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I - instituir tributo que não seja uniforme impostos enumerados nos incisos 1, 11, IV e -/
diferença tributária entre bens e serviços, de IV - terá reduzido seu impacto sobre a
qualquer natureza, em razão de sua aquisição de bens de capital pelo
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procedência ou destino. contribuinte do imposto, na forma da lei.
(1nciso acrescido pela Emenda
Seção Jll Constitucional n° 42, de 2003) , _!
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I - trinta por cent.o para .o Estad.o, .o Distrit.o 11 - relativamente a bens móveis, títul.os e
Federal .ou .o Territóri.o, c.onf.orme a .origem; crédit.os, c.ompete a.o Estad.o .onde se
pr.ocessar.o inventári.o .ou arr.olament.o, .ou
11 - setenta p.or cent.o para .o Municípi.o de tiver d.omicili.o .o d.oador, .ou a.o Distrit.o
.origem. Federal;
Art. 154. A Uniã.o p.oderá instituir: m - terá a c.ompetência para sua instituição
regulada p.or lei c.omplementar:
I ~ mediante lei c.omplementar, imp.ost.os
.~
nãq previst.os n.o artig.o anteri.or, desde que a) se .o d.oad.or tiver d.omicílio ou residência
sejam nã.o cumu lativ.os e nã.o tenham fat.o n.o exteriór;
gerad.or .ou base de cálcul.o própri.os d.os
discriminad.os nesta C.onstituiçã.o; b) se .o de cujus possuía bens, era residente
.ou d.omiciliad.o .ou teve .o seu inventári.o
11 - na iminência .ou n.o cas.o de guerra processad.o n.o exteri.or;
externa, imp.ost.os extra.ordinári.os,
c.ompreendidos..ou nã.o em sua c.ompetência IV - terá suas alíqu.otas máximas fixadas
tributária, .os quais serã.o suprimid.os, pel.o Senad.o Federal.
gradativamente, cessadas as causas de sua
criaçã.o. § 2° O imp.ost.o previst.o n.o incis.o lI,
atenderá a.o seguinte: ("Caput" do parágraf.o
Seçã.o IV c.om redaçã.o dada pela Emenda
C.onstituci.onal nO 3, de ] 993)
'DOs'lriiposfos âos Es1ãdóse'dó Disfrito
Federal I - será nã.o cumulativ.o, c.ompensand.o-se .o
que f.or devid.o em cada .operaçã.o relativa à
Art. 155. C.ompete a.os Estad.os e a.o Distrit.o. circulaçã.o de mercad.orias .ou prestaçã.o de
Federal instituir imp.ost.os's.obre: ("Caput" serviç.os c.om .o m.ontante c.obrad.o nas
d.o artig.o c.om redaçã.o dada pela Emenda anteri.ores pelo mesm.o .ou .outr.o Estad.o .ou
C.onstituci.onal nO 3, de 1993) pel.o Distrito Federal;
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um terço dos Senadores, aprovada pela mercadoria, bem ou serviço; (Alínea com
maioria absoluta de seus membros, redação dada peja Emenda Constitucional
estabelecerá as aliquotas aplicáveis às nO 33, de 2001)
.operaçõ~s e prestações, interestaduais e de
exportação; b) sobre o valor total da operação, quando
mercadorias forem fornecidas com serviços
v - é facultado ao Senado Federal: não compreendidos na competência
tributária dos Municípios;
a) estabelecer alíquotas mínimas nas
operações internas, mediante resolução de x - não incidirá:
iniciativa de um terço e aprovada peJa
~
maioria absoluta de seus membros; a) sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior, nem sobre .~.
VI- salvo.qeliberação em contrário dos b) sobre operações que destinem a outros -'
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natureza ou acessão fisica, e de direitos nO 37, de 2002)
reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua 11 - excluir da sua incidência exportações de
_ .aquisiçãº; serviços para o exterior; (Inciso acrescido
pela Emenda Constitucional n° 3, de 1993)
IJI - serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no art. 155,11, definidos em IJ] - regular a forma e as condições como
lei complementar. (Inciso com redação isenções, incentivos e beneficios fiscais
dada pela Emenda Constitucional n° 3, de serão concedidos e revogados. (Inciso
1993) acrescido'peJa Emenda Constitucional nO
37, de 2002)
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IV - (Inciso revogado pela Emenda
Constitucional n° 3, de 1993) § 4° (Parágrafo revogado pela Emenda
Constitucional nO 3, de 1993)
§ ] ° Sem prejuÍzo da progressividade no Seção VI
tempo a que se refere o art. 182, § 4°, inciso Da Repartição das Receitas Tributárias
n, o imposto previsto no inciso J poderá:
(Parágrafo com' redação'Moa pela Emenda Art_ '157. Pertencem aos Estados e ao
Constitucional nO 29, de 2000) Distrito Federal:
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artigo não impede a União e os Estados de
condicionarem a entrega de recursos:
(Parágrafo único com redação dada pela
-Emenda-:Constitucional nO 29, de 2000)
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GIRARD~
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;) [ DIREITO TRIBUTÁRIO
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.... Prol. LUIZ
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.> Direito Tributário: t: o ramo do direito público compulsória (Forçada. Obrigatória, A
que disciplina as relações jurídicas entre o Estado obrigação nasce diretamente da iei, sem que' se·
.:;..:?:-, e os particulares concernente à instituição, interponha qualquer ato de vontade) .
j arrecaôaçáo e fiscalização de tributos.
/) em moeda (não se admite tributo expresso em
Rubens GomeS de Sousa define direito tributário unidade de bens diversa do dinheiro ou em unidade
nos seguintes termos: de serviço. Não é aceito tributo in natura - leite,
queijo, conforme vem da natureza - e in labore - em
"Direito Tributário é ó ramo do direito serviço) .
.~~
(~) público que rege as relações jurldicas entre
~..:~ o Estado e os particulares, decorrentes da A "dação em pagamento" - substituir coisa que
!
atividade financeira do Estado na qu~ se refere não seja dinheiro pela prestação devida - não é
à obtenção de receitas que correspondam ao prevista como forma de extinção do crédito tributário.
conceito áe tributo". ~ntudo, como exceção e se a lei autolÍZar é possfvel .
adação em pagamento.
Autonomia do Direito Tributário: a autonomia,
didática e cientifica, de um ramo do direitó se Que não constitua sanção (penalidade) de ato
estabelece quando cumpre, concomitantemente, ilícito (ato contràr.io a lei).
.. três requisitos. a saber: primeiro, objeto próprio de
estudo; segu'ndo. elaborar os seus próprios: Todavia, um fato gerador de tributo pode ocorrer
institutos e, por último, princípios gerais próprios:'_ em circunstãncias iIIcitas, mas essas
O direito tributário preenche e~te requisitos, tendo circunstância~ são estranhas à hipótese de
autonomia didática e científica .. incidência do tributo, por este motivo são irrelevantes
para o Direito T~ibutário. Ex.: IR. Néste imposto a
Segundo ensinamentos d~ Celso Antônio B. de hipótese de incidência é a "aquisição da .
Mello, uma disciplina jurídica é autônoma "quando disponibilidade econômica ou jurídica dos
corresponde a um conjunto sistematizado de rendimentos" - se alguém perceber rendimentos em
princípios e normas que lhe dão identidade, função da prostir.Jição ou de qualquer outra atividade
diferenciando-o das demais ramificações do Direito". ilícita. tal rendimento será tributado.
,.... Natureza Jurídica: sua natureza juridica é de Instituida em lei (decorre do principio da estrita
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direito pÚblico, uma vez que o titular do direito é o legalidade - art. 150, I, da Constituição Federal).
)
;.·.r Estado que age nesta qualidade; a natureza dos
efeitos das·normas-dedifeHo· tributário.são.. . J~()l>.racta.m~dial!~e.éltiv!~a9~admil!is!t:ati!a
"indisponíveis, obrigatórias; e o interesse tutelado plenamente vinculada (a autorídade
tem natureza pública. administrativa não goza de liberdade para apreciar
a conveniência nem oportunidade de agir. Estando
Tributo: a definição de "tributo~ e um conceito presente o Fato Gerador a autoridade administrativa
fundamental para a demarcação do direito tributário. tem que cobrar o trib'uto correspondente) ..
Está para a dogmática do Direito Tributário assim
como a definição de "norma jurídica" está para o
Direito. O art. 3° do CTN conceitua tributo nos
NATUREZA JURíDICA:
seguintes termos:
A natureza jurfdica especrfica do tributo é
"Tributo é toda prestação pecunmria
compulsória, em moeda ou cujo valor determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevante para qualificá-Ia:
nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituida em lei é a) .a denominação e demais caracterfsticas
cobrada mediànte atividade· formais adotadas pela lei;
. administrativa plenamente vlnculada u •
b) a destinação legal do produto da sua
~
• toda prestação pecuniária (Obrigação em arrecadação,
?''', moeda, Dar dinheiro. Relativo a dinhéiro.
r
-::r Pagamento para solver divida, Prestação que Observação: com o advento da Constituição
.assegure ao Estado os meios financeiros para Federa' de 1988 alguns autores entendem que não
n
4 atender seus objetivos, por isso que é de se pode interpretar de forma absoluta a letra "b •
natureza pecuniária). . Exemplo disso éa destinação do produto dos
empréstimos compulsórios e da contribuição social
para seguridade social.
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2
CLASSiFICAÇÃO DOS TRIBUTOS: Agustin Gordillo, renomado administrativista
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• A doutrina, pátria como estrangeira, procurou
argtimtino, afirma: "não há classificações certas ou
.erradas, mas classificações úteis ou inúteis". Esta
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classificar os tributos lendo em vista critérios. frase goza de grande acolhida na doutrina nacional. -#!)"
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São os tributos que incidem sobre o comércio interior. São os tributos que incidem sobre o comércio exterior. Ex.:
Ex.: IR 1\ e IE -~
FISCAIS EXTRAFISCAIS PARAFISCAIS
São os tributos em que a São os tributos que, embora arrecadem, São os tributos que se destinam a
finalidade predominante é têm a finalidade especial de servir de sustentar atividades nao estatais, mas que
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arrecadar recursos. instrumento de política econômica. É a o
Estado desenvolve pór meio de
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obrigação tributária e da base de cálculo escolhidos tem por fato gerador uma situação
pelo legislador para annar a tributação. independente de qualquer atividade
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3
/-;\ estatal específica, relativa ao repercussão, isto é, o contribuinte indicado
--- contribuinte". Pela lei para suportar, ele próprio, a carga
,.-. estatal específica relativamente ao contribuinte. Ex.: b) impostós indiretos: são aqueles que admitem,
quando pagamos o Imposto de Renda não significa em princípio, o fenômeno da repercussão, isto
que a União vai aplicar, especificamente. ao é, o contribuinte indicado pela lei tributária
-'----:-\
tem condições, pela própria mecânica da lei,
--- contribuinte que pagou o tributo. mas sabemos que
de repassar (repercutir ou transladar)a carga
,-.. aplicará em serviços gerais, seja em serviços de
saúde, transportes, educação, estradas, etc. tributária para uma terceira pessoa, que, em
última análise, é o eonsumidorfinal.
Classificação dos Impostos: podemos
classifica-los pelos seguintes critérios: Ex.: li, IE, IPI, ICMS e ISS.
-.
1°. quanto a base econômica (critério apotado 3°. quanto ao critério de sua perequação (ato ou
pelo CTN): efeito de r.epartir a carga tnbutária entre o universo
.-- dos contribuintes):
~ a) impostos sobre o comércio exterior:
~\ .,........ a} impostos fixos: são aqueles que só possuem
a-i. imposto sobre importação -11; alíquota, isto é, a lei tributária estabelece logo
uma quantia fixa a Ser paga pelo contribuinte
a-2. imposto sobre a exportação -IE. pelos diversos 'contribuintes de uma
determinada categoria econômica. Ex.: ISS
b) impostos sobre o património e a renda:
b) impostos proporcionais: são aqueles cuja lei
'.-
b.i. imposto sobre a propriedade territorial rural
estabelece uma atiquota fIXa (especifica ou
-ITR;
é
.-.~
'. ad valorem) que deverá ser aplicada sobre a
...
b.2. imposto sobre grandes fortunas - IGF; base de cálculo do tributo, também prevista
na lei tributária.
b.3. imposto sobre transmissão causa mortis e
b ..LaUquota especifica:. .é um valorem.moeda .._..
. - doaçãQ;'de~uaisquerbens ou direitos;'"
nacional, estabelecido pela lei tributária que deverá
b:4. imposto sobre á propriedade de veículos ser aplicado' a uma unidade de medida qualquer,
automótores -IPVA; '. prevista na lei tributária;
'~
~~}r--- b.2. aliquota ad vaJorem: é aquela representada
_. b.5. imposto sobre a propriedade predial e
tenitoriál urbana - IPTU; pelo percentual (%), estabelecido pela lei tributária,
que deverá ser constante da lei tributária.
b.6. imposto sobre transmissão inter vivos, a
- qualquer titulo, por ato oneroso, de ben~ Imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre Imóveis, exceto os de garantia, bem como
Ex.: IR, IPI, H,IE, ICMS, ITD e ITB!.
c) impostos progressivos: são aqueles cujas
alíquotas aumentam, nos termos da lei, na
cessão de direitos a sua aquisição - ITBI; medida em que aumento sua respectiva base
de cálculo. Ex.: IR
c) imposto sobre a produção e a circulação:
4°. quanto ao objeto de sua incidência:
c.1. produtos industrializados - IPI. a) impostos reais: são. aqueles cuja lei, ao
c.2. imposto sobre operaç6es relativas à estabelecer a hipótese de incidência (fato
/ - ;.. ,.,......
circulação de mercadorias e sobre prestações de gerador), leva em conta uma situa~o, um
serviços de transporle interestadual e intermunicipal fato, ou um atributo diretamente ligado a uma
~-
.e de comunicação, ainda que as operações e as coisa, a um determinado objeto.
prestações se iniciem no exterior - ICMS; b) impostos pessoais: é aquele cuja lei. ao
~ "':'-"
c.3. operações de crédito, câmbio e seguro, ou estabelecer a incidência (fato gerador), leva
relativas a títulos ou valores mobiliários -IOF; em conta um fato, uma situação ou um
atributo diretamente relacionado com uma
.. ~
c.4. serviços de qualquer natureza ·ISS. determinada pessoa. fisK:8oujuridica .
\.
2°. quanto ao modo de percepção: 5°. quanto ao ente tributante competente para
\.
a) impostos diretos: são aqueles que não instituir os impostos (esta competência é
:', admitem, em princípio, o fenômeno da detenninada pela Constituição Federal):
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~
4 -1
a) impostos federais: determinados pelos arts. Ainda, é importante lembrar o disposto no art. _1
147. 153 e 154. da CF e pela Emenda
Constitucional n. 3, de 17 de março de 1993:
145, § 2° da CF, o qual afirma que "as taxas não
poderão ter base de cálculo própria de
J.,
b) impostos estaduais: determinados pelo art.
impostos".
-,
.,
. 155, da CF; CONTRIBUiÇÃO DE MELHORIA: O ART. 145,
c) impostos distritais: determinados pelo arts.
111, da CF, dispõe: ~1
147 e 155. da CF; "contribuição de melhoria, decorrente
d} impostos municipais: determinados pelo art.
de obras públicas". _~1
156, da CF. Segundo.a CF para que os entes da federação
-'
~}
TAXA: O art. 145, li, da CF. dispõe:
instituam um tributo a título de contribuição de
melhoria faz-se necessário:
-,
"taxas, em razão do exercício do
poder de policia ou pela utilização,
efetiva ou poten!!ial, de serviços públicos
especificos e divisíveis, prestados ao
. contribuinte ou posto a sua disposição".
1°. a realização de uma obra pública;
.-'_,
Assim. é possível os entes da federação instituir
taxas em duas hipóteses:
extraordinária, decorrente de ~
administração pública que, limitando ou calamidade pública, de guerra externa i1.
disciplinando direito, interesse ou liberdade, ou sua iminência; . -;}
.regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à
, ___..__se_9 ura!,ça,_.à "igiell~, à_~.r~~rr1,_~_<!~. co!Stutyles,
à disciplina da produção e do mercado, ao
exerCICIO de atividade econômicas
11 • no caso de investimento público
<!!.c_~.r~!er.~l!.rgE!"-!~~. cI.e
interesse nacional, observado o disposto
no art. 150, 111, b. .
r~l~van!e ...
-,.,.,
~
,.
dependentes de concessão ou autoriz~ção do "Parágrafo Único. A aplicação dos
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
recursos provenientes de empréstimo
respeito à propriedade e aõs direitos individua.is
compulsório será vinculada à despesa
ou coletivo$".
que fundamentou sua instituição". ~,
2°. Utilização de serviços públicos específicos e Como o próprio nome está a indicar, trata~se de ,~
dívislvel. sendo que a utilização deste serviço pode um empréstimo forçado e, segundo o art. 148, da ~
")
empréstimo compulsório:
potencialmente utilizado pelo contribuinte: ......-:~
jj
quando, sendo de utilização compulsória, a) para atender a despesas extraordinárias, ~,.<:
ii1
funcionamento; ~.~.
a-2. Guerra externa ou sua iminência. ,j
- especifICO, quando possam ser destaeado~ ~
Observação: Nos casos a-1 e a-2 não há ~
em unidades autônomas de intervenção. de ~-
exigência para observar o princípio da anterioridade,
utilização ou de necessidade pública;
então podem ser exigidos no mesmo exercício -"'C.
divisíveis. quandO o suscetíveis de utilização, financeiro em que haja sido publicada a leí que o .~
r
5
b) no caso de investimento público de caráter São tOdas as demais contribuições que se
urgente e de relevante interesse destinem a atender finalidades sociaisnao inclufdas
nacional.{deve observar o princípio da as da seguridade social. Ex.: contribuição para o
anterioridade, ou seja, não podem ser salário-educação -art. 212, § 5° da CF.
exigidos no mesmo exercido financeiro em
que haja sido publicada a lei que o instituiu b) sociais para seguridade social (disciplinada
ou aumentou). pelo art. 195, da CF);
"
':,
~''7.
c";..'
Observacão: A aplicação dos recursos O art. 194 da CF, define a seguridade socia' nos
provenientes de empréstimo compulsório será seguintes tennos:
r~
~~)!
" competência exclusiva à União para instituir
contribuição soéiais para seguridade social.
contribuições parafiscais (ou especiais ou outras Por sua vez, o art. 195, da CF, disciplina as
contribuições), nos seguintes termos: formas de financiamento da Seguridade Sodal:
,--~ atuação nas respectivas áreas, observado Distrito Federal e dos Municípios, e das
o (fispo.s!<l.n()S arts~" 146, 111," «t ~~, I e 11f.~ .~se9~uin.~~.Çor1~ri~!Jiç~et>~ociaJ~: .
sem prejuízo do previsto no art~ 195, § 6°,
relativamente às contribuições a que I - dos empregadores, incidente sobre
,~.\.
, -.:
alude o dispositivo". a folha-.<f~ salário, o faturamento e o
r':~,
lucro;
-~:~ De acordo com o disposto no caplItdo art. 149,
..:: ':~,
são três as espécies de Contribuições, quais sejam: 11 - dos trabalhadores;
,~:;
/--~~. lU - sobre a receita de concurso de
ia. Sociais
;-i: prognóstico".
a) sociais (devem atender o principio da
~)
anterioridade)
Gráfico Ilustrativo:
dauniãO
~
Indireta -----il-Orçamento - dos Estados
"..- -;}',
-doDF
Formas de . dos Municípios
.--. .. "
financiamento da
Seguridade Social
/,- J~, folha de salário
Direta
---+-Contribuições
Sociais para
Seguridade social
~ - dos empregadores
---dos trabalhadores
~ fàturamento
lucro'"
concurso de
.'
progn6srico
.~l"___ ~<.,_.
<._ _ _ __......
,
--.,~
-,
~
6
As contribuições sociais para seguridade social
têm as seguintes fontes:
~
e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes "l
-
-
-
folha de salário (lei 8212/91);
o lucro -
orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos;
-.o
1)
;Q\
Imposto Sobre Operações Financeiras exercício financeiro. uma vez que hoje correspondem
::? ao mesmo penado, inicia no dia 1 0 de janeiro e
J)~ ..-. Nesses casos o poder executivo pode alterar,as termina em 31 de dezembro do mesmo ano.
.....
('). allquotas. por exemplo, por decreto.
,/"-'"::~
Exemplificando: a União criou uma lei que institui
( ..~ Além das exceções ao princIpio da legalidade
,,--.:-.:;:,-
.:~J
o ITR e publicou no dia 20 de dezembro de 1996. O
enumeradas acima. a Emenda Constitucional n. 12/
':-$- 96, em seu artigo único, faculta ao poder executivo
exercício financeiro de 1996 teve seu inicio no dia
1° de janeiro de 1996 e seu término no dia 31 de
reduzir ou restabelecer as alíquotas (nas condições dezembro do mesmo ano, ou seja, 1996_ Neste
e nos limites fixados em lei) da Contribuição caso, a União poderá cobrar o ITR, com base nesta
Provisória sobre Movimentaçi:lo ou Transmissão de lei, no exercício de 1997, ou seja, a partir do dia 1°
.. ._-1:_ Valores de Créditos e Direitos de Natureza de janeiro.
r~' Financeira - CPM F.
'41)
8 .~
~.,
Exceções ao principio da anterioridade: .não
obedece este princípio os seguintes tributos:
-~~
~
-j
,
.J
- Exportação .
extraordinárias, decorrentes
- de {constituindo-se em uma ~
-.IPI calàmidade' pública, guerra anterioridade mitigada ou
-IOF externa ou sua iminência especial, uma vez que só -/
-,
- '~.'
dias da sua pUblicação} -7
,
6. LIBERDADE DE TRÁFEGO (art. 150. V. da
da lei estadual, no que lhe for contrário"
CF)
b) Competência comum: é comum pois
A Constituição Federal de 1988 veda. aos entes
qualquer uma das pessoas políticas. ou seja.
políticos. estabelecer limitações ao tráfego de ~~'
a União, os Estados. o Distrito Federal e os
pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais
Municípios. poderá instituir taxa e contribuição
.
;;iiiIIIIa-"
.
as disposições do art. 145. incisos 11 e 111. da
poder público.
CF.
. ..--;::..:~-_._-~... __
Ir·~·
.••:,.$.1
. ::I
.:;.:"
/.,~ c) Competéncia privativa ou expressa: analisado serviço de transporte interestadual e
...~j isoladamente o art. 145, inciso I, da CF, intermunicipal e de comunicação, ainda
'~
-
.~, pessoas políticas a instituição de qualquer iniciem no exterior - ICMS;
-•.;:.} imposto. Contudo. isto não ocorre. Para a
ínstituição dos impostos a constituição 111- propriedade de veículos
(~,
disciplina quais são os impostos que cada automotores -IPVA;n
r"--"",; _ _ pessoa política poderá instituir de forma
IIArt. 156. Compete aos Municipios
expressa. Assim. por exemplo, a União é
~-..
instituir impostos sobre:
. \ competente para instituir, segundo o art. 153,
/""'
",).
- da CF, e a Emenda Constitucional n. 3, de 17·
de março de 1993, privativamente, 0&
1- propriedade predial e territorial
urbana - IPTU;
/""""...\ .......
seguintes impostos:
J 11- transmissão inter vivos, a qualquer
"'"'\-
"I - importação de produtos estrangeiros (a título, por ato oneroso, de bens imóveis.
'-'''.
~_._~'
União criou este imposto através de lei e lhe deu o por natureza ou acessão física, e de
c--.-.\....... nome de Impóstode Importação - ti); direitos reais sobre imóveis, exceto os de
,-,
-- " - exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados (a União criou este
garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição -ITBI;
~:
:-..: imposto através de lei e lhe deu o norne de Imposto 111- serviço de qualquer natureza, não
de Exportação - tE); compreendidos art.
155. 11, definidos em
lei complementar - ISS"
UI - renda e proventos de qualquer natureza
(a União criou e$~ imposto através de lei e lhe deu d) Competência cumulativa: consiste na
o nome de Imposto de Renda -IR); . possibilidade que tem a União de acumular a
competência de instituir impostos estaduais
/""-:!I,~
"
IV • produtos industrializados. (a União criou nos Territórios Federais, possibilidade que se
.".,.:)
.r"'\__ este imposto através de lei e lhe deu o nome de
_ estende aos impostos municipais se o
..,J Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI);
...... Território não for diVIdido em Municlpios. Esta
~"'\
., V - operações de crédito, cãmbio e seguro, competência se aplica também ao Distrito
ou relativas a títulos ou valores mobiliários (a Federal. que acumula em sua competênCia a
União criou este imposto através de lei e lhe deu o instituição de tributos municipais. conforme
r\""" dispões o art. 147, da CF, nos seguintes
nome de Imposto sobre Operações financeira - IOF);
r '.,· termos:
-\
-
.'.).
"Art. 155. Compete aos Estados e ao estar compreendido na competência tributária
Distrito Federal instituir impostos sobre: da União, é o que nos informa o art. 154, inciso
li, da CF:
,.
..
1.. 1- transmissão causa mortis e doação,
. de quaisquer bens ou direitos; "A União poderá instituir:
-.
r· \
"~~:~- '!IIIIIr
,....::.- \ ........
11- operações relativas à circulação de
mercadórias e sobre prestações de
1- •••••••••••••
-
J .
\
,~
~
',--../
~
10 --"
~
11- na iminência ou no caso de guerra deverá ser institufdo por lei complementar; ,~
externa, impostos extraordinários, <'li
compreendidos ou não em sua - . não poderá estar preVisto no art. 153, da CF; ;:3
']
'
.,
• comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF.
- expressa ou - expressa ou - expressa ou - expressa ou ~
,~
privativa: art. 153, CF. privativa: art. 155, CF. privativa: art. 155, CF. privativa: art. 156, CF..
- cumulativa: art. 147, - - cumulativa: art. 147, -
CF. CF.
- exclusiva: arts. 148 - - - ~
~
e 149, CF. -./
a
- _extraordinária: ,art. . ,.'-- -" - . -- - - - -'
~
Jj
--
'
Imposto de Renda (art 153, § 2°, I) e ao IPTU (art. contributiva pode ser: subjetiva. quando leváem :#
156, § 1° e 182, § 4°,11). conta a pessoa (capacidade econômica real); e
objetiva, quando toma em consideração
9. CAPACIDADE' CONTRIBUTIVA••(ART. 145,
§ 1, DA CF) manifestações objetivas da pessoa (ter casa, carro
do ano, sitio numa área valorizada, etc.) e, segundo
, _-'!~
"Sempre que passivel, os impostos o mesmo autor. a nossa atual Constituição elegeu
terio caráter pessoal e serão graduados como principio ,a capacidade econômica real do
segundo.8 capacidade econômica do
contribuinte. facuHado a administração
contribuinte.
....../,;;;:
respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei. o patrimônio, os Segundo este princípio, é vedado à União instituir\ ;;f -/~;.
tributo que não seja uniforme em todo território ~
rendimentos e as atividades econômicas
nacional ou que' implique distinção ou preferência
do contribuinte".
. ,: 77:";7"~:_-::--r:-:-.'.-::' .~...: >;; '. ,':.7--: :'"""'::'.-:_~::.v:.
.*:_ ,_o ' : - ,'-c --, . - - , - -• .J!IIII!I
;
,....;Y
r .
11
.-.0 em relação a Estado. ao Distrito Federal ou a em cada operação deve ser compensado o montante
.1
"
Município, em detrimento de outro, admitida a pago na operação anterior.
concessão de incentivos fiscais destinados a
promover .0 equilfbrio do desenvolvimento sócio A seletividade deve informar o IPI, art 153, §3°,
econômico entre as diferentes regiões do País. I, e pode informar o ICMS, art. 155, § 2°,111. Assim
estes impostos serão, ou poderão, conforme o caso,
:' E. com relação ao mesmo princípio, aos Estados, seletivos, isto é, quanto mais essencial o produto,
Distrito Federal e Municlpíos é vedado (proibido) menor ia alfquota e více-versa. '
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços.
de qualquer natureza, em razão de sua procedência 12. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
ou destino.
Em relação as imunidades tributárias, para
11. SElETMDADE E NÃO-CUMULATMDADE melhor compreensão, faz-se necessário estabelecer
um paralelo, entre incidência. não-incidência.
o princípio da nád-cumulatívidade. segundo a imunidade. e isenção. Graficamente podemos
Constituição Federal, arts. 153, § 30',11. E 155, § 20', representá-los da seguinte forma:
I, deve informar o IPI e ICMS. Segundo esse principio
,,--- ',",
, :>:} não-incidência
'"
_,',.I
,
'~'\
~ -:..'
'.
~~\
. I
c/
--
Não-incidência "- são os fatos "não previstos pelo" legislador a serem
r';\ I tributados.
Incidência === ,,- é o próprio campo da tributação;
consiste na previsão legal dos fatos a serem tributados.
~ """ !li-é a previsão constitucional que limita o poder de
J~
, tributar, de regra, veda a instituição de impostos;
- não ocorre o fato gerador do tributo;
- não nasce a obrigação tributária;
constitui-se em uma não-incidência qualificada. ,
Podem ser:
a) Objetiva:
. b) subjetiva;
Isenção ~_' . li' éa previsão legal para não pagar, de regra impostos,
~~ màs pode ser concedida as outras espécies tributárias:
,
": , - é uma modalidade de exclusão do crédito tributário;, .
~ ~- há uma situação constitutiva do fato gerador do tributo
,>
, ,
/
"\. , e, em conseqüência, subseqüente obrigação tributária,
, . todavia, o pagamento do tributo é dispensado pela lei;
,
/ - , ,'o,
, ' ',}
~
(..i..,,-; - ", .' o" •
", ~'Z::~'::~:::~:~:·~~:~~'"~~":~-~'--:-'-"'f"'~~~-:~:":,;~;?:.~
_/1
1
-J
12 ,
"
---
-~)
a) Imunidades Gerais: b) Imunidades Especificas: '~")
Inseridas no art. 150, VI, da CF, constituem-se
em uma· das limitações ao poder de tributar e,
1a. .Imposto sobre Produtos Industrializados _IPI:
(art. 153, § 3°,111, da CF)
'-'
/__l
também, uma garantia ao contribuinte, e estão
estabelecidas nos seguintes termos: Não incidirá IPI sobre os produtos industrializados j ~.J.cb-0f..0 ~
destinados ao exterior. ' .-:--
"Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é 2a . Imposto sobre a propriedade Territorial Rural
'-'
---~,
vedado à União, aos Estados, ao Distrito - ITR: (art. 153, § 4°. da CF)
Federal e aos Municípios:
~
Este imposto não incidirá sobre pequenas glebas 1 ~ r~.,
rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou II~.
g>m sua famrtia, o proprietário que não eossua outro
'-y
VI- instituir impostos sobre": imóvel.
~
patrimônio, renda ou 2
3 • Imposto sobre operações relativas à circufação ~
serviços, uns dos outros de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal de
~
Conhecida como imunidade recíproca uma vez conwnicação -ICMS: (art. 155. § 2°, X"a, b e c, da .~
que as pessoas políticas não podem, reciprocamente CF) ~
._",,!
(entre si). cóbrarimpostos sobre o patrimônio. a
renda ou serviços. uns dos outros. .O ICMS não incidirá sobre: 3
~
Esta imunidade. segundo o disposto no art. 150. .a-. sobre operações que destinem ao exterior ~4
~
,J
§ 2°, da CF. é extensiva às ~mtarquias e às fundações produtos industriarizados. excluídos os semi
instituídas e mantidas pelo poder público. no que elaborados definidos em lei complementar.
se refere ao patrimônio. à renda e aos serviços
vinculados a suas finalidade essenciais ou às delas .b- sobre operações que destinem a outros
decorrentes. Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
. combustfveis IIquidos e gasosos dele derivados. e
-J ..J
.' .. - . .
relacionados com exploração de atividade
econômicar-egidas pelas-normas. aplicáveis. a
.c- sobre o ouro, quando definido em lei como
ativo financeiro ou instrumento cambial. ~: ;J
empreendimentos privados, ou em que haja ~
,Observação: nesta hipótese, ou seja .. .9 ouro #
contraprestação ou pagaf!lento de preços ou tarifas
pelo usuário. nem exonerem o promitente comprador
como ativo financeiro ou instrumento caml:?ial,
sujeita-se, exclusivamente, à incidênCia do "imposto
""'"j
-:
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.
sobre operações de crédito, câmbio e seguro. ou .-;-a -"'!lo,
relativos a tltulos ou valores mobiliários -IOF", qevido
na operação de origem, sendo que, neste caso, a ;.o:fi
- templo de qualquer culto
aliqubta mínima será de um por cento (1%). '1
.....""'i
Esta imunidade compreende somente o assegurada a transferência do montante da
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com arrecadação nos seguintes termos:
.--,' >.,~
;$.
__--"3'.
as finalidades essenciais dos templos de qualquer
CUI~} . 30 % (trint~ por cento) para o Estado, o Distrito
Federal ou o Território, conforme a origem; -~~
~
~~?
~
- patrimônio, renda ou serviços dos . 70 % (setenta por cento) para o Município de
~.-?
#::JY II-'eartidos políticos, inclusive suas ..J
~\1 ~\J fundaç~es. das entidades sindicais dos origem. :",~
_.:.
~ () C1.,t) trabalhadores, das instituições de 4 2 • Imposto sobre transmissão inter vivos. a :;~'!:
cJm" ~'=> educação e de assistência social, sem fins qualquer tftulo, por ato oneroso. de bens imóveis.
~"('v~t" ~ . lucrativos, atendidos os requisitos da lei por natureza ou acessão física, e de direitos reais
N.V.~ A imunidade exposta nesta alínea compreende sobre imóveis, exceto os de garantia. bem como
cessão de direitos a sua aquisição'~ IIBI: (art. 156. .~-..;
-- \ (~'~ 13
do adquirente for a compra e venda desses bens OI! 3- estabelecer normas gerais em matéria de
n-l~
na Constituição, a dos respectivos fatos
Segundo a Constituição Federal de 1988. as geradores, bases de cálculo e contribuintes;
operações .de transferência de im~óveis
çiesapropriados para fins de reforma agrária são b) obrigação, lança.mento, crédito, preScrição e
imunes (muito embora o texto constitucional utilize decadência tributários; .
il
As entidades beneficentes de assistência social
que atendam ás exigência estabelecidas em lei são ®-estabelecer os termos em que será instituído
imunes as contribuJções sociais, apes~r do texto o imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII).
constitucional utilizar a expressão isentas. Cgriludo. este imposto será instituído. por lei
... ordinária; .
..
@ instituir novos impostos com fundamento na
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA competência residual da União (art. 1-54, I,);
á) .regular a competência para a instituição do
8 A expressão "legislação tributária", segundo o Imposto sobre transmissão causa mortis e doação,
/ ~ ...l art. 96, do Código Tributário Nacional. compreende de Quaisquer bens ou direitos, se o doador tiver
as leis. os tratados e as convenções internacionais. domicílio ou residência no exterior e se o de cujus
os decretos e as normas complementares que possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve
versem, no todo ou em parte. sobre tributo e relações o seu inventário proces'sado no exterior (art 155, §
/~ .> jurídicas a eles pertinentes. 1'\ 111, a e b);
LEI: já a conceituamos quando descrevemos o
principío da legalidade. informando que lei tem dupfo
® definir os produtos semi-elaborados, os quais
são exclufdos da imunidade prevista para o ICMS,
se{1tido, formal e materia.l, onde remetemos O esta~eleeida para os produtos industrializados
concursando para não nos tomar repetitivos. destinados ao exterior (<;lrt. 155, § 2°, X, .a);
Contudo faz-se·necessário conceituar (em sentido
formal e material}, como também; 'destacar as (9) ainda em relação 80 ICMS (art. 155, §~, XII,
matérias reservadas as le;s complementar e ar b, c, d, e, f e g):
ordinária:
a) definir seus contribuintes;
Lei Complementar
50/." b) dispor sobre substituição tributária;
J rt>i".~, em sentido formal: são as leis que para serem
aprovadas exígem maioria absoluta - art. 69,
'10-:-2~5~® da CF - (o quorum de votação é de 50 %
c) disciplinar o regime de compensação do
imposto;
11":' 2." S 5 -to @ metade - ~is WIõR Eles FA6M8FeS ele CeRsresee
, ~ ~~ WaeieRal~; ~ ~.' ~ ..c:Lttv n', ~-' d) fixar, para sua cobrémça e definição do
ÓlJ1. vi' "'0, ~..i () ~ y,", ~ . ' estabelecimento responsável, o local das
~ em sentido material: são leis cuja elaboração op~rfilções relativas à circulação de
já vem sugerida ou indicada no próprio texto mercadorias e das prestações de serviços;
.~ da Constituição, com O fim de complementar
~=
.;/
-,
14 awii~6. j"'
@definir os serviços de qualquer natureza. não'
compreendidos os serviços de transportes
i) imposto sobre circulação de mercadorias e ,
~.,
-'
serviços - ICMS, ressalvada a matéria
interestadual e intermunicipal e de comunicações, disciplinada por lei complementar
ainda que as prestações se iniciem no exterior (art.
156,111);
estabelecida nos itens "7" a "9"); ,y
fi imposto sobre a propriedade de veiculas :)
@fixarasaHquotas máximas do ISS (art. 156. automotores -IPVA; -::,
§ 3°, I); ,
I)
territorial urbana -IPTU;
imposto sobre transmissão de bens imóveis
-ITBI;
,-~
')
.~'.
./-'.
~ "
,, ~,
recursos de que trata ó art. 159.00 CF, especialmente n) taxas;
.~/
econômico entre Estados e entre 'Municipios (arl p) contribuições sociais estabelecidas pelo art.
161. 11); 195,',11 e 111 (contudo, outras fontes de ~ita
.~obre
para a seguridade social deverão ser
@diSPOf o acompanhamento" pelos
beneficiários. do cálculo das quotas e da liberação
instituidas por lei complementar. conforme ,~
descreve o item "16");
das participações previstas nos arts. 157. 158 e 159. _"1
q) impostos extraordinários;
da CF (art. 161.111);
~
@instituir outras fontes destinadas a garantir a
manutenção ou expansão da seguridade social (arl
.-:-2- A lei poderá -atribuir ,a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de responsável pelo
~
195. §4°).
Lei Ordinária
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato
gerador deva ocorrer posteriormente, "assegurada a
-'
~,
~)
'-
,~
4- determinar medidas para que os
1- instituir os seguintes tributos: ,~
b} imposto de exportação;
c) imposto de renda 5- informar os critérios da generalidade. da ~
'il
universalidade e da progressividade aplicados ao
d} imposto sobre produtos industrializados; imposto sobre renda e proventos de qualquer
e) impostosobre operações financeiras; natureza -IR (art. 153, § 2°, I);
~
"
~ imposto sobre a propriedade territorial rural; 6- definir pequenas glebas rurais (art. 153. §4°);
g) imposto sobre grandes fortunas (mas os 7- definir o ouro como ativo financeiro ou
termos em que será instituído este imposto instrumento cambial para fins de incidência do IOF
será estabeJecido por lei complementar - art. (art. 153, § SO);
153, VII); .
