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LIDER EM APROVAÇio NO PAís


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DO SISTEMA TRIBUTÁRIO c) adequado tratamento tributário ao ato


NACIONAL cooperativo praticado pelas sociedades
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cooperativas.
1­ Seção I - Dos Princípios Gerais
d) definição de tratamento diferenciado e
Art.145. A União, os Estados, o Distrito favorecido para as microempresas e para as
(-
Federal e os Municípios poderão instituir os empresas de pequeno porte, inclusive
seguintes tributos: regimes especiais ou simplificados no caso
do imposto previsto no art. 155,11, das
f
I - impostos; contribuições previstas no art. 195, I e §§
12 e ] 3, e da contribuição a que se refere o
,"- II - taxas, em razão do exercício do poder art. 239. (Alínea acrescida pela Emenda
"
de polícia ou pela utilização~ efetiva ou Constitucional nO 42, de 2003)
potencial, de serviços públicos específicos e
..r - ..
divisíveis, prestados ao contribuinte ou Parágrafo único. A lei complementar de que
,--- postos a sua disposição; trata o inciso lll, d, também poderá instituir
,,/.
um regime ún'iço de arrecadação dos
JJl - contribuição.de melhoria, decorrente impostos e contribuições da União, dos
de obras pú6Ii~as. . .. Estados, do Distrito Federal e dos
Municipios, observado que:
§ 1° Sempre que possível, O§> impostos terão
... ~
caráter pessoa] e serão gradl!ados segundo a I - será opcional .para o contribuinte;
:~
capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tnbutária, II - poderão ser ~stabelecidas condições de
especialmente para conferir efetividade a enquadramento diferenciadas por Estado;
esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos indivrduais e nos termos da lei, o 111 - o recolhimento será unificado e
,-- patrimônio, os rendimentos e as atividades centralizado e a distribuição da parcela de
econômicas do contribuinte. recursos pertencentes aos respectivos entes
federados será· imediata, vedada qualquer
§ 2° As taxas não poderão ter base de retenção ou condicionamento;
r-
'" --cá1clJ]o'J)f6pr'la~àejJiíposios~- - - ",' "
IV -'a arrecadação, a fiscalização e a
r-
Art. 146. Cabe ~ lei complementar: cobrança poderão ser compartilhadas peJos
~,
entes federados, .adotado cadastro nacional
] - dispor sobre conflitos de competência, único de contribuintes. (Parágrafo .úT!ico
. em matéria tributária, entre a União, os acrescido pela Emenda Constitucional nO
Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 42, de 2003) -

,- ]] - regular as limitações constitucionais ao Art. 146-A. Lei complementar poderá
poder de tributar; estabelecer critérios especiais de tributação,
com o objetivo de prevenir desequilibrios
,- Il1 - estabelecer normas gerais em matéria da concorrência, sem prejuízo da
de legislação tributária, especialmente competência de a União, por lei, estabelecer
,.-­ sobre: normas de igual objetivo. (Artigo acrescido
r
pela Emenda Constitucional nO 42, de 2003)
r- a) definição de tributos e de suas espécies,
bem como, em relação aos impostos Art. ]47. Competem à União, em Território
discriminados nesta Constituição, a dos Federal, os impostos estaduais e, se o
respectivos fatos geradores, bases de Território não for dividido em Municipios,
cálculo e contribuintes; cumulativamente, os impostos municipais;
.~
ao Distrito Federal cabem os impostos
b) obrigação, lançamento, crédito, municipais.
prescrição e decadência tributários;
'­ Art. ] 48. A União, mediante lei

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I - instituir tributo que não seja uniforme impostos enumerados nos incisos 1, 11, IV e -/

em todo o território nacional ou que V.


implique distinção ou preferência em
-,'
relação ª.Estado, ao DistrÍto Federal ou a § 2° O imposto previsto no inciso 1lI:
Município, em detrimento de outro, '-/

admitida a concessão de incentivos fiscais I - será informado pelos critérios da


destinados a promover o equilíbrio do generalidade, da universalidade e da
desenvolvimento sócÍo-econômico entre as
diferentes regiões do País;
progressividade, na forma da lei; -'
11 - (InCiso revogado pela Emenda
11 - tributar a renda das obrigações da Constitucional nO 20, de 1998)
..--'
dívida pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como a § 3° O imposto previsto no inciso IV: ../

remuneração e os proventos dos respectivos ,/

agentes públicos, em níveis superiores aos 1 - será seletivo, em função da


que fixar para suas obrigações e para seus -essencialidade do produto;
agent.es;
II - st:rá não cUl1lulativo, compensando-se o
-'
1II - instituir isenções de tributos da, que.for devido em cad~ operação com o
." montante cobrado nas anteriores; ..
competência dos Estados, do Distrito "_

Federal ou dos Municípios. ../

Jl1 - não incidirá sobre produtos "',/

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito industrializados destinados ao e"terioT..


Federal e aos Municípios-estabelecer ­ -/

diferença tributária entre bens e serviços, de IV - terá reduzido seu impacto sobre a
qualquer natureza, em razão de sua aquisição de bens de capital pelo
./
procedência ou destino. contribuinte do imposto, na forma da lei.
(1nciso acrescido pela Emenda
Seção Jll Constitucional n° 42, de 2003) , _!

Dos Impostos da União. § 4° O imposto previsto no inciso VI :do


----Are 153.'CômpeteaUnião insiifUii--' caput:T'Caput-'~ chp'iiiágráfo com reôaçao
impostos sobre: dada'pela Emenda ConstifiJcional nO 42, de,
2003) ,
I - imP9rtação de produtos estrangej;õs~
I - será progressivo e terá suas alíquotas ',-,'

11 - exportação, p~a'o exterior, de produ!os fixadas de forma a desestimular a


nacionais ou nacionaJizapos; manutenção de propriedades improdutivas;
(Inciso acrescido pela Emenda
IH - renda e proventos de qualquer Constitucional nO 42, de 2003)
natureza;
n - não incidirá sobre pequenas glebas ,:"""1
IV - produtos industrializados; 1..<Jl. rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, (Inciso acrescido pela Emenda
ou relativas a títulos ou valores mobiliários; Constitucional nO 42, de 2003)

VI - propriedade territorial rural; !i~ m - será fiscalizado e cobrado pelos


Municípios que assim optarem, na fonna da
VII - grandes fortunas, nos termos de lei lei, desde que não implique redução do
complementar. imposto ou qualquer outra forma de
renúncia fiscal. (Inciso acrescido pela ~.

§ I ° É facultado ao Poder Executivo, Emenda Constitucional nO 42, de 2003)


atendidas as condÍções eos limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos .§ 5° O ouro, quando definido em lei como

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ativ.o financeir.o .ou instrument.o cambial, § 10 O imp.ost.o previst.o n.o incis.o I:


sujeita-se exclusivamente à incidência d.o ("Caput" d.o parágraf.o c.om redaçã.o dada
impost.o de que trata .o incis.o V d.o caput pela Emenda C.onstituci.onal n° 3, de 1993)
deste artig.o, devid.o na .operaçã.o de .origem;
'a alíqu.ofa mínima será de um p.or cent.o, I relativamente a bens imóveis ~
assegurada a transferência d.o m.ontante da respectiv.os direit.os, c.ompete a.o Estad.o da
arrecadaçã.o n.os seguintes term.os: situaçã.o d.o bem, .ou a.o Distrit.o Federal;

I - trinta por cent.o para .o Estad.o, .o Distrit.o 11 - relativamente a bens móveis, títul.os e
Federal .ou .o Territóri.o, c.onf.orme a .origem; crédit.os, c.ompete a.o Estad.o .onde se
pr.ocessar.o inventári.o .ou arr.olament.o, .ou
11 - setenta p.or cent.o para .o Municípi.o de tiver d.omicili.o .o d.oador, .ou a.o Distrit.o
.origem. Federal;

Art. 154. A Uniã.o p.oderá instituir: m - terá a c.ompetência para sua instituição
regulada p.or lei c.omplementar:
I ~ mediante lei c.omplementar, imp.ost.os
.~

nãq previst.os n.o artig.o anteri.or, desde que a) se .o d.oad.or tiver d.omicílio ou residência
sejam nã.o cumu lativ.os e nã.o tenham fat.o n.o exteriór;
gerad.or .ou base de cálcul.o própri.os d.os
discriminad.os nesta C.onstituiçã.o; b) se .o de cujus possuía bens, era residente
.ou d.omiciliad.o .ou teve .o seu inventári.o
11 - na iminência .ou n.o cas.o de guerra processad.o n.o exteri.or;
externa, imp.ost.os extra.ordinári.os,
c.ompreendidos..ou nã.o em sua c.ompetência IV - terá suas alíqu.otas máximas fixadas
tributária, .os quais serã.o suprimid.os, pel.o Senad.o Federal.
gradativamente, cessadas as causas de sua
criaçã.o. § 2° O imp.ost.o previst.o n.o incis.o lI,
atenderá a.o seguinte: ("Caput" do parágraf.o
Seçã.o IV c.om redaçã.o dada pela Emenda
C.onstituci.onal nO 3, de ] 993)
'DOs'lriiposfos âos Es1ãdóse'dó Disfrito
Federal I - será nã.o cumulativ.o, c.ompensand.o-se .o
que f.or devid.o em cada .operaçã.o relativa à
Art. 155. C.ompete a.os Estad.os e a.o Distrit.o. circulaçã.o de mercad.orias .ou prestaçã.o de
Federal instituir imp.ost.os's.obre: ("Caput" serviç.os c.om .o m.ontante c.obrad.o nas
d.o artig.o c.om redaçã.o dada pela Emenda anteri.ores pelo mesm.o .ou .outr.o Estad.o .ou
C.onstituci.onal nO 3, de 1993) pel.o Distrito Federal;

I - transmissã.o causa m.ortis e d.oaçã.o, de II - a isençã.o .ou nã.o-incidência, saly.o


quaisquer bens .ou direit.os; (Jncis.o c.om determinaçã.o em c.ontrári.o da legislaçã.o:
redaçã.o dada peJa Emenda C.onstituci.onal
nO 3, de 1993) a) nã.o implicará crédit.o para c.ompensaçã.o
c.om .o m.ontante devid.o nas .operações .ou
II - .operações relativas à circulaçã.o de prestações seguintes;
mercad.orias e s.obre prestações de serviç.os
de transp.orte interestadual e intermunicipal b) acarretará a anulaçã.o d.o crédit.o relativ.o
e de c.omunicaçã.o, ainda que as .operações e às .operações anteri.ores;
as prestações se iniciem n.o exterior; (Incis.o
c.om redaçã.o dada pela Emenda m - poderá ser seletiv.o, em funçã.o da
C.onstituci.onal n° 3, de 1993) essencialidade das mercad.orias e d.oS
serviços;
III - pr.opriedade de veícul.os aut.om.ot.ores.
(lncis.o c.om redaçã.o dada pela Emenda IV - res.olução d.o Senad.o Federal, de
C.onstituci.onal n° 3, de 1993) iniciativa d.o Presidente da República .ou de

5
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um terço dos Senadores, aprovada pela mercadoria, bem ou serviço; (Alínea com
maioria absoluta de seus membros, redação dada peja Emenda Constitucional
estabelecerá as aliquotas aplicáveis às nO 33, de 2001)
.operaçõ~s e prestações, interestaduais e de
exportação; b) sobre o valor total da operação, quando
mercadorias forem fornecidas com serviços
v - é facultado ao Senado Federal: não compreendidos na competência
tributária dos Municípios;
a) estabelecer alíquotas mínimas nas
operações internas, mediante resolução de x - não incidirá:
iniciativa de um terço e aprovada peJa
~
maioria absoluta de seus membros; a) sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior, nem sobre .~.

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas serviços prestados a destinatários no /


operações para resolver conflito específico exterior, assegurada a manutenção e o
que envolva interesse de Estados, mediante aproveitamento do montante do imposto
resolução de iniciativa da maioria absoluta " " cobrado nas operações e prestações
e aprovad'a por dois terços de seus anteriores; (Alínea com redação dada pela.
membros; " Emenda Constimcional nO 42, de 2003) ,
."

VI- salvo.qeliberação em contrário dos b) sobre operações que destinem a outros -'

Estados e d~ Distrito Federal, nos tennos Estados petróleo, inclusive lubrificantes,


do disposto no inciso xn, g , as alíquotas combustíveis líquidos e gasosos dele
internas, násoperações relativas à derivados, e energi1I elétrica;
circulação-de mercadorias e nas prestaçÕes.
de serviços, não poderão ser inferiores às c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no
previstas para as operações interestaduais; art. 153, § 5°;

Vl1 - em relação às operações e prestações d) nas prestações de serviço de


que destinem bens e serviços a consumidor comunicação nas modalidades de
fi.n~LI~_~alizado em o~!rog~t_a(j(), .~?~t.a:-se- radiodifusão son9ra e de sons e imagens de
,-á: e
recepção livre gratúita; (AÍínea acrescida
pela Emenda Constitucional nO 42, de 2003)
a) a alíquota interestadual, quando o
destinatário for contribuinte do imposto; .Xl - não compreenderá; em sua base de
cálculo, o montante do' imposto sobre
b) a alíquota interna, quando'o destinatário produtos industrializ8:dos, quando a
não for contribuinte dele; operação, realizaqa entre contribuintes e
relativa a produto destinado à
VlII - na hipótese da alínea a do inciso industrialização ou à comercialização,
anterior, caberá ao Estado da localização do configure fato gerador dos dois impostos;
destinatário o imposto correspondente à
diferença entre a alíquota interna e a xn - cabe à lei complementar:
interestadual;
a) definir seus contribuintes;
IX - incidirá também:
b) dispor sobre substituição tributária;
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria
importados do exterior por pessoa fisica ou c) disciplinar o regime de compensação do
jurídica, ainda que não seja contribuinte imposto;
habitual d9 imposto, qualquer que seja a
sua finalidade, assim como sobre o serviço d) fixar, para efeito de sua cobrança e
prestado no exterior, cabendo o imposto ao definição do estabelecimento responsáve1, o
Estado onde estiver situado o domicí1io ou local das operações relativas à circulação de
o estabelecimento do destinatário da mercadorias e das prestações de serviços;

6
J

111 - nas operações interestaduais com gás


e) excluir da incidência do imposto, nas natural e seus derivados, e lubrificantes e
r exportações para o exterior, serviços e combustíveis não incluídos no inciso I deste
outros produtos além dos mencionados no parágrafo, destinadas a não contribuinte, o
"inciso x:il ; imposto caberá ao Estado de origem;

f) prever casos de manutenção de crédito, IV - as alíquotas do imposto serão definidas


relativamente à remessa para outro Estado e mediante deliberação dos Estados e Distrito
exportação para o exterior, de serviços e de Federal, nos termos do § 2°, XII, g,
mercadorias; observando-se o seguinte: ­

g) regular a forma como, mediante a) serão uniformes em todo o território


deliberação dos Estados e do Distrito nacional, podendo ser diferenciadas por
Federal, isenções, incentivos e beneficios produto;
fiscais serão concedidos e revogados.
b) poderão ser específicas, por unidade de
h) definir os combustíveis e lubrificantes medida adotada, ou ad valorem, incidindo
sobre os quais o imposto incidirá uma única sobre o valor da operação ou sobre o preço
vez, qualquer que seja a sua finàlidade, que o produto ou seu similar a1c~nçaria em
hipótese em que não se ap]jca~á o disposto uma venda em condições de livr-e
no inciso X, b; (Alínea acrescida pela concorrência;
Emenda Constitucional n° 33, de 200])
c) poderão g~r reduzidas e restabelecidas,
i) fixar a base de ·cálculo.,.. de modo que o não se lhes aplicando o disposto no art. 150,
montante do imposto a integre, também na 1II, b. (Parágrafo acrescido pela Emenda
importação do exterior de bem, mercadoria Constitucional nO 33, de 2001)
ou serviço. (Alínea acrescida pela Emenda
Constitucional nO 33, de 2001) § 5° As regras necessárias à aplicação do
disposto ne § 4°, inclusive as relativas à
§ 3° À exceção dos impostos de que tratam apuração e à destinação do. imposto, serão
o lnciso li do caput deste artigo e o art. ] 53, estabelecidas mediante deliberação dos
1 e 11, nenhí.lJll oütro"impostopod"en'i incidjr­ -EstadosedõÚ'istnto Federa!', nos termos
sobre operações relativas a energia elétrica, do § 2°, XII, g. (Parágrafo acrescido pela
serviços de telecom1micações, derivados de . Emenda Constitucional n° 33, de 2001)
petróleo, cómbustíveis e minerais do Pais.
(Par.ágrafo com redação dada pela Emenda § 6° O imposto previsto no inciso 1lI: .
Constitucional nO 33, de 200])
I - terá alíquotas mínimas fixa0 as pelo
§ 4°Na hipótese do inciso XII, h, observar­ Senado Federal;
se-á o seguinte:
11 - poderá ter alíquotas diferenciadas em
I - nas operações com os lubrificantes e função do tipo e utilização. (Parágrafo
combustíveis derivados de petróleo, o acrescido peja Emenda Constitucional nO
imposto caberá ao Estado onde ocorrer o 42, de 2003)
consumo;
Seção V
II - nas operações interestaduais, entre Dos Impostos dos Municípios
contribuintes, com gás natural e seus
derivados, e lubrificantes e combustíveis Art. 156. Compete aos Municípios instituir
,-.
não incluídos no inciso J deste parágrafo, o impostos sobre:
imposto será repartido entre os Estados de
origem e de destino, mantendo-se a mesma I - propriedade predial e territorial urbana;
proporcionalidade que ocorre nas operações
com as demais mercadorias; n - transmissão inter vivos, a qualquer
título, por ato oneroso, de bens imóveis, por

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natureza ou acessão fisica, e de direitos nO 37, de 2002)
reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua 11 - excluir da sua incidência exportações de
_ .aquisiçãº; serviços para o exterior; (Inciso acrescido
pela Emenda Constitucional n° 3, de 1993)
IJI - serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no art. 155,11, definidos em IJ] - regular a forma e as condições como
lei complementar. (Inciso com redação isenções, incentivos e beneficios fiscais
dada pela Emenda Constitucional n° 3, de serão concedidos e revogados. (Inciso
1993) acrescido'peJa Emenda Constitucional nO
37, de 2002)
-.-'
IV - (Inciso revogado pela Emenda
Constitucional n° 3, de 1993) § 4° (Parágrafo revogado pela Emenda
Constitucional nO 3, de 1993)
§ ] ° Sem prejuÍzo da progressividade no Seção VI
tempo a que se refere o art. 182, § 4°, inciso Da Repartição das Receitas Tributárias
n, o imposto previsto no inciso J poderá:
(Parágrafo com' redação'Moa pela Emenda Art_ '157. Pertencem aos Estados e ao
Constitucional nO 29, de 2000) Distrito Federal:

I - ser progressivo em razão do valor do ] - o pJ.:oduto da arrecadação do imposto da


imóvel; e (Jnciso acrescido pela Emenda União sobre renda e proventos de qualquer
Constitucional nO 29, de 2000) natureZa, incidente na fonte sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por
11 - ter alíquotas diferentes de acordo'com a eles, -suas autarquias e pelas fundações que ~-

localização e o uso do imóve1. (Inciso instituírem e mantiverem;


acrescido pela Emenda Constitucional n°
29, de 2000) n - vinte por cento do produto da
arrecadação do imposto que a União
§ 2,° O imposto previsto no inciso II: instituir no exercício da competência que
'._ }lle é atri,~~J~~~J~.e~o_a~:_1 s.~, 1.
I - hãõ'lnclde"sobreatransmissãü'de bêns'
ou direitos incorporados ao patrimônio de Art. 158. Pertencem aos Municípios:
pessoà jurídica em realização de capital,
nem sobre a transmissão de bens ou direitos }·_,o produto da arrecadação do imposto da
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou União sobre renda e proventos de qualquer
extinção de pessoa jurídica, salvo se;- nesses natureza, incidente na fônte sobre
casos, a atividade preponderante do rendimentos pagos, a qualquer título, por
" adquirente for a compra e venda desses eles, suas autarquias e pelas fundações que
bens ou direitos, locação de bens imóveis instituírem e mantiverem;
ou arrendamento mercantil;
]] - cinqüenta por cento do produto da
II - compete ao Município da situação do arrecadação do imposto da União sobre a
bem. ­ propriedade territorial rural, relativamente
aos imóveis neles situados, cabendo a
§ 3° Em relação ao imposto previsto no totalidade na hipótese da opção a que se
inciso 111 do caput deste artigo, cabe à lei refere o art. ] 53, § 4°, 1l1; (1nciso com
complementar: ("Caput" do parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional
redação dada pela Emenda Constitucional nO 42, de 2003)
n'" 37, de 2002)
Jl1 - cinqüenta por cento do produto da
I - fixar as suas alíquotas máximas e arrecadação do imposto do Estado sobre a
mínimas; (Inciso acrescido pela Emenda propriedade de veículos automotores
Constitucional nO 3, de 1993 e com nova licenciados em seus territórios;
redação dada pela Emenda Constitucional

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IV - vinte e cinco por cento do produto da H - do produto da arrecadação do imposto


arrecadação do imposto do Estado sobre sobre produtos industríalizados, dez por
operações relativas à circu1ação de cento aos Estados e ao Distrito Federal,
mercadorias e sobre prestações de serviços proporcionalmente ao valor das respectivas
de transporte interestadual e intermunicipal exportações de produtos industrializados;
e de comunicação,
11] - dt:;> produto da arrecadação da
Parágrafo único. As parcelas de receita contribuição de intervenção no domínio
pertencentes aos Municípios, mencionadas econômico prevista no art. 177, § 4°, 29%
no inciso IV, serão creditadas conforme os (vinte e nove por cento) pàra os Estados e o
seguintes critérios: Distrito Federal, distribuídos na forma da
lei, observada a destinação a que refere o
I - três quartos, no mínimo, na proporção do inciso H, c, do referido parágrafo. (Inciso
valor adicionado nas operações relativas à com redação dada pe la Emenda
circulação de mercadorias e nas prestações Constitucional nO 44, de 2004)
de serviços, realizadas em seus territórios;
§ 10 Para efeito de cálculo da entrega a ser
n - até,um quarto, de acordo' com o que efetuada de acordo com o previsto no.,inciso
dispqser lei estadual ou, no caso dos 1, exc1uir-se-á'a'parceJa da arrecadação do
Territórios, lei federal. imposto de renda e proventos &,; qualquer
natureza pertencente aos Estados, ao
Art. ] 59. A União entregará: Distrito Federal e aos Municípios, nos
termos do disposto nos arts. 157,1, e 158, l.
I - do produto da arrecadação dos impostos
sobre renda e proventos de qua1quer § 2° A nenhuma unidade federada poderá
natureza e sobre produtos industrializados ser destinada parcela superior a vinte por
quarenta e oito por cento na seguinte forma: cento do montante a que se refere o inciso
("Caput" do inciso com redação dada pela lI, devendo o eventual excedente ser
Emenda Constitucional n° 55, de 2007) distribuído entre os demais participantes,
mantido, em relação a esses, o critério de
.ª )vinte eu~int~jros e cj~co décimos por HP~~!!ha nele estabelecido.
cento ao Fundo de Participação dos Esta(fos
e do Distrito Federal; § 3° Os Estados entregarão aos respectivos
Municípias,Yinte e cinco por cento dos
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por recursos quê receberem nos termos do
cento ao Fundo de Participação dos inciso lI, observados os critérios
Municípios; estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I
eU.
c) três por cento, para aplicação em
programas de financiamento ao setor § 40 Do montante de recursos de que trata o
produtivo das Regiões Norte, Nordeste e inciso m que cabe a cada Estado, vinte e
Centro-Oeste, através de suas instituições cinco por cento serão destinados aos seus
financeiras de caráter regional, de acordo Municípios, na forma da lei a que se refere
com os planos regionais de o mencionado inciso. (Parágrafo acrescido
desenvolvimento, ficando assegurada ao pela Emenda Constitucional n° 42, de 2003)
semi-árido do Nordeste a metade dos
recursos destinados à região, na forma que Art. 160. É vedada a retenção ou quálquer
a lei estabelecer; restrição à entrega e ao emprego dos
recursos atribuídos, nesta Seção, aos
d) um por cento ao Fundo de Participação Estados, ao Distrito Federal e aos
dos Municípios, que será entregue no Municípios, neles compreendidos
primeiro decêndio do mês de dezembro de adicionais e acréscimos relativos a
cada ano; (Alínea acrescida peja Emenda impostos.
Constitucional nO 55, de 2007)
Parágrafo único, A vedação prevista neste

-;r--c,- _
9
artigo não impede a União e os Estados de
condicionarem a entrega de recursos:
(Parágrafo único com redação dada pela
-Emenda-:Constitucional nO 29, de 2000)

I - ao pagamento de seus créditos, inclusive


de suas autarquias; (Inciso acrescido pela
Emenda Constitucional nO 29, de ] 3/09/00)

II - ao cumprimento do disposto no art.


198, § 2°, incisos]) e 1lI. (l nciso acrescido __o

pela Emenda Constitucional nO 29, de 2000)

Art. 161. Cabe à lei complementar:

I - definir valor adicionado para fins do


disposto no art. 158, parágrafo ún~co, I;

JI - esta~lecer normas sobre a entrega dos


recursos de que trata o art. 159,
especialmente sobre os critérios de rateio ~"

dos fundos previstos em-seu inciso 1,


objetivando promover o equilíbrio sócio­
econômico entre Estados e entre
Municípios; .~'

III dispor sobre o acompanhamento, pelos


beneficiários, do cálculo das quotas e da
liberação das participações previstas nos
arts. 157, 158e 159.

Parágrafo único. O Tribunal de Contas da


União efetu~á o cálculo das quotas
referentes aos fundos de participâção a que
alude o inciso 11.

Art. 162. A União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios divulgarão, até o
ú1timo dia do mês subseqüente ao da
arrecadação, os montantes de cada um dos
tributos arrecadados, os recursos recebidos,
os valores de origem tributária entregues e a
entregar e a expressão numérica dos
critérios âe rateio.

Parágrafo único. Os dados divulgados pela


União serão discriminados por Estado e por
Município; os dos Estados, por Município.

~.

"-::'.~--'~.-~~'-"'" ~'- -~--:."-,:.-:---' " '"<.-~~ ;::..:::.:.:..... .-;- ---:_"'";,- -::_~~ .-. -:.~:-:-:-.--;~:-:.-;.:-:-~:-~ .::-••-.>
~~'1- ____
1
GIRARD~
,..-"--"..,.~.....,
;) [ DIREITO TRIBUTÁRIO
- ~
..--.--:_~
I., :;
.... Prol. LUIZ
(~"r"
.> Direito Tributário: t: o ramo do direito público compulsória (Forçada. Obrigatória, A
que disciplina as relações jurídicas entre o Estado obrigação nasce diretamente da iei, sem que' se·
.:;..:?:-, e os particulares concernente à instituição, interponha qualquer ato de vontade) .
j arrecaôaçáo e fiscalização de tributos.
/) em moeda (não se admite tributo expresso em
Rubens GomeS de Sousa define direito tributário unidade de bens diversa do dinheiro ou em unidade
nos seguintes termos: de serviço. Não é aceito tributo in natura - leite,
queijo, conforme vem da natureza - e in labore - em
"Direito Tributário é ó ramo do direito serviço) .
.~~
(~) público que rege as relações jurldicas entre
~..:~ o Estado e os particulares, decorrentes da A "dação em pagamento" - substituir coisa que
!
atividade financeira do Estado na qu~ se refere não seja dinheiro pela prestação devida - não é
à obtenção de receitas que correspondam ao prevista como forma de extinção do crédito tributário.
conceito áe tributo". ~ntudo, como exceção e se a lei autolÍZar é possfvel .
adação em pagamento.
Autonomia do Direito Tributário: a autonomia,
didática e cientifica, de um ramo do direitó se Que não constitua sanção (penalidade) de ato
estabelece quando cumpre, concomitantemente, ilícito (ato contràr.io a lei).
.. três requisitos. a saber: primeiro, objeto próprio de
estudo; segu'ndo. elaborar os seus próprios: Todavia, um fato gerador de tributo pode ocorrer
institutos e, por último, princípios gerais próprios:'_ em circunstãncias iIIcitas, mas essas
O direito tributário preenche e~te requisitos, tendo circunstância~ são estranhas à hipótese de
autonomia didática e científica .. incidência do tributo, por este motivo são irrelevantes
para o Direito T~ibutário. Ex.: IR. Néste imposto a
Segundo ensinamentos d~ Celso Antônio B. de hipótese de incidência é a "aquisição da .
Mello, uma disciplina jurídica é autônoma "quando disponibilidade econômica ou jurídica dos
corresponde a um conjunto sistematizado de rendimentos" - se alguém perceber rendimentos em
princípios e normas que lhe dão identidade, função da prostir.Jição ou de qualquer outra atividade
diferenciando-o das demais ramificações do Direito". ilícita. tal rendimento será tributado.

,.... Natureza Jurídica: sua natureza juridica é de Instituida em lei (decorre do principio da estrita
__ '-oi
direito pÚblico, uma vez que o titular do direito é o legalidade - art. 150, I, da Constituição Federal).
)
;.·.r Estado que age nesta qualidade; a natureza dos
efeitos das·normas-dedifeHo· tributário.são.. . J~()l>.racta.m~dial!~e.éltiv!~a9~admil!is!t:ati!a
"indisponíveis, obrigatórias; e o interesse tutelado plenamente vinculada (a autorídade
tem natureza pública. administrativa não goza de liberdade para apreciar
a conveniência nem oportunidade de agir. Estando
Tributo: a definição de "tributo~ e um conceito presente o Fato Gerador a autoridade administrativa
fundamental para a demarcação do direito tributário. tem que cobrar o trib'uto correspondente) ..
Está para a dogmática do Direito Tributário assim
como a definição de "norma jurídica" está para o
Direito. O art. 3° do CTN conceitua tributo nos
NATUREZA JURíDICA:
seguintes termos:
A natureza jurfdica especrfica do tributo é
"Tributo é toda prestação pecunmria
compulsória, em moeda ou cujo valor determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevante para qualificá-Ia:
nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituida em lei é a) .a denominação e demais caracterfsticas
cobrada mediànte atividade· formais adotadas pela lei;
. administrativa plenamente vlnculada u •
b) a destinação legal do produto da sua
~
• toda prestação pecuniária (Obrigação em arrecadação,
?''', moeda, Dar dinheiro. Relativo a dinhéiro.
r
-::r Pagamento para solver divida, Prestação que Observação: com o advento da Constituição
.assegure ao Estado os meios financeiros para Federa' de 1988 alguns autores entendem que não
n

4 atender seus objetivos, por isso que é de se pode interpretar de forma absoluta a letra "b •
natureza pecuniária). . Exemplo disso éa destinação do produto dos
empréstimos compulsórios e da contribuição social
para seguridade social.

. ~.
j,
a: ;: ~ "

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:~:-:.,~::~-==I"::;;;~,:~~~~"~~~:,:~'.::j:t~?L:f;
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~

2
CLASSiFICAÇÃO DOS TRIBUTOS: Agustin Gordillo, renomado administrativista
.,
~
-~

_.....
• A doutrina, pátria como estrangeira, procurou
argtimtino, afirma: "não há classificações certas ou
.erradas, mas classificações úteis ou inúteis". Esta
..,
~
........,;,

classificar os tributos lendo em vista critérios. frase goza de grande acolhida na doutrina nacional. -#!)"
-~

VINCULADOS NAO VINCULADOS


~
São os tributos cuja hipótese de incidência consiste na .É aquele tnbutos que a hipótese de incidéócia não depende -~
descrição de uma atividade estatal específica de nenhuma atividade estatal especifica relativa ao -~
relativamente ao contribuinte. contribuinte. -~
Ex.: Taxas eContribuição de Melhoria Ex.: I tos
REAIS PESSOAIS -~
São,os tributos que incidem sobre OS bens.
As condições ou quarldades subjetivas do sujeito
São os tributos em que as condições e quafldades do sujeito
passivo são determinantes. i
.,
passivo são irrelevantes. Ex.: ICMS e IPI Ex.: IR Pessoa Fisica (art 145, ~ 1°, CF) '~
CUMULATIVOS
São os tributos calculados e recolhidos integralmente a
NAO CUMULATIVOS
São os tributos em que cada operação de débito (quando
-'i
cada operação, sem qualquer compensação de valores vende) é compensado com crédito do valor pago na
pagos em operações anteriOreS Ex.: IOF operação anterior.
Ex.: ICMS e IPI
~
-~
INTERNO EXTERNO
-~

.,
São os tributos que incidem sobre o comércio interior. São os tributos que incidem sobre o comércio exterior. Ex.:
Ex.: IR 1\ e IE -~
FISCAIS EXTRAFISCAIS PARAFISCAIS
São os tributos em que a São os tributos que, embora arrecadem, São os tributos que se destinam a
finalidade predominante é têm a finalidade especial de servir de sustentar atividades nao estatais, mas que
.:-;~
arrecadar recursos. instrumento de política econômica. É a o
Estado desenvolve pór meio de
~

Ex.: IR utilização dos tributos para fins outros entidades especificas. .


que não os da simples arrecadação de Ex.: OAB - Contribuição Corporativa 7:':).
"j
meios para o Estado. Ex.: fi

·-~:::tributos .~::ID~~~es que~ ajnda~' nãOesÍãO


PRIVATIVO
·1 Sâoos tributósemqooa em Que'todasasesferas 1-
competência é expressa de de poder tem competência para institui. expressamente previstos na Constituição
''1
uma enlidade-pública. los. . . Federal. A. União detém a competênCia ~
Ex.: Imposto Ex.: Taxa e Contribuição de Melhoria residual para insbluB: instituir novos .:--4)
impostos e novas fontes destinadas a
financiar a seguridade ~1. '1
.~
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: Temos ser controvertida o tema espécies
tributárias. Quanto ao Direito Pátrio, há ainda a
O tributo é uma figura unitária. Entretanto, no Direito divisão quinquipartide. Certos autores entendem que
comparado sempre encontramos o tributo dividido em são três as espécies tributárias, ou seja: impostos,
espécies. No Direito continenteal europeu e latino- taxas e contribuição de melhoria e que as
americano, a divisão aluálda é encontrada tanto na contribuições parafiscais ou especiais ou. ainda ~""""
-~
doutrina quanto na legislação. De um modo geral, a outras contribuições e o empréstimo compulsório
doUtrinaapresenfaduasvariantesouduasescolas: a não passam, ora de impostos, ora de taxa a ~
dicotômica e a tricotômica. A primeira traduz a idéia depender de sua hipótese de incidência (para Sacha
de que as espécies tributárias são apenas duas, Calmon as contribuições especiais seriam impostos
impostos e taxas; quanto contribuição de melhoria, afetados por uma finalidade específica); enquanto
esta ficaria englobada na espécie taxa.. Para esta outros aUtores e, indusive, o Supremo Tribunal
escola, especialmente, a base de cálculo é Federal. entendem ser cinco as espécies tributárias, -~~
4I:._~

fundamental Asegundaescola.ouseja.atricotômica, defendendo que as contribuições parafiscais e o ""


reparte o tributo em três espécieS: impostos, taxas e .. emP.féstimo compulsório, em conjunto comas
contribuição de melhoria. Os tricotomistas apenas demais espécies tributárias constituem-se em
acrescentam que os serviços do poder de policia e de espécies tributárias autônomas.
utilidade pública, são remunerados por taxas, e as . .
obras púbrlCas por contribuição de melhoria Ambas IMPOSTO: O art. 16 do CTN assim define:
fundamentam suas teorias a partir do fato gerador da "Imposto é o tributo cuja obrigação ~'

obrigação tributária e da base de cálculo escolhidos tem por fato gerador uma situação
pelo legislador para annar a tributação. independente de qualquer atividade
',":..'_c:.".~:-';-.-'--."",~-'."-_----,~, -~,~- ....~ •. - : - --, - .
~. :::-~"~-' ~ .:-. :~:: .;.:~"".:.: '.': ~
.. )

3
/-;\ estatal específica, relativa ao repercussão, isto é, o contribuinte indicado
--- contribuinte". Pela lei para suportar, ele próprio, a carga

- O imposto caracteriza-se por ser tributo não


vinculado. Isso não quer dizer que o imposto não
tributária, sem possibirldade de repassá-Ia a
terceiros.

.­ está vincula a uma atividade. estatal, não. mas


somente que não está vinculado a uma atividade
. Ex.: IR, ITR, IGF, ITO, IPVA, ITBI e I?TU.

,.-. estatal específica relativamente ao contribuinte. Ex.: b) impostós indiretos: são aqueles que admitem,
quando pagamos o Imposto de Renda não significa em princípio, o fenômeno da repercussão, isto
que a União vai aplicar, especificamente. ao é, o contribuinte indicado pela lei tributária
-'----:-\
tem condições, pela própria mecânica da lei,
--- contribuinte que pagou o tributo. mas sabemos que
de repassar (repercutir ou transladar)a carga
,-.. aplicará em serviços gerais, seja em serviços de
saúde, transportes, educação, estradas, etc. tributária para uma terceira pessoa, que, em
última análise, é o eonsumidorfinal.
Classificação dos Impostos: podemos
classifica-los pelos seguintes critérios: Ex.: li, IE, IPI, ICMS e ISS.
-.
1°. quanto a base econômica (critério apotado 3°. quanto ao critério de sua perequação (ato ou
pelo CTN): efeito de r.epartir a carga tnbutária entre o universo
.--­ dos contribuintes):
~ a) impostos sobre o comércio exterior:
~\ .,........ a} impostos fixos: são aqueles que só possuem
a-i. imposto sobre importação -11; alíquota, isto é, a lei tributária estabelece logo
uma quantia fixa a Ser paga pelo contribuinte
a-2. imposto sobre a exportação -IE. pelos diversos 'contribuintes de uma
determinada categoria econômica. Ex.: ISS
b) impostos sobre o património e a renda:
b) impostos proporcionais: são aqueles cuja lei

'.-­
b.i. imposto sobre a propriedade territorial rural
estabelece uma atiquota fIXa (especifica ou
-ITR;
é
.-.~
'. ad valorem) que deverá ser aplicada sobre a
...
b.2. imposto sobre grandes fortunas - IGF; base de cálculo do tributo, também prevista
na lei tributária.
b.3. imposto sobre transmissão causa mortis e
b ..LaUquota especifica:. .é um valorem.moeda .._..
. - doaçãQ;'de~uaisquerbens ou direitos;'"
nacional, estabelecido pela lei tributária que deverá
b:4. imposto sobre á propriedade de veículos ser aplicado' a uma unidade de medida qualquer,
automótores -IPVA; '. prevista na lei tributária;
'~
~~}r--- b.2. aliquota ad vaJorem: é aquela representada
_. b.5. imposto sobre a propriedade predial e
tenitoriál urbana - IPTU; pelo percentual (%), estabelecido pela lei tributária,
que deverá ser constante da lei tributária.
b.6. imposto sobre transmissão inter vivos, a
- qualquer titulo, por ato oneroso, de ben~ Imóveis,
por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre Imóveis, exceto os de garantia, bem como
Ex.: IR, IPI, H,IE, ICMS, ITD e ITB!.
c) impostos progressivos: são aqueles cujas
alíquotas aumentam, nos termos da lei, na
cessão de direitos a sua aquisição - ITBI; medida em que aumento sua respectiva base
de cálculo. Ex.: IR
c) imposto sobre a produção e a circulação:
4°. quanto ao objeto de sua incidência:
c.1. produtos industrializados - IPI. a) impostos reais: são. aqueles cuja lei, ao
c.2. imposto sobre operaç6es relativas à estabelecer a hipótese de incidência (fato
/ - ;.. ,.,......
circulação de mercadorias e sobre prestações de gerador), leva em conta uma situa~o, um
serviços de transporle interestadual e intermunicipal fato, ou um atributo diretamente ligado a uma
~-
.e de comunicação, ainda que as operações e as coisa, a um determinado objeto.
prestações se iniciem no exterior - ICMS; b) impostos pessoais: é aquele cuja lei. ao
~ "':'-"
c.3. operações de crédito, câmbio e seguro, ou estabelecer a incidência (fato gerador), leva
relativas a títulos ou valores mobiliários -IOF; em conta um fato, uma situação ou um
atributo diretamente relacionado com uma
.. ~
c.4. serviços de qualquer natureza ·ISS. determinada pessoa. fisK:8oujuridica .
\.
2°. quanto ao modo de percepção: 5°. quanto ao ente tributante competente para
\.
a) impostos diretos: são aqueles que não instituir os impostos (esta competência é
:', admitem, em princípio, o fenômeno da detenninada pela Constituição Federal):
-···""~~-7:·-~~--:--:-:·~--:"':""7·~ ~·~~_7·~~:-:~~~~~·;:~~~m
;
'l
~~,/-

~
4 -1
a) impostos federais: determinados pelos arts. Ainda, é importante lembrar o disposto no art. _1
147. 153 e 154. da CF e pela Emenda
Constitucional n. 3, de 17 de março de 1993:
145, § 2° da CF, o qual afirma que "as taxas não
poderão ter base de cálculo própria de
J.,
b) impostos estaduais: determinados pelo art.
impostos".
-,
.,
. 155, da CF; CONTRIBUiÇÃO DE MELHORIA: O ART. 145,
c) impostos distritais: determinados pelo arts.
111, da CF, dispõe: ~1
147 e 155. da CF; "contribuição de melhoria, decorrente
d} impostos municipais: determinados pelo art.
de obras públicas". _~1
156, da CF. Segundo.a CF para que os entes da federação
-'
~}
TAXA: O art. 145, li, da CF. dispõe:
instituam um tributo a título de contribuição de
melhoria faz-se necessário:
-,
"taxas, em razão do exercício do
poder de policia ou pela utilização,
efetiva ou poten!!ial, de serviços públicos
especificos e divisíveis, prestados ao
. contribuinte ou posto a sua disposição".
1°. a realização de uma obra pública;

2°. que, desta obra pública, decorra melhoria para


o beneficiàrio.
.,-,
. ,1

.-'_,
Assim. é possível os entes da federação instituir
taxas em duas hipóteses:

1°. em razão do ex~rclcio do poder de polreia;


EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO:
"Art. 148. A União, mediante lei
,.,
complementar, poderá instituir
O CTN em seu art. 78 define ·poder de potfcia empréstimos compulsórios:
nos seguintes termos:

"Considera-se pOder de policia atividade da


para atender a despesa -,1
~.

extraordinária, decorrente de ~
administração pública que, limitando ou calamidade pública, de guerra externa i1.
disciplinando direito, interesse ou liberdade, ou sua iminência; . -;}
.regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à
, ___..__se_9 ura!,ça,_.à "igiell~, à_~.r~~rr1,_~_<!~. co!Stutyles,
à disciplina da produção e do mercado, ao
exerCICIO de atividade econômicas
11 • no caso de investimento público
<!!.c_~.r~!er.~l!.rgE!"-!~~. cI.e
interesse nacional, observado o disposto
no art. 150, 111, b. .
r~l~van!e ...
-,.,.,
~

,.
dependentes de concessão ou autoriz~ção do "Parágrafo Único. A aplicação dos
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao
recursos provenientes de empréstimo
respeito à propriedade e aõs direitos individua.is
compulsório será vinculada à despesa
ou coletivo$".
que fundamentou sua instituição". ~,

2°. Utilização de serviços públicos específicos e Como o próprio nome está a indicar, trata~se de ,~
dívislvel. sendo que a utilização deste serviço pode um empréstimo forçado e, segundo o art. 148, da ~

ser efetiva ou potencial. CF, há algumas reqUisitos para sua instituição: ~


.~
Considera-se. segundo o art. 79 do CTN, serviço 1°. Competênciá para institui-lo: exclusiva da .~.,
público: União ~
j1#
- efetivamente utilizado pelo contribuinte: 2°. Veiculo utilizado: lei complementar
~
quandO por ele usufruído a qualquer título; 3°. Cásos que habilitam a instituição de -;~

")
empréstimo compulsório:
potencialmente utilizado pelo contribuinte: ......-:~
jj
quando, sendo de utilização compulsória, a) para atender a despesas extraordinárias, ~,.<:

sejam postos à sua disposição mediante decorrentes de: ~..;

atividade administrativa em efetivo a-1. calamidade pública;


~;::!

ii1
funcionamento; ~.~.
a-2. Guerra externa ou sua iminência. ,j
- especifICO, quando possam ser destaeado~ ~
Observação: Nos casos a-1 e a-2 não há ~
em unidades autônomas de intervenção. de ~-
exigência para observar o princípio da anterioridade,
utilização ou de necessidade pública;
então podem ser exigidos no mesmo exercício -"'C.

divisíveis. quandO o suscetíveis de utilização, financeiro em que haja sido publicada a leí que o .~

separadamente, por parte de cada um dos instituiu ou aumentou.


seus usuários. 4-­
.-,
,-, --;~,~- -~- .:--',- -" --~~'-~.:::-:-:""-;"':-'-'. . "," --"""-.... ,-. ,~:'" ·:-:--;-...:,.~c:~_.:..,
"~1'
~


5
b) no caso de investimento público de caráter São tOdas as demais contribuições que se
urgente e de relevante interesse destinem a atender finalidades sociaisnao inclufdas
nacional.{deve observar o princípio da as da seguridade social. Ex.: contribuição para o
anterioridade, ou seja, não podem ser salário-educação -art. 212, § 5° da CF.
exigidos no mesmo exercido financeiro em
que haja sido publicada a lei que o instituiu b) sociais para seguridade social (disciplinada
ou aumentou). pelo art. 195, da CF);
"

':,

~''7.
c";..'
Observacão: A aplicação dos recursos O art. 194 da CF, define a seguridade socia' nos
provenientes de empréstimo compulsório será seguintes tennos:
r~

vinculada à despesa que fundamentou sua


"Art. 194. A Seguridade Social
instituição. Assim. se um empréstimo compulsório
compreende um conjunto integrado de
foi instituído no caso de investimento público de
ações de iniciativa dos poderes públicos
caráter urgente e de relevante interesse nacional, a
e da sociedade, destinadas a assegurar
União deverá aplicar estes recursos neste
os direitos relativos à saúde, à
investimento.
previdência e à assistência social".
CO~TRIBUIÇÕES PARAFISCAIS (ou especiais Portanto, á seguridade social abrange a saúde,
ou, ainda, outras contribuições) previdência e assistência social e qualquer
,) contribuição que atenda a tais finalidades serão
A Constituição Federal de 1988 atribuiu
.
/"" :~

~~)!
" competência exclusiva à União para instituir
contribuição soéiais para seguridade social.
contribuições parafiscais (ou especiais ou outras Por sua vez, o art. 195, da CF, disciplina as
contribuições), nos seguintes termos: formas de financiamento da Seguridade Sodal:

"Art. 149. Compete exclusivamente à "Art. 195. A Seguridade Social será


,r' ~
Unilo instituir contribuições sociais, de financiada por toda a sociedade. de
Intervenção no domínio econômico e de forma direta e indireta, nos termos da lei,
r', interesse das categorias profissionais ou mediante recursos provenientes dos
/- .... , econômicas, como instrumento. de sua orçamentos da União, dos estados, do
. ~

,--~ atuação nas respectivas áreas, observado Distrito Federal e dos Municípios, e das
o (fispo.s!<l.n()S arts~" 146, 111," «t ~~, I e 11f.~ .~se9~uin.~~.Çor1~ri~!Jiç~et>~ociaJ~: .
sem prejuízo do previsto no art~ 195, § 6°,
relativamente às contribuições a que I - dos empregadores, incidente sobre
,~.\.
, -.:
alude o dispositivo". a folha-.<f~ salário, o faturamento e o
r':~,
lucro;
-~:~ De acordo com o disposto no caplItdo art. 149,
..:: ':~,
são três as espécies de Contribuições, quais sejam: 11 - dos trabalhadores;
,~:;
/--~~. lU - sobre a receita de concurso de
ia. Sociais
;-i: prognóstico".
a) sociais (devem atender o principio da
~)
anterioridade)

Gráfico Ilustrativo:
dauniãO

~
Indireta -----il-Orçamento - dos Estados
"..- -;}',
-doDF
Formas de . dos Municípios
.--. .. "
financiamento da
Seguridade Social
/,- J~, folha de salário

Direta
---+-Contribuições
Sociais para
Seguridade social
~ - dos empregadores
---dos trabalhadores
~ fàturamento
lucro'"

concurso de
.'
progn6srico

.~l"___ ~<.,_.
<._ _ _ __......
,
--.,~

-,
~

6
As contribuições sociais para seguridade social
têm as seguintes fontes:

aI 'ôos empfégadores. incidentes sobre:


- a proposta de orçamento da seguridade social
será elaborada de fonna integrada pelos órgão
responsáveis pela saúde, previdência social -.
'~~

~
e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes "l

-

-
folha de salário (lei 8212/91);

o faturamento (lC n. 70/91);

o lucro -
orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos;

as receitas dos Estados, do Distrito Federal


.,.-,
~

-.o­
1)

e dos Municípios destinadas à seguridade


b) dos trabalhadores; socíal constarão dos respectivos orçamentos, "l
....-.
.

não integrando o orçamento da União.


c) sobre a receita de concurso de prognósticos
(são os jogos da SENA, Bingo, loterias, etc.) 2 8 • Interventlvas: de intervenção no domrnio
econômica. Esta contribuição é um instrumento
-1
~
d) outras fontes (destinadas a garantir a J!'
posto a disposição da União com o fim ge intervir na
manutenção ou expansão da seguridade ")
economia ~.

social) poderão ser instituidas por lei,


observado o disposto no art. 154, I, ou seja:
. Observação: A lei que criar esta contribuição j)
- deverão ser instituídas por lei complementar; •
'interventiva deve obedecer o principio da j
anterioridade, ou seja, não poderá ser exigida no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publica j
. - deve ser flâo..cumutativoe;.

- não tenham fato gerador ou base de cálculo


a lei que a instituiu.
--'­
próprios dos impostos' (e, também das 38 • Corporativas: de interesse das @tegorias
~,'
contribuições) discriminados na Constituição profissionais ou econômicas. Um exemplo destas
Federal de 1988: contribuições corporativas é a contribuiçãO para a
-,
-'
.,
OAB, Ordem dos Advogados do Brasil.
aJ PIS e PASEP, recepcionados pelo art. 239 -/'
']­
da CF188 é destinada, também ao seguro Observação: as contribuições corporativas
desemprego. '. devem obedecer ao disposto no arL-150, 111, b. da
CF, ou seja, o principio da anterioridade.
Observações:
_..
_~ •.. --­,~ -~
Quanto ao parágrafo único do art.-149, da CF,
A lei que instituir as contribuições sociais só assim transcrito: . €)
poderão ser exigidas após decorridos 90
(noventa - não três meses) dias da data da "Parágrafo Primeiro. Os Estados. o .<)
publicação da lei que as houver instituído ou Distrito Federal e os Municípios poderão .~
modificado, não se lhes aplicando o disposto Instituir contribuição, cobrad~ de seus
no art. 150, 111, b; servidores, para o custeio, em beneficio .~'
~
destes, de' sistema de previdência e ~
~
o produtor, o parceiro, o meeiro e o assistência social" . ,,",
arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador .~
artesanal, bem como os respectivos cônjuges Neste dispositivo, a Constituição Federal de 1988,
(marido ou mulher), contribuirão para a faculta aos outros entes politicos que não a União. "1l
seguridade social mediante a aplicação de ou seja, os Estados, o Distrito Federal e os '1
uma aliquota sobre o resultado da Municípios, instituírem contribuição para custeio de
comercialização da produção e farão jus aso seus próprios sistemas de previdência e assistência ~.
"i
.. beneficios nos termos da lei, desde que: social, as quais deverão ser cobrada de seus iI
servidores, com o fim de beneficiá-los.
- exerçam suas atividades em regime de
economia familiar; §2" As contribuições Sociais e de intervenção
.no domínio econômico de que trata o caput
- não tenham empregados permanentes. deste artigo: .;.--'
~

- nenhum beneficio ou serviço da seguridade 1- não incídirãosobre as receitas decorrentes de


social poderá ser majorado ou estendido sem
a correspondente fonte de custeio lotai;
exportação; .'
11 - poderão incidir sobre a importação de
a pessoa jurídiGa em débito com o sistema petróleo e seus derivados, gás natural e seus
da seguridade social, como estabelecido em derivados e alcoai combustível;
lei, não poderá contratar com o poder público
nem dele receber beneficios ou incentivos UI - poderão Ter alíquotas:
fiscais ou creditícios;
-. ~'-:> .,.V:.-_7.-.~:,-.
. ,-~, ";'. :;-:.",,:;".."
7
a) ad vaiarem, tendo por base o que todas as entidades tributantes devem dispensar
faturamento, a receita bruta ou o valor o mesmo tratamento para todos os contribuintes.
da operação e, no caso de importação, o Não. Quer dizer que os contribuintes que se
\falor aduaneiro; encontrem em idêntica situação, sejam submetidos
a idêntico regime fiscal. É o dever de distinguir
b) específica, tendo por base a unidade de
desigualdades e o dever de não discriminar.
medida adotada.
3. JRRETROATlVIDADE(art. 150, 111, "a")
§ 3<> A pessoa natural destinatária das
operações de importação poderá ser Este princípio vega a.os ~nte.s.. tributantes a
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. cobrança de tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antesd~ "igê~chu:la lei que os hOUVer
§40 A lei definirá as hipóteses em que as Ji1~titufdº_ o(j aumentaqp. Quanto a este principio
contribuições incidirão uma única vez não há exceções. Para cobrar tributos a lei é
irretroativa em todos os casos.

A irretroatividade das leis é prindpio geral de


PRiNCíPIOS CONSTJTUCIONAIS
direito e tem por objetivo assegurar às pessoas
TRIBUTÁRIO segurança e certeza quanto a seus atos preteritos
em face da lei. Segundo o CTN, a lei tributária
1. LEGALIDADE: (art. 150,1, CF)
somente se aplica a fatos ocorrido no pretérito.
Segundo o principio da legalidade tributária, é quando a lei nova seja expressamente interpretativa
vedado (proibido) à União, aos Estados, ao Distrito ou em casos não definitivamente julgados para
Federal e aos Municípios, exigir ou aumentar tributos beneficiar.
sem leí que o estabeleÇa. Expressa a idéia de que
4. ANTERIORIDADE (art. 150, 111, "b")
a tributação deve ser decidida pelos representantes
do povo, os quais são eleitos para fazer leis, assim, Segundo este principio os entes da federação
;::>-"1- ao menos em tese, é o povo se tributando. não poderão cobrar tributo no mesmo exercício
..'-­
):.,.;'~\.­ financeiro em que haja sido publicada a lei que os
Segundo este princípio, faz-se necessário lei
instituiu ou aumentou., ~ ~ ~ d.t g() d-..ó11
para instituir ou aumentar um tributo. Contudo, o # ~~d.:kl..ú. .
~)­
,':' art. 153, § 1°, da CF, estabelece exceções a esse Tem por objetivo tomar a lei tributária conhecida.
J.-)::, __,___ _ _ prtncJpio•. mas s.omel1te q!-lí;ll1toé::lo.al,tmellt9 d89._, .com antecedência•..ponodo$,e.vitandQ a·S!1rpneSq ~:L, __
"
/'.")-. aI/quotas dos seguintes impostos: possibilitando, ao contribuinte, o planejamento do
-~~:~:!.-. gravame ao qual estará obrigado.
J
- Imposto de 'mpoRa~?
/~-~­ O exercício financeiro, atualmente. corresponde
I mposto de Exportação
!-=~~-­ ao ano civil, podendo ser alterado. Literalmente.
])
Imposto sobre Produtos Industrializados significa o perfodo de execução dos serviços ae um
!,f:~_ orçamento. O ano civil e, consequentemente o
.0...
' ::':

;Q\­
Imposto Sobre Operações Financeiras exercício financeiro. uma vez que hoje correspondem
::? ao mesmo penado, inicia no dia 1 0 de janeiro e
J)~ ..-. Nesses casos o poder executivo pode alterar,as termina em 31 de dezembro do mesmo ano.
.....
('). allquotas. por exemplo, por decreto.
,/"-'"::~­
Exemplificando: a União criou uma lei que institui
( ..~ Além das exceções ao princIpio da legalidade
,,--.:-.:;:,-
.:~J
o ITR e publicou no dia 20 de dezembro de 1996. O
enumeradas acima. a Emenda Constitucional n. 12/
':-$- 96, em seu artigo único, faculta ao poder executivo
exercício financeiro de 1996 teve seu inicio no dia
1° de janeiro de 1996 e seu término no dia 31 de
reduzir ou restabelecer as alíquotas (nas condições dezembro do mesmo ano, ou seja, 1996_ Neste
e nos limites fixados em lei) da Contribuição caso, a União poderá cobrar o ITR, com base nesta
Provisória sobre Movimentaçi:lo ou Transmissão de lei, no exercício de 1997, ou seja, a partir do dia 1°
.. ._-1:_ Valores de Créditos e Direitos de Natureza de janeiro.
r~' Financeira - CPM F.

2. iSONOMIA (ou igualdade): (art. 150,11, CF)


Segundo este principio os entes políticos não
pode~}:}Q instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação
1/1
1996
~/12 111
1997
31/12
20/12
equivalente e proíbe qualquer distinção em razão de {data da p'.JbIjca~o}

\ ocupação profissional ou função por eles exercida,


independentemente da denominação jurídica dos
. rendimentos, tftulos ou direitos. Isso não que dizer
"?,,::::";,:'_~:-Z:;~-::'S-:F~F;~~~:~"::2,,~~~?~
~
~~
.~

'41)
8 .~
~.,
Exceções ao principio da anterioridade: .não
obedece este princípio os seguintes tributos:
-~~
~
-j

Imposto Empréstimo Compulsório Contribuições Parafiscais ~


- Importação - para atender a despesas • contribuições sociais: ~

,
.J

- Exportação .
extraordinárias, decorrentes
- de {constituindo-se em uma ~
-.IPI calàmidade' pública, guerra anterioridade mitigada ou
-IOF externa ou sua iminência especial, uma vez que só -/ ­

- Extraordinário poderão ser exigidas após 90 1


._,

-,
- '~.'
dias da sua pUblicação} -7

@NÃO-CONFISCO (art. 150, IV) literalmente podemos definir pedágio como


sendo o pagamento que se faz pelo direito de -'~
"Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à
passagem por uma via de transporte terrestre, como '1
~.
uma estrada. uma ponde, um túnel, etc.
União, aos Estadós~ ao Distrito Federal e
aos Municipios: . 7 DISTRIBUiÇÃO DA COMPETÊNCIA ~
TRIBUTÁRIA DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO
')
""
FEDERAL E MUNiCíPIOS: . .~

IV- utilizar tributo com efeito de


conrlSco".
Em princípio a Constituição Federal de 1988 não
cria tributos, simplesmE!nte atribui competência
J'
.. ~

literalmente a palavra "confisco~ significa:


"apreender em proveito do fisco"; "apoderar-se ou
apossar de".
para, através de lei. os entes da federação ou seja.
União, Estados, Distrito Federal e MUnicipios,
instituí-los. Assim. vejamos quais as competências
qu_e a Constituição Federal atribui a cada pessoa
-~
.,
Ocorre o confisco pela tributação, quando o política:
montante do tributo é tal que consome a renda ou a
a) Competênc;aconcorrente: oart 24, inciso I,
propriedade do contribuinte.
xx 1° a 4°, da CF;assim estabelece:
r~
__ ~_ A Constituíção Federal de 1988 não admite a .?

expropriação sem justa indenização (com exceção


"Campete-ã--Uriião, aos Estados e ao -:0
Distrito Federal legislar ~>

da expropriação de glebà~.onde se localizem culturas


. concorrentemente sobre:
ilegais oe plantas psícotrópícas. as quais não terão
-~
direito' a indenização). não admitindo. também, a 1- direito tributário, ... ;
.~
expropr:iação através da tributação abusiva. O .
~
princIpio do não-confisco guàrdâ semelhança com § 1° No âmbito -da legislação -~
a tributação razoável. concorrente, a competência da União ;&

limitar-se-á a estabelecer normas geráis. ,,;;:;;


No caso da fixação das aliquotas do IR, ITR e do
IPTU, a Constituição prevê a possibilidade de § ~ A competência para legisf.arsobre
.~ ­
progressividade para atingir os fins extrafiscais a que normas gerais não exclui a competência "r:;;:!
.$õ
se destinam. Nestes casoS. na feliz lição de Sacha suplementar cios Estados. -~

C. V. Coelho, onde o ·constituinte previu a ~


§ 3° Inexistindo lei federal sobre -~
exacerbação da tributação para induzir. ~i:íi
normas gerais, os Estados exercerão a
comportamentos desejados ou para inibir
competência legislativa plena, para
comportamentos indesejados: é vedada a argüição
atender a suas peculiaridades.
do principio do não-confisco tributário, a não ser no
-~

caso limite (absorção do bem ou da renda)"_ § 4° A superveniência de lei federal ~,.

sobre normas gerais suspende a eficácia ,,~

,
6. LIBERDADE DE TRÁFEGO (art. 150. V. da
da lei estadual, no que lhe for contrário"
CF)
b) Competência comum: é comum pois
A Constituição Federal de 1988 veda. aos entes
qualquer uma das pessoas políticas. ou seja.
políticos. estabelecer limitações ao tráfego de ~~'
a União, os Estados. o Distrito Federal e os
pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais
Municípios. poderá instituir taxa e contribuição

;;iiiIIIIa-"

ou intermunicipais. ressalvada a cobrança de


de melhoria, bastando que o legislador atenda
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo

.
as disposições do art. 145. incisos 11 e 111. da
poder público.
CF.
. ..--;::..:~-_._-~... __
Ir·~·

.••:,.$.1

.­ ::I
.:;.:"
/.,~ c) Competéncia privativa ou expressa: analisado serviço de transporte interestadual e
...~j isoladamente o art. 145, inciso I, da CF, intermunicipal e de comunicação, ainda
'~

'-::-.1 concluir-5e-ia que competente a todas as que as operações e as prestações se

-
.~,­ pessoas políticas a instituição de qualquer iniciem no exterior - ICMS;
-•.;:.} imposto. Contudo. isto não ocorre. Para a
ínstituição dos impostos a constituição 111- propriedade de veículos
(~,­
disciplina quais são os impostos que cada automotores -IPVA;n
r"--"",; _ _ pessoa política poderá instituir de forma
IIArt. 156. Compete aos Municipios
expressa. Assim. por exemplo, a União é
~-..­
instituir impostos sobre:
. \ competente para instituir, segundo o art. 153,
/""'
",).
-­ da CF, e a Emenda Constitucional n. 3, de 17·
de março de 1993, privativamente, 0&
1- propriedade predial e territorial
urbana - IPTU;
/""""...\ .......
seguintes impostos:
J 11- transmissão inter vivos, a qualquer
"'"'\-­
"I - importação de produtos estrangeiros (a título, por ato oneroso, de bens imóveis.
'-'''.­
~_._~'
União criou este imposto através de lei e lhe deu o por natureza ou acessão física, e de
c--.-.\....... nome de Impóstode Importação - ti); direitos reais sobre imóveis, exceto os de

,-,­
-- " - exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados (a União criou este
garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição -ITBI;
~:
:-..: imposto através de lei e lhe deu o norne de Imposto 111- serviço de qualquer natureza, não
de Exportação - tE); compreendidos art.
155. 11, definidos em
lei complementar - ISS"
UI - renda e proventos de qualquer natureza
(a União criou e$~ imposto através de lei e lhe deu d) Competência cumulativa: consiste na
o nome de Imposto de Renda -IR); . possibilidade que tem a União de acumular a
competência de instituir impostos estaduais
/""-:!I,~
"
IV • produtos industrializados. (a União criou nos Territórios Federais, possibilidade que se
.".,.:)
.r"'\__ este imposto através de lei e lhe deu o nome de
_ estende aos impostos municipais se o
..,J Imposto sobre Produtos Industrializados -IPI);
...... Território não for diVIdido em Municlpios. Esta
~"'\
., V - operações de crédito, cãmbio e seguro, competência se aplica também ao Distrito
ou relativas a títulos ou valores mobiliários (a Federal. que acumula em sua competênCia a
União criou este imposto através de lei e lhe deu o instituição de tributos municipais. conforme
r\""" dispões o art. 147, da CF, nos seguintes
nome de Imposto sobre Operações financeira - IOF);
r '.,· ­ termos:
-\

,.~__ VI- propriedade territorial rural (a União criou


.'~;' .__.- .~ __.este imposto ~trayé~de. !E;!i eJh..edeu o nome de "Compete à União, em Território Federal, os
~\""'. Imposto Territorial Rural-ITR); . . , ..-- .---­ 'impostos estaduais e,se o Território não for
~..\ ­ dividido em Municípios. cumutativamente J os
VII - grandes fortunas, nos termos de lei municipais; ao Distrito Federal cabem os
complementar (a União ainda não criou este impostos municipais....
imposto e, se o criar, obedecerá os termos de lei
complementar1 podendo, éontudo. criar por lei e) Competênciaexdusiva: os artigos 148e 149,
ordinária). da CF, atribui de forma exdusiva à União para
instituir empréstimo compulsório e
E, ainda, o imposto provisório sobre contribuições parafiscais ou especiais ou,
-..­
~'. movimentação ou a transmissão de valores e ainda, outras contribuições.
de crédito e direitos de natureza financeira •
IPMF. li Competência extraordinária: esta
competência também é atribufda à União mas
As outras pessoas políticas (os Estados, D!strito para instituir impostos extraordinários. em um
Federal e Municípios). para instituição de impostos, único caso, qual seja. guerra externa ou sua
deveram observar o que determina a Constituição iminência .. devendo ser suprimidos,
.;J Federal, nos termos dos artigos 155 e 156, ou seja: gradativamente. assim que cessar a causa
de sua criação. Este imposto poderá ou não


.'.).­
"Art. 155. Compete aos Estados e ao estar compreendido na competência tributária
Distrito Federal instituir impostos sobre: da União, é o que nos informa o art. 154, inciso
li, da CF:
,.­
..
1.. 1- transmissão causa mortis e doação,
. de quaisquer bens ou direitos; "A União poderá instituir:

-.
r· \
"~~:~- '!IIIIIr

,....::.- \ ........
11- operações relativas à circulação de
mercadórias e sobre prestações de
1- •••••••••••••

-
J .
\

..-"' ' - "


1.-....·..".'. _,, ,-,_, ""_
.",..- ...-~

,~

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-. ...~,-~.----~~~'"' . ..
." ~~,,~ ..
-,
-)$

~
',--../

~
10 --"
~
11- na iminência ou no caso de guerra deverá ser institufdo por lei complementar; ,~
externa, impostos extraordinários, <'li
compreendidos ou não em sua - . não poderá estar preVisto no art. 153, da CF; ;:3

