veremos o mesmo processo do ponto de vista da energia
de ligação BE, assim:
4
2 He +27 30 1
13 Al + BE =15 P +0 n (24)
mx + MX + BE = MY + my (25)
4
fica evidente que a energia de ligação será:
BE = −Q (27)
5
4 Referências
1. Virgilio Acosta, Clyde L. Cowan,B. J. Graham , ”Fı́sica Moderna”;