8 - estabelecer as exigências as quais as
h) imposto sobre transmissão causa mortis e entidades be'neficentes de assistência social
doação de quaisquer bens Oll direitos (não deveram atender para gozar de imunidade da
confundir a matéria' regulada por lei contribuições sociais (art. 195, § 7°. da CF).
complementar descrita no ítem "7");
15
Observação: não constitui majoração de tributo a
atualização do valor monetário da respectiva
Fenômeno da Recepção: é umadas técnicas
base de cálculo.
,.r ~
.)
de reconhecimento das leis. Ocorre quando o
sistema reconhece a existência da lei, sua validade UI - a definição do fato gerador da obrigação
(formal e material) e sua eficácia. tributária principal, ressalvado o disposto o
disposto no inciso I do § 3° do art. 52, e do seu
A lei n° 5.172. de 25 de outubro de 1966, que sujeito passivo;
"dispõe dobre o sistema tributário nacional e instituí
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Observação:
.. Estados e Municípios". é uma lei, formalmente,
ordinária. Com a nova Constituição Federal, - a ressalva contida neste inciso está revogada.
r~
:"1 publicada em 05 de. outubro de 1988, por força de
IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua
seu art. 146, m. exige lei complementar para
base de cálcuJo, ressalvado o disposto nos arts.
disciplinar a matéri<l inserida no CTN e, por isso,
Jt; 21,26,39,57 e 65;
estaria revogado. Contudo. o art. 34, § 5°, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias Observação:
.. ADCT, deu validade e atribuiu força de 'lei
complementar a Lei 5.172/66 - CTN. nos seguintes a ressalva deste inciso estão revogadas;"
termos: .. prevalecendo somente para fixar as alíauotas
dos impostos de importação, exportação.
"Art. 34 - Vigente o novo sistema sobre produtos industrializados. sobre
tributário nacional, fica asségurada a operações financeiras e CPMF, atendidas as
aplicação da legislação anterior. no que condições e os limites estabelecidos em lei.
, não seja incompativel com ele ••."
V - a cominação de penalidade para as ações
1
esta modalidade de decreto para suprir a
omissão do legislador. desde que não
invadam as reserV$s da lei, isto é, matéria
que só por lei podem ser reguladas;
b) . decreto regulamentar ou de execução: é o
,
.~
~
-_.-'
"J
".~
1
11
.. que visa explicar a lei facilitando sua
execução. e..t-L~1jR (e".j•• 1""'j~~ ~
JI
~
''--~J -.I e.. -~\ .j;<!
m Em matéria tributária, o CTN aceita somente o ~" é..J
r
.,.~
§ 2°· Medida provisória que implique "Art. 99 -O conteúdo e o alcance dos ., ~
instituição ou ~ajoração de Impostos. decretos restringem-se aos das leis em .c::'l
exceto os previstos nos artes. 153,1, 11, IV. 1i!
função das quais sejam expedidos, ·0
V. e 154, n, só produzirá efeitos no determinados com observância das ;;;
exercício financeiro seguinte se houver regras de interpretação estabelecidas ~:1
,;;;
sido convertida em lei até o último dia nesta Lei". ..~
~_ .daglJel~El',"gu_e fc:>i _ec:llta.t.ta . - ~- ~- ~.- - - _o. _ ......_ - ~_~ _~" "~ ____••• ___...• _ ... .___ .~.
~~
-:~
.;1
NORMAS COMPLEMENTARES ~ -~
-; .;J
TRATADOS E CO.NVENÇÕES
INTERNACIONAIS
São atos emanados do Roder executivo, os quais
limitam-se a esclarecer o sentido das normas .que
complementam.
.. "Art. 100 São normas
. t
~
~,
._~
.:;
~~
~
"Art. 98 - Os tratados e as convenções complementares das leis, dos tratados e
internacionais revogam ou modificam a das convenções internacionais e dos
legislação tributária interna, e serão decretos:
observados pela que lhes sobrevenha".
1- os atos normativos expedidos pelas ~
Sacha C. N. Coelho, em sua obra"Comentários autoridades administrativas; {são as
à Constituiçao.(je 1988", assim trata do assunto: instruções normativas, portarias, etc.}
11- as decisões dos órgãos singulares
"O art. 98 do CTN não tem o alcance que parece .
ou coletivos de jurisdição administrativa,
ter. Os tratados e convenções intemadonais - que
a que a lei atribua eficácia normativa; (as
são atos celebrados pefo Executivo através do
decisões administrativas oriundas de órgão
Presidente aLI ministros plenipotencíários - só
singular - Delegados da Receita Federal.
revogam ou modifICam a legislação tributária, após
Superintendentes, etc. - ou de órgãos
aprovados pelo Congresso Nacional, através de
coletivos Conselhos de Contribuintes - são
decretos legislativos. transferindo-lhes matérial e -.~
consideradas normas complementares
formalmente o conceito de lei. Não configura
quando a lei atribuir eficácia normativa)
exceção do principio da legalidade, conforme o art.
59, vr da CF encartado na Seção do processo 111 - as práticas reiteradamente
legislativo ~. observadas pelas autoridades
administrativas; (são os costumes
'"
,,';;;:
administrativos);
1JJ1JIIII~ __
,r"
"-
,,.;::p 17
IV - os convênios que entre si interesses antagônicos entre as partes. o que
celebrem a União, os Estados, o Distrito não ocorre nos convênios);
Federal e os Municipios. (cumpre observar
que convênio e contrato guardam Parágrafo único. A observância das
semelhanças, Ambos são acordos de normas referidas neste artigo exclui a
r-, vontades, contudo o que basicamente os imposição de penalidades, a cobrança de
'ir distingue é o fato de que nos contratos há juros de mora e a atualização do valor
' . monetário da base de cálculo do tributo".
~~
r'-~
Grá fico Ilustrativo:
Constituição Federal
r, - emendas à Constituição
:-,....
leis complementares
leis ordinárias
~)~~ Leis ~ .. leis'd~legadas
medidas provisórias
decretos legislativos ( ~tU>'íO
- resoluções (M,/tY~'VZ'..) ,
" " ~·'rF,. '-~ ..(JJVÍ'I).&)~
,.",,-''''(.)1
_, ._ !ratad9~ e c~nvénções ! ( ,#/W> ftfj'''ó'' 'JW.;vlh ~'li ,"
r,
-,
r;"",.......
r\
.. ":--::.:-~~.~.,,"
·-"·"-~·.--""-·:-~--:::::-::'-~;;:-~~::"':·:~;'Jl::5;:::>:;·-:;-~
-->
~,
18 ~)
)
dois) anos após a criação do C:rN. O que já foi isenções, salvo se a lei dispuser de ~}~
expo.sto quando explicamos o ·fenômeno da maneira mais favorável ao contribuinte, ~
recepção. e observado. o disposto no artigo 178". .~
~~~
li
O art. 101 do CTN juntamente com ~ observação terceiro: se a legislação em exame não estiver ~
exposta acima, significa que para sabermos o disciplinada pela Constituição de 1988. não for o .~
~
momento (vigência temporal) e o lugar (vigência caso das ressalvas do CTN e nem prever a data que _/:.::3
espacial) em que a legislação tributária adquire entrará em vigor, deve ser observado as disposições ",-~ ..
. ...:;,
legais aplicáveis às normas jurídicas em geral. ou . /
~~.ºº: se não estiver prevista na Constituição, § r A vlgencia das leis, que os ----!......"":;.:
deve ser observado se é caso das ressalvas previstas governos estaduais elaborem por ~.., ..
no Código tributário Nacional. arts. 102 a 104; autorização do Governo Federal,
"Art. 103 - Salvo disposição em depende da aprovação deste e começará --""-~
/ff;
.. ",
P_·,,:.<·~+t~0';;:~·~~i:~~~~' ·.,.:...,{~;'?:~F~:~
19
(este parágrafo. elaborado sob o regime § 1'" - A lei posterior revoga a anterior
constitucional de 1937. já não tem aplicação . quando expressamente o declare,
desde a Constituição de 1946). quando seja com ela incompativel ou
quando regule inteiramente a matéria de
§ 3" Se, antes de entrar a lei em vigor, que tratava a lei anterior.
ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo § 2° - A le' nova, que estabeleça
e dos parágrafos anteriores começará a disposições gerais ou especiais a par das
correr da nova publicação. já existentes, não revoga nem modifica
a lê; anteríor:~ .
§ 4° As correções a texto de lei já em
vigor consjderam~se lei nova. § 3'" - Salvo disposição em contrário, a
lei revogada não se restaura por ter a lei
Art. 2" - Não se destinando à vigência revogadora perdido a vigência (este é o
temporária, a lei terá vigor até que outra efeito repristinatório - vedado por nosso
a modifique ou revogue. sistema jurídico}".
~
- Contribuições Parajj~l"ais:
J~ ~ . exceç~~ . .<::{)nt~i"?l~~es_~,~iais.{f9? ?i~dS)~ ..__.__
~-:I1~\l._Geht~í!.r?:J:tiP- .YWI ~ - empre"lImo compu SOflO e!'pesa
Cftnv tV ~) v;ÚJca-.M- . extraordinária deç{lrrente de
calamidade .pública. guena externa
~ l CV ~ dA fLlO- ou sua iminênci~i."·
AM.
~v'
MA ())J/lJ:í9
j
os atos normativos expedidos pelas
'~lItoridades adrnini!>1rativ311 li> - na data da sua publicação
~s decisões dos órgãos singulares ou .
coletivos de jurisdição admini"trativa. ---to- 30 (trinta) dias após a data da sua
a que a lei atribua eficácia normativa publicação
os convênios que entre si celebrem a
ReR'ialvas da CTN {Ioião. ()!; EstadoS-. o Distrito Federal e
os Municípios .. na data neles prevista
- que definem novas hipóteses de
- lei referentes / incídên1cia ""'
a impm;tos L-.- que extinguem ou reduzem ~ no primeiro dia do
~bre O patrimônio isençôes, salvo se a lei exercício segtlinte
ou a renda dispuser de maneira mais àquele em que ocorra
favorável ao contribuinte. e a sua puhlicação
observado o disposto no artigo
178",
--'
~l
,}
20 .~
b) quanto a vigência espacial! - legislação expressamente interpretativa é j
aquela que não inova, limitando-se a
Neste caso quer se saber o lugar em que a lei esclarecer dúvidas surgidas com a lei anterior. -,)
deve ser.observada. Em razão da soberania estatal. -)
a legislação aplica-se no espaço delimitado pelas Observação: quanto a ser "excluida a aplicação
fronteiras. A regra é que a legislação tributária deve de penalidade á infração dos díspositívos ')
n
ser observada apenas no território da pessoa política interpretados , tal afirmativa não é absoluta, somente J
que a promulgou (princípio da territorialidade). diz respeito à má interpretação da legislação, não
Contudo. isto não deve ser aplicado de modo há sua total inobservância. -]
absoluto. uma vez que os seres humanos ~)
relacionam-se com pessoas de outros países, 2°. tratando-se de ato não definitivamente
estados e municfpios e. por isso excepciona a julgado (atos que podem ser modificados): ,-1
possibilidade da legislação vigorar fora dos a) quando deixe de defini-lo como infração; ~
respectivos territórios (princípio da
-]
extraterritorialidade), mas somente nos limites em b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios qualquer exigência de ação ou omissão. desde ~
de que participem. ou do que disponham o CTN ou que não tenha sido fraudulento e não tenha ~)
outras leis de normas gerais expedidas pela União, implicado em falta de pagamento de trib'!to;
É o que nos informa0 art. 102. do CTN, nos seguintes ':3
c) quando lhe comine'penalidade menos severa
termos.
"l
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA
lhe reconheçam extraterritorialidade os
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
~
convênios de que participem, ou do que
disponham esta ou outras leis de normas
Art. 107 • A legislação tributária será
:J
gerais expedidas pela União".
interpretada conforme o disposto neste
Capítulo.
;, Art. 110 - A lei tributária não pode A primeira utilização quando o sentido da lei é
alterar a ..definição, o conteúdo e o explicado por lima outra lei; a segunda, quando
alcance.de institutos, conceitos e formas
provém dos doutrinadores e a terceira. é a
de direito privado, utilizadós, expressa ou interpretação rçiterada que os tribunais dão a lei.
(~\ implicitamente, pela Constituição
.,j;
Federal, pelas Constituições dos Estados,. 6°. Extensiva e restritiva:
(~,;.) ou pelas leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para d~finir A primeira se utiliza para ampliar o sentido do
ou limitar competências tributárias. texto da norma. com o fim de abranger hipóteses
- interpretação:
semelhantes e. a segunda, quando se procura conter
o texto la lei, para que não alcance outras hipóteses.
/~~) - Conceito: é o meio de desvendar e entender o
sentido e o alcance da norma jurídica. Pressupõe a
7°. Mais favorável ao acusado:
~i
I - suspensão ou exclusão dó crédito - à autoria, imputabilidade. ou punibilidade;
tributário;
- à natureza da penalidade aplicável, ou à
11 - outorga de isenção; sua graduação.
-
1
t de direito público. prevista na lei descritiva do fato.
pelo qual o fisco (sujeito ativo) pode exigir do sujeito
ou contribuinte e indireto ou responsável tributário); .,"
I ..,
.~.
passivo uma prestação. 3°. espadaf: é o local onde ocorre o fato gerador. -.
Elementos estruturais:
~
simples fato da sua inobservância, 2°. quanto ao tempo de sua realização: )J
~onverte.se em obrisação princiêâT ~l
I - Luciano Amaro apresenta a seguinte
~f ~Iativamente a R!tn~..!de pecuniária.
~,'
<t-:"
classificação:
Fato Gerador a) fato gerador instantâneo: é aquele que se .~
li
-~-
inicia e se completa em um só instante.
Conceito· "no sentido integrai, fato gerador do :)
tlilJoto. é {} rxmjlmto dos pressupostos abstratos Exemplo: li. IE. IPI. ICMS. ITBI. ISS. "':l!o
clesr:ritas nA l10rma de direito material. de cuja ~
b) fato gerador periódico: é aquele que leva tode
concreta realização decorrem os efeitos jurídicos
previstos-, segundo Rui 8. Nogueira. um período de tempo para se completar.
·-~3
, ........ ~c •
r~-'··
,
~\
-,,9
':i
- Exemplo: ITR
I . da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos;
,.=?"-ff"-"
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, ..
-
.
11 - Pa~a AmIlcar de Araújo Falcão o fato gerador
é dividido em instantâneo é COnipléxivos (os
bem como da natureza do seu objeto ou .
. dos seus efeitos;
periódicos são, também, chamados de complexivos
r-' \ . completlvos., continuados' ou de formação 11' - dos efeitos dos fatos efetivamente
<j .
r,,~
sucessiva): .... ocorridos" .
)
."oi..
tb((,~ .,ÜJ ~ .;dI:J. O-:~Ctr1'Y'~í"r,-
a} fato gerador instantâ.neo: ,são aqueles que.
JlJ~ !J.ftY')
r.', ocorrem num momento dado de tempo e que
hr ~ ~c.õ:P ~
. ~~l9::- cada vez que serguem, dão lugar ma 'uma
b) nova
Ç.1 ..relação obriQacional autônoma, ' J..c.,.
de~/fovos. ~upe~6dicos: ~ .~ 0:.!;..-~'"
o.- n!JN1
,a o !:!eradorco I ." ... QIV' - ' .
CI"'Dnstãncias~
globalme t .
~" d.<
ôU-1<Q!1lY!1llLdoJatoS." .
acontecImentos: L'r.' 6"
. a fIX)
11ft
1Ji)J.
fJt
= ,_..:...
O
. n e conSiderados. . ' 'l\f\)l..JJ\p
co~~r~,6c~~::~~~r:~:ó:~Ç:~i;::íf:= ~.v
ge7~:~a~::=~~;:~:::~:u.à:::~::s~aio.' . : ."..'J?'/ .'
desde o'Moment#-êin ~';se:YérifKluem ~/ .
.. fls;eircunstâ'ncias~matériáis nêêeSdrjasa"'~~'".
que produ~~efe.itos.,q~nor.matineÍlte·.'<::;, . ........ //
/~ ..:
em contrário, os atos ou negócios
, j.~rid,c.os ; co~di,c:~~najs r~put~.~-se
.' per:teit'?~ ~ ~~!,ado,s: ': _:':- ',"'
p' r~%: "",,00 NJW'\ Cvf'
o.r\!
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"'" surge: c01p,~
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~ ~ ._1
'_f'
.,
~ ...."_·.. ~~.1 ~"""w'.' .... _ ....-l.~_-
objeto: p~g~m~y,to de;ttibutq._ft~\J?~naliq~d,e
~_..... ,~C ......._ . ..." ',o
..)
..
()b..igação~
extingue-se: com o crédIto delã decorrente.
.,-:I
~
os atos e
negócios
(COndiÇãO suspensiva: desde o
momento de seu implemento:
...
.~
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~
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jurídicos .~
condicionais . ~~
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;~~:.:
,
( .:~
'~~
/'--"\
\,;--f:J Sujeito Ativo
25
Ir-,.
não constitui delegação de competência o
.,
:'-.:;..' cometimento, a pessoa jurídica de direito
O CTN define sujeito ativo nos seguintes termos:
\ privado, do encargo ou da funç;ao de arrecadar
~;;;;? "Art. 119 • Sujeito ativo da obrigação tributos.
,.J é a pessoa iurídica de direito público
/~ '\ ,.,.....
titular da competência para exigir o seu "Art. G - A atnDuição constitucional de
,'~ \;.J
Jr-..... cumprimento"• competência tributária compreende a
competência legislativa plena,
ê~
r\
Face o conceito exposto no dispositivo citado
acima, faz-se necessário distinguir a competência
ressalvadas as limitações contidas na
Constituição Federal, nas Constituições
/:'{ para instituir tributos, da competência para exigir o dos Estados e nas leis Orgênicas do
:,~-j;;
seu cumprimento. Distrito Federal e dos Municfpios, e
~~::-..\ observado o disposto nesta lei.
;'\
.~::, competência para instituir tributos: é
r:~ ~ determinada pela Constituição Federal, sendo
indelegável e, seu não-exercício não a defere
Parágrafo único. Os tributos cuja
receita seja distribuída, no todo ou em
.y\
,.~::;;;~ .,a pessoa jurldíca de direito público div.ersa parte, a outras pessoas jurfdlcas de direito
r- .~,
daquela a que a Constituição a tenha atribuido, público per.tencem à competência
:. ~2Zi
'-',
~tJ
.-. conforme dispõe o art. fó e 8°, do CTN. legislativa daquela a que tenham sido
atribuídos.
r"\ Exemplificando: o art. 153, VII, da CF, atribui
·-diJ competência à União para instituir imposto Art. 7 - A competência tributária é
::] sobre grandes fortunas. A União ainda não indelegável, salvo atribuição das funções
r) ,- instituiu este imposto. As outras pessoas de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de
~- políticas não poderão institui-los. executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária,
- competência para exigir o seu cumprimento conferida· por uma pessoa jurídica de
(também chamadas de capacidade tributária direito público a outra, nos teimos do § 3
ativa): é possível a delegação das atr!buiçães do artigo 18 da Constituição.
das funções de arrecadar ou fiscalizar tribUtos.
ou de executar leis. serviços, atos ou § 1 - A atribuição compreende as
decisões administrativas em matéria garantias e os privilégios processuais que
tri~ária:.. Esta_d~leg.aç~()_~º.é. ºº!?~ív.e! .S.EL competem à pessoa jurídica de direito
forconferlda por uma pessoajurldica de direito . público qtre-a conferir. -
pÚblico a outra pessoa jurrdica de direito
§ 2 - A 'atribuição pode s~~ revogada,
público.
a qualquer tempo, por ato unilateral da
Exemplificando: a CF em seu art. 149, atribuí pessoa jurídica de direito público que a
competência à União para instituir tenha conferido.
contribuições sociais. A União, através de
§ 3 - Não constitui delegação de
lei, exerceu esta competência instituindo as .
competência o cometimento, a pessoas
contribuições e delegou ao INSS (Instituto de direito privado, do encargo ou da
Nacional do Seguro Social) a competência função de arrecadar tributos.
para exigir o seu cumprimento. ou seja,
arrecadar, fiscalizar, etc. Art. 8 O não-exercício da
Observações: competência tributária não a defere a
pessoa jurídica de direito público diverSa
- na grande maioria dos casos, a pessoa daquela a que a Constituição a tenha
polftica titular da competência para instituir o atribuído."
tributo não delega as funções para exigir o
seu cumprimento. Ex.: A União é competente Ainda em relação ao sujeito ativo. quando é criada
para instituir o ITR e arrecada, fiscaliza, etc., uma nova pessoa jurídica de direito público, mediante
o mesmo imposto; desdobramento territorial de outra, isto ocorre quando
um Município ou um Estado é subdividido em outro.
delega as atribuições de arrecé!dar, fiscalizar, Este novo Município ou Estado assume os direitos
etc. compreende as garantias e os privilégios daquele e continua a aplicar a legislação anterior
processuais que competem â pessoa jurídica enquanto não entre em vigor a sua própria legislação.
de direito público que a conferir; salvo se houver disposição de lei em contrário, é o
- a delegação da atribuição pode ser revogada, que noS informa o artigo a seguir transcrito.
a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa
"Art. 120 - Salvo disposição de lei em
jurídica de direito püblico que a tenha
contrário, a pessoa jurídica de dir~íto
confendo;
-::-."':~:~,~-::.:::'~~'~"::-::-:~.~: '~'::- -:';":',;;.:::';-:r~~
,~,
-~
26 _~J
obrigação acessória é a pessoa obrigada b.1;1. responsável por substituição: a lei, desde ~-4J',
às prestações que constituam o seu a'ocorrência do fato gerador, coloca uma terceira ':\
....-;,'$
objeto", pessoa no lugar do contribuinte (substituindo o
contribuinte) que se quer chega a fazer parte da
;.' -;Y)~
Observação: relação jurídica tributária; - _.l
"Art. 123 - Salvo disposições de lei em b.1.2. responsável por transferêncía: a lei. em ~J
contrário, as convenções particulares, razão ·de um fato posterior à ocorrência do tato
relativas à responsabilidade pelo gerador, passa (transfere) a obrigaçaotributária para
pagamento de tributos, nlo podem ser uma terceira pessoa. Neste caso, o sujeito passivo
opostas à Fazenda Pública, para originário pode ser chamado a cumprir a obrigação
modificar a definição legal do sujeito tributária, em caráter solidário ou subsidiário,
,.,
.'"
-,,'li!'
.~
·--------------passivo -das . obdga.ções._ trib.utária S -'c()fjforme-dispuser -a-Ieb '()·CTN-arrola . quatro ..-~j
,..;
'. .Segundo o CTN, o sujeito passivo da obrigação transferênCia, a saber: ,.
tributária principal diz-se: contribuinte (sujeito b.1.2.1. solidaríedade tributária passiva (~rts. 124
passivo direto) e reSponsável (sujeito passivo e 125);
indireto), assim, é necessário estabelecer seus ~.
é a pessoa, ffsica ou juridica. que possua devedor, cada um com a responsabilidade pela
relação pessoal e direta com a situação que integralidade da obrigação. -{
indica como tal e. por isso, assume o dever de - as pessoas expressamente designadas por
recolher o tributo, podendo, entretanto, em alguns lei
casos, transferir o ônus tributárío para outrem;
Observação: a solidariedade tributária não
a-2. contribuinte de fato: é a pessoa que, embora comporta benefício de ordem.
não possa ter a responsabilidade legal pelo
Salvo disposição de lei em confrário, são os
recolhimento do tributo, acaba por suportar o
seguintes os efeitos da solidariedade:
respectivo ônUS tributário, pagando-o, via de regra,
ao comprar'um bem ou serviço, cujo preço é o pagamento efetuado por um dos obrigados
adicionado o valor do tributo. aproveita aos demais; .
~."<.
.-..."~
.
27
- a isenção ou remissão de crédíto exonera pessoas jurídicas de direito privado,
todos os obrigados. salvo se outorgada quando a exploração da respectiva
pessoalmente a um deles. subsistindo, nesse atividade seja continuada por qualquer
casQ. a solidariedade quanto aos demais pelo sócio remanescente, ou seu espólio, sob
saldo; a mesma ou outra razão social, ou sob
firma individual.
- a interrupção da prescrição, em favor ou contra
um dos obrigados, favorece ou prejudica aos Art. 133 - A pessoa natural ou juridica
demais·. de' direito privado que adquirir de outra,
por qualquer titulo, fundo de comércio ou
b.1.2.2. responsabilidade dos sucessores (arts. estabelecimento comercial, industriár ou
129a 133); profissional, e continuar a respectiva
"Art. 129 - O disposto nesta Seção exploração, sob a mesma ou outra razão
aplica-se por igual aos créditos tributários social ou sob firma ou nome indivíduaf•.
definitivamente constituídos ou em curso responde pelos tributos, relativos ao
de constituição à data dos atos nela fundo ou estabelecimento adquirido,
referido~, e aos constituídos devidos até a data do ato:
posterionnente aos mesmos atos, desde I - integralmente, se o alienante ceSsar
que relativos a obrigações tributárias a exploração do c0"lércio, indústria ou
.surgidas até a referida data. atividade;
Art. 130 - Os créditos tributários n-~~idiariamente)com o alienante,
relativos a impostos cujo fato gerador seja se este prosseguir na exploração ou
a propriedade. o dominio útil ou a posse iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar
de bens imóveis, e bem assim os relativos da data da alienação, nova atividade no
a taxas pela prestação de serviços .. mesmo ou em outro ramo de comércio,
referentes a tais bens, ou a contribuições indústria ou profissão.
de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando b.1.2.3. responsabílidade de terceiros (arts. 134
conste do Utulo a prova de sua quitação. e 135);
Parágrafo único. No caso de Art. 134 - Nos casos de impOSSibifidade~
arrematação em hasta pública, a sub de exigência do cumprimento da
--- ._- --------rogação-ocorresobre Oftspectivopreç.o., ,.obrigaç,jopri~~ip~1 J?,~IC?_~ontribui!l!!' ~
.
respondem sohdanamente com este nos Sffo-i..i~~
Art. 131 - São pessoalmente atos em que intervierem ou· pelas
responsáveis: omissões de que forem responsáveis: ,
I - o adquirente ou remetente. pelos I - os pais, pelos tributos devidos por
tributos r.elativos aos bens adquiridos ou seus filhos menores;
remidos; .
11 - os tutores e curadores, pelos
11 - o sucessor a qualquer titulo e o' tributos devidos por seus tutelados ou
cônjuge meeiro, pel~ tributos devidos curatelados;
pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta 111 - os administradores de bens de
responsabilidade· ao montante do terceiroS, pelos tributos devidos por estes;
quinhão, do legado ou da meação;
. IV - o inventariante, pelos tributos
111 - o espólio. pelos tributos devidos devidos pelo~spó~ ~ .
pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão. V - o sindico e o comissário. pelos
tributos devidos pela massa falida ou pelo
, Art. 132 - A pessoa jurídica de direito concordatário;
\ privado que resultar de fusão,
j f} Qp./iD (]v \ transformação ou inco.rporação de outra
VI - os tabeliães, escrivães e demais
,r--. \ '; , "" ~ j ou em outra é responsavel pelos tributos
serventuários de ofício, peJos tributos
. ':;." W.L(fr/.o.f-.;o..0 .!
devidos até a data do ato peJas pessoas devidos sobre os atos pratiCados por eles,
ou perante eles, em razão do seu ofício;
O ~íth\J) \ jurídicas de direito privado fusionadas,
+-, _...l. ,-/,_",,' transfonnadas ou incorporadas.
.R..rr\Jv,.;r)(/.,.A./'r{'i.)./YV'o/V t VII - o~ sócios, no caso de liquidação
! Parágrafo único. O disposto neste de sociedade de pessoas.
,- artigo aplica-se aos casos de extinção de
,
-_?' ,~
.. ::::::~-' ,~.~-~,..,..~~,
,':~" .
,.....
28 -<
-
..-. '-.c
--
I - as pessoas referidas no artigo
.~)
anterior; . ~'IfW~.
~repoy;toS)e
!' - os
mandatários,
empregados;
l~
direta e exclusivamente de dolo ,f 6 ., 11 'i u I - ~:J
'0'{
especifico: ~V'vVJ"
Domicílio Tributário . -:_'1
1-I l' a) das pessoas referidas no artigo 134,
contra aquelas por quem respondem; Nos termos do CTN, domicilio tributário, em outras
;§ 'â palavras, é o local onde o sujeito passivo manterá.
b) dos mandatários, prepostos ou relação com o sujeito ativo (fisco), '
.<j>
../'
.~.
~~"
,,' ;-,:"",<:'é·:";!"';~r:·;;;-::.::~-<...~:" ':-;'-."",-::,:,,:-.~: 7_·-;;:'r7:;;.~':~~'i"';-~-;' --c ."_0_,"'"'" .~._.~ ___.. ,~_~ ~.~ . :::J
29
.~ quando não couber a aplicaçã~- das' regras - o lugar da situação dos bens ou da ocorrência
fixadas acima. considerar-se· á eqmo domicílio dos atos ou fatos que deram origem à
tributário do çontribuinte ou responsável obriaação
"Art. 127 - Na falta de eleição, pelo CRÉDITO TRIBUTÁRIO
contribuinte ou responsável, de domicilio
tributário, na forma da legislação Conceito: consiste na formalização da
relàção
aplicável. considera-se como tal: jurídico tributária, possibilitando ao sujeito atiVo exigir
do sujeito passivo, contribuinte ou responsável, o
I - quanto às pessoas naturais, a sua cumprimento da obrigação tributária principal da qual
residência habitual, ou, sendo esta decorre.
incerta ou desconhecida, o centro
Jia6itual de sua atividade;(~~) Natureza: ~o crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza destan ,
--- .. '-- ----11 -.quanto ~s-pessoas-juridicas-de-
-">
,'aireito privado ou às finnas individuais, Observação:
o lugar da sua sede, ou, em relação aos
atos ou fatos que derem origem à - as circunstâncias que modificam o _<;:_rédito
obrigação, o de cada estabelecimento; .tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou
às garantias ou os p.!ÍVilégios a ele atribuídos,
111 - quanto às pessoas -jurídicas de . ou que excluem sua exigibilidade não afetam
direito público, qualquer 'de suas à obrigação tributária que lhe deu origem.
repartições no território da ~mtidade
tributante. o crédito tributário regulannente constitufdo
somente se modifica ou extingue, ou tem sua
§ 1 - Quando não cou~r a aplicação exigibilidade suspensa ou excluída. nos casos
das regras fixadas em qualquer dos previstos no CTN, fora dos quais não podem
incisos' deste artigo, considerar-se-á como ser dispensadas. sob pena de
domicilio tributário do contribuinte ou responsabilidade funcional na forma da lei. a
responsável o lugar da situação dos bens sua efetivação ou as respectivas garantias,
ou da ocorrência dos atos ou fatos que
deram origem à obrigação.
--~"'-'- --~'_-.-.~:",:-~,
;:~::.:.:::"'-~ <-, "~-.-:~: ··-:T2:!·:;:~,:~~~=::·.'· ~
....I.
J
-'
j
30 J
Competência para constituir o crédito tributário Alteração do lançamento: ,J
.~
pelo lançamento: privativa da autoridade _J
O lançamento regularmente notificado ao sujeito
administrativa.
passivo s6 pode ser alterado em virtude de: _.)
Características:
I - impugnação do sujeito passivo; 1
- é atividade administrativa, vinculada e -J)
obrigatória. sob pena de responsabilidade 11 recurSO de oficio;
funcional; ~
. 111- iniciativa de oficio da autoridC3de administrativa,
,~)
- quando o valor tributário esteja expresso em nos casos previstos no artigo: 149, do CTN
moeda estrangeira, no lançamento far-se á
Mudanças de critério jurldico:
J
sua conversão em moeda nacional ao câmbio --)
do dia da ocorrência do fato gerador da A modificação introduzida, de ofício ou em
obrigação, salvo disposição de lei em conseqüência de decisão administrativa ou judicial,
J
contrário. nos critérios jurfdicos adotados pela autoridade _J
administrativa no exerclcio do lançamento somente
"Art. 142 - Compete privativamente à pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito
J
.. autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pel& la nçamento, assim
passivo, quanto' a fato gerador' ocorrido =:J
entendido o procedimento administrativo
posteriormente à sua introdução.
,.~
tendente a verificar a ocorrência do fato . Espécies ou modaUdades de lançamento ~
gerador da obrigação correspondente, tríbutário: .
determinar a matéria tributável, calcular
j
o montante do tributo devido, identificar O lançamento classifica-se em três espécies ou ~l
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a modalidades díferentes, que levam em consideração
aplicação da penalidade cabível. a participação do sujeito passivo na sua feitura. São -)
elas:
Parágrafo unaco. A atividade
administrativa de lançamento é vinculada· 1a. Lançamento misto ou pordec1aração: nessa
e obrigatória, sob pena de . espécie de lançamento há mútua colaboração. o ~1
responsabilidade funcional." sujeito passivo participa informando à autoridade .. ~
administrativa sobre matéria de fato, indispensáveis ~
~
atribuir responsabilidade tributária a terceiros. declarante: . ..J''#
~.
Ob§.ervª,ção: o disposto acima não se aplica Em relação a retificação (correção) da declaração --<.::
.<~.
aos impostos lançados por períodos certos de por iniciativa do próprio declarante. duas hipóteses
tempo. desde que a respectiva lei fixe expressamente deverão ser consideradas:
a data em que o fato gerador se considera ocorrido"
a) quando vise a reduzir ou a excluir tributo: só
..:.-'
Natureza jurfdica do lançamento: é admissivel mediante comprovação do erro
em que se funde, e antes de notificado o -....-f...;:;..
i~
~t 32
j
~)
~,
de oficio. sempre que se apure que o beneflCia...29
definitivamente extinto o crédito, salvo não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições _1
se comprovada a ocorrência de dolo. (;u não cumpria ou deixou de cumprir os reguisitgs
<;.j fraude ou simulação". ,para a concessão do favor cobrando-se...Dsrédito -J
Suspensão do Crédito Tributário
acrêscido de juros de mora: _J
com imposição da penalidade cablvel, nos .J
1
conceito: podemos conceitua-Ia como sendo a
interrupção, por algum tempo, da exigibilidade do
crédito tributário.
casos de dolo ou simulaçãó do beneficiado,
ou de terceiro em beneffcio daquele. e, neste
caso, o tempo decorrido entre a concessão
da moratória e sua revogação não se computa
-,
-)
~~)
Modalidades de suspensão da exigibilidade do
~
para efeito da prescrição do direito à cobrança
crédito tributário:
t
casos e, neste caso, a revogação só pode
moratória; ocorrer ante~ de prescrito o referido direito. .:J
o depósito do seu montante integral; Observação: a lei concessiva de moratória pode
.)
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade ...:1
",
1 as reclamações e os recursos. nos termos
das !eis reguladoras do processo tributário
. administrativo;
~"j1:
l______
\I de segurança. 2}.
~ conceda moratória em caráter geral ou
"~
../
autorize sua concessão em caráter individual
- a concessão de medida liminar, ou de tutela
especificarã, sem prejuízo de outros
, ~ antecipada, em outras espécies de ação
requisitos:
,.,.« ... ~'''S
---.~
" judicial; ~ cv.. ~ <M
~l- ~~~r:!~._ ~ _~
b.1, O prazo de duração do favor;
1
caráter individual;
exigibil~dade do. crédito tri~utário 'não dispe~s~ o
. cumpnmento das obrrgações aceSSODas b.3. sendo caso:
depende~tes da obrigação principal cujo crédito seja ~
.::.i
suspenso, ou dela conseqOentes. b.3.1. os tributos a que se aplica;
~
-/:.~
1 3 . 'Moratória: é a dilação do prazo para b.3.2. o número de prestações e seus
~J
pagamento. concedida pelo'credor (sujeito ativo) ao vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso
t.evedor (sujeito passivo), de modogue a dívida passa I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à
é!!.er outra data de vencimento. autoridade administrativa. para cada caso de
concessão em caráter individual:
"a) Formas de concessao: a moratória somente
b.3.3. as garantias que devem ser fornecidas
", pode ser concedida: pelo beneficiado no caso de concessão em caráter
a-1. em caráter geral:. índMduat
competente para instituir o tributo a que se refira; Salvo disposição de lei em contrário, a moratória
somente abrange os créditos: .. ,'/;,.
~ ';'\~"
33
j
<$
,... •
(-J
1"'':0
.
.
. .
J&#
T.T pFc.cl
.~ ~
'~
~ ~
~~ 2°, Depósito do seu montante integral: ~ a) mododeefetuaropagamento: (art 162. CTN)
\) ,J Em alguns casos a lei exige que o sujeito passivo a-1. em moeda corrente, cheque ou vale postal;
~ N
j , '" ;f . deposite o montante integral dó tributo para depois
:;, ~ ~ discutir o crédito tributário. o qual ficará suspenso - . A legislação tributária pode detenninar as
~~,.~~
\<l até a solução da pendência. Se, desta discussão, garantias exigidas para o pagamento por
lS Q'';;
cheque ou vale postal. desde que não o tome
!:" "j resultar o reconhecimento do direito ao sujeito
~\'5"-S: passivo, a quantia depositada ser-Ihe-á devolvida; impossível ou mais oneroso que o pagamento
~~·6"" caso contrário, o deposito se converte em renda . em moeda corrente.
.~ ~
~ ..J "'\
,.... \7'
Contudo. em ambas as situações, após decisão - O crédito pago por cheque somente se
final, ocorre a extinção do crédito tributário.
,~ l~ 3°. as reclamações e os recursos. nos termos
considera extinto com o resgate deste peJo
sacado.
das leis reguladoras do processo tributário a':2. nos casos previstos em lei, em estampilha,
~ administrativo: em papel selado. ou por processo mecânico.
"::} '\ R
.~ -8 ~~ Quando o sujeito passivo discorda do lançamento,
"' ).
.~ ~
.
poderá impugná-lo. Para tanto deverá observar as
- O crédito pagável em estampilha considera
_se extinto com a inutifização regulardaquela,
l~l
8.748/93. erro no pagamento por esta modalidade não
dão direito à restituição. salvo nos Ci:lsos
1-- • 4°. concessão de medida liminar em mandado expressamente previstos na legislação
~ -a ~ de segurançã tributária, ou naqueles em que o erro seja
~
~~
iMandado de segurança, segundo José a da Silva, imputável à autoridade administrativa.
i
"é o remédio constitucional posto a disposição do - O pagamento em papel selado ou por
: _ titular de direito liquido e certo. lesado ou ameaçado
~~ de lesão. por ato ou omissão de autoridade pública
processo mecânico equipara se ao
pagamento em esta mpilha.
- b'~ ou agente de pessoa jurídica no exerclcío de
Jh ~
O CTN em seu art. 156. enumera dez
modalidades de extinção do crédito tributário. a
saber:
- a legislação tributária pode conceder desconto
pela antecipação do pagamento. nas
condições que estabeleça.