- competência tributária, os quais serão


- não sejam cumulativos; --"
'1 '

suprimidos, gradativamente, cessadas as


causas de sua criação". não tenham fato gerador ou base de cálculo
1, '

próprios dos discriminados na Constituição


<'}
--"";;
g) Competência residual: a Constituição Federal
enumera, de forma expressa, os impostos que
Federal de 1988. ~.,
~
cada ente da federação poderá instituir, h) Competéncia para instituir Contribuição para ~
todavia, em seu arl 154. inciso I, estabelece o custeio de sístema de previdéncia 'e
que outros impostos, além daqueles já assisténcia social: prevista no parágrafo único
enumerados. poderão ser, criados, mas do art. 149, da CF, e, segundo a qual, é ~
')­
somente a União poderá o fazê-lo. Assim, atriburda aos Estados, ao Distrito Federal e
_~'l
, com base na competência residual, novos
impostos poderão ser criados desde que
observado os seguintes requisitos:
aos Municípios, que somente poderão instituí­
las se cobrada de seus servidores e para
beneficiá-los.
-,'_1
.
competência da União para instituir;

UNIAO ESTADO DISTRITO FEDERAL, MUNICIPIOS


"1
--J

']
'

- concorrente: art. 24, - concorrente: art. 24, - concorrente: art. 24, -


CF. CF. CF. I

.,
• comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF. - comum: art. 145, CF.
- expressa ou - expressa ou - expressa ou - expressa ou ~
,~

privativa: art. 153, CF. privativa: art. 155, CF. privativa: art. 155, CF. privativa: art. 156, CF..
- cumulativa: art. 147, - - cumulativa: art. 147, -
CF. CF.
- exclusiva: arts. 148 - - - ~

~
e 149, CF. -./
a
- _extraordinária: ,art. . ,.'--­ -" - . --­ - - - -'­
~
Jj
--­
'

154, li, CF. ~


.3
..
, - residual: art. 154, I, - . - -
CF. ~
~
- - contribuições para - contribuições para - contribuições para -~
custeio de sistema de .cüsteio de sistema de custeio de sistema de õ$
-~
previdência e previdência e previdência e ;J
assistência social. assistência social. assistência social.
-
--
~~~
8. PROGRESSMDADE: este principio consiste É bom observar que este princrpio se aplica ;;
no aumento da aliquota à medida que aumenta os somente aos impostos e consiste na possibilidade rt
:;;.
ingresso ou a base imponfvel. econômica de pagá-los. ' ~~

Este princfpio refere-se expressamente ao Segundo Sacha C: N. Coe,lho, a capacidade -~....


. ~
.~

Imposto de Renda (art 153, § 2°, I) e ao IPTU (art. contributiva pode ser: subjetiva. quando leváem :#
156, § 1° e 182, § 4°,11). conta a pessoa (capacidade econômica real); e
objetiva, quando toma em consideração
9. CAPACIDADE' CONTRIBUTIVA••(ART. 145,
§ 1, DA CF) manifestações objetivas da pessoa (ter casa, carro
do ano, sitio numa área valorizada, etc.) e, segundo
,­ _-'!~

"Sempre que passivel, os impostos o mesmo autor. a nossa atual Constituição elegeu
terio caráter pessoal e serão graduados como principio ,a capacidade econômica real do
segundo.8 capacidade econômica do
contribuinte. facuHado a administração
contribuinte.

10. UNiFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO (arts_


--- ~,

tributária, especialmente para conferir


efetividade a esses objetivos, identificar, 151, I, e 152, da CF)
---­ .~:

....../,;;;:
respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei. o patrimônio, os Segundo este princípio, é vedado à União instituir\ ;;f -/~;.
tributo que não seja uniforme em todo território ~
rendimentos e as atividades econômicas
nacional ou que' implique distinção ou preferência
do contribuinte".
. ,: 77:";7"~:_-::--r:-:-.'.-::' .~...: >;; '. ,':.7--: :'"""'::'.-:_~::.v:.
.*:_ ,_o ' : - ,'-c --, . - - , - -• .J!IIII!I
;
,....;Y

r .
11
.-.0 em relação a Estado. ao Distrito Federal ou a em cada operação deve ser compensado o montante
.1
"
Município, em detrimento de outro, admitida a pago na operação anterior.
concessão de incentivos fiscais destinados a
promover .0 equilfbrio do desenvolvimento sócio­ A seletividade deve informar o IPI, art 153, §3°,
econômico entre as diferentes regiões do País. I, e pode informar o ICMS, art. 155, § 2°,111. Assim
estes impostos serão, ou poderão, conforme o caso,
:' E. com relação ao mesmo princípio, aos Estados, seletivos, isto é, quanto mais essencial o produto,
Distrito Federal e Municlpíos é vedado (proibido) menor ia alfquota e více-versa. '
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços.
de qualquer natureza, em razão de sua procedência 12. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
ou destino.
Em relação as imunidades tributárias, para
11. SElETMDADE E NÃO-CUMULATMDADE melhor compreensão, faz-se necessário estabelecer
um paralelo, entre incidência. não-incidência.
o princípio da nád-cumulatívidade. segundo a imunidade. e isenção. Graficamente podemos
Constituição Federal, arts. 153, § 30',11. E 155, § 20', representá-los da seguinte forma:
I, deve informar o IPI e ICMS. Segundo esse principio

,,--- ',",

, :>:} não-incidência

'"
_,',.I
,
'~'\
~ -:..'

'.­

~~\
. I
c/

--
Não-incidência "- são os fatos "não previstos pelo" legislador a serem
r';\ I tributados.
Incidência === ,,- é o próprio campo da tributação;
consiste na previsão legal dos fatos a serem tributados.
~ """ !li-é a previsão constitucional que limita o poder de
J~
, tributar, de regra, veda a instituição de impostos;
- não ocorre o fato gerador do tributo;
- não nasce a obrigação tributária;
constitui-se em uma não-incidência qualificada. ,
Podem ser:
a) Objetiva:
. b) subjetiva;
Isenção ~_' . li' éa previsão legal para não pagar, de regra impostos,
~~ màs pode ser concedida as outras espécies tributárias:
,
": , - é uma modalidade de exclusão do crédito tributário;, .
~ ~- há uma situação constitutiva do fato gerador do tributo
,>
, ,

/
"\. , e, em conseqüência, subseqüente obrigação tributária,
, . todavia, o pagamento do tributo é dispensado pela lei;
,
/ - , ,'o,
, ' ',}
~
(..i..,,-; - ", .' o" •
", ~'Z::~'::~:::~:~:·~~:~~'"~~":~-~'--:-'-"'f"'~~~-:~:":,;~;?:.~
_/1
1
-J

12 ,
"

---
-~)
a) Imunidades Gerais: b) Imunidades Especificas: '~")
Inseridas no art. 150, VI, da CF, constituem-se
em uma· das limitações ao poder de tributar e,
1a. .Imposto sobre Produtos Industrializados _IPI:
(art. 153, § 3°,111, da CF)
'-'
/__l
também, uma garantia ao contribuinte, e estão
estabelecidas nos seguintes termos: Não incidirá IPI sobre os produtos industrializados j ~.J.cb-0f..0 ~
destinados ao exterior. ' .-:--­
"Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é 2a . Imposto sobre a propriedade Territorial Rural
'-'
---~,
vedado à União, aos Estados, ao Distrito - ITR: (art. 153, § 4°. da CF)
Federal e aos Municípios:
~
Este imposto não incidirá sobre pequenas glebas 1 ~ r~.,
rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou II~.
g>m sua famrtia, o proprietário que não eossua outro
'-y
VI- instituir impostos sobre": imóvel.
~
patrimônio, renda ou 2
3 • Imposto sobre operações relativas à circufação ~
serviços, uns dos outros de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal de
~
Conhecida como imunidade recíproca uma vez conwnicação -ICMS: (art. 155. § 2°, X"a, b e c, da .~
que as pessoas políticas não podem, reciprocamente CF) ~
._",,!
(entre si). cóbrarimpostos sobre o patrimônio. a
renda ou serviços. uns dos outros. .O ICMS não incidirá sobre: 3
~
Esta imunidade. segundo o disposto no art. 150. .a-. sobre operações que destinem ao exterior ~4

~
,J
§ 2°, da CF. é extensiva às ~mtarquias e às fundações produtos industriarizados. excluídos os semi­
instituídas e mantidas pelo poder público. no que elaborados definidos em lei complementar.
se refere ao patrimônio. à renda e aos serviços
vinculados a suas finalidade essenciais ou às delas .b- sobre operações que destinem a outros
decorrentes. Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
. combustfveis IIquidos e gasosos dele derivados. e
-J ..J

Também. as imunidades recíprocas não se energia elétrica; -'""3


-~
aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços

.' .. - . .
relacionados com exploração de atividade
econômicar-egidas pelas-normas. aplicáveis. a
.c- sobre o ouro, quando definido em lei como
ativo financeiro ou instrumento cambial. ~: ;J
empreendimentos privados, ou em que haja ~
,Observação: nesta hipótese, ou seja .. .9 ouro #
contraprestação ou pagaf!lento de preços ou tarifas
pelo usuário. nem exonerem o promitente comprador
como ativo financeiro ou instrumento caml:?ial,
sujeita-se, exclusivamente, à incidênCia do "imposto
""'"j
-:
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.
sobre operações de crédito, câmbio e seguro. ou .-;-a -"'!lo,
relativos a tltulos ou valores mobiliários -IOF", qevido
na operação de origem, sendo que, neste caso, a ;.o:fi
- templo de qualquer culto
aliqubta mínima será de um por cento (1%). '1
.....""'i
Esta imunidade compreende somente o assegurada a transferência do montante da
patrimônio, a renda e os serviços relacionados com arrecadação nos seguintes termos:
.--,' >.,~
;$.

__--"3'.
as finalidades essenciais dos templos de qualquer
CUI~} . 30 % (trint~ por cento) para o Estado, o Distrito
Federal ou o Território, conforme a origem; -~~
~

~~?
~
- patrimônio, renda ou serviços dos . 70 % (setenta por cento) para o Município de
~.-?
#::JY II-'eartidos políticos, inclusive suas ..J
~\1 ~\J fundaç~es. das entidades sindicais dos origem. :",~
_.:.
~ () C1.,t) trabalhadores, das instituições de 4 2 • Imposto sobre transmissão inter vivos. a :;~'!:

cJm" ~'=> educação e de assistência social, sem fins qualquer tftulo, por ato oneroso. de bens imóveis.
~"('v~t" ~ . lucrativos, atendidos os requisitos da lei por natureza ou acessão física, e de direitos reais
N.V.~ A imunidade exposta nesta alínea compreende sobre imóveis, exceto os de garantia. bem como
cessão de direitos a sua aquisição'~ IIBI: (art. 156. .~-..;

somente o patrimônio. a renda. e os serviços


relacionados com as finalidades essenciais das § 2°, I, da CF).
entidades nela mencionada. Não incide o tTB sobre trgnsmissão de bens ou .,----.p

10JJ1~1 - direitos inCOlJ?2rados ao patrimônio de pessoa jurídica ..1.5_"::


Uvros, jornais, periódicos e o papel
'VI. d'~destinado a sua impressão
em realização de ca.ejt~!, nem sobre a transmissão
de bens ou direitos decorrente de fllsão, ........ /
Segundo entendimento doutrinário e incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
...--" .. ~
jurisprudencial, trata-se de imunidade objetiva. salvo se, nesses casos, a atividade prepond~~
0' •• _ ~. _, ~ _". __ :~-~~~-,.~-:.:;.-, ....-..
-", ­ - .. ~_,~-".~.i'~~".' .~"_·:--c,::-.c::"--::::::,,,,.:: :oc:.:-~-:::;·
1\'?

~
:;:s.
f.:-~}.

-- \ (~'~ 13
do adquirente for a compra e venda desses bens OI! 3- estabelecer normas gerais em matéria de

- ~~ direitos. locação de.~s imóv~i§,Q!'! arrendamento


mercantil.
legislação tributária, especialmente sobre (art 146,
111):
Sil, Impostos federais. estaduais e municipais: a} , definição de tributos e de suas espécies, bem
~ L (art. 18/i § 5°, 'da CF) como, em relação aos impostos discriminados

n-l~
na Constituição, a dos respectivos fatos
Segundo a Constituição Federal de 1988. as geradores, bases de cálculo e contribuintes;
operações .de transferência de im~óveis
çiesapropriados para fins de reforma agrária são b) obrigação, lança.mento, crédito, preScrição e
imunes (muito embora o texto constitucional utilize decadência tributários; .

~~ a expressão "~ntªs.") de impostos federais,.


estaduais e municipais. .
c) adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades

t 6 8 , Contribuições sociais: (art. 195, § 7°, da CF)


cooperativas.
@ instituirempréstímo compulsório (art. 148);

il
As entidades beneficentes de assistência social
que atendam ás exigência estabelecidas em lei são ®-estabelecer os termos em que será instituído
imunes as contribuJções sociais, apes~r do texto o imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII).
constitucional utilizar a expressão isentas. Cgriludo. este imposto será instituído. por lei
... ordinária; .
..
@ instituir novos impostos com fundamento na
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA competência residual da União (art. 1-54, I,);
á) .regular a competência para a instituição do
8 A expressão "legislação tributária", segundo o Imposto sobre transmissão causa mortis e doação,
/ ~ ...l art. 96, do Código Tributário Nacional. compreende de Quaisquer bens ou direitos, se o doador tiver
as leis. os tratados e as convenções internacionais. domicílio ou residência no exterior e se o de cujus
os decretos e as normas complementares que possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve
versem, no todo ou em parte. sobre tributo e relações o seu inventário proces'sado no exterior (art 155, §
/~ .> jurídicas a eles pertinentes. 1'\ 111, a e b);
LEI: já a conceituamos quando descrevemos o
principío da legalidade. informando que lei tem dupfo
® definir os produtos semi-elaborados, os quais
são exclufdos da imunidade prevista para o ICMS,
se{1tido, formal e materia.l, onde remetemos O esta~eleeida para os produtos industrializados
concursando para não nos tomar repetitivos. destinados ao exterior (<;lrt. 155, § 2°, X, .a);
Contudo faz-se·necessário conceituar (em sentido
formal e material}, como também; 'destacar as (9) ainda em relação 80 ICMS (art. 155, §~, XII,
matérias reservadas as le;s complementar e ar b, c, d, e, f e g):
ordinária:
a) definir seus contribuintes;
Lei Complementar
50/." b) dispor sobre substituição tributária;
J rt>i".~, em sentido formal: são as leis que para serem
aprovadas exígem maioria absoluta - art. 69,
'10-:-2~5~® da CF - (o quorum de votação é de 50 % ­
c) disciplinar o regime de compensação do
imposto;
11":' 2." S 5 -to @ metade - ~is WIõR Eles FA6M8FeS ele CeRsresee
, ~ ~~ WaeieRal~; ~ ~.' ~ ..c:Lttv n', ~-' d) fixar, para sua cobrémça e definição do
ÓlJ1. vi' "'0, ~..i () ~ y,", ~ . ' estabelecimento responsável, o local das
~ em sentido material: são leis cuja elaboração op~rfilções relativas à circulação de
já vem sugerida ou indicada no próprio texto mercadorias e das prestações de serviços;
.~ da Constituição, com O fim de complementar
~=
.;/­

. :". ou regulamentar certos assuntos. e) excluir da incidência do imposto. nas


exportações para o exterior, serviços e outros
Matérias tributárias reservadas à lei produtos além dos mencionados no inciso X.
complementar (segundo a Constituição Federal a (ver item "8");
de 1988): . 1) prever casqs de manutenção de crédito,
1- dispor sobre conflitos de competência, em relativamente à remessa parO outro f;'stado e
/~._j
.:~~ matéria tributária, entre a União, os Estados, o exportação para o exterior, de serviços e de
Distrito Federal e os Municípios (art. 146,1); mercadorias;
- 2- regular as limitações constitucionais ao poder
g} regular aforroa como, mediante deliberação
dos Estados e do Distrito Federal. isenções,
'\ de tributar (art. 146, li); \.nYN.,,,v'Cr'''''·
..,' ,;;" incentivos e benefícios fiscais serão
A;:fJi' concedidos e revogados.
.:..,.; ......
r--- ._~ _."b,;~:t,:;..sX.} .. : ".... .. ~ '.
0~~~~2~~~~3ªgb5B~~~~~§i~,~~iill~~~~ºg~~H~;~J.i~~~~~~~&~~~~~~~~2

-,
14 awii~6. j"'
@definir os serviços de qualquer natureza. não'
compreendidos os serviços de transportes
i) imposto sobre circulação de mercadorias e ,
~.,

-'
serviços - ICMS, ressalvada a matéria
interestadual e intermunicipal e de comunicações, disciplinada por lei complementar
ainda que as prestações se iniciem no exterior (art.
156,111);
estabelecida nos itens "7" a "9"); ,y
fi imposto sobre a propriedade de veiculas :)
@fixarasaHquotas máximas do ISS (art. 156. automotores -IPVA; -::,
§ 3°, I); ,

@eXcluir da incidência do ISS exportações de


serviços para o exterior (art. 156. § 3°. I!j;
k) imposto sobre a propriedade predial e

I)
territorial urbana -IPTU;
imposto sobre transmissão de bens imóveis
-ITBI;
,-~

')
.~'.
./-'.

~ "

@definir valor adicional para fins do disposto no


m) imposto sobre serviços de qualquer natureza ")
art. 158. parágrafo único. I. da CF (art. 161. I); .-' ".
-~
-ISS;
@estabelecer normas sobre a entrega dos

,, ~,
recursos de que trata ó art. 159.00 CF, especialmente n) taxas;
.~/

sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em o) contribuição de melhoria; ')


seu inciso I. objetivando promovem equiHbrio s6cio­ ---".

econômico entre Estados e entre 'Municipios (arl p) contribuições sociais estabelecidas pelo art.
161. 11); 195,',11 e 111 (contudo, outras fontes de ~ita

.~obre
para a seguridade social deverão ser
@diSPOf o acompanhamento" pelos
beneficiários. do cálculo das quotas e da liberação
instituidas por lei complementar. conforme ,~
descreve o item "16");
das participações previstas nos arts. 157. 158 e 159. _"1
q) impostos extraordinários;
da CF (art. 161.111);
~
@instituir outras fontes destinadas a garantir a
manutenção ou expansão da seguridade social (arl
.-:-2- A lei poderá -atribuir ,a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de responsável pelo
~
195. §4°).
Lei Ordinária
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato
gerador deva ocorrer posteriormente, "assegurada a
-'
~,
~)

imediata e preferencial restituição da quantia paga. ~)


J1{~_ _ em sentido formal: é a lei votada por maioria caso não se realize o fato gerador presumido (art. ,~
~
f,-.:.:.s.s- ~ §,2. ( maioria simples - 50 % - metade !=Réis tllT'I ,150, § 7. 0 }; '#
l,. ~,""os p..-eeeAtes)"• lU? ~,/o,t,
... ~ .0. , .
~ yf.4A..U.,­
• ••.T".. , ~, ­
'~
_>,T\..UIW" • -'\IOA~~ 9_.,~~__"}'\':. ,~. _3-, Semp!e quepossivei,..,.osJmpostos, terão
em sentidO material: são as leis cumuns; ~~
caráter pessoal e serão graduados segundo a '')
quando a Constituição somente exige fei, sem
especificar.
capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir ~
~
efetividade a esses objetivos. identificar, respeitados j
Poderão ser disciplinadas por lei ordinária as
os direitos individuais e nos termos da lei, o .~
matérias não reservadas a lei complementar. São
patrimônio, os rendimentos e as atividades ~
exemplo de matérias tributárias disciplinadas por .;?
e.cohômicas do contribuinte (art, 145, § 1.°);
lei ordinária: ' ~
~

'-
,~
4- determinar medidas para que os
1- instituir os seguintes tributos: ,~

consumidores sejam esclarecidos acerca dos


a) imposto de importação; impostos que incidam sobre mercadorias e serviços
(art, 150, § 5°);
'­-~~""
.d.

b} imposto de exportação;
c) imposto de renda 5- informar os critérios da generalidade. da ~
'il
universalidade e da progressividade aplicados ao
d} imposto sobre produtos industrializados; imposto sobre renda e proventos de qualquer
e) impostosobre operações financeiras; natureza -IR (art. 153, § 2°, I);
~
"
~ imposto sobre a propriedade territorial rural; 6- definir pequenas glebas rurais (art. 153. §4°);
g) imposto sobre grandes fortunas (mas os 7- definir o ouro como ativo financeiro ou
termos em que será instituído este imposto instrumento cambial para fins de incidência do IOF
será estabeJecido por lei complementar - art. (art. 153, § SO);
153, VII); .
8 - estabelecer as exigências as quais as
h) imposto sobre transmissão causa mortis e entidades be'neficentes de assistência social
doação de quaisquer bens Oll direitos (não deveram atender para gozar de imunidade da
confundir a matéria' regulada por lei contribuições sociais (art. 195, § 7°. da CF).
complementar descrita no ítem "7");
15
Observação: não constitui majoração de tributo a
atualização do valor monetário da respectiva
Fenômeno da Recepção: é umadas técnicas
base de cálculo.
,.r ~
.)
de reconhecimento das leis. Ocorre quando o
sistema reconhece a existência da lei, sua validade UI - a definição do fato gerador da obrigação
(formal e material) e sua eficácia. tributária principal, ressalvado o disposto o
disposto no inciso I do § 3° do art. 52, e do seu
A lei n° 5.172. de 25 de outubro de 1966, que sujeito passivo;
"dispõe dobre o sistema tributário nacional e instituí
normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Observação:
..­ Estados e Municípios". é uma lei, formalmente,
ordinária. Com a nova Constituição Federal, - a ressalva contida neste inciso está revogada.
r~
:"1 publicada em 05 de. outubro de 1988, por força de
IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua
seu art. 146, m. exige lei complementar para
base de cálcuJo, ressalvado o disposto nos arts.
disciplinar a matéri<l inserida no CTN e, por isso,
Jt; 21,26,39,57 e 65;
estaria revogado. Contudo. o art. 34, § 5°, do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias­ Observação:
.. ADCT, deu validade e atribuiu força de 'lei
complementar a Lei 5.172/66 - CTN. nos seguintes a ressalva deste inciso estão revogadas;"
termos: .. prevalecendo somente para fixar as alíauotas
dos impostos de importação, exportação.
"Art. 34 - Vigente o novo sistema sobre produtos industrializados. sobre
tributário nacional, fica asségurada a operações financeiras e CPMF, atendidas as
aplicação da legislação anterior. no que condições e os limites estabelecidos em lei.
,­ não seja incompativel com ele ••."
V - a cominação de penalidade para as ações

- Assim. o CTN. apesar de ser formalmente uma


lei ordinária. tem foça de lei complementar e a
ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou

- alteração de qualquer um de seus dispositivos


somente será possível através de lei complementar.
para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e
extinção de créditos tributários, ou de dispensa
Como vimos no art. 146. Itr, da CF, a edição das ou redução de penalidade".
normas gerais são veiculadas por lei complementar.
Ainda. qualquer dispositivo inserido no CTN qüe não Decretos Legislativos e Resoluções
a
--- forcómpatlvéf com ConslltuiÇãóFeooral de 198a:.. Ainda. o art. 59, VI. e VII, da CF, dispõe que o
está automaticamente revogado.
processá legislativo, tamb~m, compreende a
O CTN. em seu art. 97. relaciona as matérias elaboração de decretos legislativos e resolução. Em
reservadas à lei, nos seguintes termos: matéria tributária, estes instrumentos legislativos.
são utilizados. Assim toma-se importante defini­
"Somente a lei pode estabelecer: los. bem Como relacionar as matérias. por eles
reguladas.
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção
(assim, para criar ou extinguir um tributo, sob Decretos Legislativos
qualquer de suas modalidades. o instrumento hábil
.-. será lei); - conceito: São atos destinados a regular
matéria de competência exclusiva do
11 - a majoração de tributos, ou a sua Congresso Nacional que teflham efeitos
redução, ressalvado o dispOsto nos arts. 21. 26, externos a ele; independem de sanção e veto.
,.. 39, 57 e 65; Estes artigos do CTN estão revogados Resoluções
pela Constituição de 1988. prevalecendo a ressalva - conceito: as resoluções legislativas são
do art. 153. § 1°. daCF eda Emenda Constitucional também atos destinados a regular matéria de
-- n. 12/96. ou seja. alterar as alíquotas dos impostos
de importação. exportação, sobre produtos
competência do Congresso e de suas Casas,
mas com efeitos internos. Ex.: os
industrializados. sobre operações financeiras e regimentos íniernos são aprovados por
CPMF. atendidas as condições e os limites resoluções.
estabelecidos em lei; .
Observação: são previstas algumas resoluções
O~~rvÇi~o: com efeito extemo

.. equipara-se á majoração do tributo a Matérias reguladas:


') modificação de sua base cálculo. que importe - aprovar os tratados e convenções

~

em torná-lo mais oneroso 9art. 97, § 1°. do intemacionais;


CTN);
')­ .~,~-
í'" .. ,-----:~-~~-___:_:__:_~.-_:._:_:_
----,-:.. __ , '_h
~j
j
-~
16 -~
Matérias reguladas: DECRETOS ')
~
• art. 155, § 2°, V, a e b. Como nos ensina Hely L Meirelles, udecretos. ii:

- . art. 155; § 2°. IV


em sentido próprio ou restrito. são atos ._~
administrativos da competlincia excfusiva dos chefes
do executivo. destinados a prover situações gerais
")
Medidas Provisórias
ou individuais, abstratamente previstas de modo ")
As medidas provisórias compreendem o expresso, explicito ou impllcíto, pela legislação". Os ..,..
j
processo legislativo, consoante estabelece o art. decretos estão sempre em situação inferior à lei e,
59, V, da CE

"Art. 62. Em caso de relevância e


por isso. não podem contrariá-Ia:
Modalidades de decreto: -"~
~

urgência, o Presidente da República N decreto independente ou autônomo: é o que .~


j .
poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê.las de
I dispõe sobre matéria ainda não regulada
especificamente em lei. A doutrina admite
y
imediato ao Congresso Nacional,.

§1°-é vedada a edição de medidas


.provisórias, sobre matéria:


esta modalidade de decreto para suprir a
omissão do legislador. desde que não
invadam as reserV$s da lei, isto é, matéria
que só por lei podem ser reguladas;
b) . decreto regulamentar ou de execução: é o
,
.~
~
-_.-'

"J
".~

1
11­
.. que visa explicar a lei facilitando sua
execução. e..t-L~1jR (e".j•• 1""'j~~ ~
JI
~
''--~J -.I e.. -~\ .j;<!
m­ Em matéria tributária, o CTN aceita somente o ~" é..J

decreto regulamentar ou de execução conforme


11
IV­
determina o art. 99, nos seguintes termos: Jl

r
.,.~
§ 2°· Medida provisória que implique "Art. 99 -O conteúdo e o alcance dos ., ~
instituição ou ~ajoração de Impostos. decretos restringem-se aos das leis em .c::'l
exceto os previstos nos artes. 153,1, 11, IV. 1i!
função das quais sejam expedidos, ·0
V. e 154, n, só produzirá efeitos no determinados com observância das ;;;
exercício financeiro seguinte se houver regras de interpretação estabelecidas ~:1
,;;;
sido convertida em lei até o último dia nesta Lei". ..~

~_ .daglJel~El',"gu_e fc:>i _ec:llta.t.ta . - ~- ~- ~.- - - _o. _ ......_ - ~_~ _~" "~ ____••• ___...• _ ... .___ .~.
~~
-:~
.;1
NORMAS COMPLEMENTARES ~ -~

-; .;J

TRATADOS E CO.NVENÇÕES
INTERNACIONAIS
São atos emanados do Roder executivo, os quais
limitam-se a esclarecer o sentido das normas .que
complementam.
.. "Art. 100 São normas
. t
~
~,

._~

.:;
~~

~
"Art. 98 - Os tratados e as convenções complementares das leis, dos tratados e
internacionais revogam ou modificam a das convenções internacionais e dos
legislação tributária interna, e serão decretos:
observados pela que lhes sobrevenha".
1- os atos normativos expedidos pelas ~
Sacha C. N. Coelho, em sua obra"Comentários autoridades administrativas; {são as
à Constituiçao.(je 1988", assim trata do assunto: instruções normativas, portarias, etc.}
11- as decisões dos órgãos singulares
"O art. 98 do CTN não tem o alcance que parece .
ou coletivos de jurisdição administrativa,
ter. Os tratados e convenções intemadonais - que
a que a lei atribua eficácia normativa; (as
são atos celebrados pefo Executivo através do
decisões administrativas oriundas de órgão
Presidente aLI ministros plenipotencíários - só
singular - Delegados da Receita Federal.
revogam ou modifICam a legislação tributária, após
Superintendentes, etc. - ou de órgãos
aprovados pelo Congresso Nacional, através de
coletivos Conselhos de Contribuintes - são
decretos legislativos. transferindo-lhes matérial e -.~
consideradas normas complementares
formalmente o conceito de lei. Não configura
quando a lei atribuir eficácia normativa)
exceção do principio da legalidade, conforme o art.
59, vr da CF encartado na Seção do processo 111 - as práticas reiteradamente
legislativo ~. observadas pelas autoridades
administrativas; (são os costumes
'"
,,';;;:
administrativos);
1JJ1JIIII~ __
,r"
"-­
,,.;::p 17
IV - os convênios que entre si interesses antagônicos entre as partes. o que
celebrem a União, os Estados, o Distrito não ocorre nos convênios);
Federal e os Municipios. (cumpre observar
que convênio e contrato guardam Parágrafo único. A observância das
semelhanças, Ambos são acordos de normas referidas neste artigo exclui a
r-, vontades, contudo o que basicamente os imposição de penalidades, a cobrança de
'ir distingue é o fato de que nos contratos há juros de mora e a atualização do valor
'­ . monetário da base de cálculo do tributo".
~~

r'-~
Grá fico Ilustrativo:
Constituição Federal
r, - emendas à Constituição
:-,....
leis complementares
leis ordinárias
~)~~ Leis ~ .. leis'd~legadas
medidas provisórias
decretos legislativos ( ~tU>'íO
- resoluções (M,/tY~'VZ'..) ,
" " ~·'rF,. '-~ ..(JJVÍ'I).&)~
,.",,-''''(.)1
_, ._ !ratad9~ e c~nvénções ! ( ,#/W> ftfj'''ó'' 'JW.;vlh ~'li ,"

mtemaclonafS - '- O l Ct<rv o

\~ Legislação It------.- Decretos ..- independentes ou autônomos


':•.:Jf
r- Tributária \ ----------. regulamentar ou de execução
r-~
, ,:)
,/
os atos normativos expedidos
pelas a~toridades-
administrativas:
- Normãs
as decisões dos órgãos
singulares ou coletivos de
Complementares
jurisdição administratív8. a que
a lei atribua eficácia normativa:
as práticas reiteradamente
observadas pel~s autoridades)
administrativas~lUw;J (.., ~1t6
os convênios que entre si
celebrem a União. os Estados.
o Distrito Federal e os
Municipios.
lO ~ Y1MM(f).J ~
lYJv '~ o... 1#'
r". ',..­ b-!J' ~ rJJ ~v )
'}yO /ivl~ v{Í\f'{'rJJ1JJ,.,
<~ ,>.,-.
r :~.---'
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_Á,._

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.. ":--::.:-~~.~.,,"
·-"·"-~·.--""-·:-~--:::::-::'-~;;:-~~::"':·:~;'Jl::5;:::>:;·-:;-~
-->
~,

18 ~)
)

VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO I - os atos administrativos a que se ~..,


TRIBUTÁRIA refere o inciso I do artigo 100 {os atos
,-,)
normativos expedidos pelas autoridades
As normas jurídicas têm vida própria. nascem.
existem e morrem. Esses momentos dizem respeito
à determinação do início, da continuidade e da
administrativas ),na data da sua
publicação;

11 ~ as decisões a que se refere o inciso


,-,"1
~
., ,

cessação da sua vigência. "Vigência é o atributo


pelo qual a lei adquire aptidão para produzir seus 11 do artigo 100 (as decisões dos órgãos
singulares ou coletivos de jurisdição
-'
-l
efeitos· As leis nascem com a promulgação:
tornam-se con hecida por todos com sua publicação administrativa. a que a lei atribua eficácia )
no Diário Oficial, mas sua vigência não se inicia no normativa) quanto a seus efeitos
dia da publicação, salvo se a lei assim o determinar. normativos, 30 (trinta) dias após a data ~l
O intervalo entre a data de sua publicação e sua da sua publicação; ")
~-,

entrada em vigor chama-se vaca tio legis. A força


obrigàtória da lei está condicionada à sua vigência,
111 - os convênios a que se refere o -/l
ou seja. ao dia (vigência temporal- no tempo) e ao
inciso IV do artigo 100 (os convênios que
entre si celebrem a União, os EstadOS. o
. -l
lugar (vigência espacial) em que começa a vigorar, Distrito Federal e os Municípios) na data neles ~l
é o que nos informa o arts. 101 a 104, do CTN e
arts. 1° e 2° da lei de Introdução ao Código Civil,
prevista". ~l
~
nos seguintes termos: "Art. 104 - Entram em vigor no primeiro . ---~
"Art. 1 01, CTN - A vigência, no espaço
dia do exercicio seguinte àquele em que
ocorra a sua publicação os dispositivos
~
e no tempo, da legislação tributária rege­ ''''''':I
de lei, referentes a impostos sobre o ~~
se pelas disposições legais aplicáveis às patrimônio ou a renda: ~
. . ~;
.j~
normas jurídicas em geral, ressalvado o
previsto neste Capítulo". I - que instituem ou majoram tais -:-,
9b~~rvaç~º:A lei n° 5.127, de 25 de outubro
impostos ( o art. 150. 111, b. da Constituição
Federal de 1~88, ampliou para todos os
A
~~
de 1966, CTN, fora publicada no Diário Oficial da tributos); ,./~
União no dia 27 do mesmo mês e ano e retificada ~1
em 31 de outubro de 1966. Por sua vez, a atual 11 - que definem novas hipóteses de ~
Constituição da República Federativa do Brasil foi incidência; .~
promulgada em 05 de outubro de 1988, Isto é: A ~?t
- Constituiçãõ-de1988 fora'promulgada 22(~,.ilnté-e­ ,-
& •••
-- ·--III·~·que--extjnguem-ou
..~
·reduzem .. - ..- _._, _-J~
~~

dois) anos após a criação do C:rN. O que já foi isenções, salvo se a lei dispuser de ~}~
expo.sto quando explicamos o ·fenômeno da maneira mais favorável ao contribuinte, ~
recepção. e observado. o disposto no artigo 178". .~
~~~
li
O art. 101 do CTN juntamente com ~ observação terceiro: se a legislação em exame não estiver ~
exposta acima, significa que para sabermos o disciplinada pela Constituição de 1988. não for o .~
~

momento (vigência temporal) e o lugar (vigência caso das ressalvas do CTN e nem prever a data que _/:.::3
espacial) em que a legislação tributária adquire entrará em vigor, deve ser observado as disposições ",-~ ..
. ...:;,
legais aplicáveis às normas jurídicas em geral. ou .­ /

aptidão para produzir seus efeitos devemos --=~-:.:

observar: . seja, os arts. 1° e 2° da lei de Introdução ao Código ...../';6


Civil Brasileiro. ~
._~~
a) quanto a vigência temporal:

primeiro: se a legislação em exame encontra-se


Art. 1" - Salvo disposição contrária, a
lei começa a vigorar em todo o país 45 .- r:~
.=.;?
<""'l!
...-'ifii
disciplinada pela Constituição de 1988. (quarenta e cinco) dias depois de
oficialmente publicada. ...-<;-"
Exemplificando: para saber em que momento
0
uma lei que institua ou aumente um tributo entre § 1 Nos Estados estrangeiros, a
em vigor, deve-se observar o principio da anterioridade obrigatoriedade de lei brasileira, quando
com sua excgCÕes, o qual já o descrevemos, onde admitida, se inicia 3 (três) meses (não 40­
remetemos o concursando para não nos tornar noventa - dias) depois de oficialmente
repetitivos. publicada. ~"-'

~~.ºº: se não estiver prevista na Constituição, § r A vlgencia das leis, que os ----!......"":;.:

deve ser observado se é caso das ressalvas previstas governos estaduais elaborem por ~.., ..
no Código tributário Nacional. arts. 102 a 104; autorização do Governo Federal,
"Art. 103 - Salvo disposição em depende da aprovação deste e começará --""-~

contrário, entram em vigor: no prazo que a legislação estadual fixar __/ / v

/ff;
.. ",
P_·,,:.<·~+t~0';;:~·~~i:~~~~' ·.,.:...,{~;'?:~F~:~
19
(este parágrafo. elaborado sob o regime § 1'" - A lei posterior revoga a anterior
constitucional de 1937. já não tem aplicação . quando expressamente o declare,
desde a Constituição de 1946). quando seja com ela incompativel ou
quando regule inteiramente a matéria de
§ 3" Se, antes de entrar a lei em vigor, que tratava a lei anterior.
ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo § 2° - A le' nova, que estabeleça
e dos parágrafos anteriores começará a disposições gerais ou especiais a par das
correr da nova publicação. já existentes, não revoga nem modifica
a lê; anteríor:~ .
§ 4° As correções a texto de lei já em
vigor consjderam~se lei nova. § 3'" - Salvo disposição em contrário, a
lei revogada não se restaura por ter a lei
Art. 2" - Não se destinando à vigência revogadora perdido a vigência (este é o
temporária, a lei terá vigor até que outra efeito repristinatório - vedado por nosso
a modifique ou revogue. sistema jurídico}".

dj~fiosições legai!'; - se a lei prever .... na data nela prevista


arlicávei::: à::: normas<
jllrldica~ em geral se a lei não preve~ 45 dias da puhlicação (no território nacional)
. '*
3 meses (no ~terior)
_regra I> - não no mesmo exer'cício financeiro
em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou:
- ressHI"a~ da Cfl88 ___- para inslíluir ou
aumentar tribut~ - impostos: 11. IE. IOF. IPI e
Imposto Extraordinário:

~
- Contribuições Parajj~l"ais:
J~ ~ . exceç~~ . .<::{)nt~i"?l~~es_~,~iais.{f9? ?i~dS)~ ..__.__
~-:I1~\l._Geht~í!.r?:J:tiP- .YWI ~ - empre"lImo compu SOflO e!'pesa
Cftnv tV ~) v;ÚJca-.M-­ . extraordinária deç{lrrente de
calamidade .pública. guena externa
~ l CV ~ dA fLlO- ou sua iminênci~i."·
AM.
~v'
MA ())J/lJ:í9
j
os atos normativos expedidos pelas­
'~lItoridades adrnini!>1rativ311 li> - na data da sua publicação
~s decisões dos órgãos singulares ou .
coletivos de jurisdição admini"trativa. ---to- 30 (trinta) dias após a data da sua
a que a lei atribua eficácia normativa publicação
os convênios que entre si celebrem a
ReR'ialvas da CTN {Ioião. ()!; EstadoS-. o Distrito Federal e
os Municípios .. na data neles prevista
- que definem novas hipóteses de
- lei referentes / incídên1cia ""'­
a impm;tos L-.- que extinguem ou reduzem ~ no primeiro dia do
~bre O patrimônio isençôes, salvo se a lei exercício segtlinte
ou a renda dispuser de maneira mais àquele em que ocorra
favorável ao contribuinte. e a sua puhlicação
observado o disposto no artigo
178",

'.:~:~:;:;,',:.:.: >:.:c.iJó:,:,· "',.,.,. . . .


""'"",""iL,'i4','i';J'h~'i~ilitg~2~ª~§~iiF~~11~~~~~,~%~~~~~r~';~~~-.Á

--'
~l
,}
20 .~
b) quanto a vigência espacial! - legislação expressamente interpretativa é j
aquela que não inova, limitando-se a
Neste caso quer se saber o lugar em que a lei esclarecer dúvidas surgidas com a lei anterior. -,)
deve ser.observada. Em razão da soberania estatal. -)
a legislação aplica-se no espaço delimitado pelas Observação: quanto a ser "excluida a aplicação
fronteiras. A regra é que a legislação tributária deve de penalidade á infração dos díspositívos ')
n
ser observada apenas no território da pessoa política interpretados , tal afirmativa não é absoluta, somente J
que a promulgou (princípio da territorialidade). diz respeito à má interpretação da legislação, não
Contudo. isto não deve ser aplicado de modo há sua total inobservância. -]
absoluto. uma vez que os seres humanos ~)
relacionam-se com pessoas de outros países, 2°. tratando-se de ato não definitivamente
estados e municfpios e. por isso excepciona a julgado (atos que podem ser modificados): ,-1
possibilidade da legislação vigorar fora dos a) quando deixe de defini-lo como infração; ~
respectivos territórios (princípio da
-]
extraterritorialidade), mas somente nos limites em b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios qualquer exigência de ação ou omissão. desde ~
de que participem. ou do que disponham o CTN ou que não tenha sido fraudulento e não tenha ~)
outras leis de normas gerais expedidas pela União, implicado em falta de pagamento de trib'!to;
É o que nos informa0 art. 102. do CTN, nos seguintes ':3
c) quando lhe comine'penalidade menos severa
termos.

"Art. 102 - A legislação tributária dos


que a prevista na lei vigente ao tempo da sua
prática".
=1
~~

Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios vigora, no P.aís, fora dos
respectivos territórios, nos limites em que
.,?,~

"l
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA
lhe reconheçam extraterritorialidade os
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
~
convênios de que participem, ou do que
disponham esta ou outras leis de normas
Art. 107 • A legislação tributária será
:J
gerais expedidas pela União".
interpretada conforme o disposto neste
Capítulo.

APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO Integração:


-'-'--~TRIBUTÁRIA --... -._... ­ C-oncêITõ':--e --ü-preeülchimenlo oe-facUfias;---- -- ----.--­
Aplicação é a própria incidência. concreta e mediante aplicação e criação de normas individuais.
objetiva da lei nas hipóteses nela definidas, ou seja. atendendo ao espírito do sísJema jurídico.
a lei é aplicada no momento em que ocorre na
realidade concreta do dia-a-dia aqueles fatos
definidos hipote.ticamente_ A lei uma vez vigente.
Integra-se a legislação tributária quando não há
dispol?içao expressa para so!ucíonar o caso. Em .­ 1
.,,1
;;;;;.:.
não havendo, utiliza-se outros instrumentos e. em
tem aplicação imediata. direito tributário, os relacionados no artigo a seguir ~
'1
Disciplinada pelo art. 105 e 106 do CTN, a transcrito: ~
"~,;i
legislação tributária aplica-se imediatamente aos
"Art. 108 - Na ausência de disposição
seguintes fatos geradores:
expressa, a autoridade competente para
1°._ futuros; aplicar a legislação tributária utilizará
20. pendent€'s: devem ser entendidos aqueles sucessivamente, na ordem.indicada:
fatos geradores cuja ocorrência tenha tido início mas 1- a analogia (consiste em aplicar a um -,1
não '€ stejacl')mpleta nos termos do art. 116. do CTN caso não previsto diretamente por norma
(este artigo trata do momento da ocorrência do fato jurídica uma norma prevista para hipótese
gerador em relação a situação jurídica. o que distinta, mas semelhante);
veremos quando estudarmos fato gerador).
n - os principios gerais de direito
Por exceção, a legislação tributária retroage. ou tributário (são norma de valor genérico que
seja. aplica-se a ato ou fato ocorridos no pretérito, orientam a compreensão do sistema jurídico
ou seja. a fatos ocorridos antes do in ido da vigência tributário); ft
da lei. quais sejam: ..-;;.ij
111 - os principios gerais de direito -ea
1°, em qualquer caso. quando a legislação público (também são as normas de valor ........-I2B
tributária seja expressamente interpretativa. genérico mas que orientam a compreensão ~

excluída a aplicação de penalidade á infração dos


....m
de todo o sistema jurídico em sua aplicação ai
dispositivos interpretados; e integração); ---~
~
_'''!lI'
21
IV ~ a eqüidade (seria o ideal de justiça). regras no mesmo sentido. Busca a harmonização
\
.do texto com o sistema juridico como um todo.
§ 1 - O emprego da analogia não
,. ;:
.-

, 1 poderá resultar na exigência de tributo 3°. Teleológica ou social.


../
não previsto em lei.
Busca o sentido da norma jurídica. tendo em vista
§ 2 - O emprego da eqüidade não os fins para os quais a lei foi editada. Díz que a
poderá resultar na dispensa do norma é um instrumento, um meio para se alcançar
pagamento de tributo devido". uma finalidade.
-..
Art. 109 - Os princípios gerais de direito 4°. Histórica OLl générica:
privado utilizam-se para pesquisa da
definição, do conteúdo e do alcance de Procura desvendar as circunstância que
.) seus institutos, conceitos e formas, mas envolveram a elaboração da norma, o momento em
não para definição dos respectivos efeitos qUe a lei foi editada.
tributários.
5°. Autêntica, doutrinária e Jurisprudencía:
"

;, Art. 110 - A lei tributária não pode A primeira utilização quando o sentido da lei é
alterar a ..definição, o conteúdo e o explicado por lima outra lei; a segunda, quando
alcance.de institutos, conceitos e formas
provém dos doutrinadores e a terceira. é a
de direito privado, utilizadós, expressa ou interpretação rçiterada que os tribunais dão a lei.
(~\ implicitamente, pela Constituição
.,j;
Federal, pelas Constituições dos Estados,. 6°. Extensiva e restritiva:
(~,;.) ou pelas leis Orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para d~finir A primeira se utiliza para ampliar o sentido do
ou limitar competências tributárias. texto da norma. com o fim de abranger hipóteses

- interpretação:
semelhantes e. a segunda, quando se procura conter
o texto la lei, para que não alcance outras hipóteses.
/~~) - Conceito: é o meio de desvendar e entender o
sentido e o alcance da norma jurídica. Pressupõe a
7°. Mais favorável ao acusado:

eXistência de norma expressa e específica. Utiliza-se esta modalidade de interpretação


quando preencher os seguintes requisitos:
Métodos ou tipos de interpretação:
._~ ~ _____ • ____ • _. _~ ••• , ~ __ ~ ___• _-L._ ...aLeIJu;te.tratahdQ ,de lei tribUláriaque.define
1°. Gramatical"ou literal: (é a mais .imediata, infrações ou lhe comine penalidade;
restrita e rígida) .
b) e havendo dúvida quanto:
Busca o significado das palavras, utilizando como
instrumento de trabalho o dicionário, nas regras de - à capitulação legal do fato;
Jingüfstica. Interpreta-se conforme a letra do texto.
- à natureza ou às circunstânci~s materiais
"Art. 111 - Interpreta-se literalmente a do fato, ou à natureza ou extensão dos
~~ fegislaçãotributária que disponha sobre: Seus efeitos;

~i
I - suspensão ou exclusão dó crédito - à autoria, imputabilidade. ou punibilidade;
tributário;
- à natureza da penalidade aplicável, ou à
11 - outorga de isenção; sua graduação.

1ft - dispensado cumprimento de "Art. 112 ~ A lei tributária que define


obrigações tributárias acessórias". infrações, ou lhe comina penalidades.
interpreta-se da maneira mais favorável
Exemplificando: conforme dispõe o artigo retro, ao acusado, em caso de dúvida quanto:
a lei que outorga isenção deve ser interpretada
literalmente. Assim, umá lei estabeleça isenção I - à capitulação legal do fato;
-<:, para o leite. Neste caso, somente o leite está isento
11 - à natureza ou às circunstâncias
de imposto, não o leite achocolatado.
materiais do fato t ou à natureza ou
2°. Sistemática ou lógico-sistemática: extensão dos seus efeitos;
UI - à autoria, imputabilidade, ou
Busca o significado da norma pelo contexto em
punibilidade;
que se insere; Procura desvendar o sentido da regra
juridica verificando a posição em que ela se encarta IV - à natureza da penalidade
f'I') diploma lega! e as relações desta com as demais aplicável, ou à sua graduaçãoft •
22 t3w;;L d.t.
.. t ;;
Cói....Lc<"<.{.,·Q
-..
OBRlGAÇÃO TRIBUTÁRIA
literalmente, obrigação significa dever. encargo.
Aspectos: São cinco os aspectos do fato gerador
a considerar: ,.r.::.-1
mo.tU'~
---
i compromisso. Gene(jcamente é o vínculo jurídico 1°. núcleo objetivo: é a situação descrita na lei " ,
Ló"rY'p.E-nlL-rffrJ-.-.

: que subordina alguém a prestar ou a não prestar tributária Como necessária e suficiente ao surgimento
, algo a outrem. No direito privado as obrigações da obrigação tributária principal;
. surgem de várias causas. sendo as mais tradicionais ~
! a lei. o contrato e por ato iflcito. . 2°. subjetivo: diz respeito a indicação dos
I sujeitos da relação jurídico-tributária: sujeito ativo
Conceito de olJrigação tributária: é uma relação (direto ou por delegação) e sujeito passivo (direto

-
1
t de direito público. prevista na lei descritiva do fato.
pelo qual o fisco (sujeito ativo) pode exigir do sujeito
ou contribuinte e indireto ou responsável tributário); .,"
I ..,
.~.

passivo uma prestação. 3°. espadaf: é o local onde ocorre o fato gerador. -.
Elementos estruturais:

1°. a lei (causa) define:


Este aspecto é relevante porque em regra determina
o sujeito ativo e a lei aplicável ao caso;

4°. temporal: é o momento (a data) em que se


-
- ~1
,..-:;--t

tem por ocorrido o fato gerador. Esse aSpecto é


- .fato gerador: importantíssimo porque a lei aplicável em cada caso J
- contribuintes;
é a lei emvigór à data da ocorrência do fato gerador, _1
ainda que posteriormente revogada ou modificada;
-)
responsáveis;
5°. quantitativo: é determinado. em regra. por .)
_ alíquotas: I uma alfquota e lima base de cálculo. A base de .... ~)
(!.ãlculo é o valor sobre o Qual o tributo será
- base de cálculo, etc. determinado. ou seja sobre o qual incidirá a alíquota, "'"'---l
2°, sujeito ativo (credor);
-
.
-a fim de se apurar o montante do triQyto devido. A
-alíquota pode ser específica (é aplicada sobre a
-.1
30 . 't . (d d) . W?0 f unidade de medida adotada pela lei tributária) ou ad l
. slllel o passIvo eve or;:, V· ~. valorem (é a incidência de um percentual sobre um
montante de valor). Quanto a estas últimas, ad
l
4°. objeto (prestação) princ(Pal ou ac:Ssório.
valorem, podem ser proporcionais (constituídas por
-~
Natureza jurídica: obrigacional de direito pÚblico. percentual fixo) ou progressivas (representadas por -')
_:___ .,!X I~g~_~:~:rr~nt~ da ~~ntade das partes. ~.1:;. percentuajsq~e creScem em função do crescimento --J
-:-- ~ .~'T''':-•...-da.basecteçalculo). -.-::~
Art. 113 • A obngaçao tnbutana e · - - - - . · - . ­ _...._...... .
principal ou acessória. Espécies de fato gerador. podemos classificar -~-;)
..... o fato gerador do tributo com base em dois critérios
.. § 1 - A obrigação principal surge com distintos, a saber: -~
a ocorrência .J:Io-.fatogm-ador, tem por ~,
~bjeto o pagamento de tributo 2&1 1°. quanto aos elementos que o compõe:
~nP. ~~
penalidade pecuniária e extíngue-§s a) fatogeradorsimpfes: é aquele integrado por
juntamente com o crédito dela um só elemento. Se completam com a prática -~

Hecorrente. de apenas um ato, ou através da ocorrência ~.fi


/ ~f'" § 2 ~ A obrigação acessória decorre da
~9 \).. legislação tributária e tem por objeto as
de um só ato ou aconfecimento.
Exemplo: li, IE, IPVA, ICMS. IPTU, ITBI, ISS
.),..
...-'"
J,c'I1{J 'r 'f'.;(}<"-' Brestações, eos
11 "tf~
~
itivas ou negati~iUi, Qftl
previstas no interesse da arrecadação ou
da fiscalização dos tributos.
~
a b) fato gerador compfexo: é aquele composto
por dois ou mais elementos. Cada um deles
capas. isoladamente. de ensejar a tributação.
Ex. IR
.,
"J
1

. § 3 - A obrigação acessória. pelo .--'

~
simples fato da sua inobservância, 2°. quanto ao tempo de sua realização: )J
~onverte.se em obrisação princiêâT ~l
I - Luciano Amaro apresenta a seguinte
~f ~Iativamente a R!tn~..!de pecuniária.
~,'
<t-:"
classificação:
Fato Gerador a) fato gerador instantâneo: é aquele que se .~
li
-~-
inicia e se completa em um só instante.
Conceito· "no sentido integrai, fato gerador do :)
tlilJoto. é {} rxmjlmto dos pressupostos abstratos Exemplo: li. IE. IPI. ICMS. ITBI. ISS. "':l!o
clesr:ritas nA l10rma de direito material. de cuja ~
b) fato gerador periódico: é aquele que leva tode
concreta realização decorrem os efeitos jurídicos
previstos-, segundo Rui 8. Nogueira. um período de tempo para se completar.

·-~3
, ........ ~c •

"-;"':;.:7".:::~:.::, ~;;··:S,-:::2;F;;:~=:;:':;::·~~. .,,,"... :-.,~;,~,~.~.,,,,,,,_. . ,..___.__


Exemplo: IR, IPVA 11 - sendo resolutória a cond
desde O momento da prática do ato
c) fato gerador continuado: é aquele que tão
da celebração do negócio.
logo se completa dá ensejo ao iniCio de um
novo fato gerador (os tributos de fato gerador Art. 118 - A definição legaldo,fafA'.....
.~ periódico apresentam tendência de serem gerador é interpretada abstraindo- se:
continuados),

r~-'··
,
~\
-,,9
':i
-­ Exemplo: ITR
I . da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos;
,.=?"-ff"-"
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, ..
-
.
11 - Pa~a AmIlcar de Araújo Falcão o fato gerador
é dividido em instantâneo é COnipléxivos (os
bem como da natureza do seu objeto ou .
. dos seus efeitos;
periódicos são, também, chamados de complexivos
r-' \ . ­ completlvos., continuados' ou de formação 11' - dos efeitos dos fatos efetivamente
<j .­
r,,~
sucessiva): .... ocorridos" .
)
."oi..
tb((,~ .,ÜJ ~ .;dI:J. O-:~Ctr1'Y'~í"r,-
a} fato gerador instantâ.neo: ,são aqueles que.
JlJ~ !J.ftY')
r.', ocorrem num momento dado de tempo e que

hr ~ ~c.õ:P ~
. ~~l9::- cada vez que serguem, dão lugar ma 'uma
b) nova
Ç.1 ..relação obriQacional autônoma, ' J..c.,.
de~/fovos. ~upe~6dicos: ~ .~ 0:.!;..-~'"
o.- n!JN1­
,a o !:!eradorco I ." ... QIV' - ' .

._~;~~:~::~':~a&,PE;rlodod~:m~ J.ê'J'~R~M "'~ ~


aqtféféS cujo ci: são .êJ'.'X..; . Qa.,C/V\J.. o
d "" " e ,mação seco Ie ..". ." Ü

CI"'Dnstãncias~
globalme t .
~" d.<­
ôU-1<Q!1lY!1llLdoJatoS." .
acontecImentos: L'r.' 6"
. a fIX)
11ft
1Ji)J.
fJt

= ,_..:...
O
. n e conSiderados. . ' 'l\f\)l..JJ\p

111 - Já paraPalllo de Barros Carval.ho os fatos'


geradOf'~S são sempre instànt~íieos, . .
,":. -'.' .. -, ,

"Art. 114' - Fato' gerador da obrigação


principal é a'sitUação defiriida em lei
como necessária e suficiente à sua
~cor:rênçja. .' ..
.' ...
Art>115:) Fato .geradorí'da'·'obrigaçâo
acess'ória é qualquer situação:qú'ê;'na
fp.rma~a JégJsJaçãaapUcável, impõe a·
.prátic,~. QU; ~:~"$te'"ção,d~a:toque.,não
configure obrigação pr;nc;pal~,i

co~~r~,6c~~::~~~r:~:ó:~Ç:~i;::íf:= ~.v
ge7~:~a~::=~~;:~:::~:u.à:::~::s~aio.' . : ."..'J?'/ .'
desde o'Moment#-êin ~';se:YérifKluem ~/ .
.. fls;eircunstâ'ncias~matériáis nêêeSdrjasa"'~~'".
que produ~~efe.itos.,q~nor.matineÍlte·.'<::;, . ........ //

':~::~;;:n:;~~a~= ~~; ,.",oe''',''


definitivâmente constituída, nos'tet:mos>."· . ,
de-direito .~plicável.
- "t'.\;
Art. 117: Para os efeitos do inciso ti dó
artigo ànterior'e sa,lvo,disposação de lei

/~ ..:
em contrário, os atos ou negócios
, j.~rid,c.os ; co~di,c:~~najs r~put~.~-se
.' per:teit'?~ ~ ~~!,ado,s: ': _:':- ',"'
p' r~%: "",,00 NJW'\ Cvf'
o.r\!
(p(r-Pf'.
\tõ

1- sendo~us~ns.iva a condi~; desde /)I.." ~ :.' ~ ~ O


p'Olom~nto. (h.~,seu,nnpJemento, .- .;;J'.''''-. .- _ =."

::~c;:;:;~:~;::;::;::0;j~~7:;,,: . "; - ,. ·"-;0-'.< , _ :..::_~;nótO (}-a..~~" ":', :.~ ~


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Gráfico Ilustrativo: , ~ ':


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filIO gerador: é a situação definida em lei _1

l'rmclpaJ,€=:::::,
,~-=,~~' '~~::ê~~:~~~~~J1ÇK;ó<;~~-~"·~;~~~ú;:~~;~c~~
"'" surge: c01p,~
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,Qq9./!ênçjA'º{>c:fi:J.t9,;:ger~dor~:,.
~ ~ ._1
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.,
~ ...."_·.. ~~.1 ~"""w'.' .... _ ....-l.~_-
objeto: p~g~m~y,to de;ttibutq._ft~\J?~naliq~d,e
~_..... ,~C ......._ . ..." ',o
..)
..

pecuniárm:~.~." ;;;:,'i:;'<'1;t~"~;f :~i~, '~)'j:;;;:do:'" ',' "., 1

()b..igação~
extingue-se: com o crédIto delã decorrente.
.,-:I
~

- ritt~'Jl;;ªfLi1)L~:~iç::C'd~~o;;;:' ~f::i(~ei;; mg:-;lb~O ,f:.fJi", ',' _, .. '


Tributária , /. ,~.~~<~~~\:-=-R;:: t!!M/~hd.\,\!:" :':,'~:
,~
! y ~~:I~~e\~~r~~~~!!~,~1t~;;,!~:~~~
ou da fiscalização dos tributos.
~
)
Í1;:;;e':'â~f,{~*t~:~TN~~;~h~ ,~{l>g~d'~~ 1
p ~ ;-"X~,,;;J2;-·:,~
pecy.riiária.. . . . .~ ",t;~~ .~,.~H ';-'~1'e"7P~-n~,ij
~.~ ~.i" ..,,~.'O
ó.,;'.'\,,;i:... " .... ........ ührl> .\... ::.,.
..l
_..,_~; .,~::~ ..li:lti( gerador: qualquer situação que, na Jl
C,h",~,!;it, ..<1iõrrnà'.,da a Je isla -o a r 'veJ. i ~e
reiJi.rtfi.m.ili: ,. ~;a,.i:;:..nª·'·~~r{;~f~~~; JU&?,:; ~f
'.' .' ":., pratica ou .,a,,~~et:Jçao,..,q~·; at9 i.qpe" nã9
'-><"'- .. confi ure ôorí'a''ãQ ~-iiilC""~~" -,... ',,' ,,-- ,~~
...., g ( . :;,~."l~21,J?:n n~j>::;
..­
]