1°. Pagamento
Art. 161. CTN- O crédito não integralmente
\, A forma normal de extinção do crédito pago no vencimento é acrescido de juros de
tributário é pelo pagamento. mora, seja qual for o motivo determinante da
falta, se.mprejuízo. da imposição das
A imposição de penalidade não ilide o penalídades cabíveis e da aplicação de
pagamento integral do crédito tributário. quaisquer medidas de garantia previstas nesta
- O pagamento de um crédito não importa em Lei ou em lei tributária.
presunção de pagamento: . § 1 - Se a lei não dispuser de modo diverso,. os
juros de mora são calculados à taxa de 1% (um por
quanrlo parciaL das prestaçôes em que se
cento) ao mês.
decomponha;
~
.~.~","7"''::''~~~'i'.~::;:,~";;::~~,:-;::-:::~.::-_~:::-::;
J)
~
34 -,)
'- ...1
d) imputação do pagamento: (art. 163. CTN)
~J
e) pagarriento porconsignação: (art 164, CTN)
Observação:
"":" '~
.-,.3.
a restituição total ou parcial do tributo dá lugar
.A importância do crédito tributário pode ser
à restituição, na mesma proporção. dos juros -J
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
casos:
de mora e das penalidades pecuniárias, salvo ---}
as referentes a infrações de caráter formal não -'-~
prejudicadas pela causa da restituição. :~
. e. 1. de recusa de recebimento, ou subordinação
deste ao pagamento de outro tributo ou de
- a restituição vence jurosnão capitarizáveis, a
~)
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação
partir do trânsito em julgado da decisão
-)
acessória; .
definitiva que a determinar. ---~
.-
e.2. de subordinação do recebimento ao
cümprrmento '-de exigéncial:fadmlnistràtivassem .J.2.Jestitujção.. de tf1t!l!to~ . !f1dlfJJt9.S :.(art,_t6!5.L_._"> __ J ~.-
CTN) ____'-:'\
J
fundamento legal;
A restituição de tributos que comportem, por sua '''S
e.3. de exigência. por mais de uma pessoa ~,.:;;
natureza, transferência do respectivo encargo
jurldica de direito público, de tributo idêntico sobre
finãnceiro somente será feita a quem prove haver
um mesmo fato gerador. ~
assumido referido encàrgo, ou, no caso de tê-lo k ,~
Observações: transferido a terceiro, estar por este expressamente ____~
-::ti'
;.,
autorizado a recebê-Ia.
- A consignaçâo só pode versar sobre o crédito
que o consignante se propõe pagar. 1.3. prazo para pedir restituição:
Segundo o Código Civil, quando duas .,pessoas 111 - à diminuta importância do crédito .
forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da tributário;
outra. as duas obrigações se extinguem-se, até onde IV - a considerações de eqüidade, em
se compensarem. Contudo. em direito tributário. relação com as características pessoais·
isto somente é permitido se a lei autorizar. ou materiais do caso;
~·Art. 170, CTN - A lei pode, nas V - a condições peculiares a
condições e sob as garantias que determinada região do território da
estipular, ou cuja estipulação em cada entidade tributante.
caso atribuir à autoridade administrativa,
Parágrafo único. O despacho referido
autorizar a compensação d~ créditos
neste artigo não gera direito adquirido,
tributários com créditos líquidos e certos,
aplicando-se, quando cabivel, o disposto
vencidos ou vincendos (por vencer), do.
. no ~rtigo 1~ ffi?(1~.l'r,h,,?:/0
sujeito passivo contra a Fazenda Pública. ~ . .~ ..,:,.
5°. prescrição e deCadênci~'''~ ~ .$.';,..)
"t".;,,-;:~O-
-
crédito tributário.
36 ~ tJ O ?;;-~'"
b. 1. a prescrição se interrompe:
.~.r
'.
. vr~ o ! 1 'fJY1:~"'~
~1f,·
~,
o (lI
j
~d
§ 1° - Aplica-se ao lançamento a
pela citação pessoal feita ao devedor;
legislação que, posteriormente à ~l
ocorrência do fato gercllor da obrigação,
pelo protesto judicial: tenha instituído nolos critérios de
apuração ou processos de fiscalização, ,,:)
por qualquer ato judicial que constitua em ampliado os poderes de investigação das .,-.A)
mora o devedor; autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias )}
por qualquer ato inequívoco ainda que
extrajudicial. que importe em reconhecimento
ou privilégios, exceto, neste último caso,
para o efeito de atribuir responsabilidade
-~
do débito pelo devedor. tributária a terceiros. ..J
- -~
___L.~
6°. conversão de depósito em renda § 20 - O disposto neste artigo não se
tiL o um- Ocorre a conversão do dePÓ!?ito em renda quans!Q
. aplica aos impostos lançados por .Jt
períodos certos de tempo, desde que a ../1
~ o sujeito passivo. com o fim de evitar os efeitos da
respectiva lei fixe expressamente a data
~ ,.tIL correção monetária e nos casos exi9!Q.Qs pel~ lei,_
~ f9V deposita montante da dlvidat!ibutária, impugna o
em que o fato gerador se considera ~
ocorrido". ~'
u\ t.W ~ - crédito tributário e é v~ncido, n~esfera administrativa
e.Il~'\io~ Ótl judicial. não havendo mais possibilídaae de "Art. 149 - O lançamento é efetuado e J
1
~ IIJ.)J(A- recursos. Assim. o valor depositado converte-se revisto de 'Qficio pela autoridade
Jof. M1uo...; em renda extinguindo o crédilo tributário. administrativa nos seguintes casos: ~
'\V,a, .
tfP ·,~t,d,.
7°. pagamento antecipado e a homologação do t - quando a lei assim o determIne;
.p..~Jançamento nos termos do disposto no artigo 150 e /j
OJ) n.•:. ~.. .!sells parágrafos 1 e 4 . 11 - quando a declaração não seja . ,).'.
___ :1
obrig3ção e rege-se pela lei então VIII - quando deva ser apreciado fato
vigente, ainda que posteriormente não conhecido ou não provado por
~
-"',
~-
,~:~
IX - quando se comprove que, no
37
deixar de promover a continuidade do
lançamento anterior, ocorreu fraude ou reconhecimento da isenção.
falta funcional da autoridade que o
efetuou, ou omissão, pela mesma § 2 - O despacho referido neste artigo não gera
autoridade, de ato ou formalidade direito adquirido, aplicando-se. quando cabrvel. o
essencial. disposto no artigo 155.
;~~ Art. 177 - Salvo-disposição de lei em contrário. a c) a determinada região do território da entidade
/..: 'i -~ ~ ~ isenção não é extensiva: tributante, em função de condições a ela
Ar
',.~~~~~
_~o-.
I - às taxas e às contribuições de,melhoria:
peculiares; .
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se que o requerente faça prova da quitação de todos
os tributos relativos à sua atividade mercantil.
1
aplica na hipótese de terem sido reservados pelo
devedor bens ou rendas suficientes ao total Art. 1.92 - Nenhuma sentença d~ julgamento de
pagamento da divida em fase de execução. partilha ou adjudicação será proferida sem prova da ~J
Preferências quitação de todos os tributos relativos aoS bens do ~j
espólio, ou às suas rendas.
Art. 186 - O crédito tributário prefere a qualquer
outro, seja qual for a natureza ou.o..tempo dª. Ar!. 193 - Salvo quando expressamente
··constlTuição·deste ,-ressâivados os créditos autori.iãdo~põr lei;' nerih·um ae pàr:ta to' men .'J
decorrentes da legislação OOtrabalho. administração pública da União, dos Estados, do -/
40 "'.J
j
,
,.,
J
e após a data da alienação.
b) para a determinação da penalidade aplica-se
9 • O tributo que incide sobre atividade a 'egislação vigente à época da ocorrência j
.,
denomina-se: -./
c} pessoal
obrigação tributária que lhe deu origem .
. tributário. .
,
d) progressivo.
~"
15· Assinale a alternativa correta sobre a .
,
10· A instituição de tributos como forma de
intervenção do Estado no domínio econômico, retificação do lançamento.
. --'
onerando ·atividade. De sorte a desincentivá
la. denomina-se:
.a) Após a notificação regular ao contribuinte, o "l
lançamento não mais pode ser modificado
a) fiscalidade pela autoridade tributante.
.~
b) No lançamento por declaração, a retificação
b) parafiscalidade
dos erros contidos na declaração e apuráveis .~
~o
b} imunidade
legalmente atribufda ao contribiínte, sao nulas
de pleno direito. .-
".a{
c) compensação c) quando estipulam a tranferência da carga
tributária, somente podem ser estabelecidas -'
d} transação. nos impostos indiretos. ...--:. ,
.:.:~
~~.""iit
r:,
(~;~
(.ffi -
C)-
41
17 - o ICMS incide sobre: d) O emprego da analogia não pode resultar na
r-'~.~ __ exigência de tributo não previsto em lei.
. . a) operações que, iniciadas em um Estado,
r·,", __
· ~-y destinam a outros Estados energia elétrica.
'~...-.
18 - Assinale a afirmativa INCORRETA a 07-C
':::.-:./"
OB-C
7:-2~ __ respeito de domicílio fiscal.
09-8
~"-,
'i. .~~_ a) A regra geral para a fixação do domicilio fiscal 10-C
r-- ',"'!'.;.."":...,
?1
-...;:.::..'/
é a eleiçãp pelo contribuinte. 11-0
12-A
:-:;:,-
~ ~ .;..~~I
b) A autoridade administrativà' pode recusar o 13-A
r-. domicilio eleito, quando essa escolha 14-8
.~.
~ . . ., :j/ impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a 15-0
fiscalização do tributo. 16-0
/~\ 17-0
'.""J c) Na falta de eleição, o domicílio das pessoas
18-0
/~-- jurídicas de direito público será qualquer uma
· .) 19-C
.•,-.:"}, de suas repartições no território da entidadê
~\ .,,-.. 20-C
. . ·~':Y tributante .
~ ~.-.
.}
/-~
',:.... "'"
.~~:\
.)J .
habitual de suas atividades .
f
-~'~;~ ocorrerá 3'0 dias depois da data em que se
considera o sujeito passivo notificado do
-'~1~ lançamento.
r=:.:...;):. _
b) Em situação de solidariedade, o pagamento
l:"?
-,.':.:/
-"',) efetuado por um dos obrigados favorece aos
./;i
-"'-) demais.
/,d1
,~~ c} O pagamento é modalidade de exclusão do
" ,jJl crédito tributário.
-Li_
~~=
d) Aplica-se imputação de pagamento quando
houver mais de um crédito tributário e o
contribuinte não especificar a qual se destina
/~~f o valor pago.
.~'J~ 20 • Assinale a alternativa INCORRETA.
·
-,.,:5;7
;---~
=:'_:~~
a) A lei tributária expressamente interpretativa
i-?"--',~'._ retroage.
'~i
\ ."--- ..
b) A interpretação das normas tributárias atinge
os fatos geradores constituídos a partir da
;-l '- ... ";
vigência da norma interpretada,
..:-. i
~:\
-' c} A lei tributária que outorga beneficio tributário
'~i.)
de isenção pode ser interpretada
":.v~/
'-:.:) extf''1sival1l6: ,L
r-..:~. ~.:7. ~-:-~, ~~ -~- .___ -'-"~'""::-:-'_:-. >':.:.- ...:- ~'~:';--~-:::-~~-. "',-.--,--:':--'--' ---~_:.:~~-,
o
. __ .-.----- _.
.,
.-.l
j
42 ~)
As questões que seguem foram aplicadas no 1) Não ferem o princípio da legalidade a -)
concurso público para provimento no cargo de instituição e o aumento de tributos por meio de
Delegado de Polícia Federal .~~" i '~ , Marque medidas provisórias. ~)
certo ou errado, de acordo com o comando de .--,
cada uma delas, sabendo que cada resposta 2) O principio da anterioridade, segundo o qual -."
errada anula um resposta certa, as entidades governamentais não podem cobrar
~ ..~~
5) requerer a compensação do valor do tributo impóstos sobre importação, exportação. produtos
com a quantia paga a maior, a título de imposto
.. ~--_.- -sobreapropriedade predial e territoriàl ttrbana(IPTU);
industrializados e propriedade territorial rural. - 3
"'.....,.:
"5
~~
2) No que conceme aos impostos sobre produtos
.P
-:.-
22 - No atual direito tributário po·sitivo ·industrializados, beneficiam-se da denominada
~j
brasileiro, o empréstimo compulsório .imunidade extravagante os produtos industrializados
destinados ao exterior. ~~
;;;r
1) poderá ser·instituído no casoJle conjuntura Aoi..
~
que exija a absqrção temporária de podér aquisitivo. 3) Os impostos sobre grandes fortunas e os -~-
impóstos pertencentes à competência residual da ---~
2) tem o produto da sua arrecadação vinculado
à despesa que fundamentou a sua instituição.
Uniao serão instituídos mediante lei complementar.
-- -~
.;'>~
3) poderá ser criado apenas por meio de lei dado o seu caráter extrafiscal, destinando-se a _::)
complementar. que estabelecerá as suas hipóteses --,;
desestimular a manutenção de propriedades
de incidência, além daquelas previstas na improdutivas, poderá ser utilizado como instrumento
-~~
--.,.,
Constituição Federal. para o confisco de propriedades manifestadamente _.::;,i
~s
improdutivas, para fins de reforma agrária. ---.:;.:
4) estará sempre sujeito ao princípio da .-.",,:
.,-.;--..,......,............-,--~-;:-:~'_ .. -:'.: .
,-'
.J
)
44 :J
29 -O crédito tribútário decorre de imposição GABARITO ._.)
legal e constitui parte fundamental da receita
21-CCCEE .J
pública. Por conseguinte, o CTN outorga-lhe
vantagens em.relação a créditos de outra
22-ECEEC
.-,
natureza. A respeito das garantias e privilégio
)
.,
do crédito tributário, julgue os itens a seguir. 23-CECEC
1) Além das previstas no CTN, outras garantias
para 9 crédito tributário poderá ser estipuladas por
24-ECEEC -'
25-ECCEC
meio de lei. '1
2) Não respondem pela quitação tributária os 26-EEECC .J
bens do sujeito passivo que, anteriormente a )
27-ECCCE
instituição do crédito tributário. hajam sido gravados
pelas cláusulas de inalienabilidade ou 28-CEEEC .J
impentlorabilidade. )
29-CEEEC
3) Será considerada fraudulenta, em qualquer .-l
drcunstância, a yenda de bem por devedor de tributo.
desde!,:tue o crédito tributário se encontre em fase
de execução.
3O-EECCC
.,
:J
4) Tendo em vista.os privilégios de que goza o
:)
~.'.
.~
crédito tributário tem preferência sobre qualquer outro
crédito. ~l.
5) Se mais de uma pessoa jurídica de direito
público tiver crédito tributário a receber, ocorrerá ,
.~
b) o pai do menor, perante o fisco. responde a) Jmposto Predial e Territorial Urbano (IPTI);
como sucessor;
b) Imposto sobre Propriedade de Veiculos
c) a capacidade tributária independe da Automotores (IPVA);
capacidade civil;
c) Imposto sobre a Propriedade Territoriàl Rural
d) que é incapaz, sob o ponto de vista tributário. (ITR);
o profissional que, sLíSpenSO do exercicio das
d) Imposto de Importàçao:
suas atividades, vier assim mesmo a exe~
las. 40 - No Sistema Tributário Brasileiro, é
correto afirmar que:
35 - A exoneração legal do pagamento de
Imposto lançado configura: a) existem a solidariedade ativa e a solidariedade
. _ passiva;
a) anistia;
b) a sofidariedade pode decorrer da vontade das
.--, b) remissão; partes, comumente nos casos de
._,f ,'.1"',
-'-"
)
_1
46
constituição regular das sociedades As questões que seguem foram aplicadas no
'-'
j
comerciais em que se insere cláusula nesse
. sentido, quando ocorrer a sua extinção, fusão
ou transfonnação;
15G Concurso Público para provimento de
cargos de Procurador da República e poderão
ser respondidas utilizando somente a legislação
.-/
,
'1
,
./
não comentada. Cada quatro respostas erradas
c) somente é admitida solidariedade passiva; anúlam uma certa. Há uma única resposta ~l
d) a solidariedade pode comportar o benefício
certa. 1
da ordem. 43 - O tributo arrecado a titulO-de 'empréstimo
41 - Indique a hip6tese em que a
decadência, no direito tributário, distingue-se
compuls6rio sobre o consumo de combustfvel
é sujeito ao lançamento:
.'-1,
'i
da decadência no direito privadO:
b) por homologação;
c) por declaração;
.',
,)
sempre 9<?Orre esse perecim~nto;
47 - A alteração da alíquota, por ato do poder a) tem natureza jurídica híbrida, isto é, tributária
executivo, nos termos do art. 153, x 1°, da em razão da vinculação da entidade
Constituição, decorre: . representativa da categoria profissional com
o contri6:uinte, e não tributária em função da
a) da aplicação do principio da legalidade; destinação dos recursos arrecadsdos;
-'~
"'I
48 cJ
"
'1J
continue na exploração da nova atividade As questões que seguem foram aplicadas no
.comercial; concurso público para provimento do éargo de 3J
d) a sujeição indireta do responsável tributário
. posteoorà ocorrência do fato gerador configura
substituição.
Procurador da Fazenda Nacional realizado em
1992•
55.A União pode criar outros impostos não
~.J
,,
1l
GABARITO
discriminados na Constituição de 1988. desde
que sejam não-cumulativos, n~o tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos nela
.-/
,
c~'
1
43-8
44-8
45-A
46-A
discriminados, mediante~
a} lei complementar
b) lei delegada
,
~,
":'\\
:il
~:
50-0 ~~
e}· r.esolução do Se':lado Federal ~"
51-C
52-A
53-0
54-A
Nós Território~' Federais divididos em
56.
Municípios. a competência para criar impostos
estaduais e municipais é. respectivamente,
.-"
"13
j
':l
a) do Estado-membro e dos Municípios ~
C:J
--/'~
e) do Território e dos Municípios .«"'1
;{
...
, ~
_,;i
-- ------_._--_.
~.
àlUZ-da_COnstituição.da.1988"é...-.------ - ..---.--- ~
...i
,0l
--./ ,
a} relevante, em se tratando de impostos <'J
'. municipais
-~
'l.:il
b) relevante, em se tratando de taxas de polícia J~
;W"
~-:~
c) reievante, em se tratando de contribuição de
;,a
melhoria c-/1!í'!;
%>
d) relevante, em se tratando de empréstimo '~-
..,(~
compulsório '~~
.;;P
,>2
e) irrelevante '--'~
b) olNSS ~
c) o lAPAS
d) olNAMPS ;~-.
~
e) o Departamento da Receita Federal . . . . . . .c
---.
~ •.• ___.~ ___ ...-,-r -.~:__-S,'IJ': -T ~ •• ~:~:-;~~;::"'7:_ ;-::-"I,~--:~::::;"":;""~ •• -~ ~-,.-.-.--~---
~ ~ ,."'~ ~ 'c~.'.=.~"'7;-c:cc"'"7:"-'c~:.;:~"'"' .",:',-::j~llt.::.",",,~~' .:~.·:~~;é:
.• ..'.c- - ,-
49
59.Salvo disposição de lei em contrário. b) ocorridos nos últimos 5(cinco} anos
reputam-se perfeitos e acabados os atos ou
negócios jurídicos sob condição suspensiva c} posteriores à sua introdução
desde-o momento
d) ocorridos, desde a vigência da lei de regência
a) do implemento da condição e) ocorridos, desde a data do ato que
b) da prâtica do ato ~tabeleceu o critério anterior
J
--'
-~
50 -'"l
,",/
67. Atendendo as condições e os limites da b) aos impostos sobre o patrimônio, às taxas e --'1
lei, o Poder Executivo pode alterar as alíquotas à contribuição de seguridade social
-j
dos seguintes tributos:
.1'
~!):
social, sem fins lucrativos, e que preencha os b) incidência, não incidência e incidência ~..-r .'
requisitos para fruição de imunidade tributária
está sujeita c) incidência, incidência e não incidência
a) às texas, à contribuição de melhoria e á d) não incidência, incidência e não incidência './
.
"~,'
52 -J
-_1
da Constituição, para definir a base de cáJculo da
contribuição social, tem sentido técnico, isto é, não
diz respeito á remuneração de qualquer tipo de
1rabalho, mas á contraprestação devida pelo patrão
5) É inconstitucional a hipotética taxa de
emissão de licença ou guia de importação que tenha
fato gerador diverso do imposto de importação e que
seja quantificada segundo um percentual do preço
-'-'
- ___1
-)
ao trabalhador, em uma relação de emprego, hoje de venda nonnal do bem, na localidade de sua
regida pela CLT. entrada no Brasil. -~1
3) Uma lei ordinária pode criar contribuição social 78 - Com relação ao crédito tributário, julgue
- _:J
diversa da incidente na folha de salário; no os itens a seguir. -j
faturamento e n'o lucro, a ser paga pelos
empregadores. desde que esta nova contribuição
seja não-cumulativa e não tenha o mesmo fato
gerador ou a mesma base de càlculo de um dos
1) Uma lei ordinária não pode ampliar o prazo
qüinqüenal de prescrição tributária prevista na lei n.
5.172166 (CTN).
-:)
-'.'l
-]
impostos discriminados na Constituição. 2) E m 1989, ocorreu ce rtO f ato gerador d e taxa.
--)
4) eom a entrada em vigor do sistema tributàrio No ano de 1993, foi constituído o crédito tributário a
-~~
da Constituição de 1988, tomou-se irrelevante saber eIé relativo. O contribuinte usando de faculdade legal.
se as contribuições sociais são tributos, para se recorreu administrativamente. A decisão --]
determinarem quais são as nOl1!1as gerais relativas administrativa final • contrária aos interesses do
ao seu lançamento. particular - sobreveio em 1996. Ajuizada~m 1996,
')
.' . é correto afirmar que a ação destinada a satisfazer
--)
5) Assim como. por exceção, os impostos esse crédito está prescrita. -3
----
incidentes na importação. na exportação e nos
produtos industrializados têm certo aspecto da sua 3) O crédito tributário - ai incluídas as - J)
quantificação determinado em ato nonnatlvo diverso contribuições sociais - prefere a todas as demais . ')
da lei - ainda que esta dê uma margem devariaçãe- espécies. de crédito.
_f~
-, as contribuições sociais foram submetidas a um
. .. d t " d d d' d : .
4) N f lê . d
a a nCla e ce
rta pessoa Jun. 'd'Ica que ....... .......
~
pnnclplo e an ~non a e "verso a reg~ Similar, somente seja devedora de tributos - federais,
geralmente aphcada aos Impostos preVIstos na tad' ... d . ti b . .
C tit'çã d 1988
ons UI o e .
es uals e muniCipais - e e empres mo ancano
assegurado por hipoteca, os créditos de natureza ---') . ~..,.
77 - A respeito dos tributoS brasileiros, julgue t~butária somente e~tã~ sujeitos a ~ncurso entre -...-,.J
os itens que se seguem. SI, devendo ser sattsfeltos na segumtes ordem: ,,~)
União. Estados e Municípios, já que os créditos
r
~-1 Anaturezãjundicaespecíficadeum tribufo é· , 'a.udidos nãa-estão·sujeilosaoconcursoromoJipo._ --'.;,/
1
dado pelo seu falo gerador, desprezando-se tanto a de crédito privado remanescente. ....
destinação dos recursos com ele apurados quanto
a sua denominação.
5) A lei n •. 5.172/66 (CTN) dispõe de nOl1l'la
hermenêutica especifica. no que tange ao modo pelo
..~~
-
~
,;ti
2) Um Estado-membro recém-criado pode. qual hão de ser interpretadas as disposições
institúir taxa destinada a custear a implantação ou tributárias relativas á exclusão do crédito tributário ;..~)
-.<<li
a melhorií;1 do serviço estatal de segurança públit:;a. e à outorga de isenção. ..... -,,~
3) Diz~se que os impostos são espécie tributária 79 - Ainda com relação ao crédito tributário, ' ...
julgue os seguintes itens.
não-vinculada. porque o seu fato gerador é uma
Al ~J
situação que não depende de atuação estatal 1) A confissão de dívida tributária e a
especifica em prol do contribuinte, de sorte que ~~'J
apresentação á autoridade competente, do pedido
quafquerfalha em serviço públie<;> estatal não pode .... '-í
de parcelamento do débito são insuficientes á .~
ser oposta como causa de inadimplemento deste
tipo de tributo.
caracterização da denúncia espontânea prevista no A))
elN. ...~.\
"
.-9
4) Conquanto em uma de suas modalidades a 2) O arbitramento, pelo fisco. do preço de bens
~ .;
taxa seja inspirada pela idéia de contraprestação e serviços que servem de base de cálculo de
paga pelo contribuinte por certos serviços públicos impostos. na hipótese em que a declaração do ,. '<.
prestados, o direito positivo brasileiro admite - se sujeito obrigado não mereça fé é compatível com o
prevista em lei - a sua cobrança de empresa que, principio da legalidade tributária - tal como '.0:,
em face de lei válida que prolbe,lançar lixo em via consagrado na Constituição de 1988 - e com caráter Á
..,....-'"'-
pública, tomou a decisão de levá-lo ao aterro plenamente vinculado do ato de iançamento
~.:>,!,
sanitário. para evitar o uso do serviço público de tributário. pois a autoridade fiscal nâo estabelece o
" ----;.;; ,~4"
coleta de lixo e, conseqüentemente o pagamento crité'rio para o cálculo do tributo, apenas dispõe de "
do mencionado tributo vinculado, que estima ser .liberdade técnica para investigara~do fato '"
muito caro. gerador e quantificar o tribute, dê ~rdG cmt:l <t ".
..
parâmetro legal. ~"
, ~-
'
IIJ -- . . . ~.
53
3) Segundo o CTN o lançamento por 81 - Acerca das garantias do contribuinte,
homologação, C<?l'!hecido.doutrinariamente também julgue os itens a seguir.
,f~ ~
como autolançamento, é uma atividade realizada
"---;
peló-éontribuinte, posteriormente sujeita aO controle 1) Em razão do princípio da legalidade da
do fisco. tributação ser uma garantia do contribuinte. está
vedada a analogia. em direito tributário. que resulte
4) A presunção de certeza e liqüidez da dívida em exigência de tributo não previsto em lei. admite
ativa inscrita é relativa. se. todavia. o mencionado procedimento. em outros
campos da hermenêutic:;a da legislação brasileira.
5) Um erro relativo à quantia devida. constante
de certidão da dívida ativa é causa de sua invalidade, 2) De acordo com a jurisprudência federal
que é insuscetivel de ser sanada. em qualquer fase dominante formada sob a vigência do CTN, em se
do procedimento administrativo de Cobrança do tratando de um mesmo contribuinte. uma autarquia
mencionado crédito tributário. federal encarregada da arrecadação de
contribuições não pode rever o critério jurídico dos
80 - Julgue os itens abaixo. lançamentos que tenha feito em data anterior ao
1) Situada no mesmo nível hierárquico que os momento no qual introduziu modificações no seu
Códigos Çivil e Comercial. uma lei tributária ordinária entendimento a respeito desse crit~rio. sendo
pode alterar o conteúdo do instituto do contrato de irrelevante sabEi!r se a mudança de orientação
mencionada teve origem em ato de oficio da
seguro neles previsto, desde que para fins
autoridade fiscal, de decisão administrativa ou
exclusivamente tributários.
mesmo de sentença judicial.
2) A empresa I. dedicada à descarga de navios
3) Um vez que as taxas não estão sujeitas ao
e que vendeu partes de suas cotas à empresa 11,
principio da anterioridade do art. 150 da Constituição,
mediante a assunção, por li, da obrigação de Pagar
todas as prestações pecuniárias estatais a União pode cobrar taxa pelo exercicio de seu poder
compulsórias (ainda que não sejam tributos) devidas de polícia relativo ao mês de janeiro de 1996. ainda
por I em 1995. deve ser condenada a pagar a que o tributo mencionado tenha sido instituído em
fevereiro do mesmo ano.
~
."-.
contribuição para o custeio de hospitalização de
,..;-\ empregados portuários 9cidentados no trabalho. 4) No regime da Constituição de 1988, o princípio
. oriunda de fato gerador ocorrido no ano de 1995, se da uniformidade dos tributos impede a União de
acionada em juízo peJo Município que a instituiu. conceder incentivos fiscais circunscritos a
determinadasTegíóe-s-doPafs;tm1 razã-o-dos -- -
3) Necessitando de certidão negativa de débito
desequilíbrios regionais. .
tributário. certa empresa requereu à repartição'
competente, a expedição do mencionado 5) A atividade profissional ou a denominação
documento. Em resposta o Fisco apresentou:-Ihe . juridica da renda dos contribuintes pode ser levada
certidão positiva, com a ressalva de que a em consideração para a fixação do montante de
contribuinte interpôs recurso administrativo dotado' .tributo devido em razâo da sua percepção.
de efeito suspensivo para discutir. em segunda
instância. a existência do débito constante da 82 - Julgue os seguintes itens.
mencionada certidão. Nesse caso, a certidão
. positiva citada não produz os mesmos efeitos 1) Como decorrência do principio federativo, a
jurídicos que a certidão negativa. União não está autorizada a condicionar a entrega,
aos Estado, de recursos estaduais provenientes do
4) Mesmo levando,.se-em consideração, as Imposto de Renda se eles estiverem em débito com
inovações da Constituição de 1988 - "compete à a própria União.
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário" e .. 2) Pessoas naturais absolutamente incapazes
inexistindo lei federal sobre normas gerais, os do ponto de vista civil possuem capacidade tributária
/' Estados exerceram a competência legislativa plena, passiva. assim como a irregularidade da constituição
para atender a suas peculiaridades" -, ao Estado do de pessoa jurídica não lhe retira a mencionada
Rio de Janeiro é vedado ed'l!allei, exigindo imposto capacidade tributária.
de exportação de produtos embarcados em seus 3) A obrigação tributária principal diz respeito
portos, na hipótese de a União não utilizara sua ao pagamento do tributo; a acessória tem por
competência tributária para instituir o mencionado conteúdo um fazer ou um não-fazer do contribuinte,
tributo. relativo à arrecadação e à fiscalização dos tributos.
5) Por serem favores fiscais, todas as isenções 4) A Constituição de 1988 possui norma
podem ser modificadas ou suprimidas a qualquer específica relativa à base de cálculo das
/'"- ;
tempo por leis posteriores àquelas que as contribuições sociais devidas pelo produtor rural ou
concederam.
__ ..;II!I!!c_. __ ~__co-"'l!!!IJ>_
,, -',,
'
54 -..,
-,)
meeiro que desenvolva sua atividade econômica sob
O regime de economia famíliar e sem empregados
permanentes_
As questões a seguir foram aplicadas no
Concurso Público para provimento do cargo de ,
Procurador do INSS - '. Marque
-,
-~,
-'1
5) Á União, aos Estados e aos Municípios é
defeso criar impostos diversos dos discriminados
na Constituiçao.
certo ou errado. de acordo com o comando de
cada uma delas, sabendo que cada resposta
errada anula um resposta certa,
--:,
- ~.p'.
--,--',
79-CCECE
embrião do atual princípio da igualdade em matéria
80-EEECE tributária. ' .
81-CCEEE
82-ECCCE 2) Os brocad'os no taxation without
representation e nu/lum tributum sina lega scripta
dizem' respeito. respectivamente, ao principio da
capacidade qontributiva e ao princípio da legalidade
em matéria tributária.
----'
--=,
_ ~~ J
-;"
55
, um pais no mundo onde estivesse adm;tida a lucrativos, haveria imunidade de renda dele
retração das leis, não haveria nele nem mesmo decorrente.
somõi"a de segurança." - raciocinio que corresponde
à proibição da retroatividade das leis, cristalizada 86 - Acerca da obrigação tributária, julgue
na máxima tempus regít actum - o CTN adotou o os itens que se seguem.
principio da irretroatividacte das leis, que não admite
1} A obrigaÇão tributária surge a partir de fatos
exceções.
jurídicos constitui o núcleo da relação jurídica;'
5) A despeito do entendimento de Hans portanto, a capacidade-tributãria passiva, para o
Nawiasky, acerca do principio da territorialidade da surgimento da relação juridica tributária' válida,
lei tributária segundo o qual a vigência espacial das depende da capacidade jurídica do sujeito passivo.
normas juridicas "estende-se normalmente ao âmbito 2) A despeito da relativa autonomia entre as
denominado pelo portador do ordenamento jurídico, obrigações tributárias principal e acessória, uma
isto é, ao território do estado."-, a norma juridica mesma situação de fato pode ser fato gerador de
criadora de tributos não incide em todos os atos ambas, simultaneamente.
juridicamente relevantes ocorridos no território
brasileiro. ' 3) Não se admite que a descrição abstrata, na
lei;' do fato gerador baseie-se em atividade ilícita;
85 - O Estado do Espírito Santo criou, por lei,: no entanto, é possível que incida tnbuto sobre, por
o Instituto de Cultura Capixaba 'Butarq",ia exemplo, por exemplo, aquisição de disponibifidade
destinada à divulgação e à produção cultural econômica ou jurídica decorrente de atividade ilícita.
do Estado. O Instituto recebeu. em doação em
pagamento, o estabelecimento e as instalações 4) Se a lei define como fato gerador um negócio
completas--de um restaurant~ ~rabe. situado' no jurídico que, em um caso concreto, se sujeita a
centro comercial de Vitória. condição resolutória, considera CTN consumado o
. • . negócio no momento da celebração, sendo
í;::-~ »Venflcando ser economicamente irrelevante, para fins tributários, que implemento da
I nteressante a exploração da empresa" os condição resolva o ato jurídico.
. ':~ órgãos deliberativos daquela autarquia
~,",~..-. autorizaram que o restaurante continuasse 5) Diz-se, na doutrina, haver a figura do
i.:
funcionando, com administração entregue a contribuinte de fato, quando a lei, ao descrever a
r.~-- ,
__ .x:...-.._ _
arrendatários, os quaiS remunerariam a hip6tesedeincidênciatributária,indicacomosujeito
enlidadepública por'perêenlliafoo fatüramento" 'passivóüma'pessoa'que tõi'l"ía parte na"relação ...._._-~
_.~. ~'~'.
.í----~·t-
" :)
mensal.' Diante .desse quadro, julgue os itens juridica definida como fato gerador, muito,embóra
,~--:r
..J: seguintes, 'considerando, exclusivamente, as este último configure capacidade contributiva de
~~
normas tributárias aplicáveis. outras pessoas. '
).~)-
s que pese ser-o restaurante de propriedade'de o contrato que transfira a outra pessoa. que não
autarquia estadual. legalmente responsável, fi obrigação pelo pagamento
âe imposto, ainda que a mencionada pessoa possa
/,l,.. \ ....-.
3) Mesmo que a exploração do restaurante fosse dispor sobre o assunto e intervenham no negócio
_:. r. :'
realizada diretamente pela autarquia, sem a jurídico. .
. "\,...-. interposição dos arrendatários a renda dele não A" ,. • •
'~'
56
,'"
"
produção, sem lançar o tributo e, em conseqüência, nos créditos juridicos adotados pela autoridade .'1 ~
sem pagá-lo, poderá sofrer cobrança do fisco, ainda administrativa no exercício do lançamento somente
que- ó participante da fase seguinte da cadeia poderá ser efetivada, em relação a um sujeito
.~
produtiva pague o imposto integralmente; incluindo passivo, quanto a fato gerador ocorrido ,'~
a parcela devida pelo participante da fase posteriormente à sua introdução", não cabe modificar ")
precedente. lançamel1to em cujo procedimento se haja -,
constatado erro de fato, porque isto importaria alterar ,~
5) Urna vez que o direito tributário se orienta para
a realidade econômica das relações jurídicas,
os créditos juridicos daquele. J-.,
mesmo a sociedade irregular ou de fato pode ser 2) Nos tributos em que há lançamento por -~
~-./?'
sujeito passivo da obrigação tributária. declaração ou por homologação, cabe lançamento
de oficio.
J-,
88 • Ainda com relação á responsabilidade
tributária, julgue os itens abaixo. 3) Os tributos lançados por homologação
,,'1
1) Considere que Heródoto explora um
permitem que o sujeito passivo efetue o pagamento, ..'1
independentementeda interveniência da autoridade ~.,
restaurante e··resolve vendê-Io a Tucídides, este
administrativa para a determinação do vafordo crédito ,-/'
sabedor de que havia dividas tributárias pendentes J~
tributário.
(le pagamento, relàtivamente ao restaúrante, e que ___J '
um mês após o negócio, saudoso désua atividade . 4) O crédito tributário é, por natureZa, exigível; "'''1
de restaurateur, Heródoto abre outro restaurante e con~do, a exigibilidade do tributo pod~ ser obstada
volta ao ramo. Neste caso, apesar de juridicamente mesmo antes de plncluido o lançamento. "1 ./
,
sua omissão, Àgosthlho era devedor solvente.
Nesse caso, se acolher os embargos, o juiz terá 3) O pagamento extingue a obrigação tributária,
. agido corretamente. não o crédito tributário . ~~
3) Considere que Protágoras, Anaximandro e 4) No direito tributário, o paga!1lento de um
Ptolomeu criaram sociedade por cotas de crédito não faz presumir o pagamento-de outros,
mesmo que referentes ao mesmo tributo;
~
responsabilidade limitada para explorar uma drogaria,
sob a gerência dos dois primeiros, tendo estes 5) O fisco, em princípio, não deve se recusara
comprado dois' automóveis, sem o devido receber o pagamento de um tributo por existir dívida
recolhimento do IPVA, para uso de suas esposas, mais antiga do contribuinte ou por ser o valor ~J
com recurso da empresa, agindo em evidente oferecido menor do que o devido.
infração ao contrato social. ' Nesse caso, se a
sociedade não tiver dinheiro para pagar os tributos,
o Estado credor podera executar todos os sóciós, GABARITO
devido à ofensa ao contrato social.
83-EECCE
4) A jurisprudência é pacífica no sentido de que 84· ECCEC
o não-pagamento de tributos não configura infração 85-ECCEE
à lei para o efeito de gerar responsabilidade 86-ECCCC
subsidiária dos dirigentes de empresa. 87-EECEC
5) O inventariante responde integralmente pelas 88-CCEEE
dívidas tributárias do espólio. 89-ECCCC
90-ECECC
89 • Com relação ao crédito tributário, julgue
os itens a seguir.
1) Tendo em vista o CTN dispor que "a
modificação introduzida, de ofício ou em
57
As questões que seguem foram aplicadas no b) favorece a incidência "em cascata" sobre
concurso público para provimento do cargo de todas as operações tributadas em dado ciclo
Aditor-Fiscal do Tesouro Nacional: de circulação
--~
c) permite que a tributação seja maior ou menor
91 • A Constituição da República prevê que, em função da esSencialidade dos produtos
inexistindo lei federal sobre normas gerais, os para o consumo da coletividade
Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender as suas peculiaridades (art. d) significa que, criadoum imposto, outro não
24, x 3°). Tendo, em vista isto e; quando for (, poderá ser criado com o mesmo fato gerador
caso, o disposto no Código Tributário Nacional, ou a mesma base de cálculo, por expressa
é razoável dizer que- proibição constitucional
58 ,
-,
~J
-'
-.
--
e patrimônio, bem como a contribuição para a 100. Compreende como imposto aquele que
~I
seguridade social, das seguintes espécies de tem como fato gerador:
entidades: "'!
a) o exercício do poder de polícia "
a) partidos polítiCos
b) a valorização imobiliária
b) instituições beneficentes de educação
c} umá situação independente de qualquer ......
j
c) fundação dos partidos políticos atividade estatal específica, relativa ao
cOntribuinte '1
d} instituições beneficentes de assistência
social d) a intervenção facultada ao Poder Executivo _.Y
e) entidades sindicais dos trabalhadores
no domínio econômico
--J
-. -")
101. A lei tributária aplica-se a ato ou fato .~
~
~
i1
s6cio-econômico entre as várias regiões do ~
-
.J
-
pelo contribuinte-·---~·~ . - .... -.----_~ _.._
98.1ncluem-se na definição de tributo:
b) O dÓffiicíliotributário eleito peio contribuinte
a) as prestações pecuniárias cobradas mediante em nénhuma hipótese poderá ser recusado
atividade vinculada pela autoridade administrativa
b) as sanções de ato ilícitos c) A residência das pessoas fisicas não pode
c) as prestações facultativas instituídas em lei ser escolhida como domicílio tributário .
d) as prestações pecuniárias obrigatórias d) O lugar da situação dos bens ou da ocorrência
instituídas em decretos
e) nenhuma das respostas acima
. dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação será, em qualquer hipótese, o
domicilio tributário
-
-"
~.<
,~
59
c) não tem correlação com o fato gerador, eis b) pode ser modificado em sua extensão. em
que surge da legislação tributária seus efeitos e em suas garantias e privilégios,
sem afetar a obrigação tributária que o
d) todas es~o erradas originou.
104. Sob o ponto de vista da capacidade c) é constituído pelo lançamento, que é um
tributária passiva, o menor de 16 anos: procedimento administrativo obrigatório. mas,
a} é relativamente incapaz - por vezes. discricionário.
c) não pode ser extinto por decisão b} somente a proposição IV está CORRETA.
administrativa.
c) todas as proposições estão CORRETAS.
d) pode ser suspenso em certos casos, d) todas as proposições estão INCORRETAS.
acarre.tando, simultaneamente, a suspensão
do cumprimento das obrigações acessórias e) as proposições I e lU estão INCORRETAS.
dependentes da obrigação principal.
109. (TTN~11/94) A Fazenda Pública pode
e} que não for pago integralmente no velldmento, constituir o crédito tributário dentro de:
qualquer que seja o motivo, será acrescido
de juros de mora, os quais. no entanto. não a} cinco anos. contados de sua constituição
são gerados na pendência de consulta definitiva;
formulada peio devedor no prazo legal para
pagamento do crédito. b) dois anos, contados de sua constituição
definitiva;
107. De conformidade com o CTN, a respeito
do Crédito Tributário é incorreto afinnar: c) cinco anos, contados da ocorrência do fato
gerador, relativamente a quaisquer tipos de
a) decorre da Obrigação principal e tem a mesma
" i
: tributos;
natureza desta.
_.c:-~t"~l~. :",",:,~,.
,-~
._----~--~--_._--"<.~-.,.-
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60 -~
d) cinco anos, contados da lavratura do Auto de 114- (SMTU-RJ/86) O lançamento em que o _.A
....,
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.,-' ; -
r'
61
a) lei complementar: EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO
b) lei ordinária; 120. Em conformidade com a Constituição
da República Federativa do Brasil, analise as
-:c} resolução do Senado Federal;
proposições abaixo:
d) decreto-Iegislativo;
~ Cabe à Lei Complementar regular as
e) decreto regulamentar. limitações constitucionais ao poder de tributar;
/"'"
,,-~L,--;;:\,:::~_~~,~~~.· ,~.-- "~ -~.~~~-.;.-,: ':.:-:::_::; -:;:~"::, .::~:, ~.:::';~:::. ~.:~~~:_.~'. - ~ "~ •• - 0.0.'.
:~:2;;;.jj.S;~'::\~;:-".::~.±::i:::~~;:~~?_~?;'$.;:';:..~,-::.~;!~ t';-::.:~:;'::~:::,,:-.',;..:.-c,,:;:~~:":/~.5.~ ':..::-; ~y:{:::;::: -2~~':~-:~-:7;;.;:-! .;.!;:: :~.;.~ ':..;::::.:..~. h:' :~2..';.:.:""",,:.7,:,::.:;.~-:.:.-:::~:..; _~:.::, .:~;.. ~::;: .~; ~---' :.::"';;::;:.~;;:"':.;~;.::;::;~:~:..:'::'.-:'-. .- -,:,,,;;,-:.=-~.,:,;,\:,: "::::':;; :'':;:;_::::~:t:.''''
.,-,
---
---'l..,
62
sua competência tributária, poderá exercer b) O CTN, para determinar o momento da
--.,
~
.,.,
-,
d) salvo atribuição das funções de arrecadar ou d} A obrigação acessória tem por objeto o
fiscalizar tributos, ou executar leis, serviços, pagamento de tributo ou a penalidade ~.
c} somente a lei pode estabelecer a fixação da é) Salvo disposição de lei em contrário, a.s
allquota do tributo; convenções particulares, relativas à -:...-:,,;
responsabilidade pelo pagamento de bibulo$, ~J
:;,.~
d} a vigência, no espaço ou no tempo, da não podem ser opostas à Fazenda Pública, -:y
legislação tributária rege-se pelas disposições para modificar a definição legal do sujeito
legais aplicáveis as normas jurídicas em passivo da obrigação tributárias
~"':;
geral, sem nenhuma ressalva; correspondentes. 'J
63
111- Os mançlatários, prepostos e empregados 129. Consoante o CTN, é incorreto afinnar:
;-.
são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigação tributárias resultantes a) A cobrança judicial do crédito tributário não é
de atos praticados com excesso de poder. ou sujeita a concurso de credores ou habilitação
infração de lei, contrato social ou estatuto; em falência, concordata, inventário ou
arrolamento;
IV- Salvo· disposição de lei em -contrário, a
fesponsabUidade por infração da legislação tributária b) Nenhuma sentença dejulgamento de partilha
depende da intenção do agente ou do responsável e ou adjudicação será proferida sem prova da
da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do quitação de todos os tributos relativós aos
ato. bens do espólio, ou às suas rendas;
,r
.,
y:
~"1
.,
"-"
")
64 ~
EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO b) reparações de guerra: ~~
RELATIVOS A INTRODUÇÃO c} penalidades:
../
~
'li
~l
130. As recettas públicas, provenientes de e) empréstimos.
bens pertencentes ao patrimônio dos
particulares, chamam~se:
a} Ordinárias;
136.0$ tributos constituem:
a) receitas públicas ordinárias;
-~
~
.,
" b) Nominais; b) receitas públicas patrimoniais;
-''j
c} Derivadas; -c) receitas públicas derivadas; ~j
d) Regaflanas. d) receitas públicas industriais. ~1
131. As receitas públicas, provenientes da
exploração de bens pertencentes ao patrimônio
do Estado, chamam-se:
a) Ordiná~s:
137. O estudo do Direito Financeiro engloba:
a) a receita ~ a despesa:
c) a receita tributária;
,
.~
---~
--.,
b) Nominais; .' -~
ç) Derivadas; d) a receita. a despesa, o crédito e o orçamento. -1
138. A entrada que. integrando-se ao "~
d) Regaflanas.
patrimônio públiCO sem quaisqueL reservas, ~1
132. No Direito Obrigacional existem pelo condições ou correspondência no passivo, vem
acrescer o seu wlto, como" elemento novo e -~
menos duas pessoas:
~
~
(
fiscalização de tributos;
131-A -':j
132-A
b) à obtenção de receitas ordinárias e derivadas; 133--A
134-A
c) à obtenção de receitas ordinárias, incluindo 135-0
a atividade complement(ir, referente à 136-C
fiscalização de tributos; 137-C <.-~
li>,
138-0 -./
!'):~
d) à obtenção de receitas ordinárias. 139-C -li
135. EqUivalem ao conceito de ingresso
público de terceiros:
~I3
a) tributos; fi.
.::::"', ..-'·7:'-_::;::·.-_"
~ ~--::'·~.':-::: ::: . _ .::.- .'':'.'''>' .' . . -~~-- --- -- . ~.-:. '-:':'";-::--'/"-: -',~," "G
--
-.
65
-. EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO
RELATIVOS A TRIBUTOS
e) a taxa e operações de crédito.
- panalidade;
- tributária, significa;
a) possibilidade de pagartributó;
competente para criá~ra;
....•R,t.'-~~"'A4_-i..~
~
---, "!!!li
66 -~
b) só poderá ser exigida noventa dias após a 153. A natureza juridica específica do tributo --o
-~)
.
data da pUblicação da lei instituidora;
e) terá eficácia somente a partir do exercício d) pela destinação legal do produto de sua
arrecadação.
financeiro seguinte ao de sua instituição. em --j
face do princípio da anterioridade da lei. 154. Os serviços públicos justificadores da ~
-~
149. O Sistema Tributário Nacional compõe cobrança' de tàxas consideram-se utilizados
potencialmente pelo contribuinte: --j
sede:
a) quando sendo de utilização compulsória.
_J
a) Direito Financeiro, Direito Tributário e Fiscal;
sejam postos à sua disposição mediante
_~l
b) Impostos federais, impostos estaduais e atividade administrativa em efeito de _~1
impostos municipais; '. funcionamento;
_~_1
c) Impostos, taxas e contribuições de melhoria; b) quandó possam ser destacados em unidadeS ___1
autônomas de intervenção, de utilidade, 0!J
d) Impostos ordinários, impostos extraordinários de necessidades públiças; ~
e taxas.
c) quando suscetíveis de utilização, -~
150. Toda prestação pecuniária compulsória separadamente, por parte de cada um de seus _-"1
____1
, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir usuários;
que não se constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e -cobrada mediante atividade d) quando não suscetíveis de utilização, -.)
administrativa plenamente vinculada chama separadamente. por parte de cada um de seus
-.j
se: 'usuários;
d) imposto.
poder aquisitivo; .. i
151 . .o código tributário define: b) déficit orçamentário; #=1
c) desenvolvimento regional; ·~i
a) os tributos são impostos, taxas e
contribuições parafiscais; d) nenhuma proposição é correta.
- 1
b) os impostos são tributos, taxas e
contribuições de melhorias;
156. As taxas: ·=i
, .:j
a) podem ser arrecadadas pela utilização de ~ <')
c} os tributos são impostos, taxas e
·=i
qualquer serviço prestado ao contribuinte;
contribuições de melhoria; .
152. O tributo destinado a atender c} podem ser arrecadados pela utilização efetiva ".-?
indistintamente às necessidades de ordem geral de serviços públicos ou privados específicos
da administração pública é: e divisíveis, prestados ao contribuinte ou ""2
:d
postos à sua disposição;
a) a contribuição parafiscal;
d) Podem Ser arrecadados pela utilização efetiva
b) a taxa; ou parcial de serviços públicos ou privados. ~j
c) a contribuição de melhoria; específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição;
d) o imposto.
,-- ~-..
~--"",~'
r'"t
.~~-.
67
r''' .::.
~...:(
j
157. Os serviços públicos justificadores da 161. As contribuições pecumanas
:-'~~ cobrança de taxas consideram-se divisíveis: compulsórias cobradas pela UnFão. pelos
.... ~~ Estadós. pelo Distrito Federal ou pelos
"'-'~
~~-.
a) quando sendo de utilização compulsória, Municípios. no âmbito de suas respectivas
.,
-!)
sejam postos à sua disposição mediante atribuições, tendo como fato gerador o exercício
atividade administrativa em perfeito regular do poder: de polícia ou a utilização,
funcionamento; efetiva ou potenc:al, do serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte
b) quando possam ser destacados em unidades ou posto à sua disposição são denominadas de:
autônomas de intervenção de utilidade ou de
necessidade pública; a). Impostos;
158. As fontes de receitas tributárias são: 162. Compreende-se como imposto aquele
que tem como fato gerador:
a) exclusivamente os impostos;
a) o exerci cio do poder de policia;
b) exclusivamente as taxas;
b) a valorização imobiliária decorrente das obras'·
c) exclusivamente as contribuições de melhoria; públicos;
;. , não compatíveis com as respectivas b) pela atividade estatal específica, atual ou
:.-~.... Constituições; potencial, solicitada ou provada pelo
.~1
"-'-~.~~.
b) somente atribuições definidas em lei; contribuinte;
"-"
, '.' ~
., .J~
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68 .-y
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.,
parte suficiente para beneficiar determinados contribuição de melhoria: ~
. -"';:;
imóveis; .
a) o proprietário do imóvel, ao tempo de seu' .~ -..' '
d) ~xecutada a obra na. sua totalidade ou em c) o proprietário do imóvel, ao tempe em que .1 ,~'
parte sufICiente para beneficiar determinados ocorreu o fato gerador ou o Iocatârio, se for o ~
imóveis, depois de publicado o respectivo caso; ~
.~j
a) pelo Município respectivo;
a) não existir portaria do Executivo a respeito; .. ~.'o'
EI
b) pelo Municipio ou pelo E;stado; b} não existir decreto do Executivo a respeito; ,€ )
,~'
,~
c) pelo Município, pelo Estado ou pela União; c) o serviço não existe, ou se nenhum vínculo " -;J
,~'
c) restituir ao Estado os recursos aplicados em .b) não se poderá tomar como base de cálculo a r~~
g
obras públicas que valorizam os im6veis que tenha servido para a incidência dos
vizinhos às mesmas; impostos federais; .
.:::.;-~
d) remunerar os serviços públicos específicos e c} não se poderá tomar como base de cálculo a ,7
divisíveis utilizados efetiva ou potencialmente que tenha servido para a incidência dos
pelo contribuinte. impostos estaduais; ~ ...~
~d
~,,4.
168. Os Estados podem inStituir empréstimos d) não se poderá tomar como base de (!;3Iculo a i)
compulsórios, nos seguistes casos: que tenha servido para a incidênda dos ~~i
impostos estaduais e municipais; . ;..?'
á) calamidade pública;
173. O empréstimo compulsório pQde ser ~-,
69
174. Contribuição sobre a receita de concurso adicionado das vantagens que a lei estjpule.
de progn6stico, instituída pela União. no chama-se:
interesse da seguridade social por lei publicada
- 'em 10 de setembro de 1992,.sem cláusuia de
Gi) empréstiQ10 compulsório;
vigência, poderãser exigida: b) contribuição de melhoria;
a} 90 dias após a publicação da lei; c) contribuição parafiscal;
b) a partir de 10 de janeiro de 1993; d) taxa.
c) 45 dias após a publicação da lei 179. O fato gerador da contribuição de
melhoria é:
d} na data da publicação da lei;
a) a realização de uma obra pública pelo Estado;
e) 60 dias após a publicação da lei.
b) a realização de uma obra pública da qual
175. Assinale abaixo a alternativa correta. decorra uma valorização imobiliária;
I- A autorização para que a loja coloque anuncio €» o acréscimo do valor do imóvel localizado
luminoso na porta externa. dada ( Ç) autorização) nas áreas beneficiadas direta ou
pela fiscalização do município. pode ensejar a indiretamente por obras púb~cas;
cobrança, pelo município, de uma taxa fundada no d) a valorização imobiliária em virtúd~ de qualquer
seu poder de polícia. fator conj~ntural
11- A União. por meio de lei complementar e e) a valorização de um imóvel onde Ainda não
atendendo a relevante interesse social, pàdE~.rá tenham sido feitas construções.
conceder isenção das taxas estaduais. .
111- Criança de doze anos. não pode ser sujeito
GABARITO
passivo "do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza. . 140-8 141-0
142-A 143-8
W- Tributo exigido em virtude de serviços públicos
144-C 145-E
postos à disposição do contribúínte. mas não
146-0 147-8
utilizados por ele, é uma taxa de serviço.
148-8 149-C
a) só as proposições I, 11 e IV são verdadeiras; 150-B 151..c
152-0 15J..B
b) .só. a.s proposiÇl5es I e 111 são verdadeiras;
_ • •b . » __ ~.... __ . __ • _ _ _ •• _ .'_'.
~154A~ ____ 155-0
c} só as proposições I e IV são vêrdadeiras: 156-E 157-0
158-0 ·159-8
d} só a proposição IV é verdadeira.
16O-C 161..c
. 176. A promessa de reembolso retira-lhe o 162-C 163-E
caráter tributário, no entanto, consoante se 164-C 165-0
infere de disposições constitucionais, são 166-A 161..c
regulados como tributos: 16&-E 169-0
a} empréstimo compulsório; 17O-A 171-C
172-A 173-A
b) taxa; 174-A 175-C
c) imposto; 176-A 177-A
178-A 179..C
d) tarefa;
e) contribuições de melhoria.
~t 177. O tributo é gênero do qual são espécies:
a) os impostos, taxas e as contribuições de
melhoria;
b) as declarações de renda;
c} as contribuições de melhoria apenas;
d} nenhuma das respostas acima está correta.
178. As imposições feitas pelo estado,
compelindo as pessoas, ou certo grupo de
pessoas, a uma prestação monetária que será
devolvida, no futuro, pero mesmo valor ou
_' __ 7 . • ;1f~'?~~~~,.
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r j.l/7-nandcv ~fu~
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.0 demaIs ramos;
é considerad!o autônomo apenas do ponto de v
com todos os demais ramos dada a unicidade do Direito;
e) relaciona-se com os demais ramos do Direito Público, pre~dindo totalmente
dos diversos ramos do Direito Privado.
1
~
-'
--,'
,,- No Direito Pátrio, é característica dos tributos:
\~ coatividade;
b) terem sempre a sua destinação vinculada a determinadas despesas;
c) só poderem ser instituídos pela União, Estados-membros e Distrito Federal;
d) serem destituídos de compulsoriedade;
e) serem utilizados para punir a prática de atos ilícitos.
~'---_.~ 'Y)O.ú
- 'I-:
07- O exerClClO potencial do ~oderaepolICIa (PFN/92): ~
, • • ---- - F • }/iC'.!:)Jv
" _ d"\,:;"
a) permite a exigência de taxa de serviço dJ- .f"',,'a;tl ~v.v (1'~
b) possibilita a incidência de taxa de polícia dJ- -pe,((v-. ••a.- tJ:-.v·, 'it;",-,Cl /~
c) toma possível a cobrança de pedágio .).,Jd:MJO;Yr'WvJ:;t (X)~~",-
d) faculta a incidência simultânea da taxa de serviço e da taxa de polícia ! -J
disposição;
c) taxa de uso de área pública /lexploraçã~de atividade em área pública; ~'
impugnação do interessado; v
e) publicação prévia do memorial descritivo do projeto. v
2
d) Apesar de a Constituição atual, ao tratar da contribuição de melhoria, não
mencionar o elemento valorização imobiliária, entende-se que este continua
fazendo parte da caracterização e fundamentação para exigência deste tipo de
tributo.
/'
@ Na instituição e cobrança da contribuição de melhoria, o Poder Público pode
r~~ecadar, de todos os proprietários beneficiados, o valor lobal do custo da obra, a
fim de se ressarcir da despesa realizada 10 e en entemente dd> valor a ser cobrado
de cada contribuinte.
11- O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação\indepen~
de qualquer ::tl!!:ldade estatal específica relativa ao contribuinte, tem a
natureza jurídica de:
a) taxa
r$) imposto
rc) preço público -5
d) contribuição parafiscal
e) tarifa :
,~
13- Os serviços públicos que habilitam a instituição de taxas serão aqueles
r que:
a) forem apenas utilizados efetivamente pelo contribuinte, uma vez postos à sua
disposição;
b) forem de atribuição do Poder Público, ainda que o serviço não esteja sendo
efetivamente prestado;
c) forem prestados a pessoas físicas ou jurídicas, independentemente de previsão
legal;
d) tiverem por base de cálculo o valor dos serviços prestados, ainda que, para
tanto, o tributo seja cobrado em função do capital das empresas;
/"
1» forem utilizado~ pelo contribuinte, efetivamente, ou postos à sua disposição.
r
~ b). o imposto caracteriza-se como um tributo vinculado a uma contraprestação .
.~ As taxas são cobradas levando-se em conta a existência de uma atividade
estatal.
(: d) Taxas e impostos são tributos vinculados.
~ e) O imposto tem como fato gerador um serviço específico posto à disposição do
contribuinte.
c) tributos extrafiscais
d) impostos fiscais
e) taxas
4
-/
r'
jJJ1~~~'
a) Vinculado e Não-Vinculado
b) Fiscal, Extrafiscal e Parafiscal
c) Privativo, Comum e Residual
d) Real e Pessoal
e) Cumulativo e Não-Cumulativo
f) Interno e Externo
/" g) Direto e Indireto
b) Tributo Fiscal: é aquele que tem como função predominante arrecadar recursos
para o Estado. Ex.: IR, IPVA.
Obs.: quem presta o serviço, quem exerce o poder de polícia, quem íàz a obra é
r'
quem cobra o tributo.
"~
Obs.: há o repasse do ônus financeiro para quem não é o contribuinte de direito, ou seja,
o tributo repercute.
Ex.: ICMS, IPI, II, IE, ISS.
2
r
d) O imposto extraordinário de guerra. o êmpreStlmo compulsório em caso de
guerra e calamidade pública e as contribUIções para a seguridade;
e) as taxas e contribuições de melhoria.
v ..~
'1~'
03- O princípio da capacidade contributiva estabelece q~.t J..',o./
a) não se pode utilizar tributo com efeito de confisco; ~
b) é inconstitucional qualquer tribulo com carát~al, ou seja, que não leve em
consideração a capacidade econômica do contribuinte:
c) é inconstitucional qualquer imposto com caráter real;
d) se o sujeito passivo demonstrar que não possui capacidade econômica, estará
dispensado da obrigação tributária;
~ os impostos, sempre que possíveL terão caráter pessoal e deverão ser graduados
confonne a capacidade econômica do contribuinte.
05- Princípio pelo qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou os aumentou:
a) anualidade
b) irretroatividade
c) legalidade estrita
@ anterioridade
e) legalidade genérica
...;)
-"
c) permite que a tributaçào seja maior ou menor em função da essencialidade I~"'~ ..J
~
da legalidade
b) de não-confisco
c da capacidade contributiva
d) da imunidade recíproca
e) da não-limital~? ao tráfego de pessoas ou bens
~o
09- A~ presc . ões que seguem referem-se respectivamente aos princípios da:
>
10- A Constituição Fed~ral dispõe, em seu artigo 5°, inciso XXXVI, que a lei
não prejudicará o direifádquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Em
termos de matéria tributária, tal preceito representado pelo princíÍ>io da:
Q irretroatividade
b} estrita legalidade
c) isonomia
..t
d) anterioridade
r· e) retroatividade benigna
~
12- Em 3~, foi publicada lei que institui contribuição para o
imanciamento da seguridade sociaL A partir de que momento poderá ser
iniciada a cobrança desse tributo?
a) 01.01.98
b) 45 dias após a publicação da lei
@ 90 dias após a publicação da lei
d) 01.01.99
e) l35 dias após a publicação da lei
a) O Poder Executivo pode, nos tern10S e limites estabelecidos em lei, alterar a alíquota
do Imposto sobre a Propriedade TelTÍtorial RuraL
5
.~
tJP;O
° Poder Executi,o pode alterar a ~ase de cálculd do Imposto Sobre Prod utos
industrializados por meio de Decreto.
@o Poder Executivo pode. por decreto. nos termos e limites estabelecidos em lei.
alterar as alíquotas do Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro. ou
relati,as a Títulos ou Valores Mobiliários.
d) Somente por lei complementar a alíquota e a base de cálculos dos impostos podem
ser alteradas.
16. (OAB-DF/2004) A tão falada reforma tributária, que deveria ser aprovada
como forma de simplificar o Sistema Tributário Nacional, reduzir a carga
tributária e, com isto, diminuir a sonegação fiscal, resultou, somente, numa tímida
edição de mais uma Emenda Constitucional, a de nO 42. Dentre as vantagens para o
contribuinte, está a vedação de se cobrar tributos antes de decorridos noventa dias
da data da publicação da lei que os instituiu ou aumentou. Todavia existem três
impostos que, de acordo com a citada Emenda, mesmo estando sujeitos ao
Princípio da Anterioridade, não estão sujeitos a essa noventena: um deles
totalmente excetuado e dois outros excetuados, apenas, no que concerne à fIXação
da base de cálculo. Assinale a alternativa correta em que esses três impostos se ,_o
encontram:
a) Sobre o salário de R$l 0.000,00 do Pastor da Igreja Evangélica '~Valha-me Deus", não
incide impostos sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza, em virtude de
imunidade tributária:
(b) Sobre os terrenos pertencentes à Cniversidade de Brasília. localizados no Plano
J1iloto de Brasília. utilizados nas suas finalidades essenciais. não incide IPTU. em
vil1ude de imunidade tributária:
c) Os sindicatos dos trabalhadores estão sujeitos ao paganlento de IPVA. IPTU e ITR.
incidentes sobre os automóveis e ten'enos urbanos e rurais de sua propriedade. mesmo
que vinculados as suas finalidades essenciais. uma vez que não gozam de imunidade
tributári a:
6
d) As Representaçôes Diplomaticas acreditadas em Brasília. desde que haja
reciprocidade entre seus países e o BrasiL não pagam IPTU e IPVA sobre seus imóveis
e automóveis. em virtude de imunidade tributária.
a) II;
,~
@IPI; .
b) IOF; d) IPVA
7
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buscada por outro critério que não o hierárquico, como, por exemplo, o da
especialidade, pelo qual a norma especial possui primazia sobre a mais
genérica. ~.
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1I\é) A interpretação da legislação que concede isenção do ICMS deverá ser Jiteral. QJ1..Í1H cl1J
a) todas estão certas; b) apenas I e II estão certas; ---= ~/
6
DIREITO TRIBUTÁRIO
Professor: José Firmino netofirmino@ig.com.br
Direito Tributário ramo do direito público (só vai estudar a Receita Pública).
Estado: A - Atividade
F - financeira
O - obter Necessidades Sociais
G - gerir
A - arrecadar
R - reais (dinheiro)
r'
1 - Receita Originária - É a entrada
que vai para os cofres públicos originários
das atividades Estatais. É o dinheiro
produzido pelo próprio Estado. (É aquela
+:. Tipos de Receita em que o Estado obtém por seu próprio
patrimônio. Ex.: tarifas.
Direito Tributário
~"
2 - Taxas
São tributos contraprestacionais cobrados em razão do exercício regular (dentro da
lei) do Poder de Polícia; ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. É um tributo.
É contraprestacional (sabe-se para onde vai o dinheiro). É obrigatório. Incidência
múltipla. Sujeito Passivo: qualquer pessoa.
*** .&: Tarifa não é obrigatória. Atividade de direito privado. Prestada por uma
empresa concessionária. Entende-se que água e energia são tarifas.
A TAXA NÃO PODE TER A MESMA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO.
2.1- Competência: Qualquer ente Federado que prestar o serviço. É comum a todos
entes estatais (União, Estados-Membros, DF, Municípios).
*** OBS: Na taxa a competência administrativa vem antes da competência!
tributária, ou seja, quem realiza o serviço público ou poder de polícia é quem cobra.
compulsória; já aquela (taxa) é essencial, cobrada por entes públicos, é receita derivada,
/"'
é compulsória.
/"
3 - Contribuições de Melhoria
r-
Decorre de obra pública e da valorização do imóvel em razão da obra. O limite geral
,
,,~
de cobrança do tributo não pode ultrapassar o gasto da obra, o limite individual não
,,- pode ultrapassar a valorização do imóvel. Incidência única. Sujeito Passivo: pessoas
beneficiadas (que "lucram" com a melhoria).
*** OBS: A taxa tem a mesma característica da taxa. A contribuição de melhoria não
,r
/"'
se confunde com a taxa, pois esta é de incidência múltipla e para qualquer pessoa; já
aquela (contribuições de melhoria) é de incidência única e se destina ao proprietário do
,~
imóveL
,~
/"'
4
/'
r-
r
,~.
Tributo -/
._....,/.
pago em moeda, porém pode existir uma ação de "dação de pagamento", ou seja, pagar
alguma coisa com alguma outra coisa que não seja dinheiro. ~'
*** OBS: O ilícito pode ser tributado; o que não pode é a hipótese de incidência, ser
l
I
um ilícito.
.~
c) Espécies Tributárias:
. Entendimento do STF
4. Empréstimo Compulsório ....................... (Espécie)
~
ue foi acrescido, ; 5. Contribuições Sociais .............................. (Espécie)
porque está na I
Con1':tituicã,o ne R~" __~
1- Impostos
Não é contraprestacional. Tributo cuja obrigação tem o fato gerador uma situação
independente de uma contraprestação estatal específica.
3
4 - Empréstimo Compulsório
É tributo. Instituído pela União por Lei Complementar - NUNCA por medida
provisória. A competência é da União que se utiliza da Lei Complementar para criar
/'
esse tributo.
,~
,-,
-.-/
c~C
6
IV - utilizar tributo com ifeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fondações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§1 0
_ A vedação do inciso Ilr b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, r 153, r
IL IVe V; e 154, lI; e a vedação do inciso Ilr c, não se aplica aos tributos previstos nos arts.
148, r 153, r Ir III e V; e 154, Ir nem àfixação da base de cálculo dos impostos previstos nos
arts. 155, IIr e 156, 1
§ 2° A vedação do inciso Vr (a), é extensiva às autarquias e às fondações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3 0 -As vedações do inciso vr (a), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à
renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4° - As vedações expressas no inciso Vr alíneas (b) e (c), compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.
§ 5° - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
./ " '
§ 6° - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as
~
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do
disposto no Art. 155, § 2. ~ XIr g.
§ 7° - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
r
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se
realize o fato gerador presumido.
i
fmalidade Extrafiscal.
IPI
Reduzir ou restabelecer CIDE (Contribuição de Intervenção do
alíquotas Domínio Econômico).
Não pode aumentar. ICMS (Imposto sob Comercialização de
Mercadorias e Serviços)
--'
*** OBS.: o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que esse princípio atinge
também às multas. (Artigo 243 - CF: As glebas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e
especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e
medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei. Parágrafo único - Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em beneficio de instituições e
pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de
atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias).
/
Tributo Exie:ibilidade I~
Anual 90 dias
• lI, IE, IOF, (esses 3 no caso de câmbio de i
operações fmanceiras);
Não Não
• Empréstimo Compulsório (no caso de
calamidade pública ou guerra);
• Imposto de Guerra (art. 154 § 2°)
• IPI
• ICMS } só sobre o combustível ~alíquotas Não Sim i
• CIDE
• IPVA}-'" (Base de Cálculo) . Sim Não
• IPTU i
• IR
i • Contribuição para Seguridade Social Sim
Não
(Contribuições Sociais (as outras)).
• ITR, IGF, IPVA (alíquota), ICMS (qualquer Sim
coisa), ITCD, IPTU (alíquota), ISS, ITBI, Taxas, Sim
Contribuição de Melhoria.
r
Empréstimo Compulsório (art. 148 § 2° - CF)
• Despesas Extraordinárias (só essa está livre da anterioridade). -,'
Consiste no fato de que cada contribuinte deve pagar seus impostos conforme a
capacidade contributiva, ou seja, os ricos pagam mais e os pobres pagam menos. Este
princípio só atinge os impostos segundo a Constituição Federal.
10
-'"
Art. 151- É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio, em
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em
níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municfpios.
Art. 152 - É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
i
IPI À medida que o produto é mais
a) Seletividade importante, menor a alíquota. Para
ICMS (pode
ser i os menos essenciais, a alíquota é
seletivo) maior
IPI O valor do débito é compensado
b) Não cumulatividade no valor pago na operação posterior.
ICMS
I IR Incentivo das pessoas à
sociabilidade à medida que elas vão
c) Progressividade ITR constituindo patrimônio, o tributo
IPTU pode ter uma "redução ". (comentários
i meus)
I
11
r
1. Art. 153, §4<>, II .............................. lTR
2. Art. 153, §3°, IH ............................. IPI - Exportação
3. Art. 156, §2°, I ................................ lTBI
4. Art. 155, §2°, X, "a" ....................... ICMS - Exportação
5. Art. 149, §2°, I ................................ Contribuição Social- Exportação
6. Art. 195, §7° ................................... Contribuição p/Seguridade Social (SPA)
7. Art. 5°, XXXIV, "b" ....................... Isenção para defesa de direitos
8. Art. 184, §5° .................................. .Impostos Federais, Estaduais e Municipais
(Desapropriação para Reforma Agrária)
c) Objetiva: atinge o bem, a operação, NÃO a pessoa física ou jurídica. Ex.:
imunidade sobre livros ou jornais.
d) Subjetiva: atinge a pessoa física ou jurídica. Ex.: partido político, organizações
religiosas.
• ISENÇÃO: Está em leis infraconstitucionais (não está na CF).
I MUNICIP
I
COMPETÊNCIA UNIÃO ESTADOS D.F.
lOS
a) Concorrente X X X
Norma geral Suprimento S<tprimento
I b) Comum (Contribuições p/
X X X X
melhoria; Taxas)
c) Cumulativa (DF Mun
X r- ~ X ..:;; 0
+ Estados) / União (Territórios)
d) Exclusiva (Empréstimo
X
Compulsório)
e) Extraordinária (Imposto X
de Guerra)
..:;;
I
f) Privativa (Imposto) X
II, m, IOF,
IPI, IR, IGF, ITR
X"-
ICMS, ITCD
(móveis e imóveis),
~
X
" X
lPTU,ITBI
(imóveis), ISS
lPVA
g) Residual (ainda não foi,
Fato Gerador ainda não tributado Lei X
Complementar)
h) Contribuições p/
custo de Previdência X X X
(sustenta o servidor estadual, do DF I
~'
e/ou municipal)
12
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
FONTE
Formal
Principal Secundária
L Constituição Federal * Decisões
2. Emendas à Constituição Administrativas
3. Leis Complementares (30 dias após a publicação)
• REGRA GERAL
Observa-se o princípio da anterioridade.
• EXCEÇÕES
o Início da Vigência
• Vigência da Legislação Tributária no Espaço
Leis Municipais Municípios
. Leis Estaduais Estados
Leis Federais Na esfera Federal (Leis do DF)
Leis Nacionais Para todo o território + DF
13
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
~ Gramatical
penal)
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
1) Definição: É o poder juridico pelo qual o Estado com base exclusiva na Lei
pode exigir do particular uma prestação positiva ou negativa nos termos e condições
definidas pela Lei Tributária.
3) Espécies
14
..-/
4) Elementos
1) Lei
2) Fato Gerador
3) Sujeitos
4) Objeto prestação principal ou acessória
{
Base de Cálculo
Quantitativo
Específica (unidade de medida)
AUquota {
Ad Valorem (percentual)
4.2 - Sujeito:
• Ativo: É a pessoa juridica de direito público, titular da competência pra instituir
t
,'~ o tributo.
• Passivo: É a pessoa que tem a obrigação de cumprir o objeto da relação juridico
obrigacional.
Obrigação principal
Obrigação acessória
15
.~
COMPETÊNCIA CAPACIDADE
TRIBUTÁRIA
f:. TRIBUTÁRIA ATIVA
Só quem cria ou institui o Pode ser delegada à Pessoa
tributo são: União, Estados, Jurídica de Direito Público. .-/
Independe
a. Capacidade b. Restrições Civis, Comerciais, c. Pessoa
Civil Profissionais, de Administração Jurídica
Direta de seus bens ou negócios. regularmente
constituída.
16
j
III quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no
território da entidade tributante.
§ 10 - Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos oufatos que deram origem à obrigação.
§ 2 0 - A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.
Regra Geral: A pessoa diz onde ela tem domicílio, se não disser, o FISCO
determina.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Responsabilidade por:
• Substituição
• Transferência
/'
r-
17
a) Responsabilidade dos Sucessores (art. 129 a 133 do CTN)
Pessoal
Tipos Empresarial
{
Imobiliária
Art. 129 - O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias
surgidas até a referida data.
Art. 130 - Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
Art. 131 - São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remetente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
11- o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de "cujus"
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão,
do legado ou da meação;
111 - o espólio, pelos tributos devidos pelo de "cujus" até a data da abertura da sucessão.
Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fosão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas
pessoas jurídicas de dir~ito privado fusionadas, trqnsformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por
qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma j
individual.
Art. 133 - A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer titulo, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
18
~.
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até a data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de
6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.
§ 1" O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I - em processo de falência;
II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
ê'
§ 2" Não se aplica o disposto no § 1" deste artigo quando o adquirente for:
I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo
devedor falido ou em recuperação judicial;
II - parente, em linha reta ou colateral até o 4" (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do
devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o
objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3" Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade
produtiva isolada permanecerá em cOnta de depósito à disposição do juízo de falência pelo
prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
19
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de
caráter moratório.
~,-'
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ~-~/
social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
11 - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
......
Denúncia Espontânea
a. Exclui apenas as b. Não dispensa o c. Deve ser antes de
penalidades punitivas, não pagamento do tributo e qualquer procedimento
as moratórias demais encargos administrativo ~.
20
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra
estas.
LANÇAMENTO
1) Definição:
É o procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência do fato gerador
correspondente; detenninando a matéria tributável e o montante do tributo devido, bem
como a penalidade aplicável.
a::::::::> O lançamento transforma matéria líquida em matéria tributável líquida e
exigível, passível de penalidade.
2) Natureza Jurídica:
Ato declaratório (só declara algo que já existe)
3) Tipos:
3.1 - Por declaração (= misto) - Nesta espécie, encartada no art. 147 do Código
Tributário Nacional, tanto a Administração como o contribuinte desempenham ativ.idade
própria. À Administração cabe a tarefa de investigar os casos sujeitos à tributação e
apurar as relações de fato e de direito que sejam essenciais à obrigação tributária, além
de efetuar o cálculo do tributo, cabendo, por sua vez, ao contribuinte o papel de entregar
os dados necessários para que o lançamento possa ser efetivado.
É apontado como o método mais completo, por apresentar as maiores garantias
formais, principalmente para o contribuinte.
É feito pelo FISCO a partir da base de cálculo fornecida pelo contribuinte (ITSI,
ITCD). O contribuinte faz parte (é ele que leva a base de cálculo para o FISCO).
21
3.2 De Ofício (mais usual, mais formal) - Esta espécie de lançamento, prevista no
art. 149 do Código Tributário Nacional, é levada a efeito, como o visto, exclusivamente
pela Administração, de modo que, concluída a apuração e fIxado a quantum, a
notificação do lançamento é expedida.
É aquele feito só pelo FISCO. (IPVA, IPTU). Qualquer tributo pode ser lançado de
oficio / Todos os tributos são lançados por oficio. O FISCO faz tudo sozinho (manda o
tributo para a casa do contribuinte) -../
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Definição:
É o direito subjetivo que o sujeito ativo de uma obrigação tributária tem para exigir
do sujeito passivo ou seu objeto. É uma atividade vinculada e decorre da obrigação
tributária.
É o vínculo jurídico que obriga o contribuinte ou responsável (sujeito passivo) ao
Estado (sujeito ativo) ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.
22
o crédito tributário surge da ocorrência do fato gerador descrito em lei tributária ou
norma. Para que o Estado possa exigir o crédito tributário, é necessário que ocorra o
fato gerador, e que o Estado individualize e quantifique o valor a ser pago, com o
lançamento. O credito tributário não participa do concurso de credores ( ex: inventários
e outros), ressaltando ainda que ele possui privilégios ( regalias) e preferências. Como
por exemplo se a Fazenda Pública estiver defendendo um crédito qualquer que
posteriormente é colocada pelo magistrado a participar do concurso de credores,
percebe-se que a situação será procedente, pois todos poderão participar do concurso de
credores uma vez que todos são iguais perante a lei; pois afinal o privilégio é apenas do
crédito e não da pessoa jurídica.
• A moratória
Moratória é a dilação do prazo estipulado para o implemento de uma prestação,
levada a efeito por meio de convenção entre as partes, e debaixo da lei.