Situação de fato .. desde o mom~to em que se


verifiquem as ê'itcunstâncias
matt:riais necessárias a que
-,,
'./
j

Momento da produZa os efeitos que ::J


Ocorrência do nOf1!18lrnente lhe são próprios: -/
'j!
..
Fato gerador ~
.J

- Situação jurídi, ... desde o momento em que est~ia 11


-­:l
t
definitivamente constituída. nos
termos de direito aplicável. 'jj
]I
.-~

os atos e
negócios
(COndiÇãO suspensiva: desde o
momento de seu implemento:
...
.~
.@
~

~~~
jurídicos .~

condicionais . ~~
.~

repvtam-ie çondição resolutó~ desde o ~j


....?J
perfeitos e momento da prática do ato ou da
~
acabados celebração do negócio. <11

,. ~
.~:
,..::~

~~
,-..~

.ii
~~
- -. :-.-;-'"7;~-~:-,--~~-:.., :::~~-.·,I::;'-.'~;"1J"'· -::\::'
;~~:.:

( .:~
'~~
/'--"\
\,;--f:J Sujeito Ativo
25
Ir-,.
não constitui delegação de competência o
.,
:'-.:;..' cometimento, a pessoa jurídica de direito
O CTN define sujeito ativo nos seguintes termos:
\ privado, do encargo ou da funç;ao de arrecadar
~;;;;? "Art. 119 • Sujeito ativo da obrigação tributos.
,.J é a pessoa iurídica de direito público
/~ '\ ,.,.....
titular da competência para exigir o seu "Art. G - A atnDuição constitucional de
,'~ \;.J
Jr-..... cumprimento"• competência tributária compreende a
competência legislativa plena,
ê~
r\
­ Face o conceito exposto no dispositivo citado
acima, faz-se necessário distinguir a competência
ressalvadas as limitações contidas na
Constituição Federal, nas Constituições
/:'{ para instituir tributos, da competência para exigir o dos Estados e nas leis Orgênicas do
:,~-j;;
seu cumprimento. Distrito Federal e dos Municfpios, e
~~::-..\ observado o disposto nesta lei.
;'\
.~::, competência para instituir tributos: é
r:~ ~ determinada pela Constituição Federal, sendo
indelegável e, seu não-exercício não a defere
Parágrafo único. Os tributos cuja
receita seja distribuída, no todo ou em
.y\
,.~::;;;~ .,a pessoa jurldíca de direito público div.ersa parte, a outras pessoas jurfdlcas de direito
r- .~,
daquela a que a Constituição a tenha atribuido, público per.tencem à competência
:. ~2Zi
'-',
~tJ
.-. conforme dispõe o art. fó e 8°, do CTN. legislativa daquela a que tenham sido
atribuídos.
r"\ Exemplificando: o art. 153, VII, da CF, atribui
·-diJ competência à União para instituir imposto Art. 7 - A competência tributária é
::] sobre grandes fortunas. A União ainda não indelegável, salvo atribuição das funções
r) ,- instituiu este imposto. As outras pessoas de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de
~- políticas não poderão institui-los. executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária,
- competência para exigir o seu cumprimento conferida· por uma pessoa jurídica de
(também chamadas de capacidade tributária direito público a outra, nos teimos do § 3
ativa): é possível a delegação das atr!buiçães do artigo 18 da Constituição.
das funções de arrecadar ou fiscalizar tribUtos.
ou de executar leis. serviços, atos ou § 1 - A atribuição compreende as
decisões administrativas em matéria garantias e os privilégios processuais que
tri~ária:.. Esta_d~leg.aç~()_~º.é. ºº!?~ív.e! .S.EL competem à pessoa jurídica de direito
forconferlda por uma pessoajurldica de direito . público qtre-a conferir. -­
pÚblico a outra pessoa jurrdica de direito
§ 2 - A 'atribuição pode s~~ revogada,
público.
a qualquer tempo, por ato unilateral da
Exemplificando: a CF em seu art. 149, atribuí pessoa jurídica de direito público que a
competência à União para instituir tenha conferido.
contribuições sociais. A União, através de
§ 3 - Não constitui delegação de
lei, exerceu esta competência instituindo as .
competência o cometimento, a pessoas
contribuições e delegou ao INSS (Instituto de direito privado, do encargo ou da
Nacional do Seguro Social) a competência função de arrecadar tributos.
para exigir o seu cumprimento. ou seja,
arrecadar, fiscalizar, etc. Art. 8 O não-exercício da
Observações: competência tributária não a defere a
pessoa jurídica de direito público diverSa
- na grande maioria dos casos, a pessoa daquela a que a Constituição a tenha
polftica titular da competência para instituir o atribuído."
tributo não delega as funções para exigir o
seu cumprimento. Ex.: A União é competente Ainda em relação ao sujeito ativo. quando é criada
para instituir o ITR e arrecada, fiscaliza, etc., uma nova pessoa jurídica de direito público, mediante
o mesmo imposto; desdobramento territorial de outra, isto ocorre quando
um Município ou um Estado é subdividido em outro.
delega as atribuições de arrecé!dar, fiscalizar, Este novo Município ou Estado assume os direitos
etc. compreende as garantias e os privilégios daquele e continua a aplicar a legislação anterior
processuais que competem â pessoa jurídica enquanto não entre em vigor a sua própria legislação.
de direito público que a conferir; salvo se houver disposição de lei em contrário, é o
- a delegação da atribuição pode ser revogada, que noS informa o artigo a seguir transcrito.
a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa
"Art. 120 - Salvo disposição de lei em
jurídica de direito püblico que a tenha
contrário, a pessoa jurídica de dir~íto
confendo;
-::-."':~:~,~-::.:::'~~'~"::-::-:~.~: '~'::- -:';":',;;.:::';-:r~~
,~,

-~
26 _~J

público, que se constituir pelo b} sujeito passivo indireto: chamado· de .-.-J


desmembramento territorial de outra, responsável, é a pessoa fisica ou jurfdica. que _-.J
sub-roga-se nos direitos desta, cuja sem revestir a condição de contribuinte. isto _,-,21
I~gjslação_.rjbutária aplicará até que é, que sem possuir relação pessoal e direta
entre em vigor a sua própria", com a situação que constitua o respectivo --/)
fato gerador, sua obrigação decorra de - j1
-/rJ
Exemplificando: o Estado de Tocantins (pessoa disposição expressa de lei
jurídica de direito público) foi criado pela divisão do
Estado de Goiás. ou seja, pelo desdobramento b.1. O responsável será uma pessoa vinculada
territorial do estado de Goiás, e utilizou a legislação economicamente à pessoa do contrii:)uinte e pode --J
___l
de Goiás até que a vigência da sua própria legislação ser por transferência e por substituição.

Sujeito Passivo "Art, 128 - Sem prejuízo do disposto -.",J


Da obrigação principat.
neste Capítulo, a lei pode atribuir de AL-J
modo expresso a responsabilidade pelo
Ao;-<}
, "Art. 121 - Sujeito pa$sivo da crédito tributário a terceira pessoa,
obrigação principal é a pessoa obrigada vinculada ao fato gerador da respectiva --J
ao pagamento de tributo ou penalidade obrigação, excluindo a responsabilidade --_.'.]
pecuniária". _ do contribuinte ou atribuindo-a a este em
-.A
Da obrigação aress6ria:
"Art. 122 - Sujeito passivo da
caráter supletiv.o do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação".
.'
.
- ..
""iS
,~

obrigação acessória é a pessoa obrigada b.1;1. responsável por substituição: a lei, desde ~-4J',
às prestações que constituam o seu a'ocorrência do fato gerador, coloca uma terceira ':\
....-;,'$
objeto", pessoa no lugar do contribuinte (substituindo o
contribuinte) que se quer chega a fazer parte da
;.' -;Y)~
Observação: relação jurídica tributária; - _.l
"Art. 123 - Salvo disposições de lei em b.1.2. responsável por transferêncía: a lei. em ~J
contrário, as convenções particulares, razão ·de um fato posterior à ocorrência do tato
relativas à responsabilidade pelo gerador, passa (transfere) a obrigaçaotributária para
pagamento de tributos, nlo podem ser uma terceira pessoa. Neste caso, o sujeito passivo
opostas à Fazenda Pública, para originário pode ser chamado a cumprir a obrigação
modificar a definição legal do sujeito tributária, em caráter solidário ou subsidiário,
,.,
.'"
-,,'li!'
.~
·--------------passivo -das . obdga.ções._ trib.utária S -'c()fjforme-dispuser -a-Ieb '()·CTN-arrola . quatro ..-~j

correspondentes". ... situações em que ocorre a responsabilidade por ~.;..

,..;
'. .Segundo o CTN, o sujeito passivo da obrigação transferênCia, a saber: ,.
tributária principal diz-se: contribuinte (sujeito b.1.2.1. solidaríedade tributária passiva (~rts. 124
passivo direto) e reSponsável (sujeito passivo e 125);
indireto), assim, é necessário estabelecer seus ~.

conc.eitos e algumas considerações, a saber: Em direito tribútário só existe solidariedade -iJ"


passiva. ou seja, quando. para o cumpriménto da
a} sujeito passivo direto: chamado contribuinte, mesma obrigação tributéria concorrem mais de um .r~

é a pessoa, ffsica ou juridica. que possua devedor, cada um com a responsabilidade pela
relação pessoal e direta com a situação que integralidade da obrigação. -{

constitua o respectivo fato gerador (é quem


pratica o fato gerador). deve vir indicado na le.i Segundo o art 124. do CTN, são solidariamente
que instituir o tributo. Em razão de uma obrigadas:
class~ mais econômica do que juridica, - as pessoas que tenham interesse comum na
o contribuinte pode ser de fato ou de direito. .situação que constitua o fato gerador da ~~

a-1. contribuinte de direito: é aquele Que a lei obrlgação principal; ~:.:.....


~ " ••1'

indica como tal e. por isso, assume o dever de - as pessoas expressamente designadas por
recolher o tributo, podendo, entretanto, em alguns lei
casos, transferir o ônus tributárío para outrem;
Observação: a solidariedade tributária não
a-2. contribuinte de fato: é a pessoa que, embora comporta benefício de ordem.
não possa ter a responsabilidade legal pelo
Salvo disposição de lei em confrário, são os
recolhimento do tributo, acaba por suportar o
seguintes os efeitos da solidariedade:
respectivo ônUS tributário, pagando-o, via de regra,
ao comprar'um bem ou serviço, cujo preço é o pagamento efetuado por um dos obrigados
adicionado o valor do tributo. aproveita aos demais; .
~."<.

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.:~- _-",'__.....111.­
.-:-':~-----~~---,.---_._"--
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.-..."~

27
- a isenção ou remissão de crédíto exonera pessoas jurídicas de direito privado,
todos os obrigados. salvo se outorgada quando a exploração da respectiva
pessoalmente a um deles. subsistindo, nesse atividade seja continuada por qualquer
casQ. a solidariedade quanto aos demais pelo sócio remanescente, ou seu espólio, sob
saldo; a mesma ou outra razão social, ou sob
firma individual.
- a interrupção da prescrição, em favor ou contra
um dos obrigados, favorece ou prejudica aos Art. 133 - A pessoa natural ou juridica
demais·. de' direito privado que adquirir de outra,
por qualquer titulo, fundo de comércio ou
b.1.2.2. responsabilidade dos sucessores (arts. estabelecimento comercial, industriár ou
129a 133); profissional, e continuar a respectiva
"Art. 129 - O disposto nesta Seção exploração, sob a mesma ou outra razão
aplica-se por igual aos créditos tributários social ou sob firma ou nome indivíduaf•.
definitivamente constituídos ou em curso responde pelos tributos, relativos ao
de constituição à data dos atos nela fundo ou estabelecimento adquirido,
referido~, e aos constituídos devidos até a data do ato:
posterionnente aos mesmos atos, desde I - integralmente, se o alienante ceSsar
que relativos a obrigações tributárias a exploração do c0"lércio, indústria ou
.surgidas até a referida data. atividade;
Art. 130 - Os créditos tributários n-~~idiariamente)com o alienante,
relativos a impostos cujo fato gerador seja se este prosseguir na exploração ou
a propriedade. o dominio útil ou a posse iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar
de bens imóveis, e bem assim os relativos da data da alienação, nova atividade no
a taxas pela prestação de serviços .. mesmo ou em outro ramo de comércio,
referentes a tais bens, ou a contribuições indústria ou profissão.
de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando b.1.2.3. responsabílidade de terceiros (arts. 134
conste do Utulo a prova de sua quitação. e 135);
Parágrafo único. No caso de Art. 134 - Nos casos de impOSSibifidade~
arrematação em hasta pública, a sub de exigência do cumprimento da ­
--- ._- --------rogação-ocorresobre Oftspectivopreç.o., ,.obrigaç,jopri~~ip~1 J?,~IC?_~ontribui!l!!' ~
.
respondem sohdanamente com este nos Sffo-i..i~~
Art. 131 - São pessoalmente atos em que intervierem ou· pelas
responsáveis: omissões de que forem responsáveis: ,
I - o adquirente ou remetente. pelos I - os pais, pelos tributos devidos por
tributos r.elativos aos bens adquiridos ou seus filhos menores;
remidos; .
11 - os tutores e curadores, pelos
11 - o sucessor a qualquer titulo e o' tributos devidos por seus tutelados ou
cônjuge meeiro, pel~ tributos devidos curatelados;
pelo de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta 111 - os administradores de bens de
responsabilidade· ao montante do terceiroS, pelos tributos devidos por estes;
quinhão, do legado ou da meação;
. IV - o inventariante, pelos tributos
111 - o espólio. pelos tributos devidos devidos pelo~spó~ ~ .
pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão. V - o sindico e o comissário. pelos
tributos devidos pela massa falida ou pelo
, Art. 132 - A pessoa jurídica de direito concordatário;
\ privado que resultar de fusão,
j f} Qp./iD (]v \ transformação ou inco.rporação de outra
VI - os tabeliães, escrivães e demais
,r--. \ '; , "" ~ j ou em outra é responsavel pelos tributos
serventuários de ofício, peJos tributos
. ':;." W.L(fr/.o.f-.;o..0 .!
devidos até a data do ato peJas pessoas devidos sobre os atos pratiCados por eles,
ou perante eles, em razão do seu ofício;
O ~íth\J) \ jurídicas de direito privado fusionadas,
+-, _...l. ,-/,_",,' transfonnadas ou incorporadas.
.R..rr\Jv,.;r)(/.,.A./'r{'i.)./YV'o/V t VII - o~ sócios, no caso de liquidação
! Parágrafo único. O disposto neste de sociedade de pessoas.
,- artigo aplica-se aos casos de extinção de

,
-_?'­ ,~
.. ::::::~-' ,~.~-~,..,..~~,
,':~" .
,.....

28 -<


..-. '-.c

Parágrafo único. O disposto neste pagamento do tributo devido e dos juros -~


artigo só se aplica, em matéria de de mora, ou do depósito da importância '-".!
penalidades, às de caráter moratório, arbitrada pela autoridade administrativa,
quando o montante do tributo dependa -. ~

Art. 135 - São pessoalmente de apuração..


responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com
Parágrafo único. Não se considera
espontânea a denúncia apresentada após
-. -
."
...... ~

excesso de poderes ou infração de lei,


. contrato social ou estatutos:
o inicio de qualquer procedimento
administrativo ou medida de f'tSCalizáção,
relacionados com a Infração".
-
-J
~

--
I - as pessoas referidas no artigo
.~)
anterior; . ~'IfW~.
~repoy;toS)e
!' - os
mandatários,
empregados;

111 - os diretores, gerentes ou


Capacidade Tributária

Em direito tributário é a aptidão de uma pessoa


para participar da relação jurfdica tributária na
-
-~
.~)
)
~

representantes de pessças jurídicas de qualidade de sujeito paSSivo da obrigação e, pelo ~~J


direito privado. .que expõe o artigo'a seguir descrito. não há qualquer
restrição quantõ' a esta capacidade-. -J
b, 1.2.3, responsabilidade por infração (arts. 136
a 138). Para ter capacidade tributária é irrelevante se o
l
sujeito passivo, pessoa física tenha ou nãE>, --11
"Art. 136 ;. Salvo disposição de lei em capacidade civil, ou seja, não interessa se é -4
contrário, a responsabilidade por
infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e
absolutamente ou relativamente capaz para praticar'
atos jurídicos; como também não interessa se á
pessoa juridica esteja regularmente constituída.
­-- ......,...,'
}
,-';'ll ~
extensão dos efeitos do ato. "Art, 126 - A capacida~e tributária
.1J .

Art, 137 - A responsabilidade é pessoal


ao agente:

.J -_qua01Q.às 'n ç§e.s conceituadas


por lei como crimes ou contravenções,
passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas
naturais;

-n::-dé·~char;.;se a pessoa natural suieita..~.-~---- - - .-J


--
-.~
"'i
-;'iiJ
. ''is
~J

salvo quando praticadas no exercicio a medidas que inijiOrtem privação ou _ .~


regular de administração, mandato'" U,oitação do exercício de atividades civis, :;)í

função, cargo ou emprego, ou no comerciais ou profissionais, ou da .­


-"~
cumprimento de ordem ,expressa emitida administração direta de seus bens' ou j:;a
por quem de direito; . negócios;
-':::.í
'J;';';;
.Ó . 11 - quanto às infrações em cuja UI - de estar a pessoa jurídica
~
definição o @olo Jespecifico do agente regularmente constituída, bastando que
<~ ~ seja elementar; configure uma unidade econômica ou . / . --::;
~ ~ fi · I'" . N)J\J~ó.J.-C4..
pro ISSlona • O~:M}.J.},-.Q·/:..l... O"'.f#y~a- -fll. ­
;:f- 111 - quanto às infrações que decorram I... r;" , ~ (flv.,­
~~~ o~ ""~.
L

l~
direta e exclusivamente de dolo ,f 6 ., 11 'i u I - ~:J
'0'{

especifico: ~V'vVJ"
Domicílio Tributário . -:_'1
1-I l' a) das pessoas referidas no artigo 134,
contra aquelas por quem respondem; Nos termos do CTN, domicilio tributário, em outras
;§ 'â palavras, é o local onde o sujeito passivo manterá.
b) dos mandatários, prepostos ou relação com o sujeito ativo (fisco), '
.<j>­
../'

';í;>. empregados, contra seus mandantes,


De regra. o slIjeitopassivo tem a faculdade de
preponentes ou empregadores; ....

.~.
~~"

eleger seu domicilio, o qual somente poderá


~ .
ser
c} dos diretores, gerentes ou recusado pela autoridade administrativa quando
-~
representantes de pessoas juridicas de impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a
direito privado. contra estas. fiscalização do tributo, caso em que se aplica a regra
estabelecida no § 2\do art. 127. -~
Art. 138 - S onsabilidade é -... -'-'-'"

excluída peta denúncia espontânea da Contudo. se o contribuinte não eleger seu


infração, acompanhada, se' or o caso, do domicílio tributário. será consiçferado como tal:
- ./

,,' ;-,:"",<:'é·:";!"';~r:·;;;-::.::~-<...~:" ':-;'-."",-::,:,,:-.~: 7_·-;;:'r7:;;.~':~~'i"';-~-;' --c ."_0_,"'"'" .~._.~ ___.. ,~_~ ~.~ . :::J
29

~ - asua residência habitual


- pessoas naturais ~ - ou o centro habitual de sua atividade, sendo
incerta ou desconhecida a residência habitual

. /- o lugar da sua sede,


- pessoas jurídicas de direito-PrNªdo ~ - ou ode cada estabelecimento, em relação aos
/",-.
ou às firmas individuais atos ou fatos que derem origem à obrigação, .

- pessoas jurídicas de direito públicQ ---.


.. - qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante ­

.~ quando não couber a aplicaçã~- das' regras - o lugar da situação dos bens ou da ocorrência
fixadas acima. considerar-se· á eqmo domicílio dos atos ou fatos que deram origem à
tributário do çontribuinte ou responsável obriaação
"Art. 127 - Na falta de eleição, pelo CRÉDITO TRIBUTÁRIO
contribuinte ou responsável, de domicilio
tributário, na forma da legislação Conceito: consiste na formalização da
relàção
aplicável. considera-se como tal: jurídico tributária, possibilitando ao sujeito atiVo exigir
do sujeito passivo, contribuinte ou responsável, o
I - quanto às pessoas naturais, a sua cumprimento da obrigação tributária principal da qual
residência habitual, ou, sendo esta decorre.
incerta ou desconhecida, o centro
Jia6itual de sua atividade;(~~) Natureza: ~o crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza destan ,
--- .. '-- ----11 -.quanto ~s-pessoas-juridicas-de-
-">
,'aireito privado ou às finnas individuais, Observação:
o lugar da sua sede, ou, em relação aos
atos ou fatos que derem origem à - as circunstâncias que modificam o _<;:_rédito
obrigação, o de cada estabelecimento; .tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou
às garantias ou os p.!ÍVilégios a ele atribuídos,
111 - quanto às pessoas -jurídicas de . ou que excluem sua exigibilidade não afetam
direito público, qualquer 'de suas à obrigação tributária que lhe deu origem.
repartições no território da ~mtidade
tributante. o crédito tributário regulannente constitufdo
somente se modifica ou extingue, ou tem sua
§ 1 - Quando não cou~r a aplicação exigibilidade suspensa ou excluída. nos casos
das regras fixadas em qualquer dos previstos no CTN, fora dos quais não podem
incisos' deste artigo, considerar-se-á como ser dispensadas. sob pena de
domicilio tributário do contribuinte ou responsabilidade funcional na forma da lei. a
responsável o lugar da situação dos bens sua efetivação ou as respectivas garantias,
ou da ocorrência dos atos ou fatos que
deram origem à obrigação.

§ 2 - A autoridade administrativa pode Constituição do Crédito Tributário


recusar o domicilio eleito, quando lançamento
impossibilite ou diflcu"te a arrecadação
ou a fiscalização do tributo, aplicando­ Conceito: é o procedimento administrativo
se então a regra do parágrafo anterior." tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável. calcular o montante do tributo devido.
identificar o sujeito passivo e. sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.

--~"'-'- --~'_-.-.~:",:-~,
;:~::.:.:::"'-~ <-, "~-.-:~: ··-:T2:!·:;:~,:~~~=::·.'· ~
....I.

J
-'
j
30 J
Competência para constituir o crédito tributário Alteração do lançamento: ,J
.~
pelo lançamento: privativa da autoridade _J
O lançamento regularmente notificado ao sujeito
administrativa.
passivo s6 pode ser alterado em virtude de: _.)
Características:
I - impugnação do sujeito passivo; 1
- é atividade administrativa, vinculada e -J)
obrigatória. sob pena de responsabilidade 11 recurSO de oficio;
funcional; ~
. 111- iniciativa de oficio da autoridC3de administrativa,
,~)
- quando o valor tributário esteja expresso em nos casos previstos no artigo: 149, do CTN
moeda estrangeira, no lançamento far-se á
Mudanças de critério jurldico:
J
sua conversão em moeda nacional ao câmbio --)
do dia da ocorrência do fato gerador da A modificação introduzida, de ofício ou em
obrigação, salvo disposição de lei em conseqüência de decisão administrativa ou judicial,
J
contrário. nos critérios jurfdicos adotados pela autoridade _J
administrativa no exerclcio do lançamento somente
"Art. 142 - Compete privativamente à pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito
J
.. autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pel& la nçamento, assim
passivo, quanto' a fato gerador' ocorrido =:J
entendido o procedimento administrativo
posteriormente à sua introdução.
,.~
tendente a verificar a ocorrência do fato . Espécies ou modaUdades de lançamento ~
gerador da obrigação correspondente, tríbutário: .
determinar a matéria tributável, calcular
j
o montante do tributo devido, identificar O lançamento classifica-se em três espécies ou ~l
o sujeito passivo e, sendo caso, propor a modalidades díferentes, que levam em consideração
aplicação da penalidade cabível. a participação do sujeito passivo na sua feitura. São -)
elas:
Parágrafo unaco. A atividade
administrativa de lançamento é vinculada· 1a. Lançamento misto ou pordec1aração: nessa
e obrigatória, sob pena de . espécie de lançamento há mútua colaboração. o ~1
responsabilidade funcional." sujeito passivo participa informando à autoridade .. ~
administrativa sobre matéria de fato, indispensáveis ~

Aplicação da lei para iJ lançamento: a efetivação do lançamento. O sujeito ativo, com ~j


-l:)ãsé'nas'âedaraÇõeS-preslãruispelO 'sujeito pass,và~ .'
- O lançamento reporta-se à data da ocorrência
lança o tributo e,. por fim, notifica0 sujeito passiva
do fato gerador da obrigação e rege-se pela
para efe~uar o pagamento do montante estabelecido. . ~/";iJ
~
lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada,
Ex.: li, IE e ITR. , _1
Aplica-se ao lançamento a legislação que,
"Art. 147'- O lançamento é ~fetuado ,,)
com base. na declaração 'do sujeito
posteriormente à ocorrência do fato gerador
passivo ou de terceiro, quando um ou
da obrigação, tenha instituído novos critérios outro, na fonna da legislação tributária,
de apuração ou processos de fiscalização,
presta à. autoridade administrativa ~
ampliado. os poderes de investigação das .~;;)
informações sobre matéria de fato,
autoridades administrativas. ou outorgado ao ~
indispensáveis à sua efetivação". -:;;.~
crédito maiores garantias ou privifégios,
exceto. neste último (",3so. para o efeito de
~
Retificação da declaração por inidatíva do _~CíoJ

~
atribuir responsabilidade tributária a terceiros. declarante: . ..J''#
~.
Ob§.ervª,ção: o disposto acima não se aplica Em relação a retificação (correção) da declaração --<.::
.<~.
aos impostos lançados por períodos certos de por iniciativa do próprio declarante. duas hipóteses
tempo. desde que a respectiva lei fixe expressamente deverão ser consideradas:
a data em que o fato gerador se considera ocorrido"
a) quando vise a reduzir ou a excluir tributo: só
..:.-'
Natureza jurfdica do lançamento: é admissivel mediante comprovação do erro
em que se funde, e antes de notificado o -....-f...;:;..

O lançamento é ato formal ca'paz de tornar ~


lançamento;
exiglvel. pelo fisco. a obrigação tributária. O -:.,;
lançamento ·constitui formalmente o cr,édíto b} quando vise a aumentar ou a incluir tributo: é
tributário' . possível a qualquer tempo,

Observação: os erros r;ontidos na declaração e


apuráveis pelo seu exame serão retificados de oficio
31
pela autoridade administrativa a Que competir a VII- quando se comprove que o sujeito
revisão daquela. passivo, .ou terceiro em beneficio daquele,
agiu com dolo, fraude ou simUlação;
"Art. 148 -Quando o cálculo do tributo
tenha por base, ou tome em VIII - quando deva ser apreciado fato
. consideração, o va'or ou o preço de bens, não conhecido ou não provado por
direitos, serviços ou atos jurídicos, a ocasião do lançamento anterior;
autoridade lançadora, mediante processo
regular, arbitrará aquele valor ou preço, IX - quando se comprove que, no
sempre que sejam omissos ou não lançamento anterior, ocorreu fraude ou
mereçam fé as declarações ou os falta funcional da autoridade que o
esclarecimentos prestados, ou os efetuou, ou omissão, pela' mesma
documentos expedidos pelo sujeito autoridade, de ato ou formalidade
passivo ou pelo terceiro legalmente essencial.
obrigado, ressalvada, em caso de
Parágrafo único. A revisão do
contestação, avaliação contraditória,
lançamento só pode' ser inici"da
administrativa ou judicial". enquanto não extinto o direito da
28 • ~aÍlÇamento direto ou.de oficio: nessa esP.écie Fazenda P6blica.
fj'
',.-.'
de lançamento não há participação do sujeito
33 • Lançamento "por homologação
passivo, Tudo" e feito diretamente pelo fisco, (impropriamente chamado aútolançamento): nessa
internamente, com os elementos que ele tenha espéciede lançamento praticamente toda a atividade
levantado, compete- ao sujeito passivo, Ocorre quanto ·aos
Essa espécie de lançamento é utilizada para tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo O·
efetuar e rever lançamentos. nas hipóteses descritas dever de antecipar o pagamento sem prévio exame'
no art. 149. do CTN. nos seguintes termos: da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em
que a referida autoridade, tomando conhecimento
Art. 149 - O lançamento é efetuado e da atividade assim exercida pelo obrigado,
revisto de oficio pela autoridade expressamente a homologa. Ex,: ICMS e IPI.
administrativa nos seguintes casos: .
"Art. 150 - O lançamento por
I - quando a tei assim o determine; homologação, que ocorre quanto aos
-- tributos &uja-legislação atribuaaosujeito- - ,..­
.'-lr:"quandoadeCiàraç'ãõ não-sejã~ passiVo o dever de antecipar . o
prestada, 'por quem de direito, no prazo pagamento sem prévio exame da
e' na forma da legislação tributária; . autoridade administrativa, opera-se pelo
ato em que a referida autoridade:·
111 - quando a pessoa legalmente
tomando conhecimento da atividade
obrigada, embora tenha prestado
assim exercida· pelo obrigado,.
declaração nos termos do inciso anterior,
expressamente a hom~foga.
deixe de atender, no prazo e na forma
da legislação tributária, ap~dido de § 1 • O pagamento antecipado pelo
esclárecimento formulado pela obrigado nos termos deste artigo
J

autoridade administrativa, recuse-se a extingue o crédito, sob condição


prestá-lo ou não o preste resolutória da ulterior homologação do
satisfatoriamente, a juízo daquela lançamento.
autoridade; .
§ 2 • Não influem sobre a obrigação
IV - quando se comprove f~lsidade, tributária quaisquer atos anteriores à
erro ou omissão quanto a qualquer homologação, praticados pelo sujeito
elemento definido na legislação tributária passivo ou por terceiro, visando à
com<5 sendo de declaração obrigatória; extinção total ou parcial do crédito.
V - quando se comprove omissão ou § 3 - Os atos a que se refere ô parágrafo
. inexatidão, por parte da pessoa anterior serão, porém, considerados na
legalmente. obrigada, no exercício da apuração do saldo porventura devido e,
atividade a que se refere o artigo sendo o caso, na imposição de
seguinte; penalidade, ou sua graduação.
VI - quando se comprove ação ou
omissão do sujeito passivo, ou de terceiro § 4 - Se a lei não fixar prazo à
homologação, será ele de 5 (cinco) anos,
legalmente obrigado, que dê lugar à
a contar da ocorrência do fato gerador;
aplicação de penalidade pecuniária;
" _..
\~ ~
__1
~

i~
~t 32
j
~)

~·f expirado esse prazo sem que a Fazenda


Pública se tenha pronunciado, considera­
a-2.1. A concessão da moratória em caráter
individual não gera direito adquirido e será revogada
-.;-'
se homologado o lançamento e -J

~,
de oficio. sempre que se apure que o beneflCia...29
definitivamente extinto o crédito, salvo não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições _1
se comprovada a ocorrência de dolo. (;u não cumpria ou deixou de cumprir os reguisitgs
<;.j fraude ou simulação". ,para a concessão do favor cobrando-se...Dsrédito -J
Suspensão do Crédito Tributário
acrêscido de juros de mora: _J
com imposição da penalidade cablvel, nos .J

1
conceito: podemos conceitua-Ia como sendo a
interrupção, por algum tempo, da exigibilidade do
crédito tributário.
casos de dolo ou simulaçãó do beneficiado,
ou de terceiro em beneffcio daquele. e, neste
caso, o tempo decorrido entre a concessão
da moratória e sua revogação não se computa
-,
-)

~~)
Modalidades de suspensão da exigibilidade do

~
para efeito da prescrição do direito à cobrança
crédito tributário:

O art.151, do CTN. enumera seis modalidades a


do crédito
J
--'
;";)
saber: . - sem imposição de penalidade, nos demais
'Jl

t
casos e, neste caso, a revogação só pode
moratória; ocorrer ante~ de prescrito o referido direito. .:J
o depósito do seu montante integral; Observação: a lei concessiva de moratória pode
.)
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade ...:1
",­
1 as reclamações e os recursos. nos termos
das !eis reguladoras do processo tributário
. administrativo;

- a concessão de medida liminar em mandádó


à determinada região do território da pessoa jurldica
de direito público que a expedir, ou a determinada
classe ou categoria de sujeitos passivos.

b) Requisitos para concessão: a lei que


,~
~
__d

~"j1:

l______
\I de segurança. 2}.
~ conceda moratória em caráter geral ou
"~
../
autorize sua concessão em caráter individual
- a concessão de medida liminar, ou de tutela
especificarã, sem prejuízo de outros
, ~ antecipada, em outras espécies de ação
requisitos:
,.,.« ... ~'''S

---.~
" judicial; ~ cv.. ~ <M­

~l- ~~~r:!~._ ~ _~
b.1, O prazo de duração do favor;

-b:2. as condições-cla concessão do-favor-efTI .~,. -, ~-- ­


Observação: contudo, a suspensão da

1
caráter individual;
exigibil~dade do. crédito tri~utário 'não dispe~s~ o
. cumpnmento das obrrgações aceSSODas b.3. sendo caso:
depende~tes da obrigação principal cujo crédito seja ~
.::.i
suspenso, ou dela conseqOentes. b.3.1. os tributos a que se aplica;
~
-/:.~
1 3 . 'Moratória: é a dilação do prazo para b.3.2. o número de prestações e seus
~J
pagamento. concedida pelo'credor (sujeito ativo) ao vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso
t.evedor (sujeito passivo), de modogue a dívida passa I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à
é!!.er outra data de vencimento. autoridade administrativa. para cada caso de
concessão em caráter individual:
"a) Formas de concessao: a moratória somente
b.3.3. as garantias que devem ser fornecidas
", pode ser concedida: pelo beneficiado no caso de concessão em caráter
a-1. em caráter geral:. índMduat

a-1.1. pela pessoa juridica de direito público'


I' c) Créditos abrangidos pela moratória: "'~"";<.

competente para instituir o tributo a que se refira; Salvo disposição de lei em contrário, a moratória
somente abrange os créditos: .. ,'/;,.

a-1.2. pela União, quanto a tributos de ........{.."..


competência dos Estados. do Distrito Federal ou c, 1. definitivamente constitufdos à data da lei ou '

dos Municrpios. quando simultaneamente concedida do despacho que a conceder,


quanto aos tributos de competência federal e às c.2. ou cujo lançamento já tenha sido iniciado
obrigações de direito privado: àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
passivo.
a-2. em caráter individual. por despacho da
-<
autoridade administrativa, desde que autorizada por Observação: a moratória não aproveita aos casos
lei nas condições do inciso anterior. de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou
do terceiro em benefício daquele.

-~~~-:""':77~~":-::\':::~-:'':;'''''-'.-'·' 7··,··~·;:. :,--;.-::: -::'--::;:::;::::'."';:.-:;-"':;""!:'}::.": -7';'-~,~-:-~:-"":'... :",:':"':


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T.T pFc.cl
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~ ~
~~ 2°, Depósito do seu montante integral: ~ a) mododeefetuaropagamento: (art 162. CTN)
\) ,J Em alguns casos a lei exige que o sujeito passivo a-1. em moeda corrente, cheque ou vale postal;
~ N
j , '" ;f­ . deposite o montante integral dó tributo para depois
:;, ~ ~ discutir o crédito tributário. o qual ficará suspenso - . A legislação tributária pode detenninar as
~~,.~~
\<l até a solução da pendência. Se, desta discussão, garantias exigidas para o pagamento por
lS Q'';;
cheque ou vale postal. desde que não o tome
!:" "j resultar o reconhecimento do direito ao sujeito
~\'5"-S: passivo, a quantia depositada ser-Ihe-á devolvida; impossível ou mais oneroso que o pagamento
~~·6"" caso contrário, o deposito se converte em renda . em moeda corrente.
.~ ~
~ ..J "'\
,.... \7'
Contudo. em ambas as situações, após decisão - O crédito pago por cheque somente se
final, ocorre a extinção do crédito tributário.
,~ l~ 3°. as reclamações e os recursos. nos termos
considera extinto com o resgate deste peJo
sacado.
das leis reguladoras do processo tributário a':2. nos casos previstos em lei, em estampilha,
~ administrativo: em papel selado. ou por processo mecânico.
"::} '\ R
.~ -8 ~~ Quando o sujeito passivo discorda do lançamento,
"' ).
.~ ~
.
poderá impugná-lo. Para tanto deverá observar as
- O crédito pagável em estampilha considera­
_se extinto com a inutifização regulardaquela,

t\ ~g­ leis que regulam o processo tributário administrativo,


..;,
ressalvado o disposto no artigo 150.
que a nfvel federal está disciplinado pelo Decreto n.
70.235/72, comas alterações introduzidas pela lei - A perda ou destruição da estampilha. ou o

l~l
8.748/93. erro no pagamento por esta modalidade não
dão direito à restituição. salvo nos Ci:lsos
1-- • 4°. concessão de medida liminar em mandado expressamente previstos na legislação
~ -a ~ de segurançã tributária, ou naqueles em que o erro seja
~
~~
iMandado de segurança, segundo José a da Silva, imputável à autoridade administrativa.

i
"é o remédio constitucional posto a disposição do - O pagamento em papel selado ou por
: _ titular de direito liquido e certo. lesado ou ameaçado
~~ de lesão. por ato ou omissão de autoridade pública
processo mecânico equipara se ao
pagamento em esta mpilha.
- b'~ ou agente de pessoa jurídica no exerclcío de

icl -.a i--do


-atribuições 00 Poder Público"_ b} tugardo pagamento:
~
~~,.., Medida liminar é a decisão provisória, emanada Quando a legislação tributária não dispuser a
Poder JudiCiárIO. pelos Ji.iízes ou irlbumjis~ no ­ respeito. o
pagamento: &- efetui;íao~na--fepartlção­
~ ~. ~ inicio do processo. com o fim de evitar dano competente do domicilio do sujeito passivo ...
.y ~".;;;,~ irreparável ao direito que se alega.
,~~ . . c) - tempo do pagamento:
~ "Ç. Para suspender a exigibilidade -do crédito
Quando a legislação tributária não fIXar o tempo
~~ tributário não é suficiente o mandado de segurança,
necessita. também. da concessão de medida liminar.
do pagamento. o vencimento do crédito ocorre 30
(trinta) dias depois da data em que se considera o
~~S~{ sujeito passivo notifiC?do do lançamento_
.~~ ~
Extinção do Crédito Tributário
ObS€fVação:

Jh ~
O CTN em seu art. 156. enumera dez
modalidades de extinção do crédito tributário. a
saber:
- a legislação tributária pode conceder desconto
pela antecipação do pagamento. nas
condições que estabeleça.
1°. Pagamento
Art. 161. CTN- O crédito não integralmente
\,­ A forma normal de extinção do crédito pago no vencimento é acrescido de juros de
tributário é pelo pagamento. mora, seja qual for o motivo determinante da
falta, se.mprejuízo. da imposição das
A imposição de penalidade não ilide o penalídades cabíveis e da aplicação de
pagamento integral do crédito tributário. quaisquer medidas de garantia previstas nesta
- O pagamento de um crédito não importa em Lei ou em lei tributária.
presunção de pagamento: . § 1 - Se a lei não dispuser de modo diverso,. os
juros de mora são calculados à taxa de 1% (um por
quanrlo parciaL das prestaçôes em que se
cento) ao mês.
decomponha;

quando tofal. de outros créditos referentes ao


mesmo Oll a outíOS tributos.
I. § 2 - O dísposto neste artigo não se aplica na
pendência de consulta fomlulada pelo devedor dentro
do prazo legai para pagamento do crédito_
/-"

~
.~.~","7"''::''~~~'i'.~::;:,~";;::~~,:-;::-:::~.::-_~:::-::;
J)
~

34 -,)
'- ...1
d) imputação do pagamento: (art. 163. CTN)

Existindo simultaneamente dois ou mais débitos


I O sujeito passivo tem direito, independentemente
de prévio protesto, à restituição total ou parcial do
tributo. seja qual for a modalidade do seu pagamento
--)
--.-$1
vencidos -do mesmo sujeito passivo para com a (ressalvado o caso de erro no pagamento efetuado -~}
mesma pessoa jurfdica de direito público, relativos
ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes
por estampilha e imputável ao sujeito passivo) nos
seguintes casos: -:,)
de penalidade pecuniária ou juros de mora, a -~}
autoridade administrativa competente para receber - cobrança ou pagamento espontâneo de tnbuto
o pagamento determinará a respectiva imputaçao, indevido ou maior que o devido em face da
-)
.-./
()op.decidas as seguintes regras, na ordem em que legislaçao tributária aplicável, ou da natureza --)
enumeradas: ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido; -~.,
- primeiro lugar. aos débitos por obrigação
-',-)
própria. e em segundo lugar aos decorrentes -erro na edificação do sujeito passivo, na
<te responsabilidade tributária; determinação da alfquota aplicável, no cálculo -.>
- primeiramente, às contribuições de melhoria,
do. montante do débito ou na elaboração ou --3
conferência ~ qualquer documento relativo
depois às taxas e por fim aos impostos; -~)
na ordem crescente dos prazO,s de prescrição;
ao pagamento;

reforma, anulação, revogação ou rescisão de


--... ')
~.,
decisão condenatória.
- na ordem decrescente dos,,!,ontantes_ ~ .

~J
e) pagarriento porconsignação: (art 164, CTN)
Observação:
"":" '~
.-,.3.
a restituição total ou parcial do tributo dá lugar
.A importância do crédito tributário pode ser
à restituição, na mesma proporção. dos juros -J
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos
casos:
de mora e das penalidades pecuniárias, salvo ---}
as referentes a infrações de caráter formal não -'-~
prejudicadas pela causa da restituição. :~
. e. 1. de recusa de recebimento, ou subordinação
deste ao pagamento de outro tributo ou de
- a restituição vence jurosnão capitarizáveis, a
~)
penalidade, ou ao cumprimento de obrigação
partir do trânsito em julgado da decisão
-)
acessória; .
definitiva que a determinar. ---~
.-
e.2. de subordinação do recebimento ao
cümprrmento '-de exigéncial:fadmlnistràtivassem­ .J.2.Jestitujção.. de tf1t!l!to~ . !f1dlfJJt9.S :.(art,_t6!5.L_._"> __ J ~.-

CTN) ____'-:'\
J
fundamento legal;
A restituição de tributos que comportem, por sua '''S
e.3. de exigência. por mais de uma pessoa ~,.:;;
natureza, transferência do respectivo encargo
jurldica de direito público, de tributo idêntico sobre
finãnceiro somente será feita a quem prove haver
um mesmo fato gerador. ~
assumido referido encàrgo, ou, no caso de tê-lo k ,~
Observações: transferido a terceiro, estar por este expressamente ____~
-::ti'
;.,
autorizado a recebê-Ia.
- A consignaçâo só pode versar sobre o crédito
que o consignante se propõe pagar. 1.3. prazo para pedir restituição:

- Julgada procedente a consignação. o O direito de pleitear a restituição extingue-se com ~

O decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados:


....._~
pagamento se reputa efetuado e a importência
consignada é convertida em renda; Julgada
- da data da extinção do crédito tributário nas
improcedente a consignação no todo ou em
hipóteses de cobrança ou pagamento
parte, cobra-se o crédito acrescido de juros
espontâneo de tributo indevido ou maior que
de mora, sem prejuízo das penalidades
O devido em face da legislação tributária
cablveis.
aplicável. ou da natureza ou circunstâncias
f) pagamento indevido: (art. 165, CTN) materiais do fato gerador efetivamente
ocorrido; e de erro na edificação do sujeito --/.~

Ocorre o pagamento indevido quandO o tributo passivo, na determinação da aHquota


pago não é devido ou o valor devido é menor. Nestes aplicável, no cálculo do montante do débito
casos o suje;to passivo tem direito à sua restituição. ou na elaboração ou conferência de qualquer
A esta restituição dá-se o nome de repetição do documento relativo ao pagamento;
indébito.
da data em que se tornar definitiva a decisão
f.1. casos de restituíção: administrativa ou passar em julgado a decisão
judicial que tenha reformado, anulado.

~':~::- ;~.::":, •.~~,:;'";;,--:~,:~:::,~, ~':< . :~:::'-::;::;;::"-' ,-,-_:__ . :--=i~;,~;.,::c,"~~~ -::':'~-:-.-",;';::


(); .wu' ~vW ~11!vCb.. .

revogado ou rescindido a decisão


35
4°. Remíssã;:7
condenatória na hipótese de reforma,
anulação, revogação ou rescisão de decisão Consíste no 'perdão do crédito tributário. total ou
condenatória, parcialmente. se a lei autorizar, pela autoridade
administrativa ao sujeito passivo. .
f. 4.. prazo para anufardecísão administrativa que
denegar B restituição: . Art. 172 - A lei pode autorizar a
autoridade administrativa a conceder,
Prescreve em 2 (dois) anos a ação anulatória da por despacho fundamentado, remissão
decisão administrativa 'que denegar a restituição. total ou parcialdo crédito tributário,
atendendo:
O prazo de prescrição é interrompido pelo início
da ação judicial. recomeçando o seu curso, por I - à situação econômica do sujeito
metade, a partir da datada intimação validamente passivo;
feita ac representante judicial da Fazenda Pública
interessada. 11 - ao erro ou ignorância escusáveis
do sujeito passivo, quanto a matéria de
2°. compensa~ão fato;

Segundo o Código Civil, quando duas .,pessoas 111 - à diminuta importância do crédito .
forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da tributário;
outra. as duas obrigações se extinguem-se, até onde IV - a considerações de eqüidade, em
se compensarem. Contudo. em direito tributário. relação com as características pessoais·
isto somente é permitido se a lei autorizar. ou materiais do caso;
~·Art. 170, CTN - A lei pode, nas V - a condições peculiares a
condições e sob as garantias que determinada região do território da
estipular, ou cuja estipulação em cada entidade tributante.
caso atribuir à autoridade administrativa,
Parágrafo único. O despacho referido
autorizar a compensação d~ créditos
neste artigo não gera direito adquirido,
tributários com créditos líquidos e certos,
aplicando-se, quando cabivel, o disposto
vencidos ou vincendos (por vencer), do.
. no ~rtigo 1~ ffi?(1~.l'r,h,,?:/0
sujeito passivo contra a Fazenda Pública. ~ . .~ ..,:,.
5°. prescrição e deCadênci~'''~ ~ .$.';,..)
"t".;,,-;:~O-

....Parágrafo.único.. Sendovjnc.end.Q~Q .... ~ th, ~ (fiSGO)

crédito do sujeito passivo, a lei af decaden-gã.~:·pooe-serõeffrikfãcõmõsenõo a·-~···-


de~erminará, para os efeitos deste artigo, extinção de um direito pelo não exercício do
a apuração do seu montante. não mesmo, no prazo assinalado pela lei: Em.
podendo. porém. cominar redução maior direito tributário é o direito da Fazenda PúbiiCa
que a correspondente ao juro de 1% (um constituir o crédito tributário pelo lançameniõ.
por cento) ao mês pelo tempo a decorrer o que, segundooart 173, do CTN. extingue-
entre a data da compensação e a do se em 5 (cinco) aoos. contados:
vencimento"• ....... a-1. do primeiro dia do exercício seguinte àquele
em que o lançamento pOderia ter sido efetuado;
3". Transação
...... a-2. da data em que se tornar definitiva a decisão
Quando o sujeito passivo e ativo litigam a respeito que houver anulado, por vicio formal. o lançamento
do crédito tributário. se a lei autorizar. podem anteriormente efetuado.
transigirem, ou seja, fazem concessões reciprocas,
negociarem. . - . a-3. contado da data em que tenha sido iniciada
a constituição do crédito tributário pela notificação.
"Art. 171 - A lei pode facultar, nas ao sujeito passivo. de qualquer medida preparatória
condições que estabeleça, aos sujeitos indispensável ao lançamento (neste caso. extingue­
ativo e passivo da obrigação tributária se definitivamente com o decurso do prazo de cinco
celebrar transação que, mediante anos o díréito da Fazenda Pública constituir o crédito
,
~.::- concessões mú.luas, importe em tributário). ~ C1.w.o w ~ ~~ ~ l.
determinação de litígio e conseqüente b) pre:t:;;ção: é um meio de defesa com base
extinção de crédito tributário. no decurso do tempo. Segundo o art. 174.
Parágrafo único. A lei indicará a do CTN. a(ação)para cobrança do crédito
autoridade competente para autorizar a tributário prescreve em 5 (cinco anos.
tra:-1sação em cada caso". contados a a a constituição definitiva do

-
crédito tributário.

• , ,"'7~ -".~, • ;-.~-,,~'._, ~,,._..,.-,,,....,._._.~;;;-_Ç""~,:;ç_;?';.<;,,~~..;,:ç;,_;;::;;:~~


,; 45 p '
J!j'l-l~,,4 .,". J
~~o.oU.
J,';,,0. J ~,,'(p-.yv
LI : 1.). I() l"''''''f' i'-P~ffC.. "f'v j)

36 ~ tJ O ?;;-~'"
b. 1. a prescrição se interrompe:
.~.r
'.
. vr~ o ! 1 'fJY1:~"'~
~1f,·
~,
o (lI
j
~d
§ 1° - Aplica-se ao lançamento a
pela citação pessoal feita ao devedor;
legislação que, posteriormente à ~l
ocorrência do fato gercllor da obrigação,
pelo protesto judicial: tenha instituído nolos critérios de
apuração ou processos de fiscalização, ,,:)
por qualquer ato judicial que constitua em ampliado os poderes de investigação das .,-.A)
mora o devedor; autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias )}
por qualquer ato inequívoco ainda que
extrajudicial. que importe em reconhecimento
ou privilégios, exceto, neste último caso,
para o efeito de atribuir responsabilidade
-~
do débito pelo devedor. tributária a terceiros. ..J
- -~
___L.~
6°. conversão de depósito em renda § 20 - O disposto neste artigo não se
tiL o um- Ocorre a conversão do dePÓ!?ito em renda quans!Q
. aplica aos impostos lançados por .Jt
períodos certos de tempo, desde que a ../1
~ o sujeito passivo. com o fim de evitar os efeitos da
respectiva lei fixe expressamente a data
~ ,.tIL correção monetária e nos casos exi9!Q.Qs pel~ lei,_
~ f9V deposita montante da dlvidat!ibutária, impugna o
em que o fato gerador se considera ~
ocorrido". ~'
u\ t.W ~ - crédito tributário e é v~ncido, n~esfera administrativa
e.Il~'\io~ Ótl judicial. não havendo mais possibilídaae de "Art. 149 - O lançamento é efetuado e J
1
~ IIJ.)J(A- recursos. Assim. o valor depositado converte-se revisto de 'Qficio pela autoridade
Jof. M1uo...; em renda extinguindo o crédilo tributário. administrativa nos seguintes casos: ~
'\V,a, .
tfP ·,~t,d,.
7°. pagamento antecipado e a homologação do t - quando a lei assim o determIne;
.p..~Jançamento nos termos do disposto no artigo 150 e /j
OJ) n.•:. ~.. .!sells parágrafos 1 e 4 . 11 - quando a declaração não seja . ,).'.
___ :1­

&dil",N..,VJ r ....... prestada, por quem de direito, no prazo


~,d.e-'. o artigo citado disciplina o lançamento por j
e na forma da legislação tributária;
homologação pelo qual o sujeito passivo antecipa o
pagamento sem prévio exame da autoridade 111 - quando a pessoa legalmente'
administrativa e. extingue o crédito tributário, neste obrigada, embora tenha prestado
caso. se a Fazenda Pública não se pronunciar no declaração nos termos do inciso anterior, ~:j
prazo de cinco anos (se a lei não fixar outro prazo). deixe de atender, no prazo e na forma
~a.,conlacdaocorrência do fatogeradoL-- ~ - '.'­ ...____da.Jegls1ação..tribu.tária.3.pedido .de. __ ~_. __.. ~j
.­ ~-
esclarecimento fortrlu1ado pela
. 8°, consignação em pagamento. nos termos do autoridade administrativa, recuse-se a
disposto f10 § 2° do aftígo 164 \9~' i. C ~"" e ,)
~ ~v.. ~ dt.vt. .
prestá-lo ou não o preste
Neste (".8S0, ocorre a extinção do crédito tributário satisfatoriamente. a juízo daq.uela ,.~"'9
se julgada procedente a consignação, o pagamento
se reputa efetuado e a importêncía consignada se
converte em nmda
autoridade;

IV • quando s~ comprove falsidade,


erro ou omissão quanto a qualquer
~
-
,9" d~dsão
fidminístraUva ;ITeformáveJ, assim elemento definido na legislação tributária
/~tendida a definitiva na órbita administrativa. que como sendo de declaração obrigatória; ---"$
~~'k

não mais possa ser objeto de ação anulatória; ~


V - quando se comprove omissão ou .::;;i
9( ., ,?ecis~o adm!nistrativa irreformável é aquela que inexatidão, por parte da pessoa
\ Ja nao caIba mais recursos ' lega Imente obrigada, no exercício da
"--10", decisão judicial paSS'8di3em jlllgado atividade a que Se refere o artigo
seguinte;
11 0 a dação ein pagamento em bens imóveis, na
forma e condições estabelecidas em lei. VI - quando se comprove ação ou --,;;'J;?

omissão do sujeito passivo. ou de terceiro


O~S!IY-ª~.Q: a lei disporá qUAnto aos efeitos da ;':.t
legalmente obrigado, que dê lugar à
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior
verificação da irregularidade da sua constituição.
aplicação de penalidade pecuniária;
observado o disposto nos artigos 144 'e 149. . VII- quando se comprove que o sujeito
passivo, ou terceiro em beneficio daquele, , .-"._"f
"Art. 144 - O lançamento reporta-se à ~ .....

d~t(l da ocorrência do fato gerador da


agiu com dolo, fraude ou simulação;
-~' .... ~

obrig3ção e rege-se pela lei então VIII - quando deva ser apreciado fato
vigente, ainda que posteriormente não conhecido ou não provado por
~
-"',

modificada ou revogada, ocasião do lançamento anterior; .......


.­ '

~-
,~:~
IX - quando se comprove que, no
37
deixar de promover a continuidade do
lançamento anterior, ocorreu fraude ou reconhecimento da isenção.
falta funcional da autoridade que o
efetuou, ou omissão, pela mesma § 2 - O despacho referido neste artigo não gera
autoridade, de ato ou formalidade direito adquirido, aplicando-se. quando cabrvel. o
essencial. disposto no artigo 155.

Parágrafo' único. A revisão do


lançamento só pode sér iniciada
enquanto nio extinto o direito da Anistia
Fazenda Pública".
Art. 180 - A anistia abrange exclusivamente as
infrações cometidas anteriormente à vigência da lei
que a concede, não se aplicando:
Exclusao do Crédito Tributário
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou
Art. 175 - Excluem o crédito tributário: contravenções e aos que. mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou
{ a isenção;. simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em
benefício daquele;
11 - a anistia.
11 - salvo disposição em contrário, às infrações
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário
. resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
não dispensa o cumprimento das obrigações
naturais ou jurídicas,
acessórias, dependentes da obrigação principal cujo
,/J crédito seja excluído, ou dela conseqQ.ente. Art. 181 - A anistia pode ser concedida:
~) _ Isenção ~ ~~ ./.9e&t.'
I - em caráter geral;
:~(\ . . j h~' r.<.9'n'i.;/Ji.E-""'~-
,..;.-:: Art. 176 - A Isenção, ainda quando prevIsta em Ir- limitadamente:
\)- J-y:lit~- contrato,.é ~empre dOC?"~ente d~ ~i que especifique
/"., - _..())1;v;..t ;:Js condlçoes e reqUiSItos eXIgIdos para a sua a) às infrações da legislação relativa a
~\ .~ ~<'" J:,. concessão, os tributos a que Se aplica e, sendo
cf" determinado tributo;
. <,:/ ~,y(I'" n'''''' 'caso. o prazo de sua duração.
.~) - J/ .lAAAAl'tt-íhb b) às infrações punidas com penalidades
-';:,r-,=·~/"r·l":~::-~-P-arãgl'afO yjliléõ:'Ã isençaêfpode-sef'restrlta-á --'- pecuniárias-até-determin-adomonta nfê,
. ,) determinada região do território da entidade conjugadas ou não com penalidades de outra
Y .....l,.; tributante, em função de condições a ela pecufiares: natureza;

;~~ Art. 177 - Salvo-disposição de lei em contrário. a c) a determinada região do território da entidade
/..: 'i -~ ~ ~ isenção não é extensiva: tributante, em função de condições a ela
Ar
',.~~~~~
_~o-.
I - às taxas e às contribuições de,melhoria:
peculiares; .

d) sob condição do pagamento de tributo no


", ;, :~ iJJr~ ~ 11 - aos tributos instituídos posteriormente à sua prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja
'~.}~ yv..w~ rf!JI~' ,concessão_ fixação seja atribuída pela mesma lei à

~J iiiv tA!f) ~Art. 178-Aisenção. salvoseconcedída por prazo


autoridade administrativa.

~)..,,:, certo e em ftJO!;ão de.determinad~s condições. pode


(;:,1 tJI).. Art. 182 - A anistia, quando não concedidà em
~.', _ . (7J G"-'. ser revogada ou modificada por leI. a qualquer temeg. caráter geral. é efetivada, em cada caso. por
" .,~i.}~ 'Y:..t?JJt'< observado o disposto no inciso I11 do artigo 104. despacho da autoridade administrativa. em
l, ffi; IV tJv r Jp
~-rrfltv,j/V
F
requerimento com o qual o interessado faça prova
/{ • Art. 179 - A isenção. quando não concedida em do preenchimento das condições e do cumprimento
•.•. rjJ) ~ caráter geral. é efetivada, em cada caso, por dos requisitos previstos em lei para sua concessão,
•r}IJV . despacho da autoridade administrativa, em
requerimento com o qual o interessado faça prova Parágrafo único. O despacho referido neste artigo
do preenchimento dé!S condições e do cumprimento não gera direito adquirido. aplicando-se, quando
dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua cabível, o disposto no artigq 155,
concessão_

§ 1 - Tratando-se de tnbuto lançado por período


c€ . io de tempo, o despacho referido neste artigo Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
será H::nova,::fo antes da expiração de cada período,
Art. 183 - A enumeração das garantias atribuídas
cessando automaticamente os seus efeitos a partir
neste Capitulo ao crédito tributário não exclui outras
do primeiro dia do período para o qual o interessado
que sejam expressamente previstas em lei. em
~,-: - .~----~~,-,,--~-~-,--~-_.~-:--
.,.->
38·
1
.!­
função da natureza ou das caracterCsticas do tributo reservados, o representante da Fazenda Pública ~
a que se refiram. interessada. -l
Parágrafo·,único. A natureza das garantias
atribufdas ao crédito tributário não altera a natureza
deste nem a da obrigação tributária a que
§ 2 - O disposto neste artigo aplica-se aos
processos de conOOrdata.
--.1
~l

corresponda. Art. 189 - São pagos preferencialmente a -1


Ar! 184 - Sem prejuízo dos privilégios especiais
quaisquer créditos habilitados em inventário ou
arrolamento, ou a outros encargos do monte, os
.1
sobre determinados bens. que sejam previstos em créditos tributários vencídos ou vincendos, a cargo .1
lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a do de cujus ou de seu espç,lío. exigíveis no decurso ,)
totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem do' processo de inventario ou arrolamento.
oli natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua
_1
massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou Parágrafo único. Contestado o crédito tributário,
1
cláusuía de inalienabilidade ou impenhorabilidade. proceder-se-á na forma do disposto no § 1 do artigo __1
seja qual for a data da constituição do ônus ou da anterior.
cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas Art. 190 - São pagos preferencialmente a J
que a lei declare absolutamente !mpenhoráveis. quaisquer outros-os créditos tributários vencidos ou .1
Art. 185 Presume·se fraudulenta a alienação vincendos, a êargo de pessoas jurídicas de direito
privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis
1
ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo,
no decurso da liquidação .
j'
.por sujeito passivo em débito para com a Fazenda
Pública por crédíto tributário regularmente inscrito .j}
Art. 191 - Não será conce<;lida a concordata nem
cofll? divida ativa em fase de execução. declarada a extinção das obrigações do falido. se!l1 )
-/

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se que o requerente faça prova da quitação de todos
os tributos relativos à sua atividade mercantil.
1
aplica na hipótese de terem sido reservados pelo
devedor bens ou rendas suficientes ao total Art. 1.92 - Nenhuma sentença d~ julgamento de
pagamento da divida em fase de execução. partilha ou adjudicação será proferida sem prova da ~J
Preferências quitação de todos os tributos relativos aoS bens do ~j
espólio, ou às suas rendas.
Art. 186 - O crédito tributário prefere a qualquer
outro, seja qual for a natureza ou.o..tempo dª. Ar!. 193 - Salvo quando expressamente
··constlTuição·deste ,-ressâivados os créditos autori.iãdo~põr lei;' nerih·um ae pàr:ta to' men .'J
decorrentes da legislação OOtrabalho. administração pública da União, dos Estados, do -/

Distrito Federal ou dos Municfpios, ou sua autarquia, 1


Ar!. 187 - A cobíança judicial do crédito tributário celebrará contrato ou aceitará proposta em ~
/.:..;
não é sujeita a concurso de credores ou habilitação concorrência pública sem que contratante ou
em falência, concordata. inventário ou arrolamento. -proponente faça prova da quitação de todos os 'rj
Parágrafo único. O concurso de preferência
tributos devidos à Fazenda Pública interessada,
relativos à atividade em cujo exercício contrata ou
,~l
somente se verifica entre pessoas jurrdlcas de direito 'i
,-g
concorre.
público. na seguinte ordem:
1
1- União; ~
11 - Estados, Distrito Federal e Territórios,
• conjuntamente e pró rata; é
_/'iJ
d
111- Municípios. conjuntamente e pró rata. _A)

Art. 188 - São encargos da massa falida, pagáveis


preferencialmente a quaisquer outros e às dividas
da massa, os créditos tributários vencidos e "".,!"{.
---"''';:
vincendos, exigfveis no decurso do processo de
falência
§ 1 - Contestado o crédito tributário, o juiz
remeterá as partes ao processo competente,
mandando reservar bens suficientes à extinção total
..-/'
do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder ,~'

efetuar a garantia da instência por outra forma,


.... -.
ouvido, quanto à natureza e valor dos bens
-:7. ::':.:-'~",:,-.':-:'-'J' .-_.-:. ";" .
. ",,~'7~':T""_~-:,,~."':i?':-:~:"""":""%':::>".. '
39
EXERCíCIOS c) é possível a instituição de mais de um
imposto. o Imposto de Importação e o ICMS,
As questões que seguem foram aplicadas no mas é vedada a incidência de taxas na
concurso público para os cargos de Fiscal operação.
Tributário e Técnico Tributário do Distrito
Federal d) é posslvel a instituição de mais de uma
espécie tributária, inclusive impostos ­
1- É tributo instituido no exercício da.· .Imposto de Importação e ICMS· e taxas
competência privativa do Distrito Federal: aduaneiras, desd_e que O fato gerador de cada
tributo seja um aspecto distinto do fato
a) IPTU
gerador econômico e as respectivas bases
b) ISS de cálculo não se sobreponham.

6 - Em razão de calamidade pública


~{ ITR
~~uto
emergencial, a Câmara Legislativa Distrital, por
instituído no exercício de meio de Lei, aprova, em 24.11.97, a majoração
competência cumulativa atribuída ao Distrito do IPT~ dos exercícios financeiros de 1996 e..
Federal: de 1997, a ser cobrada até 31.12:97. Nessecaso,
tem-se por"violado o princípio da:
a) fTBl
a) irretroatividade
b) ICMS
b) isonomia
c) IPI
c) légalídade
d) empréstimo compulsório.
d) anterioridade.
3 - O tributo instituído com o intuito de
Intervenção no domfnio econômico e de 7 • As entidades de assistência social sem
interessft de categorias profissionais ou fins lucrativos sediadas no Distrito Federal.
econômicas, como instrumento da atuação quando praticam atividade econômica não
estatal na atividade econômica. denomina-se: relacionada com seus atos constitutivos, como
comercialização permanente de trabalhos
a) taxa artísticos e artesanato de seus assistidos:
b) eml*'éstimo compulsório a) gozam de ampla .Iiberdade tributária.
c) contribuição especial ou parafiscal b) gozam de imunidade tributária com relação
d) tarifa pública aos -t~butos referentes a suas atividades
assistências e de isençãQ tributária referente
4 - No texto constitucional, a compet~ncia às atividades de comercialização de obras de
tributária residual é atribuída: e
arte artesanato.
a) aos Municípios, sendo exercida por meio de c) gozam de imunidade tributária que não
legislação ordinária. alcança a atividade de comercialização de
b) aos Estados e Distrito Federal. sendo obras de arte e artesanato.
exercida pormeio de legislação ordinária.
d) não tem qualquer beneficio tributário, em razão
c} à União Federal, sendo exercida por meio de de se desqualificarem como entidades
legislação complementar. filantrópicas sem fins lucrativos.
d) à União Federal, somente sendo exercida por 8 - Um comerciante aliena o estabelecimento
meio do poder constituinte derivado. comercial a terceiro e, poucos meses após a
S - Tratando-se de operações de importação operação, estabelece-se novamente no mesmo
de derivados de petróleo: ramo comercial. Nesse caso. constituí-se
responsabifidade:
.a) somente é possível a instituição de uma.
espécie tributária, o hnposto de Importação a) solidaria do terceiro adquirente e do
federal, de sorte a se evitar a bitributação. comerciante alienante.
b} não é possível a instituição concorrente de b) subsidiária do cemerciante alienante. pelos
tributo estadual (ICMS) e federa! (Imposto de débitos do estabelecimento comercial
Importação), em razão da vedação à alienado, até a data da alienação_
competência.
,
...,
--."

40 "'.J­
j

c) subsidiária do terceiro adquirente, pelo$


débitos do estabelecimento comercial
14 - Sobre a constituição do crédito tributário,
é correto afirmar:
J
alienado, até a data da alienação. J
a) para a determinação do crédito tributário, '"
'--'
d) '. integral do terceiro adquirente, pelos débitos aplica-se a legislação vigente à época do
do estabelecimento comercial alienado, antes lançamento do tributo. -~

,
,.,
J
e após a data da alienação.
b) para a determinação da penalidade aplica-se
9 • O tributo que incide sobre atividade a 'egislação vigente à época da ocorrência j

econômlca~ permitindo a transferência da carga do fato gerador.


tributária do contribuinte para 'terceiro,
c) a circunstâncias que modificam o crédito ")

.,
denomina-se: -./

tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou - "

a) não-cumulativos que excluem sua exigibilidade, afetam a


. b) indireto

c} pessoal
obrigação tributária que lhe deu origem .

d) somente o contribuinte, assim definido em lei,


poderá ser chamado a responder pelo çrédito
-,
,
,., /'

. tributário. .

,
d) progressivo.

~"
15· Assinale a alternativa correta sobre a .

,
10· A instituição de tributos como forma de
intervenção do Estado no domínio econômico, retificação do lançamento.
. --'
onerando ·atividade. De sorte a desincentivá­
la. denomina-se:
.a) Após a notificação regular ao contribuinte, o "l
lançamento não mais pode ser modificado
a) fiscalidade pela autoridade tributante.
.~
b) No lançamento por declaração, a retificação
b) parafiscalidade
dos erros contidos na declaração e apuráveis .~
~o

c) extrafiscalidade pelo seu exame somente pode ser feita de .")


.. /
ofício. mediante a convocação do declarante
d) confisCO. para prestar esclarecimentos.
-j
11 • São tributos que podem adotar a
---- - . - - - ­
seletividade de aliquotas:
- --_._-- -- -­ ºe
c) A modificação introduzida, em conseqüência
~j~oj~i~l? ~~tér:!osado~~fª _. __ ~ _____
autoridade administrativa, no exercício do
a) IOFelPTU
lançamento,pode ser efetivada em relação a
b)..IPVA e IPTV ul'Jl mesmo sujeito passivo quanto a fato
gerador ocor.rido anteriormente à sua
c) IRe IPI introdução.
. d) ICMS e IPI d) A retificação realizada pelo contribuinte antes
de iniciada a ação fiscal dispensa o
12 • Consubstancia a suspensão do crédito pagamento de penalidade pecuniárias. salvo
tributário: as de caráter moratório.
a) moratória 16 ~ É correto afirmar que as convenções
b) prescrição particulares:

c) anistia a) quando relativas à responsabilidade pelo


pagamento de tributos. não podem ser
d) decadência. invocadas pela Fazenda Pública para buscar.
a responsabUidade de terceiros pelo
13 • Consubstancia a exclusão do crédito pagamento de tributos.
tributário:
b} quando estabelecem a responsabilidade de
a) isenção terceiros que assumem a carga tributária ",,'

b} imunidade
legalmente atribufda ao contribiínte, sao nulas
de pleno direito. .-
".a{
c) compensação c) quando estipulam a tranferência da carga
tributária, somente podem ser estabelecidas -'
d} transação. nos impostos indiretos. ...--:. ,

d) não são oponiveis à Fazenda Pública.

-.:;;'~i:;'":' ~~-:. .:.....-;... : ...­ :~;:::~]:-;"",c.,~c-: •.,~.:,:~C\::"!!J'~~::\";~:'::;'-;.:. :.~:~,:.?::: ._-:;:~c:,::,:~::"',"


r,-,
,
".:.7

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~~.""iit

r:,
(~;~
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C)-­
41
17 - o ICMS incide sobre: d) O emprego da analogia não pode resultar na
r-'~.~ __ exigência de tributo não previsto em lei.
.­ . a) operações que, iniciadas em um Estado,
r·,", __
· ~-y destinam a outros Estados energia elétrica.

b} operações que, iniciadas em um Estado, GABARITO


::.)
destinam a outros Estados combustíveis e
r·,~ lubrifteantes. 01-C
-~s"/" 02-A
(~­ c) importação e exportação de produtos 03-C
'... ~
-;.p.
industrializados. 04-C
"
05-C
,."'-' "),.

"\ ­ d) ouro, na comercializaÇão dejóias e artefatos.


06-A
·
~',~

'~...-.
18 - Assinale a afirmativa INCORRETA a 07-C
':::.-:./"
OB-C
7:-2~ __ respeito de domicílio fiscal.
09-8
~"-,
'i. .~~_ a) A regra geral para a fixação do domicilio fiscal 10-C
r-- ',"'!'.;.."":...,

?1
-...;:.::..'/
é a eleiçãp pelo contribuinte. 11-0
12-A
:-:;:,-­
~ ~ .;..~~I
b) A autoridade administrativà' pode recusar o 13-A
r-. domicilio eleito, quando essa escolha 14-8
.~.­
~ . . ., :j/ impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a 15-0
fiscalização do tributo. 16-0
/~\ 17-0
'.""J c) Na falta de eleição, o domicílio das pessoas
18-0
/~--­ jurídicas de direito público será qualquer uma
· .) 19-C
.•,-.:"}, de suas repartições no território da entidadê
~\ .,,-.. 20-C
. . ·~':Y tributante .
~ ~.-.
.}

/-~
',:.... "'"

­ d) O domicílio das pessoas físicas é o centro

.~~:\
.)J .
­ habitual de suas atividades .

19 - Assinale a afirmativa INCORRETA a


~ .',
· 'c:,~. respeIto . d e pagament o.
-- - - - - - - - - - _ . __ ._--._ .._-- ..-
.::~~ _.- ---_. __ .. ------......- ­
._--:--~. ._---~._-------_ _._--~--- _.-~ .. __. _ .. __._--_. __ .- - - - - - - - ­
- .~.
-'~
a) Quand.o a legislação tributária não fixar o
,-~-~{­ tempo da pagamento, o vencimento do crédito

f
-~'~;~ ­ ocorrerá 3'0 dias depois da data em que se
considera o sujeito passivo notificado do
-'~1~ lançamento.
r=:.:...;):. _
b) Em situação de solidariedade, o pagamento
­
l:"?
-,.':.:/
-"',) efetuado por um dos obrigados favorece aos
./;i
-"'-)­ demais.
/,d1
,~~­ c} O pagamento é modalidade de exclusão do
" ,jJl crédito tributário.
-Li_

~~=
d) Aplica-se imputação de pagamento quando
houver mais de um crédito tributário e o
contribuinte não especificar a qual se destina
/~~f­ o valor pago.
.~'J~ 20 • Assinale a alternativa INCORRETA.

·
-,.,:5;7
;---~
=:'_:~~
­ a) A lei tributária expressamente interpretativa
i-?"--',~'._ retroage.

'~i­
\­ ."--- ..
b) A interpretação das normas tributárias atinge
os fatos geradores constituídos a partir da
;-l '- ... ";
vigência da norma interpretada,

..:-. i
~:\
-' c} A lei tributária que outorga beneficio tributário
'~i.)
de isenção pode ser interpretada
":.v~/
'-:.:) extf''1sival1l6: ,L
r-..:~. ~.:7. ~-:-~, ~~ -~- .___ -'-"~'""::-:-'_:-. >':.:.- ...:- ~'~:';--~-:::-~~-. "',-.--,--:':--'--' ---~_:.:~~-,
o
. __ .-.----- _.­
.,
.-.l
j
42 ~)
As questões que seguem foram aplicadas no 1) Não ferem o princípio da legalidade a -)
concurso público para provimento no cargo de instituição e o aumento de tributos por meio de
Delegado de Polícia Federal .~~" i '~ , Marque medidas provisórias. ~)
certo ou errado, de acordo com o comando de .--,
cada uma delas, sabendo que cada resposta 2) O principio da anterioridade, segundo o qual -."
errada anula um resposta certa, as entidades governamentais não podem cobrar

21 - Considerando a insuficiência de recursos


tributos no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
._1
previstos na lei orçamentária municipal, para não se aplica aos impostos sobre importação. -J
a realização de obras de pavimentação, e que exportação, produtos industrializados, propriedade )
todos os recursos já estavam comprometidos
com outras despesas, determinado prefeito
municipal baixou decreto, publicado no dia 15
de maio de 1997, instituindo uma taxa de
territorial rural e grandes fortunas. "

3) A Constituição não prevê exceção alguma ao


príncípio da irretroatividade da lei.
.,
-)

pavimentação, a ser cobrada a partir de agosto


.)
4) O princípio da igualdade é aplicável somente
do mesmo ano. Os contribuintes visados, a impostos pessoais. -)
insatisfeitos com a criação de mais um tributo, :)
poderão . 5) O princípio da uniformidade geográfica
~

1) impugnar a cobrança do tributo, com


comporta atenuações nas hipóteses de concessão 3
fundamento no princípio da legalidade.
de incentivos fiscais que Objetivem promover o ~
equilíbrio socioecooomico de diferentes regiões do
país: ~1
2) impugnar a cobrança do tributo, com base no ~
principio da a~rioridade. ..-:J
24 - Relativamente aos impostos de
3) impugnar a cobrança do tributo, com o competência da União, de que tratam os arts.
argumento de que seu fato gerador não constitui 15:3"·e 154 da Constituição Federal, julgue os
itens seguintes.
'J
serviço específico e divisível. -)
1) Desde que observados os limites e as ~
4) requerer, tão-somente. o parcelamento do ~~
valor do tributo. condições estabelecidos em lei, podem ter as ~:~~
alíquotas alteradas pelo Poder Executivo os -/".Jr

~ ..~~
5) requerer a compensação do valor do tributo impóstos sobre importação, exportação. produtos
com a quantia paga a maior, a título de imposto
.. ~--_.- -sobreapropriedade predial e territoriàl ttrbana(IPTU);
industrializados e propriedade territorial rural. - 3
"'.....,.:
"5
~~
2) No que conceme aos impostos sobre produtos
.P
-:.-
22 - No atual direito tributário po·sitivo ·industrializados, beneficiam-se da denominada
~j
brasileiro, o empréstimo compulsório .imunidade extravagante os produtos industrializados
destinados ao exterior. ~~
;;;r
1) poderá ser·instituído no casoJle conjuntura Aoi..
~
que exija a absqrção temporária de podér aquisitivo. 3) Os impostos sobre grandes fortunas e os -~-
impóstos pertencentes à competência residual da ---~
2) tem o produto da sua arrecadação vinculado
à despesa que fundamentou a sua instituição.
Uniao serão instituídos mediante lei complementar.
-- -~

.;'>~

4) O imposto sobre a propriedade territorial rural, ~')

3) poderá ser criado apenas por meio de lei dado o seu caráter extrafiscal, destinando-se a _::)
complementar. que estabelecerá as suas hipóteses --,;
desestimular a manutenção de propriedades
de incidência, além daquelas previstas na improdutivas, poderá ser utilizado como instrumento
-~~
--.,.,
Constituição Federal. para o confisco de propriedades manifestadamente _.::;,i

~s
improdutivas, para fins de reforma agrária. ---.:;.:
4) estará sempre sujeito ao princípio da .-.",,:

anterioridade. 5) Os impostos extraordinários, instituídos pela


União na iminência ou no caso de guerra externa,
5) não poderá. jamais. ser instituído por estado
federado ou por município.
poderão ensejar casos de bitributação.