A concessão de moratória depende sempre de lei. Seria impossível que a
Administração, sem fundamento legal, pudesse levar a efeito tal sorte de operação. A
23
lei, contudo, pode proceder de forma geral ou em caráter individual (art. 152, I e 11, do
CTN). ./
24
• A concessão de medida liminar em mandado de segurança
O mandado de segurança é instrumento jurisdicional, preordenado à proteção do
direito líquido e certo violado pela autoridade. Em assim sendo, não poderia deixar de
amparar o contribuinte colhido por qualquer sorte de ilegalidade. Desde que presentes
os fundamentos para a concessão da liminar - relevantes fundamentos juridicos do
pedido e periculum in mora -, o magistrado deverá conceder a medida initio litis,
sustando, destarte, a exigibilidade do crédito tributário até a sentença, que, se
concessiva, confirmará a medida e, se denegatória, implicará a recuperação de
exigíbílidade do ato até então sobrestado.
• O parcelamento
Finalmente suspende-se a exigibilidade do crédito tributário com o parcelamento. É o
que determina o inciso VI do art. 151 do Código Tributário Nacional, que foi acrescido
pela lei Complementarn. 104/01.
O parcelamento será disciplinado nos telIDos de uma lei especifica, é dizer, uma lei
que trate exclusivamente da matéria.
As causas que dão ensejo à extinção do crédito tributário vêm elencadas no art.
156 do Código Tributário Nacional, que diz:
25
II- a compensação;
111- a transação;
IV-a remissão;
V-a prescrição e a decadência;
V1- a conversação do depósito em renda;
VII- o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no art. 150 e seus §§ 10 e 4 0
VII1- a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 20 do art. 164;
IX- a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X- a decisão judicial passada em julgado"
• Pagamento
O pagamento deve ser definido como a satisfação, pelo sujeito passivo, do débito do
tributo em face do sujeito ativo da obrigação.
• Compensação
É um encontro de contas. Tem como pressuposto a existência de duas relações
jurídicas diferentes, em que o credor de uma é devedor de outra e vice-versa. É o que
reza o art. 1.009 do Código Civil: " Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e
devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem".
Surge como atividade vinculada, regida que é pelo princípio da estrita legalidade. Por
óbvio, este tipo de extinção só se opera quando estiverem presentes:
a) reciprocidade de obrigação;
b) liquidez das dívidas;
c) exigibilidade das prestações;
d) fungibilidade das coisas de vidas.
• Transação
Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário levada a cabo por credor e
devedor mediante concessões mútuas, indicando a lei qual a autoridade competente para
efetivá-la.
26
• Remissão
Fónnula extintiva do crédito, consistente na liberação graciosa de uma dívida pelo
credor, vale dizer: remitindo, o Estado dispensa o pagamento do crédito tributário. Para
tanto o CTN estabeleceu cinco hipóteses de perdão da dívida, calcadas na análise da
situação factualleconômica do sujeito passivo, da região onde se encontra, e do sujeito
ativo.
• Prescrição
Prescrição é o desaparecimento do direito de ação por não tê-la promovido o titular
do direito no tempo hábil. É o prazo para o exercício do direito de ação. Nasce a partir
da constituição defrnitiva do crédito e pode ser interrompida por ato judicial
diligenciado pelo titular da ação (art. 174, I a TIl) ou por ato inequívoco, ainda que
extrajudicial, do devedor, que importe em reconhecimento do débito (art. 174, IV).
Suspender a prescrição significa paralisar o seu curso enquanto perdurar a causa da
suspensão. O prazo continua o seu curso pelo período remanescente.
• Decadência
Decadência é o perecimento do direito material em face da ausência do seu exercício
no prazo marcado em lei. Assenta-se, pois, no decurso do tempo, posto que o decurso
do prazo então determinado fulmina o direito de a Fazenda realizar o lançamento,
garantindo assim a segurança da relação jurídica.
28
As modalídades de exclusão do crédito tributário foram reguladas pelo CTN, que
estabelece:
"Art. 175. Excluem o crédito tributário:
. ~
I - a lsençao;
~
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído ou
dela conseqüente".
Diferenças:
Isenção Remissão Anistia
I
Faz desaparecer o tributo já Faz desaparecer a sanção
I·
29
j.lJ1~ ~up r~
1
04- Quanto ao domicílio tributário, assinale a~õJreta:~
- domicilio tributário; v
b) a autoridade administrativa pode recusar o domicilio eleito, quando este
impossibilite ou dificulte a arrecadação ou fiscalização do tributo; ..J
@) quanto à pessoa natural, o domicílio será, na falta de eleição, o local de
sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, ~r
onde for encontrada; "
d) será, na falta de eleição, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o
lugar de sua sede;
e) será, na falta de eleição, quanto às pessoas jurídicas de direito público,
qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. v
a) Indireta.. c) Punitiva. j
@ àUnião
b) ao Distrito Federal
c) ao Distrito Federal e à União
d) à União, aos Estados e ao Distrito Federal
e) à União, aos Estados e ao Distrito Federal e aos Municípios
~~ ~''f 0-.
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J; " •
- ~~~:r rV-~i.JJ~ . -./
d) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição
resolutória ou suspensiva
e) na data da publicação do negócio jurídico condicional
09- (TTN/94 - ESAF) "A" arrematou em hasta pública um imóvel, sendo certo
o
que o anterior proprietário, "B", há quatro anos deixava de pagar imposto sobre
a propriedade territorial urbana. Esse crédito tributário
3
13- (fRF/2000 ESAF)
• Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos
procedimentos exigidos do contribuinte para assegmar a melhor fiscalização do
pagamento? ~
• O sujeito ativo da obrigação tributária se define corno aquele que atua no
cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da
o
• Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato
gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a
dívida primeiro do outro responsável? .."....~
4
.../
16- AFTN/mar/94 - ESAF) Para efeito de determinar o momento da ocorrência do
fato gerador, os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados,
sendo resolutória a condição,
a) subsidiária
b) solidária
c) complementar
@ pessoal
e) parcial
5
20- (AFTN/96 - ESAF) Sobre a competência residual tributária, prevista na
Constituição Federal no art. 154, inciso I, é certo afirmar que:
a) pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos, desde que
mediante lei complementar estadual
b) refere-se também às taxas e contribuições de melhoria, desde que não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na
Constituição Federal
Cê) restringe-se à espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito
ao princípio da não-cumulatividade
d) mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir
competência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar
estadual
e) requer lei complementar federal, que o imposto seja cumulativo e não
tenha fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados
na Constituição
23- (TTN/94 - ESAF)Um tabelião perante o qual se praticou ato que consista em
fato gerador de tributo, e mostrando-se impossível a exigência do cumprimento da ~.
6
.../
EXERCÍCIOS SOBRE ORDEM SOCIAL
02. (CESPE - Agente de Polícia Federal) Acerca da ordem social, julgue os itens
su bseqüentes.
f 7. A seguridade social, que pode ser definida como o conjunto de ações integradas, de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas exclusivamente a
assegurar direitos relativos à previdência social e à assistencial social, tem como um
dos objetivos que fundamentam sua organização a diversidade da base de
financiamento.
v 8.0 deveI' do Estado para com a educação tem como uma de suas formas cle efetivação a
garantia de progressiva universalização do ensino médio gratuito.
" 9. Para garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, são indisponíveis as
terras arrecadadas pelos estados, por ações discriminatórias, que sejam necessárias à
proteção dos ecossistemas naturais.
FIO. A Constituição Federal, em respeito à livre decisão do casal, veda qualquer forma de
participação do Estado no planejamento familiar.
~
em dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
E) As ações governamentais na área da assistência social são realizadas com recursos
o orçamento da seguridade social, sendo proibida a obtenção de recursos de outras
/' fontes.
1
v 1- a saúde é um direito de todos e dever do estado.
v H- as ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao poder público
v dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
IH- é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a
instituições privadas com fins lucrativos.
Em relação às afirmativas acima, pode-se dizer que:
A) somente II está correta;
B) somente I e TI estão corretas;
C) somente II e TIl estão corretas;
m somente I e m estão corretas;
Q:)Jtodas estão corretas.
05. (INSS-02-Auditor) - Assinale a opção correta.
a) Beneficios assistenciais são pagos a quem deles necessitar, desde que a pessoa
beneficiada desempenhe atividade que a torne filiada obrigatória da Previdência Social.
b) Nos termos literais da Constituição Federal" a Previdência Social está compelida a
assegurar proteção ao trabalhador em situação de desemprego voluntárIo ou
involuntário.
c) Nos termos da Constituição Federal, a pensão por morte de segurado da Previdência
Social somente é devida à mulher. O homem, viúvo de segurada, não faz jus ao
~neficio.
~Pessoa que participa de regime próprio de previdência não pode filiar-se, como
segurado facultativo, ao regime geral da previdência.
e) A interpretação correta da Constituição Federal conduz à conclusão de que todos os
beneficios previdenciários, para manterem o seu valor real, devem ser atualizados nos
mesmos índices e na mesma data em que reajustado o salário mínimo.
~
somente I está incorreto.
c) e N estão incorretos.
I e TI estão incorretos.
e) m e N estão incorretos.
2
~~v )x>.«{ÃÁ,úJOf' r~ .
PARTE FINAL DO DIREITO TRIBlJT.ÁRIO
1
pagamento
d) decisão administrativa irreformável: isenção; depósito do montante integral
e} depósito do montante integral: remissão: conversão de depósito em renda
a) compensação
b) depósito do montante integral
~ transacão
\!QJ conversão de depOSIto em renda
e) consignação em pagamento
a) pagamento
~2)isenção
c) transação
d) conversão de depósito em renda
e) concessão de medida liminar
2
09- Sobre anistia e remissão, não podemos afirmar:
® A Moratória e o Parcelamento.
b) A Isenção e a Anistia.
c) A Moratória e a Isenção.
d) A Anistia e o Parcelamento.
3
14- (ESAF) A dívida tributária regularmente inscrita
4
18-(ESAF) No que diz respeito ao lançamento tributário, pode afirmar-se que, de
acordo com o Código Tributário Nacional
20- (AFTN/set/94 - ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem,
podemos asseverar que:
21- (AFTN/96 - ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que" seguem,
podemos asseverar que:
5
11 A compensação independe elê prensa0 legal expressa. posto qUé o
instituto já se encontra amparado pelo Código CiviL
OI- A decisào administrativa. ainda que objeto de açào anulatória~
extingue o crédito tributário.
24-(AFTN/98 - ESAF)
(I) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário:
(2) Modalidade de extinção do crédito tributário sem adimplemento;
(3) Perdão da infração.
6
" ',,',.':' • >. : •• -," •
• •
.~- .
•
-.-_.•
Salário-de-contribuição ......................... ............. ;.............................................. 53
Conceito ...~........................ .................... ........................................................ 53
Parcelas integrantes e parCelas não-inte tes .............................................. 54
Pro.porcionalidade .......................................................... ~ .............................. 53
•
•
•
• Arrecadação e recolhimento das contribuições stinadas à
seguridade social ........ ;.......................................... ........................................ 55
•
• Obrig~es da empresa e demais contribuintes ........ .................................... 55
•
• Prazo de recolhimento ..................... .'............................. ...................:............ 55 •
• Recolhimento fora do prazo: •
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~ ~ ~\:lv §/ 'St' . .. ~J>
·t
'}CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO ~ Márzio Ricardo de Moura I Sebastião Faustino
't -i {I I DIREITO TR.unlRIO "castigados" pela elevada carga tributária brasileira, ela
~\ ~. 1IJt,
não se confunde com as obrigações pecuniárias devidas
OTRI8UTO como punição por um ato ilícito.
Entretanto, há que se ressaltar que o
\ . _laNCEIrO ENATUAEZA JUIÚDICAC1r\ ::TN'estabelece que a
~ iS o concei~e tri
i 410 art 3 do y:.~o..
0
hj<" r.nessecaso, a!nUl!ã não se tomou tributo. IDas se equip!!!9u .;:
'"::J .cs . -ª ~1e nara eleitos de co~ IN-d jf.pCf .:-?,
d~ Art. 30 Tributo é~ç~~l!!- Pelo,pJ;iQcfP.lo 9iJ~~mente 'Ille1Poderáexi- -c>
1 ~.
~ !
.Put.sti3. emmo~ou cuj
lmf, Que não constituasaJ IC:i,~~~.
lDStitiitT miijora.r . ~
1~"~~~~~
011
. . lei compleme5. ~'"
I .p."
. o pagamento de tributos é ~tór.Ül e'd~
colpO Já visto.
• A exigência de que o tributo tenha de ser cobrado me-j
~As prestações con~ (ex.: .•.. diante . 'dade admi is . e v' ui significa.
~6utos. pois essas obrig.:l.ções decorrem de que a es a discriclonanroa e autorida~
:J.
., til:!
~I ~esos i:irteressados. que~ Obri~'r força dos de a . tiva. Esta têm 'ãe se vlDculãr estritamente t
;1)
on (contratos dê ãaesão)/ê- não lei. . à lei instituidora do tributo, seguindo-lhe, exatamente,
•. . . buto representa uma ohripçJp ser paga em os comandos sem nenhuma possibilidade de utilizar-se
.....
principio. nã~ se deveria aceitar o pa~amento
dinheiro expresso em moeda corrente. Dessa forma, em
~
ntanto, de
tal possibilidade no~ _
ífíca o ente tributante estabelecer
~
v É sempr~queo Estado cobre tributos de qual fincidência cJg trjhnÚl e, somente após sua ocorrêncfa
quer atividade que Implique a .sição de disponibi' de concreta, é que o tributo é devido.
econôniica, ainda que a atiVÍ ade tribu seJ Cl Não basta que a situação fática que se queira tributar
2~ como o tráfico de entorpecentes. Nesse caso, a re a se pareça com a hipótese de incidência descrita em lei; é
~ auferida com a atividade ilícita é fato gerador do imposto preciso que p!!.sê..9Jn9ldru.!t cO!!!ple~~ ou seja, que
-::\:s de renda, pois como estabelece o § 10 do art. 43 do CTN: haja perfeitt"sU1)sul1ÇãÕdo'1a:tolSComdó á hipótese de
~ "a incidência: do imposto' independe da denominação ~cidênc!! de'Scntã na lei. ,)vf:6U (~",,".,di~-ci,c.
rJç-ro
da receita. ou do rendimento, da localização, condição
f
F jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma FU~6Es DO TRIBUTO Ji~"~ \~t: lL.
~otributoéo dLeroEs
depetcepção", Isto é, a apli - ' . cf' 'o do
non olet, ou seja, o dinheiro, não tem cheiro' ,o quequer
. dizer que não se faz diferenciação entre as rendas obtidas tads> ç~. Entrefa.pto, alguns podem
de origem lícita ou ilicita pata efeitos de incidência do s;;. usados pelo Estado como forma d~mentar s~
imposto sobre a renda, Dai, ao ser apanhado o traficante, iais e econômicos. Dessa fonna, determi
além da responsabilização penal, será tnbUtado pelas suas S-flO4~pa~}U.iquoÚ!
atividades que tenham implicado a aquisição dé disponibi
lidade econômica e pagará multa pelo não-adimplemento
de suas obrigações tribútárias no tempo devido.
. Portanto, a expressão "(.,.) que não constitua sançlio
de ato ilicito" não significa que as atividades ilícitas não
possam ser tributadas, visto que~ipcidênciª do imposto
d da d ende a e tividade ., . o
ter tido conte o econômic~_Signífica apenas que não é
tributo aquilo que teiihâ a natureza de castigo, peDa- Ou
seja, qualquer quantia paga a título de punição por um ato ~J!e~ ~~o;."Sm)-êxlíifiscais: o imposto
ilícito (ex.: umamulta por ~ssão de nota fiscal quan
e Importação, o Imposto de exportação, o Imposto sobre
Ot6.: do esta fosse exigível) não pode ser considerada tributo,
Operações Financeiras (IOF) e. o Imposto sobre Produtos
IJ visto qu~~b.e.tol~ é castigo. Por mais qu~ nos s~os
:ndl;lstrializados (IPI). ij4 situaç?e~ eu; que o ~b~!O ~o _
r~ 9" ~ ~v~· f-rc..:NUVtki'l /'.;.."fr't~.f.'OJV ~i .Vl?J:;A\J\ IJ...: ~.u"ft'rN..o.r;c'V
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~ afiVlããdes autônomas e de in~te .
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. -e:J~ TRIBUTOS,
,·~S
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,-, • .,.J
Tributo é o gênero do qual, no Brasil, derivam cinco
i'! espécies, a saber:
j"R .1. .·Imposto-{arts. 145, I; 154; 195, m, todos da CF
e art. 16 do CTN);
.t • Tua -(art. 145, n e § 2°, da CF e art. 77 do CTN);
> • Contribuição de M'elboria - (art. 145, m, da CF
e art. 81 do CTN);
. 'j ~l\ • Contribuiç6es Especiais (sociais, interventivas
,
'~
~
,..
d"
~'ii .
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~ ~o. Y(arts.l45,
t~os
.
I; 154; 167, IV; 195, 111,
. ,art. 16dõtrN)' - -
i
~ irá aplicá-los nas despesas gerais (saúde, educação,
".
'Ô,p:ansportes etc.) do Estado na formaestabelecida em seu
f orçamento. Nesse sentido, cabe cÍtar'o~, 1ft m~
~ que yecJa ao legisl~or ordinário a vinculação da recena
. . a ór ao do ou despesa. . .
t
No.entanto, há ··a essa regra de não-vincu
~ lação. dos impostos: .'. .. . =
. Q • o inciso IV, infine, do art. 167 permite.,que um..ng:
::>centual fixo da arrecadação de ai uns impos'tos da União
., seja destinado aos sos e uniCl lOS S os s
r-"\ tãdos sejam repartidos 9.'2tiiOS Municipios~ puro processo
êonstTtúCiõ'nld:meJItêcõnhecido como~WiãgJiQbutári"
que será estudada em item especificoillais a ent:;; I
• o § 4° do art.167 da CF permite a vinculação de profissional'
lpostOS dos Estados e MuniCínios à nnitacão de ' .'
lU contraf!.arantia à União, Dor
para pagamento Ai dtbitos para .com esta; . b. Taxa (art. 145, II e § 2°, da CF e art. 77 do CTN) .../
- • o § 2° do art. i 98 da CF estaõeleêê<rne a União, os·
Estados e os MunicíPio~~e:;r~e recursos mini- É o tributo, de natureza Federal, Estadual ou Muni
~
- mos em ~ões e serviços e au e a pã.i'tifãaãPJ.iCãçifõ cipal, que tem como fato gerador o exercício regular do
:.. 5.:e..;eerceDfu."~~ªe.}~f2i1i.ft~(i?fu'_~~ poder de polícia, ou a utilização efetiva ou não de serviço
:.. : \I ~~erativo; e..;;> ,.,.~. . .lo' público, específico e divisível, colocado à disP9sição ,oQ\~p,ÔjJtj
j' f'jCf:Ç ';-~'R~~I'ÇAO '1'R~V~~tAI m5if\S:~ . DE
y \J'ttJ'(O ':bE JithO~; 1e:f,CVll:-SO,s M\tJ\tAO~ 1 . ../
LbP;~.()'N"'OPI Ou \j)~\1i~~ 6tf\1U~l~'f\ A ''''N\,#> (€:S\~DO~t; l"lV!'!;) E '?f\Gf\ fUl\llltt.1p:
~,
Vestcon
I
5
do contribuinte; A taxa vincula-se a uma atuação estatal normas de direito público. A adesão é compulsória e o
específica, contrariamente aos impostos. Dessa forma, o pagamento, obrigatório.
valor arrecadado custeia diretamente o serviçO prestado .Nem sempre essa distinção tem sido fácil na história
.ou posto à disposição. Ex.: taxa judiciária, e~o de da oferta de serviços públicos no Brasil. Veja o caso do
passaportes,'certidões, taxa de esgoto, taxas de inspeção esgoto e da; água. A rigor, em localidades onde esses
dosbotnbeiros, taxas para policia em eventos particula.tes. serviços fossem colocados à disposição' dos usuários,
Para ser cObrada, entretanto, a taxa não pode ter base mas com utilização de caráter obrigatório (ou seja,.a lei
de cálculo de impostos e precisa obedecer à determinação não permitisse poços e nem fossas )/á remuneração des
legal de ser divisível, ou seja, ser capàz de fiXaio montante ses serviços deveria ser feitá mediante taxa e sofrerlaas
exigível para cada contribuinte. Nessá linha, houve muita limitações impostas pelosprincipios gerais da tributação
discussão acerca da validade da antiga taxa de ibimina (legalidade, anterioridade etc.). Por outro lado, se. a lei
ção pública, visto que·não era' possível individualiZar o local permitir meios alternativos à populaÇão para oQter
consumo' 'de 'ilutninaçãopública para cada contribuinte, água e dispor,de seus dejetos, o serviço .estatal oferecido,
portanto, não deveria: o sei'viçoser cobertopor taxa. mas pelo ente politicq ou por seus delegados, não teria najureza
pelos impostos gerais. Essa penden:ga foi resolvida com a obrigatória, seria facultativo. portanto, seria remunerado
mediante preço públicó. A questão tem valor. a~~mico,
cii~ção da contribuição de ilunlinação pública por inter.:.
mas o temajá estárazoavehnente paci:ficadQ pelo Supremo
médio da EC'n° 3912002; qUe incluiu o art. 149:.AnaCF. Tribunal Fed.eral, que: "j~ decidiu, reiteradamente, que a
O pOder de policia é a competência estatal pàra esta natur~ jurídica da remuneração dos serviços de água e
belecer limites aos interesses de particulares; bem como esgoto, prestados por concessionária de serviço público,
disciplinar seus direitos, interesses ,ou liberdades em face é de tarifa ou preço .púbÚco, consubstanciando, assim,
do interesse público: São'regúladas' as atividades concer contraprestação de caráter nã,o-tributário."l .
nentes à segnrança, à 'higiene, à brdem, aos costumes, à
tránqüilidadepública:; à disciplinada produção e do merca c.Cc.ntribuição de Melhor:ia (art. 145, 111, da CF
do, ao exercício de atividades econômicas que dependaln e art. 81 do atf)
de autorização ou concessão; ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais e coletivos. É um tributo cuja ol;ingação tem~mo fato gerador a
É preciso esclarecer que as atividades submetidas ao valorização de imóveis decorrentes de obrapúWca. Dessa
poder de policia geral são custeadas por impostos e não forma, a construção de uma ponte ou o càlçam~ritode uma
por taxas. As taxas são devidas quando o particular requer rua que impliquem a valorização imobitiária-eDsejam a
do Estado uma,Providência específica do poder (te policia cobrança de contribuição de melhoria. O CTN estabélece
para seu caso. E o caso, por exemplo, de um â1vábide fun que a cobrimça de e.ad;a proprietário beneficiado'deve se
cionamento de um estabelecimento comerciaL b Estado limitar ao acréscimo de valor da obra que re.sultar para
custeia sua emissão com a cobrança de taxas, qu~deverão cada imóvel. W{o.rmaainda que a arrecadação só pode
ser pagas pelo interessado. A fiscalização' . ser efetuada até o valor total da despesa da obra pública.
estabelecimento, entretanto, é Custeada pelos'impostos A Constituição não" se nianifesta acerca desses limites
gerais, uma vez que se trata de atividade e~ífica do impostos peÍo CTN. ' . . ' .. '
poder de policiá geral. . i Esse tributo pode ser instituído pela União, Estados,
. ..I ~ Municípios e DF, no ânibito de suás competências, depen
b.1 Taxa x Preço Público
1 dendo de que ente politico realizou a obra. Por exemplo, se
A distinção entre taxa e preço público está descrita a obra for federal e dela decorrer valorização de imóveis,
na Súmula nO 545 do Supremo Tribunal Fede11l1: "Preços não podem oMUIÚcípio, o EStado eo DF instituí-la. Nesse
caso, caberia à União fazê-Io, se asSim desejasse. Porém,
de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
se não <> fizer, nenhUJ:Ú outro ente politico poderá faZê-Io
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua
em seú lugar.
cobrança condicionada à prévia autorização orçaD1entária,
em relação à lei que as instituiu". d. Contribuições Especiais (Contrlbuiçõessod,-Is,
O preço público .decorre·da utilização de serviços intervefttwas e outras) (arts. 149, 149-A, 174, 195,
públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que 212, § 5°, 239 e 240, todói da CF)' .
a Administração Pública, diretamente ou por meio de
delegação a concessionário ou permissionários, coloca à : Compete exclusivamente à União instituir contri
disposição da p'Opulação; que poderá contatá·los ou não buições sociais, de intervenção no domínio econômico e
(ex.: telefone, luz, gás encanado). Sãoserviççs prestados . de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
em decorrência do eStabelecimento de uma relação contra ressalvada a competência de os' Estados; .Ó DiStritoFe~
tuâl, regida pelo direito privado, de natureza prÓ'Cidádão e , deral e.os Municípios instituÚ"em regime previdenciário g
que viSam atender aos úsuários quanto a suas comodidades
ou necessidades pessoais. A adesão é facultativa, mas,
próprio, que será cuSteado mediante contnbuição do res
pectivoente público e de seus servidores ativos, inativos
I
~
uma vez' estabelecida a relação, o pagamento do serviço
é obrigatório.
e pensionistas. g
.xl
A taxa decorre de estipulação legal e serve plilIa cus .d.1 Contribuições Sociais para o Financlamentó da ...
I•
tear, naquilo que não impostos não cobrirem, os serviços Seguridade Social (art.195 da Constituição Federal) ~
públicos essenciais à soberania do Estado, compulsórios A Constituição Federal estabelece que a seguridade ;
(a lei não autoriza que outros prestem alternativamente soci~ será financiada por toda a sociedade, de forma ~
esses serviços) e divisíveis prestados ou colocados à dis
posição diretamente pelo Estado. O tema é regido pelas I (REsp n° 740.967/RS, ReI. Ministro LUIZ FUX, DI de 28/412006).
S
J)\~f\6:lfi
~
6 Vestcon
direta e indireta,. nos termos da. lei, mediante recursos de 30 de dezembro de 1991, nos termos do inciso I do
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do art. 195 da Constituição Federal.
Distrito Federal e dos Municípios. As leis que tratam da Esse tributo é devido pelas pessoas jurídicas de direito
questão são as Leis nO 8.21211991 e nO 8.213/1991. privado e às que lhes são equiparadas pela legislação do
A empresa ou a entidade a ela equiparada na forma da imposto de renda, inclusive as empresas públicas, as so
lei contribui sobre: a) a folha de salários e demais rendi ciedades de economia mista,. s~ subsidiárias e as pessoas
mentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, jurídicas a que se refere o § lOdo art. 22 da Lei n° 8.212,
à pessoa fisicàque lhe preste Serviço, mesmo sem vinculo·
empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro.
.. de '1991. A apuração da contribuição (e também do PIS)
dar-se-á em conformidade com as Leis Complementares
-"
Essas contribuições sociais previstas poderão ter alíquotas nO 70, de 30 de dezembro de 1991, n07,de7 de setembro
ou bases de cálculo diferenciadas. em razão da atividade de 1970.
econômica; da utilização intensiva de. mão-de-obra, do Destina-se exclusivamente (posto que é contribuição,
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado portanto, tributo vinculado) às despesas com ativida
de trabalho. des-fim das áreas de saúde, previdência e assistência
O trabalhador e os demais segurados 'da previdência social. São imunes à Cofins as receitas das entidades
social também contribuem. Não incide, entretanto, con beneficentes de assistência social que atendam as exi
tribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo gências estabelecidas em.1ei (CF/1988, art. 195, § 7"f
regime geral de previdência social nos casos de: cobertura e aquelas decorrentes de exportação (art. 149. § 2°, I, da
a doença, invalidez, morte e idade avançada; proteção à Constituição Federal).
maternidade, especialmente à gestante; proteção ao traba São isentas da contribuição: as sociedades coopera
lhadorem situação de desemprego involuntário; salário-fa tivas que observarem o disposto na legislação específica·
nu1ia e awu1io-reclusão para os dependentes dos segurados quanto aos atos cooperativos próprios de suas finalidades;
de baixa renda; pensão por morte do segurado, homem ou as sociedades civis de que trata o art. lOdo Decreto-Lei
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. nO 2.397, de 21 de dezembro de 1987; as entidades bene
Contribuem, ainda, o importador de bens ou serviços
ficentes de assistência social que atendam às exigências
do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar e as receitas estabelecidas em lei.
de concursos de prognósticos (loterias).
Não são tributadas pela Cofins, ainda, as receitas
Essas, entretanto, não são as únicas fontes de custeio
relativas às atividades próprias das seguintes entidades
da seguridade social. A Constitúição estabelece q1,le a lei
poderá instituir outras fontes destinadas a garantir sua (art. 14, X, da Medida Provisória nO 2.158-35, de 24 de
manutenção ou expansão. Condiciona, apenas, que isso agosto de 2001):
seja feito obedecendo-se ao disposto no art. 154, I, da a. templos de qualquer culto;
Constituição Federal, que, dentre outras coisas, estabe b. partidos polfticos;
lece a necessidade de lei complementar para instituição c. instituições de educação e de assistência social que
de impostos compreendidos na competência residual da preencham as condições e os requisitos do art. 12
Uniãe. Devido à exigência de observância desse artigo, da Lei n" 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
o STF entende que novas contribuições sociais, de modo d. instituições de caráter filantrópico, recreativo, cul
análogo, somente poderão ser instituídas mediante lei tural, científico e as associações, que preencham as
complementar. condições e requisitos do art. 15 da Lei n° 9.532,
A Constituição estabelece que são isentas de contri de 1997;
buição para a seguridade social as entidades beneficentes e. sindicatos, federações e confederações;
de assistência social que atendam às exigências estabele f. serviços sociais autônomos, criados ou autorizados
cidas em lei. Na verdade, a Constituição incorre em uma por lei;
impropriedade ao dizer que são isentas. O certo seria dizer g. conselhos de fiscalização de profissões regulamen
que são imunes, já que a liberação do tributo é concedida tadas;
pelo texto constitucional. h. fundações de direito privado; /'
Quanto aos servidores titulares de cargos efetivos da i. condomínios de proprietários de imóveis residen
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí ciais ou comerciais; e
pios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado j. Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
-"
regime de previdência de caráter contributivo e solidário, e as Organizações Es~is de Cooperativas pre
mediante contribuição do respectivo ente público, dos vistas no art. 105 e seu § 1" da Lei n" 5.764, de 16
servidores ativos e inativos e dos pensionistas. No que de dezembro.de 1971.
couber, o regime de previdência dos servidores públicos Na égide da Lei nO 9.718/1998, a Cofins era um tributo
g titulares de cargo efetivo observará os requisitos e critérios cumulativo, ou seja, era cobrado em cascata sobre todas
I fixados para o regime geral de previdência social. as etapas da cadeia produtiva. Sempre foi um desejo dos
:s Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera
setores empresariais da economia que esse tributo passasse
a ser não-cumulativo, como forma de se reduzir a carga
i ção, bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime geral de previdência social.
tributária. Pela não-cUmulatividãde, os valores pagos em
uma etapa poderiam ser descontados dos valores a serem
I
I
pagos nas operações posteriores.
d..1.a) Cofins (Contribuição Social para Financia
mento da Seguridade Social)
A Contribuição Social para Financiamento da Segu
2 o STF entende que as leis mencionadas no § 4° e §7° do art. 195 devemo ser leis
complementares, apesar de não estar explicito, por conta, respectivamente, da
I
§ ridade Social foi instituída pela Lei Complementar nO 70, exigência de lei complementardo art. 154,1 da CF e da natureza constitucional
das questões referentes à imunidade. I _~
..",L.,-:
._.... _.. _--_._--_ .. -- - - - - - - . ~
~
Vestcon 7
Dessa fonDa, foi editada a Lei n° 10.833/2003. que Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração
estabeleceu a não--cumuhttividade genérica da Cofins real e de pagamento estabelecidas para o Imposto sobre a
O fato gerador é o faturamento (bruto) mensal, assim en Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e, no que coQherem,
tendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, as referentes à administração, ao,lançamento, à consulta,
;;J'? 'independentemente de sua denominação ou classificação à cobrança, às penalidades, às garantias e ao processo
contábil (art. 10 da Lei nO 10.83312003). No entanto, com administrativo, mantidas a base de cálculo e as aliquotas
a instituição da não-cumulatividade, não se observOu a previstas na legislaçãó em vigor para a contribuição, Isso
redução esperada da carga tributária. Na prática, houve significa dizer que as péssoas jurídicas obrigadas a apurar
aumento destsa carga. O efeito da não-cumulatividade e pagar o imposto sobre a renda com base no lucro real
foi anulado e superado pelo aumento excessivo da (resultado aJustado) e as que optem por fazê-lo com base
aliqueta, que passou de 3% para 7,6%. Essa alíquota é no lucro preswnido ou no lucro arbitrado terão de deter
aplicada sobre uma base de cálculo, que é o: faturamente , minar a base de cálculo da CSLL conforme esses regimes
mensal,representando o to~ das receitas auferidas inde de incidência. À pessoa jurídica não poderá, por exemplo,
pendente de sua denominação ou classifiçação contábil, recolher o IRPJ pelo luc,ro arbitrado e a CSLL pelo lucro
menos algumas isenções concedidas pela lei em tela.3 presumido. (Lei n° 8.981/1995 e IN-SRF n° 390/2004).
Àrecéita t:>rutaauferida pelos produtores ou importadores A CSLL devida será determinada, mediante a apli
não sofre taxação por essa alíquota, vez que é objeto de cação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre o lucro
alíquotas especificas previstas na lei. ajustado (real), presumido ou arbitrado, que é a base de
A MP nO 164, de 29 de janeiro de 2004, posterior éálculo do tributo ,(art: 37 da Lei nO 10.637/2002).
mente convertida com modificações na Lei n° 10.865.
de 2004, instituiu a Contribuição para o PISlPasep e a d.1.c) Contribuições sociais previstas no parágrafo
Cofins incidentes sobre a importação de bens e servi~ único do art. 11 da Lei nO 8.212, de 24 de Julho de 1991,
denominados, respectivamente, Contribuição para os e as instituídas a titulo de substituição
Programas de Integração Social e de Formação do Patri A seguridade social compreende um conjunto inte
mônio do Servidor Público Incidente na Importação de grado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o sociedade destinado a assegurar o direito relativo à saúde,
à previdência e à assistência social.
PISIPASEP- Importação) e Contribuição Social pará o
Ela será financiada por toda sociedade, de fonna direta
Financiamento da Seguridad~ Social Devida pelo im
e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e
portador de Bens 'Estrangeiros ou Serviços do Exterior
da Lei nO 8.212/1991, mediante recursos provenientes dos
(Cofins - Importação). .
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e de contribuições sociais. Isso significa
d.1.b) Contribuição Social sobre o Lucro Líqui dizer que a seguridade social é financiada não só por
do-CSLL contribuições sociais, mas também por impostos gerais
A contribuição social sobre o lucro das pessoas arrecadados pelos entes federativos.
jurídicas e das que lhes são equiparadas pela legislação A Lei n° 8.212/1991, responsável pelo detalhamento
tributária foi instituída pela Lei,n° 7.689/1988 e destina-se do financiamento da seguridade social, define que seu
ao financiamento da seguridade social. orçamento, no âmbito federal, é composto das seguintes
A base de cálculo da CSLL, determinada segundo a receitas:
legislação vigente na data de ocorrência do respectivo fato I - receitas da União;
gerador, é o resultado ajustado (lucro real), presumido ou 11 - receitas das contribuições' sociais;
arbitrado do lucro da pessoa jurídica, correspondente ao III - receitas de outras fontes, quais sejam: as multas,
periodo de apuração. Considera-se resultado ajustado o lu a atualização monetária e os juros moratórios; a remune~
cro liquido do período de apuração antes da provisão para ração recebida por serviços de arrecadação; fiscalização e
o IRPJ, ajustado pelas adições prescritas ti pelas exclusões cobrança prestados a terceiros; as receitas provenientes de
ou compensações autorizadas pela legislação da CSLL. prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrenda
Estão sujeitas ao regime de incidência da CSLL sobre o mento de bens; as demais receitas patrimoniais, industriais
resultado ajustado, em cada ano-calendário, as pessoas e financeiras; as doações, legados, subvenções e outras
jurídicas que forem obrigadas ao regime de tributação receitas eventuais; 50% (cinquenta por cento) dos valores
= com base no lucro real. econômicos obtidos de bens apreendidos em decorrência
do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas; 4Q01o (quarenta
por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos
3 Não integram a base de cálculo a que se refere o art. 1° da: Lei n° 10.83312003 pelo Departamento da Receita Federal; e outras receitas
as receitas:
I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à
allquota O(zero); ,
fi :... rião-operacionáis, decorrentes da venda de ativo permanente;
m- auferidas pela pessoajurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
previstas em legislação.
Conforme a lei, constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração !
I
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, nacondil'ão paga ou creditada aos segurados a seu serviço; S
de substituta tributária; b) as dos empregadores domésticos; , ~
IV de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu 'i
,/"'
~-
n" 10,865, de 2004)
V - referentes a: ,
a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;
salário-de-contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e
e'
i
b) reversões de pr()visl'les e recuperações de créditos baixados como perda que
não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação lucro;' :#
de investimentos pelo valor do patrimônio Iiqqido e os lucros e dividendos e) as incidentes sobre a receita:' de concursos de ~
derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que teDham sido
computados como receita. , prognósticos; v
..".....
8 Vestcon
.~.
á) Contribuição Social das Empresas, incidentes c) Contriblliçlio dos Traballuulores, incidentes sobre
sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados oseusal~~olJtribuição
a seu serviço Para efeito dessa lei orgânica da seguridade social,
A contribuição das empresas para a seguridade social, para a contribuição referente à parte dos trabalhadores,
afora a referente ao lucro e ao faturamento, é: são considerados segurados obrigatórios, portanto, con
Para as empresas em geral: tribuintes, os empregados, os empregados domésticos, os
.• .20010 sobre o total das remunerações pagas, devidas contribuintes individuais, o trabalhador avulso e o segura
ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos do especial. Quanto às contribuições dos empregados e dos
segurados empregados e trabalhadoreS avuisos empregados domésticos, a lei especifica, respectivamente,
que )Jle prestem serviços, destinadas a retribuir o que a empresa e o empregador doméstico são responsá
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive veis tributários, cabendo a eles a obrigação de arrecadar
as gorjetas, os ganhos haQituais sob a forma de uti e recolher o tributo no prazo legal.
lidades e os adialitanientos deco1l1<ntes de reajuste A contribuição do empregado, a do doméstico e a do
salarial, quer pelos Serviços efetivaménte prestados, trabalhador avulso são calculadas mediante a aplicação
quer pelo tempo ~ disposição do empregador ou da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contri
tomador deserv.iços, nos termos da lei ou do. con buiçã04 mensal, de forma não-cumulativa. .
trato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo
de trabalho ou sentença normativa; . d) Contribuição das Empresas sobre Faturamento
• 20% vinte por cento sobre o total das remunerações e Lucro
pagas ou creditadas a qualquer titulo, no decorrer As contribuições a cargo da empresa, provenientes
. do mês, aos segurados contribuintes individuais que do faturamento e do lucro, são calculadas mediante a
lh~ prestem serviços; aplicação das seguintes alíquotas:
• 15% sobre. o valor bruto da nota fiscal ou fatura de • 2% sobre sua receita bruta;
pl)tStação de serviços, relativamente a serviços que • 10% sobre o lucro líquido ajustado no período-base,
~\.
llie são prestados por cooperados por intermédio de antes da provisão para o Imposto de Renda.
cOoperativas de trabalho. No caso da contribuição sobre o faturamento e o
Adicionalmente, as empresas devem recolher outros lucro das entidades financeiras (bancos, sociedades de
valores com o objetivo de financiamento do beneficio da crédito etc.), empresas e agentes autônomos de seguros
aposentadoria especial (arts. 57 e 58 da Lei n° 8.213, de privados e entidades de previdência privada, as alíquotas,
24 de julho de 1991) e de outros beneficios concedidos considerada a mesma base de cálculo apresentada, seriam
em razão do grau de incil:l~ncia de incapacidade labora as seguintes, respectivamente:
tiva decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Essas -2%;
contribuições são calculadas aplicando~se os seguintes -15%.
percentuais sobre o total das remunerações pagas ou cre Os empregadores rurais e os consórcios simplificados
ditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados de trabalhadores rurais são isentos dessa contribuição.
e trabalhadores avulsos:
- 1% (um por cento) para as empresas em cuja ativi e) Contribuição sobre a Receita de Concursos de
dade preponderante o risco de acidentes do trabalho Prognósticos
seja considerado leve; Concursos de prognósticos são todos e qgaisquer con
- 2% (dois por cento) para as empresas em cuja ati cursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive
vidade preponderante esse risco s~a considerado as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal,
médio; estadual, do Distrito Federal e municipal.
, - 3% (três por cento) para as empresas em cuja ati Deduzindo-se, do total da arrecadação, os valores
\ vidade preponderante esse risco seja considerado destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de
grave. despesas com a administração e dos direitos pagos às
entidades desportivas pelo uso de suas denominações e
Para entidades financeiras (bancos, sociedades de
I...
C\
crédito etc.), empresas e agentes autônomos de seguros
privados e entidades de previdência privada
Considerando a mesma base de cálculo citada, as
4 Entende-se por salário-de.contn'buição: I - para o empregado e trabalhador
avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida
a totalidade dos nmdímentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,
durante o mês, destinados a retnouir o trabalho, qualquer que seja asua fonna,
alíquotas São, respectivamente:
i•
inclusive as goIjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades é os adian
- 22,5%; mmentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços
- 22,5%; e nos tennos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de
._-",.
atividade por conta própria, durante o mês; e IV - para o segunido facultativo:
comercialização da produção. o valor por ele declarado. ../
..,
Vestcon 9
símbolos, obtém-se a renda líquida dos concursos. Dessa d.2 Contribuição para o PISIPASEP (Programas
t renda deduz-se uma parte devida ao Programa de Crédito de Integraçio Social e de Formação do Patrimônio do
~ Educativo e o .restante,é utilizado para financiamento da Servidor Público)
I~'
~,
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Seguridade Social.
da CIDE-Combustíveis, colaborou para aumentar o cício financeiro. Deve, apenas, aguardar o transcurso da
equívoco. Nela, a contribuição relativa aos combustíveis noventena para a mudança ser eficaz.
foi chamada de ClOE, apenas, como se fosse gênero do ALei nO 10.336, de 19 de dezembro de 2001, i!lgtituiu
tributo e não a espécie. a ClOE-Combustíveis, incidente sobre a importaÇão e a
Para exemplificar a incidência da contribuição sobre comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas
outros seguimentos econômicos. podemos citar a ClOE correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos
destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação
Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, instituída
i
l!
pela Lei nO 10.168/2000. Essa contribuição é devida pela
pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente
de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signa
ó "A contribuição do Sebrae - Lei nO 8.029/1990, art. 8", § 3·, redação das Leis
n° 8.154/1990 e n° 10.66812003 - é contribuíção de intervenção no dominio
eeonômico, do obstante a lei a ela se refurir como adicional às alfquotas das
contribuições sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1° do DL
2.318/86, Sesi, Senai, Sesc. Setw:. Não se inclui, por:1:anro. a contribuição do
D tária de contratos que impliquem transferência de tecnolo Sebrae, no rol do art. 240, CF -Constitucionalidade da contribuição do Sebrae."
i gia, fi.rmadoscom residentes ou domiciliados no exterior.
No art. 2° da Lei nO 10.168/2000, com a alteração
(RE nO 396.266, Rei. Mia Carlos Velloso, julgamento em 26/1112003, DJ de
27I2l2004)
I
I
gerador será: .
I - o lançamento a débito, por instituição financéira,
em contas correntes de depósito,·em contas correntes de
de iluminação pública. A instituição desta contribuição
encerrou tormentosa fase quando o custeio da iluminação
pública era feito mediante a antiga Taxa de Iluminação
empréstimo, em conta de depósito de poupança, de depó Pública instituída pelos municípios, considerada incons
I
li
de 11 de janeiro de 1973, introduzidos pelo art. 1° da Lei
n° 8.951, de 13 de dezemmo de 1994,juntoaelamantidas;
TI - o lançamento a crédito, por instituição financeira,
d.9 Contribuição Social do Salário-Educação
(art. 212, § 5° da CF)
~ em contas correntes que apresentem saldo negativo, até o
O salário-educação é uma contribuição social cujo
objetivo é o de servir como fonte adicional de financia
8 limite de valor da redução do saldo devedor; mento da educação básica pública. Esta contribuição deve
"..,.
Veskon ·13
obedecer aos mesmos prazos e condições, e sujeitar-se às A DRU é um mecanismo que permite .aoExecutivo
mesmas sanções administrativas ou penais e outras normas desvincular de órgão, fundo ou despesa até 20010 (vinte
relativas às contribuições sociais e demais importâncias por cento) da arrecadação da União de impostos,contri
. devidas à Seguridade Social, ressalvada a competência do buições sociais e de intervenção no domínio econômico,
FNDE sobre a matéria. já iristituidos ou que vierem a ser criados no seu prazo de
A contribuição será de 2,5% so"re ototal,da remune vigência,·~us·adicionais;erespectivos acréscimos· legais.
ração paga ou creditada pela empresa, a qualquer titulo, A desvinculação não poderá implicar na redução da
aos segQIados empregados; Sua arrecadação, fisêalização e base de cálculo das t:raD.sferencias Constitucionais Tribu
cobrança eram de resporisabilidade da antiga Secretaria da tárias, ou seja, a desvinculação não afetará o montante a
ReceitaPrevidenciária,.bojeparte integtante da Secretaria ser transferido a Estados, Distrito Fedeml e Municípios.
da Receita doBtasi:1. .Os recursos arrecadados, menos a De igual forma, a desvinculação não. poderá atingir a
taXa de· administração. pelos serviços preStados pela .se~
arrecadação da contribuição social do salário-educação.
cretariana arrepadação~ devem serrepassados.ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Edúcação ..:,,·FNDE, que Inicialmente, incluidonos Atos das Disposições
se encarrega de sua distribuição na formada lei. Os recur Constitucionais Transitórias da Constituição pela EC
sos podem; também, ser.aplicados na educação- especial, nO 27/2000,:0 mecanismo da DRU tinha sua "igência
deSde que vinculada ao ensmo.fundamental público .... previstapara31/l2l2003,Mas em 2003, foi prorrogada
. O tema está regulamentadopas Leis nOS 9.424i de '24 para 3111212007 pela ECnO 42, .'
de dezembro de 1996, e 9.766, de I &de dezembro de 1998 Em 2007; o.Ptesidente da República encaminhou
e Deçreto n° 6.003, de 28 de dezembro de 2006. propostade emenda constitucional para nova prorrogação
da DRUe da CPMF. Logrou êxito apenas quanto à DRU,
Nota Importante. que foi.prorrogadaaté 31/12/2011 pela EC nO 56/2007.
Eo FGTS?·Ondése enquadril?OSTFeo STJ já A CPMF restou extinta.
têm pacificado o. entendimento de que.os reco1himéntos ..
patronais para o FGTS são contribuições sociais (autô uNutAÇ6ESDA' COMPETCNCIA TRIBUTARIA. (lIMITA
nomas) que não têm natureza tributária11. Nesse sentido, ÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR)
por similitude, entendemos que isso vale também para· a
contribuição social 12·devida pelos empregadores em caso A. Imunidade e Isenção'
de despedida de empregado sem jUsta causa, à aliquota
de dez por cento sobre o montante de todos os depósitos São formas de limitação ao poder de tributação estatal
devidos, referentes ao,Fundo de~tia do Tempo de Ser tanto a imunidade· como a isenção:
. viço- FGTS; dmante a vigência do contrato de trabalho.
.a. Imunidade
e. Empréstímos Compulsórios (art.l48 da CF e Imunidade é toda e qualquer liberação da obrigato
art. IS do CTN) .
riedáde de recolher tributos; concedida pela Constituição.
.É competência exclusiva da União, que poderá
instituí-los nas seguintes situações: . Dessa forma, imunidade, mais précisamente, pode ser
a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes conceituada como a limitação constitucional ao poder de
de. calamidade pública, guerra externa pu sua iminência. tributar, como já visto (ex.: art. l50, VI, b, c e d; art. 155,
A cobrança pode ocorrer de imediato, pois, para este § 3°; art. 156, § 2°; I; art. 195,:§ 7°). Nem sempre aconsti
caso, a CFlibera o tributo da necessidade de.observância tuição foi precisa na terminologia utilizada para descrever
do principio da anterioridade e da· espera nonagesimal uma imunidade. Por isso toda vez que ela~sser ·"não
(cobrança após 90 dias); incidirá" ou "é vedado instituir" ou "isenção~' ela estará
.b) no.caso de investimento público:de ca,ráterwgente se referindo·a algum .tipo de.imunidade;·
e de relevante interesse nacional. Aqui a CF requer que
sejam observados o principio. de anterioridade da lei e o b. Isenção
decurso do prazo nonagesimal.· .. · A isenção . .co:trfigura-se-na dispensa de. um tributo
Os empréstimos compulsórios só podem ser instituí devido· concedida por lei. especifica do· ente tributante.
dos por lei complementar, e a aplicação dos recursos deles Falaremos da isenção com mais detalhes no item réferente
provenientes é '.óinculada à despesa que fundamentou sua à exclusão do crédito tnbutário.
instituição. Encerrado o evento ou situação originadora de
sua instituição, a cobrança deverá ser encerrada. B. Bis-in-ldem e Bitributação
A definição dos fatos genidores .do tributo, suas ali
quotas incidentes e as questões atinentes à sua devolução BiS-in-ideln g
ou recuperação deverão estar consignados na lei comple
mentar que o instituir:
A expressão latina significa "incidência dnas vezes
sobre a mesma coisa". Em,direito tributário significa que
i
!
um mesmo ente político institui novo tributo sobre uma §
c. Desvinculaç'iodasReceitasdaUnião (DRU)
matéria que este já tenha_tributado antes. Mais detalha
Para que se. tenha·o quadro completo da questão da
vinculação/desvinculação de tributos,' é preciso que se
damente, um mesmo ente poHtico faz incidir. mediante !
Is
normas legais tributárias distintas,dois ou mais tributos
fale dfl DRU.
sobre. um mesmo fato gerador e sobre os mesmos con
tribUintes. Ajurisprudência entende não .haver··vedação
11 RE 1159791SP; RE IOO2491SP; RE 1I42521SP; RE 118107ISP; RESP 7318541
constitucional se a dupla incidência for de um imposto =
PB; RESP 685026/RS.
12 Art. 1° da Lei Complementár 0° 110, de 29 de jwtho de 200 I. e de uma contribuição (ex.: bis-in-jdem do IR e CSLL).
-----------~_._. __ .
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14 Vestcon
Bitrlbutllção dispostos em lei, a rigor resta preservado o princípio da
Na bitributação um ente político invade a compe legalidade.
tência tributária de outro e institui indevidamente tributo
que é competência daquele. A constituição ao distribuir b. Principio da Anterioridade da Lei (art. ISO,
as competências tributárias o faz de .forma privativa a m,b,CF)
cada pessoa política, não podendo uma instituir tributo Este princípio proibe a cobrança de tributos no mesmo
de competência da outra. A bitributação, portanto, é in exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que
constitucional e ocorre quando pessoas políticas (União, os instituiu ou aumentou. O princípio não se aplica no
EstadoslDF, Municípios) distintas, mediante leis distintas, caso de lei redutora de tributos. Para esse caso a redução
instituem tributo sobre um mesmo fato gerador e um é válida a partir da data estabelecida pela lei ou, se esta
mesmo contribuinte. nada dispuser, após o transcurso da vacatio legis.
Há exceções, entretanto, a este princípio estando al
guns tributos dispensados de obedecê-lo. Este é o caso das
e. Princípios Constitucionais Tributários contribuições sociais que financiam a seguridade social
(art. 195, § 60 da CF) e de alguns tributos indicados no
A grande limitação ao poder de tributação estatal § IOdo art. 150 da CF, a saber: empréstimo compulsório
foi consignada quando a Constituição estabeleceu as para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
competências tributárias privativas de cada ente político. calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência,
Adicionalmente, na mesma linha, a Carta Política inseriu Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (ffi),
várias outras vedações constitucionais com o propósito de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto
garantir que o cidadão não fosse vítima de abuso do poder sobre Operações de Crédito (IOF) e o imposto extraor
de tributar por parte de Estado. Tais limitações ao poderde dinário por motivo de guerra externa ou sua iminência
tributar, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao (arts. 148, I; 153, I, lI, IV e V, e 154, lI).
contribuinte, estão consubstanciadas no que denominamos Todos os tributos citados, à exceção do IPI e das
princípios constitucionais tributários, que se apresentam contribuições sociais, podem ser cobrados a partir da
de forma explícita e implícita. publicação da lei, se esta não estabelecer nenhum vacatio
legis. Os demais foram ressalvados da aplicação da no
a. Principio da Legalidade ou da Reserva Legal ventena. Portanto, em que pese não ter que obedecer ao
(art. 150, ~ CF) princípio da anterioridade simples, o IPI e as contribuições
, Arigorbá uma diferença entre o princípio da legalida sociais terão que obedecer ao princípio da anterioridade
de eo da reserva legal, vez que o primeiro exprime a garan nonagesimal. O que significa dizer que terão que aguardar
tia de que alguém somente será obrigado ao cumprimento o transcurso de 90 dias após a publicação da lei antes que
de determinada obrigação se esta estiver prevista em lei e possam ser cobrados.
o segundo a determinação de que certos assuntos somente A constituição autoriza, ainda, que o poder executivo
podem ser tratados mediante lei. O Direito Tributário não altere por decreto as aliquotas dos seguintes impostos: 11,
!E, IPI e IOF. Neste caso não há necessidade de obediência
tem feito esta diferenciação e se utiliza genericamente da
ao princípio da anterioridade. A cobrança com as novas
expressão Princípio da Legalidade para se referir aos dois
alíquotas pode ser efetuada no mesmo exercício financeiro
conceitos, sem dissociá-los. É pequena imprecisão técnica a partir da publicação do decreto. Ressalva-se o caso do
tolerada pela doutrina, sem qualquer dano ao estudo da IPI que precisa obedecer à noventena.
disciplina tributária. Cabe citar, em tempo, outras exceções ao principio da
Este princípio estabelece que os tributos só podem anterioridade estabelecidas no texto constitucional e que
ser instituídos, extintos, reduzidos ou majorados por lei, não são tão lembradas: a possibilidade de redução e res- .. . /
e aí se deve entender lei no sentido estrito, ou seja, aquela tabelecimento das alíquotas da CIDE-Combustfveis e do
regularmente aprovada pelo Poder Legislativo e sancio ICMS-Petróleo. As novas alíquotas poderão ser exigidas
.nada pelo Poder Executivo. no mesmo exercício financeiro em que foram reduzidas ou
Não basta apenas a existência da norma legal. É restabelecidas. No caso da CIDE-Combustiveis a altera
preciso que esta contenha a definição do fato gerador, a ção pode ser, ainda, feita por decreto do poder execunvo.
alíquota, a base de cálculo, as penalidades, as hipóteses Ambos tributos, no entanto, devem obedecer ao principio
.:
de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários da noventena.
ou de dispensa ou redução de penalidades e a definição O princípio da anterioridade da lei é tão importante
do sujeito passivo (art. 97, CTN). que o STF, em decisão em sede deADI13, o entendeu como
Entretanto, é notório que outros atos normativos um direito individual o que toma, portanto, o art. 150,
também podem instituir e alterar tributos, desde que m, b, da CF cláusula pétrea, não podendo haver emenda
I
.: tenham força de lei (ex.: medidas provisórias, tratados e tendente a aboli-lo ou modificar-lhe a essência concedida
ii pelo legislador constituinte originário.
Z convenções internacionais, resoluções do Senado Federal)
§ e não atinjam tributos que dependam de lei complementar.
Entendemos que o fato de alguns tributos poderem b.l Princípio da Anterióridade Nonagesimal (prin
i ser majorados por meio de Decreto do Poder Executivo cipio da Noventena) (art. 150, m, c, CF)
• Este princípio é complementar ao da anterioridade
~ (IPI, Imposto de Importação, Imposto de Exportação e
IOF), nos termos do § 10 do art. 153 da CF, não significa
da lei. Por ele ° tributo, adicionalmente ao principio da
---~"~-~---
. -~_. .~--_ .. --._-,. .. __ ., ctn :
-
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~ 15
data em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou empréstimo compulsório para atender a despesas extra
o aumentou para que possa ser cobrado. Dessa forma, ordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
observa-se que há uma condiçiodupla para que o tributo externa ou sua iminência; o Imposto dê Importação (11);
possa ser cobrado. Isso implica dizer que um tributo ins o Imposto de Exportação (IE); o Imposto de Renda (IR);
tituído, por exemplo, em dezembro de um determinado o Imposto sobre Operações de Crédito (IOF); o imposto
ano não poderá ser cobrado logo no primeiro dia útil do extraordinário por motivo de guerra externa ou sua imi
exercício do ano seguinte, umavez que não terão decorrido nência; e a mudança da base de cálculo do lPVAe do
os 90 dias exigidos pela Constituição. IPlV. O IPI :ficou fora da excepcionalização do principio,
Este princípio era anterionnente aplicável somente ou seja,. sua cobrança necessita aguardar o transcurso dos
às contribuições sociais destinadas ao financiamento da 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou o majorou
seguridade social (art. 195, § ~ da CF). Com a edição ou do decreto de alteração de suas alíquotas.
da EC nO 42/2003, o princípio paSsou a ser aplicável não A tabela a seguir apresenta.Utn resumo para consulta
só a elas, mas à todos os tributos,. ressalvados, a saber: o rápida.
c. Princípio da· Igualdade ou Isonomia· (art..l58,. e~ Princípio da Progressividade (arts. 145, § 1°; 153,
II,da CF) §§ 2,." e-4:0 ; 156, § 1°,,1 e:n e 182, § 4°, fi, toc:los da CF) .
Por este princípio é proibido instituir tratamento de I! Complementação) ao princípio da pessoalidade e
sigual entre contribuintes que se encontrem em situação capacidade contributiv~ o princípio da progressividade
equivalente, proibida qualquer distinção· em razão de permíte que as, aliqpotas dos impostos sejam graduàdas
ocupação profissional ou função por eles exercida; inde de acorda com a capacidade econômica do contribuinte.
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, A diferenciação na aplicação de alíquotas é a forma de
títulos ou direitos. Este princípio deriva do princípio cons garantir que se está levando em conta as'características
titucional da isonomia, segundo o qual todos são iguais de capacidade contributiva pessoal do contribuinte,que
perante a lei (art. 5°, caput, da CF). No Direito Tributário; quanto mais bens tributáveis tiver ou maior seusvalores~
este principio se consubstancia na ideia de que devemos mais imposto terá que pagar.
tratar os iguais de forma igual ê os desiguais de forma Exemplos são as alíquotas do imposto de renda que
desigual, na medida de suas desigualdades. . tributam mais os maiores. rendimentos e as aliquotas do
Imposto Territorial Rural (ITR) que são :fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
d. Princípio da Pessoalidade e da Capacldade
Outro exemplo é a progressividade do IPTU (art. 156,
Contn'butiva (art. 145, fIO, CF) § l°, I eTIe 182, § 4°,11), que pode se 4arnãosó no tempo,
Complementam o princípio da igualdade e só se
aplicam aos impostos. Por eie, sempre que possível, os
mas também em razão do valor do imóvel, süa lOcalização
e uso, que são uma indicação. da capacidade econômica
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo do contribuinté.
a possibilidade econômica do contribuinte.
A preocupação com a capacidade de contribuição da
o
A progressividade no tempo para IPTU significa
I...
que quanto máis tempo um proprietário mantiver osolo Q
pessoa não pode escapar ao interesse do ente tributador. utbanonão edificado, subutilizado ou n~o utilizado, mais Q
Com este princípio, o legislador-constituinte procura
garantir que a necessidade de arrecadação do Estado não
inviabilize a sobrevivência do contribuinte. Não é um ato
pagará de únposto.
j•
f. Princípio da Vedação do Tributo com Efeito de
Ie
de bondáde puro, mas decorre, antes, de uma percepção conFisco ou Princípio da Proporcionalidade Razoãvel
lógica do legislador que não se pode matar a "galinha (art. 150, Iv, da CF)
dos ovos de ouro", visto que é sabido que, historicamen Nem a União, nem os Estados-Membros, nem o DF
te, o aumento excessivo da carga tributária· estimula a e nem os Mooicípios podem se utilizar de tributos com
sonegação. efeito de confisco.
J6
o tributo com efeito de confisco é, antes de qualquer j. Principio da Uniformidade Geográfica de Tri
..,
Vestcon
coisa, uma afronta ao direito de propriedade, ainda que buto Estadual ou Municipal em Relação à Origem ou
relativo, garantido pelo art 5°, XXII, da CF. A satisfação Destino de Bens e Serviços (art 152, CF)
do interesse público não pode ser justificativa para aco Não podem o.S Estados, o Distrito. Federal e o.S Mu
bertar nenhum desvario fiscal qlie exproprie o patrimônio nicípio.S estabelecerem diferença tributária entre bens e
do particular além do necessário. serviços, dequalquer natureza, em razão. de sua procedên
É subjetiva a avalíação de-constatar se um tributotem cia ,ou destino.. Agir de o.utra fo.rma significaria afronta à
efeito confiscatório ou não. Porém, o tributo que consome autono.mia federativa.
grande parte da propriedade; ouinviabiliza o exercício Exclui-se dessa vedação. o. ICMS, cujas operações in
da atividade lícita indica sua natureza de confisco: Num ternas, interestaduais e de exportação. podem ter alíquo.tas
país onde a caiga .tributária se aproxima de 40% doPffi diferenciadas. QuantO a esse imposto, é competência do
e a atuação do Estado nas suas áreas mais próprias como Senado Federal estabelecer, mediante resolução, as alí ...-/
segurança, educação e saúde é pífia; tem-se a impressão quotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais ~.
de que o contribuinte já está sendo vítima de um confisco e de exportação. A Constituição faculta ainda ao Senado
fiscal absol~ente inconstitucional promovido por todos estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas -e
os entespolíticQs. - _ fixar alíquo.tas máximas nas mesmas operações para resol
Por ,último,lembre-seque o princípio se aplica a . ver comUto específico que envolva interesse de Estados.
qualquer espécie de tributo e não apenas aos impostos.
. '".
L Princípio da Vedação de Instituição de Isenção
g. Princípio da Irretroatividadeda Lei Tributária pela União de Impostos dos Demais Entes Federativos
(art. 15(t, III. a, da CF) (art 151, III. CF)
A lei tributária que instituir ou majorar tributos não É vedado à União instituir isenções de tributos da
atinge os fatos geradores ocorridos àhtes do início de sua competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu
vigência. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já nicípios. A razão dessa vedação é óbvia, vez que, comoa
consumados, mas aos futuros e aos pendentes (art. 105, União está impedida de instituir tributos fora de sua com
CTN).· petência, também está impedida de promover sua isenção:
A irretroatividade, porém, não é absoluta. A lei
m. Principio da Vedação de Criação de Impostos
tributária pode retroagir quando for expressamente inter
. Federais Novos Cumulativos ou que Tenham a Mesma
pretativa ou, ainda,quando, tratando-se de ato não defi
Base de Cálculo ou Fato Gerador Daqueles Previstos
niti:vamente julgado, deixe de defini-lo como infração ou
na Constituição (art 154, I, CF)
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
O inciso I do art. 154 estabeleCe a competência resi
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e
dual da União para, mediante lei complementar, instituir
não te~ implicado em falta de pagamento de tnbuto ou impostos não.previstos.nas suas çompetências privativas.
quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista Entretanto, esse mesmo dispositivo veda a instituição de
na lei vigente ao tempo da sua prática (art. 10e; do CTN). impostos que sejam cumulativos e tenham fato gerador
Entendemos que a lei que concede remissão ou anistia ou base de cálculo próprios dos discriminados na Cons
também é retroativa, já que se refere a fatos ocorridos tituição. A vedação presta-se a evitar que o contnbuinte
antés de .sua edição. . seja vitima de bis-in-idem ou bitributação.
h. Princípio da Liberdade de Tháfego de Pessoas n. Princípio da Não-Cumulatividade do Imposto
.j
ou Bens (art. 150, y, CF e art. 9" do CTN) sobre Produtos IndustriaUzados (IPI) e do Imposto
Veda a. todos os entes' tributantes o estabelecimento sobre Ci.rc1,Ilação de Mercadorias e sobre Prestações de
de tributos interestaduais e intermunicipais que redundem Serviços de Transporte Interestadual e Intermnnicipal
em limitações ao tráfego.de pessoas ou bens. Excetuam-se e de Comunicação (ICMS) (arts. 153, § 3", n e 155,
deste princípio a cobrança de pedágio pela utilização de § 2", I, todos da CF)
vias conservadas pelo Poder Público ou seus concessio Esse princípio determina que tanto o IPI quanto o
nários e a ~obrançà do ICMS. ICMS serão não-cumulativos, ou seja, compensa-se o. que
for devido em cada operação como montante cobrado nas
i. Princípio da Uniformidaded~ Tributo Federal operações anteriores. Com isso, a Constituição, de forma
(3rt. 151, I, CF) . prudente, evitou o efeito da cobrança em cascata para
A União não pode instituir e cobrar tributo que não esses impo.stos, o .que encareceria sobremodo os produtos
seja uniforme. em todo o território nacional ou qUe im
Iz plique distinção ou preferência em relação a Estado, ao
Distrito Federal ou á Município em detrimento .de outro,
e serviços atingidos.
- . ~~ .~.~_ ...
~
18 Vestcon
Outras Imunidades Desta fonna, o fato gerador que cria a obrigação
• Imunidade do IPI para bens industrializados desti tributária é a entrada de produtos que estão sendo efeti
nados ao exterior (art. 153, § 3(\ IlI). vamente importados para integrarem a economia nacional
• Imunidade do ICMS para mercadorias destinadas de forma permanente.
ao exterior; sobre operações que destinem a outros A questão sobre em que momento o fato gerador
estados petróleo in natura e combustíveis líquidos do Imposto de Importação ocorre tem sido motivo de
~~ºs_os_dele 4~riv-ªdo.s,Jl1Qrifiça;n~ ~ ~nergia divergência entre osdoutrinadores. Ateor do art. 19 do
elétrica (art. 155, X. a, b, c e § 3°). CTN, para alguns, o fato gerador desse imposto é instan
• Imunidade do ITBI sobre a transmissão de bens tâneo e ocorreria no exato momento em que o produto
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa cruzasse alguma das fronteiras politicas do país (solo,
._ . jurí~caemrazão de int~gralização 4e capital ou, subsolo, espaço aéreo, mar territorial, águas jurisdicio
ainda, de bens ou direitos deCorrentes de fusão, nais, rePresentações diplomáticas no exterior,aeronaves,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica embarcações). Para outros, vale o disposto no art. 23 do
(art. 156, § 2°, 1). Decreto-Lei nO 37/1966 16, que estabelece que quando se
• Imunidade de impostos federais, estaduais. e tratar de mercadoria despachada para conSumo, ou seja,
municipais para as operações de transferência de para a indústria, comércio ou uso do próprio importador, '
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro,
(art. 184, § 5°). na repartição aduaneira, da declaração de importação
feita para o desemba.."1l.ço da mer~doria. O STF entel1de
r,; Princípios Implfcitos não haver incoqlpatibilidade entre estas duas correntes,
O disciplinamento do poder. de tributar do Estado mas que o Estado, naS palavras de Fátima F~mandes Ro
não se restringe aos princípios tributários elencados aqui. drigues de Souza, tem a necessidade de "tomar precisa,
Como a Constituição é um corpo único e coerente, há que no espaço e no tempo e na circunstância, a ocorrência
se obserVar, também, todo o conjunto dos outros princí do fato gerador"17. Na prática, usa-se o estabelecido no
pios constitucionais, que não podem ser contrariados, da decreto para determinação do fato gerador, qual seja, o
mesma forma, quando do exercício do poder de tributar. desembaraço aduaneiro.
O Imposto de Importação é predominantemente de
IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO (IMPOSTOS
natureza extrafiscal. Seu propósito é muito mais atingir
FEDERAI~)·
objetivos econômicos de interesse das políticas de governo
'. Os impostos de competência privativa da União estão do que arrecadar. Serve como instrumento de proteção da
elencados no art. 153 e 154 da CF, e são os seguintes: indústria e comércio nacionais, bem como de proteção do
a) Imposto sobre Importação (lI); consumidor.oootra momentos de escassez ou especulação
b) Imposto sobre Exportação, para o exterior, de interna.
produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
c) Imposto sobre Renda e Proventos de qualquer Base de Cálculo
natureza (IRPFIIPRJ); Quando a alíquota for específica, a base de cálculo
d) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); , do Imposto de Importação é a quantidade de mercadoria,
e) Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e eXpressa na unidade de medida adotada na tarifa adua
seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); neira do Brasil (peso, extensão, volume, quantidade etc.)
f) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); (art. 20, I, do CTN eart. 2°, I, do Decreto-Lei nO 37/1966).
g) Imposto sobre Grandes Fortunas, nos termos da . Quando a alíquota é advalorem (sobre o valor do
lei complementar; bem - art. 20, n, do C1N), a base de cálculo é o preço
h) Imposto Extraordinário; ,nonnal que o produto, ou seu similar, alcançaria ao tem
i) Impostos Inominados. po.da importação, em uma venda em cOndições de livre -'
Em Território Federal, competem à União os im concorrência, ,para entregl,l no porto ou lugar de entrada
postos estaduais e, se o Território não for dividido .em .do produto no pais (art. 20, 11, do CTN). A definição
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais deste preço normal ou preço aduaneiro (art. 2°, 11, do
(art. 147 da CF). Decreto-Lei 11° 37/1966) é feito com base no que está .J
rigidamente. disposto nas normas do art. 7° do Acordo
a. Imposto de Importação -11 Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio GATT de
1994, conhecido como Acordo de Valoração Aduaneira,
g O Imposto de Imgortação tem como fato gerador a aprovado pelo Decreto Legislativo nO 30/1994.
i entrada de produtos estrangeiros (bens ou serviços) no
território nacional (art. 19 do C1N). Porém, para que a en
Há ainda a alíquota mista, que é resultante da combi
nação da específica e da ad valorem.
:rl
,.I~
.
trada deste produto estrangeiro seja passível de tributação,
é necessário que ela se configure em' entrada definitiva.
Não é autorizado cobrar-se o Imposto de Importação de
produtosesttangeiros que se destinam a outros países e
Por último, pelo art. 20, m, do CTN, a base de cál
culo do.produtoapreendido ou abandonado que é levado
a leilão é.o·preço da arrematação.
.1 que apenas estão em trânsito pelo Brasil e de produtos 16 AreguIamentação da administração das atividades aduaneiras e a fiscalização,
\:I cuja permanência no solo nacional é temporária, como o controle e'-a' tributação das operações de comércio exterior são dadas pelo
11
z Dec. n" 4.543, de 26 de dezembro de 2002.
artigos destinados a feiras e exposições, que retomarão a
8 seus países de origem após o término dos eventos.
,7 Comentários ao Código Tributário Nacional, volume I, I. ed., São Paulo:
Saraiva, 1998, p. f68 .
Contribuinte
internacional; observadas as ,normas expedidas ~lo ,'.
Poder Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de
É contribuinte do Imposto de Importação: a) o impor Comércio Exterior (MP 2.158-35/2001).
tador, assim considerada qualquer pessoa fisicaou jurídica A CF cOncede iÍnunidade contra o IPI e o ICMS,
que promova a entráda, dê fonmi dennitlva, dé mercadoria respectivamente, aos prooutos industrializados desmiados
estrangeira no território nacional ou a quem a ele a lei ao exterior (art. 153, § 3°, m, da Constituição Federal)
equiparar (art. 22,1~ do C1N e art. 31, I, do Decreto-Lei e às operações que destinem mercadorias e serviços ao
nO 371.1966); b) o arrematante de produtos apreendidos exterior,(art, 155,X, 'a, da CF).
óuabandoriados(árt. 22; 11, do CTN); c)ô déstinaíiirio
de remessa postal internacional indicado pelo respectivo Co Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
remetente (art. 31, lI, do Decreto-Lei nO 37/1966); e d) Natureza - IR (art. 153, III, § 2 da CF c/c os arts. 43
Q
,
o"adquirente da mercadoria entrepostada (art. 31, m, do a45 do CTN)
Decreto-Lei n° 37/1966). Imposto de natureza intrinsecamente fiscal e principal
fonte de receita tributária da União. Imposto de natureza
~butos Incidentes sobre a Importação
intrinsecamente fiscal, e principal fonte de receita tributária
A importação, que já sofria o ônus do Imposto de
da União, o qual deverá ser itiformado pelos critérios da
Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados
generalidade, da universalidade e da progressividade, na
(IPI), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), para mercadorias, e do Imposto Sobre formada lei
Serviços (ISS), para serviços, passou a sofrer a incidência Conforme o art. 43 do Código Tributário Nacional, Q
do PIS-Importação e da Cofins-Importação, instituídos fato gerador do IR é a aquisição da disponibilidade eco
pela Lei nO 10.865/2004 a partir da permissão constitu nômica ou jurídica da renda e de proventos de qualquer
cional concedida pela Emenda Constitucional nO 42/2003, natureza. Pela definição de Vitório Cassone, "rendà ,éa
que alterou o art.: 195 da CF. expressão jurídico-tributária consistente em acréspiíno
Para se ter uma ideia do custo de uma importação, patrimonial, de caráter pessoal é cuja tributação deve ser
,basta observar como é calculado o ICMS: graduada segundo a capacidade do contribuinte". 'J:'ais
acréscimos patrimoniais podem ser derivados do capital,
ICMS Alíquota do ICMS x (preço aduaneiro da do trabalho ou da combinação de ambos. Proventos são os
mercadoria + seguro + frete internacional + II + IPI) acréscimos patrimoniais ,não compreendidos no conceito
de renda (ex.: aposentadorias, pensões etc.). '
De onde se conclui que o IPI faz parte da base de A aquisição de disponibilidade econômica significa
cálculo do ICMS, quando de importações. obter a posse de dinheiro ou bem nele conversível. A aqui- ' '
sição de disponibilidade jurídica significa obter direitO a
b. Imposto de Exportação - IE um crédito. A simples aquisição da disponibilidade jrirl- '
De natureza predominantemente extrafiscal, consiste dica já autoriza a tributaÇão. Não é necessário aguar$r
na exportação, para o estrangeiro, de produto nacional ou até que a renda seja efetivamente recebida. '
nacionalizado (mercadoria estrangeira importada a título A base de cálculo do imposto é o montante real, arbi~ ,
definitivo). O produto de sua arrecadação constituirá trado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveiS
reserva monetária, a crédito do Banco Central do Brasil, (art. 44 do C1N). O imposto efetivamente devido pelQ
a qual só poderá sei aplicada na forma estabelecida pelo contribuinte é o resultado da aplicação das alíquotas sobre', '
Conselho Monetário Nacional. a totalidade dos rendimentos dele e de seus dependentes, ' '
O fato gerador é a saída do território nacional de não importando a origem, menos as deduções (encargOs),
produtos nacionais ou nacionalizados (art. 23 do CTN), admitidas em lei, até certo limite (ex.: dependentes, des"','
que se considera materializado, na prática, no momento pesaS com instrução etc.). ',"
da expedição da Guia de, Exportação ou documento Os contribuintes do IR são as pessoas fisicas' ou.
equivalente (Decreto-Lei nO 1.578/1977). Não efetivada
a exportação do, produto~ por qualquer motivo, a quantia
jurídicas titulares de renda ou provento de qualquer na- '
tureza, sem prejuízo de a lei atribúir essa condiçã0aos
paga a título de imposto será restituida. '
possuidores, a qualquer título, dos bens produtores do
O sujeito passivo (contribuinte) do imposto é o ex
provento ou da renda. "2
portador, assim entendido, qualquer pessoa que promova
Álei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos ,!
a saída do produto do território nacional.
A alíquota do imposto é de 30% (Decreto-Lei proventos a responsabilidade pela retenção e recolhimento' & ,
nO 1.578/1977), facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou do IR (art. 45, parágrafo único, do C1N), que é o que!
aumentá-la (árt. 153, § 1°, da CF e árt. 26 doe1N), pOr normalmente acontece com o recolhimento do imposto lia S
fonte. Nesses casos, o contribuinte é aquele que aufere a ..
,I
decreto, para atender aos objetivos da politica cambia1 e
do comércio exterior. No tocante à alteração das alíquotas, renda ou os proventos, mas a fonte é a responsável pelo , S
não é necessário obediência ao princípio da anterioridade recolhimento (art. 121, parágrafo único, lI, do CTN).
(art. 150, § 1°). Em caso de elevação, a alíquota da imposto Entretanto, no final do ano o contribuinte deve apresentar
não poderá ser superior a 150% (cinco vezes o percentual declaração de ajuste do IR quando então qualquer diferen- z
estabelecido no Decreto-Lei). ça a maior ou menor no imposto será acertada. S
~,
20 Vestcon
Se a lei não houver fixado prazo diferente para a ho sua tributação, fiscalização, arrecadação e administração
mologação do imposto declarado, será ele de cinco anos, foi dada pelo Decreto n° 4.544/2002. A tabela de inci
a contar da ocorrência do fato -gerador. Expirado esse dência do IPI - TIPI foi atualizada e consta de anexo ao
prazo sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, Decreto n° 6.00612006.
considera-se homologado o lançamento e definitivamente São fatos geradores do IPI, nos termos do art. 46. do
extinto o crédito tributário (divida tributária do contribuin Código Tributário Nacional: a)o desembaraço aduanei
te), salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou ro do produto de procedência estrangeira; b) a salda do ,_i
auferido,; o contribuinte poderá optar por desconto simpli renovação ou. recondicionamento. O art. 2° do Decreto
n° 4.544/2002 estabelece que o campo de incidência do
ficado na declaração de ajuste anual, que substituirá todas
imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda
as deduções admitidas na legislação, ficando dispensado
que zero, relacionados na TIPI. As exceções são listadas
da comprovação da despesa e a indicação de sua espécie.
taxativamente neste decreto regulamentador. Nestes casos
A dedução permitida corresponde a vinte por cento do considera-senão ter havido índustrialização e, portanto,
valor dos rendimentos tributãveis, ou a um determinado não incidirâ o imposto.
valor especificado em lei. Usa-se para a dedução o valor O imposto não incide também sobre aqueles elemen
que for menor entre os dois. tos que, por disposição constitucional, sejam imunes: os
livros, jornais, periódicos e () papel destinado à sua im
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) pressão (art. 150, inciso VI, alínea d, da CF); os produtos
O imposto de renda das pessoasjurídicas será determi industrializados destinados ao exterior (art. 153,. § 3",
nado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por inciso m, da CF); o ouro, quando definido em lei como
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 153, § 5°, da
de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro CF); a energia elétrica, derivados de petróleo, combustí
de cada ano-calendário (Lei n° 9.43011996). São contri veis e minerais do País (art. 155, § 3" da CF).
buintes as pessoas jurídicas e as empresas individuais. A Constituição Federal estabelece que as alíquotas do
A alíquota do imposto é de 15% (Leis n° 9.249/1995 e IPI podem ser alteradas a qualquer tempo, por decreto,
9.43011996). A base de cálculo do imposto, determinada pelo próprio executivo (art. 153, § 1°, da CF), nos limites
segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, da lei.