25 - Quanto as contribuições sociais, julgue


_ ....
23 - Nos arts. 150 a 152, a Constituição Federal os itens que se segue. . . ~-
.~;,'~

dispõe acerca de importantes princípios em


matéria tributária, que visam, ao mesmo tempo, 1) Considerando ser o faturamento das pessOas
limitar o poder dos entes tributantes e proteger jurídicas o fato gerador das contribuições sociais
os contribuintes. Em relação aos principios para o Programa de Integração Social, criado pela -~,-

constitucionais tributários, julgue os itens lei Complementar n. 7, de 7 de setembro de 1970.


abaixo. e para o Programa de Formação do Patrimônio do
.-/

Serviço púbiico. criado pela lei Complementar n. 8.


-----"­

-'.>: ,,<., , , ,,',' ~',. :", .. '~ q. , . . .: ; ' : . : "


43
de 3 de dezembro de 1970, não seria delegadas, medidas provisórias e outros atos
constitucionalmente possível a instituição, pela Lei jurídicos normativos pertinentes à- matéria
Complªmentar n. 70, de 30 de dezembro de 1991, tributária. Acerca das formas de expressão do
da contribuição para o financiamento da seguridade direito tributário, julgue os Itens seguintes.
social (CONFINS), cujo fato gerador é também o
faturamento das empresas. 1) Sabendo que a Constituição Federal, no art.
150,Vl, c, dispõe que é vedado à União, aos Estados,
2) As contribuições de interesse de categorias ao Distrito Federal e aos Municipios_ instituir
profissionais ou econômicas revestem-se de função impostos sobre o patrimÔ!1io, renda ou serviços dos
parafiscal. partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das
3) Todas as contribuições sociais, exceto as da instituições de educação e de assistência social
seguridade social, são de competência exclusiva sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, é
da União. correto concluir que, nessa situação. tal lei será
ordinária.
4) As contribuições de intervenção no domínio
econômico e as de interesse de categorias 2) Poderá ser alterada ou revogada por lei
profissionais ou econômicas só poderão ser e~gidas ordinária a.lei complementar Que discipline matéria
"'pós noventa dias da data da publicação da lei que situada fora do campo que. lhe foi reservado pela
as houver instituído ou modificado. Constituição.
5) ~n~ ~ União, medianb~ lei ~plementar, 3) Será inconstitucional a lei ordinária que invada
pod~rá l~stltUlr ~o~a~ cont~I?UlçÕeS para a o campo reservado pela Constituição às leis
previdência e asslstencla SOCIaiS, com base na complementares
competência tributária residual. .
. • 4) Considerando que o art. 98 do Código
. 26: ~ r-:spelto da ~nterpretação da legislação Tributário Nacionàl dispõe, ipsis verbis, que os
trlbutàna, Julgue os itens a seguir. "tratados e convenções intemacionais revogam ou
1) Os princípios do direito privadO podem ser modificam a legislação tributária interna e serão
utilizados para s,e determinarem os efeitos tributários obse~ados pel~ qu~ !hes sobrevenh~·, é correto
dos institutos, conceitos e formas do direito civil ou conclUir que tal dISpositivo legal deve ser mterpretado
do direito comercial. . no sentido de que os tratados internacionais
~~~~ ___ ~___. _ _ . prevaleçam sobre a legislação tributária interna, sem,
2) lei ordinária podeiã~eventualmente.-iedefiníi---riõ éiitànro;-revogá::.Ja:-- - -- --- -- - '- ~- -----­
o conceito do direito privado utilizado ,por norma - . . .'
constitucional para estabelecer competência 5) AJalta dO pagamento do tnbuto deVido, por
tributária. ­ haver sidó erroneamente dispensado por meio de
nOlma complementar, não exclui o contribuinte da
3) No caso de dispensa do cumprimento de imposição ~as penalidades, da cobrança de juros
obrigação tributária acessória. admite-se o emprego de mora e da correção monetária.
da analogia.
28 - No que se refere ao sujeito passivo da
4) Em matéria de infração à lei tributária, havendo obrigação tributária, julgue os itens abaixo.
dúvida sobre a pena cabível, entre as várias penas . . _ • .
previstas em lei, aplica-se aquela que for mais .. 1) Em s.e tratando de obngaçao acessOrla, o
favorável ao acusado. sUjeito passIVo pode ser tanto o contribuinte quanto.
uma pessoa que não tenha relação direta com o
5) Ainda que para solucionar situação fato gerador da obrigação principal.
manifestamente injusta, não é possível utilizar-se a _. . , • .
eqüidade para dispensar o pagamento de tributo . 2) Nao podera ser conSiderada como sUjeito
devido. . passivo a sociedade comercial irregular, ainda que
configure unidade econômica ou profissional.
21- O Código Tributário Nacional (CTN) no .. , . .,
art. 96, ao estabelecer o significado e o alcance _ 3) A faculdade d~ :~ha do domIcilIO trib~no
da expressão legislação tributária, determina nao ~e S?frer restriçoes Impostos pela autoridade
que :tal expressão abranja as leis, Os tratados administrativa.
interna.cionais, os decretos e as. normas 4) os pais são sempre responsáveis pelos
compJementares que tratam de tributos e tributos devidos por seus filhos menores.
relações jurídicas a eles concernentes. Além
dos citados, são ainda formas de expressão do .5) Não sofrerá punição aquele que procurar o
,~
direito tributário: a Constituição e suas fisco, espontaneamente. e confessara cometimento
emendas, as leis complementares, leis de infração.

.,-.;--..,......,............-,--~-;:-:~'_ .. -:'.: .
,-'
.J
)
44 :J
29 -O crédito tribútário decorre de imposição GABARITO ._.)
legal e constitui parte fundamental da receita
21-CCCEE .J
pública. Por conseguinte, o CTN outorga-lhe
vantagens em.relação a créditos de outra
22-ECEEC
.-,
natureza. A respeito das garantias e privilégio
)

.,
do crédito tributário, julgue os itens a seguir. 23-CECEC
1) Além das previstas no CTN, outras garantias
para 9 crédito tributário poderá ser estipuladas por
24-ECEEC -'
25-ECCEC
meio de lei. '1
2) Não respondem pela quitação tributária os 26-EEECC .J
bens do sujeito passivo que, anteriormente a )
27-ECCCE
instituição do crédito tributário. hajam sido gravados
pelas cláusulas de inalienabilidade ou 28-CEEEC .J
impentlorabilidade. )
29-CEEEC
3) Será considerada fraudulenta, em qualquer .-l
drcunstância, a yenda de bem por devedor de tributo.
desde!,:tue o crédito tributário se encontre em fase
de execução.
3O-EECCC
.,
:J
4) Tendo em vista.os privilégios de que goza o
:)
~.'.
.~
crédito tributário tem preferência sobre qualquer outro
crédito. ~l.
5) Se mais de uma pessoa jurídica de direito
público tiver crédito tributário a receber, ocorrerá ,
.~

concurso de preferência, na seguintes ordem: a)


União; fi) Estados. Distrito Federal e Territórios,
conjunté,lmente e mediante rateio; c) Municípios,
:J
~"-J
../
conjuntamente e mediante rateio. Ar')
dI
3D - Acerca da administração
-~-'--julgue-os !eguintes·itens;--····
tribu~ária
~
~"~
1) Será considerada abusiva a fiscalização de ~i
pessoas que gozem de imunidade tributária ou de
isenção de caráter pessoal. )
.)
2} Mediante intimação escrita, todas as. pessoas
são obrigadas aprestar informação às autoridades
administrativas, no interesse da aplicação da
.'...-.
]
~
legislação tributária, independentemente do segredo ...."'i
profissional.
,...:''1
3) O dever de sigilo funcional não impede a
Fazenda Pública de prestar informações relativas a
:l)
sujeitos passivos que tenham sido requisitadas por '-.'J
autoridade judidária no interesse da justiça.

4) As Fazendas Públicas de todas as entidades


--'
governamentais deverão ajudar-se mutuamente na -:.y
.... ;
fiscalização dos tributos respectivos e na permuta
~'r'
de informações, dependendo de previsão em lei ou .-,
em convênio.
-~.,
5) O próprio agente fiscal, sem valer-se do chefe
da repartição, poderá requisitar o auxilio de força
pública, quando for vítima de embaraço ou desacato
no exercício de suas funções.

.• ~: <..:~ ".~:::~ '. <.' .c~,:-~=",


-- 45
As questões que seguem foram aplicadas no c) prescrição;

-- 14° Concurso Público para provimento de


cªr9os de Procurador da República e poderão d) exclusão.
ser respondidas utilizando somente a legislação
36 - Assinale a alternativa correta:
não comentadà. Cada quatro respostas erradas
--- anulam uma certa. Há uma única resposta a) a competência tributária e a capacidade
certa. tributária ativa se confundem;
.r-', 31 - Segundo o Sistema Tributário Nacional, b) a competência tributaria e a capacidade
l ,j_
.. a imunidade rec(proc~: tributária ativa são intransferíveis;
a) estende-se aos serviços públicos concedidos; c) somente a competência tributária é
indelegável;
b) não se estende aos serviços públicos
concedidos; d) nenhum desses enunciados é verdadeiro.
c) somente se estende aos serviços públicos 37 - A relação contida no art. 153, da
concedidos naqueles casos que o legislador Constituição Federal, que trata ~os Impostos de - .
complementar vier a autorizar; competência da União, é:
d) nenhuma alternativa é correta. a) exaustiva;
32 - A regra contida no x 4°, 2a parte do art. b) exemplificativa;
153, da Constituição Federal configura:
c)- exemplificativa se as demais pesSoas poIiticas
a) imuflÍdad~; .. de direito constitucional interno não
exercerem a faculdade legislativa tributária;
b) não inciçlência;
d) exaustiva para as para as exações.
c) isençao;
38 - A parte da lei do imposto territorial rural
d) exclusão temporária de tributação em que· estabelece exação mais onerosas sobre
fomentação à fixação da famíJia no campo. Imóveis Inexplorados ou' de baixa
33 - O espólio é responsável pelos tributos produtividade, conceitua-se como:
. ··"devidos pelo decü)us: -..__..... -..----".­
a) parafiscalid~;

a) pessoalmente; b) fiscal idade; .


b) solidariamente; c) extrafiscalidade;
c) subsidiariamente; d) exceçãoao principio tributário da uniformidade
geográfica. .
d) por substituição.
39 • Indique o tributo cujo fato gerador da
34 - É corretO afinnar:
obrigação revela certa peculiaridade no
a) a capacidade tributária depende da tocante ao aspecto temporal ou momento em .
capacidade civil; que ele leria ocorrido para detenninado fim:

b) o pai do menor, perante o fisco. responde a) Jmposto Predial e Territorial Urbano (IPTI);
como sucessor;
b) Imposto sobre Propriedade de Veiculos
c) a capacidade tributária independe da Automotores (IPVA);
capacidade civil;
c) Imposto sobre a Propriedade Territoriàl Rural
d) que é incapaz, sob o ponto de vista tributário. (ITR);
o profissional que, sLíSpenSO do exercicio das
d) Imposto de Importàçao:
suas atividades, vier assim mesmo a exe~
las. 40 - No Sistema Tributário Brasileiro, é
correto afirmar que: ­
35 - A exoneração legal do pagamento de
Imposto lançado configura: a) existem a solidariedade ativa e a solidariedade
. _ passiva;
a) anistia;
b) a sofidariedade pode decorrer da vontade das
.--, b) remissão; partes, comumente nos casos de
._,f ,'.1"',
-'-"
)
_1
46
constituição regular das sociedades As questões que seguem foram aplicadas no
'-'
j
comerciais em que se insere cláusula nesse
. sentido, quando ocorrer a sua extinção, fusão
ou transfonnação;
15G Concurso Público para provimento de
cargos de Procurador da República e poderão
ser respondidas utilizando somente a legislação
.-/

,
'1

,
./
não comentada. Cada quatro respostas erradas
c) somente é admitida solidariedade passiva; anúlam uma certa. Há uma única resposta ~l
d) a solidariedade pode comportar o benefício
certa. 1
da ordem. 43 - O tributo arrecado a titulO-de 'empréstimo
41 - Indique a hip6tese em que a
decadência, no direito tributário, distingue-se
compuls6rio sobre o consumo de combustfvel
é sujeito ao lançamento:
.'-1,
'i
da decadência no direito privadO:

a) a decadência, no direito privado, faz perecer


um direito pelo seu não exerciciodurante certo
lapso de tempo; no direito tributário, nem
a) de ofício. unilateral e direto;

b) por homologação;

c) por declaração;
.',
,)
sempre 9<?Orre esse perecim~nto;

b) a decàdência, no direito tributário, é passivel


d) nenhuma das alternativas ant~riores. -l1
44· À vista do principio da paridade jurídica
de suspensão; no direito privado, a
decadência não a comporta; consagrado no art. 150, V, da Constituição, à J -.

c) a decadência, no direito tributário, é passlvel


União Federal, no exercício de sua
competência impositiva prevista no art. 153, V, '-'
.1
de interrupção; no direito privado, não o é; da Lei Fund~mental: ..-., '1
d) a decadência, no direito tributário, pode ser a) pode cobrar do Município o Imposto sobre -1
declarada de ofício pelo juiz em atenção ao Operações Financeiras, posto que o '1
--.
principio consagradQ no art. 5°, inciso 'XX>r-J, investimento no Sistema Financeiro não se
3
da Constituição Federal.
federado'
insere entre as finalidades essenciais do ente
~
,'"
42 • De acordo com o C6digo T r i b u t á r i o ' "
Nacional, a legislação tributária que disponha b) não pode cobrar do Municipio o Imposto sobre .,P
. . sobre di!>~l!sa ~~~~l1lpri~~I1,t~ ~e ob~Q.~~~ ............ O~!B~ Fln~l'l98i~§§!.__ ._. _ ... _._ ._.."" __. ___.. ,, __
--- --tributarias acess6rias, deve ser,lnterpretada: ~.. , ~
c) não pode cobrar somente somente se o .~
. a) de forma mais benigna ao contribuinte; Município comprovar que a aplicação destina- 1)
se à constituir renda para pagar a sua dívida -fj
b) com observância dos principios gerais de fundada e evitar a medida preconizada no art. ''/'71
direito; 35, I, da Constituição Fed~ral; ._,
c) sob o método teleológico; d) não pode cobrar se houver convênio firmado ''-../
'3
entre a União e o Estado em qué haja previsão d
;;JJ
d) literalmente.
de compensação de créditos.

4.5 - é correto dizer que na is.enção do


GABARITO Imposto sobre Operações Financeiras nas .~
Importações: '-'­
~
31-8
32-A à) o termo inicial da vigência da isenção pode .J~
33-A ser fixado a partir da data da expedição da
34-C guia de importação sem violar o prindpio da
-/_,.,.:i
35-8 isonomia tributária;
36--C b) o termo inicial da vigência da isenção é o da
_.....-F"';":'
~" :;'
37-B data do fato gerador do tributo; . --- '--...­
3S-C
39-0 c) no caSo especifico. não há como separar os ~

4Q..C conceitos de isenção e de fato gerador da


41-C obrigação tributária para o implemento da
42-0 política fiscal e econõmica. pelo Estado, à
vista do interesse social;

d) no caso especifico, o termo inicial da vigência


da isenção deve ser fixado pOr ato do Ministro -,/­
.,-:
.._,,,. -­ --:.~.:~~-;-:-::;.~.~:.::.::-:~:~:'- ::'7:'"::;~~--:~::.~:. ~-,:;., .~. :._.:-..".
) I

da Fazenda, porenvolverjuizo de conveniência


47
obrigação e a base de cálculo do tributo já
~"J." e oportunidade afeto ao poder executivo. estão definidos no próprio dispositivo
constitucional;
46 • Na repetição de indébito do adicional
de Imposto de Renda, a conreção monetária é c) fica condicionada à celebração de convênios
devida: entre os Estados-membros, o Distrito Federal
ea União
a) desde o pagamento indevido;
d) depende da edição de lei complementar
b) a partir da citação da Fazenda Pública; nacional. .
c) a partir da data da publicação da sentença; 51 - A contribuição social de interesse da·
,<-
d) a contar da data que a decisão judicial vier a categoria de trabalhadores fixada de acordo
fizar. com o inciso IV, do art. 80-, da Constituição:

47 - A alteração da alíquota, por ato do poder a) tem natureza jurídica híbrida, isto é, tributária
executivo, nos termos do art. 153, x 1°, da em razão da vinculação da entidade
Constituição, decorre: . representativa da categoria profissional com
o contri6:uinte, e não tributária em função da
a) da aplicação do principio da legalidade; destinação dos recursos arrecadsdos;

b}'.de observância de exceção ao princípio da b) tem natureza juridica de tributo;


isonomia das pessoas constitucionais;
c) não tem natureza jurídico tributária;
c) de aplicação do princípiO da índe!egabilidade
da competência tributária; d) nenhuma das alternativas é correta.

d) nenhuma alternativa é correta. 52 • O Estàdo-membro, ao fixar alíquota


progressiva do imposto sobre heranças e
48 - O pagamento antecipado pelo obrigado
extingue o crédito tributário: doações. observado o teto da alíquota máxima
fixada pelo Senado, atende ao princípio:
a) sob condição resolutória;
~\- a) da capacidade contributiva;
b) sob condição suspensiva;
;.~< ~ c) sob condição resolutória em relaçãq ao b) de melhor distribuição de receita;
--;l'--------~----------có-ntnDüirnee-solfcõndíÇão-süspensiv1fem -, ---~-da igualdadeeda legalidade: -- - - --..--- .--.----­
, ,'_ relação à Fazenda Pública;
~-! d) da competência compartilhada.
d)· não se submete a nenhuma condição.
49 - Assinale a alternativa correta: 53 - É correto dizer:
a) a. ação de cobrança do crédito tributário a) a imunidade tributária incide sobre as
prescreve em cinco anos contados da d~ta contribuições indistintamente;
do lançamento;
b) a imunidade tributária aplica-se aos tributos
b) a prescrição se interrompe mediante vinculados;
interposição de recurso administrativo;
c) que é a destinação do produto arrecadado que
c) a prescrição, em Direito Tributário, extingue
define a natureza específica do tributo;
não só a ação como Jambém o próprio direito
ao crédito tributário; d) a imunidade tributária aplica-se aos tributos
d} a autoridade administrativa pode autorizar, por não vinculados e às contribuições que se
despacho fundamentado, remissão parcial do revestirem desse caráter de não vinculação.
crédito tributário, atendendo a condições 54 • No Sistema Tributário Brasileiro é
peculiares a determinada região do território
correto afirmar que:
da entidade tributante.
":"."
y-- a) a responsabilidade de terceiros prevista no
..
.".....r--,-'
, 50 - A instituição do adicional de que trata o
art. 155, 11. da Constituição Federal, pelos .
art. 134 do CTN é solidária;

, Estados-membros e pelo Distrito Federal: b) a responsabilidade dos sucessores restringe­


-:,
se às obrigações acessórias;
a) depende unícarnente de ato legislativo próprio;
\
c) a pessoa natural ou jurídica que adquire o
b) não depende de ato legislativo dos Estado e . fundo de comércio responde pelos tributos
.:-.
do Distrito Federal porque o fato gerador da devidos integralmente ainda que o alienante
a:~,,:2)~ ·.~.:::',:m ___ m _• • • • • • __
~,

-'~
"'I
48 cJ

"
'1J
continue na exploração da nova atividade As questões que seguem foram aplicadas no
.comercial; concurso público para provimento do éargo de 3J
d) a sujeição indireta do responsável tributário
. posteoorà ocorrência do fato gerador configura
substituição.
Procurador da Fazenda Nacional realizado em
1992•
55.A União pode criar outros impostos não
~.J

,,
1l

GABARITO
discriminados na Constituição de 1988. desde
que sejam não-cumulativos, n~o tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos nela
.-/

,
c~'
1

43-8
44-8
45-A
46-A
discriminados, mediante~

a} lei complementar

b) lei delegada
,
~,

":'\\
:il
~:

47-D c} lei orçamentaria ~~


.~
48-A
49-C d) lei ordinária -' ~ ~

50-0 ~~
e}· r.esolução do Se':lado Federal ~"
51-C
52-A
53-0
54-A
Nós Território~' Federais divididos em
56.
Municípios. a competência para criar impostos
estaduais e municipais é. respectivamente,
.-"
"13
j
':l
a) do Estado-membro e dos Municípios ~
C:J

b) da União e da União <J


c) da União e dos Municipios ~
!'~
;;
d) dos Municípios e da União ...-c
0''i
- ~

--/'~
e) do Território e dos Municípios .«"'1
;{
...
, ~
_,;i

57.A destinação do produto da arrecadação, F1


J

-- ------_._--_.
~.
àlUZ-da_COnstituição.da.1988"é...-.------ - ..---.---­ ~
...i

,0l
--./ ,
a} relevante, em se tratando de impostos <'J
'. municipais
-~
'l.:il
b) relevante, em se tratando de taxas de polícia J~
;W"
~-:~
c) reievante, em se tratando de contribuição de
;,a
melhoria c-/1!í'!;
%>
d) relevante, em se tratando de empréstimo '~-
..,(~

compulsório '~~
.;;P

,>2
e) irrelevante '--'~

58.0 sujeito ativo para instituir as -~ ......,.;>Í


e
contribuições sociais criadas pela União para
a seguridade é
~ .-.:
--:-t-'t
a) aUnião

b) olNSS ~
c) o lAPAS

d) olNAMPS ;~-.

~
e) o Departamento da Receita Federal . . . . . . .c

---.
~ •.• ___.~ ___ ...-,-r -.~:__-S,'IJ': -T ~ •• ~:~:-;~~;::"'7:_ ;-::-"I,~--:~::::;"":;""~ •• -~ ~-,.-.-.--~---
~ ~ ,."'~ ~ 'c~.'.=.~"'7;-c:cc"'"7:"-'c~:.;:~"'"' .",:',-::j~llt.::.",",,~~' .:~.·:~~;é:
.• ..'.c- - ,-
49
59.Salvo disposição de lei em contrário. b) ocorridos nos últimos 5(cinco} anos
reputam-se perfeitos e acabados os atos ou
negócios jurídicos sob condição suspensiva c} posteriores à sua introdução
desde-o momento ­
d) ocorridos, desde a vigência da lei de regência
a) do implemento da condição e) ocorridos, desde a data do ato que
b) da prâtica do ato ~tabeleceu o critério anterior

c} da celebração do negócio 54.Anulado, por vício formal, em virtude de


decisão que se tornou definitiva em 05 -de
d} do desfazimento do ato janeiro de 1988, um lançamento do imposto
territorial rural, relativo ao exercício de 1985.
e) do desfazimento do negócio jurídico que fora efetuado em 15 de março de 1987. tem­
se que o direito de a Fazenda Pública constituir
60. O exercício potencial do poder de polícia
o respectivo crédito tributário extingue-se após
a) permite a exigência de taxa de serviço 5(cinco) anos contados de

__ b} possibilita a incidência de taxa de polícia a) 1° de janeiro de 1985

c) toma possível a cobrança de pedágio b) 1° dejaneiro de 1986

d) faculta a incidência simultânea da taxa de c) -1° de janeiro de 1987


serviço e da taxa de policiá­
d) 05 de janeiro de 1988
e) não permite a exigência d~ taxa
e) 15demarçode1987
61.Garimpeiro qúe exerce sua atividade em
65.0 remitente, quanto aos tributos relativos
regime de economia familiar, sem empregados
aos bens remidos é
permanentes, ~eve contribuir para a
seguridade social mediante a aplicação de uma a) contribuinte
alíquota sobre
b) solidariamente responsável
a) seu faturamento comercial
c) substituto tributário
___ b)·-sua-receitao~!aciona.------~-----
d) terceiro responsável
c) o valor líquido-de sua produção
e) pessoalmente responsável
d) suas despesas fixas e variáveis
66.Contribuinte que deixou de emitir nota
e) o resultado da comercialização da prodUÇão fiscal e que também deixou de efetuar o
pàgamento do imposto respectivo denuncia o
62.A anistia, a conversão de depósito em
fato à Administração Tr-ibutária
renda e as reclamações que observem os
espontaneamente. e paga0 ~ontante do
termos das leis reguladoras do processo
imposto devido ao fisco. antes do inicio de
tributário administrátivo acarretam,
qualquer procedimento administrativo de
relath'-amente ao crédito tributário,
Fiscalização. O fisco, entretanto, não
respectivamente, sua considerou excluída a responsabilidade do
a)..exclusão, suspensão, extinção contribuinte pelas multas cabíveis. Esse
entendimento tem respaldo legal, porque o
b) extinção. suspensão, exclusão contribuinte

c} suspensão, exclusão, extinçãO a) deveria ter recolhido. também, os juros de


mora
d) exclusão. extinção. suspensão
b) deveria ter feito a denúncia acompanhada
e) extinção. exclusão, suspensão também da emissão da nota fiscal
53.A alteração do critério juridico adotado c) valeu de instituto inexistente
pela Administração para o lançamento somente
pode ser aplicada, em relação a um mesmo d) deveria ter pago a multa pela infração
contribuinte, quanto a fatos geradores
~ ~ """". e) deveria ter emitido nota fiscal e escriturado o
::'~ ocorridos no ano anterior livro fiscal respectivo.

___ -~i~t:~ 7;'t'..~::'~·,).'~ __ _ - ----_.---- --- -- ----- ---- ---------­


·;.~;..-:;;;;:i:..::::::'":i-.If~~~i.~~';;ji~:'~~~;;;;"~;;:-";":::'

J
--'
-~
50 -'"l
,",/

67. Atendendo as condições e os limites da b) aos impostos sobre o patrimônio, às taxas e --'1
lei, o Poder Executivo pode alterar as alíquotas à contribuição de seguridade social
-j
dos seguintes tributos:

a) Imposto sobre Produtos Industrializados,


Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto
c) às taxas e à contribuição de melhoria

d) às taxas e à contribuição de seguridade social


-,
.... 1
sobre Operações Financeiras e Imposto de
Renda
e) à contribuição de melhoria e à de seguridade ... 1
social
-1
b) Imposto sobre Produtos Industrializados.
~1
Imposto de Exportação. Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural

c) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e


71. Em 20 de novembro de 1991, foi publicada .
lei majorando as alíquotas dos seguintes
tributos: Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural, Contribuição para a Seguridade Social
--,
--.,
de Prestação de Serviços de Transportes e e Imposto sobre Operações de Seguro. As -)
Comunicações, Imposto sobre a Propriedade aliquotas majorandaspodem ser aplicadas,
Predial e Territorial Urbana, Imposto sobre a respectivamente, --1
Propriedade Territorial Rural -)
d) Imposto sobre a Propriedade de Veícwlos
a) no exercicio seguinte, noventa dias após e
imediatamente ....
-./
.,
Automotores. Imposto sobre serviços de b} no exercfcio seguinte. imediatamente e -1
Qualquer Natureza, Imposto sobre Produtos noventa dias após
_ Kj
Industrializados e Imposto sobre circulação
de Mercadorias e de Prestação de Serviços
de Transportes e Comunicações
c) imediatamente, noventa dias após e no
exercício seguinte
-:1
-1
e) Imposto sobi"é- Operações Financeiras, d) no exercicio seguinte, noventa dias após e -1
Imposto de Exportação. Imposto de
Importação e Imposto sobre Produtos
noventa dias após ..:~)
Industrializados e) no exercício seguinte, no exercício seguinte -1
68. O Imposto de Renda deverá observar os 72.No caso de prestação de serviço de --1
seguintes critérios, por força da Constituição transpOrte rodoviário por terceiro, entre pontos -::}
Federal situados em diferentes Municípios do mesmo
Estado,....... ___~_____._~ ___... _..~ __...._______.__.._. __._.____.._.
"';1
a) unidade, comodidade e certeza
a) é devido ISS, no Município.em que estiver o
-::j
b) unidade-; uni)rersalidade e progressividade estabelecimento prestador
-:;'j
~-4
c) universalidade, progressividade e comodidade· b) é devido o ISS, no Município destinatário dos ~

d) universalidade, generaUdade e progressividade bens transportados ~1


e) progressividade, generalidade e unidade c} é devido o ICMS ao Estado em que ocorreu a
--1
.-J 4'"
prestação ~;?..".
69.A veda, no varejo, de anel de ouro,
adquirido de atacadista, sujeita-se ao imposto d) são devidos assim o ICMS como o ISS -.r ~
.',{

.1'
~!):

a) sobre Operações Financeiras (IOF)


e) _não há incidência desses impostos
--;j
~r
b) de..Círculação de Mercadorias e Prestação '1
de Serviços de Transportes e Comunicações
{tMCS}
73,.Na transmissão "inter vivos", por ato
oneroso. de direitos reais sobre imóveis, -1
-....r
juridicamente identificados como penhor,
c) sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) anticrese e enfiteuse, com relação ao imposto
d) de Renda (IR) de transmissão "inter vivos" de Bens Imóveis,
~.!..
há, respectivamente, !

e) sobre Produtos Industrializados (IPI)


a) não incidência, não incidência e incidência
70. Entidade beneficente de assistência . ~ ~

social, sem fins lucrativos, e que preencha os ­ b) incidência, não incidência e incidência ~..-r .'
requisitos para fruição de imunidade tributária
está sujeita c) incidência, incidência e não incidência
a) às texas, à contribuição de melhoria e á d) não incidência, incidência e não incidência './

contribuição de seguridade social


"~,'

e) incidência, incidência e incidência


-'
...
"-:-."--,"-~~,.,........,:.-""""-.-~_.'V''' .., ';,'m,-:o",. :'~-:,,",-.--o''7~,:-,:-::':'~:::::·'::;-.;-
.. -:.- ....•,.~ ..-.- .. _----.,,---,-_. __._......
-,
--~
-------~_ .. ".- " ..
-~~.
74. A pessoa jurídica "A" incorpora a pessoa
51
As questões a seguir foram aplicadas no
jurídica "8". A incorporada ("8") tem por Concurso Público para provimento do cargo de
atividade predominante a locação de bens Procurador do INSS. _. ,,.' _..' _. - .'; Marque
móvejs. A pessoa jurídica adquirente certo ou errado. de acordo com o comando de
(incorporadora "A") explora várias atividades. cada uma delas, sabendo que cada resposta
Entre elas, dedica-se, há mais de dez anos, ao errada anula um resposta certa,
arrendamento mercantil de bens imóveis.
Sabendo-se que a receita auferida pela pessoa 75 - Em relação às limitações ao poder de
jurídica incorporadora ("A"), a título desse tributar, julgue os seguintes itens.
arrendamento mercantil, nos 5 (cinco) anos
1) Uma emenda constitucional pode autorizar o
antecedentes à aquisição e nos 3 (três) anos a
legislador complementar a instituir impostos a ser
ela posteriores não ultrapassou 50% do total da
cobrado de todas as pessoas jurfdicas de direito
sua receita operacional, pode-se afirmar que,
privado e público, desde que este tributo não seja
nesse caso,
cumulativo nem tenha fato geradorou base de cálculo
a) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis próprios dos impostos discriminados na Constituição
transmitidos, em razão da atividade como sendo de competência da União.
pr~ponderante da ~ jurídica íncorpor~da
2) A jurisprudência mais recente do Supremo
b) não incide o ITBr relativamente aos "bens Tribunal F~era', relativa à. imunidade tributária,
imóveis transmitidos, porque não há orienta·se pelo critério literal de interpretação; do
preponderãncia dessa atividade por parte da qual resulta uma tendência favorável ao fisco, nessa
pessoa jurídica incorporadora màtéria.

c) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis 3) Em virtude do princípio constitucional da


transmitidos, porque se trata de transação anterioridade, uma lei ordinária que reduza o valor
entre pessoas jurídicas de alíquota de imposto, publicada em outubro de
determinado ano, somente será aplicável a partir do
d) incidiu o ITBI relativamente aos bens imóveis primeiro dia do ano seguinte, ainda que contenha
transmitidos. porque é irrelevante a atividade artigo determinando a sua aplicação imediata.
a que se dedique a incorporadora
4) Carece de fundamento constitucional a
e) incidiu O ITBI, porque é irralevante a atividade pretensão do Fisco de ~xigir, da pessoa jurídica
se dedica a incorporada proprietária de culto religioso e de clube de natação,
-_._~"-.~ --"~-"'-'~'--

-tõntribUíÇãeYdgmelhoriauecorrente tie obra-públiea--' _.~. _­


que valorizou os dois distintos imóveis, isto é, tanto
aquele onde se situa a igreja como o outro, no qual
GABÁRlTo
foi construído o parque aqüático
55-A 5) Uma vez criado determinado imposto federal
56-C " no ano de 1995, a União pode, durante o ano de
57"[)
1996. delegar a competência para arrecadá-lo a un:aa
58-A-B de suas autarquias, sem desrespeitar o princípio da
59-A anterioridade.
6O-E
61-E 76 • Em relação à contribuição social, julgue
62"[) os itens a seguir.
63-C 1) .A natureza juridica da contribuição social, na
64-0 . Constituição de 1988, é doutrinariamente
65-E controvertida. As duas principais correntes de
66-A pensamento à 'esse respeito podem ser assim
67-E resumidas: enquanto certos autores entendem que,
68-D em substância, a contribuição não passa ora de
69-B imposto, ora de taxa - a depender da sua hipótese
7O-C de incidência -. outros defendem o ponto de que a
71-A contribuição mencionada constitui, em conjunto com
72-C as demais contribuições uma espécie tributária
73-A autônoma, cuja a hipótese de incidência descreve
74-B uma atuação estatal indireta ou mediatamente
,...::.. ~-
referida ao seu devedor.
- 2) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal
Federal, a expressão salários, utilizada no art. 1pc:;

.n, ... . . . . :."'~~'.:.~-~~: •.... ~~:


~J
~)

52 -J
-_1
da Constituição, para definir a base de cáJculo da
contribuição social, tem sentido técnico, isto é, não
diz respeito á remuneração de qualquer tipo de
1rabalho, mas á contraprestação devida pelo patrão
5) É inconstitucional a hipotética taxa de
emissão de licença ou guia de importação que tenha
fato gerador diverso do imposto de importação e que
seja quantificada segundo um percentual do preço
-'-'
- ___1
-)
ao trabalhador, em uma relação de emprego, hoje de venda nonnal do bem, na localidade de sua
regida pela CLT. entrada no Brasil. -~1
3) Uma lei ordinária pode criar contribuição social 78 - Com relação ao crédito tributário, julgue
- _:J
diversa da incidente na folha de salário; no os itens a seguir. -j
faturamento e n'o lucro, a ser paga pelos
empregadores. desde que esta nova contribuição
seja não-cumulativa e não tenha o mesmo fato
gerador ou a mesma base de càlculo de um dos
1) Uma lei ordinária não pode ampliar o prazo
qüinqüenal de prescrição tributária prevista na lei n.
5.172166 (CTN).
-:)
-'.'l

-]
impostos discriminados na Constituição. 2) E m 1989, ocorreu ce rtO f ato gerador d e taxa.
--)
4) eom a entrada em vigor do sistema tributàrio No ano de 1993, foi constituído o crédito tributário a
-~~
da Constituição de 1988, tomou-se irrelevante saber eIé relativo. O contribuinte usando de faculdade legal.
se as contribuições sociais são tributos, para se recorreu administrativamente. A decisão --]
determinarem quais são as nOl1!1as gerais relativas administrativa final • contrária aos interesses do
ao seu lançamento. particular - sobreveio em 1996. Ajuizada~m 1996,
')
.' . é correto afirmar que a ação destinada a satisfazer
--)
5) Assim como. por exceção, os impostos esse crédito está prescrita. -3
----
incidentes na importação. na exportação e nos
produtos industrializados têm certo aspecto da sua 3) O crédito tributário - ai incluídas as - J)
quantificação determinado em ato nonnatlvo diverso contribuições sociais - prefere a todas as demais . ')
da lei - ainda que esta dê uma margem devariaçãe- espécies. de crédito.
_f~
-, as contribuições sociais foram submetidas a um
. .. d t " d d d' d : .
4) N f lê . d
a a nCla e ce
rta pessoa Jun. 'd'Ica que ....... .......
~

pnnclplo e an ~non a e "verso a reg~ Similar, somente seja devedora de tributos - federais,
geralmente aphcada aos Impostos preVIstos na tad' ... d . ti b . .
C tit'çã d 1988
ons UI o e .
es uals e muniCipais - e e empres mo ancano
assegurado por hipoteca, os créditos de natureza ---') . ~..,.

77 - A respeito dos tributoS brasileiros, julgue t~butária somente e~tã~ sujeitos a ~ncurso entre -...-,.J
os itens que se seguem. SI, devendo ser sattsfeltos na segumtes ordem: ,,~)
União. Estados e Municípios, já que os créditos
r
~-1 Anaturezãjundicaespecíficadeum tribufo é· , 'a.udidos nãa-estão·sujeilosaoconcursoromoJipo._ --'.;,/
1

dado pelo seu falo gerador, desprezando-se tanto a de crédito privado remanescente. ....
destinação dos recursos com ele apurados quanto
a sua denominação.
5) A lei n •. 5.172/66 (CTN) dispõe de nOl1l'la
hermenêutica especifica. no que tange ao modo pelo
..~~
-
~
,;ti
2) Um Estado-membro recém-criado pode. qual hão de ser interpretadas as disposições
institúir taxa destinada a custear a implantação ou tributárias relativas á exclusão do crédito tributário ;..~)
-.<<li
a melhorií;1 do serviço estatal de segurança públit:;a. e à outorga de isenção. ..... -,,~
3) Diz~se que os impostos são espécie tributária 79 - Ainda com relação ao crédito tributário, ' ...
julgue os seguintes itens.
não-vinculada. porque o seu fato gerador é uma
Al ~J
situação que não depende de atuação estatal 1) A confissão de dívida tributária e a
especifica em prol do contribuinte, de sorte que ~~'J
apresentação á autoridade competente, do pedido
quafquerfalha em serviço públie<;> estatal não pode .... '-í
de parcelamento do débito são insuficientes á .~
ser oposta como causa de inadimplemento deste
tipo de tributo.
caracterização da denúncia espontânea prevista no A))
elN. ...~.\
"

.-9
4) Conquanto em uma de suas modalidades a 2) O arbitramento, pelo fisco. do preço de bens
~ .;
taxa seja inspirada pela idéia de contraprestação e serviços que servem de base de cálculo de
paga pelo contribuinte por certos serviços públicos impostos. na hipótese em que a declaração do ,. '<.

prestados, o direito positivo brasileiro admite - se sujeito obrigado não mereça fé é compatível com o
prevista em lei - a sua cobrança de empresa que, principio da legalidade tributária - tal como '.0:,

em face de lei válida que prolbe,lançar lixo em via consagrado na Constituição de 1988 - e com caráter Á
..,....-'"'-­
pública, tomou a decisão de levá-lo ao aterro plenamente vinculado do ato de iançamento
~.:>,!,

sanitário. para evitar o uso do serviço público de tributário. pois a autoridade fiscal nâo estabelece o
" ----;.;; ,~4"

coleta de lixo e, conseqüentemente o pagamento crité'rio para o cálculo do tributo, apenas dispõe de "
do mencionado tributo vinculado, que estima ser .liberdade técnica para investigara~do fato '"
muito caro. gerador e quantificar o tribute, dê ~rdG cmt:l <t ".
..
parâmetro legal. ~"

, ~-
'

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cc· ......­

IIL'::.~ _...:,;___.~~~::J. __ , ______ ._~., __ "'..._ J .~":'.


,.-.
..; ­

53
3) Segundo o CTN o lançamento por 81 - Acerca das garantias do contribuinte,
homologação, C<?l'!hecido.doutrinariamente também julgue os itens a seguir.
,f~ ~
como autolançamento, é uma atividade realizada
"---;­
peló-éontribuinte, posteriormente sujeita aO controle 1) Em razão do princípio da legalidade da
do fisco. tributação ser uma garantia do contribuinte. está
vedada a analogia. em direito tributário. que resulte
4) A presunção de certeza e liqüidez da dívida em exigência de tributo não previsto em lei. admite­
ativa inscrita é relativa. se. todavia. o mencionado procedimento. em outros
campos da hermenêutic:;a da legislação brasileira.
5) Um erro relativo à quantia devida. constante
de certidão da dívida ativa é causa de sua invalidade, 2) De acordo com a jurisprudência federal
que é insuscetivel de ser sanada. em qualquer fase dominante formada sob a vigência do CTN, em se
do procedimento administrativo de Cobrança do tratando de um mesmo contribuinte. uma autarquia
mencionado crédito tributário. ­ federal encarregada da arrecadação de
contribuições não pode rever o critério jurídico dos
80 - Julgue os itens abaixo. lançamentos que tenha feito em data anterior ao
1) Situada no mesmo nível hierárquico que os momento no qual introduziu modificações no seu
Códigos Çivil e Comercial. uma lei tributária ordinária entendimento a respeito desse crit~rio. sendo
pode alterar o conteúdo do instituto do contrato de irrelevante sabEi!r se a mudança de orientação
mencionada teve origem em ato de oficio da
seguro neles previsto, desde que para fins
autoridade fiscal, de decisão administrativa ou
exclusivamente tributários.
mesmo de sentença judicial.
2) A empresa I. dedicada à descarga de navios
3) Um vez que as taxas não estão sujeitas ao
e que vendeu partes de suas cotas à empresa 11,
principio da anterioridade do art. 150 da Constituição,
mediante a assunção, por li, da obrigação de Pagar
todas as prestações pecuniárias estatais a União pode cobrar taxa pelo exercicio de seu poder
compulsórias (ainda que não sejam tributos) devidas de polícia relativo ao mês de janeiro de 1996. ainda
por I em 1995. deve ser condenada a pagar a que o tributo mencionado tenha sido instituído em
fevereiro do mesmo ano.
~

."-.
contribuição para o custeio de hospitalização de
,..;-\ empregados portuários 9cidentados no trabalho. 4) No regime da Constituição de 1988, o princípio
. oriunda de fato gerador ocorrido no ano de 1995, se da uniformidade dos tributos impede a União de
acionada em juízo peJo Município que a instituiu. conceder incentivos fiscais circunscritos a
determinadasTegíóe-s-doPafs;tm1 razã-o-dos -- -­
3) Necessitando de certidão negativa de débito
desequilíbrios regionais. .
tributário. certa empresa requereu à repartição'
competente, a expedição do mencionado 5) A atividade profissional ou a denominação
documento. Em resposta o Fisco apresentou:-Ihe . juridica da renda dos contribuintes pode ser levada
certidão positiva, com a ressalva de que a em consideração para a fixação do montante de
contribuinte interpôs recurso administrativo dotado' .tributo devido em razâo da sua percepção.
de efeito suspensivo para discutir. em segunda
instância. a existência do débito constante da 82 - Julgue os seguintes itens.
mencionada certidão. Nesse caso, a certidão
. positiva citada não produz os mesmos efeitos 1) Como decorrência do principio federativo, a
jurídicos que a certidão negativa. União não está autorizada a condicionar a entrega,
aos Estado, de recursos estaduais provenientes do
4) Mesmo levando,.se-em consideração, as Imposto de Renda se eles estiverem em débito com
inovações da Constituição de 1988 - "compete à a própria União.
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário" e .. 2) Pessoas naturais absolutamente incapazes
inexistindo lei federal sobre normas gerais, os do ponto de vista civil possuem capacidade tributária
/' Estados exerceram a competência legislativa plena, passiva. assim como a irregularidade da constituição
para atender a suas peculiaridades" -, ao Estado do de pessoa jurídica não lhe retira a mencionada
Rio de Janeiro é vedado ed'l!allei, exigindo imposto capacidade tributária.
de exportação de produtos embarcados em seus 3) A obrigação tributária principal diz respeito
portos, na hipótese de a União não utilizara sua ao pagamento do tributo; a acessória tem por
competência tributária para instituir o mencionado conteúdo um fazer ou um não-fazer do contribuinte,
tributo. relativo à arrecadação e à fiscalização dos tributos.
5) Por serem favores fiscais, todas as isenções 4) A Constituição de 1988 possui norma
podem ser modificadas ou suprimidas a qualquer específica relativa à base de cálculo das
/'"- ;
tempo por leis posteriores àquelas que as contribuições sociais devidas pelo produtor rural ou
concederam.
__ ..;II!I!!c_. __ ~__co-"'l!!!IJ>_
,,­ -',,­

54 -..,
-,)
meeiro que desenvolva sua atividade econômica sob
O regime de economia famíliar e sem empregados
permanentes_
As questões a seguir foram aplicadas no
Concurso Público para provimento do cargo de ,
Procurador do INSS - '. Marque
-,
-~,

-'1
5) Á União, aos Estados e aos Municípios é
defeso criar impostos diversos dos discriminados
na Constituiçao.
certo ou errado. de acordo com o comando de
cada uma delas, sabendo que cada resposta
errada anula um resposta certa,
--:,
- ~.p'.

83 - Em relação aos princípios constitucionais


tributários brasileiros,julgue os seguintes itens
abaixo.
~-'
GABARITO ~~1
.-'-/~
1) Considerando que a Magna Carta, de 1215,
75- EEEEC
previa: Mnenhum auxilio ou contribuição se <oi
76-CCECC
77-CECCC
78-CEECC
estabelecerá em nosso Reino sem o consentimento
de nosso comum Conselho do Reino". é correto
afirmar Que aí está presente especificamente, o
--"_.,'1
",...._-~""

--,--',
79-CCECE
embrião do atual princípio da igualdade em matéria
80-EEECE tributária. ' .
81-CCEEE
82-ECCCE 2) Os brocad'os no taxation without
representation e nu/lum tributum sina lega scripta
dizem' respeito. respectivamente, ao principio da
capacidade qontributiva e ao princípio da legalidade
em matéria tributária.
----'
--=,
_ ~~ J

3) Novigente regime político brasileiro, é correto


afirmar, ao menos do ponto de vista teórico, que os
cidadãos suportam tão-somente os os tributos Que
- -<~
..... -,-..->-,:)
-'1
--~;,.
aceitaram pagar.
'i
....
.". .,J,,;J
4) .Assim como o direito penal, o direito tributário
repousa sobre uma estrutura tipolágica.

5) No direito tributário brasileiro, vige o principio "'"-'"")

~--'--~'--~~~- .dalegalidade es.tJ:i~, gUªJJãQ ª_~J!lite exceções por /~~


•ter sede constitucional. -- -- ~-- - _..- --­
,~

84 - Quanto à vigência. aplicação, ... /-'.?i


)
interpretação e_ integração da lei tributária,
julgue os Itens a seguir._
1) O código Tributário Nacional (CTN) adotou
- integralmente em relação ao assunto, o sistema da
Lei Introduçao ao Código Civil, que se aplica como ,
norma geral a todos os ramos do direto.

2) Os atos administrativos ou legais emmatéria


"" -'".;
.... l
..",1
tributária, com regra geral, não entram em vigor nos ~;~

mesmos prazos; assim. os atos administrativos de


_.6
caráter normativos eritram em vigor na data de sua .~
publicação, ao passo que as leis Que extinguem ou ,.- ,rr. ~

reduzem isenções passam a viger, em princípio. no


primeiro dia do exercício seguinte ao de sua -- '
-/
publicação. ­ ,
3) As convenções particulares. relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos. não
--
-"
podem ser. em princípio, opostas à Fazenda Pública
para modificar a definiçao legal ao sujeito passivo_
4) De acordo com a exposição-de motivos do
-,
/'

Código Civil francês na qual o jurista Porlalis escreveu


que "o oficio das leis .é regulamentar o futuro; o
passado já não está em seu poder. Se houvesse
• ;.; , , - "-"7"'"
-
~;,;, f_.t~:r:
_~"';'~~,.: ''''''~''.,'"~',_. " "r7~~;;"'!!.. __ ,. ".~. ,. ,. . _____ '_~~.__.;;:
.'-...

-;"

55
, um pais no mundo onde estivesse adm;tida a lucrativos, haveria imunidade de renda dele
retração das leis, não haveria nele nem mesmo decorrente.
somõi"a de segurança." - raciocinio que corresponde
à proibição da retroatividade das leis, cristalizada 86 - Acerca da obrigação tributária, julgue
na máxima tempus regít actum - o CTN adotou o os itens que se seguem.
principio da irretroatividacte das leis, que não admite
1} A obrigaÇão tributária surge a partir de fatos
exceções.
jurídicos constitui o núcleo da relação jurídica;'
5) A despeito do entendimento de Hans portanto, a capacidade-tributãria passiva, para o
Nawiasky, acerca do principio da territorialidade da surgimento da relação juridica tributária' válida,
lei tributária segundo o qual a vigência espacial das depende da capacidade jurídica do sujeito passivo.
normas juridicas "estende-se normalmente ao âmbito 2) A despeito da relativa autonomia entre as
denominado pelo portador do ordenamento jurídico, obrigações tributárias principal e acessória, uma
isto é, ao território do estado."-, a norma juridica mesma situação de fato pode ser fato gerador de
criadora de tributos não incide em todos os atos ambas, simultaneamente.
juridicamente relevantes ocorridos no território
brasileiro. ' 3) Não se admite que a descrição abstrata, na
lei;' do fato gerador baseie-se em atividade ilícita;
85 - O Estado do Espírito Santo criou, por lei,: no entanto, é possível que incida tnbuto sobre, por
o Instituto de Cultura Capixaba 'Butarq",ia exemplo, por exemplo, aquisição de disponibifidade
destinada à divulgação e à produção cultural econômica ou jurídica decorrente de atividade ilícita.
do Estado. O Instituto recebeu. em doação em
pagamento, o estabelecimento e as instalações 4) Se a lei define como fato gerador um negócio
completas--de um restaurant~ ~rabe. situado' no jurídico que, em um caso concreto, se sujeita a
centro comercial de Vitória. condição resolutória, considera CTN consumado o
. • . negócio no momento da celebração, sendo
í;::-~ »Venflcando ser economicamente irrelevante, para fins tributários, que implemento da
I nteressante a exploração da empresa" os condição resolva o ato jurídico.
. ':~ órgãos deliberativos daquela autarquia
~,",~..-. autorizaram que o restaurante continuasse 5) Diz-se, na doutrina, haver a figura do
i.:
funcionando, com administração entregue a contribuinte de fato, quando a lei, ao descrever a
r.~-- ,
__ .x:...-.._ _
arrendatários, os quaiS remunerariam a hip6tesedeincidênciatributária,indicacomosujeito
enlidadepública por'perêenlliafoo fatüramento" 'passivóüma'pessoa'que tõi'l"ía parte na"relação ...._._-~
_.~. ~'~'.

.í----~·t-
" :)
mensal.' Diante .desse quadro, julgue os itens juridica definida como fato gerador, muito,embóra
,~--:r
..J: seguintes, 'considerando, exclusivamente, as este último configure capacidade contributiva de

~~
normas tributárias aplicáveis. outras pessoas. '

1) A Cõostituição estabelece, para as pessoas 87 - A respeito da responsabilidade tri~utâria.



.r'.....)"-'
~.. ~ jurídicas de direito público interno, imunidade julgue os seguintes itens.
,I'S:­ tributária absoluta em favor de seu patrimônio. de
suarendaedeseusserviços,sendoqueaimunid;;Kie
.
1) O C-:N. estatUl que não são ?ponfvels à
.
.,-f~.~-)J..--_ em prol das autarquias e das fundações públicas é Fazenda Publica as C?~venções particulares que
é'~) , mesmo ampla definam a responsabilidade pelo pagamento de
?,-l­
. tributo de modo diverso do previsto na lei tributária;
!l--­
,l5'­
2) No caso descrito, não haverá imunidade
quanto à atividade econômica dos arrendatários, em
em conseqOêhcia. pode-se considerar
absolutamente ineficaz e invãlido. nesse particular,

).~)-
s que pese ser-o restaurante de propriedade'de o contrato que transfira a outra pessoa. que não
autarquia estadual. legalmente responsável, fi obrigação pelo pagamento
âe imposto, ainda que a mencionada pessoa possa
/,l,.. \ ....-.
3) Mesmo que a exploração do restaurante fosse dispor sobre o assunto e intervenham no negócio
_:. r­. :'
realizada diretamente pela autarquia, sem a jurídico. .
. "\,...-. interposição dos arrendatários a renda dele não A" ,. • •

/~) gozaria de imunidade. a despeito de tratar-se de ~) Emdeco.rrenaa do pnnclplOda legallda:te, so


\­ autarquia estadual. .a lei pode defim~. eo:' cada caso e para ca'da tributo.
as pessoas sohdanamente responsável::> por seu
4)' Juridicamente, as imunidades significam que pagamento.
---, a norma tributária, ape~r ?e. aplicar-~e .a~ f~to 3) A solidariedade, no direito tributário. não
concreto correspondente a hlpotese de Incldencla, admite beneficio· de ordem.
não faz surgir a obrigação tributária. . .
') --­ 4) Considerando que o imposto sobre produtos
~ .­ 5) Seorestaurantefosseexploradoporpartido· industrializados (IPI) funciona por meio de
político ou por instituição de educação de pessoas lançamento de créditos e débitos. registrados ao
,­ portadoras de deficiência neurológica, sem fins longo das fases de produção do bem, se um dos
_ _ _ _ _ _ " ' • • _ . _ _ _ _ _ _ _ _ .,- _ _ _ _ . " ' , c. ••••••• _"0 ,~-~..,. -- .~.---,- •• - •• ~ •• _._- -- , " ',' _ • • • _.~- • • • _ ••• _~_~. . . . . . . . _,« .......~ ......_~ _ _ _~."'~~~
.,.,
~;;;;~':::~1~*zzt0;S:>::[::J.f;~tif~::;;(-icE~2.;;;~;':;i:;:;E22;:i:Z2~,:S;;;C~ '~~:"'.::,:;"i;;;.'" o :,~~:-;':::'f..:5.~::::..;;:;::ti;:';::iD22.i;.:~'i.~:::':':?:_""&_;:;"'.::: ::c ::':'~ ­ --~ ',~,: ';";"~= ',.' ,: -";,:::;".-::;:-"-",<:",,,,'6 >""'-":-'·"'~<':;''''::.'''',;~;·~'::'7 ~

'~'

56
,'"
"

produtores do bem remete-0 a outro, na cadeia de conseqüência de decisão administrativa ou judicial, -/

produção, sem lançar o tributo e, em conseqüência, nos créditos juridicos adotados pela autoridade .'1 ~

sem pagá-lo, poderá sofrer cobrança do fisco, ainda administrativa no exercício do lançamento somente
que- ó participante da fase seguinte da cadeia poderá ser efetivada, em relação a um sujeito
.~
produtiva pague o imposto integralmente; incluindo passivo, quanto a fato gerador ocorrido ,'~
a parcela devida pelo participante da fase posteriormente à sua introdução", não cabe modificar ")
precedente. lançamel1to em cujo procedimento se haja -,­
constatado erro de fato, porque isto importaria alterar ,~
5) Urna vez que o direito tributário se orienta para
a realidade econômica das relações jurídicas,
os créditos juridicos daquele. J-.,
mesmo a sociedade irregular ou de fato pode ser 2) Nos tributos em que há lançamento por -~
~-./?'
sujeito passivo da obrigação tributária. declaração ou por homologação, cabe lançamento
de oficio.
J-,
88 • Ainda com relação á responsabilidade
tributária, julgue os itens abaixo. 3) Os tributos lançados por homologação
,,'1
1) Considere que Heródoto explora um
permitem que o sujeito passivo efetue o pagamento, ..'1
independentementeda interveniência da autoridade ~.,
restaurante e··resolve vendê-Io a Tucídides, este
administrativa para a determinação do vafordo crédito ,-/'
sabedor de que havia dividas tributárias pendentes J~
tributário.
(le pagamento, relàtivamente ao restaúrante, e que ___J '

um mês após o negócio, saudoso désua atividade . 4) O crédito tributário é, por natureZa, exigível; "'''1
de restaurateur, Heródoto abre outro restaurante e con~do, a exigibilidade do tributo pod~ ser obstada
volta ao ramo. Neste caso, apesar de juridicamente mesmo antes de plncluido o lançamento. "1 ./

perfeita, válida e eficaz a venda, Heródoto será -~


responsável pelas aludidas dívidas, embora
S)
A suspensã.o do crédito tributário não gera,
automaticamente. a dispensa do cumprimento das
...-'<;
subsidiariamente.
2) Considere a seguinte situação: Tomás de
obrigações acessórias vinculadas à obrigação
principal. ­
4
Aquino é tutor de Agostino, adolescente que herdou
90 - Quanto às causas de extinção do crédito
4
um fortuna de Pitágoras. Agostinho comprou um
tribUtário, julgue os itens seguintes.
atomóvel e, por omissão de Tomás de Aquino. não
foi pago o correspondente imposto sobre propriedade 1) Por força do princípio da reserva legal,
de veiculos automotores (IPVA). O Estado credor somente podem exigir o crédito tributário as causas
do tributo ajuizou execução fiscal contra o tutor e o expressamente previstas no CTN .
~~--- tutelado;-Em embargos,-Tomás de AquJ.no ale§oll '-"~r-A extinÇãcfdocrédito tributário não acarreta, ~
não ser devedor solidário do IPVA. poís,·não obstante necessariamente, a da obrigação tributária.

,
sua omissão, Àgosthlho era devedor solvente.
Nesse caso, se acolher os embargos, o juiz terá 3) O pagamento extingue a obrigação tributária,
. agido corretamente. não o crédito tributário . ~~
3) Considere que Protágoras, Anaximandro e 4) No direito tributário, o paga!1lento de um
Ptolomeu criaram sociedade por cotas de crédito não faz presumir o pagamento-de outros,
mesmo que referentes ao mesmo tributo;
~
responsabilidade limitada para explorar uma drogaria,
sob a gerência dos dois primeiros, tendo estes 5) O fisco, em princípio, não deve se recusara
comprado dois' automóveis, sem o devido receber o pagamento de um tributo por existir dívida
recolhimento do IPVA, para uso de suas esposas, mais antiga do contribuinte ou por ser o valor ~J
com recurso da empresa, agindo em evidente oferecido menor do que o devido.
infração ao contrato social. ' Nesse caso, se a
sociedade não tiver dinheiro para pagar os tributos,
o Estado credor podera executar todos os sóciós, GABARITO
devido à ofensa ao contrato social.
83-EECCE
4) A jurisprudência é pacífica no sentido de que 84· ECCEC
o não-pagamento de tributos não configura infração 85-ECCEE
à lei para o efeito de gerar responsabilidade 86-ECCCC
subsidiária dos dirigentes de empresa. 87-EECEC
5) O inventariante responde integralmente pelas 88-CCEEE
dívidas tributárias do espólio. 89-ECCCC
90-ECECC
89 • Com relação ao crédito tributário, julgue
os itens a seguir.
1) Tendo em vista o CTN dispor que "a
modificação introduzida, de ofício ou em

.~[~~:.i.'::: L.,,_,c.--.. -:.o:;:~~:-:'


r-

57
As questões que seguem foram aplicadas no b) favorece a incidência "em cascata" sobre
concurso público para provimento do cargo de todas as operações tributadas em dado ciclo
Aditor-Fiscal do Tesouro Nacional: de circulação
--~
c) permite que a tributação seja maior ou menor
91 • A Constituição da República prevê que, em função da esSencialidade dos produtos
inexistindo lei federal sobre normas gerais, os para o consumo da coletividade
Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender as suas peculiaridades (art. d) significa que, criadoum imposto, outro não
24, x 3°). Tendo, em vista isto e; quando for (, poderá ser criado com o mesmo fato gerador
caso, o disposto no Código Tributário Nacional, ou a mesma base de cálculo, por expressa
é razoável dizer que- proibição constitucional

a) o não-exercicio, pela União, da competência e) propicia se compense o imposto que fordevido


para legislar sobre normas gerais de direito em cada operação com o montante cobrado
tributário, a defere aos Estados, para atender nas operações anteriores
a suas peculiaridades
94 - (I) É proibido exigir ou aumentar tributo
b) o não-exercicio da competência tributária para sem lei que o estabeleça; (11) é vedado instituir ..
instituir tril?utos a defere a pessoa juridica de tratamento desigual entre os contribuintes que
direito público diversa daquela a que tal estejam em situação equivalente; (111) é defeso
competência cabia originalmente cobrar tributo em relação a fatos geradores
ocorridos antes do início da vigência da lei; (IV)
c) a competência da União para 'legislar sobre é vedado cobrar tributo no mesmo exercício
normas de direito tributário exclui a em que se tenha publicado a lei que o instituiu
competência suplementar dos Estados ou aumentou.

d) em matéria de direito tributário a Cômpetência Combine as quatro vedações acima com os


_"1--, da União, além de legislar sobre seus seguintes princípios:
,
próprios tributos e sobre normas gerais.
t poderá fazê--lo em relação à competência não (W) anterioridade; (X) isonomia tributária;
,.... exercida pelos Estados e Municípios (Y) legalidade; (Z) irretroatividade.
"--' +~,

-~---e) -faltan-ao-norma-geral-sobre -o--encargo-oll-, ._.As_____ :v:~~.~çª~~____.~_correspondem.


função de arrecadar tributo municipal, o respectivamente, aos princípios referidos--rias---­
Estado poderá supletivamente cometer um e seguintes letras:
outro a pessoa de direito privado a) W X Y z
92 - Podem ter as alíquotas alteradas por ato btX Y Z W
administrativo, _vigorando o aun:aento de
imediato, sem obedecer ao principio da c>. y X Z W
anterioridade, .
d)YWXZ
a) o imposto de importação, o de exportação, o
IPleolCMS e) W Y X Z

b) o imposto de renda, o imposto de importação, 95 - As imunidades tributárias são previstas


o de expostação, o IPI e o IOF
a) em leis complementares
c) o imposto de importação, o de exportação, o
b) em convênios entre Estados
ICMS eo imposto extraordinário de guerra
c) no texto da Constituição Federal
d} os empréstimos compulsórios para
investimentos relevantes. o imposto d) em contratos celebrados entre os Poderes
',-:- extraordinário de guerra, o IPI e o ICMS Públicos e determinadas classes de
contribuintes
-,'e} o imposto sobre produtos industrializados, o
imposto sobre operações financeiras, o e) nas leis promulgadas pela União, Estados e
)-.
imposto de importação e o de exportação " Municípios. no âmbito das respectivas
competências
~- 93 • Em termos jurídicos, o principio da não­
cumulatividade do IPI e do ICMS 96 - Quando atendam os requisitos

estabelecidos na lei, não podem ser co.tmidos
,",.'- :=:1) ~~.·lfunde-se com a proibição da bitributação
impostos que incidam sobre a renda, serViços
, -'

58 ,
-,
~J
-'

-.
--
e patrimônio, bem como a contribuição para a 100. Compreende como imposto aquele que
~I
seguridade social, das seguintes espécies de tem como fato gerador:
entidades: "'!
a) o exercício do poder de polícia "
a) partidos polítiCos
b) a valorização imobiliária
b) instituições beneficentes de educação
c} umá situação independente de qualquer ......
j
c) fundação dos partidos políticos atividade estatal específica, relativa ao
cOntribuinte '1
d} instituições beneficentes de assistência
social d) a intervenção facultada ao Poder Executivo _.Y
e) entidades sindicais dos trabalhadores
no domínio econômico
--J
-. -")
101. A lei tributária aplica-se a ato ou fato .~

97 - As seguintes medidas: (I) A tributação pretérito (retroatividade) _ ""1


da renda das obrigações da dívida pública dQs
Es~dos em niveis superiores aos que fixar para
suas obrigações; (11) a instituição de isenções
a) em qualquer caso, quando seja
expressamente interpretativa, exclulda a --~
de tributos d~ competência dos Estados; (lU) a aplicaç~o de penalidade à infração dos
-"') ~.

cont'essão de incentivos fiscais destinados ã


promover o equilíbtio do desenvolvimento
dis~itivos interpretados.. ­

b} em qualquer caso, quandO seja


--
_
~

~
~

i1
s6cio-econômico entre as várias regiões do ~

Pais; (IV)" a criação, em Território Federal, de expressamente interpretativa, incluída a )


aplicação de penalidade à infração dos -:~
impostos da competência estadual classificam­ .-.. ~.-j
se, pela ordem, como· dispositivos interpretados
..:.. "1
a) permitida, vedada, vedada e permitida à União c) em qualquer caso, desde que seja
interpretativa
r~
b) vedada, permitida, vedada e vedada à União j
d) em nenhum caso, ainda que não seja -;'1
c) vedada, permitida, permitida e vedada à União interpretativa

-
.J

d) permitida, vedada, vedada e vedada à União 102. Assinale a alternativa correta:


__ ______ ~) vedada, vedada,
... _-_.-. - ._... _. . _._
permitida
.•..__.._-
e permitida
..•. _--_.
à União a) O domicilio tributário não poderá ser escolhido ~-.
-.--.~-_
.-

-
pelo contribuinte-·---~·~ . - .... -.----_~ _.._
98.1ncluem-se na definição de tributo:
b) O dÓffiicíliotributário eleito peio contribuinte
a) as prestações pecuniárias cobradas mediante em nénhuma hipótese poderá ser recusado
atividade vinculada pela autoridade administrativa
b) as sanções de ato ilícitos c) A residência das pessoas fisicas não pode
c) as prestações facultativas instituídas em lei ser escolhida como domicílio tributário .
d) as prestações pecuniárias obrigatórias d) O lugar da situação dos bens ou da ocorrência
instituídas em decretos
e) nenhuma das respostas acima
. dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação será, em qualquer hipótese, o
domicilio tributário
-
-"
~.<

,~

99.Para determinar a natureza juridica


específica do tributo: e) A autoridade administrativa pode recusar o
.. :~...

domicilio eleito, no caso de imWl3:Sibilitar a ..... ~~


~
:;p
a) independe tanto de sua denominação como fiscalização do tributo ...-::;~~

da destinação legal do produto da sua


arrecadação 103. A obrigação tributária principal:
b) depende de sua denominação mas independe a) tem por objeto as prestações, positivas ou
da destinação legal do produto da.arrecadação negativas, nela previstas no interesse da ...... :

c) independa da sua denominação mas depende arrecadação ou fiscalização dos tributos


de destinação legal do produto da sua b) surge com a ocorrência do fato gerador, tem '-",::'
arrecadação por objeto o pagamento de tributo ou ....- .
~,:~::
d) depende tanto da sua denominação, como penalidade pecuniária e extingue-se
da destinação legal do produto da sua
arrecadação
juntamente com o crédito dela decorrente
--
i{[» fIIIm..:­
"r-\

59
c) não tem correlação com o fato gerador, eis b) pode ser modificado em sua extensão. em
que surge da legislação tributária seus efeitos e em suas garantias e privilégios,
sem afetar a obrigação tributária que o
d) todas es~o erradas originou.
104. Sob o ponto de vista da capacidade c) é constituído pelo lançamento, que é um
tributária passiva, o menor de 16 anos: procedimento administrativo obrigatório. mas,
a} é relativamente incapaz - por vezes. discricionário.

d) é constituído pelo lançamento, que se reporta


b} é absolutamente incapaz
à data da ocorrência do fato gerador da
c} écapaz obrigação e rege-se pela lei então vigente,
ainda que postêriormente modificada ou
d} a sua capacidade tributária dependerá de revogada,
estar representado por tutor, curador ou pais
e) é constituído pelo lançamento, que pode ser
e) a sua capacidade tributária fica condicionada revisto de oficio pela autoridade administrativa.
à assistência dos pais
108. Analise as prepo~ições abaixo:
1.05. Salvo disposição de lei em contrário,
na solidariedade: ~ A competência para iegislar sobre Direito
TribuJàrio atribuida concorrentemente à Uniã6 e aos
a) o pagamento feito por um dos obrigados não Estados, à lei federal caberá a fixação de normas
beneficia os demais gerais. Inexistindo, porém, tais normas, leis
estaduais poderão fixar aqueles preceitos gerais.
b) a interrupção da prescrição em fávor de um desde que haja delega'ção formal do Congresso
dos obrigados não beneficia os demais
Nacional.
c) a isenção outorgada pessoalmente a um dos 11- Segundo o CTN. a competência tributária é
obrigados exonera os demais ­
indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar
d) a interrupção da prescrição contra um dos ou fiscalizar tributos. ou executar leis. serviços, atos
obrigados prejudica os demais ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público
106. Consoante o CTN, em relação ao Crédito [ a outra.
éconeto afirmar:~~ ____~. __~___~ _________ ~ _._._. __ ~~ _~___ _ .
- 111- U nãO-exefCíêioaaCõmpetêht:iatribotáriaa-··· -..
a) pode ser suspenso pela concessão de defere a pessoa jurídica de direito público diversa
medida liminar em mandado de segurança, daquela a que a Constituição a tenha atribuido.
que depende do depósito do montante integral
do tributo. IV- Não constitui delegação de competência o
cometimento. a pessoas de direito privado; do
b} pode ser suspenso por moratória, que só se enCargo ou da função de arrecadar tributos.
pode conceder em caráter geral, não
individualmente. a) ã proposição' está CORRETA.

c) não pode ser extinto por decisão b} somente a proposição IV está CORRETA.
administrativa.
c) todas as proposições estão CORRETAS.
d) pode ser suspenso em certos casos, d) todas as proposições estão INCORRETAS.
acarre.tando, simultaneamente, a suspensão
do cumprimento das obrigações acessórias e) as proposições I e lU estão INCORRETAS.
dependentes da obrigação principal.
109. (TTN~11/94) A Fazenda Pública pode
e} que não for pago integralmente no velldmento, constituir o crédito tributário dentro de:
qualquer que seja o motivo, será acrescido
de juros de mora, os quais. no entanto. não a} cinco anos. contados de sua constituição
são gerados na pendência de consulta definitiva;
formulada peio devedor no prazo legal para
pagamento do crédito. b) dois anos, contados de sua constituição
definitiva;
107. De conformidade com o CTN, a respeito
do Crédito Tributário é incorreto afinnar: c) cinco anos, contados da ocorrência do fato
gerador, relativamente a quaisquer tipos de
a) decorre da Obrigação principal e tem a mesma
" i
:­ tributos;
natureza desta.

_.c:-~t"~l~. :",",:,~,.
,-~

._----~--~--_._--"<.~-.,.-
.~
_.~

60 -~
d) cinco anos, contados da lavratura do Auto de 114- (SMTU-RJ/86) O lançamento em que o _.A
....,
"

Infração; sujeito passivo tem o dever de antecipar o


pagamento. sem prévio exame da autoridade, -7-J
e) cinco anos. contados do primeiro dia do é denominado: .~
exercício seguintes àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado. a} por homologação; .....~
--")
110. (TTN-07/92) A extinção do crédito b) por declaração;
.tributário através do encontro de contas, até a -'í)
correspondente quantia, quando o sujeito ativo c) de oficio; ·-Á.'
"";,
e o sujeito passivo sejam credores e devedores
d) direto;
recíprocos, denomina-se: -~
e) misto. ~")
a) remissão:
115· {TTN/RJ-08/92} A vedação absoluta ao ---1
b) transação; poder de tributar certas pessoas ou certos bens. -"i1!
til
c). consignação em pagamento; estábelecida na Constituição Federal,
caracteriza a: -~
d) compensação; --q
a) não-incidência legal;
~~
e) pagamento.
b) isenção; ~1
111. (TTN/RJ-08/92) Extinguen:'l o créd1to "'"
c) eqOidade;
tnbutârio:
..... _-.;~'l
d) imunidade; -J
a) oyagamento ~ a moratória;
,..~
b} a remissão e a isenção; e) ~emissão.

116- (TTNIRJ-08I92) A concessão, pela União,


c) a transação e a anistia;
de incentivos fiscais destinados a promover o
d) a compensação e o depósito integral; equilíbrio de desenvolvimento entre as regiões
doPais: ,. ---;?--1:
e) a prescrição e a decadência.. ';J
a} decorre do princípio da generalidade tributária;
..- -..-112.-.{rTN~.08/92) Decorre daobri.gaç.ã.o
principal e tem a mesma natureza desta o (a): b) vedádà. por confr.iiiar-õ pnncij:>ioãa­
uniformidade;
a) lançamento;
c) é admitida pelo sistema constitucional­ -f}
;...;
b) ~ito tributário; tributário brasileiro;

c) isenção; d) justifica legalmente a instituição. p~la União,


de isenções de tributos municipais;
d) ·prescrição;
e) opõe ao princípio da não-cumulatividade -<I.
e) decadência. <­
tributária.
113. (AFTN-MF/89) A retificação de 117. (AFTN-09/94) A Constituição da
declaração pelo declarante, com o objetivo de República prevê que sobre a energia elétrica
reduzir ou excluir tributo: podem incidir somente:
a} tem que ser feita após a notificação do '--:...f.
a) os impostos de importação e de exportação:
lançamento respectivo; ---;~. §­

b) o imposto único sobre a energia elétrica


b) é admissivet mediante comprovação do erro.
(IUEE);
em que se fundamente;
c) impostos estaduais e municipais;
c) não é admissível, se solicitada após ó
recolhimento integral do novo imposto liquido d) dois impostos;
. a pagar, apurado na declaração retificadora;
e) três impostos.
d) é permitida somente até 10 dias após a
respectiva notificação; 118--(TTN-08I92) As limitações constitucionais
ao poder de tributar devem ser reguladas por
e) só é admissivel mediante fundamento legal meio de: .
indiscutível.

'.''":-;-;-:-;-"':""~-.-";.-~~., -:.,--~-:.~-~~.-.-, ____ ,-·~l~:. ~~, ,_o~- _____'--._ •. " ._ •., ..•
(~
, -~j
.,-' ; - ­

r'

61
a) lei complementar: EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO
b) lei ordinária; 120. Em conformidade com a Constituição
da República Federativa do Brasil, analise as
-:c} resolução do Senado Federal;
proposições abaixo:
d) decreto-Iegislativo;
~ Cabe à Lei Complementar regular as
e) decreto regulamentar. limitações constitucionais ao poder de tributar;

- 119- Uma lei tributária é aplicada a fato


anterior à sua vigência quando:
11- As limitações a() Poder de Tributar somente
sé referem a uma das espécies tributárias, ou seja,
somente aos impostos, com exceção de todas as
a) extingue tributo; demais espécies;
b) reduz a alíquota de um tributo; '111- AUnião é vedado instituir isenções de tributos
da competência dos Estados e dos Municípios,
c) institui substituição tributária; contudo poderá instituí-Ias para o Distrito Federal;
d) reduz a base de cálculo de um tributo; IV- Cabe à Lei Complementar regular a forma
e) deixa de definir como infração um ato-não como, mediante deliberação dos Estados e 90
definitivamente julgado. Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios
fiscais serão concedidos e revogados. .

a) somente a proposição I está CORRETA;


GABARITO ..
b) todas as proposiçõe~ estão CORRETAS:
91-A
92-E c) todas as proposiÇões estão INCORRETAS;
93-E d) as proposições I e IV estão CORRETAS;
94-C
95-C e) as proposições I e 111 estão CORRETAS.
96-0
97-E 121. Em relação as limitações ao Poder de
98-A Tributar estabelecidas pela Constituição
----------.--- - '--99-A-----­ _. ~F.ederalde._1988.-é...correto. afirmar!----.... ~.-.---.~- .. ·
100-C a) O Poder Executivo poderá, atendidas as
101-:~ condições e os limites estabelecidos em Lei.
102-E ­ instituir os seguintes impostos: 11, IE. IOF e
103-8
IPI;
104-C
105-0 b) É possível a cobrança do Imposto de
106-E Importação no mesmo exercido financeiro em
107-C que haja sido publicada a Lei que os instituiú
108-E ou aumentou, uma vez que se constitui em
109-E exceção ao princípio da legalidade; ,
110-0 c) É possível a cobrança de pedãgio pela
111-E utilização de qualquer via, desde que
112-8 conservada pelo Poder Público;
113-B
114-A d) As imunidades tributárias constituem-se em
115-0 uma das limitações ao Poder de Tributar;
116-C e) o principio constitucional da isonomia
117-E consiste na proibição para a União, Estados,
118-A Distrito Federal e Município!'1-, instituir
119-E tratamento desigual entre qualquer
cOntribuinte.
122. Consoante a Constituição Federal de
1988 e o C6digo Tributário Nacional é incorreto
afirmar que a competência tributária:
._,'1
a) segundo o CTN, o Distrito Federal, por ser
.~
um ente anômalo, se a União não exercer a

/"'"
,,-~L,--;;:\,:::~_~~,~~~.· ,~.-- "~ -~.~~~-.;.-,: ':.:-:::_::; -:;:~"::, .::~:, ~.:::';~:::. ~.:~~~:_.~'. - ~ "~ •• - 0.0.'.
:~:2;;;.jj.S;~'::\~;:-".::~.±::i:::~~;:~~?_~?;'$.;:';:..~,-::.~;!~ t';-::.:~:;'::~:::,,:-.',;..:.-c,,:;:~~:":/~.5.~ ':..::-; ~y:{:::;::: -2~~':~-:~-:7;;.;:-! .;.!;:: :~.;.~ ':..;::::.:..~. h:' :~2..';.:.:""",,:.7,:,::.:;.~-:.:.-:::~:..; _~:.::, .:~;.. ~::;: .~; ~---' :.::"';;::;:.~;;:"':.;~;.::;::;~:~:..:'::'.-:'-. .- -,:,,,;;,-:.=-~.,:,;,\:,: "::::':;; :'':;:;_::::~:t:.''''

.,-,
---

---'l..,
62
sua competência tributária, poderá exercer b) O CTN, para determinar o momento da
--.,
~

com ela sua competência; ocorrência do Fato Gerador, distingue duas ,J


b)- -a competência para instituir imposto é privativa
situações. Tratando-se de situação jurídica
considera·se ocorrido o fato gerador e 2
ou expressa;
existentes os seus efeitos, desde o momento '1
c) compete somente à União, aos Estados e ao
Distrito Federal. legislar concorrentemente
em que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os -'J
sobre direito tributário, sendo que a
competência da União limita-se a estabelecer
normas gerais;
efeitos que normalmente lhe são próprios;

c) A obrigação acessória decorre do fato


gerador; .,.,
'1

.,.,
-,
d) salvo atribuição das funções de arrecadar ou d} A obrigação acessória tem por objeto o
fiscalizar tributos, ou executar leis, serviços, pagamento de tributo ou a penalidade ~.

atos ou decisões administrativas em matéria pecuniária;


tributária, a competência tributária é
indelegável; e} A definição legal do fato gerador é interpretada
~
--,
abstraindcrse , somente, dos efeitos dos fatos
e) Ao Distrito Federal compete instituir, além dos efetivamente ocorridos.
imf)Ostos sobre Utransmissão causa mortis e ~
dpação, de quaisquer bens ou direitos, ICMS 125. Em conformidade com o CTN, é -----/

é 1PVA, é também competente para instituir incorreto afirmar: ~


'1
os impostos municipais, por decorrência da
a} A solidariedade não comporta beneficio de .~
'1
competência cumula~.
ordem; J
123. Segundo o CTN, a legislação tributária:-'
b) Na falta "de eleição, pelo contribuinte ou
~..
~ .
a) os tratados e as convenções internacionais, responsável, de domicílio tributário, na fonna
que versem, no todo ou em parte, sobre da legislação aplicável, considera-se como <'-~
J
tributos e refações jurídicas a eles pertinentes, -tal, quanto às pessoas jurídicas de direito
compreende a legislação tributária. e revogam público, qualquer de suas repartições no
ou modificam a legislação tributária interna, território da entidade tributante;
sendo que nem sempre serão observados pela
que lhes sobrevenha: c) Sujeito passivo da obrigação tributária principal
- "é a-pessoa· obrigada ao pãgamento deüibuto
b} o conteúdo e o alcance dos decretos ou penalidade pecuniária;
restringem-se aos das leis em função das
--:'')
quais sejam expedidos. determinados com d) O sujeite passivo da obrigação tributária -é
principal, diz-se responsável, quando tenha "i9
observância das regra"s· de interpretação .~
estabelecidas no CTN. Assim, são admitidos·" relação pessoal e direta com a situação que
ós decretos autõnomos ou independentes; constitua o respectivo fato gerador;

c} somente a lei pode estabelecer a fixação da é) Salvo disposição de lei em contrário, a.s
allquota do tributo; convenções particulares, relativas à -:...-:,,;
responsabilidade pelo pagamento de bibulo$, ~J

:;,.~
d} a vigência, no espaço ou no tempo, da não podem ser opostas à Fazenda Pública, -:y
legislação tributária rege-se pelas disposições para modificar a definição legal do sujeito
legais aplicáveis as normas jurídicas em passivo da obrigação tributárias
~"':;
geral, sem nenhuma ressalva; correspondentes. 'J

e) a legislação tnbutária aplica-se imediatamente 126. A respeito da responsabilidade


aos fatos geradores futuros e aos pendentes, tributária, julgue os seguintes itens:
contudo, aplica-se a fato pretérito, tratando­ . -':.r
se de ato não definitivamente julgado, J.. O inventariante responde integralmente pelas
dívidas tributárias do espólio; .......
também, quando deixe de defini-lo como
--' ,
infração.
11- A pessoa natural ou jurídica de direito privado
124. A Obrigação Tributária, que adquirir de outra, por qualquer titulo, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial
a} Tralando-se de situação jurídica sujeita a ou profissional, e continuar a respectiva exploração
condição suspensiva, o ato ou negócio júridico sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
condicional reputa-se perfeito- e acabado
desde o seu implemento;
nome individual, responde integralmente pelos
tributos, se o alienante cessar a exploração do
-­ ~

comércio, industria ou atividade;


í

63
111- Os mançlatários, prepostos e empregados 129. Consoante o CTN, é incorreto afinnar:
;-.
são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigação tributárias resultantes a) A cobrança judicial do crédito tributário não é
de atos praticados com excesso de poder. ou sujeita a concurso de credores ou habilitação
infração de lei, contrato social ou estatuto; em falência, concordata, inventário ou
arrolamento;
IV- Salvo· disposição de lei em -contrário, a
fesponsabUidade por infração da legislação tributária b) Nenhuma sentença dejulgamento de partilha
depende da intenção do agente ou do responsável e ou adjudicação será proferida sem prova da
da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do quitação de todos os tributos relativós aos
ato. bens do espólio, ou às suas rendas;

a} as proposições I e 111 estão CORRETAS: c) Quaisquer entidades ou pessoas que a lei


(
r designe, em razão de seu cargo, oficio,
b) as proposições 11 e 111 estão CORRETAS. ministério, atividade ou profissão, mediante
intimação esçrjta. são obrigados a prestar à
c) todas as proposições estão CORRETAS. autoridade "àdministrativa todas as
.•.. :::./
informações de que disponham com relação
d) todas as proposições estão INCORRETAS.
.
e} as proposições I elV estão CORRETAS.
aos bens, neg?dos ou atividades d~ terceiros;

d) A divida regularmente inscrita goza da


127. Segundo o CTN, o crédito tributário: presunção de certeza e liquidez e não tem o
efeito de prova pré-constituída;
" a) É constituído pelo lançamento, o qual, de
regra, reporta-se à data da ·ocorrência do fato e) A certidão de que conste a existência de
geradorda obrigação e rege-se pela lei então crédito não vencidos, em curso de cobrança
.vigente, ainda que posterionnente modificada executivâ em que tenha sido efetivada a

~, ou revogada; penhora, ou cuja exigibilidade esteja
suspensa tem o mesmo efeito de certidão
b) O lançamento regularmente notificado ao negativa
,...--...:­
sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de concessão de medm liminar em mandado
de segurança;
GABARITO
- ·-----------c)···A-atividatleadminrstra1iva-de-lam;ament(Jé­
120-0
discricionária;
121-0
d) O lançamento por declaração ocorre quanto -122-A
aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito 123-E
passivo o dever de antecipar o pagamento sem 124-A
prévio exame da autoridade administrativa; 1.25-0
126-8
. e} O crédito tributário decorre.da obrigaÇão 127-A
. tributária acessória e tem a mesma origem 128-C
desta. 129:-0
128. São causas de suspensão, exclusão e
extinção do crédito tributário, respectivamente,

a} moratória, prescrição e pagamento:

b) depósito do montante integral, transação e


conversão do depósito em renda:

c) as reclamações e os recursos (nos termos


das leis reguladoras do processo tributário
administrativo), isenção e decisão judicial
passada em julgado:

r- ',_, d} mandado de segurança. anistia e pagamento;

e) decadência. anistia e compensação.

,r­

f ______ ~_~ .,_, __.r,~=tl\~. ~',-. ,:~~,-- ~7.~~- -_ ~""'7_7';~::::":::'::-"'-::~-~,::-;:::::( ':'~-'~:-~'.:::


:':~:::~-: ;::: ~.';'::::--2-~ ;'-::~;:;:l~:;,:;::'~,..::-::-:;~:·:':~.:~:d..;i;:~~:2,::?,.;:<:2'::~.~i.~":'-?:::~;~~:,:,;~_"t:-:~:M;:'~'~::,;; ':f'~i.-::.;~:'::;.1:;:/;f:;;~::;;;:;:,:~~..:,,;,;~Ç~~\.~;:;.:::j >-1~:"'-:~:.Lc~i::;.~'5i::2.,~~:i:;'",'f::.2:i~"_~:i..';?:::.:~~,::"~':;~:'~:::'~~":;_~.,?~;;;:~; ~-'::,:._ ;;:'~:~"""-",,::"'~;;"':':éZ~.0';:;"""-5-' ,. :;.;:. ;"~;a;p*- ",~

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~"1

.,
"-"

")

64 ~
EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO b) reparações de guerra: ~~
RELATIVOS A INTRODUÇÃO c} penalidades:
../
~
'li

~l
130. As recettas públicas, provenientes de e) empréstimos.
bens pertencentes ao patrimônio dos
particulares, chamam~se:

a} Ordinárias;
136.0$ tributos constituem:
a) receitas públicas ordinárias;
-~
~
.,
" b) Nominais; b) receitas públicas patrimoniais;
-''j
c} Derivadas; -c) receitas públicas derivadas; ~j
d) Regaflanas. d) receitas públicas industriais. ~1
131. As receitas públicas, provenientes da
exploração de bens pertencentes ao patrimônio
do Estado, chamam-se:

a) Ordiná~s:
137. O estudo do Direito Financeiro engloba:
a) a receita ~ a despesa:

b) a receita, a despesa e o orçamento;

c) a receita tributária;
,
.~

---~

--.,
b) Nominais; .' -~
ç) Derivadas; d) a receita. a despesa, o crédito e o orçamento. -1
138. A entrada que. integrando-se ao "~
d) Regaflanas.
patrimônio públiCO sem quaisqueL reservas, ­ ~1
132. No Direito Obrigacional existem pelo condições ou correspondência no passivo, vem
acrescer o seu wlto, como" elemento novo e -~
menos duas pessoas:

a) Sujeito ativo e sujeito passivo;


positivo, é denominada:
1
b) Sujeito ativo e sujeito reflexivo;
a) receita derivada; 1
--:::,
b) despesa pública;
c) Sujeito público e sujeito privado:
____c).J~c~i@ tribl@fÍ.?: i
d) Süjeít()dediiêito ou sujelto"défeto. "a,'':J:
d) receita pública.
133. Assinale a opção em que aparece uma ~~
receita derivada. 139. São ramos do direito público interno: -i
a) penafldade: a) Direito Constitucional e Comercial; ~1
-~
b) preços públicos; b) Direito Tributário. Constitucional e Civil; ~
"~
c) tarifas; c) Direito Constitucional. Tributârio ~ Fmanceiro:

d) Direito Civil e Comercial.


-:')
d) empréstimos
-~
134. As relações jurídicas regidas pelo -"~

Direito Tributário referem-se: '1


GABARITO ~.,

-arà obtenção de receitas tributárias incluindo a


atividade complementar. referente à
13().C
~"

~
~
(

fiscalização de tributos;
131-A -':j
132-A
b) à obtenção de receitas ordinárias e derivadas; 133--A
134-A
c) à obtenção de receitas ordinárias, incluindo 135-0
a atividade complement(ir, referente à 136-C
fiscalização de tributos; 137-C <.-~
li>,
138-0 -./
!'):~
d) à obtenção de receitas ordinárias. 139-C -li
135. EqUivalem ao conceito de ingresso
público de terceiros:
~I3
a) tributos; fi.

.::::"', ..-'·7:'-_::;::·.-_"
~ ~--::'·~.':-::: ::: . _ .::.- .'':'.'''>' .' . . -~~-- --- -- . ~.-:. '-:':'";-::--'/"-: -',~," ­ "G
--
-.
65
-. EXERCíCIOS DE FIXAÇÃO
RELATIVOS A TRIBUTOS
e) a taxa e operações de crédito.

- 145. Lei Federal, publicada em 15 de janeiro


de ;tâ:beriou taxa de fiscalização sanitária,
- 140. Prestação do tributo:

a} deve ser justificada como punição do Estado;


cuja base de cálculo é idêntica ao do imposto
de circulação de mercadorias e de prestações
de serviços, sendo a alíquota de 0,001% (um
b} não constitui sanção de ato ilícito: milésimo por cento). Tal taxa:
- c) pode ser, também, originária de aplicação de

- panalidade;

d} pode ser, também originária de aplicação de


a) é constitucional, pois está compreendida na
compe~ncia da União;

b) poderá ser cobrada no exercício financeiro de


penalidade pecuniária de natureza tributária. 1991;
141. Compulsoriedade, em matéria c) é inconstitucional, por não ser a União

- tributária, significa;
a) possibilidade de pagartributó;
competente para criá~ra;

d) é constitucional, mas somente poderá ser.


b) direito de pagar tributo nos termos da lei; '€Obrada no exercício de~1l.f.1',;Jr

c) poder inerente às autoridades administrativas e) é inconstitucional em face de sua base de


competentes para lançar tributo;
cálculo.
146. Lei complementar da União instituiu
d} a obrigação que existe para a pessoa que,
empréstimo compúlsórlo para absorver
de acorde com a situação .pr~vista em lei,
temporariamente o poder aquisitivo da
" demonstre Ter capacidade ecorlômica de
<.­ população, em face de tendência a
'.'~ contribuir para os cofres públicos.
hiperinftação. ESse empréstimo compulsório: .
142. O exercicio do poder de policia será
a) é inconstitucional por Ter sido instituído por
considerado regular:
lei complemen~r;
a) quando desempenhado pelo órgão nos limites
b) deveria Ter sido instituldo por lei ordinária
da lei aplicável. com observância do processo
_... _... legal;' = _ . -....... -.' .~. f~~ral; ..._ _ _ _... _~ ..__.__

c) é constitucional, por Ter sido instituida PQf lei


b} quando desempenhado pela União ou pelos
complementar;
Estados; .
d) é inconstitucional, pois não corresponde às
c) quando .d~sempenhado pelas autoridades
hipóteses constitucionais de empréstimo
policiais;
compulsório; ­
d} quando' desempenhado pelas autoridades
e) é inconstitucional, se trata de matéria urgente
militares ou. policiais.
e de relevante interesse nacional.
143. O poder de policia pode ser exercido:
147. A cobrança de qualquer tributo· é
a) pela União e pelos Estados; efetuada através de ato administrativo:

b} pela Uniao. pelos Estados, pelos Municípios a} plenamente discricionário; .


e pelo Distrito Federal;
b) plenamente vinculado;
c) pela União. pelos Estados e pelo Distrito
c} normativo;
Federal:
d} constitutivo.
,-- d) pela Uniao.
)

- 144. São tributos vinculados:


a) o imposto e a taxa;
148. lei da União, publicada em 16 eis janeiro
de 1991, inslituiu contribuição em favor da
seguridade social incidente sobre o concurso
de prognóstico. É correto afirmar que essa
b) o imposto e operações de crédito; contribuição:
c) a taxa e a contribuição de melhoria; a) é exigível quarenta e cinco dias após a data
da publicação da lei;
d) o imposto e a contribuição de melhoria;

....•R,t.'-~~"'A4_-i..~
~
---, "!!!li
66 -~
b) só poderá ser exigida noventa dias após a 153. A natureza juridica específica do tributo --o
-~)
.
data da pUblicação da lei instituidora;

c} pode ser exigível a partir da publicação da lei


que a criou;
é determinada:
a) pelo lançamento;

b) pelo fator gerador da obrigação;


,
----, j
---"

d) é inconstitucional, pois falece competência à


_~1
_~1
--,
União para institui-Ia; c) pela denominação que lhe é dada;

e) terá eficácia somente a partir do exercício d) pela destinação legal do produto de sua
arrecadação.
financeiro seguinte ao de sua instituição. em --j
face do princípio da anterioridade da lei. 154. Os serviços públicos justificadores da ~
-~
149. O Sistema Tributário Nacional compõe­ cobrança' de tàxas consideram-se utilizados
potencialmente pelo contribuinte: --j
sede:
a) quando sendo de utilização compulsória.
_J
a) Direito Financeiro, Direito Tributário e Fiscal;
sejam postos à sua disposição mediante
_~l
b) Impostos federais, impostos estaduais e atividade administrativa em efeito de _~1
impostos municipais; '. funcionamento;
_~_1
c) Impostos, taxas e contribuições de melhoria; b) quandó possam ser destacados em unidadeS ___1
autônomas de intervenção, de utilidade, 0!J
d) Impostos ordinários, impostos extraordinários de necessidades públiças; ~
e taxas.
c) quando suscetíveis de utilização, -~
150. Toda prestação pecuniária compulsória separadamente, por parte de cada um de seus _-"1
____1
, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir usuários;
que não se constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e -cobrada mediante atividade d) quando não suscetíveis de utilização, -.)
administrativa plenamente vinculada chama­ separadamente. por parte de cada um de seus
-.j
se: 'usuários;

155. Somente a União nos seguintes casos


---j
__ 7
a) taxa; ""'i
excepcionais pode instituir empréstimos
.. ~_.._.. _~ b) tributo;. compulsórios:____. __ ._ ~-,
c) ·~-ontribuição de melhoria; ~ ~
g
a) conjuntura que exija absorção temporária do -../

d) imposto.
poder aquisitivo; .. i
151 . .o código tributário define: b) déficit orçamentário; #=1
c) desenvolvimento regional; ·~i
a) os tributos são impostos, taxas e
contribuições parafiscais; d) nenhuma proposição é correta.
- 1­
b) os impostos são tributos, taxas e
contribuições de melhorias;
156. As taxas: ·=i
, .:j
a) podem ser arrecadadas pela utilização de ~ <')
c} os tributos são impostos, taxas e

·=i
qualquer serviço prestado ao contribuinte;
contribuições de melhoria; .

d} os tributos são taxas, contribuições e


.. ..b) podem ser arrecadados pela utilização de
qualquer serviço prestado ao contribuinte ou
;y
-~
impostos. postos à sua disposição; .----;,-:}

152. O tributo destinado a atender c} podem ser arrecadados pela utilização efetiva ".-?
indistintamente às necessidades de ordem geral de serviços públicos ou privados específicos
da administração pública é: e divisíveis, prestados ao contribuinte ou ""2
:d
postos à sua disposição;
a) a contribuição parafiscal;
d) Podem Ser arrecadados pela utilização efetiva
b) a taxa; ou parcial de serviços públicos ou privados. ~j
c) a contribuição de melhoria; específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição;
d) o imposto.

:'--_.~-:: ~-':--~-7:-: ::A:::";.:_::: ,'.A. "-';""-,.,-~-_-;"_.'.,~' ~~.,i; . .


'''':JJ
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,-- ~-..
~--"",~'­
r'"t
.~~-.
67
r''' .::.

) e) Podem der arrecadados pela utilização efetiva d) quaisquer atribuições definidas em


"-2;­ ou potencial de serviços públicos específICOS regulamento;
.. /­ ê e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
.::-) postos à sua disposição. e) nenhuma das respostas é COrreta.
~-".­

~...:(
j
157. Os serviços públicos justificadores da 161. As contribuições pecumanas
:-'~~­ cobrança de taxas consideram-se divisíveis: compulsórias cobradas pela UnFão. pelos
.... ~~ Estadós. pelo Distrito Federal ou pelos
"'-'~

~~-.
a) quando sendo de utilização compulsória, Municípios. no âmbito de suas respectivas
.,
-!)
sejam postos à sua disposição mediante atribuições, tendo como fato gerador o exercício
atividade administrativa em perfeito regular do poder: de polícia ou a utilização,
funcionamento; efetiva ou potenc:al, do serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte
b) quando possam ser destacados em unidades ou posto à sua disposição são denominadas de:
autônomas de intervenção de utilidade ou de
necessidade pública; a). Impostos;

c} quando por ele usufruídas a qualqúe~ título; b) preços pÚbficos;

d) quando susc~tiveis· ··de utilização c) taxas;


separadaméilte por parte de cada um de seus
usuários., d) preços políticos.

158. As fontes de receitas tributárias são: 162. Compreende-se como imposto aquele
que tem como fato gerador:
a) exclusivamente os impostos;
a) o exerci cio do poder de policia;
b) exclusivamente as taxas;
b) a valorização imobiliária decorrente das obras'·
c) exclusivamente as contribuições de melhoria; públicos;

d) os impostos, taxas e contribuições de c) urna situação independente de qualquer


melhoria; atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte; .
-~._,.... --e}-R::-La.··
d)' a intervenção facultada ao poder executivo ao
159. A cobrança de taxa de localização de Poder Executivo no dominio econômico.
casas de comércio, por exemplo, mais onerosa
em uma zona em que tal localização se afigura 163~ Para se determinar a natureza jurídica
desinteressante ao municipio, send<):diminuida de um.tri.buto. é fund~menú.gl:
em seu montante • nos casos de fixação em
zona considerada ideal para atividade, a) o tipo de lançamentt; utilizado para a
configuraria, nestes' caso, a aplicação:. constituição do crédito tributário;

a) parafiscal do tributo; b) a destinação legal do tributo da arrecadação;

b) extrafisci:ll QO tributo; c) os prazos de recolhil!ler;~o estabelecido para


o cumprimento da obrig:<ção;
c) penal do tributo;
d) a denominação e demais características
d) paranormal do tributo. formais adptadas peia lei; ,

160. A União, os Estados, O Distrito Federal e) o fato gerador da respectiva obrigação.


.
e os Municípios podem instituir e cobrar taxas
/-

:\-. sobre: 164. O imposto caracteriza·se:


~~

a) quaisquer atribuições definidas em lei, mesmo a) pelo nome atribuído pelo legislador;
r'~. :

;.­ , não compatíveis com as respectivas b) pela atividade estatal específica, atual ou
:.-~.... Constituições; potencial, solicitada ou provada pelo
.~1­
"-'-~.~~.
b) somente atribuições definidas em lei; contribuinte;
"-"­

.:?­ c) quaisquer atribuições definidas nas c) pelo fato gerador;.


constituições e leis orgânicas e na legislação d) por todos os elementos acima solicitados:
com elas c Im?ativeis; ....
""l,'

,­ '.' ~
., .J~

."~-'"
.~-

68 .-y
-"

165. O lançamento da contribuição de c) impostos, taxas e contribuições da


~
melhoria será feita: Previdência Social; /I> ..-'*;1

a) executadâa obra na sua totalidade; d} impostos, taxas e contribuições de melhorias. .'"l


.j
- ,b) executado a obra na sua totalidade ou em 170. Responde pelo pagamento da

.,
parte suficiente para beneficiar determinados contribuição de melhoria: ~
. -"';:;
imóveis; .
a) o proprietário do imóvel, ao tempo de seu' .~ -..' '

c) executada a obra na sua totalidade que lançamento;


beneficiou determinados imóveis, depois de ~

publicado o respectivo demonstrativo de b) o proprietârio do imóvel, ou o locatário se for -./:]

custos; ocaso; .~ --./

d) ~xecutada a obra na. sua totalidade ou em c) o proprietário do imóvel, ao tempe em que .1 ,~'

parte sufICiente para beneficiar determinados ocorreu o fato gerador ou o Iocatârio, se for o ~
imóveis, depois de publicado o respectivo caso; ~

demonstrativo de custos. . ~'1


d} o proprietário do. imóvel, ao tempo em que .a
A ti
166. A limpeza públicas das ruas de uma . ocorreu o fato gerádor. ­
cidade pode ensejar a decretação de taxa: .~
171. Não há taxa, juridicamente, se : - ,•.Y

.~j
a) pelo Município respectivo;
a) não existir portaria do Executivo a respeito; .. ~.'o'
EI
b) pelo Municipio ou pelo E;stado; b} não existir decreto do Executivo a respeito; ,€ )
,~'
,~
c) pelo Município, pelo Estado ou pela União; c) o serviço não existe, ou se nenhum vínculo " -;J
,~'

direto ou indireto o liga racionalmente ao ~:')


d) pelo Estado.
sujeito passivo;
167. A finalidade da contribuição de
melhoria é: d) se o serviço não existe:

a) propicíar enriquecimento ilícito à custa do 172. Para a éobrança de taxas:


poder público;
__ <;1>- liãQ~ ~~réÍJt:>f!lªr COf!l<?_pase de cálculo a <]
b) impedir a valorização imobiliária a qualquer que tenha servido para a InCidêRcia dos "
titulo; . impostos; ,

c) restituir ao Estado os recursos aplicados em .b) não se poderá tomar como base de cálculo a r~~
g
obras públicas que valorizam os im6veis que tenha servido para a incidência dos
vizinhos às mesmas; impostos federais; .
.:::.;-~

d) remunerar os serviços públicos específicos e c} não se poderá tomar como base de cálculo a ,7

divisíveis utilizados efetiva ou potencialmente que tenha servido para a incidência dos
pelo contribuinte. impostos estaduais; ~ ...~
~d

~,,4.
168. Os Estados podem inStituir empréstimos d) não se poderá tomar como base de (!;3Iculo a i)
compulsórios, nos seguistes casos: que tenha servido para a incidênda dos ~~i
impostos estaduais e municipais; . ;..?'­

á) calamidade pública;
173. O empréstimo compulsório pQde ser ~-,

b) situação financeira grave, incapaz de garantir instituído:


a solvência de seus empréstimos públicos;

c) atender às despesas de investimentos


à} no caso de guerra externa ou na eminência
de sua declaração;

b} no caso de 'calamidade pública que exija


-
...;;::
d} garantir o rumprimento das decisões judiciais;
auxílio federal, possível de ser dado com os
e) n.r.a. recursos orçamentários disponíveis; ~.-

169. A expressão "tributos" abrange: ,;;;.>"".


c) no caso de ser exigida a absorção temporária
do pÓder aquisitivo;
a} impo$tos, taxas e empréstimos
compulsóríq;; . d} ero qualquer um dos casos apontados nas .....:

alineas a"teriores. .-;


b) impostos. taxas e contribuições;
~.

69
174. Contribuição sobre a receita de concurso adicionado das vantagens que a lei estjpule.
de progn6stico, instituída pela União. no chama-se:
interesse da seguridade social por lei publicada
- 'em 10 de setembro de 1992,.sem cláusuia de
Gi) empréstiQ10 compulsório;
vigência, poderãser exigida: b) contribuição de melhoria;
a} 90 dias após a publicação da lei; c) contribuição parafiscal;
b) a partir de 10 de janeiro de 1993; d) taxa.
c) 45 dias após a publicação da lei 179. O fato gerador da contribuição de
melhoria é:
d} na data da publicação da lei;
a) a realização de uma obra pública pelo Estado;
e) 60 dias após a publicação da lei.
b) a realização de uma obra pública da qual
175. Assinale abaixo a alternativa correta. decorra uma valorização imobiliária;
I- A autorização para que a loja coloque anuncio €» o acréscimo do valor do imóvel localizado
luminoso na porta externa. dada ( Ç) autorização) nas áreas beneficiadas direta ou
pela fiscalização do município. pode ensejar a indiretamente por obras púb~cas;
cobrança, pelo município, de uma taxa fundada no d) a valorização imobiliária em virtúd~ de qualquer
seu poder de polícia. fator conj~ntural
11- A União. por meio de lei complementar e e) a valorização de um imóvel onde Ainda não
atendendo a relevante interesse social, pàdE~.rá tenham sido feitas construções.
conceder isenção das taxas estaduais. .
111- Criança de doze anos. não pode ser sujeito
GABARITO
passivo "do imposto sobre a renda e proventos de
qualquer natureza. . 140-8 141-0
142-A 143-8
W- Tributo exigido em virtude de serviços públicos
144-C 145-E
postos à disposição do contribúínte. mas não
146-0 147-8
utilizados por ele, é uma taxa de serviço.
148-8 149-C
a) só as proposições I, 11 e IV são verdadeiras; 150-B 151..c
152-0 15J..B
b) .só. a.s proposiÇl5es I e 111 são verdadeiras;
_ • •b . » __ ~.... __ . __ • _ _ _ •• _ .'_'.
~154A~ ____ 155-0
c} só as proposições I e IV são vêrdadeiras: 156-E 157-0
158-0 ·159-8
d} só a proposição IV é verdadeira.
16O-C 161..c
. 176. A promessa de reembolso retira-lhe o 162-C 163-E
caráter tributário, no entanto, consoante se 164-C 165-0
infere de disposições constitucionais, são 166-A 161..c
regulados como tributos: 16&-E 169-0
a} empréstimo compulsório; 17O-A 171-C
172-A 173-A
b) taxa; 174-A 175-C
c) imposto; 176-A 177-A
178-A 179..C
d) tarefa;
e) contribuições de melhoria.
~t 177. O tributo é gênero do qual são espécies:
a) os impostos, taxas e as contribuições de
melhoria;
b) as declarações de renda;
c} as contribuições de melhoria apenas;
d} nenhuma das respostas acima está correta.
178. As imposições feitas pelo estado,
compelindo as pessoas, ou certo grupo de
pessoas, a uma prestação monetária que será
devolvida, no futuro, pero mesmo valor ou

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EXERCíCIOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO


é~ 01- Em relação ao Direito como um todo, o Direito Tributário (AFTN/91):
a) é totalmente independente dos demais ramos, possuindo metodologia própria

e
é~

de interpretação e estruturação; r;.


.-­ b) vincula-se ape"s ao Direito Administrativo, se relacionando com os
demais ramos;
c) vincu~a-se ape~s ao Direito Constitucional, @se relacionando com os

.0 demaIs ramos;
é considerad!o autônomo apenas do ponto de v
com todos os demais ramos dada a unicidade do Direito;
e) relaciona-se com os demais ramos do Direito Público, pre~dindo totalmente
dos diversos ramos do Direito Privado.

02-Assinale a alternativa incorreta, relativamente à natureza da norma e do


direito tributário (ICMS MG):
a) O Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, que estuda as
relações juríd..\9as entre Estado e sujeito passivo relativas à instituição, arrecadação
e fiscalizaçãd1tributos. V
b) O conhecimento da hipótese de incidência (fato gerador) e da base de cálculo
nos coloca condições de identificar a estrutura e a natureza de um determinado
tributo. "
c) O nome adotado pela lei instituidora e a destinação do produto arrecadado são
irrelevantes na identificação da natureza específica de um tributo. V
rp O Direito Tributário, tendo em vista ~ua autonomia em face dos demais ramos
jurídicos estruturado~com institutos e normas próprios.
e) O Código Tributário Nacional, ao indicar, em seu art. 49, que a "natureza
~.
jurídica especifica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação ", revela certa omissão, desconsiderando a importância da base de
cálculo para a identificação da figura tributária.

03(NãO)faz parte da deímição legal de tributo:


a) é prestação pecuniária compulsória; v
b) sua cobrança é feita por atividade administrativa plenamente vinculada; v
~ ~ão. p~~e ser cobrado relativamente a fatos geradores anteriores a sua
mstltUlçao;
d) deve ser instituído por lei; V
e) não é sanção de ato ilícito . ..J

04- Característica que faz parte da definição legal de tributo:


a) Não poder ser cobrado em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência
da lei instituidora.
b) Não poder ser cobrado no mesmo exercício da publicação da lei instituidora.
Ç2) Não poder ser instituído sem lei que o estabeleça~
d) Não poder ter o efeito de confisco.
e) Dever ser uniforme em todo o território nacional.

05- Constitui uma receita originária do Estado:


a) contribuições previdenciárias W!:wft­
b) contribuições de melhoria..... ~ dJ.r-v.."'OdA ,
~ doações recebidas

1
~

-'

d) multas penais - ~ d1ttJ.I.~


e) taxas ~ ~úu:to. -./

--,'
,,- No Direito Pátrio, é característica dos tributos:
\~ coatividade;
b) terem sempre a sua destinação vinculada a determinadas despesas;
c) só poderem ser instituídos pela União, Estados-membros e Distrito Federal;
d) serem destituídos de compulsoriedade;
e) serem utilizados para punir a prática de atos ilícitos.
~'---_.~ 'Y)O.ú
- 'I-:
07- O exerClClO potencial do ~oderaepolICIa (PFN/92): ~
, • • ---- - F • }/iC'.!:)Jv
" _ d"\,:;"
a) permite a exigência de taxa de serviço dJ- .f"',,'a;tl ~v.v (1'~
b) possibilita a incidência de taxa de polícia dJ- -pe,((v-. ••a.- tJ:-.v·, 'it;",-,Cl /~
c) toma possível a cobrança de pedágio .).,Jd:MJO;Yr'WvJ:;t (X)~~",-
d) faculta a incidência simultânea da taxa de serviço e da taxa de polícia ! -J

~ não permite a exigência de taxa

08- Considerando-se a relação taxa! fato gerador, assinale a opção correta


(FAE RJ!92): /
N taxa de iluminação pública / exercício regular do poder de polIcia;
~'

f1 taxa de coleta domiciliar de lixo I utilização efetiva ou potencial de serviço


público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto a sua _/

disposição;
c) taxa de uso de área pública /lexploraçã~de atividade em área pública; ~'

d) taxa de autorização de publicidade I prestação de serviços de veiculação de


publicidade; -'

e) taxa de alvará de licença para estabelecimento I propriedade do imóvel sede do


estabelecimento. ~'

09- ~ão é requisito a ser observado pela lei relativa à contribuição de


melhoria:
!tpublicação prévia da delimitação da zona beneficiada; "
/!fJ~xação prévia de prazo, não .inferior ~ (cIuinz§Q.i~~?,p.~ra impugn~ção, pelos
mteressados, dos elementos mfonnatlvos da obra; '-' 30 <,9AJ, 'rna",-:.
,./

c) publicação prévia do orçamento do custo da obra; v


d) regulamentação prévia do processo administrativo de instrução e julgamento da -J

impugnação do interessado; v
e) publicação prévia do memorial descritivo do projeto. v

10- Assinale a alternativa errada:


a) Os impostos são exigidos daqueles que exteriorizam algum signo manifestador
de riqueza. V
b) A vedação constitucional ao uso de base de cálculo própria de impostos, na
instituição de taxa, é lógica e coerente porque enquanto o valor do primeiro deve
guardar proporcionalidade com a capacidade contributiva, a segunda deve ser
proporcional à contraprestação oferecida pelo Estado. v'
c) A vedação, na lei de nonnas gerais, ao cálculo das taxas em função do capital
das empresas explica-se porque se assim não o fosse, estalexaçãji) no caso, seria
proporcional ao valor do patrimônio da pessoa jurídica,(grandeza esta inidônea
para dimensionamento da referida espécie tributária. '-'t>~vow"f<?

2
d) Apesar de a Constituição atual, ao tratar da contribuição de melhoria, não
mencionar o elemento valorização imobiliária, entende-se que este continua
fazendo parte da caracterização e fundamentação para exigência deste tipo de
tributo.
/'
@ Na instituição e cobrança da contribuição de melhoria, o Poder Público pode
r~~ecadar, de todos os proprietários beneficiados, o valor lobal do custo da obra, a
fim de se ressarcir da despesa realizada 10 e en entemente dd> valor a ser cobrado
de cada contribuinte.

11- O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação\indepen~
de qualquer ::tl!!:ldade estatal específica relativa ao contribuinte, tem a
natureza jurídica de:
a) taxa
r$) imposto
rc) preço público -5
d) contribuição parafiscal
e) tarifa :

12- Está correta a seguinte alternativa: "_~


~ A taxa deve ter por base de cálculo uma grandeza que tenda a refletir o ~d:d
éoírtrap~staç.ãd recebida por parte do contribuinte.
y b) A obra pública realizada por um Município, de que resulte evidente valorização
dos imóveis dos particulares, legitima a instituição, por ~algueI\ ente fe~o,
d~tribuiçãofmelàoria, que será precedida da publicação de edital contendo
várias informações esclarecedoras à comunidade interessada.
~c) O fato de o indivíduo socorrer-se do Poder Judiciário para a tutela de seus
direitos não presta a servir como fato gerador de taxa.
{ d) A taxa, segundo seu delineamento constitucional, é modalidade tributária hábil
para servir como adicional dos impostos de menor expressão econômico­
financeira, insuficientemente cobrados, mesmo porque é de aplicação imperativa
do principio capacidade contributiva.
\' e) Em razão da reduzida participação da taxa no valor total da arrecadação e
levando consideração o polêmico conceito formulado pela doutrina, é facultado ao
legislador optar pela cobrança da mesma ou instituir impostos para remunerar os
respectivos serviços indiferentemente.

,~
13- Os serviços públicos que habilitam a instituição de taxas serão aqueles
r­ que:
a) forem apenas utilizados efetivamente pelo contribuinte, uma vez postos à sua
disposição;
b) forem de atribuição do Poder Público, ainda que o serviço não esteja sendo
efetivamente prestado;
c) forem prestados a pessoas físicas ou jurídicas, independentemente de previsão
legal;
d) tiverem por base de cálculo o valor dos serviços prestados, ainda que, para
tanto, o tributo seja cobrado em função do capital das empresas;

/"
1» forem utilizado~ pelo contribuinte, efetivamente, ou postos à sua disposição.

r 14- Assinale a alternativa correta.


a) As taxas são instituídas independentemente de uma atividade estatal.

r
~ b). o imposto caracteriza-se como um tributo vinculado a uma contraprestação .
.~ As taxas são cobradas levando-se em conta a existência de uma atividade
estatal.
(: d) Taxas e impostos são tributos vinculados.
~ e) O imposto tem como fato gerador um serviço específico posto à disposição do
contribuinte.

15- Analise as afirmativas sobre empréstimo compulsório e assinale a


alternativa correta:
\j I. Todo empréstimo compulsório é instituído por lei complementar.
~ 11. Regra prevista no texto constitucional a de que a lei deve fixar o prazo do
empréstimo compulsório e as condições de seu resgate.
tí 111. Segundo a Constituição, nenhum novo empréstimo compulsório poderá ser
criado, sem que os anteriores sejam devolvidos.
" IV. Todo empréstimo compulsório tem o produto de sua arrecadação vinculado à
despesa fundamentou a sua instituição.
a) apenas uma está correta
@ apenas duas estão corretas
c) apenas três estão corretas
d) todas estão corretas

16- As imposições tributárias instituídas pela União, tendo em vista a sua


intervenção no domínio econômico, o interesse de categorias profissionais ou
econômicas, ou para o financiamento da seguridade social, são (PFN/92):
À,impostos
)K( contribuições -./

c) tributos extrafiscais
d) impostos fiscais
e) taxas

17- A destinação do produto da arrecadação é:


a) irrelevante, em qualquer caso
b) relevante, para determinar a natureza específica da taxa
c) relevante, para determinar a natureza especifica da contribuição de melhoria.
d) relevante, para determinar a natureza específica do imposto
@ relevante, em se tratando de empréstimo compulsório, por expressa
/aisposição constitucional, porém irrelevante para a determinação de sua natureza
jurídica específica, eis que esta deve ser creditada à análise do fato gerador
adotado pela lei instituidora.

18- As contribuições destinadas à intervenção no domínio econômico: CJ.V&


a) nunca estão subordinadas aos princípios da legalidade e da anterioridade;
b) podem ser instituídas pela União, Estados e Distrito Federal;
c) são instituídas mediante lei ordinária federal, estadual ou distrital;
d) em situações de emergência podem ser criadas por decreto executivo;
" são da competência exclusiva da União.

4
-/
r'

jJJ1~~~'

CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS

a) Vinculado e Não-Vinculado
b) Fiscal, Extrafiscal e Parafiscal
c) Privativo, Comum e Residual
d) Real e Pessoal
e) Cumulativo e Não-Cumulativo
f) Interno e Externo
/" g) Direto e Indireto

a) Tributo Vinculado: é aquele cuja hipótese de incidência consiste na descrição


de uma atividade estatal relativa ao contribuinte.
Ex.: taxa e contribuição de melhoria.

Obs.: em matéria de tributo vinculado (taxa e contribuição de melhoria) a


competência administrativa precede a competência tributária.

a) Tributo Não-Vinculado: é aquele cuja hipótese de incidência consiste na


descrição de fato qualquer não dependente de nenhuma atividade estatal
específica relativa ao contribuinte. Ex.: impostos.

b) Tributo Fiscal: é aquele que tem como função predominante arrecadar recursos
para o Estado. Ex.: IR, IPVA.

b) Tributo ExtraÍlScal: é aquele que tem como função predominante servir de


instrumento de política econômica para estimular ou desestimular atividades. Ex.: n,
IE.

b) Tributo Parafiscal: é aquele que se destina a sustentar atividades que, em


princípio, não são do Estado, mas que este desenvolve por meio de entidades
específicas. Ex.: CREA, CRO, CRC.

c) Tributo Privativo: é aquele cuja competência para instituir foi reservada


.~
constitucionalmente a uma única entidade da Federação .

Ex.: Impostos Federais (art. 153), Impostos Estaduais (art. IS5),


Impostos Municipais (art. 156), Empréstimo Compulsório
(art.148), Contribuições Especiais (art. 149).

c) Tributo Comum: é aquele em que qualquer ente da federação pode institUÍ-lo.


Ex.: taxa e contribuição de melhoria.

Obs.: quem presta o serviço, quem exerce o poder de polícia, quem íàz a obra é
r'
quem cobra o tributo.
"~

c) Tributo Residual: é aquele que a Constituição conferiu à União para instituir


novos impostos e outras contribuições sociais para financiamento da seguridade
social (conforme nOll11as do artigo 154, I).
Obs.: ver artigo 25. §1o da CF.
d) Tributo Real: é aquele que incide sobre bens.
Obs.: as condições ou qualidades do slueito passivo são inelevantes.
: ICMS, IPI. IPTU.

d) Tributo Pessoal: é aquele que incide sobre as condições e qualidades do sujeito


passivo. Ex.: IR.

e) Tributo Cumulativo: é aquele que é calculado e recolhido integralmente a cada


operação, sem qualquer compensação de valores pagos em operações anteriores
(são conhecidos por tributo em cascata).
Ex.: IOF, IPTU, IR, IPV A.

e) Tributo Não-Cumulativo: é aquele em que cada operação de débito é


compensado o crédito do valor pago na operação anterior.
Ex.: ICMS, IPI.

f) Tributo Interno: é aquele que incide sobre o comércio interno.


Ex.: IR, ICMS, IPI, IOF.
.../

í) Tributo Externo: é aquele que incide sobre o comércio externo.


Ex.: II, IE.

g) Tributo Direto: é aquele em que o contribuinte de fato (o que recebe o ônus


tributário do contribuinte de direito) é o contribuinte de direito.

Obs.: o tributo não repercute, ou seja, não é transferido.


Ex.: IR, ITR, IPTIJ, IPV A, ITCD, IOF, ITBI.

g) Tributo Indireto: é aquele em que o contribuinte de fato não é o contribuinte de


direito. -'

Obs.: há o repasse do ônus financeiro para quem não é o contribuinte de direito, ou seja,
o tributo repercute.
Ex.: ICMS, IPI, II, IE, ISS.

EXERCÍCIOS DE PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS


~~
01- Já POd1:!;e~:::ado imediatamente após a publicação da lei que os houver
instituíd?, . . o p,ri.ncípio da anteriori~ade, ex.ce~o: ~ ~ ~
~ emprestlmo compulsono, em caso de calamIdade pubhca; ""~O
@ contribuição para o financiamento da seguridade social; jIJl1 ePJ :#~~ ~
c) imposto instituído com base na competência extraordinária; )/"v~
d) imposto sobre a exportação de produtos nacionalizados: ­
e) imposto sobre operações relativas a títulos ou valores mobiliários.

02- O princípio da legalidade não vincula inteiramente:


a) os impostos de importação e exportação. imposto sobre produtos
industrializados e i.!!lP0stos extraordinário decorrente de guerr~:
® os impostos de importação e exportação, o imposto sobre produtos
industrializados e imposto sobre operações financeiras; v
c) as contribuições sociais e de melhoria:

2
r
d) O imposto extraordinário de guerra. o êmpreStlmo compulsório em caso de
guerra e calamidade pública e as contribUIções para a seguridade;
e) as taxas e contribuições de melhoria.
v ..~
'1~'
03- O princípio da capacidade contributiva estabelece q~.t J..',o./
a) não se pode utilizar tributo com efeito de confisco; ~
b) é inconstitucional qualquer tribulo com carát~al, ou seja, que não leve em
consideração a capacidade econômica do contribuinte:
c) é inconstitucional qualquer imposto com caráter real;
d) se o sujeito passivo demonstrar que não possui capacidade econômica, estará
dispensado da obrigação tributária;
~ os impostos, sempre que possíveL terão caráter pessoal e deverão ser graduados
confonne a capacidade econômica do contribuinte.

04- Assinale a alternativalinco~et~


a) Uma das características do trIbuto é a sua compulsoriedade. Na relação
jurídica entre o Fisco sujeito passivo, o que prevalece é a imposição
unilateral da vontade por parte do Estado. No entanto, o tributo só pode ser
instituído se o ato criador receber a aprovação dos fiéis e legítimos
representantes dos cidadãos. A isso pode se dar o nome de legalidade.
b) O princípio da anterioridade é uma...r.egra constitucional que, na atualidade,
tem objetivo proteger o contribuinte de uma desconfortável surpresa, de
modo que as leis que venham a aumentar a carga tributária só podem, em
regra, produzir efeito a partir exercício seguinte ao de sua publicação. No
entanto, nada impede que a lei instituidora seja publicada em 31 de
dezembro de detenninado ano e o tributo comece a ser~ob0a partir do dia
seguinte. l-I>~
@ O princípio do não-confisco é uma confirmação, em matéria tributária, da
garantia constitucional ao direito de propriedade, de fonna que, em sendo o
sujeito passivo cobrado judicialmente de determinada quantia de tributo,
seus bens não responderão pela dívida.
d) A base de cálculo de qualquer tributo só pode ser alterada por lei.
e) A lei tributária nova que venha a reduzir alíquota de tributo não produz
efeitos em relação aos fatos geradores passados.

05- Princípio pelo qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou os aumentou:
a) anualidade
b) irretroatividade
c) legalidade estrita
@ anterioridade
e) legalidade genérica

06- Em termos jurídicos, o princípio da nâo-cumulatividade do IPI e do ICMS


(AFTN):
a) confunde-se com a proibição da bitributação.
b) favorece a incidência 'em cascata" sobre todas as operações tributadas em
dado ciclo de circulação.

...;)
-"

c) permite que a tributaçào seja maior ou menor em função da essencialidade I~"'~ ..J

dos produtos para o consumo da coletiyidade. " ) ~


d) significa que o criado um imposto. outro não poderá ser criado com o mesmo
fato gerador ou a mesma base de cálculo, por expressa disposição
constitucional.
@ propicia que se compense o imposto que for devido em cada operação com ~
o montante cobrado nas operações anteriores. _" ~ ~M'i!O, t.;I5 ~~
~ cl (}J.PY'. J.Jfo'
07- Em determinado .Município, o Prefeito criou, po.\j:ecretJ:' uma taxa sobre
o serviço de coleta de lixo urbano. A instituição do referido tributo é:
a) constitucional, pois a coleta de lixo é serviço público de natureza
municipal:
b) inconstitucional, por invasão de competência dos Estados e do Distrito
Federal;
c) constitucional, pois a cobrança da taxa só ocorrerá no exercício seguinte ao
da publicação do decreto;
@ inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade;
e) inconstitucional, pois o serviço de coleta de lixo não é específico e
divisível.

08- O art. 5° da Constituição Federal, incisos XXII e XXIII, estabelece que é


garantido o direit0-1!.ropriedade e que ela atenderá a sua função social. Em
matéria tributária, este primado direito constitucional foi traduzido pelo
princípio:

~
da legalidade
b) de não-confisco
c da capacidade contributiva
d) da imunidade recíproca
e) da não-limital~? ao tráfego de pessoas ou bens
~o
09- A~ presc . ões que seguem referem-se respectivamente aos princípios da:
>

1- E defeso cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do


início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. jMd}v)(x;r;t"é/~
11- É defeso cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que o instituiu ou aumentou. ~~
111- É defeso à União cobrar tributo que não seja homogêneo em todo território
nacional. 1;f,tw..fo'»rAóI~
a) irretroatividade, anualidade e uniformidade geográfica
b) anualidade, irretroatividade e igualdade
~ anterioridade, legalidade e territorialidade da tributação
t!)lirretroatividade, anterioridade e uniformidade geográfica
e) legalidade. irretroatividade e da não-discriminação tributária
em razão da procedência ou destino dos bens

10- A Constituição Fed~ral dispõe, em seu artigo 5°, inciso XXXVI, que a lei
não prejudicará o direifádquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Em
termos de matéria tributária, tal preceito representado pelo princíÍ>io da:
Q irretroatividade
b} estrita legalidade
c) isonomia

..t
d) anterioridade
r· e) retroatividade benigna

11- As prescrições que seguem referem-se respectivamente aos princípios da:

1- Sempre que possíveL os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica: f!rwp /!,D>d;Ã@.J"r;;~
1I- É vedado à União instituir tributo que implique distinção ou preferência em
relação a Estado ou a Município; V1\.A~""''vv:~~
III- É vedado aos entes tributantes dar tratamento desigual entre çontribuintes. :-.
que se encontrem em situação equivalente. ;]~oto_~ (o". VH1"e-r.,.. . ~)
a) capacidade financeira; isonomia; uniformidade
b) capacidade contributiva; igualdade; legalidade
c) isonomia; uniformidade geográfica; capacidade contributiva
d) isonomia; capacidade econômica; isonomia
® capacidade contributiva; uniformidade geográfica; isonomia

~
12- Em 3~, foi publicada lei que institui contribuição para o
imanciamento da seguridade sociaL A partir de que momento poderá ser
iniciada a cobrança desse tributo?

a) 01.01.98
b) 45 dias após a publicação da lei
@ 90 dias após a publicação da lei
d) 01.01.99
e) l35 dias após a publicação da lei

13- Analise as afirmativas e marque a alternativa correta.

L Tanto o empréstimo compulsório em caso de guerra como o imposto


extraordinário de guerra são exceções ao princípio da legalida4..e. tendo o
Executivo federal a possibilidade de alteração das respectivas alíquotas dentro dos
limites estabelecidos em lei. F
lI. Tanto o empréstimo compulsório em caso de guerra como o imposto
extraordinário de guerra são exceções ao princ(pio da anterioridade, já podendo ser
exigidos imediatamente após a publicação da lei instituidora. V
UI. Nem o empréstimo compulsório em caso de guerra nem o imposto
extraordinário de guerra podem começar a ser exigidos antes de o conflito
internacional efetivamente iniciar-se. f
a) todas estão certas
b) todas estão erradas
c) apenas I e II estão certas
@) apenas II está certa
e) apenas Il e IH estão certas

14. (OAB-DF/2003) Em matéria tributária, acerca do Princípio da Legalidade, a


Constituição Federal autoriza:

a) O Poder Executivo pode, nos tern10S e limites estabelecidos em lei, alterar a alíquota
do Imposto sobre a Propriedade TelTÍtorial RuraL

5
.~
tJP;O
° Poder Executi,o pode alterar a ~ase de cálculd do Imposto Sobre Prod utos
industrializados por meio de Decreto.
@o Poder Executivo pode. por decreto. nos termos e limites estabelecidos em lei.
alterar as alíquotas do Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro. ou
relati,as a Títulos ou Valores Mobiliários.
d) Somente por lei complementar a alíquota e a base de cálculos dos impostos podem
ser alteradas.

15. (OAB-DF/2003) Antecipando-se à tão falada reforma tributária, o Congresso


Nacional autorizou, recentemente, os Municípios a promover a alteração na
legislação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, inclusive, a alterar
suas alíquotas. Assim, o importante Município de Cajazeiras - PB, por lei própria,
publicada em 16 de agosto do corrente ano, aumentou em mais de 30/0 a alíquota
do referido imposto. Silenciou, entretanto, quanto à data a partir da qual poderia
ser cobrado, na forma alterada. Levando em conta o Princípio da Anterioridade,
previsto na Constituição Federal, é CORRETO afirmar:
a) O imposto somente poderá ser cobrado 90 dias após a publicação da lei municipaL
b) O imposto somente poderá ser cobrado 45 dias após a publicação da lei municipal.
@ O imposto somente poderá ser cobrado a. partir do primeiro dia do exercício
financeiro seguinte.
d) O imposto pode ser cobrado a partir da data da publicação da lei, urna vez que não
está sujeito ao Princípio da Anterioridade.

16. (OAB-DF/2004) A tão falada reforma tributária, que deveria ser aprovada
como forma de simplificar o Sistema Tributário Nacional, reduzir a carga
tributária e, com isto, diminuir a sonegação fiscal, resultou, somente, numa tímida
edição de mais uma Emenda Constitucional, a de nO 42. Dentre as vantagens para o
contribuinte, está a vedação de se cobrar tributos antes de decorridos noventa dias
da data da publicação da lei que os instituiu ou aumentou. Todavia existem três
impostos que, de acordo com a citada Emenda, mesmo estando sujeitos ao
Princípio da Anterioridade, não estão sujeitos a essa noventena: um deles
totalmente excetuado e dois outros excetuados, apenas, no que concerne à fIXação
da base de cálculo. Assinale a alternativa correta em que esses três impostos se ,_o
encontram:

a) ISS, ICMS, ITBL @IR, IPVA, IPTU;


b) ITBI, ITCD, IR: d) ICMS, IPVA, IOF.

17. (OAB-DF/2004) De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar:

a) Sobre o salário de R$l 0.000,00 do Pastor da Igreja Evangélica '~Valha-me Deus", não
incide impostos sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza, em virtude de
imunidade tributária:
(b) Sobre os terrenos pertencentes à Cniversidade de Brasília. localizados no Plano
J1iloto de Brasília. utilizados nas suas finalidades essenciais. não incide IPTU. em
vil1ude de imunidade tributária:
c) Os sindicatos dos trabalhadores estão sujeitos ao paganlento de IPVA. IPTU e ITR.
incidentes sobre os automóveis e ten'enos urbanos e rurais de sua propriedade. mesmo
que vinculados as suas finalidades essenciais. uma vez que não gozam de imunidade
tributári a:

6
d) As Representaçôes Diplomaticas acreditadas em Brasília. desde que haja
reciprocidade entre seus países e o BrasiL não pagam IPTU e IPVA sobre seus imóveis
e automóveis. em virtude de imunidade tributária.

18. (O~-\B-DF/2004) A competência tributaria residual da União caracteriza-se pela


possibilidade de ela:

a) Aumentar seus impostos. majorando as bases de cálculo ou as alíquotas. desde que


representados as Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar:
@Criar, por lei complementaL um novo imposto, distinto de previstos na Constituição
Federal, desde que seja não-cumulativo e não tenha fato gerador ou base de cálculo
próprios dos impostos j á existentes;
c) Criar impostos extraordinários e empréstimos compulsórios, em caso de guerra
externa ou sua iminência;
d) Instituir Contribuições de intervenção no Domínio Econômico, com vigência 90 dias
após a publicação da respectiva lei.

19. (OAB-DF/2004) A noventena prevista na Emenda Constitucional 42 e inserida


no Art. 150, In, "c" da CF, aplica-se a um dos impostos excetuados do princípio da
Anterioridade. Assinale a alternativa correspondente a esse imposto.

a) II;
,~

@IPI; .
b) IOF; d) IPVA

20. (OAB-DF/2004) A respeito da legalidade tributária, assinale a opção correta.

a) Medida provisória não pode regular matéria tributária;


b) Somente lei complementar pode tratar de instituição ou majoração de tributos.
(9 As alíquotas dos impostos de importação, de exportação sobre produtos
industrializados podem se fixadas por ato normativo do Poder Executivo federal.
d) As bases de cálculo do imposto municipal sobre a propriedade urbana e do imposto
estadual sobre a propriedade de veículos automotores podem ser fixadas por decreto.

21- (ESAF/AFRF/2002) É lícito ao ente tributante:


a) Instituir distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida pelo
contribuinte. desde que prevista em lei adequada denominação jurídica dos rendimentos.
títulos ou direitos.
r­ b) Cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da
norma jurídica que os houver instituído ou aumentado, desde que expressa a lei que os
tenha previsto.
@)Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, mediante cobrança de pedágios,
interestaduais ou intemlUnicipais. pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público.
d) Cobrar qualquer imposto no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
a lei que os instituiu ou aumentou.
e) exigir ou aumentar tributo mediante decreto ou ato administrativo, desde que
publicado antes do início do exercício em que será cobrado.

7
/"'
r-

EXERCíCIOS DE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA, SUA VIGÊNCIA,


SUA APLICABILIDADE, SUA INTERPRETAÇÃO E SUA INTEGRAÇÃO

01- Assinale a alternativa \!!tcorretaJ


a) O decreto legislativo é ato praticado pelo Congresso Nacional para legislar
sobre matéria de sua competência exclusiva, com efeitos externos. Ele não
necessita, por sua própria natureza, de sanção do Poder Executivo. v
@ As resoluções são atos que tratam de matéria de competência do Poder
Legislativo, com efeitos internos. Elas só podem ser editadas pelo Senado
Federal.
c) Os decretos são atos de competência do chefe do Poder Executivo. Através deles
o Executivo exerce sua função regulamentadora. 1/
d) A observância das normas complementares, por parte dos seus destinatários,
r­ afasta a possibilidade de aplicação de penalidade, assim como a cobrança de
juros e de correção monetária. v
e) São normas complementares os convênios celebrados pela União com os
Estados-membros, visando à harmonização dos procedimentos de arrecadação e
fiscalização de tributos. Y

02- O~o Tributário Naciona~(Lei n.O 5.172, de 25 de outubro de 1966) é


considerado (AFTN):
a) uma lei ordinária, por força das normas constitucionais supervenientes, que
reservaram a matéria nela contida para leis dessa categoria.
<b))uma lei ordinária que adquiriu força de lei complementar desde a Constituição
Ye 1967.
c) uma lei ordinária que, por ter sido aprovada como tal, pode ser livremente
alterada por outra.
d) um Código que somente pode ser derrogado por outro Código, pois o Ato
Complementar n. O 36, de 1966, lhe deu esse status.
,-­ e) uma lei federal que, no respeitante a impostos estaduais, pode ser alterada por
lei estadual, por força do poder de legislar concorrentemente sobre essa
matéria, previsto na Constituição de 1988.
pJP~t,9~
==~:....:;;:::.:::.::.;::..::.::...:..,::.=;.;:;.~__~~o.:::d;:.:em::::::;os afirmar que são (AFTN):
veículos normativos privativos do le islativo para aprovação, entre outras
/~ coisas, dos tratados e convenções internacionais celebrados pelo Presidente da
República;
b) atos normativos de competência privativa do Presidente da República com força ~
de lei, próprios para o aumento das alíquotas do IPI, IE,~ -nril> ~ t4{.-"< fi J)Ifk"'k 0,
c) veículos normativos do Preso da República para aprovação entre outras coisas, ClJ.d....
r­ dos tratados e convenções internacionais celebrados pelos Ministros de Estado;~~~~
d) veículos normativos com (força de leU idôneos para }nstit~í~e.m.Jm:Qostos V$"'-'t:,>:\,~
é-

extraordinários na iminência ou nolcaso de guerra externa; 4, .x..u; rYid.kI,,,d/-..i"i.,,


@Veículo.s normativos que se prestam\à apr~vação dos regulamentos dos impostos
r' federaIS. ~ 'iVwl Jh,.. di iJ"

04- Analise as proposições abaixo, nos termos do CTN:


,~

1- Todas as decisões dos órgãos coletivos de jurisdição administrativa são normas


complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos.

1
/'
_/

-./

I1- A jurisprudência dos tribunais estaduais e federais é também considerada


norma complementar da legislação tributária.
IIl- A observância das normas complementares em matéria tributária exclui a
imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização ic
valor monetário da base de cálculo do tributo.
N o texto acima:
a) apenas a I está correta; j'

,..'b) apenas a II está correta;


\!J apenas a IH está correta; ,,.,.,c

d) apenas a I e II estão corretas;


e) apenas a II e IH estão corretas.

05- Sobre os decretos executivos, podemos afirmar:


,.J
a) São atos normativos de competência exclusiva do Congresso Nacional, que não
carecem de sanção presidencial.
b) São atos normativos expedidos pelo Congresso Nacional, que servem, em '--'

matéria tributária, para referendar os tratados internacionais finnados pelo


Presidente da República.
c) São atos normativos expedidos pelo Presidente da República e que, por força da
Constituição, têm força de lei e eficácia imediata, devendo ser apreciado pelo
Congresso em 60 dias a contar de sua publicação.
Ç!)São atos nonnativos expedidos pelo chefe do Poder Executivo se prestando a
estabelecer, no âmbito de sua competência, o regulamento das leis.
e) São atos administrativos expedidos pelo Presidente da República com efeitos
unicamente internos à Administração Federal.

06- Assinale o que não se constitui em legislação tributária:


a) as medidas provisórias com força de lei.
()
"J
b) as resoluções do Senado Federal.
v @as decisões judiciais que exprimem um entendimento reiterado. r
"'S
~
,.)
d) o tratado celebrado entre Brasil e Suécia para evitar a dupla tributação da renda,
~ devidamente ratificado pelo Congresso Nacional.
(; e) os convênios celebrados entre os Estados e o Distrito Federal. ,J
\:l
'j,~

'" 07 - Assinale a alternativa incorreta:


~
'-oi a) As normas jurídicas em geral respeitam um prinCIpIO de compatibilidade
~
~ vertical, onde a norma de hierarquia inferior deve respeito àquelas de
~ hierarquia superior. De efeito, quando duas normas jurídicas mostram-se
""~ antagônicas, devemo,s solucionar o conflito, optando pela nonna superior.
b) Muitas das vezes, duas normas possuem a mesma estatura hierárquica e
~ mostram-se antagônicas. Nesse caso, a solução desse aparente conflito deve ser

!
'<i
buscada por outro critério que não o hierárquico, como, por exemplo, o da
especialidade, pelo qual a norma especial possui primazia sobre a mais
genérica. ~.

c) Em algumas hipóteses, duas normas antagônicas podem apresentar mesma


estatura hierárquica e possuem o mesmo teor de especificidade. De efeito, a
solução para o conflito será buscada pelo critério temporal, pelo qual a norma
nova revoga a norma velha. '
@ Os tratados internacionais em matéria tributáriaWterão validade se seus textos
--
estiverem conformes com as leis internas brasileiras.
lp~f ~ ~ ~WJk7;;;
ht~::-.if'I .
2
,>

e) Medidas prOVIsonas, embora emanem do Poder Executivo, possuem força ~


normativa para criar direitos e obrigações sobre os cidadãos brasileiros. ~'oh (~~.. )
~~ &J'~' cP~
08- Assinale a opção incorreta: ~ ~ ~ ./
a) A luz do Código Tributário Nacional a expressão "legislação" revela um
conteúdo bem mais amplo do que o da expressão lei". V
b) "Lei" significa ato normativo que advém do Poder Legislativo ou, pelo menos,
que dele recebe a aprovação. ,/
c) Os Tratados Internacionais são celebrados por representante do Poder Executivo
da União; no entanto, ao depois, são aprovados por ato do Poder Legislativo
(decreto legislativo do Congresso Nacional), tomando-se aptos a possuir força
de verdadeiras leis internas. ../
d) No atual direito brasileiro, temos um tipo de ato normativo que, embora seja
expedido pelo Presidente da República, tem, em virtude de dispositivo da
Constituição, força de lei, com eficácia limitada no tempo, devendo ser
aprec~ada pelo Parlament~)e :,oI}vertida, se assim for do desejo do legislador,
em leI formal. ?f)ulútev rrrliK .·W~
@"Decreto" e tQecreto-~ não se confundem, sendo o primeiro ato normativo
expedido pelo chefe dq Poder Executivo (Presidente da República, Governador
de Estado ou do .Qistrito Federal e Prefeito Municipal) e tem função
eminentemente regUI~Jentadora das leis; já o segund.o.' é ato de competência
exclusiva do Congre o Nacional que, para ser promulgado, não carece de
sanção pre~idencial. .p 1'1OJ::. ~~ ?1Uli,0 ..LI;,y;;?,/ ~~;:t!cl.("" .dtJ..,
I .l.'f"..l c:,~afLrft
o , Q

09- Não depende de lei: ~ ~.


a) instituição, extinção, majoração e redução de tributos.
.~

b) definição do fato gerador e do sujeito passivo. ÚJ,V'.pfhr.Jcn#v,,"


@ atualização monetária da base de cálculo do tributo. ~
"~. d) a cominação de penalidades a infrações nela definidas.
e) hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários.

10- A aprovação e conseqüente incorporação ao ordenamento jurídico das


Convenções e dos Tratados Internacionais são feitas por meio de:
a) lei federal.
b) lei complementar.
@decreto legislativo do Congresso Nacional.
d) decreto regulamentar do Chefe do Executivo.
e) não existe necessidade de serem referendados, eis que reputam-se válidos e
aplicáveis a partir da assinatura pelas partes acordantes.

11- (OAB-CESPE) Compete exclusivamente à lei complementar~ceto~


a) regular limitações constitucionais ao poder de tributar;
b) instituir o regime único de arrecadação dos impostos e contribuições
da União, Estado, DF e Municípios com recolhimento centralizado e unificado;
c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os
Estados, o DF e os Municípios;
@ instituir illlP-ostos de competência da União.

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12- (OAB/CESPE) A base normativa do direito tribntário compreende não


apenas as leis, mas também, entre outras, as normas complementares. Náf) se
classificam como normas complementares. -===­
i2 os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas. v
~2) os decretos .. v
c) as decisões dos órgãos singulares de jurisdição administrativa, a que a lei
atribua eficácia normativa.
d) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios. v

13- (OAB/CESPE) As matérias que devem ser disciplinadas exclusivamente


por lei complementar incluem:
1- dirimição de conflitos de competência tributária entre os entes tributantes.
II- concessão de isenções de tributos federais.
III - regulação das limitações constitucionais à competência tributária.
IV - instituição de impostos federais. 1/
Estão certos apenas os itens:
a) I e 11.
® I e lII.
c) II e IV.
d) III e IV. .­

14- Em determinado Município, uma lei ~ituiu iseI!Ç.ã.O-díLl.lIJL para


determinada região. A referida lei pôs unicamente que o benefício
perduraria até 31/12/2000. Em 30/0611998, publicou-se outra lei
revogando tal isenção, sem cláusulã-(fe- vIgêlLcia. A referida isenção
i

extingue-se a partir de: '


a) 15/08/1998;
~ 31/12/2000, eis que as isenções condicionais ou concedidas por tempo
determinado são irrevogáveis;
c) 0110111999;
d) 30/06/1998;
e) 14/08/1998.

15- (OAB/CESPE) Acerca da legislação tributária, assinale a opção correta.


(9 As decisões provenientes dos Conselhos de Contribuintes do Ministério da
Fazenda a que a lei atribuir eficácia normativa entrarão em vigor trinta dias
após a data de sua publicação.
b)jlDeverá ;iliediência ao princípio da anterioridade tributária a revogação de
~' isenção~~concedida para promover o desenvolvimento de precária
região brasileira. Lt. wtl/j .J.!' f!#y....(JJ.A. u?fftr;vdr.v
c) Estão sob reserva de lei complementar as matérias atinentes à concessão de
isenções, à disposição sobre parcelamento do crédiJo tributário e à autorização ""J
de dações em pagamento. ~ -:Ch.(t.( ;'-'r(.Ún::<-''-C
d) A disciplina da integração da legislação tributária determina que o emprego do
~a eqüidade. não pode ~~. dispens-ª~~,<!__ p~~a_IJ:l~I1to_~e
./