é o lucro real presumido ou arbitrado, correspondente ao O IPI é não cumulativo, compensando-se o que for
período de apuração. A parcela da base de cálculo, apu devido em cada operação com o montante cobrado nas
rada meilsalmente, que exceder a R$20.000,00(vinte mil anteriores (art. 153, § 3°, da CF). O saldo verificado em de
reais) ficará sujeita à incidência de adicional do imposto à terminado período, em favor do contribuinte, transfere-se
alíquota de 10%. No caso de empresas optantes do SIM para o período ou períodos seguintes,
PLES NACIONAL, a base de cálculo para a tributação do O lançamento do IPI é normalmente feito por ho
IRPJ será a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses mologação. Porém, se o sujeito passivo não tomar as
anteriores ao do período de apuração, sendo que para iniciativas para o lançamento ou as tomar em desacordo
microempresas (receitas de até R$240.000,00 (duzentos com o regulamento, o imposto será lançado de oficio pela
e quarenta mil reais)) não incidirá nenhum percentual autoridade fazendária.
relativo ao imposto de renda.Ou seja, na composição da: Contribuintes do IPI, nos termos do CTN e do seu
alíquota unificada para recolhimento do IRPJ, CSLL, decreto regulamentador, são: 1) o importador ou quem a
lei a ele equiparar; 2) o industrial ou quem a lei a ele equi
COFINS, ISS e PIS/PASEP para microempresas optantes
~!E do SIMPLES NACIONAL, a participação do IRPJ na
parar; 3) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto,
que os forneça a industriais ou a estes equiparados; 4) o
Q composição do índice será de 0%. arrematante de produtos apreendidos ou abandonados,
!
levados a leilão; 5) o estabelecimento equiparado a in
is d. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Imposto de função primordialmente fiscal, nada obs
tante ter, de forma secundária, função também extrafiscal,
dustrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que
dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores
decorrentes de atos que praticar; e 6) os que consumirem
.1 já que a CF exige que seja seletivo em razão da essen~
cialidade do produto (art. 153, § 3°, I, da CF). Por isso,
ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas
I
que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel
cigarros, bebidas e outros artigos considerados supérfluos destinado à impressão de livros, jornais e periódicos,
são severamente tributados pelo IPI. A regulamentação de quando alcançado pela imunidade;
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Vestcon 21
e. Imposto sobre Operaç6es de Crédito, Câmbio e g. Imposto sobre Grandes Fortunas -:- IGF
Seguro ou Re,Iativas a Títulos .oú Valores Mobiliários O imposto. sobre grandes fo.rtunas até agora não. foi
(Imposto sobre Operações Financeiras) - IOF . instituído. em razão de não. ter sido vo.tada a lei comple
. ' Ainda que muito arrecade. a função. primo.rdial: do IOF mentarexigida pela Co.nstituição. de 1988 (art 153,VII,
é extrafiscal. Ele é usado. pelo. Go.verno. co.mo.instrumento da CF).
de 'intervenção. no.s' setores de crédito., câmbio. e seguro.
a funde ajustá-Io.sao.s o.bjetivo.s da po.lítica mo.netária. h. Impostos Extraordinários
São operações .de créditoaquelàs referentes a em A União pode itistitui~los, po.r lei ordinária, na imi
préstimos, fianças. uso. de cheque especial etc. Não. são. nência o.u no. caso. de guerra externa, estejam estes-co.m
.o.perações· de crédito as mo.vimentações da, caderneta.de preendido.s o.U não em sua co.mpetência tributária. Neste
po.upança e, da conta-co.rrente, desde que, para esta, não caso., a Co.nstituição (art. 150, § 1°) libera o. imposto. ex
se esteja usando. o. cheque especial. traordinário. da observância do. princípio. da anterióridade
, A exemplo. do. IPI, o. IOF não. precisa atender ao. e da necessidade de aguardar 90 dias. da data em que haja
princípio. da anterio.ridade da 'lei. Suas alíquo.tas po.dem sido. publicada a lei que o.s.instituiu o.U aumentou, parasua
ser alteradas po.rdecreto. do. executivo. (dentro. do.S limites cobrança. Cessadas as causas de sua criação., eles serão
previstos em lei) e o. impo.sto Co.brado. neste mesmo. exercí suprimido.s, gradativamente (art. 154,:II, da CF).
cio. (art. 150,§ 1°, da CF)em que o.correram as alterações.
Seu lançamento. é feito po.r ho.molo.gação. i. Impostos Inominados (competência residual)
O contribuinte do.impo.sto é qualquer das partes na Estes impo.sto.S. não estão. previstos na competência
o.peraçãotnbutada, co.mo. dispusera leLNo.entanto., a-lei originária da União. ,fazendo. parte do <lue é co.nhecido
estabelece que são. respo.nsáveis pelo. reco.lhimento. do. como. competência residual. Tais impostos só Po.dexão. ser
tributo as inStituições de crédito, câmbio.. seguro. e as auto- . criado.s mediánte lei complementar. sendo exigido pela
rizàdas a operar na compra e venda de valo.res imo.biliário.s. Constituição que sejamnão-cumulàtivo.s e não. tenham a
Em relação aos fatos geradoresoco.rrido.s a partir de base de Cálculo. própria do.s o.utros imposto.s já discrimi
10 de janeiro de 2006, o.S reco.lhimento.s do. Imposto. so.bre nados nela (art. 154, I, da CF).' Submetem-se a todo.s o.S
Operações de Crédito, Câmbio. e Seguro., o.u Relativas a princípios constitucio.nais tributário.S e por determinação.
Títulos o.u Valo.res Mo.biliário.S - IOF serão. efetuado.s em constitucio.nal (arl157, lI, da CF), 20% do. pro.duto da
prazo.s específico.s estabelecido.s no. art. 70, inciso. II da arrecadação. pertencem ao.s Estado.s.e ao DF.
Lei n° 11.196/2005.
IMPOSTOS DE COMPETiNCIA DOS ESTADOS E DO
DISTRITO FEDEAAL
f. Imposto sobre a Propriedade Territorial Ru
ral:c-ITR
Nos termos do.S arts. 155 da CF, compete aos Estado.s
Sna função é preponderantemente de natureza extra e ao. DF instituir os impo.stos a seguir relacio.nado.s:
fiscal, como. se. o.bserva no. dizer de Ives Gandra Martins
de que o. lTR serve "mais .co.mo. instrumento. de adequada a. Imposto sobre a Transmissão· Ca.usa Mortis
política agropecuária do.. que co.mo. instrumento. arrecada e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD
tório. relevante". Essa compreensão. deco.rre de simples (art. 155, I, da CF)
inspeção. da Constituição. Federal qUe; no. § 4°, I, do.
art. 153, estabelece que Q ITR será pro.gressivo. e terá suas Impo.sto. de função. fiscal, co.m nítido propósito ar
alíquo.tasfixadas de forma a desestimular a manutenção. recadat6rio.. Co.nhecido. como impo.sto so.bre heranças e
de propriedades impro.dutivas. doações,gracios~ o.U o.nero.sas. A do.ação onerosa requer
A Co.nstituição co.ncede imunidade do. ITR às peque que o. do.natário. atenda alguma exigência oucondiçãQ
nas glebas rurais, defi:J;ridas em lei (4:i n° 9.363/1996), para recebê.,la (ex.: "Dou-lhe um carro do. último..t:ipo se
quando. as explo.re Q pro.prietário., que não. Po.ssua o.utro. Io.grares êxito. noconcurso.").
imóvel (art 153;.§ 4°, II, da CF). Anteriormente. esse impo.sto só incidia·so.bre a trans
Apesar de ser um imPo.sto. da União; o. Município. missão. debcns imóveis e direitos a eles relativos (art. 35
r~ebe 50% do. pro.duto. da arrecadação., relativamente do. CTN, com redação superada). Co.m aCF/1988 ú;lvesua
aos imóveis neles situado.S (art. 158, lI, da CF). Receberá incidência ampliada e pasSo.U a se aplicar também àtrans
100% se o.ptar, na fo.rma da lei, pela cobrança e fiscãli míssão. de bens móveÍse de quaisquer tipos de direito.s.
zação. do. impo.sto•.desdeque isto. não implique redução. Suas alíquotas· máximas serão, fixadas pelo. Senado.
de imposto o.U renúncia fiscal (art. 153, § 4?, m, da CF). Federal (art. 155, § 1°, IV, da CF) não. sendo permitidos
O ITR, de apuração. anual, tem como. fato gerado.r a aos. Estado.s e DF ultrapassá-las. O senado fixo.U a alíqUo.ta
propriedade, o.do.mítiío. útil o.U a sÍlnplesposse de imóvel máxima em 8% (Reso.lução n° 9/1992). g
Po.r natureza, co.mo. definido._na lei civil,lo.calizado fora da A base. de cálculo. do. imposto é o. valor venal (valo.r $
zo.na urbana do. Municipio.; em 1° de janeiro de cada ano de venda de mercado.) do.S bens o.U direitos transmitido.s. ;
(arts. 29 do CTN e 1° da Lei nO 9.393/1996). Co.ntribuinte do. impo.sto é qualquer das partes na S
A base de cálculo. deco.rre do. valo.r fundiário. do o.peração tributada, como. dispuser a lei do Estado. tribu- J
imóve~ ou seja, o. valo.r da terra nua, declarado. pelo. co.n tante, podendo ser o herdeiro. o.U legatário. o.U sucessor. •
tribuinte e do. grau de utilização da terra. no. caso. de transmissão. Po.r morte. No caso. de doações,. a ~
O lançamento. é .Po.r ho.molo.gação co.nfo.rme estabe lei estadual pode especificar o. contribuinte como sendo. li
lece a Lei n° 9.393/1996. O próprio. co.ntribuinte anual o. do.ador o.U o. donatário.. li:
mente efetiva o.S cálculo.S e o. pagamento, sujeitando.-se à A Co.nstituição. define algumas situações o.nde a ã
ho.mo.Io.gação po.sterior. instituição. deste tributo. deverá ser primeiramente re ...
---_._----
22 ...,
Vestcon
gulamentada por lei complementar. Quando o doador tiver ser onerosos (pagos) para que o ICMS incida sobre eles
domicilio no exterior ou, no caso de sucessão por morte, (por isto, estão excluídos os serviços prestados pelo rádio
o de cujus era residente e domiciliado no exterior ou lá e pela televisão abertos, que são gratuitos). O fato gerador
seu inventário tenha se processado. Até o momento não do ICMS que estiver descrito nas leis estaduais ou do DF
se editou lei complementar. devem se circunscrever aos limites estabelecidos na CF e
no disposto no art. 12 da Lei Complementar nO 87/1996.
b. Imposto sobre Operaç6es Relativas à Cireulaçllo Quanto à questão da não incidência do imposto, verifi
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de ca-se, por simples inspeção da CF e da LC n° 87/1996, que
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Co não incide o ICMS; a) sobre as operações que destinem
municação - ICMS mercadorias para o exterior, inclusive produtos prÍmários
e produtos industrializados semi-elaborados, nem sobre
Em que pese ser imposto de competência estadual, o serviços prestados a destinatários no exterior; b) sobre as
ICMS tem reflexos nacionais e, por este motivo, é exausti operações que destinem a outros Estados petróleo, inclu
vamente tmtado na CFI1988 (art. 155). A lei complemen sive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
tarnO87, de.13 de setembro de 1996, estabelece as regras derivados, e energia elétrica. Entretanto, incidirá o imposto
gerais a sereD;l seguidas pelos Estados na elaboração da se os produtos não forem destinados à comercialização ou
legislação própria sobre o imposto. industrialização (vide art. 2° da lei complementar); c) sobre
Sua função é predominantemente fiscal e, em alguns o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
casos, é a maior fonte de recursos do Estado, portanto, instrumento cambial; d) sobre as prestações de serviço de
um imposto de grande interesse e importância e nãO raro comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de
causador de conflitos entre os entes tributantes. Dai a CF sons e imagens de recepção livre e gratuita (sobre o serviço
estabelecer que resolução do Senado Federal estabele de TV paga. a cabo ou similar, incide o ICMS); e) opera
cerá as aHquotas aplicáveis às operações e prestações, ções com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a
interestaduais e de exportação (Resolução UO 22/1989), sua impressão; f) operações relativas a mercadorias que
que variam de acordo com o destinatário da mercadoria. tenham sido ou que se destinem à prestação, pelo próprio
Ademais, nessa linha, é facultado ao Senado, mediante autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em
resolução, estabelecer alíquotas mínimas nas operações
lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços,
internas e fixar alíquotas máximas nas mesmas operações
de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóte
para resolver conflito especifico que envolva interesse
ses previstas na mesma lei complementar; g) operações
dê Estadó§. (art. 155, § 2°, Iv, V, VI, VII e VIII, da CF)
, Alguma extrafiscalidade deste imposto, entretanto, de qualquer natureza de que decorra a transferência de
pode ser observada quando, por exemplo, o Estado aplica propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou ~/
alíquotas crescentes para consumos crescentes de energia de outra espécie; h) operações decorrentes de alienação
elétrica, indicando uma óbvia preocupação social. fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo
ACF informa que o ICMS poderá ser seletivo (é facul credor em decorrência do inadimplemento do devedor; e í)
tativo), desta forma, variando suas aliquotas em razão e em operações de arrendamento mercantil, não compreendida
função da essencialidade das mercadorias e dos serviços a venda do bem arrendado ao arrendatário.
(art. 155, § 2°, li). Isto significa que produtos e serviços É importante mencionar que o IPI não integrará a
considerados mais supérfluos poderão ser mais taxados. base de cálculo do ICMS quando a operação configure
O ICMS é um imposto não cumulativo, compensan fato gerador dos dois impostos, exceto quando se tratar
do-se o que for devido em cada operação com o montante de importações. Aí o IPI fará parte da base de cálculo.
cobrado nas anteriores. Este direito ao crédito do imposto Quanto ao ICMS Petróleo (art. 155, §4°, Iv, c) suas
a compensar está condicionado à idoneidade fiscal da alíquotas poderão ser reduzidas e restabelecidas para
documentação ou da firma emitente (art. 23 da Lei Com aplicação no mesmo exercício financeiro, portanto, sem
plementarnO 87/1996). A isenção ou não-incidência, salvo necessidade de respeito ao princípio da anterioridade da
determinação em contrário da legislação, não implicará lei. Deve-se apenas aguardar o transcurso da noventena
crédito para compensação com o montante devido nas constitucional. J
operações ou prestações seguintes e acarretará a anulação O ICMS, em regra, pertence ao Estado onde a ope
do crédito relativo às operações anteriores. ração se real~ou, ainda que o destinatário da mercadoria
Seu cálculo é feito por dentro, ou seja, o montante esteja em outto Estado, mas a CF determina que 25% do
do ICMS (o montante do próprio imposto) integra a base valor arrecadado será repassado aos Municípios do Esta
de cálculo deste (art. 13, § l°, I, da Lei Complementar do onde a operação se realizou (art. 158, IV e parágrafo
nO 87/1996), constituindo o respectivo destaque (na riota único, da CF). Em caso de importação, o ICMS pertence
i
i5
fiscal) mera indicação para fins de controle. O resultado é
que, em todas as situações, o resultado do ii:nposto a pagar
ao Estado onde se localiza o estabelecimento importador
no qual ocorreu a entrada fIsica. O lançamento do ICMS é
:I será maior que a simples aplicação da alíquota ao valor feito por homologação, nos termos do art. 150 do C6digo
do produto ou serviço taxado. Tributário Nacional.
I... O ICMS tem como fato gerador as operações (ain
da que se iniciem no exterior) relativas à circulação de
mercadorias e as prestações de serviços de transporte
Jurisprudência
I
~ interestadual e intermunicipal e de comunicação. Na
A seguir são apresentados alguns entendimentos
jurisprudenciais do STF e STJ sobre o ICMS:
Ie circulação de mercadorias, para que incida o imposto, há
que haver a transferência de titularidade, não apenas a
circulação fIsica. Os serviços de comunicação precisam
Súmula nO 135/STJ: "O ICMS não incide na gravação
de filmes e videoteipes".
I
I
JII.
~
Vestcon 23
Súmula n° 138/STJ: "O ISS incide na opereção de a lei estadual. É contribuinte o proprietário do veículo,
arrendamento mercantil de coisas móveis". para todos os efeitos, aquele cujo nome conste dos docu
Súmula nO 1551 STJ: "O ICMS incide na importação mentos de licenciamento. É importante informar que não
.de aeronave, por pessoa fisica, para uso próprio". incide o IPVA sobre a propriedade de aeronaves e embar
Súmula nO 163/STJ: "o fornecimento de mercadorias cações, conforme entendimento do STF (RE 134509 1
com simultânea prestação de serviços em bares, restaUran AM ; RE 255111/SP). Arazão desta compreensão está
tes e estabelecimentos similares constitui fato geredor do no alcance da expressão "veículos automotores", que o
ICMS a incidir sobre o valor total da operação". próprio Código Nacional de Trânsito define como sendo
Súmula nO 166/STJ: ''Não constitui fato gerador do "todo veículo a motor de propulsão que circule por seus
ICMS o simples deslocamento de mercadorias de um para próprios meios, e que serve normalmente para o transpor
outro estabelecimento do mesmo contribuinte". te viário, de pessoas e coisas, ou para a tração viária de
Súmula nO 198/STJ: ''Na importação de veículo por veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
pessoa fisica, destinado a uso próprio, incide o ICMS." O termo compreende os veículos conectados a uma linha
Súmula nO 334/STJ: "O ICMS não incide no serviço elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico)".
dos provedores de acesso à Internet". Sua função básica é arrecadatória, sendo, portanto, um
,Súmula n° 660/STF: ''Não incide ICMS na impor imposto basicamente de natureza fiscal. As diferenças de
tação de bens por pessoa fisica ou jurídica que não seja alíquotas em razão do tipo de combustível utilizado pelo
contribuinte do imposto". veículo indicam uma certaextrafiscalidade deste tributo.
Súmula n" 6611STF: ''Na entrada de mercadoria im A base de cálculo. é o valor venal (valor de compre
portada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por e venda à vista em condições normais de mercado) do
ocasião do desembaraço aduaneiro". veículo.
Súmula nO 662/STF: "É legítima a incidência do São imunes ao tributo os veículos dos entes políticos
ICMS na comercialização de exemplares de obras cine (União, Estados, Municípios e DF) e de suas autarquias e
matográficas, gravados em fitas de videocassete". fundações, dos templos de qualquer culto, das instituições
"O ICMS não incide sobre o patrimônio, a renda ou de educação e assistência social sem fins lucretivos, dos
os serviços do Município, mas incide sobre o fomeci partidos políticos, inclusive suas fundações, e das enti
mento dos serviços de energia elétrica e de telefonia por dades sindicais dos trabalhadores, desde que, para todos,
ele consumidos." os veículos estejam ligados às suas atividades essenciais.
O STJ decidiu recentemente (REsp 73.552-RJ, Cinquenta por cento do valor arrecadado com o IPVA
06/2007) cancelar a Súmula nO 152 para estabelecer que, deve ser repassado para o Município onde se deu o licen
.na venda pelo segurador, de bens salvados de sinistros, ciamento (art. 158, m,da CF).
incide o ICMS.
"A importação de bens mediante contrato de arren IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS MUNlc(PIOS
damento mercantil (leasing) não constitui fato gemdor
do ICMS". Isto porque não houve a transferência de Nos termos do art. 156 da CF, compete aos Municí
titularidade. A regra, na verdade, é geral e se aplica a pios e, cumulativamente, ao DF (art. 147 da CF) instituir
qualquer tipo de arrendamento mercantil de éoisa móvel os impostos a seguir relacionados:
e não só aos bens importados. Ao final do leasing, se o
bem for compredo, incidirá o ICMS, mas somente sobre a. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territo
o valor residual pelo qual se efetuar a venda, já que as rial Urbana - IPTU
prestações pagas até então forem feitas a título de locação
do bem e sobre elas incidiu o ISS (vide Súmula nO 138 A função do IPTU é predominantemente fiscal poden
do STJ, acima). do ser progressivo em razão do valor venal do imóvel e
Para o ente público sujeito à imunidade recíproca, o ter alíquotas diferentes de acordo com sua localização e
ICMS é devido nos serviços que recebe (Ex.: luz, telefone) uso (art. 156, § l°, da CF).
e nas mercadorias que adquire. Porém, não é devido nas A CF/1988 atribuiu-lhe, entretanto, caráter também
mercadorias que circule ou nos serviços que preste. extrafiscal ao permitir que o Poder Público municipal
pudesse, mediante lei específica municipal e nos termos
c. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto da lei federal, instituir IPTU progressivo no tempo para
motores IPVA solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
(art. ~82, § 4°, da CF). O objetivo desta faculdade cons
Já houve muita discussão acerca da validade das leis titucional é possibilitar ao Município ordenar o uso da
estaduais instituidoras do,IPVA tratarem de questões re propriedade com vistas a que esta cumpre sua função
ferentes à definição dos fatos gemdores, bases de cálculo
e contribuintes, assuntos afeitos a uma lei complementar,
a teor do art. 146 da CF. O STF já se manifestou sobre o
social (art. 5°, XXIII, da CF). Não é mzoável que o imóvel
urbano fique sem uso, quase sempre por interesses espe
culatórios, diante de tanta necessidade urbana.
I...
.Q
tema em remansosa jurisprudência (RE 236.931; AI-AgR Quanto à progressividade do IPTU nó tempo é
279645/ MG) com o entendimento de que enquanto não
for não for emitida a referida lei complementar, a lei es
necessário que se diga que os artigos 182 e 183 da CF
relativos à Política Urbana forem regulamentados pela
i•
I
tadual tem competência plena para tratar do tributo, desde Lei 10.257/2001 (Estatuto das Cidades). Esta lei estabe
que não extrapole o disposto na CF para o tema. leceu que lei mmiicipal específica para área incluída no
O IPVA é um imposto anual cujo fato gerador é a plano diretor poderia ser emitida de forma a determinar o
propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (au
tomóvel, motocicleta, eaminhão etc.), conforme estabeleça
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsória do
solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
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~ ...~---_.~_._._~- --------
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.,..,
24
devendo fixar as condições e os prazos para implemen
Vestcon
imóvel. Contra o inquilino; resta-lhe apenas a via judicial
r
tação destas obrigações. Em caso do não cumprimento por conta de um descumprimento de um acordo contratual.
das condições e dos prazos previstos1 8 o Município fica
autorizado a proceder à aplicação do imposto sobre a pro Contribuinte
priedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo De acordo com o art. 34 do Código Tributário Na
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo cional, contribuinte é o proprietário do imóvel, o titUlar
de cinco anos consecutivos. de dominio útil ou seu possuidor a qualquer título, desde
O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano não po que essa posse tenha conteúdo econôm.Íco,o que exclui
derá exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, o locatário, como já explicado.
respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
Caso as obrigações de parcelar, edificar ou utilizar não Base de Cálculo e Lançamento
estejam atendidas em 5 (cinco) anos, o Muilicípio manterá A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel
a cobrança por esta alíquota máxima (15%), até que as (vaior de compra e venda à vista em condições normais
obrigações sejam cumpridas. No entanto, após o decurso de mercado). Na prática, esse valor é um valor provável,
deste prazo,' sem o adimplemento das referidas obriga uma vez que acaba sendo estimado pelo poder público.
ções, o Município está autorizado, à qualquer momento,
que não consegue realizar uma avaliação individual de
a fazer uso de sua prerrogativa legal de poder proceder à
cada imóvel. Nessa estimativa, não são. incluídos os bens
desapropriação do imóvel. com pagamento em títulos da
móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário,
dívida pública. Ou seja, além de pagar a alíquota máxima
no imóvel (art. 33,parágrafo único, do CTN). .
o proprietário (ou o possuidor com ânimo de dono) corre
Por tudo isso, o lançamento acaba sendo feito de ofi
o risco de ter sua propriedade (ou posse) expropriada pelo
cio, com base nos cadastros do Poder Público Municipal.
poder público por desatendimento à sua função social.
O CTN, porém, faculta ao contribuinte a contestação deste
Fato Gerador valor (art. 148).
Apesar do art. 156, I, da CF falar apenas em pro
priedade, o fato gerador do IPTU é não só a propriedade, Jurisprudência de interesse:
mas o domínio útil (usufruir de coisa como se fosSe sua A exegese legal prioriza o proprietário conhecido e o
mediante pagamentó, não equivalendo à locação) e a posse designa como responsável pelo IPTU, não o inquilino, haja
de bem imóvel, por natureza, que é o próprio solo e seus vista que este é uma espécie de "impósto real". gerador
acessórios, ou por acessão IlSica, que são, por exemplo, os de obrigação propter rem (em razão da titularidade da
edificios e as construções localizados na zona urbana do coisa). Consequentemente, enquanto não desconstituído
Município (art. 32, do CTN). Tanto o domínio útil quanto o domínio, o proprietário tem a obrigação ex lege (de
a posse têm conteúdo econômico~ Seus detentores, em lei), muito embora à luz do principio do enriquecimento
que pesem não serem legítimos proprietários, exercem sem causa, possa reaver o que pagou do inquilino (REsp
alguns poderes inerentes ao domínio e à propriedade, 678765IMG).
como se donos fossem, como, por exemplo, fazer cessão Súmula n0668/STF: "É inconstitucional a lei munici
do domínio ou da posse a outrem, mediante pagamento. pal que tenha estabelecidó, antes dà emenda constitucional
Quanto à posse, mais especificamente, entendemos 29/2000. alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se
que só pode ser tributada por IPTU aquela que tenha destinada a assegurar o cumprimento da função social da
alguma possibilidade de se converter em propriedade propriedade urbana".
(ex.: como no caso do usucapião). Por isso, ao invasor Súmu.a nO 724/STF: "Ainda quando alugado a ter
de imóvel público urbano não cabe a cobrança de IPTU, ceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente
posto que este imóvel não pode ser usucapido e o detentor a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da
da posse jamais será proprietário. constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
A locação não tem esse conteúdo econômico carac nas atividádes essenciais de tais entidades".
terístico do domínio útil e da posse, pois o locatário não
detém poderes inerentes ao domínio ou à propriedade. Por Mais jurisprudência:
isso, a locação não é fato gerador do IPTU, não havendo A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve
a obrigação legal do locador em saldá-lo. Não se pode abranger não somente os prédios destinados ao culto,
ignorar, no entanto, que, via de regra, os contratos de
mas, também, o patrimônio. a renda e os serviços "rela
locação atribuem essa responsabilidade de adimplemento
cionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
ao locatário. Porém, o Fisco não reconhece acordos entre
mencionadas. São imunes ao IPTU não só o templo, mas
g terceiros no tocante ao pagamento de tributos (art. 123, do
os seus anexos, como a casa paroquial ou a casa do pastor
I CTN). Daí se o locatário não pagar para o Fisco municipal
à (RE 325.822/SP).
~
o devedor será o proprietário ou detentor do domínio ou
posse. Resta ao locador, neste caso, fazer frente ao tributo A localização do imóvel não é suficiente para que se
§ para não ser incluído em dívida ativa podendo até perder o decida entre a incidência de IPTU ou ITR Há que se obser
! var sua destinação econômica (AgRg no Ag 498.512-RS).
A colônia de férias de sindicado não éllnune. Patri
I
~
18 Estes pIllZOS nlIo poderão ser inferiores a: I - um ano, a partir da notificação,
para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente; II - dois
anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.
Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal
mônio não ligado às finalidades essenciais do sindicato
(fora da atividade) (RE~AgR2450931 SP).
A instituição de ensino que em seu ato constitutivo
ê específica poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto
aprovado compreenda o empreendimento como um todo. veda a distribuição de seu patrimônio ou de suas rendas, a
...,..
Yestcon R5
título de lucro ou participação no resultado; e que reverte os e do ICMS (denoroinadoICM,.à época), foi editado o
recursos obtidos para a manutenção de suas atividàdes edu Decreto-Lei nO 406/1968,' modificado pelo Decreto-Lei
cacionais faz jus à imunidàde tributária (RE 237. 718/SP). nO 834/1969. O Decreto-Lei na 406/1968 continha a lista
. Eventualrendà obtidà pela instituição de assistência dos serviços tributáveis pelo ISS, a qual veio, mais tarde, a
social mediante cobrança de estacionamento de. veículos ser ampliadà e alterada pelaLC n° 56/1987. Essa nova lista
eIl;) área .interna da entidade, destinadà aQcusteio das vigorou até 2003, quando foi editadà a LC nO 116/2003, que
atividades desta, .está abrangidà pela imunidàde prevista instituiu novissimalista, bem como revogou a LC n° 56/1987
no dispositivo sob destaque (RE 144.900/SP). juntamente com alguns artigos doS decretos mencionados.
Instituição de educação sem fins lucrativos tem imu
nidàde dolPTU,sobre imóvel de sua propriedade, mesmO Fato Gerador
tratando-se, de imóvel locado a terceiros (RE 237 .718/SP). O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem
b. Impostó sobre.. a Transmissão Onerosa Inter como fato gerador a prestação de serviços constantes
Vwos de Bens Imóveis e Direitos a eles Relativos - ITBI da lista anexa à LC nO 11612003, aindà que esses não se
constituám como atividàde preponderánte do prestador.
Quanto a esse tributo, de natureza fiscai, a disposi Resumindo, Só se pode cobrar ISS dàqueles serviços (físi
çãoconstitucional de.situá:.}ona competência municipal cos ou intelectuais) previstos na lista que acompanha a lei
(art. 156, II) ~cabou por tomli!I sem eféito oart 35 do complementar e que não estejam compreendidos na área
Código Tributário Nacional que O considerava Como de do ICMS. Fica claro, então, que o ISS não poderá incidir
Competência estadual. sobre os serviços de transporte interestadual, intermuni
cipal e de comunicação.
Fato Gerador. ' 0 serviço coJiSidera-se prestado e o imposto devido
O fato gerador do ITBI.é a transmissão inter ~ivos no local do estabelecimento prestador ou, na falta do es
(entre os vivos ), por ato oneroso, a qualquer título (exceto tabelecimento, no local do domicilio do prestador. A essa
doação, aindà que onerosa), de bens imóveis,por natUreza regra,entretanto, a LC nO 11612003' estabelece algumas
ou por acessãb física. Imóveis por natureza sãO o solo Com exceções constantes do seu art. 3°. Define, ainda, alei que
a sua superfíCie, osseus acessórios e adjacências naturais, estabelecimento prestador é o local onde o contribllinte de
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço senvolve a atividade de prestar serviços, de modo perma
aéreo e o subsolo. Imóvel por acessão física é tudo que nente ou temporário, e que configure unidàde econômica
o homem incorporar permanentemente ao solo, como a ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as
semente lançadà à terra, os edificios, construções etc., de denominações de sede,' filiál, agência, posto de atendi
.. modo que não se possa retirar sem destruição, modifica mento,sucurSal,escritório de representação ou contato
ção, fratura ou dano. O usucapião é forma originária'de ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. Estas
aquisição dà propriedade e, por 'isso; não está sujeito à definições procuram afastar conflitos entre os municípios.
cObrança de ITBI. .
Afora as imunidàdes recíprocas com os entes públiéos Contribuinte, Base de Cálculo e Lançamento
de outras esferas, algumas outras imunidades a esse im Contribuinte é o prestador do serviço. A base de
posto são estabelecidàs no § 2° do art. 156 da Constituição cálculo do imposto é o preço do serviço eo lançamento
Federal. Desta forma, não incide o ITBI: sobre a trans ocorre por hOInologação. . . .
missão de bens ou direitos.incorporadoSáo patrimônio No que concerne o ISS, cabe à União, mediarite lei
de pessoa jurídica em realização' de capital, nem sobre complementar (art. 156, § 3°,dà CF):
a transmissão de bens ou' direitos decorrente de fusão, I - fixar as suas alíquotas .máximas e minimas; .
mcorpóração, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo II - excluir dà sua incidência exportações de serviços
se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente para o exterior;
for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de fi -regular a forma e as condições como isenções, in
bens imóveis ou arrendamento mercantil. centivos e beneficios fiscais serão concedidos e revogados. _
. 'ALC n° 11612003 estabeleceu como alíquota máximá
Contribúinte, Basé de Cálculo e Lançamento o valor de 5 %, sendo omissa quanto ao valor mínimo.
O contribuinte poderia ser tanto o vendedor como o Porém, o art. 88 do Ato das Disposições Constitucionais
comprador, mas a lei municipal normalmente considera Transitórias, anexo à CF/1988, estabelece como 2% a
o comprador como contribuinte. aliquota mínima.
A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem A referidà lei complementar, por determinação cons
e o lançamento se faz por declaração' do contribuinte. titucional (art. 156, § 3°, lI), excluiu a incidência do ISS
Porém, se o Fisco suspeitar que preço declarado esteja sobre a exportação de serviços para o exterior. Por outro
abaixo do valor venal, arbitrará novo valor (art. 148, do lado, o imposto incide sobre o serviço proveniente do g
CTN) e fará o lançamento de ofício. exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior. ;;
CI
l!:
c. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza- OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA S
ISS (art. 156, III, da CF) .. oiai
a. Conceito e Elementos Estruturais da Relação
Imposto municipal de natureza fundàmentalmente
fiscal engloba serviços de qualquer natureza (desde que
não cobertos pelo ICMS), definidos em lei complementar.
Já anteriormente à CF/l988, com o propósito de não
deixar dúvidàs quanto ao campo de tributação do ISS
Tributária
i
iS
tributária se ocorrido concretamente. Ou seja, a lei des
creve um fato hipotético que, enquanto não acontecer, não
e cuja forma de detenninação também é definida em lei.
Essa quantificação do valor a pagar constitui-se no aspecto
quantitativo da fato gerador.
...~ faz nascer nenhuma obrigação. A hipótese de incidência
é também conhecida como fato geradór em abstrato e
8 CAPACIDADE TRIBUTARIA
representa o aspecto objetivo do fato gerador.
I...
e e. Fato Gerador (arts. 114, 115, 116, 117 e 118, a. Capacidade Tributária Passiva (art. 126, do
5 . do CTN)
,.s; CTN)
e Com a ocorrência do fato gerador nasce uma relação
§ Fato gerador é a ocorrência concreta do fato descrito
na hipótese de incidência legal. Somente assim nasce a
jurídica tributária cujos elementos estruturais são: o sujeito
passivo e o sujeito ativo.
. ~
.,' ~
.....
.
.
~
Vestcon 27
A capacidade tributária passiva significa que o sujeito Quanto às pessoas jurídicas de direito público,
passivo participante da relação jurídica tributária é de considera-se domicílio qualquer de suas repartições no
tentor de capacidade jurídica para ser alvo de obrigações território da entidade tributante.
.(aquele de quem se pode cobrar tributos) e titular de direi Caso não seja cabível a aplicação de qualquer das
tos. Como ao Estado interessa uma base de contribuintes regras elencadas, considerar~se-á como domicílio tribu
ampliada; o CTN estabelece que a capacidade tributária tário do contribuinte ou responsável o lugar da situação
passiva índepende da capacidáde civil das pessoas natu dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
rais, não se configurando, esta, em impedimento para que origem à obrigaÇão.
lhes sejam cobrados tributos.
Taml?ém não é obstáculo à cobrança de tributos o fato CRCDITO TRIBUTARIO
de uma pessoa natural estar de alguma forma privada ou
limitada no exercício de atividades civis, comerciais ou Após a ocorrência do fato gerador nasce a obrigação
profissionais, ou ainda da administração direta de seus tributãria, ou seja, passa a eXistir uma obrigação do sujeito
bens ou negócios. passivo (contJ:ibuinte) para com o sujeito ativo, qual seja a
No que tange à pessoa jurídica, não é necessário que de pagar um tributo. Neste ponto, entretanto, não se pode
ela esteja regulaimente constituída, bastando que configu ainda exigir o pagamento por falta da apuração do quanto
re úma unidade econômica ou profissional. Isso significa é devido. Esta apuração é realizada pelo lançamento do
que a pessoa jurídica irregular ou informal também será tributo, que toma líquida e certa a obrigação.
tributada. . .
a. Constituição do Crédito Tributário
b. Capacidade Tributária Ativa
o lançamento é a informação ao Fisco da ocorrência
Nada obstante o normal seja se falar 'em capacidade do fato gerador e do nascimento da respectiva obrigação
tributária passiva, entendemos que existe tarri.bém a capa tributária. Com o lançamento constitui-se um crédito
cidade tributária exercida pelo sujeito ativo. Isso por que o tributário pàra o FiscO que, agora de posse de um título
sujeito ativo, que é quem tem a competência para instituir executivo extrajudicial, passa a ser credor de uma dívida
o tributo, detém, também, a capacidade de exigi-lo. tributária do sujeito passivo, agora quantificada e exigível
Esta capacidade pode ainda ser delegada a outra (art. 142, do CTN).
pessoa de direito público que recebe atribuições de ar Resumindo, o crédito tributário nada mais é do que
recadação ou fiscalização, como ocorre com algumas a obrigação tributária principal tomada exigível pelo
autarquias (ex.: INSS). lançamento, lembrando que obrigação tributária principal
Matéria que causa alguma confusão é a questão da consiste no pagamento de tributo ou de pena pecuniária
diferenciação entre competência tributária e capacidade (art. .113, §.1", do CTN). No caso de obrigação acessória, a
tributária ativa. A competência é o poder de criar o tri penalidade pelo seu descumprimento é também convertida
buto e esgota-se com a edição da lei arrecadadora. Com em obrigação principal, passando a fazer parte do crédito
a edição da lei surge a Capacidade tributária ativa, que é tributário.
o poder de se demandar dó sujeito passivo o pagamento
dos tributos instituídos. . ,b. Lançamento
. -
DOMlduo T"IBUTARIO (ART. 127 DO CTN) Dispõe o art. 142 do CTN:
28
do tributo devido, identifica o sujeito passivo e ainda, se
Vestcon
efetivar o lançamento. Está previsto no art. 147 do crn,
for o caso, apresenta a propositura de penalidade cabível. nos seguintes termos:
Com isto considera-se efetuado o lançamento.