~~~~ ~
I k (i -lr":
\.\) Jv"\A:.UtJJ2<·

4

16- A lei tributária aplica-se a ato pretérito:


a) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente
ao tempo de sua prática, tratando-se de ato definitivamente julgado;
b) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, podendo
haver aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
c) quando deixe de defini-lo como infração, tratando-se de ato
definitivamente julgado;
d) quanto estabelece alíquota do tributo menor do que aquela prevista na lei
anterior;
~ quando deixe de defini-lo como inftação, tratando-se de ato em curso de
apreciação judicial.

17) Autuado por infração à legislação do Imposto sobre Produtos


Industrializados, um contribuinte defendeu-se judicialmente. A decisão
final do litígio lhe foi desfavorável. Intimado a pagar o imposto e a,
multa devidos, ele fica sabendo que entrou em vigor uma lei que deixa
de definir como infração o ato praticado. Assinale a alternativa correta
aplicável ao fato acima mencionado:
a) a lei vigente à época da infração somente não é aplicável ao caso se foi
expressamente revogada pela posterior;
® a nova lei não é aplicável ao caso, porque se trata de ato definitivamente
Julgado;
c) 'a nova lei retroage apenas para excluir a multa devida;
d) a nova lei retroage, para efeito de excluir o imposto devido;
e) lei que estabeleça normas gerais de Direito Tributário jamais se aplica a
ato ou fato pretérito.

18) A Lei nO 01/1 999 estabelecia que a alíquota de determinado tributo


/-,
era de 10% e que a multa pela falta de emissão de nota fiscal era de
300% do valor da mercadoria. Durante a vlgencia desta lei,
determinado contribuinte efetuou operação que se constitui em fato
gerador desse tributo e também cometeu a referida infração. Algum
tempo depois, entrou em vigor a Lei nO 08/2000 que modificou os
percentuais do tributo para 8% e da multa para 150%. Em 2001, sem
nenhum procedimento administrativo ou judicial instaurado
previamente pela Fazenda Pública ou pelo sujeito passivo, iniciou-se
procedimento de fiscalização para se formalizar o crédito tributário
respectivo, já que nenhum valor havia sido pago. Quais os valores,
respectivamente do tributo e multa hão de ser aplicados ao caso:
a) 10% e 300%, eis que se aplica a lei vigente à época do fato gerador,
segundo o princípio da irretroatividade;
b) 8% e 150%, eis que a lei nova é mais benéfica ao contribuinte, segundo
o princípio da retroatividade benigna;
r'
c) 9% e 175%, eis que são as médias dos respectivos percentuais;
~ 10% e 150%, eis que a retroatividade só se refere a penalidades e
somente para alcançar atos não definitivamente julgados;
e) não se deve efetuar o lançamento eis que já expirado o prazo decadencial
de cinco anos.

5
-'

19) Sobre interpretação e integração da legislação tributária, podfLG,' --'


afirmar:
a) interpretação e integração não se confundem, sendo esta o esforço de
compreender o conteúdo, o sentido e o alcance da norma jurídica; e aqu.ela o
trabalho de se suprir as lacunas deixadas pelo legislador;
b) o CTN determina quais as modalidades de interpretação a serem utilizadas pel(l
aplicador da legislação tributária, não cabendo a este o uso de outras
modalidades interpretativas;
c) há uma parcela da doutrina que entende que a integração está inserida 11r..
processo interpretativo, denominando-a de interpretação da lacuna legal, e é
esta a dogmática adotada pelo cm;
@5) a integração funda-se no pressuposto de que o texto das leis pode ter lacul1a.::"
mas o Direito não as tem;
e) dentre as modalidades de integração da legislação tributária, nos termos do
CTN, figura o uso dos princípios gerais de direito privado.

20) Assinale a alternativa UDco!!"eta) relativamente à interpretação e


integração da legislação tributária, à luz do CTN e da doutrina:
a) O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo
devido.
b) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou
implicitamente, pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências
tributárias.
c) A lei que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira
mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à autoria, imputabilidade
ou punibilidade.
@ A eqüidade é um conceito construído pelo direito positivo que corresponde ao
sopesamento dos valores do sistema jurídico e da sociedade de modo a
~ os rigores do ordenamento, imprimindo-lhes ares de maior suavidade
Jev ~ e dimensão humanitária na busca do justo no caso concreto .
.~ . ,Jj~.v ~) ~a~og~a ~ ~ expediente de que serve o a~lic~dor da lei - servidor da f~en~a.ou
.l, ~f {J(Ji\.... orgao JUdICIal - ao colher em norma que mCIde em caso semelhante a dISCIplIna
1',fij> j~~':::~ jurídica que o sistema positivo não mencionou expressamente.

21) Analise as proposições abaixo, nos termos do CTN:


"la) A analogia, utilizada como método de interpretação da legislação tributária,
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
-::[b) O Conselho Estadual de Contribuintes do Estado de Santa Catarina, através do
emprego da eqüidade, poderá dispensar o pagamento do tributo devido. f

1I\é) A interpretação da legislação que concede isenção do ICMS deverá ser Jiteral. QJ1..Í1H cl1J
a) todas estão certas; b) apenas I e II estão certas; ---= ~/

c) apenas I e lU estão certas; d) apenas II está certa; c


@apenas III está certa. . .f!J' Ct,Q,.~d.c", F c.... . )j.).

22) A quem cabe a[i;;i;nrr:~.!ªç!«!~~~lde u~a lei federal?


a) aos magistrados singulares federais
b) ao Executivo, através de decreto regulamentador
c) aos Tribunais Federais
~ao Congresso Nacional
er ao Supremo Tribunal Federal.

6
DIREITO TRIBUTÁRIO
Professor: José Firmino netofirmino@ig.com.br

Direito Tributário ramo do direito público (só vai estudar a Receita Pública).

Estado: A - Atividade
F - financeira
O - obter Necessidades Sociais
G - gerir
A - arrecadar
R - reais (dinheiro)

1 - Receita Pública Ingressos que


entram para o Patrimônio do Estado.
Ingresso Pennanente.

2 - Despesa Pública Gastos .


•:. Direito Financeiro - Estuda
para onde vai o dinheiro público. 3 - Orçamento Público Controle
de gastos. Previsâo de Receita e fixação
de Despesas.

4 - Crédito Público - Ingresso


condicionado. O dinheiro entra nos
cofres Públicos, mas sai.

1 Receita Pública - Ê a entrada que se integra ao Patrimônio Público sem


quaisquer reservas, não se sujeita à condição de devolução, acresce um elemento novo
ao Patrimônio do Estado.

r'
1 - Receita Originária - É a entrada
que vai para os cofres públicos originários
das atividades Estatais. É o dinheiro
produzido pelo próprio Estado. (É aquela
+:. Tipos de Receita em que o Estado obtém por seu próprio
patrimônio. Ex.: tarifas.

2 - Receita Derivada - Não é a própria


,-"
movimentação do Estado, mas é cobrada
pelo Estado. (É aquela em que o Estado
obtém por meio dos particulares. Ex.:
multas, reparações de guerra e tributos
(receita tributária)).
\ ../

Direito Tributário

a) Definição: Ramo do direito público que estuda a forma de arrecadar, instituir e


fiscalizar o tributo. É o ramo do direito público que disciplina as relações jurídicas entre
Estado e particulares, concernente à instituição, arrecadação e fiscalização do tributo.

b) Natureza Jurídica: Ramo do Direito Público

c) Conteúdo: É de receita derivada (Receita Tributária)

d) Objeto: Tributo / Atividade financeira relacionada à tributação. É a atividade


fmanceira estatal pertinente à tributação (tributo).

e) Autonomia: Didática, Científica; e precisa de outros direitos para sobressair.


Científica, Acadêmica, pois apresenta normas, princípios, conceitos e institutos próprios
(autonomia relativa).

f) Objetivos: É o elemento fiscal (principal) trazer dinheiro aos cofres públicos e


também os elementos extra-fiscais e parafiscais. Fiscal (obter receita); Extra-fiscal (fim
político, econômico e social) e Parafiscal (proteção de certas profissões.

~"
2 - Taxas
São tributos contraprestacionais cobrados em razão do exercício regular (dentro da
lei) do Poder de Polícia; ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. É um tributo.
É contraprestacional (sabe-se para onde vai o dinheiro). É obrigatório. Incidência
múltipla. Sujeito Passivo: qualquer pessoa.

*** .&: Tarifa não é obrigatória. Atividade de direito privado. Prestada por uma
empresa concessionária. Entende-se que água e energia são tarifas.
A TAXA NÃO PODE TER A MESMA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO.

2.1- Competência: Qualquer ente Federado que prestar o serviço. É comum a todos
entes estatais (União, Estados-Membros, DF, Municípios).
*** OBS: Na taxa a competência administrativa vem antes da competência!
tributária, ou seja, quem realiza o serviço público ou poder de polícia é quem cobra.

2.2 - Fato Gerador:


• Poder de Polícia - Taxa de construção e taxa de porte de annas.
• Serviço Público - Taxa de lixo e taxa judiciária.
*** OBS: A taxa não se confunde com a tarifa preço público) pois esta não é
i essencial, é cobrada por concessionária ou permissionária, é receita originária, não é

compulsória; já aquela (taxa) é essencial, cobrada por entes públicos, é receita derivada,
/"'

é compulsória.
/"

3 - Contribuições de Melhoria
r-­
Decorre de obra pública e da valorização do imóvel em razão da obra. O limite geral

,,~
de cobrança do tributo não pode ultrapassar o gasto da obra, o limite individual não
,,- pode ultrapassar a valorização do imóvel. Incidência única. Sujeito Passivo: pessoas
beneficiadas (que "lucram" com a melhoria).
*** OBS: A taxa tem a mesma característica da taxa. A contribuição de melhoria não
,r­

/"'
se confunde com a taxa, pois esta é de incidência múltipla e para qualquer pessoa; já
aquela (contribuições de melhoria) é de incidência única e se destina ao proprietário do
,~

imóveL
,~

/"'

4
/'

r-


,~.

Tributo -/

._....,/.

a) Definição: (ato vinculado). É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda


ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O tributo é ~'

pago em moeda, porém pode existir uma ação de "dação de pagamento", ou seja, pagar
alguma coisa com alguma outra coisa que não seja dinheiro. ~'

*** OBS: O ilícito pode ser tributado; o que não pode é a hipótese de incidência, ser
l
I
um ilícito.
.~

b) Natureza Jurídica: Obrigatório e precisa de um fato gerador para haver


-'
cobrança do tributo. É fato gerador da respectiva obrigação.
-'

*** '&': É irrelevante para qualificar a natureza jurídica: o nome do tributo,


características formais e a destinação legal do produto de sua arrecadação.
-"

c) Espécies Tributárias:

1. Impostos .................................................. (Espécie)


Só essas 3
previstas no Código
2. Taxas ....................................................... (Espécie)
3. Contribuição de melhoria ........................ (Espécie)

. Entendimento do STF
4. Empréstimo Compulsório ....................... (Espécie)

~
ue foi acrescido, ; 5. Contribuições Sociais .............................. (Espécie)
porque está na I
Con1':tituicã,o ne R~" __~

1- Impostos
Não é contraprestacional. Tributo cuja obrigação tem o fato gerador uma situação
independente de uma contraprestação estatal específica.

*** OBS: O Código Tributário classifica-se quanto à matéria; assunto. A


Constituição Federal classifica quanto à competência (União, Estado-Membro, DF e
Municípios). O DF (recebe impostos Estaduais e Municipais). O Código Tributário
dividiu os impostos por assunto, por matéria; já a Constituição os dividiu por
competência (ver art. 153, 155 e 156 - CF).

3
4 - Empréstimo Compulsório
É tributo. Instituído pela União por Lei Complementar - NUNCA por medida
provisória. A competência é da União que se utiliza da Lei Complementar para criar
/'
esse tributo.

* Casos: {a) Calamidade pública


Despesas Extraordinárias b) Guerra Externa ou sua Iminência

(devem aparecer simultaneamente): - - - - . . . {a) Caráter urgente


Investimento Público b) Relevante Interesse Nacional

4 - Contribuições Sociais (Contribuições Parafiscais)
Pode ser chamada de Contribuições Especiais. São cobradas de vários setores para
ajudar na melhoria social.
Com exceção da contribuição de iluminação pública, as demais são competência da
União.

,~

1. Contribuição para Seguridade Social (Ex.: Cobrado


de Empresas)
2. Contribuição Corporativa (Ex.: Contribuição
Sindical, prevista em lei (é anuidade».
TIPOS:
3. Contribuição Interventiva (Ex.: CIDE)
4. Contribuição de Iluminação Pública (Município e
DF)
5. Contribuições Gerais (é o resto til)

SPA = @.aúde, r.revidência, Assistência social)

d) Classificação dos tributos:

1 Tributo Vinculado: é aquele que tem uma contraprestação (taxa).


2 - Tributo Não-Vinculado: é aquele que não tem uma contraprestação (imposto).
,­ 3 Tributo Fiscal: A ímalidade é arrecadar dinheiro (IR).

,-,
-.-/

c~C

4 ~ Tributo Extrafiscal: Faz um controle "econômico-social" (Imposto de


Exportação).
5 Tributo Parafiscal: Contribuições Corporativas (está ao lado do Estado).
6 Tributo Privativo: É aquele que pertence a um ente da Federação.
7 ~ Tnbuto Comum: Comum a qualquer ente que fizer o serviço (taxa, conto de meJhoria)
8 ~ Tributo Residual: Cabe à União, é uma reserva que ainda não foi cobrada.
9 ~ Tributo Real: Tem a ver com o "bem" não com a pessoa. (material)
10 - Tributo Pessoal: Tem a ver com a "pessoa" não com o bem (pessoal)
11 - Tributo Cumulativo: A cada operação (exercício) incide um fato novo (IPVA,
IPro).
12 Tributo Não-Cumulativo: A cada operação ele compensa uma anterior (ICMS).
13 - Tributo Interno: Fica no comércio interno (Imp. Importação).
14 - Tributo Externo: Fica no comércio externo (Imp. Exportação).
15 - Tributo Direto: Sujeito Passivo de Fato e de Direito coincidem.
16 - Tributo Indireto: Sujeito Passivo de Fato e de Direito são distintos.
o fato gerador define a espécie do tributo.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

Regra: é muito objetivo 11 Princípio: é mais abrangente; genérico.

Art. 150 - CF - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
11 - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
111 - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

6
IV - utilizar tributo com ifeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fondações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§1 0
_ A vedação do inciso Ilr b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, r 153, r
IL IVe V; e 154, lI; e a vedação do inciso Ilr c, não se aplica aos tributos previstos nos arts.
148, r 153, r Ir III e V; e 154, Ir nem àfixação da base de cálculo dos impostos previstos nos
arts. 155, IIr e 156, 1
§ 2° A vedação do inciso Vr (a), é extensiva às autarquias e às fondações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3 0 -As vedações do inciso vr (a), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à
renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas
normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4° - As vedações expressas no inciso Vr alíneas (b) e (c), compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.
§ 5° - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
./ " '
§ 6° - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as

~
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do
disposto no Art. 155, § 2. ~ XIr g.
§ 7° - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer

r
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se
realize o fato gerador presumido.

1°) Princípio da Legalidade (art. 150, I da CF e 97 do CTN)


Não se pode criar ou aumentar tributo, se não por Lei; esta conterá fato gerador,
base de cálculo, alíquota, sujeito passivo e ativo e multa.

EXCEÇÕES (alterar alíquotas): ( Imp. Importação (lI) • Exceção também na


* Pode ser feito pelo Executivo Imp. Exportação(lE) anterioridade.
• Essa modificação tem a
* Na base de cálculo NÃO IOF

i
fmalidade Extrafiscal.
IPI
Reduzir ou restabelecer CIDE (Contribuição de Intervenção do
alíquotas Domínio Econômico).
Não pode aumentar. ICMS (Imposto sob Comercialização de
Mercadorias e Serviços)

Incide somente em combustíveis.

4 2°) Princípio da Igualdade (art. 150,11 da CF)


É vedado aos entes políticos instituírem tratamento desigual entre os contribuintes
que se encontram em situação equivalente.
*** OBS.: É proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou da
função.

3°) Princípio da Irretroatividade (art. 150,111, "a" da CF)


É vedada a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes da
vigência da Lei que os houver instituído ou aumentado.
*** OBS.: Não há exceção quanto a esse princípio na CF, porém, o Código
Tributário no art. 106 permite a retroatividade da Lei quando for expressamente
interpretativa ou para beneficiar o contribuinte em casos ainda não julgados
definitivamente.

4.. 4°) Princípio do Não-ConfISco (art. 150, IV da CF)


É vedado cobrar tributo que consuma a renda ou a propriedade do contribuinte, por
inteiro.

--'
*** OBS.: o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que esse princípio atinge
também às multas. (Artigo 243 - CF: As glebas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e
especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e
medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei. Parágrafo único - Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em beneficio de instituições e
pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de
atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias).

5°) Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V da CF)


É vedado aos entes políticos limitar o tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos
interestaduais e intermunicipais.
*** OBS.: Faz-se ressalva quanto a cobrança de pedágio pela utilização de vias
~~
conservadas pelo poder público.

6°) Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V da CF)


É vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício fmanceiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, bem como antes de 90 dias da publicação
da lei. (90 dias = período nonagesimal)
Finalidade: conferir segurança jurídica e previsibilidade ao contribuinte.

Tributo Exie:ibilidade I~
Anual 90 dias
• lI, IE, IOF, (esses 3 no caso de câmbio de i

operações fmanceiras);
Não Não
• Empréstimo Compulsório (no caso de
calamidade pública ou guerra);
• Imposto de Guerra (art. 154 § 2°)
• IPI
• ICMS } só sobre o combustível ~alíquotas Não Sim i

• CIDE
• IPVA}-'" (Base de Cálculo) . Sim Não
• IPTU i

• IR
i • Contribuição para Seguridade Social Sim
Não
(Contribuições Sociais (as outras)).
• ITR, IGF, IPVA (alíquota), ICMS (qualquer Sim
coisa), ITCD, IPTU (alíquota), ISS, ITBI, Taxas, Sim
Contribuição de Melhoria.


Empréstimo Compulsório (art. 148 § 2° - CF)
• Despesas Extraordinárias (só essa está livre da anterioridade). -,'

• Investimento Público (este deve obedecer ao princípio da anterioridade).


-/
,'" 7°) Princípio da Capacidade Contributiva (art. 145, § l° da CF)
~./

Consiste no fato de que cada contribuinte deve pagar seus impostos conforme a
capacidade contributiva, ou seja, os ricos pagam mais e os pobres pagam menos. Este
princípio só atinge os impostos segundo a Constituição Federal.

An. 145 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
--"
de serviços públicos especificos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 10 - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§r -As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

_ 8°) Princípio da Uniformidade Tributária (art. 151 e 152 da CF)


É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional
ou que implique distinção ou preferência entre os entes políticos.

a) É vedado à União tributar renda da dívida pública dos Estados,


DF e municípios, bem como a remuneração e os proventos dos
respectivos agentes públicos em níveis superiores aos que fixar para suas
obrigações e para seus agentes.

b) É vedado à União instituir isenções de tributos da competência


dos Estados, DF e Municípios.

c) É vedado aos Estados, DF e Municípios, estabelecer diferença


tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em razão de sua
procedência ou destino.

10

-'"
Art. 151- É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio, em
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em
níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municfpios.

Art. 152 - É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

• 9°) Princípios Especificos

i
IPI À medida que o produto é mais
a) Seletividade importante, menor a alíquota. Para
ICMS (pode
ser i os menos essenciais, a alíquota é
seletivo) maior
IPI O valor do débito é compensado
b) Não cumulatividade no valor pago na operação posterior.
ICMS
I IR Incentivo das pessoas à
sociabilidade à medida que elas vão
c) Progressividade ITR constituindo patrimônio, o tributo
IPTU pode ter uma "redução ". (comentários
i meus)
I

4 10°) Princípios das Imunidades Tributárias

HIPÓTESE"----" . . FATO ""'-'C>BrUGAÇÃO LANÇAMENTO CRÉDITO


DETRrnUTO GERADOR TRrnUTÁruA ----------.~ TIUBUTÁruO

• IMUNIDADE: Indica uma não incidência qualificada, ou seja, uma não


incidência determinada pela Constituição (vem com a CF).
Tipos de imunidade:
a) Geral (art. 150, VI da CF): incide sobre impostos (vários Renda, Bens e Serviços)
b) Específica: incide sobre um tributo específico.

11


1. Art. 153, §4<>, II .............................. lTR
2. Art. 153, §3°, IH ............................. IPI - Exportação
3. Art. 156, §2°, I ................................ lTBI
4. Art. 155, §2°, X, "a" ....................... ICMS - Exportação
5. Art. 149, §2°, I ................................ Contribuição Social- Exportação
6. Art. 195, §7° ................................... Contribuição p/Seguridade Social (SPA)
7. Art. 5°, XXXIV, "b" ....................... Isenção para defesa de direitos
8. Art. 184, §5° .................................. .Impostos Federais, Estaduais e Municipais
(Desapropriação para Reforma Agrária)
c) Objetiva: atinge o bem, a operação, NÃO a pessoa física ou jurídica. Ex.:
imunidade sobre livros ou jornais.
d) Subjetiva: atinge a pessoa física ou jurídica. Ex.: partido político, organizações
religiosas.
• ISENÇÃO: Está em leis infraconstitucionais (não está na CF).

11°) Princípio da Competência Tributária


A competência tributária concedida pela constituição aos entes tributantes (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios), não é ilimitada, encontra limites no próprio
texto da CF.

I MUNICIP
I
COMPETÊNCIA UNIÃO ESTADOS D.F.
lOS
a) Concorrente X X X
Norma geral Suprimento S<tprimento
I b) Comum (Contribuições p/
X X X X
melhoria; Taxas)
c) Cumulativa (DF Mun
X r- ~ X ..:;; 0
+ Estados) / União (Territórios)
d) Exclusiva (Empréstimo
X
Compulsório)
e) Extraordinária (Imposto X
de Guerra)
..:;;
I
f) Privativa (Imposto) X
II, m, IOF,
IPI, IR, IGF, ITR
X"-­
ICMS, ITCD
(móveis e imóveis),
~
X
" X
lPTU,ITBI
(imóveis), ISS
lPVA
g) Residual (ainda não foi,
Fato Gerador ainda não tributado Lei X
Complementar)
h) Contribuições p/
custo de Previdência X X X
(sustenta o servidor estadual, do DF I
~'

e/ou municipal)

12
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

FONTE
Formal
Principal Secundária
L Constituição Federal * Decisões
2. Emendas à Constituição Administrativas
3. Leis Complementares (30 dias após a publicação)

* Lei 4. Leis Ordinárias


5. Leis Delegadas I * Atos Normativos
Material (na data da publicação)
6. Medidas Provisórias
7. Decretos Legislativos
8. Resoluções i
* Convênios
(na data nele prevista)
* Tratados e Convenções Internacionais I
I Independentes ou
* Decretos Autônomos * Usos e Costumes
Regulamentar ou de
Ex.ecução

• O Congresso Nacional não produz mais "Decreto-Lei" hoje em dia,


ele produz Medidas Provisórias.
• PEC - Proposta (ou Projeto) de Emenda na Constituição.
• Lei Nacional- atinge todos
• Lei F ederal- só a esfera federal

• VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO TEMPO


Próximo Exercício Financeiro, observando o prazo de 90 dias.

• REGRA GERAL
Observa-se o princípio da anterioridade.

• EXCEÇÕES
o Início da Vigência
• Vigência da Legislação Tributária no Espaço
Leis Municipais Municípios
­
. Leis Estaduais Estados
Leis Federais Na esfera Federal (Leis do DF)
Leis Nacionais Para todo o território + DF

13
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

~ Gramatical
penal)

~ Princípios Gerais de Direito


~ Histórico (baseia-se na história) Tributário (Legalidade, Anterioridade,
Unifonnidade, etc).

Sistemático ~ Princípios Gerais de Direito Público .~'

);> Teológico (destino, intento) ~ Equidade (noção de justiça)


~ Mais Favorável ao Acusado (age para } (Pode ser que tenha uma lei que não seja
beneficiar o acusado) justa)

*** OBS.: Em momento nenhum a lei pode retroagir.


A analogia não pode criar tributos, e a equidade não pode dar a não cobrança, a
pessoa tem que pagar.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

SUJEITO ATIVO ~ RELAÇÃO JURÍDICA ---+SUJEITO PASSIVO


(Estado) (Direitos e Deveres) (Contribuinte)

1) Definição: É o poder juridico pelo qual o Estado com base exclusiva na Lei
pode exigir do particular uma prestação positiva ou negativa nos termos e condições
definidas pela Lei Tributária.

2) Natureza Jurídica: É de direito público e decorre da Lei.

3) Espécies

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL OBRIGAÇÃO ACESSORIA


I É o pagamento do tributo ou da I Tem por objeto: fazer, não fazer ou
I penalidade e decorre da Lei (dinheiro) tolerar obrigações; decorre da
Legislação Tributária (burocracia)
***OBS.: A inobservância da obrigação acessória, converte-se em obrigação
principal, relativamente à penalidade.

14

..-/
4) Elementos
1) Lei
2) Fato Gerador
3) Sujeitos
4) Objeto prestação principal ou acessória

4.1 - Fato Gerador: É a situação de fato ou juridica que ocorrendo, determina a


incidência do tributo. O fato gerador procede à obrigação tributária.

4.1.1 - Aspectos do Fato Gerador


Material
Pessoal
Espacial
Temporal

{
Base de Cálculo
Quantitativo
Específica (unidade de medida)
AUquota {
Ad Valorem (percentual)

4.1.2 - Momento da ocorrência do Fato Gerador


Situação Fática (Ação do Fato)
Situação Juridica (Ação Burocrática)
***OBS.: Condição Suspensiva momento do implemento.

Condição Resolutória - momento da prática do ato.

4.2 - Sujeito:
• Ativo: É a pessoa juridica de direito público, titular da competência pra instituir

t
,'~ o tributo.
• Passivo: É a pessoa que tem a obrigação de cumprir o objeto da relação juridico­

obrigacional.
Obrigação principal
Obrigação acessória

15
.~
COMPETÊNCIA CAPACIDADE
TRIBUTÁRIA
f:. TRIBUTÁRIA ATIVA
Só quem cria ou institui o Pode ser delegada à Pessoa
tributo são: União, Estados, Jurídica de Direito Público. .-/

DF e Municípios - Pessoa Ex. INSS (recebe a


Jurídica de Direito Público. É contribuição). Fiscalizar e
uma prática indelegável. Arrecadar tributos: pode ser
de Pessoa Jurídica de Direito
Privado (CRC, CRM,
CREA...)

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA (quem) - (art. 126 CTN)

Art. 126 - A capacidade tributária passiva independe:


I - da capacidade civil das pessoas naturais;
11 - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios;
111 - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional.

Independe
a. Capacidade b. Restrições Civis, Comerciais, c. Pessoa
Civil Profissionais, de Administração Jurídica
Direta de seus bens ou negócios. regularmente
constituída.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO - (art. 127 do CTN)

ArL 127 - Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na


forma da legislação aplicável, considera-se como tal;
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

16

j
III quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no
território da entidade tributante.
§ 10 - Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos oufatos que deram origem à obrigação.
§ 2 0 - A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.

Regra Geral: A pessoa diz onde ela tem domicílio, se não disser, o FISCO
determina.

SOLIDARIEDADE - (art. 124 do CTN)

Art. 124 - São solidariamente obrigadas:


I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta beneficio de ordem.

*** OBS.: A solidariedade não comporta o benefício de ordem, ou seja, o •


FISCO pode escolher de qual ou de quais devedores solidários irá cobrar a dívida.
(A solidariedade não se presume / há solidariedade de Fato e Solidariedade de
Direito (essa última é adquirida juridicamente).

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Responsabilidade por:
• Substituição
• Transferência

/'

Sucessores Terceiros Infrações

r-­

17
a) Responsabilidade dos Sucessores (art. 129 a 133 do CTN)

Pessoal
Tipos Empresarial
{
Imobiliária

Art. 129 - O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias
surgidas até a referida data.

Art. 130 - Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
Art. 131 - São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remetente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos;
11- o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de "cujus"
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão,
do legado ou da meação;
111 - o espólio, pelos tributos devidos pelo de "cujus" até a data da abertura da sucessão.

Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fosão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas
pessoas jurídicas de dir~ito privado fusionadas, trqnsformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por
qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma j

individual.

Art. 133 - A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer titulo, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome

18

~.
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até a data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de
6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.
§ 1" O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I - em processo de falência;
II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.

ê'
§ 2" Não se aplica o disposto no § 1" deste artigo quando o adquirente for:
I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo
devedor falido ou em recuperação judicial;
II - parente, em linha reta ou colateral até o 4" (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do
devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III - identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o
objetivo de fraudar a sucessão tributária.
§ 3" Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade
produtiva isolada permanecerá em cOnta de depósito à disposição do juízo de falência pelo
prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.

b) Responsabilidade de Terceiros (art. 134 a 135 do CTN)


• Responsabilidade Solidária (atos e omissões)
• Responsabilidade Pessoal (excesso ou infração da LEI, CONTRATO SOCIAL,
ESTATUTO).

Art. 134 - Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação


principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de oficio, pelos tributos devidos sobre os
atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu oficio;

19
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de
caráter moratório.

~,-'

Art. 135 São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações ~

tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato ~-~/

social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
11 - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

c) Responsabilidade por Infrações (art. 136 a 138 do CTN)


• Responsabilidade Objetiva (direta não discute dolo nem culpa / adotada pelo
CTN).
• Responsabilidade Pessoal (Crimes, Contravenções, polo)

......
Denúncia Espontânea
a. Exclui apenas as b. Não dispensa o c. Deve ser antes de
penalidades punitivas, não pagamento do tributo e qualquer procedimento
as moratórias demais encargos administrativo ~.

Art. 136 - Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da


legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efttividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 137 -A responsabilidade é pessoal ao agente:


I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
11 - quanto às infrações em czifa definição o dolo específico do agente seja elementar;
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no Art. 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregadores;

20
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra
estas.

Arl. 138 - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da irifração,


acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

LANÇAMENTO

1) Definição:
É o procedimento administrativo vinculado que verifica a ocorrência do fato gerador
correspondente; detenninando a matéria tributável e o montante do tributo devido, bem
como a penalidade aplicável.
a::::::::> O lançamento transforma matéria líquida em matéria tributável líquida e
exigível, passível de penalidade.

2) Natureza Jurídica:
Ato declaratório (só declara algo que já existe)

3) Tipos:
3.1 - Por declaração (= misto) - Nesta espécie, encartada no art. 147 do Código
Tributário Nacional, tanto a Administração como o contribuinte desempenham ativ.idade
própria. À Administração cabe a tarefa de investigar os casos sujeitos à tributação e
apurar as relações de fato e de direito que sejam essenciais à obrigação tributária, além
de efetuar o cálculo do tributo, cabendo, por sua vez, ao contribuinte o papel de entregar
os dados necessários para que o lançamento possa ser efetivado.
É apontado como o método mais completo, por apresentar as maiores garantias
formais, principalmente para o contribuinte.
É feito pelo FISCO a partir da base de cálculo fornecida pelo contribuinte (ITSI,
ITCD). O contribuinte faz parte (é ele que leva a base de cálculo para o FISCO).

21
3.2 De Ofício (mais usual, mais formal) - Esta espécie de lançamento, prevista no
art. 149 do Código Tributário Nacional, é levada a efeito, como o visto, exclusivamente
pela Administração, de modo que, concluída a apuração e fIxado a quantum, a
notificação do lançamento é expedida.
É aquele feito só pelo FISCO. (IPVA, IPTU). Qualquer tributo pode ser lançado de
oficio / Todos os tributos são lançados por oficio. O FISCO faz tudo sozinho (manda o
tributo para a casa do contribuinte) -../

3.3 - Por Homologação (= Autolançamento) - O Autolançamento vem previsto no


art. 150 do Código Tributário Nacional, que dispõe:
"Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cUJa
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade exercida pelo obrigado, expressamente a
homologa".
O próprio contribuinte apura a obrigação, o quantum devido, e efetua o pagamento
sem prévio exame da repartição, sendo que esta, tomando conhecimento das atividades
daquele e recebendo o tributo, homologa o lançamento, operando-se destarte a extinção
do crédito tributário.
É feito pelo contribuinte e homologado pelo FISCO (ICMS, IPI, ITR, 11). O FISCO
não faz quase nada (o contribuinte faz todo o trabalho - Ex.: IOF)

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Definição:

É o direito subjetivo que o sujeito ativo de uma obrigação tributária tem para exigir
do sujeito passivo ou seu objeto. É uma atividade vinculada e decorre da obrigação
tributária.
É o vínculo jurídico que obriga o contribuinte ou responsável (sujeito passivo) ao
Estado (sujeito ativo) ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

22
o crédito tributário surge da ocorrência do fato gerador descrito em lei tributária ou
norma. Para que o Estado possa exigir o crédito tributário, é necessário que ocorra o
fato gerador, e que o Estado individualize e quantifique o valor a ser pago, com o
lançamento. O credito tributário não participa do concurso de credores ( ex: inventários
e outros), ressaltando ainda que ele possui privilégios ( regalias) e preferências. Como
por exemplo se a Fazenda Pública estiver defendendo um crédito qualquer que
posteriormente é colocada pelo magistrado a participar do concurso de credores,
percebe-se que a situação será procedente, pois todos poderão participar do concurso de
credores uma vez que todos são iguais perante a lei; pois afinal o privilégio é apenas do
crédito e não da pessoa jurídica.

Causas de SUSPENSÃO da Exigibilidade do Crédito Tributário:

O destino mais normal do crédito tributário é vir a ser extinto, mediante


pagamento. Antes disso podem, no entanto, ocorrer situações que sustem essa
exigibílidade momentaneamente. Tais condições são aquelas mencionadas no art. 151
do Código Tributário Nacional, que recebeu nova redação com a Lei Complementar n.
104/01:
"I - a moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
ação judicial;
VI - o parcelamento"
*** OBS.: A Suspensão da obrigação principal, não suspende a obrigação acessória.

• A moratória
Moratória é a dilação do prazo estipulado para o implemento de uma prestação,
levada a efeito por meio de convenção entre as partes, e debaixo da lei.
A concessão de moratória depende sempre de lei. Seria impossível que a
Administração, sem fundamento legal, pudesse levar a efeito tal sorte de operação. A

23
lei, contudo, pode proceder de forma geral ou em caráter individual (art. 152, I e 11, do
CTN). ./

A moratória em caráter geral pode ser concedida:


a) Pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que
se refira;
b) Pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de
competência federal e as obrigações de direito privado.
A lei que cria a moratória pode circunscrever sua aplicabilidade a determinada região
do território da pessoa política que a expedir, ou a certa classe ou categoria de sujeitos
passivos.
Dois requisitos obrigatórios haverá de conter a lei que concede moratória em caráter
geral: o atributo, ou os tributos, a que se aplica e o prazo de duração da medida.
O art. 153 diz serem requisitados da lei que conceda a moratória:
"I - o prazo de duração do favor;
11 - as condições da concessão do favor em caráter individual;
111 - sendo caso:
a) Os atributos a que se aplica;
b) O número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o
inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para
cada de concessão em caráter individual;
c) As garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão
em caráter individual".

• O depósito do montante integral


O depósito do débito tributário pode ser efetuado:
a) Perante a Administração. Neste caso o efeito obtido é tão-somente o de elidir
a incidência da correção monetária.
b) No curso do processo judicial. Nesta hipótese, além do efeito anterior,
relativo à correção monetária, obtém-se também o efeito suspensivo da exigibilidade do
crédito tributário. Isso significa dizer que o depósito impede o ajuizamento da ação de
execução.

24
• A concessão de medida liminar em mandado de segurança
O mandado de segurança é instrumento jurisdicional, preordenado à proteção do
direito líquido e certo violado pela autoridade. Em assim sendo, não poderia deixar de
amparar o contribuinte colhido por qualquer sorte de ilegalidade. Desde que presentes
os fundamentos para a concessão da liminar - relevantes fundamentos juridicos do
pedido e periculum in mora -, o magistrado deverá conceder a medida initio litis,
sustando, destarte, a exigibilidade do crédito tributário até a sentença, que, se
concessiva, confirmará a medida e, se denegatória, implicará a recuperação de
exigíbílidade do ato até então sobrestado.

• A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de


ação judicial
Além de ação mandamental, outras espécies de ações judiciais poderão também
suspender o crédito tributário, desde que haja para tanto concessão de medida liminar ou
de tutela antecipada.
Antes da edição da Lei Complementar n. 104/01, que contempla esta hipótese sob
comento, o único meio processual legítimo de que se poderia valer o devedor para
suspender a exigência do crédito tributário.

• O parcelamento
Finalmente suspende-se a exigibilidade do crédito tributário com o parcelamento. É o
que determina o inciso VI do art. 151 do Código Tributário Nacional, que foi acrescido
pela lei Complementarn. 104/01.
O parcelamento será disciplinado nos telIDos de uma lei especifica, é dizer, uma lei
que trate exclusivamente da matéria.

Causas de EXTINÇÃO do Crédito Tributário:

As causas que dão ensejo à extinção do crédito tributário vêm elencadas no art.
156 do Código Tributário Nacional, que diz:

"Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


,r-.
1- o pagamento;

25
II- a compensação;
111- a transação;
IV-a remissão;
V-a prescrição e a decadência;
V1- a conversação do depósito em renda;
VII- o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no art. 150 e seus §§ 10 e 4 0
VII1- a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 20 do art. 164;
IX- a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X- a decisão judicial passada em julgado"

Formas de EXTINÇÃO do crédito tributário

• Pagamento
O pagamento deve ser definido como a satisfação, pelo sujeito passivo, do débito do
tributo em face do sujeito ativo da obrigação.
• Compensação
É um encontro de contas. Tem como pressuposto a existência de duas relações
jurídicas diferentes, em que o credor de uma é devedor de outra e vice-versa. É o que
reza o art. 1.009 do Código Civil: " Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e
devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem".
Surge como atividade vinculada, regida que é pelo princípio da estrita legalidade. Por
óbvio, este tipo de extinção só se opera quando estiverem presentes:
a) reciprocidade de obrigação;
b) liquidez das dívidas;
c) exigibilidade das prestações;
d) fungibilidade das coisas de vidas.

• Transação
Trata-se de modalidade de extinção do crédito tributário levada a cabo por credor e
devedor mediante concessões mútuas, indicando a lei qual a autoridade competente para
efetivá-la.

26
• Remissão
Fónnula extintiva do crédito, consistente na liberação graciosa de uma dívida pelo
credor, vale dizer: remitindo, o Estado dispensa o pagamento do crédito tributário. Para
tanto o CTN estabeleceu cinco hipóteses de perdão da dívida, calcadas na análise da
situação factualleconômica do sujeito passivo, da região onde se encontra, e do sujeito
ativo.

• Prescrição
Prescrição é o desaparecimento do direito de ação por não tê-la promovido o titular
do direito no tempo hábil. É o prazo para o exercício do direito de ação. Nasce a partir
da constituição defrnitiva do crédito e pode ser interrompida por ato judicial
diligenciado pelo titular da ação (art. 174, I a TIl) ou por ato inequívoco, ainda que
extrajudicial, do devedor, que importe em reconhecimento do débito (art. 174, IV).
Suspender a prescrição significa paralisar o seu curso enquanto perdurar a causa da
suspensão. O prazo continua o seu curso pelo período remanescente.

• Decadência
Decadência é o perecimento do direito material em face da ausência do seu exercício
no prazo marcado em lei. Assenta-se, pois, no decurso do tempo, posto que o decurso
do prazo então determinado fulmina o direito de a Fazenda realizar o lançamento,
garantindo assim a segurança da relação jurídica.

• Conversão do depósito em renda


Este tipo de extinção tem lugar nos casos de depósitos feitos pelo contribuinte em
nível administrativo ou judicial quando da discussão de alguma controvérsia, buscando
eyitar a incidência de con:eção monetária. Nestas situações, dando-se o depositante por
vencido, os valores depositados são convertidos em renda do sujeito ativo, extinguindo­
se, pois, o dever jurídico cometido ao sujeito passivo.

• Pagamento antecipado e homologação do lançamento


Estas duas causas de extinção referem-se à situação daqueles tributos que dispensam o
lançamento para satisfação do débito, bastando a ocorrência no mundo fisico do evento
jurídico tipificado. Descarte, neste momento, já terá o sujeito passivo, como visto, todos os
elementos necessários para a apuração do débito e dos prazos de recolhimento das quantias
apuradas, cabendo à Administração, tão-somente, o papel de controle.
27
• Consignação em pagamento
É a forma de extinção do crédito tributário efetuada pelo devedor em juízo, dada a
recusa por parte do credor em recebê-lo. A matéria vem disciplinada no art. 164, I, II e
III do CTN.
Julgada procedente a ação, o pagamento reputa-se efetuado, convertendo-se em
renda do credor tributário a importância consignada, desaparecendo o dever jurídico e
com ele a obrigação.

• Decisão administrativa irreformável


Trata-se daquela decisão da qual não caibam mais os recursos aos órgãos da
Administração, não mais cabendo a anulação perante o Judiciário, a não ser em casos
especiais, na presença de certas nulidades insuperáveis. Neste contexto, não se aplicaria
o disposto no inciso XXXV do art. 5° da Constituição, por não se tratar aqui de lesão a
direitos.

• Decisão judicial passada em julgado


Cuida-se daquelas decisões das quais não cabe mais recurso algum ao Judiciário.
Mais uma vez nos encontramos diante de uma impropriedade do legislador. Com
efeito, só pode ser ela compreendida quando a decisão judicial passada em julgado for
favorável ao sujeito passivo, pois, quando a ele for contrária, não extinguirá o liame
jurídico, por não possuir condições de retirar da relação jurídica nenhum dos seus
elementos fundamentais.

• Dação em pagamento em bens imóveis


Esta forma de extinção do crédito tributário foi introduzida pela Lei Complementar
n° 104/01, que acrescentou o inciso XI do art. 156 do CTN.
A dação a que se refere o inciso XI consiste no pagamento de bens imóveis do
devedor ao credor, com o consentimento deste, em substituição do crédito que lhe era
devido. As condições e os termos da dação em pagamento serão definidos pela lei.

Causas de EXCLUSÃO do Crédito Tributário:

Se retirarmos da obrigação tributária qualquer um de seus elementos fundamentais ­


sujeito ativo, objeto, sujeito passivo -, ela desaparecerá.

28
As modalídades de exclusão do crédito tributário foram reguladas pelo CTN, que
estabelece:
"Art. 175. Excluem o crédito tributário:
. ~
I - a lsençao;
~
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído ou
dela conseqüente".

ISENÇÃO - é sempre decorrente da lei, observados os limites impostos pela


Constituição Federal. Somente a pessoa política detentora da competência tributária
pode conceder isenção. A União não pode conceder isenção sobre tributos dos Estados,
Distrito Federal, Municípios, entretanto a própria Constituição descreve algumas
exceções
ANISTIA - é a exclusão do crédito relativo a penalidades pecuniárias, em especial as
multas. A anistia não exclui a multa. Anistia não se confunde com remissão. A anistia é
exclusiva sobre as infrações (penalidades pecuniárias) cometidas antes da lei, já a
reInissão é o perdão de todo o crédito tributário (tributo mais penalidades pecuniária)
após a criação da lei. Anistia geral abrange todas as infrações anteriores à lei. Anistia
lilnitada o contribuinte cumprir os requisitos da lei tem que requerê-la à autoridade
adIninistrativa. A anistia não se aplica aos atos decorrentes de crimes e contravenções
de natureza tributária.

Diferenças:
Isenção Remissão Anistia
I
Faz desaparecer o tributo já Faz desaparecer a sanção

Impede que o tributo nasça nascido decorrente de um ilícito


fiscal praticado
Hipótese de não incidência
tributária legalmente
I
É um perdão legal do débito É o perdão legal da multa
tributário fiscal
IQualificada
I
Causa excludente do crédito Causa extintiva do crédito Causa excludente do ilícito
tribo tribo tributário
A lei isentiva é anterior A lei que concede
I
i

ao nascimento do tributo remi~são é posterior ao


naSCImento do tributo

29
j.lJ1~ ~up r~

EXERCÍCIOS SOBRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, DOMICÍLIO


TRIBUT ÁRIO E DE REVISÃO

01- So~re "obrigações acessórias" 9 podemos afirmar:

a) Nos termos do CTN, significam prestações positivas ou negativas de


conduta, que não o pagamento de prestação pecuniária, instituídas a fim de
se tutelar o satisfatório funcionamento da fiscalização e arrecadação
tributárias.
b) Há na doutrina quem entenda insatisfatória esta terminologia, eis que
algo "acessório" pressupõe a existência de um principal.
c) Pode haver obrigação acessória, sem haver obrigação tributária principaL
d) Há na doutrina quem entenda insatisfatória esta terminologia, eis que o
termo "obrigação", em matéria civil, designa uma prestação de cunho
~trimonial, o que não é o caso das obrigações tributárias acessórias.
~O simples fato de sua inobservância acarreta sua conversão em obrigação
tributária prJncipal, re]ativam.eute ao tributo. V
. '.. 4>~~~

02- Assinale a alternativa ~rrada~

a) O dever de pagar o imposto de renda é uma obrig'ação tributária


principaL .
b) O dever de entregar a declaração anual de rendimentos é uma obrigação
acessória. \/
@O dever de pagar a multa relativa ao atraso ou falta da entrega da
declaração anual de rendimentos é uma obrigação acessória.
d) A obrigação tributária pode ser principal ou acessória 1/
e) A obrigação principal se extingue juntamente com o crédito dela
resultante.

03- Analise as situações abaixo:

1- uma pessoa aufere regularmente grandes quantias em dinheiro


explorando a prostituição alheia;
II- um adolescente d;'17 anos vende imóvel de sua propriedade a um adulto­
de 30 anos.

a) no primeiro caso, o objeto ilícito exclui o acontecimento do fato gerador


/ do Imposto de Renda; mas no segundo há fato gerador do ITBI;

b) o objeto ilícito e a incapacidade relativa de Uma das partes,
respectivamente, excluem o fato gerador em ambos os casos;
c) há fato gerador apenas no primeiro caso;
@há fato gerador em ambos os casos, pois este independe davalidade
jurídica do ato praticado, bem como da ilicitude da atividade;
e) há fato gerador em ambos os casos, por constituírem vínculo jurídico
entre as partes,

1
04- Quanto ao domicílio tributário, assinale a~õJreta:~

a) a princípio, predomina a faculdade de o contribuinte eleger o seu ..-'

- domicilio tributário; v
b) a autoridade administrativa pode recusar o domicilio eleito, quando este
impossibilite ou dificulte a arrecadação ou fiscalização do tributo; ..J
@) quanto à pessoa natural, o domicílio será, na falta de eleição, o local de
sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, ~r
onde for encontrada; "
d) será, na falta de eleição, quanto às pessoas jurídicas de direito privado, o
lugar de sua sede;
e) será, na falta de eleição, quanto às pessoas jurídicas de direito público,
qualquer de suas repartições no território da entidade tributante. v

05- Assinale' a alternativa@~orreta:


~) sociedade.s de faton~o têm personalidade juríâ~~__
® as sociedades de fato ~,?o são tributadas .QeilllIinposto de Re~._
/<.
c) as "frahri-quetasdtrfú:íido de quintal" são tributadas pelo IPI
d) os rendimentos dos menores de 16 anos são tributados pelo IR
e) o IPTU incide sobre imóveis de propriedade de loucos internados no
hospício

06- (ESAF/FISCAL DE TRIBUTOS) De acordo como o Código


Tributário Nacional, a obrigação que surge com a ocorrência do fato -J

gerador e tem por objeto o pagamento de penalidade pecuniária é


denominada:

a) Indireta.. c) Punitiva. j

b) Secundária . d) Acessória. ® Principal.


. .07- (TTN/94 - ESAF) O ex~~~ício da[êompetência residujill com a instituição de
imposto diverso .dos expressamente discriminados na Constituição, é permitido
. somente:

@ àUnião
b) ao Distrito Federal
c) ao Distrito Federal e à União
d) à União, aos Estados e ao Distrito Federal
e) à União, aos Estados e ao Distrito Federal e aos Municípios

08- (TTN/94 - ESAF) Sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um


negócio ,hIrídico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador

~ desde o momento do implemento da condição, se esta for suspensiva


b) desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio, se a condição for
suspensiva )1...t.o~_,-.J:~ c­
c) desde o momento da implementação da condição, se esta for resolutória

~~ ~''f 0-.
! ()v "'r.1rc..\."J;"-$G.... "'p...t't~ ,

~'W';( 1,.,-'0- -
JA"v:1 U,- i - ...J,.P.4-4r..
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'.
~~.t-U19l.~
J; " •
-­ ~~~:r ­ rV-~i.JJ~ . -./
d) desde o momento da implementação da celebração do negócio, seja a condição
resolutória ou suspensiva
e) na data da publicação do negócio jurídico condicional

09- (TTN/94 - ESAF) "A" arrematou em hasta pública um imóvel, sendo certo
o
que o anterior proprietário, "B", há quatro anos deixava de pagar imposto sobre
a propriedade territorial urbana. Esse crédito tributário

a) deve ser cobrado de B, que é o contribuinte


b) deve ser cobrado de A, que é o responsável
~ deve ter-se como sub-rogado no preço da arrematação
d) deve ser cobrado do oficial do registro de imóveis, que é o -contribuinte
e) não pode ser mais cobrado, pois já se encontra alcançado pela prescrição

10- (TTN/98 - ESAF) Segundo o Código Tributário Nacional, a isenção

(a)) deve ter sua legislação interpretada literalmente


"õ) para ser estabelecida, deve obedecer à eqüidade e aos 'princípios geraIS
do Direito
c) é modalidade de extinção do crédito tributário
d) somente pode ser concedida pela legislação da União quando se tratar de
impostos da competência dos Estados-membros
e) quando não especifica os tributos, é extensiva às taxas e às
contribuições de melhoria
"~
11- (TTN/98 - ESAF) Assinale a opção incorreta.

Com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, são obrigados a


prestar informações ao Fisco:

a) os síndicos, comissários..e liquidatários .


_1;1 os inventariantes . . . .
C&2) quaisquer pessoas, ainda que a sua atividade determine a observância de
. segredo
d) os tabeliães
,--'-­
;: e) as empresas de administração de bens

12- (TRF/2000 - ESAF)


• A prestação de serviço militar é compulsória e não constitui sanção a ato ilícito,
V porém não tem a natureza de tributo porque não é prestação pecuniária.
\} • Os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria são espécies de tributos.
f . Cabe à lei or4iHááa regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. wJ-. /Ii{, cF
...
~ ~~~

a) As três assertivas são verdadeiras.


® $ falsa apenas a última assertiva.
c) E falsa apenas a primeira assertiva.
d) São verdadeiras apenas a primeira e a última assertivas.

3
13- (fRF/2000 ESAF)

• Quando a lei se refere à obrigação tributária principal, ela quer se referir aos
procedimentos exigidos do contribuinte para assegmar a melhor fiscalização do
pagamento? ~
• O sujeito ativo da obrigação tributária se define corno aquele que atua no
cumprimento da obrigação tributária por iniciativa própria, independentemente da
o

ação do1}.sco? -n"'s' ­ o

• Nos casos de solidariedade, por interesse comum na situação que constitua fato
gerador da obrigação tributária principal, pode o devedor exigir que o credor cobre a
dívida primeiro do outro responsável? .."....~

Analisadas estas três perguntas, escolha a opção que contenha, na respectiva


seqüência, as respostas corretas.

@ não, não, não


b) sim, sim, sim
c) não, não, sim
d) . não, sim, sim
e) sim, não, não

14- (TRF12000 - ESAF) A capacidade tributária passiva depende


-
0-/0

a) da capacidade civil das pessoas naturais F


b) de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação
do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais F
c) de estar a pessoa jmídica regularmente constituída, bastando que configme uma
unidade econômica ou profissional.Ç _
@ de encontrar-se a pessoa em situação que a lei preveja corno própria de sujeito
passivo da obrigação tributária ,,/
e) de achar-se a pessoa natmal sujeita a medidas que importem privação-ou limitação
da administração direta de seus bens Óll negócios

15- (ÀFTN/mar/94 - ESAF) A Constituição da República prevê que, inexistindo


o )

lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa


plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3°). Tendo em vista isto e,
quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que
(l'â)) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de ..J

"aireito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades


b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de
direito público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente
c) a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário exclui a
competência suplementar dos Estados
d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de legislar sobre seus
próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência não
exercida pelos Estados e Municípios
e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o ..J

Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado

4
.../
16- AFTN/mar/94 - ESAF) Para efeito de determinar o momento da ocorrência do
fato gerador, os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados,
sendo resolutória a condição,

a) no ano seguinte ao da celebração da avença


b) desde o momento de seu implemento
c) no exaurimento do negócio

od) durante o prazo de contratação


desde a celebração do negócio

17- (AFTN/mar/94 - ESAF) Duas pessoas têm a co-propriedade desigual de um


imóvel urbano. Sob o ponto de vista do IPTU, pode-se afirmar que seu pagamento
é da responsabilidade

a)de ambos, proporcionalmente à participação de cada qual


b)do titular do imóvel, que se tiver inscrito como tal
c)principal do proprietário da quota majoritária e subsidiária do outro
@)de ambos, podendo ser exigida de cada um deles a dívida toda
e) solidária de ambos, cabendo porém para o minoritário o beneficio de ordem

18- (AFTN/mar/94 - ESAF) Suponha que você é consultado a respeito de quatro


_. situações fiscais: (la) um menor de 12 anos de idade herda um grande patrimônio;
(2 3 ) um pródigo [que dissipava todo o seu patrimônio foi interditado judicialmente;
(3°) uma sociedade não chegou a ser formalizada por escrito e portanto não tinha
seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial; (4°) um~ sociedade de
profissionais foi dissolvida por decisão judicial, porém continuou suas atividades.

Os atos dessas quatro pessoas (naturais e jurídicas) geraram rendimentos tributáveis.


Eles têm capacidade de serem sujeitos passivos de obrigações tributárias?

. a) Apenas _.9S representantes ou assistentes das pessoas naturais incapazes são


contribuintes: o pai, o tutor, etc .
.@ Sim, todas essas quatro pessoas têm capacidade tributária, independentemente de
.>­
terem' ou não capacidade civil.
) c) Apenas as duas pessoas jurídicas de fato são contribuintes; as pessoas naturais não.
d) O menor de idade não pode ser contribuinte. Os demais, sim.
e) Nenhuma das quatro pessoas (naturais ou jurídicas) tem aptidão para ser sujeito
passivo de obrigação tributária.

19- (AFTN/mar/94 - ESAF) No caso de infrações que decorram direta e


exclusivamente de dolo específico, a responsabilidade do agente é

a) subsidiária
b) solidária
c) complementar
@ pessoal
e) parcial

5
20- (AFTN/96 - ESAF) Sobre a competência residual tributária, prevista na
Constituição Federal no art. 154, inciso I, é certo afirmar que:

a) pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos, desde que
mediante lei complementar estadual
b) refere-se também às taxas e contribuições de melhoria, desde que não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na
Constituição Federal
Cê) restringe-se à espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito
ao princípio da não-cumulatividade
d) mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir
competência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar
estadual
e) requer lei complementar federal, que o imposto seja cumulativo e não
tenha fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados
na Constituição

21- (AFTN/96-'::" ESAF) Assinale a opção incorreta.

a) Domicílio tributário é a residência h?-bitual da pessoa natural e, no caso


de desconhecimento desta, o centro habi~ual de sua atividade.
b) Para pessoa jurídica com diversos e~tabelecimentos, domicílio tritiutário
é o local de sua sede.
c) Pode a pessoa jurídica ser reputada como domiciliada no lugar do
estabelecimento em que se derem os atos ou fatos que engendrem a
Abrigação. . . -,'

\tJ A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito,


independentemente de qualquer motivação ou fundamentação quando este
impossibilite ou dificulte a arrecadação' ou fiscalização do tributo.
e) É regra geral da eleição do...domicílio que o sujeito passivo pode fazer a
qualquer tempo decidindo,' espontaneamente, sobre o local de sua
' ..preferência.

22- (AFTN/96 - ESAF) União, Estados, Municípios e Distrito Federal


a) põdem delegar capacidade para instituir, arrecádar e fiscalizar -um
tributo
~ podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo
c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo
~.

d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo


e) não podem delegar capacidade tributária ativa

23- (TTN/94 - ESAF)Um tabelião perante o qual se praticou ato que consista em
fato gerador de tributo, e mostrando-se impossível a exigência do cumprimento da ~.

obrigação tributária principal de qualquer das partes no ato,


~ é responsável pelo tributo, solidariamente
b) é sujeito passivo 'originário
c) é contribuinte solidário
d) é contribuinte, sem solidariedade
e) não pode ser sujeito passivo, mas está obrigado a prestar todos os esclarecimentos
que lhe sejam pedidos pela Fazenda Pública

6
.../
EXERCÍCIOS SOBRE ORDEM SOCIAL

01. (pROC. DA REPÚBLICA) A ORDEM SOCIAL, NA CONSTITmçÃO DA


VIDA PÚBLICA:
a) estabelece a educação como dever do estado e da família, e direito de todos, devendo
o ensino ser ministrado com base no pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas,
sendo vedado ensino religioso e ministrado o ensino fundamental regular
exclusivamente em língua portuguesa;
@tem como objetivos o bem estar e a justiça sociais, e como base o primado do
trabalho~
c) estabelece que as instituições privadas com fins lucrativos, nacionais ou estrangeiras,
podem participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo
diretrizes próprias, e recebendo recursos públicos para auxílios ou subvenções;
d) assegura assistência social aos necessitados somente mediante contribuição à
seguridade social, salvo no caso da gestante e do trabalhador em situação de
desemprego voluntário;

02. (CESPE - Agente de Polícia Federal) Acerca da ordem social, julgue os itens
su bseqüentes.
f 7. A seguridade social, que pode ser definida como o conjunto de ações integradas, de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas exclusivamente a
assegurar direitos relativos à previdência social e à assistencial social, tem como um
dos objetivos que fundamentam sua organização a diversidade da base de
financiamento.
v 8.0 deveI' do Estado para com a educação tem como uma de suas formas cle efetivação a
garantia de progressiva universalização do ensino médio gratuito.
" 9. Para garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, são indisponíveis as
terras arrecadadas pelos estados, por ações discriminatórias, que sejam necessárias à
proteção dos ecossistemas naturais.
FIO. A Constituição Federal, em respeito à livre decisão do casal, veda qualquer forma de
participação do Estado no planejamento familiar.

03. (CESPE -TRE I MA-2005) Acerca da ordem social prevista na Constituição


Federal, assinale a opção incorreta.
A) A seguridade social foi constitucionalmente dividida em normas sobre saúde,
previdência social e assistência social.
B) A Constituição Federal impõe ao poder público a obrigação de garantir aos cidadãos
o acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde.
C) A previdência social tem como uma de suas finalidades amparar as pessoas
reconhecidamente hipossuflcientes, prestando-lhes auxílio em casos de doença,
invalidez, morte e idade avançada.
D) A Constituição Federal estabelece que a assistência social deve ser prestada a

~
em dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
E) As ações governamentais na área da assistência social são realizadas com recursos
o orçamento da seguridade social, sendo proibida a obtenção de recursos de outras
/' fontes.

04. (FUNDAÇÃO JOSÉ PELÚCIO) O Sistema Único de Saúde, aprovado, em


1988, pela Assembléia Nacional Constituinte, estabelece que:

1
v 1- a saúde é um direito de todos e dever do estado.
v H- as ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao poder público
v dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
IH- é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a
instituições privadas com fins lucrativos.
Em relação às afirmativas acima, pode-se dizer que:
A) somente II está correta;
B) somente I e TI estão corretas;
C) somente II e TIl estão corretas;
m somente I e m estão corretas;
Q:)Jtodas estão corretas.
05. (INSS-02-Auditor) - Assinale a opção correta.
a) Beneficios assistenciais são pagos a quem deles necessitar, desde que a pessoa
beneficiada desempenhe atividade que a torne filiada obrigatória da Previdência Social.
b) Nos termos literais da Constituição Federal" a Previdência Social está compelida a
assegurar proteção ao trabalhador em situação de desemprego voluntárIo ou
involuntário.
c) Nos termos da Constituição Federal, a pensão por morte de segurado da Previdência
Social somente é devida à mulher. O homem, viúvo de segurada, não faz jus ao
~neficio.
~Pessoa que participa de regime próprio de previdência não pode filiar-se, como
segurado facultativo, ao regime geral da previdência.
e) A interpretação correta da Constituição Federal conduz à conclusão de que todos os
beneficios previdenciários, para manterem o seu valor real, devem ser atualizados nos
mesmos índices e na mesma data em que reajustado o salário mínimo.

06. (lNSS-02-Auditor) - À luz da Seguridade Social definida na Constituição


Federal, julgue os itens abaixo:
\l 1- Previdência Social, Saúde e Assistência Social são partes da Seguridade Social.
TI- A saúde exige contribuição prévia.
m- A Previdência Social exige contribuição prévia.
N- A assistência social possui abrangência universal, sendo qualquer pessoa por ela
amparada.
a) Todos estão corretos. ,

~
somente I está incorreto.
c) e N estão incorretos.
I e TI estão incorretos.
e) m e N estão incorretos.

07. (INSS-02-Auditor) - Assinale a opção correta entre as assertivas abaixo


relacionadas à gestão da Seguridade Social, nos termos da Constituição Federal.
a) A gestão da Seguridade Social ocorreqe forma centralizada, monocrática,

®:~~:::eda Seguridade SOcial:'~:: de forma descentralizada, democrática,


quadripartite.
c) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma centralizada, colegiada, quadripartite.
d) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma descentralizada, colegiada, tripartite.
e) A gestão da Seguridade Social ocorre de forma descentralizada, colegiada,
quadripartite.

2
~~v )x>.«{ÃÁ,úJOf' r~ .
PARTE FINAL DO DIREITO TRIBlJT.ÁRIO

01- As seguintes modalidades de extinção do crédito tributário dependem de


autorização legal:. , " " <,o c Ti>!
a) transação,ldecadência. prescriçã~ ~ fi;,)~
b). compensacão.
, .
paQameoto. nresc,ricão-::-- ciô.O
ev:,. l:;.M. "r-::"
~;;;= ~;u;;...;.
- """"""',
............... <lO jJ.c<:J.OLo.
c) compensação, pagamento. remissão·:
d) compensação. tran~o. d5'cadência:
@compensação. transação. remissão.

02- É modalidade de ex~inção do crédito tributário, arrolada pelo CTN:


a) moratória (~~.;PH • j,
b) novação -} JJ.WJJYCt!V"I
c) confusão ~ ~ c,W-:J..;
@ dação em pagamento
e) depósito do montante integral ~.

,r"03- Marque a alternativa que apresenta, na ordem, os institutos abaixo


definidos:
I- É o ~'benefício fiscal", instituído por lei específica da entidade tributante,
que consiste na dispensa do pagamento do tributo devido, relativo a fatos
Qeradores anteriores.
II E o provimentoGi.,....~a-u-t-:~l:-a-!Jdado pela autoridade judiciária. que tem o condão
de suspender a exigibilidade do crédito tributário.
IH - É o fato jurídico que, devido ao escoamento do tempo, retira da Fazenda
Pública o pireito de acão de cobrança do crédito tributário regularmente
constituído.
@ remissão; medida liminar em mandado de segurança; prescrição
b) isenção; reclamações e recursos; prescrição
c) isenção; medida liminar em ação ordinária; decadência
d) anistia; moratória: decadência
e) isenção: medida liminar; prescrição

~ 04- Assinale a alternativa que arrola, na ordem, os institutos abaixo


caracterizados:
L Se impõe, como forma de ~uspensso do atributo da exiQibilidade do ato
administrativo de lançamento tributário, pelo simples fato de o sujeito
passivo ter se socorrido da esfera administrativa para contestar o crédito que
foi contra ele formalizado.
lI. É a dispensa do pagamento do crédito tributário relativo a tributo cujo fato
gerador ocorreu anteriormente à vigência da lei que a estabelece ou autoriza
sua concessão.
III. Modalidade de extinção do crédito tributário na qual o sujeito passivo.
através da via judiciaL compele o credor a receber o que lhe é devido, em
casos previstos em lei.

a) depósito do montante integral: anistia: conversão de depósito em renda


b) reclamações e recursos administrativos: anistia; ação de consignação em
pagamento
@ reclamações e recursos administrativos: remissão: ação de consignação em

1
pagamento
d) decisão administrativa irreformável: isenção; depósito do montante integral
e} depósito do montante integral: remissão: conversão de depósito em renda

05- Modalidade de extinção do crédito tributário no' qual, o sujeito passivo


vencido, quer na discussão administrativa, quer na demanda judicial, tem os
valores por ele depositados transformados em receita do sujeito ativo:

a) compensação
b) depósito do montante integral
~ transacão
\!QJ conversão de depOSIto em renda
e) consignação em pagamento

06- Assinale a alternativa que contém hipótese de exclusão do crédito


- ~!lnH U _.

tributário, à luz do CTN:

a) pagamento
~2)isenção
c) transação
d) conversão de depósito em renda
e) concessão de medida liminar

07- O depósito do montante integral, a isenção e a conversão de depósito em


renda, acarretam, respectivamente, ao crédito tributário, sua:

@ suspensão-; exc1 usão~ extinção


b) extinção, exclusão, extinção
c) exclusão, extinção, exclusão
d) suspensão, extinção, suspensão
e) extinção, exclusão, exclusão

08- Uma lei de determinado município, publicada em 10.04.2001, tinha a


seguinte redação:
"Art. 1.°. Ficam anistiados os atos qualificados como infrações à legislação
tributária municipal cujas penalidades sejam multas de valor igualou
inferior a RS300, 00 e que não sejam qual(ficados pela legislaçào penal
como crimes ou contravenções.

Art. 2.°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.'"


Um contribuinte de tributo municipal, em 15.04.2001, cometeu infração à
respectiva legislação tributária cuja pena prevista em lei era multa de
R$297.67. Pergunta-se: este cidadão será beneficiado pela anistia?

a) Não. eis que seu atO já foi definitivamente julgado.


b) Sim. desde que o ato cometido não seja ao mesmo tempo infração penal.
c) Não. eis que a lei não produz efeito por contrariar dispositivo do CTN que
impede que as anistias não abranjam crimes ou contravenções.
@) Não. eis que a infração foi cometida após a vigência da lei concessiva.
e) "t'\ão. eis que esta não é uma lei específico,

2
09- Sobre anistia e remissão, não podemos afirmar:

a) a remissão se processa no contexto de um vínculo de índole obrigacional


cujo objeto da prestação é o tributo:
b) a anistia diz respeito à relação jurídica de natureza sancionatória:
c) ambas são concedidas por disposição de lei especifica, editada.
obrigatOriameme. pda pessoa política que detém a competência tributária:
® as leis que as concedem atingem fatos ou atos que ainda estão por
acontecer:
e) a anistia concedida em caráter individuaL por despacho da autoridade
administrativa, pode ser revogada de ofício.

10- Assinale a alternativa CORRETA. Suspendem a exigibilidade do


Credito Tributário:

® A Moratória e o Parcelamento.
b) A Isenção e a Anistia.
c) A Moratória e a Isenção.
d) A Anistia e o Parcelamento.

11- São causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário:

a) moratória, anistia e pagamento:


® depósito judicial do seu montante integral, liminar em mandado de
segurança e parcelamento;
c) antecipação de tutela, parcelamento e compensação;
d) anistia, moratória e reclamações ou recursos administrativos com efeito
suspensivo.

12-(ESAF) A Fazenda Pública pode constituir o crédito tributário dentro de

a) cinco anos, contados de sua constituição definitiva


b) dois anos contados de sua constituição definitiva
c) cinco anos contados da ocorrência do fato gerador, relativamente a quaisquer tipos
de tributos
d) cinco anos, contados da lavratura do Auto de Infração
@ cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado

13-(ESAF) Sujeitos ativo e passivo, com autorização e sob as condições de lei,


mediante concessões mútuas, terminam litígio e conseqüentemente extinguem
crédito tributário. Trata-se de hipótese de
/@ transação
.,/ b) compensação
c) imputação de pagamento
d) consignação de débito
e) convênio

3
14- (ESAF) A dívida tributária regularmente inscrita

a) goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré­


constituída
© goza da presunção relativa de celteza e líquidez e tem o efeito de proya pré­
constituída
c) goza da presunção relativa de celteza e liquidez e não tem o efeito de prOY3 pré­
constituída
à) goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e não tem o efeito de prova pré­
constituída
e) tem o efeito de prova pré-constituída e não goza de presl)1lção de certeza e liquidez

15-(ESAF) Tendo havido enchente em certo Município, a lei determinou que os


créditos tributários definitivamente constituídos à data de sua publicação ficariam
extintos independentemente de pagamento, bastando requerimento do
contribuinte demonstrando ter seu imóvel sido danificado pelas águas. Trata-se de
hipótese de
a) moratória
b) anistia
c) isenção
ID remissão
e) compensação

16-(ESAF) No que diz respeito ao lançamento tributário, é correto afirmar que

@ o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se


pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
b) não é permitida retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante.
c) o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo não pode ser alterado.
d) o Código Tributário Nacional diz haver duas modalidades de lançamento: por
declaração e ex offzcio.
e) quando o valor tributálio estiver expresso em moeda estrangeira, far-se-á a sua
conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento.

17-(ESAF) Na conformidade do que dispõe o Código Tributário Nacional, são


formas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário:

a) remissão, a111stla, depósito do montante integral do crédito tributário e


concessão de medida liminar em mandado de segurança
b) moratória, remissão, anistia e depósito do montante integral do crédito
tributário
@ depósito do montante integral do crédito tributário. reclamaçoes e
recursos administrativos. nos termos da lei específica, moratória e
concessão de liminar em mandado de segurança
d) moratória. depósito do montante integral do crédito tributário. medida
liminar em mandado de segurança e remissão
e) reclamações e recursos administrativos. nos termos da lei específica.
anistia e concessão de medida liminar em mandado de segurança

4
18-(ESAF) No que diz respeito ao lançamento tributário, pode afirmar-se que, de
acordo com o Código Tributário Nacional

aI apesar de decorrente de lei, a atividade fiscal que culmina com o


lançamento tem caráter discricionário, a ser sopesado pelo agente fiscal
b) as modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício,
somente
c) ele somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação ou
omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalIdade
~cuniária
® pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos a lançamento
por homologação, extingue o crédito tributário, sob condição resolutória
e) a alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo
somente pode dar-se por meio de impugnação deste último

19- (AFTN/set/94 - ESAF) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário

a) dispensa o cmnprimento de obrigações acessórias dependentes da obrigação


principal cujo crédito seja suspenso
b) pode ser concedida mediante moratória, instituída em lei, por prazo indefinido
c) quando concedida mediante moratória, retro age à data de ocorrência do fato gerador
@ em face do depósito do seu montante integral, elide a incidência de penalidade de
caráter moratório
e) concedida por moratória aproveita inclusive os casos de dolo, fraude e simulação
praticados pelo sujeito passivo

20- (AFTN/set/94 - ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem,
podemos asseverar que:

I - Na renllssao total, desaparece o direito subjetivo de exigir a prestação e, por


decorrência lógica e imediata some também o dever jurídico cometido ao sujeito
paSSIVO.
TI -A transação independe da previsão legal para que a autoridade competente possa
entrar no regime de concessões mútuas, posto que esta característica é da essência do
próprio instituto.
III- A ação de consignação em pagamento não comporta outras questões que não
aquelas ligadas aos requisitos formais e objetivos do pagamento que satisfaz o débito do
sujeito passivo.

a) Os três enunciados são falsos


b) I e 11 são falsos e III é verdadeiro
@ I e III são verdadeiros e 11 é falso
d) II e III são verdadeiros e I é íàlso
e) Os três enunciados são verdadeiros

21- (AFTN/96 - ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que" seguem,
podemos asseverar que:

I A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das


obrigações acessórias.

5
11 A compensação independe elê prensa0 legal expressa. posto qUé o
instituto já se encontra amparado pelo Código CiviL
OI- A decisào administrativa. ainda que objeto de açào anulatória~
extingue o crédito tributário.

~ I e III são verdadeiros e I é falso


~ os três enunciados são falsos
c) [e rr são verdadeiros e rI é falso
d) os três enunciados são verdadeiros
e) I e [l são falsos e III é verdadeiro

22- (AFTN/96 - ESAF) Sobre a compensação do crédito tributário, é incorreto


afirmar que exige para o seu exercício

a) crédito vencido ou vincendo o lei autorizadora e liquidez da dívida


b) reciprocidade das obrigações. líquidez das dívidas e lei autorizadora
c) reciprocidade das obrigações, crédito líquido e certo vencido ou
Ancendo
® decreto executivo autorizador. liquidez das dívidas e crédito vencido
ou vincendo
e) previsão legal, crédito vencido ou vincendo sobre o qual não se
tenham operado os efeitos da decadência

23-(AFTN/98 - ESAF) Diz-se lànçamento por homologação aquele que se efetua


quando

a) a lei determine que o lançamento seja efetivado e revisto pela autoridade


administrativapor iniciativa própria
b) a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da
legislação tributária
@ a legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa
d) se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido em
lei como sendo de declaração obrigatória
e) quando se comprove que terceiro, em benefIcio do contribuinte, agIU com
simulação ou dolo

24-(AFTN/98 - ESAF)
(I) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário:
(2) Modalidade de extinção do crédito tributário sem adimplemento;
(3) Perdão da infração.

Assinale a opção que corresponda, na seqüência respectiva, aos termos acima


referidos.

a) Moratória Imposição de Penalidade. Remissão.


b) Isenção. Confüsão~ Anistia.
c) Liminar em mandado de seQuranca. PaQamento. Redencão.
@) Reclamação. Prescrição. Al~istia.' ~ ,
ê) P~gal~1Çnt0 no curso processo. Remissão. Homologação.

6
" ',,',.':' • >. : •• -," •

MINIST~RIO DA.' SUMÁRIO


FAZENDA' Conhecimentos' Básicos de Direito
• •
• Tributário: 33 t· •
~. Tributo: •
• conceitó e classificação .......................................................................................... 3
Limitações constitucionais do poder de tributar ...................................................... 13 •
• Tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal •
• e dos Municipios ..........................................................................:........................... 18 •
• Obrigação tribUtária principal e acessória............................................:................... 26 •
• Fato gerador da obrigação tributária ....:................................................................... 25
Sujeição ativa é passiva ... ;.......................:"...................................................... ;....•. 25

• Capacidade tributária .............................:................................................................. 26 •
• Domicilio tributário ................................................................................................. 27 •
• Crédito tributário: •
• conceito e constituiçi!o ........................................................................................ 27 •
• Lançamento: conceito e modalidades de lançamento .............................................. 27 •
• Hipóteses de alteração do lançamento ..................................................................... 28
Suspensão da exigibilidade ,do crédito tributário ..................................................... 29 •
• Extinção do crédito tributário e suas modalidades .......................................... ~ ....... 30 •
• Exclusão do crédito tributário e suas' modalidades ...................................................... •
• Administraçi!o tributaria: •
• fiscalizaçi!o .......................................................................................................... 33
divida ativa .......................................................................................................... 35 '

• certidilo negatiya.................................................................................................. 36 •
• •
•• Previdenciário: Jco'jO'
'~eguridade social ..................................................................................................... 40

Conceituação ....................................................................................................... 40
• '~,
• anização e princípios constitucionais ............................................................ 40 •
• Re e Geral de Previdência Social........................................................................ 42 •
• Se dos obrigatórios ........................................................................................ 45 •


Conce • caracteristicas e abrang~cia:
emprega ,doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado
••
especial..... ......................................................................................... ,................ 45
• Segurado faCtativo: •
• conceito, c . cteristicas .................................................................................. 48 •
• Trabalhadores ex dos do Regime Geral ........................ ~ ................................. 49 •
• Empresa e empregado éstico:
conceito previdenciári ............:......................................................................... 49
. •
• Financiamento da segurida social .......................................... ,............................. 49 •
• Receitas da União ..................... :......................................................................... 50 •



Receitas das contribuições s ..s,
dos segurados, das empresas, o empregador domésticO, do produtor
rural, do clube <te futebol pro . nal, sobre a receita de concursos de
,

prognósticos, rééeitas de outras D es........................... ,................................ 50


.'• ..­

• •
.~- .

-.-_.•
Salário-de-contribuição ......................... ............. ;.............................................. 53
Conceito ...~........................ .................... ........................................................ 53
Parcelas integrantes e parCelas não-inte tes .............................................. 54
Pro.porcionalidade .......................................................... ~ .............................. 53



• Arrecadação e recolhimento das contribuições stinadas à
seguridade social ........ ;.......................................... ........................................ 55

• Obrig~es da empresa e demais contribuintes ........ .................................... 55

• Prazo de recolhimento ..................... .'............................. ...................:............ 55 •
• Recolhimento fora do prazo: •
/~.

• juros, multa................;...................... ;.............................~ ..................... 137


Obrigações acessórias .............................................................~ ............ 26/133

"~. • Retenção e Responsabilidade solidária:

• conceitos, natureza juridica e caracteristicas ........................................~ ........ 132 •
• •
~.
·....................... ....

Reembolso de pagamento .............................................................................\........ 140
~


(\~\::' . ,Y, ,,~ ..\;.- ' . ' ,," \r ;\

.).}..'Q~
t"(1v" ~ ,~."
", .) "'~\~
'-~ '. ; .. "i,~·.
,,,~,., ~.~:
.t~">

"~
~ ~ ~\:lv §/ 'St' . .. ~J>
·t­
'}CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO ~ Márzio Ricardo de Moura I Sebastião Faustino
't -i {I I DIREITO TR.unlRIO "castigados" pela elevada carga tributária brasileira, ela

~\ ~. 1IJt,
não se confunde com as obrigações pecuniárias devidas
OTRI8UTO como punição por um ato ilícito.
Entretanto, há que se ressaltar que o
\ . _laNCEIrO ENATUAEZA JUIÚDICAC1r\ ::TN'estabelece que a

~ iS o concei~e tri
i 410 art 3 do y:.~o..
0
hj<" r.nessecaso, a!nUl!ã não se tomou tributo. IDas se equip!!!9u .;:
'"::J .cs . -ª ~1e nara eleitos de co~ IN-d jf.pCf .:-?,
d~ Art. 30 Tributo é~ç~~l!!- Pelo,pJ;iQcfP.lo 9iJ~~mente 'Ille1Poderáexi- -c>
1 ~.
~ !
.Put.sti3. emmo~ou cuj
lmf, Que não constituasaJ IC:i,~~~.
lDStitiitT miijora.r . ~

1~"~~~~~
011
. . lei compleme5.­ ~'"
I .p."
. o pagamento de tributos é ~tór.Ül e'd~
colpO Já visto.
• A exigência de que o tributo tenha de ser cobrado me-j
~As prestações con~ (ex.: .•.. diante . 'dade admi is . e v' ui significa.
~6utos. pois essas obrig.:l.ções decorrem de que a es a discriclonanroa e autorida~
:J.
., til:!
~I ~esos i:irteressados. que~ Obri~'r força dos de a . tiva. Esta têm 'ãe se vlDculãr estritamente t

;1)
on (contratos dê ãaesão)/ê- não lei. . à lei instituidora do tributo, seguindo-lhe, exatamente,
•. . . buto representa uma ohripçJp ser paga em os comandos sem nenhuma possibilidade de utilizar-se
.....
principio. nã~ se deveria aceitar o pa~amento
dinheiro expresso em moeda corrente. Dessa forma, em

""!5~com o oferecimento de bens ou seTVlços. Entretanto, em


de tributos
de critérios pessoais na cobrança. Enfim, se, nos termos
legais, o tributo for devido a autoridade, por conta de sua
vinculação à lei, não poderá deixar de cobrá-lo, ainda que
.' '\ ~ ~que pese essa possibilidade ser pouco comum, o próprio o considere injusto; pelo mesmo motivo, se não houver
" ~~: ~'5texto legal a considera válida, posto que estabelece que o previsão legal, a autoridade não poderá cobrar um tributo,
"
•J . '
,
'buto é devido em moeda corrente..9Y em 31go ecplixa­
I. sso depenu=a:, ainda que [OS.. justo que o fizesse. ~~ , .
;:.~ ente a m serv. A"'""'.
no
INCIDÊNCiR, NÃO-INCIDÊNCIR tÀ~ I'~W ~Ws
l.
~

~
ntanto, de
tal possibilidade no~ _
ífíca o ente tributante estabelecer

o tributo nã~1~ortanto, tnbuto não se


• ~ confunde com mu tas, que é punição por ato ilícito, como
--
Somente pod~ver a.irlxi~'!K:'!i;t..(!e um determina­
do wi?ulg se~eresta'lSerecídõ exàtamente em que
4 é o caso da m~e decorre de uma infração de trânsito. hiIX!teses isso se dará. Essas são as chamadas hiwteses

~
v É sempr~queo Estado cobre tributos de qual­ fincidência cJg trjhnÚl e, somente após sua ocorrêncfa
quer atividade que Implique a .sição de disponibi' de concreta, é que o tributo é devido.
econôniica, ainda que a atiVÍ ade tribu seJ Cl Não basta que a situação fática que se queira tributar
2~ como o tráfico de entorpecentes. Nesse caso, a re a se pareça com a hipótese de incidência descrita em lei; é
~ auferida com a atividade ilícita é fato gerador do imposto preciso que p!!.sê..9Jn9ldru.!t cO!!!ple~~ ou seja, que
-::\:s de renda, pois como estabelece o § 10 do art. 43 do CTN: haja perfeitt"sU1)sul1ÇãÕdo'1a:tolSComdó á hipótese de
~ "a incidência: do imposto' independe da denominação ~cidênc!! de'Scntã na lei. ,)vf:6U (~",,".,di~-ci,c.
rJç-ro
da receita. ou do rendimento, da localização, condição
f
F jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma FU~6Es DO TRIBUTO Ji~"~ \~t: lL.
~otributoéo dLeroEs­
depetcepção", Isto é, a apli - ' . cf' 'o do
non olet, ou seja, o dinheiro, não tem cheiro' ,o quequer
. dizer que não se faz diferenciação entre as rendas obtidas tads> ç~. Entrefa.pto, alguns podem
de origem lícita ou ilicita pata efeitos de incidência do s;;. usados pelo Estado como forma d~mentar s~
imposto sobre a renda, Dai, ao ser apanhado o traficante, iais e econômicos. Dessa fonna, determi­
além da responsabilização penal, será tnbUtado pelas suas S-flO4~pa~}U.iquoÚ!
atividades que tenham implicado a aquisição dé disponibi­
lidade econômica e pagará multa pelo não-adimplemento
de suas obrigações tribútárias no tempo devido.
. Portanto, a expressão "(.,.) que não constitua sançlio
de ato ilicito" não significa que as atividades ilícitas não
possam ser tributadas, visto que~ipcidênciª do imposto
d da d ende a e tividade ., . o
ter tido conte o econômic~_Signífica apenas que não é
tributo aquilo que teiihâ a natureza de castigo, peDa- Ou
seja, qualquer quantia paga a título de punição por um ato ~J!e~ ~~o;."Sm)-êxlíifiscais: o imposto
ilícito (ex.: umamulta por ~ssão de nota fiscal quan­
e Importação, o Imposto de exportação, o Imposto sobre
Ot6.: do esta fosse exigível) não pode ser considerada tributo,
Operações Financeiras (IOF) e. o Imposto sobre Produtos
IJ visto qu~~b.e.tol~ é castigo. Por mais qu~ nos s~os
:ndl;lstrializados (IPI). ij4 situaç?e~ eu; que o ~b~!O ~o _
r~ 9" ~ ~v~· f-rc..:NUVtki'l /'.;.."fr't~.f.'OJV ~i .Vl?J:;A\J\ IJ...: ~.u"ft'rN..o.r;c'V
...... __ .~--

~~

,~,
,-.I... \hN. ~t~V ,~'v
4 I \ . "J'
J!) " . rlP!' ' ~ JiSJ
.. '-~-
I);)·,,-N
...,
Vestcon
.J--....

é tipicamente a Constituição lhe atribui • o art. 3° da Lei n° 11.494, de 20 de junho de 2007,


adicionalmeQte essa capacidade, como é o caso do Imposto que instituiu, no ãi:nbito de cada Estado e do DF, UlllFundo.
Territorial Rural (ITR), que terá suas alíquotas fixadas de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básic~
de forma a desestimulara manutenção de própriedades ~ori~9~~
imprS" 153,§ 4°, I, da CF). ...~.. estabelece que este será constituído, em parte, porrecursós
I . C ar c quando entes J?!IPǧtatãilrecebem a oriundos de impostos Estaduais e da União.

ç
á delega a. ec.;tdacão dea== o custeiq
~ afiVlããdes autônomas e de in~te .
-/

;~ _profissloDa!s eco ,~_. ormaImente, são atividades


~ as quais o Estado.-tem interesse em ver realizadas, mas
~ que não cons~ d~ seu ·OJ;Ç8.1Dento I?ara re~lização direta.
'<:' '\' Exemplo: contribUIções para o SeSI, SeDal, Senac, Sesc.

~
,
<
OAB, Crea, CRA etc. .
Há autores que classificam como parafiscais as contri­
buiçõés socia~s para financiamento da seguridade social.

~
....."<;;'
. -e:J~ TRIBUTOS,
,·~S
:
,-, • .,.J
Tributo é o gênero do qual, no Brasil, derivam cinco
i'! espécies, a saber:
j"R .1. .·Imposto-{arts. 145, I; 154; 195, m, todos da CF
e art. 16 do CTN);
.t • Tua -(art. 145, n e § 2°, da CF e art. 77 do CTN);
> • Contribuição de M'elboria - (art. 145, m, da CF
e art. 81 do CTN);
. 'j ~l\ • Contribuiç6es Especiais (sociais, interventivas

;: _..~. .~ e outras).- (arts. ~49, 149-A, 174, 195,212, § 5°, 239 e


1".~ 240, todos da CF),
;1 '-. j~ ~? • Empréstimo Compulsório - (art. 148 da CF).
1

,
'~
~

,..
d"
~'ii .
.~.
~ ~o. Y(arts.l45,
t~os
.
I; 154; 167, IV; 195, 111,
. ,art. 16dõtrN)' - - ­

·.11\ : ;oi,~\.ja obrigação';'" ~uma


-:::.-:~.' ~ -:--- ndente de ,qualquer atividade esta especí­
~::: .~' fica relativa ao contri U1Ii e. em cara e. nQ "

~ ~ éffiMnal1tIIafidâde é rover os gastos da'


2i
-;:5 pública. ~ seja, a 9lica~0 dQ~ r~cursos e enéric, não
c...r;, c< eSiãíiãõvmculada a qualquer atIVidade esp ca. Dessa
~ forma, os valores arrecadados pelo IPVA, por exemplo,
~ não estão vinculados à melhoria das vias ou à construção
de viadutos. Os recursos são carreados aos cofres da
~ Administração, que, juntamente com outros impostos,

i
~ irá aplicá-los nas despesas gerais (saúde, educação,

".
'Ô,p:ansportes etc.) do Estado na formaestabelecida em seu
f orçamento. Nesse sentido, cabe cÍtar'o~, 1ft m~
~ que yecJa ao legisl~or ordinário a vinculação da recena
. . a ór ao do ou despesa. . .

t
No.entanto, há ··a essa regra de não-vincu­
~ lação. dos impostos: .'. .. . =
. Q • o inciso IV, infine, do art. 167 permite.,que um..ng:­
::>centual fixo da arrecadação de ai uns impos'tos da União
., seja destinado aos sos e uniCl lOS S os s­
r-"\ tãdos sejam repartidos 9.'2tiiOS Municipios~ puro processo

êonstTtúCiõ'nld:meJItêcõnhecido como~WiãgJiQbutári"
que será estudada em item especificoillais a ent:;; I
• o § 4° do art.167 da CF permite a vinculação de profissional'
lpostOS dos Estados e MuniCínios à nnitacão de ' .'
lU contraf!.arantia à União, Dor
para pagamento Ai dtbitos para .com esta; . b. Taxa (art. 145, II e § 2°, da CF e art. 77 do CTN) .../
- • o § 2° do art. i 98 da CF estaõeleêê<rne a União, os·
Estados e os MunicíPio~~e:;r~e recursos mini- É o tributo, de natureza Federal, Estadual ou Muni­

~
- mos em ~ões e serviços e au e a pã.i'tifãaãPJ.iCãçifõ cipal, que tem como fato gerador o exercício regular do
:.. 5.:e..;eerceDfu."~~ªe.}~f2i1i.ft~(i?fu'_~~ poder de polícia, ou a utilização efetiva ou não de serviço
:.. : \I ~~erativo; e..;;> ,.,.~. . .lo' público, específico e divisível, colocado à disP9sição ,oQ\~p,ÔjJtj
j' f'jCf:Ç ';-~'R~~I'ÇAO '1'R~V~~tAI m5if\S:~ . DE
y \J'ttJ'(O ':bE JithO~; 1e:f,CVll:-SO,s M\tJ\tAO~ 1 . ../
LbP;~.()'N"'OPI Ou \j)~\1i~~ 6tf\1U~l~'f\ A ''''N\,#> (€:S\~DO~t; l"lV!'!;) E '?f\Gf\ fUl\llltt.1p:
~,
Vestcon
I
5
do contribuinte; A taxa vincula-se a uma atuação estatal normas de direito público. A adesão é compulsória e o
específica, contrariamente aos impostos. Dessa forma, o pagamento, obrigatório.
valor arrecadado custeia diretamente o serviçO prestado .Nem sempre essa distinção tem sido fácil na história
.ou posto à disposição. Ex.: taxa judiciária, e~o de da oferta de serviços públicos no Brasil. Veja o caso do
passaportes,'certidões, taxa de esgoto, taxas de inspeção esgoto e da; água. A rigor, em localidades onde esses
dosbotnbeiros, taxas para policia em eventos particula.tes. serviços fossem colocados à disposição' dos usuários,
Para ser cObrada, entretanto, a taxa não pode ter base mas com utilização de caráter obrigatório (ou seja,.a lei
de cálculo de impostos e precisa obedecer à determinação não permitisse poços e nem fossas )/á remuneração des­
legal de ser divisível, ou seja, ser capàz de fiXaio montante ses serviços deveria ser feitá mediante taxa e sofrerlaas
exigível para cada contribuinte. Nessá linha, houve muita limitações impostas pelosprincipios gerais da tributação
discussão acerca da validade da antiga taxa de ibimina­ (legalidade, anterioridade etc.). Por outro lado, se. a lei
ção pública, visto que·não era' possível individualiZar o local permitir meios alternativos à populaÇão para oQter
consumo' 'de 'ilutninaçãopública para cada contribuinte, água e dispor,de seus dejetos, o serviço .estatal oferecido,
portanto, não deveria: o sei'viçoser cobertopor taxa. mas pelo ente politicq ou por seus delegados, não teria najureza
pelos impostos gerais. Essa penden:ga foi resolvida com a obrigatória, seria facultativo. portanto, seria remunerado
mediante preço públicó. A questão tem valor. a~~mico,
cii~ção da contribuição de ilunlinação pública por inter.:.
mas o temajá estárazoavehnente paci:ficadQ pelo Supremo
médio da EC'n° 3912002; qUe incluiu o art. 149:.AnaCF. Tribunal Fed.eral, que: "j~ decidiu, reiteradamente, que a
O pOder de policia é a competência estatal pàra esta­ natur~ jurídica da remuneração dos serviços de água e
belecer limites aos interesses de particulares; bem como esgoto, prestados por concessionária de serviço público,
disciplinar seus direitos, interesses ,ou liberdades em face é de tarifa ou preço .púbÚco, consubstanciando, assim,
do interesse público: São'regúladas' as atividades concer­ contraprestação de caráter nã,o-tributário."l .
nentes à segnrança, à 'higiene, à brdem, aos costumes, à
tránqüilidadepública:; à disciplinada produção e do merca­ c.Cc.ntribuição de Melhor:ia (art. 145, 111, da CF
do, ao exercício de atividades econômicas que dependaln e art. 81 do atf)
de autorização ou concessão; ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais e coletivos. É um tributo cuja ol;ingação tem~mo fato gerador a
É preciso esclarecer que as atividades submetidas ao valorização de imóveis decorrentes de obrapúWca. Dessa
poder de policia geral são custeadas por impostos e não forma, a construção de uma ponte ou o càlçam~ritode uma
por taxas. As taxas são devidas quando o particular requer rua que impliquem a valorização imobitiária-eDsejam a
do Estado uma,Providência específica do poder (te policia cobrança de contribuição de melhoria. O CTN estabélece
para seu caso. E o caso, por exemplo, de um â1vábide fun­ que a cobrimça de e.ad;a proprietário beneficiado'deve se
cionamento de um estabelecimento comerciaL b Estado limitar ao acréscimo de valor da obra que re.sultar para
custeia sua emissão com a cobrança de taxas, qu~deverão cada imóvel. W{o.rmaainda que a arrecadação só pode
ser pagas pelo interessado. A fiscalização' . ser efetuada até o valor total da despesa da obra pública.
estabelecimento, entretanto, é Custeada pelos'impostos A Constituição não" se nianifesta acerca desses limites
gerais, uma vez que se trata de atividade e~ífica do impostos peÍo CTN. ' . . ' .. '
poder de policiá geral. . i Esse tributo pode ser instituído pela União, Estados,
. ..I ~ Municípios e DF, no ânibito de suás competências, depen­
b.1 Taxa x Preço Público
1 dendo de que ente politico realizou a obra. Por exemplo, se
A distinção entre taxa e preço público está descrita a obra for federal e dela decorrer valorização de imóveis,
na Súmula nO 545 do Supremo Tribunal Fede11l1: "Preços não podem oMUIÚcípio, o EStado eo DF instituí-la. Nesse
caso, caberia à União fazê-Io, se asSim desejasse. Porém,
de serviços públicos e taxas não se confundem, porque
se não <> fizer, nenhUJ:Ú outro ente politico poderá faZê-Io
estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua
em seú lugar.
cobrança condicionada à prévia autorização orçaD1entária,
em relação à lei que as instituiu". d. Contribuições Especiais (Contrlbuiçõessod,-Is,
O preço público .decorre·da utilização de serviços intervefttwas e outras) (arts. 149, 149-A, 174, 195,
públicos facultativos (portanto, não compulsórios) que 212, § 5°, 239 e 240, todói da CF)' .
a Administração Pública, diretamente ou por meio de
delegação a concessionário ou permissionários, coloca à : Compete exclusivamente à União instituir contri­
disposição da p'Opulação; que poderá contatá·los ou não buições sociais, de intervenção no domínio econômico e
(ex.: telefone, luz, gás encanado). Sãoserviççs prestados . de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
em decorrência do eStabelecimento de uma relação contra­ ressalvada a competência de os' Estados; .Ó DiStritoFe~
tuâl, regida pelo direito privado, de natureza prÓ'Cidádão e , deral e.os Municípios instituÚ"em regime previdenciário g
que viSam atender aos úsuários quanto a suas comodidades
ou necessidades pessoais. A adesão é facultativa, mas,
próprio, que será cuSteado mediante contnbuição do res­
pectivoente público e de seus servidores ativos, inativos
I
~
uma vez' estabelecida a relação, o pagamento do serviço
é obrigatório.
e pensionistas. g
.xl
A taxa decorre de estipulação legal e serve plilIa cus­ .d.1 Contribuições Sociais para o Financlamentó da ...
I•
tear, naquilo que não impostos não cobrirem, os serviços Seguridade Social (art.195 da Constituição Federal) ~
públicos essenciais à soberania do Estado, compulsórios A Constituição Federal estabelece que a seguridade ;
(a lei não autoriza que outros prestem alternativamente soci~ será financiada por toda a sociedade, de forma ~
esses serviços) e divisíveis prestados ou colocados à dis­
posição diretamente pelo Estado. O tema é regido pelas I (REsp n° 740.967/RS, ReI. Ministro LUIZ FUX, DI de 28/412006).
S
J)\~f\6:lfi
~
6 Vestcon
direta e indireta,. nos termos da. lei, mediante recursos de 30 de dezembro de 1991, nos termos do inciso I do
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do art. 195 da Constituição Federal.
Distrito Federal e dos Municípios. As leis que tratam da Esse tributo é devido pelas pessoas jurídicas de direito
questão são as Leis nO 8.21211991 e nO 8.213/1991. privado e às que lhes são equiparadas pela legislação do
A empresa ou a entidade a ela equiparada na forma da imposto de renda, inclusive as empresas públicas, as so­
lei contribui sobre: a) a folha de salários e demais rendi­ ciedades de economia mista,. s~ subsidiárias e as pessoas
mentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, jurídicas a que se refere o § lOdo art. 22 da Lei n° 8.212,
à pessoa fisicàque lhe preste Serviço, mesmo sem vinculo·
empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro.
.. de '1991. A apuração da contribuição (e também do PIS)
dar-se-á em conformidade com as Leis Complementares
-"
Essas contribuições sociais previstas poderão ter alíquotas nO 70, de 30 de dezembro de 1991, n07,de7 de setembro
ou bases de cálculo diferenciadas. em razão da atividade de 1970.
econômica; da utilização intensiva de. mão-de-obra, do Destina-se exclusivamente (posto que é contribuição,
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado portanto, tributo vinculado) às despesas com ativida­
de trabalho. des-fim das áreas de saúde, previdência e assistência
O trabalhador e os demais segurados 'da previdência social. São imunes à Cofins as receitas das entidades
social também contribuem. Não incide, entretanto, con­ beneficentes de assistência social que atendam as exi­
tribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo gências estabelecidas em.1ei (CF/1988, art. 195, § 7"f
regime geral de previdência social nos casos de: cobertura e aquelas decorrentes de exportação (art. 149. § 2°, I, da
a doença, invalidez, morte e idade avançada; proteção à Constituição Federal).
maternidade, especialmente à gestante; proteção ao traba­ São isentas da contribuição: as sociedades coopera­
lhadorem situação de desemprego involuntário; salário-fa­ tivas que observarem o disposto na legislação específica·
nu1ia e awu1io-reclusão para os dependentes dos segurados quanto aos atos cooperativos próprios de suas finalidades;
de baixa renda; pensão por morte do segurado, homem ou as sociedades civis de que trata o art. lOdo Decreto-Lei
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. nO 2.397, de 21 de dezembro de 1987; as entidades bene­
Contribuem, ainda, o importador de bens ou serviços
ficentes de assistência social que atendam às exigências
do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar e as receitas estabelecidas em lei.
de concursos de prognósticos (loterias).
Não são tributadas pela Cofins, ainda, as receitas
Essas, entretanto, não são as únicas fontes de custeio
relativas às atividades próprias das seguintes entidades
da seguridade social. A Constitúição estabelece q1,le a lei
poderá instituir outras fontes destinadas a garantir sua (art. 14, X, da Medida Provisória nO 2.158-35, de 24 de
manutenção ou expansão. Condiciona, apenas, que isso agosto de 2001):
seja feito obedecendo-se ao disposto no art. 154, I, da a. templos de qualquer culto;
Constituição Federal, que, dentre outras coisas, estabe­ b. partidos polfticos;
lece a necessidade de lei complementar para instituição c. instituições de educação e de assistência social que
de impostos compreendidos na competência residual da preencham as condições e os requisitos do art. 12
Uniãe. Devido à exigência de observância desse artigo, da Lei n" 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
o STF entende que novas contribuições sociais, de modo d. instituições de caráter filantrópico, recreativo, cul­
análogo, somente poderão ser instituídas mediante lei tural, científico e as associações, que preencham as
complementar. condições e requisitos do art. 15 da Lei n° 9.532,
A Constituição estabelece que são isentas de contri­ de 1997;
buição para a seguridade social as entidades beneficentes e. sindicatos, federações e confederações;
de assistência social que atendam às exigências estabele­ f. serviços sociais autônomos, criados ou autorizados
cidas em lei. Na verdade, a Constituição incorre em uma por lei;
impropriedade ao dizer que são isentas. O certo seria dizer g. conselhos de fiscalização de profissões regulamen­
que são imunes, já que a liberação do tributo é concedida tadas;
pelo texto constitucional. h. fundações de direito privado; /'
Quanto aos servidores titulares de cargos efetivos da i. condomínios de proprietários de imóveis residen­
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí­ ciais ou comerciais; e
pios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado j. Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
-"
regime de previdência de caráter contributivo e solidário, e as Organizações Es~is de Cooperativas pre­
mediante contribuição do respectivo ente público, dos vistas no art. 105 e seu § 1" da Lei n" 5.764, de 16
servidores ativos e inativos e dos pensionistas. No que de dezembro.de 1971.
couber, o regime de previdência dos servidores públicos Na égide da Lei nO 9.718/1998, a Cofins era um tributo
g titulares de cargo efetivo observará os requisitos e critérios cumulativo, ou seja, era cobrado em cascata sobre todas
I fixados para o regime geral de previdência social. as etapas da cadeia produtiva. Sempre foi um desejo dos
:s Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera­
setores empresariais da economia que esse tributo passasse
a ser não-cumulativo, como forma de se reduzir a carga
i ção, bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime geral de previdência social.
tributária. Pela não-cUmulatividãde, os valores pagos em
uma etapa poderiam ser descontados dos valores a serem
I

I
pagos nas operações posteriores.
d..1.a) Cofins (Contribuição Social para Financia­
mento da Seguridade Social)
A Contribuição Social para Financiamento da Segu­
2 o STF entende que as leis mencionadas no § 4° e §7° do art. 195 devemo ser leis
complementares, apesar de não estar explicito, por conta, respectivamente, da
I
§ ridade Social foi instituída pela Lei Complementar nO 70, exigência de lei complementardo art. 154,1 da CF e da natureza constitucional
das questões referentes à imunidade. I _~
..",L.,-:
._.... _.. _--_._--_ .. -- - - - - - - . ~
~
Vestcon 7
Dessa fonDa, foi editada a Lei n° 10.833/2003. que Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração
estabeleceu a não--cumuhttividade genérica da Cofins real e de pagamento estabelecidas para o Imposto sobre a
O fato gerador é o faturamento (bruto) mensal, assim en­ Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e, no que coQherem,
tendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, as referentes à administração, ao,lançamento, à consulta,
;;J'? 'independentemente de sua denominação ou classificação à cobrança, às penalidades, às garantias e ao processo
contábil (art. 10 da Lei nO 10.83312003). No entanto, com administrativo, mantidas a base de cálculo e as aliquotas
a instituição da não-cumulatividade, não se observOu a previstas na legislaçãó em vigor para a contribuição, Isso
redução esperada da carga tributária. Na prática, houve significa dizer que as péssoas jurídicas obrigadas a apurar
aumento destsa carga. O efeito da não-cumulatividade e pagar o imposto sobre a renda com base no lucro real
foi anulado e superado pelo aumento excessivo da (resultado aJustado) e as que optem por fazê-lo com base
aliqueta, que passou de 3% para 7,6%. Essa alíquota é no lucro preswnido ou no lucro arbitrado terão de deter­
aplicada sobre uma base de cálculo, que é o: faturamente , minar a base de cálculo da CSLL conforme esses regimes
mensal,representando o to~ das receitas auferidas inde­ de incidência. À pessoa jurídica não poderá, por exemplo,
pendente de sua denominação ou classifiçação contábil, recolher o IRPJ pelo luc,ro arbitrado e a CSLL pelo lucro
menos algumas isenções concedidas pela lei em tela.3 presumido. (Lei n° 8.981/1995 e IN-SRF n° 390/2004).
Àrecéita t:>rutaauferida pelos produtores ou importadores A CSLL devida será determinada, mediante a apli­
não sofre taxação por essa alíquota, vez que é objeto de cação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre o lucro
alíquotas especificas previstas na lei. ajustado (real), presumido ou arbitrado, que é a base de
A MP nO 164, de 29 de janeiro de 2004, posterior­ éálculo do tributo ,(art: 37 da Lei nO 10.637/2002).
mente convertida com modificações na Lei n° 10.865.
de 2004, instituiu a Contribuição para o PISlPasep e a d.1.c) Contribuições sociais previstas no parágrafo
Cofins incidentes sobre a importação de bens e servi~ único do art. 11 da Lei nO 8.212, de 24 de Julho de 1991,
denominados, respectivamente, Contribuição para os e as instituídas a titulo de substituição
Programas de Integração Social e de Formação do Patri­ A seguridade social compreende um conjunto inte­
mônio do Servidor Público Incidente na Importação de grado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da
Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o sociedade destinado a assegurar o direito relativo à saúde,
à previdência e à assistência social.
PISIPASEP- Importação) e Contribuição Social pará o
Ela será financiada por toda sociedade, de fonna direta
Financiamento da Seguridad~ Social Devida pelo im­
e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e
portador de Bens 'Estrangeiros ou Serviços do Exterior
da Lei nO 8.212/1991, mediante recursos provenientes dos
(Cofins - Importação). .
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e de contribuições sociais. Isso significa
d.1.b) Contribuição Social sobre o Lucro Líqui­ dizer que a seguridade social é financiada não só por
do-CSLL contribuições sociais, mas também por impostos gerais
A contribuição social sobre o lucro das pessoas arrecadados pelos entes federativos.
jurídicas e das que lhes são equiparadas pela legislação A Lei n° 8.212/1991, responsável pelo detalhamento
tributária foi instituída pela Lei,n° 7.689/1988 e destina-se do financiamento da seguridade social, define que seu
ao financiamento da seguridade social. orçamento, no âmbito federal, é composto das seguintes
A base de cálculo da CSLL, determinada segundo a receitas:
legislação vigente na data de ocorrência do respectivo fato I - receitas da União;
gerador, é o resultado ajustado (lucro real), presumido ou 11 - receitas das contribuições' sociais;
arbitrado do lucro da pessoa jurídica, correspondente ao III - receitas de outras fontes, quais sejam: as multas,
periodo de apuração. Considera-se resultado ajustado o lu­ a atualização monetária e os juros moratórios; a remune~
cro liquido do período de apuração antes da provisão para ração recebida por serviços de arrecadação; fiscalização e
o IRPJ, ajustado pelas adições prescritas ti pelas exclusões cobrança prestados a terceiros; as receitas provenientes de
ou compensações autorizadas pela legislação da CSLL. prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrenda­
Estão sujeitas ao regime de incidência da CSLL sobre o mento de bens; as demais receitas patrimoniais, industriais
resultado ajustado, em cada ano-calendário, as pessoas e financeiras; as doações, legados, subvenções e outras
jurídicas que forem obrigadas ao regime de tributação receitas eventuais; 50% (cinquenta por cento) dos valores
= com base no lucro real. econômicos obtidos de bens apreendidos em decorrência
do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas; 4Q01o (quarenta
por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos
3 Não integram a base de cálculo a que se refere o art. 1° da: Lei n° 10.83312003 pelo Departamento da Receita Federal; e outras receitas
as receitas:
I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à
allquota O(zero); ,
fi :... rião-operacionáis, decorrentes da venda de ativo permanente;
m- auferidas pela pessoajurídica revendedora, na revenda de mercadorias em
previstas em legislação.
Conforme a lei, constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração !
I
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, nacondil'ão paga ou creditada aos segurados a seu serviço; S
de substituta tributária; b) as dos empregadores domésticos; , ~
IV de venda de álcool para fins carburantes; (Redação dada pela Lei
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu 'i
,/"'

~-
n" 10,865, de 2004)
V - referentes a: ,
a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;
salário-de-contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e
e'
i
b) reversões de pr()visl'les e recuperações de créditos baixados como perda que
não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação lucro;' :#
de investimentos pelo valor do patrimônio Iiqqido e os lucros e dividendos e) as incidentes sobre a receita:' de concursos de ~
derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que teDham sido
computados como receita. , prognósticos; v
..".....
8 Vestcon
.~.

f) as dos empregadores rurais e pescadores (contri­ b) Contribuição de Empregadores Domésticos


buições em substituição); A contribuição do empregador doméstico é de 12%
g) as da associação desportiva que mantenha equipe do salário-de-contribuição do empregado doméstico a
de futebol profissional (contribuição em substituição). seu serviço.

á) Contribuição Social das Empresas, incidentes c) Contriblliçlio dos Traballuulores, incidentes sobre
sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados oseusal~~olJtribuição
a seu serviço Para efeito dessa lei orgânica da seguridade social,
A contribuição das empresas para a seguridade social, para a contribuição referente à parte dos trabalhadores,
afora a referente ao lucro e ao faturamento, é: são considerados segurados obrigatórios, portanto, con­
Para as empresas em geral: tribuintes, os empregados, os empregados domésticos, os
.• .20010 sobre o total das remunerações pagas, devidas contribuintes individuais, o trabalhador avulso e o segura­
ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos do especial. Quanto às contribuições dos empregados e dos
segurados empregados e trabalhadoreS avuisos empregados domésticos, a lei especifica, respectivamente,
que )Jle prestem serviços, destinadas a retribuir o que a empresa e o empregador doméstico são responsá­
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive veis tributários, cabendo a eles a obrigação de arrecadar
as gorjetas, os ganhos haQituais sob a forma de uti­ e recolher o tributo no prazo legal.
lidades e os adialitanientos deco1l1<ntes de reajuste A contribuição do empregado, a do doméstico e a do
salarial, quer pelos Serviços efetivaménte prestados, trabalhador avulso são calculadas mediante a aplicação
quer pelo tempo ~ disposição do empregador ou da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contri­
tomador deserv.iços, nos termos da lei ou do. con­ buiçã04 mensal, de forma não-cumulativa. .
trato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo
de trabalho ou sentença normativa; . d) Contribuição das Empresas sobre Faturamento
• 20% vinte por cento sobre o total das remunerações e Lucro
pagas ou creditadas a qualquer titulo, no decorrer As contribuições a cargo da empresa, provenientes
. do mês, aos segurados contribuintes individuais que do faturamento e do lucro, são calculadas mediante a
lh~ prestem serviços; aplicação das seguintes alíquotas:
• 15% sobre. o valor bruto da nota fiscal ou fatura de • 2% sobre sua receita bruta;
pl)tStação de serviços, relativamente a serviços que • 10% sobre o lucro líquido ajustado no período-base,
~\.
llie são prestados por cooperados por intermédio de antes da provisão para o Imposto de Renda.
cOoperativas de trabalho. No caso da contribuição sobre o faturamento e o
Adicionalmente, as empresas devem recolher outros lucro das entidades financeiras (bancos, sociedades de
valores com o objetivo de financiamento do beneficio da crédito etc.), empresas e agentes autônomos de seguros
aposentadoria especial (arts. 57 e 58 da Lei n° 8.213, de privados e entidades de previdência privada, as alíquotas,
24 de julho de 1991) e de outros beneficios concedidos considerada a mesma base de cálculo apresentada, seriam
em razão do grau de incil:l~ncia de incapacidade labora­ as seguintes, respectivamente:
tiva decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Essas -2%;
contribuições são calculadas aplicando~se os seguintes -15%.
percentuais sobre o total das remunerações pagas ou cre­ Os empregadores rurais e os consórcios simplificados
ditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados de trabalhadores rurais são isentos dessa contribuição.
e trabalhadores avulsos:
- 1% (um por cento) para as empresas em cuja ativi­ e) Contribuição sobre a Receita de Concursos de
dade preponderante o risco de acidentes do trabalho Prognósticos
seja considerado leve; Concursos de prognósticos são todos e qgaisquer con­
- 2% (dois por cento) para as empresas em cuja ati­ cursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive
vidade preponderante esse risco s~a considerado as realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos federal,
médio; estadual, do Distrito Federal e municipal.
, - 3% (três por cento) para as empresas em cuja ati­ Deduzindo-se, do total da arrecadação, os valores
\ vidade preponderante esse risco seja considerado destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de
grave. despesas com a administração e dos direitos pagos às
entidades desportivas pelo uso de suas denominações e
Para entidades financeiras (bancos, sociedades de

I...
C\
crédito etc.), empresas e agentes autônomos de seguros
privados e entidades de previdência privada
Considerando a mesma base de cálculo citada, as
4 Entende-se por salário-de.contn'buição: I - para o empregado e trabalhador
avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida
a totalidade dos nmdímentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,
durante o mês, destinados a retnouir o trabalho, qualquer que seja asua fonna,
alíquotas São, respectivamente:
i•
inclusive as goIjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades é os adian­
- 22,5%; mmentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços
- 22,5%; e nos tennos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de

I§ • 15%. trabalho ou sentença nonnativa; II - para o empregado doméstico: a remune­


ração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência So<:ial, observadas as
normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vinculo
Para agroindústrias: empregatício e do valor da remuneração; m- para o contribuinte individual:
- 2,5% sobre o valor da receita bruta proveniente da a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua

._-",.
atividade por conta própria, durante o mês; e IV - para o segunido facultativo:
comercialização da produção. o valor por ele declarado. ../
..,
Vestcon 9
símbolos, obtém-se a renda líquida dos concursos. Dessa d.2 Contribuição para o PISIPASEP (Programas
t renda deduz-se uma parte devida ao Programa de Crédito de Integraçio Social e de Formação do Patrimônio do
~ Educativo e o .restante,é utilizado para financiamento da Servidor Público)

I~'
~,
'~'
Seguridade Social.

j) Contriblliç/Jo de Empregadores Rurtds e PescaM


dores (contribuiçlJes em substituição) .
A contribuição do empregador rural pessoa física é
O PIS e o PASEP são contribuições sociais a1,ltônOJ:nas
que foram instituidas, respectivamente, pela ~i Comple­
mentar nO 7, de 7/9/1970, e pela Lei ComplementarnO 8, de
3/12/1970. Os recursos para a execução desses programas
são j:)btidosmediante depósjtos das contribllições dos
j,
feita em substituição à contribuiÇão sobre o total das re­ emprega<:loresem um fi:JJl.do de participação; Em 19.75, a
l,:, munerações pagas, devidas ou creditadas a qualqúertítulo, LC nO 26 unificQU os,dois programas, sob a denominação
durante o mês, aos segurados· empregados e trabalhadores de PIS-PASEP, unificando,também os fundos constituídos
avulsos que lhe'prestem serviços, destinàdas a retribuir o pelos recursos,de cada um.
.trabalho, qualquer que seja a sua forma (incisos I dI do São contribuintes do tributo as pessoas jurídicas de
art 22 da Lei nO 8.212/1991), e à dó segUrado espeCial direito público interno e as pessoas jurídicas de direito
(alínea ado inciso V e no inciso VII do 3rt. 12 da Lei
privado e,as que lhe são equiparadas pela legislação do
n° 8.21211991).' , Imposto de .Renda, inclusive empresas prestadoras. de
serviços, empresas· públicas e sociedades de, economia
Dai, cabe ao empregador rural pessoà fisicacontribuir
mista e suas subsidiárias. No caso de.empreSas optantes
com ás seguintes alíquotas: .. pelo regime do SIMPLES NACIONAL (Lei Comple­
• 2% da reCeita bruta proveniente da comercialização mentar nO 123/2006), o PISIPASEP participa com 0%
da sua produção; na composiçãó da alíquota aplicável às empresas com
• 0,1 % da receita bruta proveniente da comercializa­ receita bruta de até R$ 240.{)OO,OO (duzentos e quarenta
ção da sua produção para financiamento daS pl:eStações mil reais) -micro-empresas em cada ano-ca1endári0.
por acidente do t r a b a l h o . , . A contribuição para o PISIPASEP tem como fato ge­
, O fato de estar sendo recolhida a contribÚição obri­ rador o faturamento mensal, assim entendido o total das
gatória do segurado especial não o impede de contribuir, receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente
também, facultativamente. de sua denominação ou'classificação contábil. O total das
- : . receitas compreende a receita bruta da venda de bens e
Consórcio Simplilicadó de Produtores Rurais serviços nas operações-em conta própria ou alheia e todas
Equipara-se ao empregador rural pes~oa fisica o as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. Para as
'consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela pessoas jurídicas de direito público interno o cálculo do
união de produtores rurais pessoas fisicas. As contribui­ valor a: ser recolhido será feito com base no valor mensal
ções pagas individualmente porprodutór s\lbstituem a das receitas correntes arrecadadas e das transferências
contribuição que seria devida pelo, consórcio. ' correntes e de capital recebidas.
Os produtores rurais integrantes do consórcio serão A partir da promulgação da Constituição, da mecada­
responsáveis solidários em relação às obrigações previ­ ção decorrente das contribuições para oPISIPASEP, pelo
denciárias, ou seja; cada um pode serobamado a responder menos 40% passou a ser destinado ao financiamento de
integralmente pelos débitos porventura devidos. programas de desenvolvimento econômico,por meio do
BanC() Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
g) 'Contribuição destinada à Segliridtule Social, da (BNDES), e o restante passou á financiar,nos termos da
associfJção desportiva que mantém equipe de futebol lei, o programado seguro-desemprego e o abono anuál
proflssional(contribuiçiio em substituição) do programa, no valor de um salário mínimo, concedido
AS contribuições d~vidas pór essas' entidàdes em aos empregados que recebam até dois salários mínimos
de remuneração mensal.
decorrência de remunerações pagas, devidas ou credi­
O saldo dos depósitos pode set sacado pelo emprega­
tadas a qualquer titulo, durante o mês, a empregadós e
do óu servidor titular dá conta por oCasião de aposenta­
trabalhadores aVUlsos, bem como de valores:pagos a esses
doria, transferência pata a reserva, reforma ou invalidez.
trabalhadores por causa de risco~ ambientais dei trabalho, No caso de sua morte, seus' dependentes ou sucessores
sefão substituídas pela contribuição fuii,ca de 5% da poderão fazer o saque. A pedido do interessado, o saldo
receita bruta> decorrente. dos espetáculos desportivos de dos depósitos poderá ser tambémutilizádo como parte
que participem em
todo território nacional em qualquer do pagamento destinado' à aquisição da casa própria.
modálidadejlesportiva, inclusive jogosinternadonais, e A COliStítuição proibiu a possibilidade dea retirada se
de qualquer -forma de patrocinio, licenciamento de uso
de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de
dar em razão de casamentó. .
I
transmissão de espetáculos desportivos. Ou seja, mesmo Nio-Cumulatividade ~
que o evento não seja de futebol, a contribuição é devida Pela Lei n° 10.637, de 30 de dezembiode200Z;o PISI S
em razão-d~anterem equipe de futebol profissional em PASEP passou a ser uma contribuição não-éumillativa: ~
seus quadros. Entretanto, alei ex.cepcionalizou uma parcela das pessoas 1i
As dema~ associações esportivas não são atingidas
' .
jurídicas dessa o~rigatoriedàde, as ,M
quais continuaram S
por essa substituição e,fazem o recolhimento normal das a se sujeitar à legislaÇão anterior, na qual o tributo era I
empresas, não sendo, portanto, devida qualquer contri­ cumulativo e· a alíquota aplicável era de 0,65% sobre o :/I
buição sobre li receita de eventos dos quais participem faturamento da pessoa jurídica e I % sobre o valor das re- I
ou de patrocínio etc. ceitas correntes arrecadadas e das transferências correntes v

---'---_ .... _- -,.. _-_ .... •.