Como o fato gerador é elemento fundamental da O lançamento é efetuado com base na declaração
obrigação tributária, o crn dispõe que o l,ançamento do sujeito passivo ou de terceiro quando um ou outro,
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obriga na forma da legislação tribútária, presta à autoridade
ção tributária e rege-se pela le'i então vigente, ainda que, administrativa informações sobre matéria de fato;
posteriormente, modificada ou revogada (art. 144). Esta indispensáveis à sua efetivação..
regra, no entanto, sofre mitigações. Aplica-se ao lança
mento legislação posterior ao fato gerador quandó esta . Se áautoridade'administrativa detectar erros 'na decla
tenha: instituído novos critérios de apuração ou processos ração, não a devolverápara correção, mas fará a: retificação
de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das de oficio (§ 20 do art. 147). A retificação da declaraÇão por
autoridades administrativas, ou outorgado aó .credito iniciativa do declarante, quando vise a reduzir ou excluir
maiores garantias ou privilégios. No entanto, neste últi tributo, só será admissível mediante comprovação do erro
mo caso de o:utorgá de maiores garantias e privilégiós, o em quese funde e antes de notificado do latiçamémto (§ 10
em estabelece qUe a legislação não poderá ser aplicadà do art. 147). . .
se o efeito for o de atribuir responsabilidade tributária a . A~últóridade fazendária recebe as informações como
terceiros. . .. se verdadeiras fossem. No caso de dúv~das relativas ap
Não se aplica, Ú!IDbém, a legislação posterior aos valor ou ao preço de bens, direitos, serviços ou atos jurí
impostos lançados por períodos certos de tempo se a dicos, o Fisco pode desprezar a declaração apresentada e
respectiva lei fixar expressamente a data em que o fato arbitrar o valor ou o preço, a menos que haja contestação
gerador se considera ocorrido. do sujeito passivo, quando, então, poderá ser oferecida
O lançamento considera-se finalizado (constituição uma avaliação contraditória, de natur.eza administrativa ou
definitiva do crédito. tributário) com a notificação do judicial. O IR, no passado, já foi de lançamento misto QU
sujeito passivo. A partir daí, o lançamento só poderá ser por declaração, pois o contribuinte era o encarregado de
modificado ou extinto, ou ter sua exigibilidade suspensa prestar as informações ao Fisco que, por sua vez, de posse
ou excluída (art. 141 do Cm), unicamente nos casos destas, calculava o valor a pagar e efetuava o lançamento,
previstos no art. 145 do crn: "I - impugnação do su notificando ao interessado.
jeito pas~jvo; II -recurso de oficio; I1I- iniciativa de
o~cio da.. autoridade administrativa, nos casos previstos Ill) Lançamento por Homologação (auto-lança
noart. 149". mento)
Os casos do art. 149referem-se às circunstâncias que Esta modalidade de lançamento está prevista no
validam o lançamento e a reVisão deste de oficio e incluem art. 150 do CTN nos seguintes termos:
a ocorrência de omissões ou inexatidões, falsidàdes, j
dolo, fraude, informações prestadas por pessoa estranha O lançamento por homologação, que ocorre
e determinação legal. Observa-se que a revisão de oficio quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
é bastante ampla, mas somente poderá ser realizada no passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
prazo decadencial de 5 anos permitido pelo crn para o exame da autoridade administrativa,. opera;-se pelo ato
lançamento (art. 173). em que a referida autorídade, tomando conhecimento
da atividade assim exercida pelo obrigado, expressa ~
~ ~
1 .~
Vestcon
ultrapassado por lei ordinária. Passado esse prazo sem
que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, considera-se
homologado tacitamente lançamento e definitivamente
Constituição Federal. Constitui-se em inaceitável afronta à
autonomia federativa e invasão de competência tributária.
Como, no entanto, não foi taxativamente proibida pela
29
, extmtoo crédito, a não ser que se comprove a ocorrência Constituição, ao -contrário do que ocorreu com a isenção
de dolo, fraude ou simulação (§ 4° do art. 15Q). heterônoma19 conta com defensores, entre os quais não
Como a responsabilidade pelainterpretação da legis nos incluímos.
lação tributária é do sujeito passivo, uma forma dele evitar Em qualquer das situações em que seja concedida, seja
peualidades é utilizar a pos~ibilicladede fazer consultas em caráter geral ou individual, a lei referente à moratória
ao Fisco~qmmdo houver dúvidas. A consulta, formulada pode circunscrever expressameute a sua aplicabilidade
por escrito, é o instrumento que. o contribuinte possui a determinada região do território da pessoa jurídica de
para dirimir dúvidas quanto a determinado dispositivo direito público que a expedir, oU a determinada classe ou
da legislação tribútá'ria relacionado ~om s;ua atividade. categoria de sujeitos passivos. A lei deverá-especificar o
Ao contrário do qlle ocorre nolançam€:lDto direto, os prazo de duração do favor,o número de prestações e seus
custOs d~ arrecadação são sensivelmeute redUzidos, vez vencimentós, as condições da concessão em caráter indi
que a,IIulior parte do trabalho fica por contado particular. vidual, inclusive as garantias, e os tributos à que se aplica;
Essy fato faz corri qUe hajallma simpatia dos Fiscos de A moratória, salvo disposição legal ení contrário, só
tod~ ás. .
esferáspor
.
esse tipo'.de lançamento.'
- . '
.. abrange definitivameuteos créditos nos littrites permitidos
à data da lei ou do despacho concessivo, ou cujo lançamen
~~:r~N~SÃO DA EXIGlàlll,DADÉ DO CR.DITO TRI.IU- to já tenha sido iniciado àquela datapór ato regularmente
notificado ao sujeito passivo (art. 154 do CTN).
Se concedida' em Caraterindividúal, a: moratória não
Está suspenSão' é temporária e o crédito .tributário gera direito adquirido e deverá ser revogada de oficio
continua válido; só que adia-se seu adimplemento. ' sempre que se apurar que o beneficiado não satisfazia ou
o art. 151 do em estabelece: . deixou de satisfazer as condições ou que não cumprira
ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros. Neste caso
. 1'-'- moratOria; . ' , . . haverá, adicionalmente, a imposição da penalidade se for
II - odepósito do seurilontanteintegral; apurado dolo ou simulação do beueficiado, ou de terceiro
.', m:...as reclan:iaçõese os recursos, nos termos das em beueficio daquele.
leis reguladoras do processo tributário àdministrativo;
IV - a concessão deinedida liminar em mandado b. Depósito do Montante Integral do Crédito
de segurança~
, V '-'--a concessão de medida liminar ou de tutela Na hipótesedé o sujeito passivo desejar discutir ad
antecipada, em outras espécies de ação judicial; ministrativamente ou judicialmente o crédito tributário,
, ,VI- o parcelamento. deposita o seu valor integràl. Isto suspende a exigibilidade
do crédito até a decisão final.
, Mesmo .suspenso o crédito tributário decorrente da
obrigação principal (pagameuto de tributo oude peualida c. Reclamações e RecursoS Administrativos
depeçuniária), as obrigações acessóri.as (prestações positi
vas ou.negativas estabelecidas no interesse da arrecadação A impugnação, defesa ou recurso'administrativo
e da fiscalização) dependentes de~a devem ser cumpridas. contra o lançamento constitUtivo do crédito tributário
A obrigação de emitir as notas fiscais, escriturar livros, também,suspende sua exigibilidade.
por exemplo, persiste apesar da suspensão.
d. Concessão de Liminar em Mandado de Segn
, a. Moratória rança
, Concedida por lei com o objetiyo de apenas dilatar Concedida quando se vislumbra que ó direito do im
o praZo para o pagamento de .rim tributo (art. 97, VI, do petrante possa se "esfumaçar" (jumusboni iuris), virarutD
CTN). Pode ser concedida em caráter individual ou geral. nada, se houver demora na suspensão.da obrigatoriedade
Erri caráter mdividual, é concedida por despacho da de se pagar o tributo.
autoridade administrativa Competente. Em carn.ter geral
é concedida pela própria pessoa juridica competente pata e. Concessão de Medida Liminar ou TUtela Ante
a inStituição do tributo (art. 152, I, a do CTN) ou áinda, cipadaem Outras Espécies de Ação Judicial .
conforme o C'IN (aí:-f 152, I, b do cTN), pela União, que
poderá: concedê:..la quantóa tributos de competência dos ALCn° 10412001, incluiu no art. 151 doCrn,como
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Neste hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributá ~
c
últÍnlo caso, no entanto, isto só seria possível sea União rio, a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada ã
concedesse simultaneamente moratória quanto aos tributos em qualquer procedimento judicial. ~
de sua competência e às obrigações de direito privado.
A aplicação dessa faculdade se daria, por exemplo, para
minimizar as situações decorrentes de calamidade pública,
f. Parcelamento I
hipótese em que sua aplicabilidade fica restrita à região A possibilidade de ~pensão do crédito tributário pelo ~
atingida ou à determinada claSse ou categoria de sujeitos
passivos. Entendemos, no entanta, que essa·faculdade
parcelamento também foi incliúdà no art. 151 do CTN pela 5
de concessão de moratória em caráter geral pela União
quanto a tributo de outros entes não foi recepcionada pela
19 Constante do parágrafo único do art.
no ar!. 151, I1I da CF.
13 do CTN , mas expressamente proibida
.
I
.,.., e~
'F ~i
30 Vestcon I
LC n° 104/2001. A referida lei complementar inseriu ainda à restituição total ou parcial do tributo, não importando
no em, o art. 155-Aque estabelece que o parcelamento
será concedido nas formas e condições estabelecidas
a forma em que foi pago o tributo. Se assim não fosse,
estaria havendo para a Fazenda Pública enriquecimento
I
em lei específica não se excluindo a cobrança de juros e
multas, a menos que a lei estabeleça de forma diferente.
sem causa, o que não se admite em Direito. Ao direito à
restituição; que pode ser demandada tanto administrati
I
Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as vamente como judicialmente, chama-se de repetição de
disposições relativas à moratória. Nesse sentido, o parcela indébito tributário. I
mento pode ser concedido em caráter geral ou individual. O direito de pleitear a restituição extingue-se depois
Se individual, caberá à própria autoridade administrativa de decorridos 5 anos, contados da data da extinção do I
defini-lo e aplicá-lo, desde que nas formas e condições crédito tributário nos casos onde tenha havido pagamento,
estabelecidas. na lei específica. espontâneo ou decorrente de cobrança, do tributo indevi I
A recente LC n° 118/2005 alterou o art. 155-A para do, ou maior que o devido.
estabelecer, ainda; que lei específica disporá sobre as A restituição para os casos onde tenha havido erros
condições de parcelamento dos. créditos tributários do
na identificação do sujeito passivo, na determinação da
devedor em recuperação judicial. Enquanto não existir
alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito e na
esta lei especIfica, serão aplicadas ao devedor em recupe
elaboração ou conferência de qualquer documento relativo
ração judicial às leis gerais de parcelamento do ente da
Federação deste, não podendo, neste caso, o prazo de ao pagamento, também obedece ao mesmo prazo acima,
parcelamento ser inferior ao concedido em nível federal. ou seja, de 5 an()s, contados da data da extinção do crédito
tributário (art. 168, I do CTN). Neste caso, para dirimir
EX1'INçAo DO CRÉDITO TRIBUTARIO qualquer dúvida acerca do momento efetivo da extinção
do crédito tributário para efeito da contagem do prazo, o
Conforme dispõe o art. 156 do CTN: art. 3° da LC n° 11812005 estabeleceu que, para efeitos de
interpretação do inciso I do art. 168 do CTN, a extinção
Extinguem o crédito tributário: do crédito tributário de tributo sujeito a lançamento por
I - o pagamento; homologação ocorre no momento do pagamento antecipa
11 - a compensação; do. Não é demais lembrar que a real extinção do crédito é
III - a transação; condicionada à efetiva homologação do lançamento, que
IV - a remissão; ocorre em momento posterior. Mas como dissemos, para
V. a prescrição e a decadência; efeito da contagem do prazo se considera extinto o crédito
VI - a conversão do depósito em renda; na data do pagamento antecipado.
VII - o pagamento antecipado e a homologação Caso O sujeito passivo tenha efetuado o pagamento
do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e de um tributo por força de uma decisão condenatória, este
seus §§ 1° e 4°; pagamento somente será considerado indevido e, portanto,
VIII - a consignação em pagamento, nos termos passível de restituição, se a mencionada decisão vier a ser
do disposto no § 2° do art. 164; reformada, anulada, revogada ou rescindida. O seu direito
IX - a decisão administrativa irreformável, assim de pleitear a restituição extingue-se com o decursO do
entendida a definitiva na órbita administrativa, que prazo de 5 (cinco) anos, contados da data em que se tornar
não mais possa ser objeto de ação anulatória; definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a
X - a decisão judicial passada em julgado; decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na ou rescindido a decisão condenatória.
forma e condições estabelecidas em lei.
b. Compensação
a. Pagamento
A compensação é um instituto de direito civil que
É o modo básico e mais comum de quitação de uma poderá ocorrer quando duas pessoas forem, ao mesmo
divida tributária. Por ele se. extingue o crédito tributário
tempo, credor e devedor uma da outra. Neste, caso as duas
mediante a entrega ao Estado de soma em dinheiro. No
obrigações extinguem-se até o montante em que puderem
entanto, não basta pagar, é preciso pagar direito. O paga
se compensar. O art. 170 do CTN, entretanto, condiciona
mento deve seguir o que dispõe a legislação tributária para
que o crédito tnbutário seja efetivamente extinto. Por isto, esta possibilidade, para o nível tributário, à existência de
pela importância do pagamento em matéria tributária, o lei que autorize a compensação.
CTN, em seus artigos 157 a 169, regula o tema, estabele ALei Complementai n° 104/2001, incluiu o art. 170-A
cendo, entre outras coisas, que o pagamento deve ser feito no CTN que·estabeleceu ser.proibida a compensação de
na repartição competente do domicílio do sujeito passivo, tributo que esteja em contestação judicial pelo devedor,
g sempre que a.legislação tributária for omissa a respeito e antes do trânsito em julgado da decisão judicial. A Lei
i que o pagamento da última parcela não implica presunção n° 9.430/1996, com redação dada pela Lei n° 10.637/2002,
z... de quitação das prestações anteriores. estabelece que
Salvo disposição legal em contrário, o pagamento
.i• deve ocorrer 30 dias após a data da notificação do sujeito
passivo (art. 160).
sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os
judiciais com trânsito emjulgado, relativo a tributo ou
I contribuição administrado pela Secretaria da Receita
I
não cabe falar em prescrição de ação inexistente. Sim
Decadência plesmente não poderá haver cobrança.
No Direito Tributário, a decadência significa que se
extingue, por decurso de praZo, o direito de a Fazenda 20 REsp 733915 I SP,Min Eliana Calmon, DJ 161812007 p. 309.
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32 Vestcon
I
f. Conversão de Depósito em Renda .i. DecisãoAdministrativa Irreformável
No caso de ação do sujeito passivo para discutir o A decisão administrativa irrefonnável é aquela deci I
crédito tributário, é possível depositar o montante inte são definítiva na esfera adminístrativa que não possa mais
gral deste para que sejam evitadas a incidência de juros ser alvo de ação anulatória. Se a decisão. for desfavorável
e correção monetária e a execução fiscal. Nonnalmente ao sujeito passivo, este poderá recorrer ao Poder Judiciá
usa-se desta faculdade nas ações de consignação judicial rio. Já 9 sujeito ativo não poderá recorrer ao judiciário se
do crédito tributário (como será visto a seguir) quando, a decisão lhe for desfavorável.
por exemplo, a autoridade fazendária se recusa ao rece . .
bimento ou o subordina ao pagamento de outro tributo ou j. Decisão Judicial Passada em Julgado
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória.
Se a decisão definitiva for desfavorável·ao sujeito Decisão judiCial passada em julgado. ou coisa julga
ativo, ou seja, der razão ao sujeito passivo, ocorrerá a da é aquela que não é mais susc,etível dé réfonna. Essa
conversão do montante depositado em renda (o dinheiro decisão dá a palavra fiÍlal~m reb'lçãoao crédito tributário
fica disponível) para o Fisco, e?Ctinguindo-se o crédito e evideIitemente pode se darem qUálquer sentido. Para
tributário. Se à decisão for favorável ao Fisco, o depósito nós ó queinreressa é que se ela for favorável ao 'sujeito
se converte em renda para o sujeito,passivo que reaverá passivo,no sentido da extinção doerédito tributário, nada
a posse do dinheiro sem a extinção do crédito. mais resta ao FisCo senão aquiescer.
Ocorre nas situações descritas no art. 164 do CTN e .Isenção é a dispensado tributo devido, feita por
culniina com a conversão .em renda ou para ó Fisco ou expressa disposição de lei. Salvo dispo~ição de lei em
para o sujeito passivo autor da ação. contrário, a isenção não é extensiva às taxas, às contribui
ções de melhoria e aos tributos institUídos posterionnente
Dispõe o art. 164 do CTN: à sua concessão. A lei deverá especificar as condições é
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que
A importância do crédito tributário pode ser con se aplica e, sendó o caso, o prazo de sua duração.
signadajudicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: Com o advento da Constituição Federal de 1988 ficou
I - de recusa de recebimento, ou subordinação vedado à União conceder isenções de tributos da compe
deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, tência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
ou ao cUmprimento de obrigação acessória; (art. 151, III da CF). Estas isenções eram cOnhecidas como
11 de subordinação do recebimento ao cumpri isenÇões heterônomas 'ou heterotópicas. Daí, atualmente,
mento de exigências administrativas sem fundamento só pode conceder a isenção aquele ente político que tenha
legal; a competência para instituição do tributo a ser isento; Ex.:
m- de exigência, por mais de uma pessoa jurí A união não pode isentar ninguém do IPTU, uma vez que
dica de direito público, de tributo idêntico sobre um é imposto de conipetência municipal e não federal.
mesmo fato gerador. De nossa parte, entendíamos que a vedação era abso
~
!i
luta e impedia que a União concedesse isenções heterô
1:1 Se o resultado da ação for favorável ao sujeito passivo nomas ouheterotópicas,. como se escolha denominá·1as,
~ (autor), converte-se o depósito em renda (o dinheiro fica ainda que em sede de tratados internacionais. No entanto,
disponível para saque) em favor do Fisco e considera-se fomos obrigados a abandonar esta posição em face de
ªI
.:2
•
extinto o crédito tributário.' Se a decisão for favorável
ao Fisco, o depósito se converte em renda pàra o sujeito
passivo que reaverá a posse do dinheiro, sem a extinção
decisão recente do STF que estabelece que a vedação cons
titucional às isenções heterônomas pela União "limita-se
a impedir que a União institua, no âmbito de sua com
petência interna federal, isenções de tributos estaduais,
'I; do crédito.
distritais ou municipais, não se aplicando, portanto, às
gislação tributária, ainda que não se configure fato definido investigar o sujeito paSsivo a que se refere a informação,
em lei como crime ou contravenção. por prática de infração administrativa. Adicionalmente, o
Se ao empreender a cobrança a autoridade administra crn (art. 198) dispõe que não é vedada a divulgação de
tiva incorrer em excessos e arbitrariedades estará sujeita informações referentes a: representações fiscais para fins
. ./
às penas da lei. Neste caso, o Código Penal é claro na penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e
tipificação do crime de excesso de exaçã022 • Estabelece parcelamento ou moratória. Por último, lembra-se ainda
no art. 316, § l°, que este é um dos crimes praticados que a Fazenda Pública da União, na forma estabelecida
por funcionário público contra a administração em geral. em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar
Consiste na exigência de tributo ou contribuição social informações com Estados estrangeiros no interesse da
que sabe ou deveria saber indevido. ou, quando devido, arrecadação e da fiscalização de tributos.
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso que a Nos termos do art. 11, § 3° da Lei na 9.311/1996, a
lei não autoriza. A pena prevista é de reclusão, de 3 a 8 Secretaria da Receita Federal (agora Secretaria da Re
anos, e multa. No § 2° o artigo em tela estabelece a pena ceita Federal do Brasil - SRB) resguardará, na forma da
de reclusão, de dois a doze anos, e multa se o funcionário legislação aplicável à matéria, o sigilo das informações
desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedi
indevidamente e não foi recolhido aos cofres públicos. mento administrativo tendente a verificar a existência de
Cabe ainda dizer que se o agente público praticar vio crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para
lência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la, lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito
o art. 322 do Código PenaL, inserto no titulo referente tributário porventura existente, observado o disposto no
aos crimes praticados contra a Administração Pública, art. 42 da Lei na 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e
estabelece pena de detenção de seis meses a três anos, alterações posteriores. .
além da pena correspondente à violência.
d. Sigilo Bancário
" b. Entidades e Pessoas Obrigadas a Prestar Inror
ma'ções ao Fisco . O sigilo bancário não pode ser absoluto, haja vista
a supremacia do interesse pÓblico sobre o do particular.
Mediante intimação escrita, e somente neste caso, as A proteção que o sigilo bancário proporciona ao cidadão
seguintes pessoas ou instituições são obrigados a prestar é adequada quando se trata da divulgação dos dados ao
à autoridade administrativa todas as informações de que público, mas não quando se trata do Fisco. É fundamental
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades para o interesse público que a Fazenda Pública, no seu
de terceiros (art. 197): mister fiscalizatório, possa ter acesso às informações
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de bancárias. Se assim não fosse, sonegadores contumazes
oficio; poderiam estar sendo acobertados em franco prejuízo do
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas erário e da coletividade.
e demais instituições financeiras; O sigilo bancário é matéria integrante do sistema
TIl - as empresas de administração de bens; financeiro nacional, cuja regulação, a teor do art. 192 da
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; CF, depende de lei complementar. Nesse compasso, foi
V - os inventariantes; editada em 2001 a Lei Complementar na lOS" que dispõe
VI - os síndicos, comissários e liquidatários; sobre o sigilo das operações de instituições financeiras.
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei O art. 60 desta lei estabelece que:
designe, em razão de seu cargo, oficio, função, ministério,
atividade ou profissão. As autoridades e os agentes fiscais tributários
Este mesmo art. 197 informa, em seu parágrafo único, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
que o informante deve preservar as informações de que Municípios somente poderão examinar documentos,
esteja legalmente obrigado a observar segredoem·razão livros e registros de instituições financeiras, inclusi
de cargo, oficio, função, ministério, atividade ou profissão. ve os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo
g c. Sigilo da Fazenda Pública e de seus Agentes instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais
:;
Q exames sejam considerados indispensáveis pela
w
a É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública autoridade administrativa competente.
S ou de seus servidores, de informação obtida em razão do
!:! oficio sobre a situação econômica ou financeira do sujei Foi inserto em parágrafo único deste mesmo artigo a
-=• to passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado obrigatoriedade de que o resultado dos exames, as infor
Iê
de seus negócios ou atividades. Essa regra, entretanto, mações e os documentos sejam conservados em sigilo,
não é absoluta. Informações poderão ser permutadas observada a legislação tributária. Ou seja, ressalvado
mutuamente entre a Fazenda Pública da União.e as dos disposição diversa da lei, as informações obtidas devem
::c
ficar adstritas exclusivamente ao âmbito dos processos ad ~.
22 Exação significa o ato de cobrança dos tributos. ministrativos ou procedimentos fiscais que as requereram.
....".
Vestcon
Este art. 6° foi merecedor de regulamentação especí
35
no limite das respectivas áreas de atribuições, e asinsti
fica instituída pelo Decreto n° 3.274/2001 que tratou da tuições financeiras deverão fomecerao Podei: Legislativo
requisição, acesso e uso, pela Secretaria da Receita Fe Federal as informações .e os documentos sigilosos que,
deral, de informações referentes a operações e serviços das fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercíCio
instituições financeiras e das entidades a elas equiparadas. de suas respectivas competências constitucionais e legais.
O Fisco também pode atuar sem a intervenção do A lei faculta ainda que, de modo particular, as comissões
poder judiciário para efetuar a quebra do sigilo, bastando parlamentàres de inquérito, no exercício de sua competên
a requisição das informações, desde que com base na cia constitucional e legal de ampla investigação, obtenhám
legislação pertinente. as informações e documentos sigilosos que necessitarem
A rigor, a terminologia "quebra de sigilo" é inexata diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio
para o caso de informações requeridas pela Administra do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores
ção Fazendária. Nenhum dado recolhido, em nenhuma Mobiliários. As solicitações de informações, entretanto,
hipótese, é usado fora do âmbito desta, permanecendo tão deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário da Câ
sigiloso quanto quando estava de posse das instituições mara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário
financeiras. de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.
A Lei n° 9.311/1996, que institui a Contribuição Infere.,.se do exposto, que o poder legislativo tem o p.oder
Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Va de requerer de mão própria as informações sigilosas de que
lores e de Créditos de Natureza Financeira (CPMF), em necessite, não necessitando recorrer ao judiciário para tal.
seu artigo 11, §§ 2° e 3°, possibilita ao Fisco, entre outras
coisas, o cruzamento dos dados referentes à CPMF, com e. Divida Ativa
as declarações relativas ao Imposto sobre a Renda:
O art. 201 do CTN define como divida ativa tributillia
Art. 11. ............................................................ . aquela proveniente de crédito dessa natureza, regulár
§ 2° As instituições responsáveis pela retenção e mente inscrita na repartição administrativa competente,
pelo recolhimento da contribuição prestarão à Secre depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela
taria da Receita Federal as informações necessárias lei ou por decisão :firial proferida em processo regu1~.
à identificação dos contribuintes e os valores globais A incidência de juros de mora não interfere na liquide? e
certeza do crédito. .
das respectivas operações, nos termos, nas condições
O § 2° do art. 39 da Lei n° 4.320/1964 (Normas Gerais
e nos prazos que vierem a ser estabelecidos pelo
de Direito Financeiro) estabelece a diferença entre a ~.:.
Ministro de Estado da Fazenda.
vida Ativa Tributária e a Dívida Ativa Não Tributária:.
§ 3° A Secretaria da Receita Federal resguar<l.ará,
A inscrição de créditos da Fazenda Pública, tributários
na forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das
ou não, em dívida ativa permite sua cobrança por meio
informações prestadas, facultada sua utilização para
de ação de execução judicial, que é uma ação especialde
instaurar procedimento administrativo tendente a cobrança da dívida ativa, regida pela Lei nO 6.830/198:0:
verificar a existência de crédito tributário rebitivo O art. 202 do CTN iQforma que o termo de inscri~
a impostos e conttibuições e para lançamento, no da dívida ativa, autenticado pela autoridade compete~te;
âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributá deverá indicar obrigatoriamente o seguinte: .. .... .
rio porventura existente (grifo nosso), observado o I o nome do devedor e, sendo caso, dos co-respon
diSpOsto no art. 42 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro sáveis, bem como, sempre que possível, o domicílioo'\l a .
de 1996, e alterações posteriores. residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular osjutos
de mora acrescidos;
A quebra de sigilo das operações dos bancos ou III - a origem e natureza do crédito, mencion~ ..
das demais instituições financeiras, qualificadas no §1°, especificamente a disposição da lei em que seja fundadi;l; .
do art. 1° da LC 105/2001, poderá ser decretada pelo IV a data em que foi inscrita; ...•....> .
judiciário em qualquer fase do inquérito ou do processo V - sendo caso, o número do processo administratiVo
judicial. De modo especial poderá ser decretada quando de que se originar o crédito~ ..•........
da apuração dos seguintes crimes: de terrorismo; de tráfico Além dos requisitos acima, é necessário que cons~m .
ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; de da certidão de dívida ativa, que será o título executivo,.a
contrabando ou tráfico de armas, munições ou material indicação do livro e da folha da inscrição. ........
destinado a sua produção; de extorsão mediante sequestro; A omissão de quaisquer dos requisitos mencionad~
contra o sistema financeiro nacional; contra a Adminis ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inS(iÍj~ ..
tração Pública; contra a ordem tributária e a previdência ção e do processo de cobrança dela decorrente. A nulidáde, .g
social; lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos no entanto, poderá ser sanada até a decisão de primeÜ"!1.· ;
e valores; praticado por organização criminosa. A I.· ao instância, mediante substituição, desta certidão nula :de·· ;
listar especialmente estes crimes demonstra que m ' ; dívida ativa e concomitante devolução de prazo de defésa 8
dera especialmente danosos do ponto de vista da plllhJ.ca ao sujeito passivo, acusado ou interessado (art. 203). A çle- ~
criminal do Estado e que, portanto, são mais merecedores fesa deverá ge restringir à parte modificada da certidão.. ·. . ':j
da atenção particular da justiça. Para tanto, esta recebe A Portaria n" 49/2004 emitida pelo Ministério.da
Fazenda autoriza que não sejam inscritos como Dívida· :ré
·1
de forma explícita, para evitar dúvidas, autorização legal
para a quebra de sigilos financeiros quando de tais crimes. Ativa da União os débIto:. ,'om a Fazenda Nacional de iiJ
O art. 4° da LC 105/2001 estabelece que o Banco valor consolidado igualou inferior a R$ 1.000,00 (mil §
Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, reais). Adicionalmente, a referida portaria autorizaOlle
'-'
~,
36 Vestcon
as ações de execuções fiscais de débitos com a Fazenda vada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. No
Nacional somente sejam ajuizadas no caso de dívida de caso, por exemplo, dé parcelamento de crédito tributário
valor consolidado igualou inferior a R$10.000,00 (dez inscrito em Dívida Ativa, a exigibilidade do tributo fica
mil reais): Valor consolidado é aquele resultante da atua suspensa e a certidão emitida, ainda que positiva, terá
lização do respectivo débito originário mais os encargos o efeito de uma negàtiva (certidão positiva com efeitos
e acréscimos legais ou contratuais vencidos até a data da negativos).
apuração. Independentemente de disposição legal permissiva,
Isto não significa dizer, no entanto, que os devedores será dispensada a prova de quitação de tributos ou o seu
estarão livres de cumprir com sua obrigação fazendária. suprimento, quando se tratar de prática de ato indispen
Significa apenas que para a Fazenda não é vantajoso sávelpara evitar a caducidade de direito, respondendo,
cobrá-las pelo método tradicional. Dai, o Procurador-Geral porém, todos os participantes no ato pelo tributo porven
da Fazenda Nacional e o Secretário da Receita Federal tura devido,juros de mora e penalidades cabíveis, exceto
do Brasil, em suas respectivas áreas de competência, as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal
implementarão programas específicos para a cobrança ao infrator. Visa este procedimento a proteger o cidadão
dos débitos não sujeitos à inscrição em Dívida Ativa e em situação especial contra a perda de seu direito por
ao ajuizamento das execuções fiscais, respectivamente. conta de depender de uma certidão negativa. Não haverá
Os limites de valor para inscrição e ajuizamento não de ser fácil, entretanto, para o já afligido contribuinte
se aplicarão quando se tratar de débitos decorrentes de convencer a quem solicitou a certidão de que esta é dis
aplicação de multa criminal. Neste ponto é importante pensada, no seu caso, em face da lei. Haverá, quase que
informar que as multas criminais, no moderno direito pe certamente, que recorrer ao judiciário para fazer valer o
nal brasileiro, quando não pagas, são incluídas em Dívida que lhe garante a lei. .
Ativa e cobradas mediante execução fiscal. Note-se que A certidão negativa expedida com dolo ou fraude,
apesar de incluídas em Divida Ativa elas permanecem que contenha erro contra a Fazenda Pública, não exclui
com· a natureza de pena. Como a Constituição, em seu a responsabilidade criminal e funcional que no caso cou
art. 5°, XLV, estabelece que nenhuma pena passará da ber, responsabilizando pessoalmente o funcionãrio que a
pessoa do condenado, não é possível que esta dívida seja expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
cobrada dos herdeiros, pois, como dito, é pena. Não é
proibido, no entanto, que a obrigação de reparar o dano e g. Contagem dos Prazos Fiscais na Legislação
a decretação do perdimento de bens seja, nos termos da Tributária (Art. 210 do CTN)
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o liniite do valor do patrimônio transferido. Mas aíjá .Os prazos fixados no CTN; ou legislação tributária,
não se trataria de uma execução fiscal, não interessando são contados, excluindo, na sua contagem, o dia de início
ao nosso campo de estudo .. e incluindo o de vencimento. No entanto só se iniciam ou
No tocante à execução fiscal, especificamente, o vencem em dia de expédiente noimal na repartição em
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, observados os que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Além
critérios de eficiência, economicidade, praticidade e as disso, a contagem é feita de forma contínua, ou seja, os
peculiaridades regionais, poderá autorizar, mediante ato feriados, sábados e domingos também são considerado
normativo, as unidades por ele indicadas a promover para a contagem sem desconto no prazo total.
o ajuizamento de débitos de valor consolidado inferior Para entendermos a áplicação prática destas regras
ao limite mínimo estabelecido na portaria. Tal decisão, vejamos os seguintes exemplos:
evidentemente, é discricionãria, mas deverá observar as a) Em 22 de fevereiro de 2006, o contribuinte A foi
condicionantes mencionadas para que tenha validade. instado a fazer o recolhimento de um determinado tributo
em até 9 dias. Quando venceu o prazo dado? Resposta:
e.l Presunção Juris Tantum da Dívida Ativa Exclui-se o dia inicial do prazo (22) e começa-se a conta
O art. 204 do CTN estabelece que a divida regular gem a partir do dia 23, uma quinta-feira, dia de expediente
mente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e normal. Inclui-se o dia final da contagem e contam-se o
tem o efeito de prova pré-constituída. Porém, essa presun sábado e o domingo. Portanto o prazo se encerrou em 03
ção a que se refere este artigo não é absoluta (jure et de de março, uma sexta-feira, e também dia de expediente
jure), mas sim relativa (juris tantum), pois admite prova normal na repartição tributária pertinente.
em contrário. Desta forma, a certeza e a liquidez podem ser b) Em 23 de fevereiro de 2006, o contribuinte B
ilididas por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo foi instado a fazer o recolhimento de úm mesmo tributo
ou do terceiro a que aproveite. também em 9 dias. Quando venceu o prazo dado? Res
posta: Exclui-se o dia inicial do prazo (23) e começa-se
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f. Certidões Negativas (arts. 205 a 208 do CTN)
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gestor desses recursos tem conduzido muitos a pensarem 10. (CespelUnB) A certidão da dívida ativa é o titulo
que os tributos são um mal desnecessário, um "castigo" executivo extrajudicial que embasa a inicial na ação
injusto por algo que não se cometeu e por isto deve ser executiva.
evitado a todo o custo. 11. (CespelUnB) O parcelamento, por ser ato de discricio
Infelizmente, esta percepção é equivocada. Quando, nariedade administrativa, pode ser concedido inde
por exemplo, o cidadão abre mão de exigir uma nota fiscal, pendentemente de lei autorizativa.
está diminuindo a arrecadação tributária e prejudicando 12. (CespelUnB) A lei pode impor aos sujeitos da obriga
a todos, mormente os mais pobres, visto que estes são os ção tributária a celebração de transação que, mediante
mais dependentes dos serviços prestados pelo Estado. concessões mútuas, importe em determinação de
Permitir a evasão é acirrar a desigualdade sOCial, é permitir litígio e consequente extinção de crédito tributário.
que a rede de proteção social se esgarce e não ampare os 13. (CespelUnB) É vedada a compensação mediante
mais necessitados. o aproveitamento de tributo, objeto de contestação
Pagar tributos é antes de tudo um dever cívico. A ine judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em
ficiência do Estado na gestão desses recursos não pode julgado da decisão judicial. ~
ser argumento para a evasão fiscal. Há que se combater a 14. (CespelUnB) É vedada, para quaisquer fins, a divul
ineficiência pé\os meios legitimos que estão à disposição gação, por parte da Fazenda Pública, de informação
da sociedade, tais como: o exercício do voto consciente; acerca da situação econômica ou financeira do sujeito
a cobrança aos parlamentares; a fiscalização pelos órgãos passivo obtida em razão do oficio.
de controle e cortes de contas; a ação popular etc. 15. (CespelUnB) Pelo principio da soberania nacional,
é vedado à Fazenda Pública da União firmar acordos
EXERdclOS internacionais que visem permutar informações com
estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
1. (Esaf) A progressividade do Imposto sobre a Proprie fiscalização dos tributos.
dade Predial e Territorial Urbana pode ser estipulada 16. (CespelUnB) Não constitui fato gerador de ICMS o
em função da subutilização do solo urbano. simples deslocamento de mercadoria entre estabele
cimentos do mesmo contribuinte.
2. (CespelUnB) Os impostos são sempre graduados
17. (CespelUnB) O IPVA é imposto direto em que ocorre
segundo a capacidade econômica do sujeito passivo,
o fenômeno da transferência da carga tributária a
sendo facultado à administração tributária, especial
terceiro.
mente para conferir efetividade a esse objetivo, identi
18. (CespelUnB) O IPTU, a par da função arrecadatória,
\ ficar,respeitados os direitos individuais, o patrimônio
tem finalidade extrafiscal, na medida em que é utili
e a renda do contribuinte.
zado como forma de impor o cumprimento da função
3. (CespelUnB) Em caso de calamidade pública, os esta social ao imóvel urbano.
dos podem instituir empréstimos compulsórios, desde 19. (Esaf) A Constituição Federal de 1988 veda o estabe
que por lei complementar. lecimento de limitações ao tráfego de pessoas, capitais
4. (CespelUnB)A União tem competência para instituir ou bens por meio de impostos.
e cobrar as contribuições parafiscais, inclusive sobre 20. (Esaf) O Imposto sobre Produtos Industrializados
os vencimentos dos servidores públicos estaduais deve ser não-cumulativo em função da essencialidade
e municipais,· para custeio, em beneficio destes, de dos produtos.
sistema de previdência e assistência social. 21. (Esaf) O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
5. (CespelUnB) Compete à União a coleta dos impostos deve ter sua base de cálculo e alíquotas fixadas de l
estaduais e municipais no território federal, ainda que forma a desestimular a manutenção de propriedades
este seja dividido em municípios.
6. (CespelUnB) Cabe à União, por meio de lei com
improdutivas.
22. (Esaf) A instituição do imposto sobre grandes fortunas
I
plementar, dispor acerca do fato gerador e da base
. de cálculo do Imposto sobre Operações Relativas
dependerá de lei complementar e de resolução do
Senado, fixando as alíquotas mínima e máxima. I
à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS) e do Imposto Predial e
23. (Esai) O ouro, quando definido em lei como ativo
financeiro ou ativo cambial, sujeita-se apenas a um I
imposto de competência da União, devido na operação
Territorial Urbano (IPTU). de origem. I
7. (CespelUnB) A União pode instituir tributo que não 24. (Esaf) As autarquias federais, municipais e estaduais
seja uniforme em todo o território nacional, desde
que se trate de incentivo fiscal destinado a promover
gozam de imunidade quanto aos tributos dos outros
entes políticos em decorrência da imunidade recíproca.
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o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico 25. O lançamento é regido pela legislação vigente à época
entre as regiões do país. da ocorrência do fato gerador, não lhe sendo aplicável, I
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8. (CespelUnB) Um bem imóvel de propriedade do em nenhuma hipótese, a legislação posterior.
Banco Central do Brasil (Bacen), que esteja sendo 26. (CespelUnB) Tanto no caso de calamidade pública I
I utilizado economicamente fora das funções essenciais quanto no caso de investimento público de caráter
'I da autarquia, pode ser objeto de incidência do IPTU. urgente e de interesse nacional, a União pode institui I
I
9. (CespelUnB) Em razão das imunidades constitucio e cobrar, no mesmo exercício financeiro, um emprés
nais, não pode o DF exigir da União a Taxa de Lim timo compulsório.
peza Urbana (TLP), decorrente da utilização efetiva 27. (CespelUnB) A União pode instituir impostos além -"
do referido serviço prestado em imóvel localizado na dos enumerados na Constituição, desde que destine
Esplanada dos Ministérios. aos estados um quinto de sua arrecadação.
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