10
...,
Vestcon
e de capital recebidas no caso de pessoa jurídica de direito remessa de importâncias ao exterior e é conhecida como
público interno (órgãos públicos, fundações públicas etc.). ClOE-Remessas ao Exterior. Essa contribuição é devida
A Lei n° 10.865, de 30 de abril de 2004, instituiu o pelas pessoas jurídicas que pagarem, creditarem, entrega­
PISIPASEP-Importação devido pelo importador de bens rem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer títu­
estrangeiros ou serviços do exterior, com aliquotas variá­ lo, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior.
veis em razão da natureza do bem. Outros exemplos são a contribuição para o Sebrae,
que o STF já decidiu que se configura em contribuição
d.3 Contribuições Compuls6rias dos Empregad.... de intervenção no dominio econômico,6 e o Adicional ao
res sobre a Folha de Salários, destinadas às·entidades Frete para Renovação da Marinha mercante - AFRMM7.
privadas de serviço social e de formação profissional Como entendemos que o Estado deva interferir o
vinculadas ao sistema sindical' mínimo possível na atividade privada, advogamos que
A Constituição Federal, em seu art. 240, ressalvou da esse tributo deva obedecer a princípios de razoabilidade
aplicação do disposto no art. 195 as atuais contribuições e racionalidade, não devendo ser aplicado indiscrimina­
compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, damente a qualquer segmento econômico. Deveria ser
destinadas'às entidades privadas de serviço social (Sesi, requisito para sua aplicação a existência de forte conexão
Senai, Sena~, Sesc etc.)S e de formação profissional entre o segmento objeto da intervenção e o interesse
vinculadas ao sistema sindical. Ou seja, a Constituição público. Infelizmente, como a lógica estatal preza muito
estabelece que essas contribuições não se destinarão ao mais a arrecadação que a razoabilidade do tributo, não
financiamento da Seguridade Social, apesar de estarem será de estranhar o surgimento de "CIDEs" estapaftírdias
incidindo sobre salârios. impostas ào setor produtivo.
A Súmula nO 516 do STFestabelece que o Sesi está
submetido à jurisdição estadual. Por similitude de natu­ Incidência e Alíquotas
reza. a doutrina considera enquadrados nessa mesma si­ As contribuições sociais e de intervenção no domínio
tuação-os demais serviços sociais congêneres (sistema S). econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de
Por isso, a cobrança de contribuições atrasadas para essas exportação, mas incidirão sobre a importação de produtos
organi7..ações não poderá ser feita por execução fiscal, mas estrangeiros ou serviços.
mediante ação de cobrança na justiça comum estadual. Quanto a aUquotas, estas poderão ser.
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita
d.4"Contribuição de Intervenção no Domfuio Eco­ bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o
nômico, - ClDE (ans.149 e 174, CF) valor aduaneiro;
, O art.. 149 da Constituição Federal estabelece que b) especifica, tendo por base a unidade de medida
compete exclusivamente à União instituir contribuições adotada.
de intervenção no domínio econômico, como instrumento A lei definirá, ainda, as hipóteses em que as CIDEs
de sua atuação em áreas de atuação econômica própria da incidirão uma única vez.
iniciativaprivada. A Constituição não estabeleceuque seg­
mentos econômicos poderiam ser alvo dessa contribuição, d.4.a) Contribuição de Intervenção no Domínio
deixando tal atribuição ao legislador ordinário. Econômico incidente sobre a importação e a comercia­
Como a Constituição deu comandos especificos lização de petr6leo e seus derivados, gás naturàl e seus
quanto aos requisitos a serem observados pela lei or­ derivados, e álcool etílico combustível (CIDE-Petróleo
dinária quando da instítuição da contribuição para as ou CIDE-Combustfvel)
atividades de importação ou comercialização de petróleo A CIDE-combustível está tratada na CF no art. 177,
e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool § 4°. Sua alíquota de contribuição poderá ser reduzida
combustível, é comum pensar que a ClOE só se aplica ou restabelecida pelo Poder Executivo mediante decreto
ao caso dos combustíveis, o que não é verdade. A própria e não obedecerá ao princípio da anterioridade para sua
Lei nO 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituidora aplicação. Ou seja, poderá ser aplica.<hl no mesmo exer­ /

da CIDE-Combustíveis, colaborou para aumentar o cício financeiro. Deve, apenas, aguardar o transcurso da
equívoco. Nela, a contribuição relativa aos combustíveis noventena para a mudança ser eficaz.
foi chamada de ClOE, apenas, como se fosse gênero do ALei nO 10.336, de 19 de dezembro de 2001, i!lgtituiu
tributo e não a espécie. a ClOE-Combustíveis, incidente sobre a importaÇão e a
Para exemplificar a incidência da contribuição sobre comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas
outros seguimentos econômicos. podemos citar a ClOE correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos
destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação
Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, instituída

i
l!
pela Lei nO 10.168/2000. Essa contribuição é devida pela
pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente
de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signa­
ó "A contribuição do Sebrae - Lei nO 8.029/1990, art. 8", § 3·, redação das Leis
n° 8.154/1990 e n° 10.66812003 - é contribuíção de intervenção no dominio
eeonômico, do obstante a lei a ela se refurir como adicional às alfquotas das
contribuições sociais gerais relativas às entidades de que trata o art. 1° do DL
2.318/86, Sesi, Senai, Sesc. Setw:. Não se inclui, por:1:anro. a contribuição do
D tária de contratos que impliquem transferência de tecnolo­ Sebrae, no rol do art. 240, CF -Constitucionalidade da contribuição do Sebrae."
i gia, fi.rmadoscom residentes ou domiciliados no exterior.
No art. 2° da Lei nO 10.168/2000, com a alteração
(RE nO 396.266, Rei. Mia Carlos Velloso, julgamento em 26/1112003, DJ de
27I2l2004)

I introduzida pelo art. 6° da Lei nO 10.332/2001, encontra­


mos um desdobramento dessa ClOE, que incide sobre a
1 «Adicional ao Frete para Renovação da Marinha mercante - AFRMM: Con­
tribuição parafiscal OU especial de intervenção no domlnio econômico. CF
art. 149, art. 155, IX, art. 36. O adicional ao Frete para Renovação da Marinha

I As contribuições para o "sistema S" silo também consideradas, por alguns


autores, conln"buiyões sociais de ioteresse de categorias econômicas.
Mercante - AFRMM -é uma contribuição parafiscal OU especial, contribuição
de intervenção no dominio econômico, terceiro gêQero tributário, distinta do
imposto e da taxa. (CF, art. 149)." (REno.lnI37, ReI. Min. Carlos Velloso,

_ _ _ _ _ _ju_lga_-.m - " " . " ' ' ' lY~199n --Á


I
I,
~
Vestcon 11
combustíveis (jUeloil), gás liquefeito de petróleo (GLP), São ainda isentos da CIDE-Combusnveis os produtos
inclusive o derivado de gás natúral e de'ilafta, e álcool vendidos para empresa comercial exportadora, com o fim
etílico combustí'\'el. . específico de exportação para o exterior.
Como se trata de contribuição, os recursos'arreca­ A não-efetivação da exportação em até 180 dias,
dados pela CIDE são vinculados a uma atividade estatal contados da data de aquisição, implica o respectivo pa­
especifica. Para o caso da CIDE dos'combustíveis,os re­ gamento da CIDE, mediante a aplicação das alíquotas
cursos arrecadados por ela, conforme dita a Constituição, específicas aos produtos adquiridos com essa finalidade,
somente poderão ser utilizados para: mas não exportados.
a) o pagamento de subsídios a preços ou transporte A alteração, pelá empresa comercial exportadora da
de álcool combustível, gás natural e seus derivados e destinação do prod1,1to adquirido com o fim específico de
derivados de petróleo; exportação tambéni implica obrigatoriedade de pagamento
b) o financiamento de projetos ambientais relaciona­ daCIDE.
cios com a indústria dó petróleo e do gás; Nesses casos; os valores devidos a título da CIDE
c) o finànciamento de programas de infra-estrutura serão acresci(los de multa de mora (apurada na forma do
de. transportes. caput e do § 'l!' dó art. 61 da Lei nÓ 9:430/1996) ~. juros
. 'A Lei nO 11.196/2005 estabeleceu que o valor da de 1% (um por cento) no mês do pagamento mãis juros
CIDE-Combustíveis pago pelo vendedor ou o importador equivalentes à taxa referencial Selic.
de hidrocarbonetos líquidos não destinados à formulação
de gasolina ou diesel poderá ser deduzid6 dos valores Pagamento " ..
devidos pela pessoa jurídica 'adquirente desses produtos, No caso de comercialização, no mercado interno, a
relativamente a tributos ou contribuições administrados CIDE-Combustíveis devida será apurada mensalmente e
pela Receita Federal do Brasil, nos termos, limites é con­ deve ser paga até o último dia útil da primeira quinzena
dições estabelecidos em tégUlameuto. do mês subsequente ao de ocorrência do fato gerador.
Na importação, a CID1}:Combustíveis deverá ser paga
Fato Gerador na data do registro da Declaração de Importação (DI).
A CIDE-Combustível tem como fatos' geràdores as
operações de importação e de comercialização no mer­ d.S Contribuições Corporativas de Interesse de Ca­
tegoriasProfissionais ou Econômicas (art. 149 da CF)
cado interno, realizadaS pelo produtor, o formulador e o
. São as anuidades devidas pelos associados às Suas
importador, pessoa fIsica ou juridica, dos combUstíveis
entidades representativas de classê que usam esses recur­
líquidos citados. Sobre as receitas advindas da exportação,
sos para fiscalizar e regUlar o exercício profissional (ex.:
para .o exterior, desses produtos, não haverá incidência CREA, CRM etc.). A cobrança dás contribuições atrasadas
dessa contribuição. . .,
será feita mediante execução fiscal 8•
A anuidade para a OAB não se enquadra nessacatego­
Base de Cálculo ria de contribuições em face da sua naturéza diférendada
Nas operações relativas à ~mercialização uo mer­ em relação às demais autarquiaS profissionais, conforme
cado iuterno, assim como nas operações de importação, jurisprudência do STJ. Nesse sentido, o tribunal já paci­
a base de cálculo é a unidade de medidq (quantidade ficou o 'entendimento de que a contribuição à OAB não
comercializada do produto) adotada na lei instituidora 40 tem natureza tributárià9• Dar-lhe tal natureza significariá
tributo para cada um dos produtos sobre os quais incide impor limitação aos valores dessa contÍi.buição, cujo
a contribuição. . limite passaria a ser determidado em lei, como ocorre
com as demais entidades. Ocorre que, em se tratando de.
Não-Cu~ulatividade uma entidade como a OAB, que histoncamente te.m se
Para determinação da base de cálculo, do valor da mostrado diligente fis~. da atividade estatal, permitif que
contribuição incidente na comercialização no m~rca.do alguns de seus fiscalizados, I) govern() e oparlaineuto, lhe
interno, poderá ser deduzido o valor da CIDE pago, em cont:rolém o valor das contribuições poderia significar
operação anterior, pelo próprio contribuinte quando da meio indevido de pressão ou estrangulamento prejuízo em
importação ou por outro contribuinte quando da aquisição de toda a sociedade. Sua anuidade~ por não ter natureza
uo mel'Cado interno. tributária, não poderá ser cobrada pela via de ação de
execução fiscal 10, mas mediante ação específica junto à
A1iquotás justiça federal (art. 104, IV, da CF).
As alíquotas da contribuição podem ser diferenciadas
por produto ou uso. Tais alíquotas poderão ser reduzidas e d.6 Contribuição Provisória sobre a Movimentação g
restabelecidas por ato do Poder Executivo (decreto), não ou Transblissão de Valores e de Créditos e Direitos. deI
se lhes aplicando o princípio da anterioridade, ..ou seja, Natureza Finànceira (CPMF) - Extinta em 31/12/2007 ;
serão aplicáveis no mesmo exercício financeiro em que Originária do antigo IPMF (Imposto Provisório sobre .S
forem alteradas. a Movimentação Financeira), a CPMF foi criada, inicial- iii
'I
Isenções S Súmula nO 66 do STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar execução
fiscal promovida por Conselho de fisç:aJízação profissional.
º"
"""
.li
É isenta da CIDE-Combustíveisanafta petroquímica, 9 EREsp nO 463.258/SC, ReI. Min. Eliana Calmon, Dl 29/3/2004); EREsp I
importada ou adquirida no mercado interno, destinada à n" 495.918/ Se, Ministro FRANCIDLLI NEITO, Dl 11812OOS. ~
1& EREsp n4 449.036lSC, la Seção, ReI. Mm. João Otávio de Noronha, DJU de !!
elaboração, por central petroquimica, de produtos petro­ 13/1212004, p.201; EREsp nO 503.252/SC, I' Seção, ReI. Min. Castro Meira, ~.
químicos outros que não os referidos no item anterior. DJU de 1811012004, p.181; REsp nO 569.062/SC.

_...---:------------_.----------_ .. _ - - - _...•~........ _.. ~--------


....,
12 Vestcon
mente, com o propósito de fazer frente aos gastos do Estado m- a liquidação ou pagamento, por instituição finan­
com a saúde pública: Com o passar do tempo, emendas ceira, de quaisquer créditos, direitos ou valores, por conta
constitucionais foram 1he agregando outras destinações. e ordem de terceiros, que não tenham sido creditados, em
Por natureza, o tributo da espécie .Contribuição é nome do beneficiário, nas contas referidas nos incisos
vinculado a uma contraprestação .estatal específica, que é a anteriores;
motivadora 4e sua criação. Por essa razão, a Constituição IV - o lançamento, e qualquer outra forma d~ mo­
explicitou, de forma inequívoca, sua de~tinação, para que vimentação ou trB;llsmissão de valores e de créditos e
seja estritamente cumprida pelo Poder Executivo: saúde direitos de natureza financeira não relacionada nos incisos
(0,200/0), pt:evidência (O,1%) e ~sistência social (0,08%). anteriores, efetuados pelos bancos comerciais, bancos
~omado à sua função '8lTe«adatória, a CPMF exet:Çia múltiplos com carteira comercial e caixas econômicas;
importante papelde ~ecap.ismo fiscalizaíóriQ da sonega­ V - a liquidação de operações con~tadas nos mer­
çãotributária. As infonnações repaSsadas à Receita pelas cados organizados de liquidação futura;
instituiÇÕt<sflnancei{as, responsáveis pelo rec()lhinlento, VI - qualquer outra movimentação ou transmissão
acerca dos montántes debitados dos correntistas e afins,
de valores e Qe créditos e direitos de natt,rreza financeira
davam· a .exata noÇão daniovimentação financeira do
que, por sua finalidade, reunindo características quç per­
C9~tribuiIite. T~~sÚúorin'àções poderiiún ser, usadas pela
mitam presumir a existência de sistema organizado para
Receita para comparação com os valores constantes da
deçlaração de imposto dé renda. . . . . .., efetivá-la, produza os mesmos efeitos previstos nos incisos
A competência para a instituição da CPMF era da anteriores, independentemente da pes,soa que a efetue,
União, confonne dita o art. 74 do Ato dáS Disposições da denominação que possa ter e da forma juridica ou dos
ConstituCionais Trànsitórias (ADC1); inCluído pelaEmen­ instrumentos utilizados para realizá-la. '
da Constitucional nÓ 12, de 16 dê agosto de 1996. De posse
dessa competência inicial, a União tratou Meditar a Lei Aliquota
n° 9.311, de 24 de outubro de 1996 (logo modificada pela Hoje a alíquota da contribuição é de 0,38%, com vali­
Lei n° 9.539, de 12 de dezembro de 1997),'queinstituiu a dade prevista até o fim de 2007, sendo que sua destinação
CPMF, considerando como movimentação ou transmissão constitucional atual é:
de valores e de créditos e direitos de natureza financeira • 0,20% ao Fundo Nacional de Saúde, para financia­
qualquer operação liquidada ou lançamento reàlizado mento das ações e serviços de saúde; ,
por instituições financeiras, bancos comerciais, bancos ·0,10% ao custeio da previdência social; e
mmtiplosoom carteira comercial e caixas econômicas, ou • 0,08% ao Fundo de Combate e Erradicação da
poll,qua!quer outro sistema organizado, que representasse Pobreza.
cirCulação escrituraI ou fisica de moeda e de que resul­
tasse ou não transferência de titularidade dos mesmos. d~7 Contribuiçães Previdenciárias dos Servidores
Observa-se que desde o prinCípio se esperava que a vida dos Estados, Municípios e DF (art. 149, § 1", da CF)
da contribuiçãofosse curta, como se pode depreender do Fora da competência instituidora Federal, por força
§ 4° do art. 74 do ADCT, que proibia que a CPMF fosse da Constituição, encontram-se as contribuições previden­
cobrada po{mais de dois anos. Contrariando, entretanto, ciárias dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e
essa lógica,· O tributo foi s~do prorrogado continua­ dós Municípios, incluídas suas autarquias e fundações.
mente. Primeiro, pela Eníe~da Constitucional ;0°21, ,de A Constituição estabelece que estes entes políticos institui­
18 de março de 1999, que incluiu o. art. 75 ao ADCT e rão (ou seja; não é facultativo) contribuição a ser cobrada
pf(~rrogou a aplicação da CPMF por mais 36 meses (de
dos servidores ativos, inativos e pensionistas para o custeio
17 de junho de 1999 a 17 de junho de 2002), depois pela
do seu regime previdenciário. A alíquota cobrada não pü'­
Emend;t Constitucional nO 37, de 28 de maio de 2002,
derá ser inferior à da contribuição dos servidores titulares
que determinou sua cobnmça âté 31 de dezembro de 2004
de cargos efetivos da União. Este regime de previdência
(art. 84 do ADCt) e, por últUno, pela EC n° 42, de 2003,
que a prorrogou até 31 de dezembro de 2007 (art. 90 do terá caráter contributivo e solidário e também receberá
ADC1). O Presidente da República propôs emend;t cons­ contribuição do respectivo ente público. /'

tituciolllil destinada à prôrrogá~la, níais uma vez, até 31 de


dezembro de 2011, D;las esta foi rejeitada peío Congresso. d.8 Contribuição para Custeio da Iluminação
Dessa forma, a CPMF vigorou até 3111212007, ficando Pública (art. 149-A, da CF)
.'!
extinta daí então. . Esta é outra contribuição fora da competência da
União, uma vez que a Constituição estabelece que os
Fato Gerador Municípios e o Distrito Federal, mediante leis próprias,
Conforme o art. 2° da Lei nO 9.311, de 1996, seu fato poderão instituir contribuição para o custeio do serviço

I
I
gerador será: .
I - o lançamento a débito, por instituição financéira,
em contas correntes de depósito,·em contas correntes de
de iluminação pública. A instituição desta contribuição
encerrou tormentosa fase quando o custeio da iluminação
pública era feito mediante a antiga Taxa de Iluminação
empréstimo, em conta de depósito de poupança, de depó­ Pública instituída pelos municípios, considerada incons­

I sito judicial e de depósitos em consignação de pagamento


de que tratam os parágrafos do art. 890 da Lei nO 5.869,
titucional.

I
li
de 11 de janeiro de 1973, introduzidos pelo art. 1° da Lei
n° 8.951, de 13 de dezemmo de 1994,juntoaelamantidas;
TI - o lançamento a crédito, por instituição financeira,
d.9 Contribuição Social do Salário-Educação
(art. 212, § 5° da CF)
~ em contas correntes que apresentem saldo negativo, até o
O salário-educação é uma contribuição social cujo
objetivo é o de servir como fonte adicional de financia­
8 limite de valor da redução do saldo devedor; mento da educação básica pública. Esta contribuição deve
"..,.
Veskon ·13
obedecer aos mesmos prazos e condições, e sujeitar-se às A DRU é um mecanismo que permite .aoExecutivo
mesmas sanções administrativas ou penais e outras normas desvincular de órgão, fundo ou despesa até 20010 (vinte
relativas às contribuições sociais e demais importâncias por cento) da arrecadação da União de impostos,contri­
. devidas à Seguridade Social, ressalvada a competência do buições sociais e de intervenção no domínio econômico,
FNDE sobre a matéria. já iristituidos ou que vierem a ser criados no seu prazo de
A contribuição será de 2,5% so"re ototal,da remune­ vigência,·~us·adicionais;erespectivos acréscimos· legais.
ração paga ou creditada pela empresa, a qualquer titulo, A desvinculação não poderá implicar na redução da
aos segQIados empregados; Sua arrecadação, fisêalização e base de cálculo das t:raD.sferencias Constitucionais Tribu­
cobrança eram de resporisabilidade da antiga Secretaria da tárias, ou seja, a desvinculação não afetará o montante a
ReceitaPrevidenciária,.bojeparte integtante da Secretaria ser transferido a Estados, Distrito Fedeml e Municípios.
da Receita doBtasi:1. .Os recursos arrecadados, menos a De igual forma, a desvinculação não. poderá atingir a
taXa de· administração. pelos serviços preStados pela .se~
arrecadação da contribuição social do salário-educação.
cretariana arrepadação~ devem serrepassados.ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Edúcação ..:,,·FNDE, que Inicialmente, incluidonos Atos das Disposições
se encarrega de sua distribuição na formada lei. Os recur­ Constitucionais Transitórias da Constituição pela EC
sos podem; também, ser.aplicados na educação- especial, nO 27/2000,:0 mecanismo da DRU tinha sua "igência
deSde que vinculada ao ensmo.fundamental público .... previstapara31/l2l2003,Mas em 2003, foi prorrogada
. O tema está regulamentadopas Leis nOS 9.424i de '24 para 3111212007 pela ECnO 42, .'
de dezembro de 1996, e 9.766, de I &de dezembro de 1998 Em 2007; o.Ptesidente da República encaminhou
e Deçreto n° 6.003, de 28 de dezembro de 2006. propostade emenda constitucional para nova prorrogação
da DRUe da CPMF. Logrou êxito apenas quanto à DRU,
Nota Importante. que foi.prorrogadaaté 31/12/2011 pela EC nO 56/2007.
Eo FGTS?·Ondése enquadril?OSTFeo STJ já A CPMF restou extinta.
têm pacificado o. entendimento de que.os reco1himéntos ..
patronais para o FGTS são contribuições sociais (autô­ uNutAÇ6ESDA' COMPETCNCIA TRIBUTARIA. (lIMITA­
nomas) que não têm natureza tributária11. Nesse sentido, ÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR)
por similitude, entendemos que isso vale também para· a
contribuição social 12·devida pelos empregadores em caso A. Imunidade e Isenção'
de despedida de empregado sem jUsta causa, à aliquota
de dez por cento sobre o montante de todos os depósitos São formas de limitação ao poder de tributação estatal
devidos, referentes ao,Fundo de~tia do Tempo de Ser­ tanto a imunidade· como a isenção:
. viço- FGTS; dmante a vigência do contrato de trabalho.
.a. Imunidade
e. Empréstímos Compulsórios (art.l48 da CF e Imunidade é toda e qualquer liberação da obrigato­
art. IS do CTN) .
riedáde de recolher tributos; concedida pela Constituição.
.É competência exclusiva da União, que poderá
instituí-los nas seguintes situações: . Dessa forma, imunidade, mais précisamente, pode ser
a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes conceituada como a limitação constitucional ao poder de
de. calamidade pública, guerra externa pu sua iminência. tributar, como já visto (ex.: art. l50, VI, b, c e d; art. 155,
A cobrança pode ocorrer de imediato, pois, para este § 3°; art. 156, § 2°; I; art. 195,:§ 7°). Nem sempre aconsti­
caso, a CFlibera o tributo da necessidade de.observância tuição foi precisa na terminologia utilizada para descrever
do principio da anterioridade e da· espera nonagesimal uma imunidade. Por isso toda vez que ela~sser ·"não
(cobrança após 90 dias); incidirá" ou "é vedado instituir" ou "isenção~' ela estará
.b) no.caso de investimento público:de ca,ráterwgente se referindo·a algum .tipo de.imunidade;·
e de relevante interesse nacional. Aqui a CF requer que
sejam observados o principio. de anterioridade da lei e o b. Isenção
decurso do prazo nonagesimal.· .. · A isenção . .co:trfigura-se-na dispensa de. um tributo
Os empréstimos compulsórios só podem ser instituí­ devido· concedida por lei. especifica do· ente tributante.
dos por lei complementar, e a aplicação dos recursos deles Falaremos da isenção com mais detalhes no item réferente
provenientes é '.óinculada à despesa que fundamentou sua à exclusão do crédito tnbutário.
instituição. Encerrado o evento ou situação originadora de
sua instituição, a cobrança deverá ser encerrada. B. Bis-in-ldem e Bitributação
A definição dos fatos genidores .do tributo, suas ali­
quotas incidentes e as questões atinentes à sua devolução BiS-in-ideln g
ou recuperação deverão estar consignados na lei comple­
mentar que o instituir:
A expressão latina significa "incidência dnas vezes
sobre a mesma coisa". Em,direito tributário significa que
i
!
um mesmo ente político institui novo tributo sobre uma §
c. Desvinculaç'iodasReceitasdaUnião (DRU)
matéria que este já tenha_tributado antes. Mais detalha­
Para que se. tenha·o quadro completo da questão da
vinculação/desvinculação de tributos,' é preciso que se
damente, um mesmo ente poHtico faz incidir. mediante !
Is
normas legais tributárias distintas,dois ou mais tributos
fale dfl DRU.
sobre. um mesmo fato gerador e sobre os mesmos con­
tribUintes. Ajurisprudência entende não .haver··vedação
11 RE 1159791SP; RE IOO2491SP; RE 1I42521SP; RE 118107ISP; RESP 7318541
constitucional se a dupla incidência for de um imposto =
PB; RESP 685026/RS.
12 Art. 1° da Lei Complementár 0° 110, de 29 de jwtho de 200 I. e de uma contribuição (ex.: bis-in-jdem do IR e CSLL).

-----------~_._. __ .­
'.-.
f'"
~,
14 Vestcon
Bitrlbutllção dispostos em lei, a rigor resta preservado o princípio da
Na bitributação um ente político invade a compe­ legalidade.
tência tributária de outro e institui indevidamente tributo
que é competência daquele. A constituição ao distribuir b. Principio da Anterioridade da Lei (art. ISO,
as competências tributárias o faz de .forma privativa a m,b,CF)
cada pessoa política, não podendo uma instituir tributo Este princípio proibe a cobrança de tributos no mesmo
de competência da outra. A bitributação, portanto, é in­ exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que
constitucional e ocorre quando pessoas políticas (União, os instituiu ou aumentou. O princípio não se aplica no
EstadoslDF, Municípios) distintas, mediante leis distintas, caso de lei redutora de tributos. Para esse caso a redução
instituem tributo sobre um mesmo fato gerador e um é válida a partir da data estabelecida pela lei ou, se esta
mesmo contribuinte. nada dispuser, após o transcurso da vacatio legis.
Há exceções, entretanto, a este princípio estando al­
guns tributos dispensados de obedecê-lo. Este é o caso das
e. Princípios Constitucionais Tributários contribuições sociais que financiam a seguridade social
(art. 195, § 60 da CF) e de alguns tributos indicados no
A grande limitação ao poder de tributação estatal § IOdo art. 150 da CF, a saber: empréstimo compulsório
foi consignada quando a Constituição estabeleceu as para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
competências tributárias privativas de cada ente político. calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência,
Adicionalmente, na mesma linha, a Carta Política inseriu Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (ffi),
várias outras vedações constitucionais com o propósito de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto
garantir que o cidadão não fosse vítima de abuso do poder sobre Operações de Crédito (IOF) e o imposto extraor­
de tributar por parte de Estado. Tais limitações ao poderde dinário por motivo de guerra externa ou sua iminência
tributar, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao (arts. 148, I; 153, I, lI, IV e V, e 154, lI).
contribuinte, estão consubstanciadas no que denominamos Todos os tributos citados, à exceção do IPI e das
princípios constitucionais tributários, que se apresentam contribuições sociais, podem ser cobrados a partir da
de forma explícita e implícita. publicação da lei, se esta não estabelecer nenhum vacatio
legis. Os demais foram ressalvados da aplicação da no­
a. Principio da Legalidade ou da Reserva Legal ventena. Portanto, em que pese não ter que obedecer ao
(art. 150, ~ CF) princípio da anterioridade simples, o IPI e as contribuições
, Arigorbá uma diferença entre o princípio da legalida­ sociais terão que obedecer ao princípio da anterioridade
de eo da reserva legal, vez que o primeiro exprime a garan­ nonagesimal. O que significa dizer que terão que aguardar
tia de que alguém somente será obrigado ao cumprimento o transcurso de 90 dias após a publicação da lei antes que
de determinada obrigação se esta estiver prevista em lei e possam ser cobrados.
o segundo a determinação de que certos assuntos somente A constituição autoriza, ainda, que o poder executivo
podem ser tratados mediante lei. O Direito Tributário não altere por decreto as aliquotas dos seguintes impostos: 11,
!E, IPI e IOF. Neste caso não há necessidade de obediência
tem feito esta diferenciação e se utiliza genericamente da
ao princípio da anterioridade. A cobrança com as novas
expressão Princípio da Legalidade para se referir aos dois
alíquotas pode ser efetuada no mesmo exercício financeiro
conceitos, sem dissociá-los. É pequena imprecisão técnica a partir da publicação do decreto. Ressalva-se o caso do
tolerada pela doutrina, sem qualquer dano ao estudo da IPI que precisa obedecer à noventena.
disciplina tributária. Cabe citar, em tempo, outras exceções ao principio da
Este princípio estabelece que os tributos só podem anterioridade estabelecidas no texto constitucional e que
ser instituídos, extintos, reduzidos ou majorados por lei, não são tão lembradas: a possibilidade de redução e res- .. . /
e aí se deve entender lei no sentido estrito, ou seja, aquela tabelecimento das alíquotas da CIDE-Combustfveis e do
regularmente aprovada pelo Poder Legislativo e sancio­ ICMS-Petróleo. As novas alíquotas poderão ser exigidas
.nada pelo Poder Executivo. no mesmo exercício financeiro em que foram reduzidas ou
Não basta apenas a existência da norma legal. É restabelecidas. No caso da CIDE-Combustiveis a altera­
preciso que esta contenha a definição do fato gerador, a ção pode ser, ainda, feita por decreto do poder execunvo.
alíquota, a base de cálculo, as penalidades, as hipóteses Ambos tributos, no entanto, devem obedecer ao principio
.:
de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários da noventena.
ou de dispensa ou redução de penalidades e a definição O princípio da anterioridade da lei é tão importante
do sujeito passivo (art. 97, CTN). que o STF, em decisão em sede deADI13, o entendeu como
Entretanto, é notório que outros atos normativos um direito individual o que toma, portanto, o art. 150,
também podem instituir e alterar tributos, desde que m, b, da CF cláusula pétrea, não podendo haver emenda
I
.: tenham força de lei (ex.: medidas provisórias, tratados e tendente a aboli-lo ou modificar-lhe a essência concedida
ii pelo legislador constituinte originário.
Z convenções internacionais, resoluções do Senado Federal)
§ e não atinjam tributos que dependam de lei complementar.
Entendemos que o fato de alguns tributos poderem b.l Princípio da Anterióridade Nonagesimal (prin­
i ser majorados por meio de Decreto do Poder Executivo cipio da Noventena) (art. 150, m, c, CF)
• Este princípio é complementar ao da anterioridade
~ (IPI, Imposto de Importação, Imposto de Exportação e
IOF), nos termos do § 10 do art. 153 da CF, não significa
da lei. Por ele ° tributo, adicionalmente ao principio da

'SI que esteja bavendo exceção ao princípio da legalidade.


A exceção é apenas aparente vez que como as alterações
anterioridade, deve aguardar o transcurso de 90 dias da

13 ADIN 937·7/DF, apud Alexandre de Moraes em Direito Constitucional. Atlas,


de alíquotas somente podem ser feitas dentro dos limites 2007, p,I08. ~.

---~"~-~---
. -~_. .~--_ .. --._-,. .. __ ., ctn :
-
~
~ 15
data em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou empréstimo compulsório para atender a despesas extra­
o aumentou para que possa ser cobrado. Dessa forma, ordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra
observa-se que há uma condiçiodupla para que o tributo externa ou sua iminência; o Imposto dê Importação (11);
possa ser cobrado. Isso implica dizer que um tributo ins­ o Imposto de Exportação (IE); o Imposto de Renda (IR);
tituído, por exemplo, em dezembro de um determinado o Imposto sobre Operações de Crédito (IOF); o imposto
ano não poderá ser cobrado logo no primeiro dia útil do extraordinário por motivo de guerra externa ou sua imi­
exercício do ano seguinte, umavez que não terão decorrido nência; e a mudança da base de cálculo do lPVAe do
os 90 dias exigidos pela Constituição. IPlV. O IPI :ficou fora da excepcionalização do principio,
Este princípio era anterionnente aplicável somente ou seja,. sua cobrança necessita aguardar o transcurso dos
às contribuições sociais destinadas ao financiamento da 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou o majorou
seguridade social (art. 195, § ~ da CF). Com a edição ou do decreto de alteração de suas alíquotas.
da EC nO 42/2003, o princípio paSsou a ser aplicável não A tabela a seguir apresenta.Utn resumo para consulta
só a elas, mas à todos os tributos,. ressalvados, a saber: o rápida.

CONTRIBUIÇÕES PARA O FI- . MUDANÇA


EMP.COMP*.
NANCIAMENTO DA SEGURI­ DA BASE DE
TRlBUfOS 11; IE, IOF, !MP.
DADE SOCIAL (art. 195, § 6"); CÁLCULO DO
EM GERAL EXTRAOR-
IPI (art. 153, IV); CIDE-Com­ IPVAElPTU;
. (art. 150, IIl,.. DINÁRIO**
bustiveis ou CIDE-Petróleo*** IMPOSTO
b.e e) (arts.148, I; 153,
(art. 177, §4°;I, b); ICMS·Petró-· DE RENDA
I, n, V; e 154,11)
leo (art. 155, § 4°, IV, C art. 153,
OBEDECE AO PRINCIPIO I
SIM NÃO NÃO SIM
' DA ANTERIORIDADE?
PRECISA AGUARDAR 90
DIAS PARA SER I. SIM NÃO SIM . NÃO
COBRADO?

* somente para o caso de calamidade públicl\ e guerra externa ou sua iminência.


** guerra externa ou sua iminência.
*** CIDE relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo, seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível.

c. Princípio da· Igualdade ou Isonomia· (art..l58,. e~ Princípio da Progressividade (arts. 145, § 1°; 153,
II,da CF) §§ 2,." e-4:0 ; 156, § 1°,,1 e:n e 182, § 4°, fi, toc:los da CF) .
Por este princípio é proibido instituir tratamento de­ I! Complementação) ao princípio da pessoalidade e
sigual entre contribuintes que se encontrem em situação capacidade contributiv~ o princípio da progressividade
equivalente, proibida qualquer distinção· em razão de permíte que as, aliqpotas dos impostos sejam graduàdas
ocupação profissional ou função por eles exercida; inde­ de acorda com a capacidade econômica do contribuinte.
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, A diferenciação na aplicação de alíquotas é a forma de
títulos ou direitos. Este princípio deriva do princípio cons­ garantir que se está levando em conta as'características
titucional da isonomia, segundo o qual todos são iguais de capacidade contributiva pessoal do contribuinte,que
perante a lei (art. 5°, caput, da CF). No Direito Tributário; quanto mais bens tributáveis tiver ou maior seusvalores~
este principio se consubstancia na ideia de que devemos mais imposto terá que pagar.
tratar os iguais de forma igual ê os desiguais de forma Exemplos são as alíquotas do imposto de renda que
desigual, na medida de suas desigualdades. . tributam mais os maiores. rendimentos e as aliquotas do
Imposto Territorial Rural (ITR) que são :fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
d. Princípio da Pessoalidade e da Capacldade
Outro exemplo é a progressividade do IPTU (art. 156,
Contn'butiva (art. 145, fIO, CF) § l°, I eTIe 182, § 4°,11), que pode se 4arnãosó no tempo,
Complementam o princípio da igualdade e só se
aplicam aos impostos. Por eie, sempre que possível, os
mas também em razão do valor do imóvel, süa lOcalização
e uso, que são uma indicação. da capacidade econômica
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo do contribuinté.
a possibilidade econômica do contribuinte.
A preocupação com a capacidade de contribuição da
o
A progressividade no tempo para IPTU significa
I...
que quanto máis tempo um proprietário mantiver osolo Q
pessoa não pode escapar ao interesse do ente tributador. utbanonão edificado, subutilizado ou n~o utilizado, mais Q
Com este princípio, o legislador-constituinte procura
garantir que a necessidade de arrecadação do Estado não
inviabilize a sobrevivência do contribuinte. Não é um ato
pagará de únposto.
j•
f. Princípio da Vedação do Tributo com Efeito de

Ie
de bondáde puro, mas decorre, antes, de uma percepção conFisco ou Princípio da Proporcionalidade Razoãvel
lógica do legislador que não se pode matar a "galinha (art. 150, Iv, da CF)
dos ovos de ouro", visto que é sabido que, historicamen­ Nem a União, nem os Estados-Membros, nem o DF
te, o aumento excessivo da carga tributária· estimula a e nem os Mooicípios podem se utilizar de tributos com
sonegação. efeito de confisco.
J6
o tributo com efeito de confisco é, antes de qualquer j. Principio da Uniformidade Geográfica de Tri­
..,
Vestcon

coisa, uma afronta ao direito de propriedade, ainda que buto Estadual ou Municipal em Relação à Origem ou
relativo, garantido pelo art 5°, XXII, da CF. A satisfação Destino de Bens e Serviços (art 152, CF)
do interesse público não pode ser justificativa para aco­ Não podem o.S Estados, o Distrito. Federal e o.S Mu­
bertar nenhum desvario fiscal qlie exproprie o patrimônio nicípio.S estabelecerem diferença tributária entre bens e
do particular além do necessário. serviços, dequalquer natureza, em razão. de sua procedên­
É subjetiva a avalíação de-constatar se um tributotem­ cia ,ou destino.. Agir de o.utra fo.rma significaria afronta à
efeito confiscatório ou não. Porém, o tributo que consome autono.mia federativa.
grande parte da propriedade; ouinviabiliza o exercício Exclui-se dessa vedação. o. ICMS, cujas operações in­
da atividade lícita indica sua natureza de confisco: Num ternas, interestaduais e de exportação. podem ter alíquo.tas
país onde a caiga .tributária se aproxima de 40% doPffi diferenciadas. QuantO a esse imposto, é competência do
e a atuação do Estado nas suas áreas mais próprias como Senado Federal estabelecer, mediante resolução, as alí­ ...-/

segurança, educação e saúde é pífia; tem-se a impressão quotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais ~.

de que o contribuinte já está sendo vítima de um confisco e de exportação. A Constituição faculta ainda ao Senado
fiscal absol~ente inconstitucional promovido por todos estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas -e
os entespolíticQs. - _ fixar alíquo.tas máximas nas mesmas operações para resol­
Por ,último,lembre-seque o princípio se aplica a . ver comUto específico que envolva interesse de Estados.
qualquer espécie de tributo e não apenas aos impostos.
. '".
L Princípio da Vedação de Instituição de Isenção
g. Princípio da Irretroatividadeda Lei Tributária pela União de Impostos dos Demais Entes Federativos
(art. 15(t, III. a, da CF) (art 151, III. CF)
A lei tributária que instituir ou majorar tributos não É vedado à União instituir isenções de tributos da
atinge os fatos geradores ocorridos àhtes do início de sua competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu­
vigência. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já nicípios. A razão dessa vedação é óbvia, vez que, comoa
consumados, mas aos futuros e aos pendentes (art. 105, União está impedida de instituir tributos fora de sua com­
CTN).· petência, também está impedida de promover sua isenção:
A irretroatividade, porém, não é absoluta. A lei
m. Principio da Vedação de Criação de Impostos
tributária pode retroagir quando for expressamente inter­
. Federais Novos Cumulativos ou que Tenham a Mesma
pretativa ou, ainda,quando, tratando-se de ato não defi­
Base de Cálculo ou Fato Gerador Daqueles Previstos
niti:vamente julgado, deixe de defini-lo como infração ou
na Constituição (art 154, I, CF)
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
O inciso I do art. 154 estabeleCe a competência resi­
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e
dual da União para, mediante lei complementar, instituir
não te~ implicado em falta de pagamento de tnbuto ou impostos não.previstos.nas suas çompetências privativas.
quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista Entretanto, esse mesmo dispositivo veda a instituição de
na lei vigente ao tempo da sua prática (art. 10e; do CTN). impostos que sejam cumulativos e tenham fato gerador
Entendemos que a lei que concede remissão ou anistia ou base de cálculo próprios dos discriminados na Cons­
também é retroativa, já que se refere a fatos ocorridos tituição. A vedação presta-se a evitar que o contnbuinte
antés de .sua edição. . seja vitima de bis-in-idem ou bitributação.
h. Princípio da Liberdade de Tháfego de Pessoas n. Princípio da Não-Cumulatividade do Imposto
.j

ou Bens (art. 150, y, CF e art. 9" do CTN) sobre Produtos IndustriaUzados (IPI) e do Imposto
Veda a. todos os entes' tributantes o estabelecimento sobre Ci.rc1,Ilação de Mercadorias e sobre Prestações de
de tributos interestaduais e intermunicipais que redundem Serviços de Transporte Interestadual e Intermnnicipal
em limitações ao tráfego.de pessoas ou bens. Excetuam-se e de Comunicação (ICMS) (arts. 153, § 3", n e 155,
deste princípio a cobrança de pedágio pela utilização de § 2", I, todos da CF)
vias conservadas pelo Poder Público ou seus concessio­ Esse princípio determina que tanto o IPI quanto o
nários e a ~obrançà do ICMS. ICMS serão não-cumulativos, ou seja, compensa-se o. que
for devido em cada operação como montante cobrado nas
i. Princípio da Uniformidaded~ Tributo Federal operações anteriores. Com isso, a Constituição, de forma
(3rt. 151, I, CF) . prudente, evitou o efeito da cobrança em cascata para
A União não pode instituir e cobrar tributo que não esses impo.stos, o .que encareceria sobremodo os produtos
seja uniforme. em todo o território nacional ou qUe im­
Iz plique distinção ou preferência em relação a Estado, ao
Distrito Federal ou á Município em detrimento .de outro,
e serviços atingidos.

o. Principio da Seletividade do IPI e do ICMS


admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a (arts. 153, § 3", I e 155, § 2", m, todos da CF)

I promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconô­


mico entre as diferentes regiões do País.
A seletividade tem a ver com a essencialidade do pro­
duto ou serviço. Por esse princípio, quanto mais essencial
I
-!
Não se admite que um tributo federal tenha base de
cálculo e alíquotas diferenciadas em razão do local onde
o bem ou serviço para a população, menor deverá ser o
imposto. A Constituição estabelece a obrigatoriedade de
ocorreu o. fato gerador do tributo. Admite-se, porém, a o IPI ser seletivo, mas não faz o mesmo quanto ao ICMS.
si concessão de Ílicentivos fiscais com o objetivo de equalizar
o nível de desenvolvimento regional do País.
Para este não hã a obrigatoriedade, mas apenas a faculdade
de poder sê-lo, a critério da legislação estadual afim,
~,
Vestcon ']7
p. Principio da Imunidade Reciproca(art 150, VI, Para o ISS, o raciocínio é análogo. Incide sobre os
a, CF e art 9°,11 e seguintes do CTN) ... serviços recebidos pelo ente político, mas não incide
É a vedação constitucional da cobvança de impostos quando os serviços são prestados por ele..
(note bem: exclusivamente impostosl) uns dO$ outros A imunidade ,recipr~a não é extensiva às .empresas
pelos entes políticos 4.etentores de competência tri~utária. públicas e sociedades de economia mista. Entretanto.
Ou seja, a União, os Estados1 ,os Municípios eo Df nãO. o STF já tem jutisprudênciano sentido de ser cabível
poderão cobrar impostos UII$ dos outros. A Con~tituição, imunidade quando a empresa pública ou a sociedade de
no entanto, limitaeSl?e5. Íqlpostos apenas àqueles refe­ economia mista forem prestadoras de serviço. público
re~tes ao p,!!.tri,m~nio, renda ou~erviços,uns dos ou~s. obrigatório (ex;: saneamento básiéó). Nessa mesma linha,
São considerados impostos sobre o P!ltrimôni~: ITR, ajurisprudência doSTF já entendeu. que a Empresa de
IGF,IPVA, ITCMO, IP)V, ITBI e o IOF: Sobre à renda, Corteios'e Telégrafos (ECT), que é empresa pública, tem
tem-se. QJmpostO de Renda e,sobre. os ServiÇ9S. o IcMs imunidade nas atividades de que detenha o monópólio14•
(somente· Da pàrte' de serviços) e9 ISS: Pretende-se, com O mesmo foi decidido em·relação à Empresa.Brasileira
esse prinCípio, evitar.ÍI.S possibilidàdes de atritosen,tre os de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), vez que é
entéspolítiéos pelo respeito à autonoIDia. fedérativa dé empresa pública federal detentora de monopólio de um
cada um. sérviçopúblico. 15
Essa vedação da éobranç:a reéíptoca de iinpostos J;
é éxtensiVá: também àS autarqúiàs é às fundações insti­ q. Princípio da Imunidade Genérica (art. 150, VI,
tuídas e mantidas pelo Poder Público, no que se ref~e b, c, ti, da CF) e Outras Imunidades
ao patrinlônio, à renda e aos serviçós, vinculados a suàs Por esse princípio, é vedado à União, aos Estados,
finalidades essenéiáis ou àS delas decorrentes. ao_Distrito Federal e,aos Municípios mstituiF e cobrar
. Reforçando: a imunidade recíproca aqui explicitada impostos sobre: a) templos de. qualquer culto; b) patri­
não se aplica aos demais tributos, mas apenasaos impostos
mônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
e, ainda assim; apenas àqueles referentes ao patrimônio,
suas fundações,das entidades sindicais dostrabalhadóres.
renda é Sérviços uns dos outros. .
das instituições de educação e de assistência social, sem
A imunidade recíproca,'porém, não é absoluta. Como
:fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e c)-livros,
. dito acima, não se aplica ao patrimônio, renda ou serviços
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
das autarquias e fundações se. estes não estiverem vin­
Asvedaçõésa eb acima compréendem.somente o
culados às finalidades essenciais ou às delas decorrentes
destes órgãos. Não se aplica, também, nos casos em que patrimônio, a renda e os serviços, relacionadosoom,as
q Poder.público, suas autarquias e_ fundações explorarem finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
A regra é que as imunidades se dão· apenas quanto
atividades econômicas regidas pelas normas aplicadas aos
empr.eendimentos privados, ou quando os serviços forem a impostos. Porém, no que tange à imunidade genérica,
remunerados mediante preço público (tarifas e preços). é preciso ressaltar uma exceção, que é a imunidade da
ISso se presta a evitar uma vantagem competitiva indevida contribuição para a seguridade social para as entidades be­
para o setor público em detrimento dos seus. concorrentes neficentes de assistência sócial que atendam às exigências
privados. estabelecidas em lei, nos termos do art. 195. § 7°, da CF.
A imunidade genérica pode ser classificada como
Obsérvações Importantes Decorrentes da Juris­ objetiva, subjetiva ou mista.
prudência .
No caso do ITBI, o ente político, por ser imun~, não Imunidade Objetiva (ou Real)
vai recolhê-lo ~~adquirir um imóveL Porém, ao vendê-lo, Será objetiva a imunídade quando a Constituição
o imposto é devido peío comprador (art. ISO, § 3°; da CF vedar a tributação por impostos de determinadas coisas
e art. '131, I; do CTN) (ex.: se a autarquia federal adquirir (ex.: templos de qualquer culto, livros, jornais, periódicos
o imóvel,não paga oITBI, mas, se vender, o comprador e o papel destinado à sua impressão).
deverá pagá-Io)~ - .
QUanto ao IOF, o cm o classifica como imposto so­ Imunidade Subjetiva
brea pródução e a circulação. Em princípio, deveria ficar Nesse casO, a vedação constitucional de tributação
fora dos impostos imunes. No entanto, o STF já decidiu por impostos (patrimônio. renda e serviços) será quanto a
.:
que critérios de classificação de impostos estabelecidos determinadas pessoas (ex: partidos políticos e sUas funda.,
porlegislação infraconstitucional não podem ser invoca­ ções, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de
dos para restringir 'a imunidade. Como o IOF acaba por educação e assistência social sem:fins lucrativos. atendidos
onerar as rendas e patrimônios dos entes políticos imunes, os requisitos de Lei Complementar).
o STF entende que ele é um: imposto sobre opátrimônío e
a renda, ao contrário do que estabelece o CTN. Imunidade Mista .- .
~
Os entes políticos não têm imunidade do ICMS quan­ É concedida a determinada pessoa em razão de deter­
I
~
do da compra de mercàdorias (mas a terão quando forem minado bem (ex.: art. 153, §4°"II,da CF), que exonera ....
eles a circular mercadorias). De modo geral, a imunidade
do ICMS refere-se apenas aos serviços cobertos por esse
tributo e, mesmo assim, somente quando o ente for o pres­
o Imposto Territorial Rural para pequenas glebas rurais
(aspecto objetivo: bem), definidas em lei, quaDd0_as.J~~­
piore o proprietário que não possua outro im0v.e1 {~.
ila
tador do serviço. Se ele for o destinatário (repebedor) do
serviço, deverá pagá-lo. Por isso, o ICMS incidente sobre
subjetivo: pessoa específica). .
li
suas cóntas de telefone é devido. Não há imunidade nesse
caso, pois o serviço foi recebido e nãoprestado pelo ente.
14
IS
ACO~A&R 765/RJ-(STF}
RE 363412AgRlBA
':1
·,·-V

- . ~~ .~.~_ ...
~
18 Vestcon
Outras Imunidades Desta fonna, o fato gerador que cria a obrigação
• Imunidade do IPI para bens industrializados desti­ tributária é a entrada de produtos que estão sendo efeti­
nados ao exterior (art. 153, § 3(\ IlI). vamente importados para integrarem a economia nacional
• Imunidade do ICMS para mercadorias destinadas de forma permanente.
ao exterior; sobre operações que destinem a outros A questão sobre em que momento o fato gerador
estados petróleo in natura e combustíveis líquidos do Imposto de Importação ocorre tem sido motivo de
~~ºs_os_dele 4~riv-ªdo.s,Jl1Qrifiça;n~ ~ ~nergia divergência entre osdoutrinadores. Ateor do art. 19 do
elétrica (art. 155, X. a, b, c e § 3°). CTN, para alguns, o fato gerador desse imposto é instan­
• Imunidade do ITBI sobre a transmissão de bens tâneo e ocorreria no exato momento em que o produto
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa cruzasse alguma das fronteiras politicas do país (solo,
._ . jurí~caemrazão de int~gralização 4e capital ou, subsolo, espaço aéreo, mar territorial, águas jurisdicio­
ainda, de bens ou direitos deCorrentes de fusão, nais, rePresentações diplomáticas no exterior,aeronaves,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica embarcações). Para outros, vale o disposto no art. 23 do
(art. 156, § 2°, 1). Decreto-Lei nO 37/1966 16, que estabelece que quando se
• Imunidade de impostos federais, estaduais. e tratar de mercadoria despachada para conSumo, ou seja,
municipais para as operações de transferência de para a indústria, comércio ou uso do próprio importador, '
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro,
(art. 184, § 5°). na repartição aduaneira, da declaração de importação
feita para o desemba.."1l.ço da mer~doria. O STF entel1de
r,; Princípios Implfcitos não haver incoqlpatibilidade entre estas duas correntes,
O disciplinamento do poder. de tributar do Estado mas que o Estado, naS palavras de Fátima F~mandes Ro­
não se restringe aos princípios tributários elencados aqui. drigues de Souza, tem a necessidade de "tomar precisa,
Como a Constituição é um corpo único e coerente, há que no espaço e no tempo e na circunstância, a ocorrência
se obserVar, também, todo o conjunto dos outros princí­ do fato gerador"17. Na prática, usa-se o estabelecido no
pios constitucionais, que não podem ser contrariados, da decreto para determinação do fato gerador, qual seja, o
mesma forma, quando do exercício do poder de tributar. desembaraço aduaneiro.
O Imposto de Importação é predominantemente de
IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO (IMPOSTOS
natureza extrafiscal. Seu propósito é muito mais atingir
FEDERAI~)·
objetivos econômicos de interesse das políticas de governo
'. Os impostos de competência privativa da União estão do que arrecadar. Serve como instrumento de proteção da
elencados no art. 153 e 154 da CF, e são os seguintes: indústria e comércio nacionais, bem como de proteção do
a) Imposto sobre Importação (lI); consumidor.oootra momentos de escassez ou especulação
b) Imposto sobre Exportação, para o exterior, de interna.
produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
c) Imposto sobre Renda e Proventos de qualquer Base de Cálculo
natureza (IRPFIIPRJ); Quando a alíquota for específica, a base de cálculo
d) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); , do Imposto de Importação é a quantidade de mercadoria,
e) Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e eXpressa na unidade de medida adotada na tarifa adua­
seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); neira do Brasil (peso, extensão, volume, quantidade etc.)
f) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR); (art. 20, I, do CTN eart. 2°, I, do Decreto-Lei nO 37/1966).
g) Imposto sobre Grandes Fortunas, nos termos da . Quando a alíquota é advalorem (sobre o valor do
lei complementar; bem - art. 20, n, do C1N), a base de cálculo é o preço
h) Imposto Extraordinário; ,nonnal que o produto, ou seu similar, alcançaria ao tem­
i) Impostos Inominados. po.da importação, em uma venda em cOndições de livre -'
Em Território Federal, competem à União os im­ concorrência, ,para entregl,l no porto ou lugar de entrada
postos estaduais e, se o Território não for dividido .em .do produto no pais (art. 20, 11, do CTN). A definição
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais deste preço normal ou preço aduaneiro (art. 2°, 11, do
(art. 147 da CF). Decreto-Lei 11° 37/1966) é feito com base no que está .J
rigidamente. disposto nas normas do art. 7° do Acordo
a. Imposto de Importação -11 Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio GATT de
1994, conhecido como Acordo de Valoração Aduaneira,
g O Imposto de Imgortação tem como fato gerador a aprovado pelo Decreto Legislativo nO 30/1994.
i entrada de produtos estrangeiros (bens ou serviços) no
território nacional (art. 19 do C1N). Porém, para que a en­
Há ainda a alíquota mista, que é resultante da combi­
nação da específica e da ad valorem.
:rl

,.I~
.
trada deste produto estrangeiro seja passível de tributação,
é necessário que ela se configure em' entrada definitiva.
Não é autorizado cobrar-se o Imposto de Importação de
produtosesttangeiros que se destinam a outros países e
Por último, pelo art. 20, m, do CTN, a base de cál­
culo do.produtoapreendido ou abandonado que é levado
a leilão é.o·preço da arrematação.

.1 que apenas estão em trânsito pelo Brasil e de produtos 16 AreguIamentação da administração das atividades aduaneiras e a fiscalização,
\:I cuja permanência no solo nacional é temporária, como o controle e'-a' tributação das operações de comércio exterior são dadas pelo
11
z Dec. n" 4.543, de 26 de dezembro de 2002.
artigos destinados a feiras e exposições, que retomarão a
8 seus países de origem após o término dos eventos.
,7 Comentários ao Código Tributário Nacional, volume I, I. ed., São Paulo:
Saraiva, 1998, p. f68 .

... _~~----_ ..._ - - ­


~,
Vestcon 19
Não precisa atender ao princípio da anterioridade no A base de cálculo é o preçp normal que o produto" '
que tange à alteração de suas alíquotas, que podem ser m0­ seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em wna
dificadas por decreto do executivo (art. 153, § 10, da CF). venda em condições de, livre concorrência no mercado ,

Contribuinte
internacional; observadas as ,normas expedidas ~lo ,'.
Poder Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de
É contribuinte do Imposto de Importação: a) o impor­ Comércio Exterior (MP 2.158-35/2001).
tador, assim considerada qualquer pessoa fisicaou jurídica A CF cOncede iÍnunidade contra o IPI e o ICMS,
que promova a entráda, dê fonmi dennitlva, dé mercadoria respectivamente, aos prooutos industrializados desmiados
estrangeira no território nacional ou a quem a ele a lei ao exterior (art. 153, § 3°, m, da Constituição Federal)
equiparar (art. 22,1~ do C1N e art. 31, I, do Decreto-Lei e às operações que destinem mercadorias e serviços ao
nO 371.1966); b) o arrematante de produtos apreendidos exterior,(art, 155,X, 'a, da CF).
óuabandoriados(árt. 22; 11, do CTN); c)ô déstinaíiirio
de remessa postal internacional indicado pelo respectivo Co Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
remetente (art. 31, lI, do Decreto-Lei nO 37/1966); e d) Natureza - IR (art. 153, III, § 2 da CF c/c os arts. 43
Q
,
o"adquirente da mercadoria entrepostada (art. 31, m, do a45 do CTN)
Decreto-Lei n° 37/1966). Imposto de natureza intrinsecamente fiscal e principal
fonte de receita tributária da União. Imposto de natureza
~butos Incidentes sobre a Importação
intrinsecamente fiscal, e principal fonte de receita tributária
A importação, que já sofria o ônus do Imposto de
da União, o qual deverá ser itiformado pelos critérios da
Importação, do Imposto sobre Produtos Industrializados
generalidade, da universalidade e da progressividade, na
(IPI), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), para mercadorias, e do Imposto Sobre formada lei
Serviços (ISS), para serviços, passou a sofrer a incidência Conforme o art. 43 do Código Tributário Nacional, Q
do PIS-Importação e da Cofins-Importação, instituídos fato gerador do IR é a aquisição da disponibilidade eco­
pela Lei nO 10.865/2004 a partir da permissão constitu­ nômica ou jurídica da renda e de proventos de qualquer
cional concedida pela Emenda Constitucional nO 42/2003, natureza. Pela definição de Vitório Cassone, "rendà ,éa
que alterou o art.: 195 da CF. expressão jurídico-tributária consistente em acréspiíno
Para se ter uma ideia do custo de uma importação, patrimonial, de caráter pessoal é cuja tributação deve ser
,basta observar como é calculado o ICMS: graduada segundo a capacidade do contribuinte". 'J:'ais
acréscimos patrimoniais podem ser derivados do capital,
ICMS Alíquota do ICMS x (preço aduaneiro da do trabalho ou da combinação de ambos. Proventos são os
mercadoria + seguro + frete internacional + II + IPI) acréscimos patrimoniais ,não compreendidos no conceito
de renda (ex.: aposentadorias, pensões etc.). '
De onde se conclui que o IPI faz parte da base de A aquisição de disponibilidade econômica significa
cálculo do ICMS, quando de importações. obter a posse de dinheiro ou bem nele conversível. A aqui- ' '
sição de disponibilidade jurídica significa obter direitO a
b. Imposto de Exportação - IE um crédito. A simples aquisição da disponibilidade jrirl- '
De natureza predominantemente extrafiscal, consiste dica já autoriza a tributaÇão. Não é necessário aguar$r
na exportação, para o estrangeiro, de produto nacional ou até que a renda seja efetivamente recebida. '
nacionalizado (mercadoria estrangeira importada a título A base de cálculo do imposto é o montante real, arbi~ ,
definitivo). O produto de sua arrecadação constituirá trado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveiS
reserva monetária, a crédito do Banco Central do Brasil, (art. 44 do C1N). O imposto efetivamente devido pelQ
a qual só poderá sei aplicada na forma estabelecida pelo contribuinte é o resultado da aplicação das alíquotas sobre', '
Conselho Monetário Nacional. a totalidade dos rendimentos dele e de seus dependentes, ' '
O fato gerador é a saída do território nacional de não importando a origem, menos as deduções (encargOs),
produtos nacionais ou nacionalizados (art. 23 do CTN), admitidas em lei, até certo limite (ex.: dependentes, des"','
que se considera materializado, na prática, no momento pesaS com instrução etc.). ',"
da expedição da Guia de, Exportação ou documento Os contribuintes do IR são as pessoas fisicas' ou.
equivalente (Decreto-Lei nO 1.578/1977). Não efetivada
a exportação do, produto~ por qualquer motivo, a quantia
jurídicas titulares de renda ou provento de qualquer na- '
tureza, sem prejuízo de a lei atribúir essa condiçã0aos
paga a título de imposto será restituida. '
possuidores, a qualquer título, dos bens produtores do
O sujeito passivo (contribuinte) do imposto é o ex­
provento ou da renda. "2
portador, assim entendido, qualquer pessoa que promova
Álei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos ,!
a saída do produto do território nacional.
A alíquota do imposto é de 30% (Decreto-Lei proventos a responsabilidade pela retenção e recolhimento' & ,
nO 1.578/1977), facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou do IR (art. 45, parágrafo único, do C1N), que é o que!
aumentá-la (árt. 153, § 1°, da CF e árt. 26 doe1N), pOr normalmente acontece com o recolhimento do imposto lia S
fonte. Nesses casos, o contribuinte é aquele que aufere a ..

,I
decreto, para atender aos objetivos da politica cambia1 e
do comércio exterior. No tocante à alteração das alíquotas, renda ou os proventos, mas a fonte é a responsável pelo , S
não é necessário obediência ao princípio da anterioridade recolhimento (art. 121, parágrafo único, lI, do CTN).
(art. 150, § 1°). Em caso de elevação, a alíquota da imposto Entretanto, no final do ano o contribuinte deve apresentar
não poderá ser superior a 150% (cinco vezes o percentual declaração de ajuste do IR quando então qualquer diferen- z
estabelecido no Decreto-Lei). ça a maior ou menor no imposto será acertada. S
~,

20 Vestcon
Se a lei não houver fixado prazo diferente para a ho­ sua tributação, fiscalização, arrecadação e administração
mologação do imposto declarado, será ele de cinco anos, foi dada pelo Decreto n° 4.544/2002. A tabela de inci­
a contar da ocorrência do fato -gerador. Expirado esse dência do IPI - TIPI foi atualizada e consta de anexo ao
prazo sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, Decreto n° 6.00612006.
considera-se homologado o lançamento e definitivamente São fatos geradores do IPI, nos termos do art. 46. do
extinto o crédito tributário (divida tributária do contribuin­ Código Tributário Nacional: a)o desembaraço aduanei­
te), salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou ro do produto de procedência estrangeira; b) a salda do ,_i

simulação (art. 150, § 4\do Cm). produto industrializado do estabeleCimento do importa~


j dor, do industrial, do comerciante ou arrematante; e c)
Imposto de Renda da Pessoa Física (lRPF) a arrematação do produto apreendido ou abandonado
As alíquotas são variáveis de acordo com o nível dos levado a leilão.
rendimentos do contribuinte (princípio da progressividade Considera-se índustrializado para fins de cobrança
e da capacidade contributiva). As alíquotas hoje em vigor, do IPI o produto que tenha sido submetido a qualquer
para pessoa física, são de 15% e 27,5%. A lei estabelece operação que lhe modifique a natureza, o funcionamen~
ainda uma faixa de isenção, na qual inserem-se todos aque­ to; o acabamento, a apresentação ou a finalidade~ ou
les considerados de baixissirila capacidade contributiva e o aperfeiçoe para consumo. Desta forma, incide o IPI
que, portanto, não poderiam fazer frente ao imposto sem sobre todo e qualquer produto que seja objeto de trans­
prejuizo de suas próprias subsistências. formação, beneficiamento, montagem, acondicionamento
Independentemente do montante de. rendimentos (embalamento, exceto o feito para simples transporte) e .../

auferido,; o contribuinte poderá optar por desconto simpli­ renovação ou. recondicionamento. O art. 2° do Decreto
n° 4.544/2002 estabelece que o campo de incidência do
ficado na declaração de ajuste anual, que substituirá todas
imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda
as deduções admitidas na legislação, ficando dispensado
que zero, relacionados na TIPI. As exceções são listadas
da comprovação da despesa e a indicação de sua espécie.
taxativamente neste decreto regulamentador. Nestes casos
A dedução permitida corresponde a vinte por cento do considera-senão ter havido índustrialização e, portanto,
valor dos rendimentos tributãveis, ou a um determinado não incidirâ o imposto.
valor especificado em lei. Usa-se para a dedução o valor O imposto não incide também sobre aqueles elemen­
que for menor entre os dois. tos que, por disposição constitucional, sejam imunes: os
livros, jornais, periódicos e () papel destinado à sua im­
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) pressão (art. 150, inciso VI, alínea d, da CF); os produtos
O imposto de renda das pessoasjurídicas será determi­ industrializados destinados ao exterior (art. 153,. § 3",
nado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por inciso m, da CF); o ouro, quando definido em lei como
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 153, § 5°, da
de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro CF); a energia elétrica, derivados de petróleo, combustí­
de cada ano-calendário (Lei n° 9.43011996). São contri­ veis e minerais do País (art. 155, § 3" da CF).
buintes as pessoas jurídicas e as empresas individuais. A Constituição Federal estabelece que as alíquotas do
A alíquota do imposto é de 15% (Leis n° 9.249/1995 e IPI podem ser alteradas a qualquer tempo, por decreto,
9.43011996). A base de cálculo do imposto, determinada pelo próprio executivo (art. 153, § 1°, da CF), nos limites
segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, da lei.
é o lucro real presumido ou arbitrado, correspondente ao O IPI é não cumulativo, compensando-se o que for
período de apuração. A parcela da base de cálculo, apu­ devido em cada operação com o montante cobrado nas
rada meilsalmente, que exceder a R$20.000,00(vinte mil anteriores (art. 153, § 3°, da CF). O saldo verificado em de­
reais) ficará sujeita à incidência de adicional do imposto à terminado período, em favor do contribuinte, transfere-se
alíquota de 10%. No caso de empresas optantes do SIM­ para o período ou períodos seguintes,
PLES NACIONAL, a base de cálculo para a tributação do O lançamento do IPI é normalmente feito por ho­
IRPJ será a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses mologação. Porém, se o sujeito passivo não tomar as
anteriores ao do período de apuração, sendo que para iniciativas para o lançamento ou as tomar em desacordo
microempresas (receitas de até R$240.000,00 (duzentos com o regulamento, o imposto será lançado de oficio pela
e quarenta mil reais)) não incidirá nenhum percentual autoridade fazendária.
relativo ao imposto de renda.Ou seja, na composição da: Contribuintes do IPI, nos termos do CTN e do seu
alíquota unificada para recolhimento do IRPJ, CSLL, decreto regulamentador, são: 1) o importador ou quem a
lei a ele equiparar; 2) o industrial ou quem a lei a ele equi­
COFINS, ISS e PIS/PASEP para microempresas optantes
~!E do SIMPLES NACIONAL, a participação do IRPJ na
parar; 3) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto,
que os forneça a industriais ou a estes equiparados; 4) o
Q composição do índice será de 0%. arrematante de produtos apreendidos ou abandonados,
!
levados a leilão; 5) o estabelecimento equiparado a in­
is d. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Imposto de função primordialmente fiscal, nada obs­
tante ter, de forma secundária, função também extrafiscal,
dustrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que
dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores
decorrentes de atos que praticar; e 6) os que consumirem
.1 já que a CF exige que seja seletivo em razão da essen~
cialidade do produto (art. 153, § 3°, I, da CF). Por isso,
ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas

I
que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel
cigarros, bebidas e outros artigos considerados supérfluos destinado à impressão de livros, jornais e periódicos,
são severamente tributados pelo IPI. A regulamentação de quando alcançado pela imunidade;
i

.~

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~
Vestcon 21
e. Imposto sobre Operaç6es de Crédito, Câmbio e g. Imposto sobre Grandes Fortunas -:- IGF
Seguro ou Re,Iativas a Títulos .oú Valores Mobiliários O imposto. sobre grandes fo.rtunas até agora não. foi
(Imposto sobre Operações Financeiras) - IOF . instituído. em razão de não. ter sido vo.tada a lei comple­
. ' Ainda que muito arrecade. a função. primo.rdial: do IOF mentarexigida pela Co.nstituição. de 1988 (art 153,VII,
é extrafiscal. Ele é usado. pelo. Go.verno. co.mo.instrumento da CF).
de 'intervenção. no.s' setores de crédito., câmbio. e seguro.
a funde ajustá-Io.sao.s o.bjetivo.s da po.lítica mo.netária. h. Impostos Extraordinários
São operações .de créditoaquelàs referentes a em­ A União pode itistitui~los, po.r lei ordinária, na imi­
préstimos, fianças. uso. de cheque especial etc. Não. são. nência o.u no. caso. de guerra externa, estejam estes-co.m­
.o.perações· de crédito as mo.vimentações da, caderneta.de preendido.s o.U não em sua co.mpetência tributária. Neste
po.upança e, da conta-co.rrente, desde que, para esta, não caso., a Co.nstituição (art. 150, § 1°) libera o. imposto. ex­
se esteja usando. o. cheque especial. traordinário. da observância do. princípio. da anterióridade
, A exemplo. do. IPI, o. IOF não. precisa atender ao. e da necessidade de aguardar 90 dias. da data em que haja
princípio. da anterio.ridade da 'lei. Suas alíquo.tas po.dem sido. publicada a lei que o.s.instituiu o.U aumentou, parasua
ser alteradas po.rdecreto. do. executivo. (dentro. do.S limites cobrança. Cessadas as causas de sua criação., eles serão
previstos em lei) e o. impo.sto Co.brado. neste mesmo. exercí­ suprimido.s, gradativamente (art. 154,:II, da CF).
cio. (art. 150,§ 1°, da CF)em que o.correram as alterações.
Seu lançamento. é feito po.r ho.molo.gação. i. Impostos Inominados (competência residual)
O contribuinte do.impo.sto é qualquer das partes na Estes impo.sto.S. não estão. previstos na competência
o.peraçãotnbutada, co.mo. dispusera leLNo.entanto., a-lei originária da União. ,fazendo. parte do <lue é co.nhecido
estabelece que são. respo.nsáveis pelo. reco.lhimento. do. como. competência residual. Tais impostos só Po.dexão. ser
tributo as inStituições de crédito, câmbio.. seguro. e as auto- . criado.s mediánte lei complementar. sendo exigido pela
rizàdas a operar na compra e venda de valo.res imo.biliário.s. Constituição que sejamnão-cumulàtivo.s e não. tenham a
Em relação aos fatos geradoresoco.rrido.s a partir de base de Cálculo. própria do.s o.utros imposto.s já discrimi­
10 de janeiro de 2006, o.S reco.lhimento.s do. Imposto. so.bre nados nela (art. 154, I, da CF).' Submetem-se a todo.s o.S
Operações de Crédito, Câmbio. e Seguro., o.u Relativas a princípios constitucio.nais tributário.S e por determinação.
Títulos o.u Valo.res Mo.biliário.S - IOF serão. efetuado.s em constitucio.nal (arl157, lI, da CF), 20% do. pro.duto da
prazo.s específico.s estabelecido.s no. art. 70, inciso. II da arrecadação. pertencem ao.s Estado.s.e ao DF.
Lei n° 11.196/2005.
IMPOSTOS DE COMPETiNCIA DOS ESTADOS E DO
DISTRITO FEDEAAL
f. Imposto sobre a Propriedade Territorial Ru­
ral:c-ITR
Nos termos do.S arts. 155 da CF, compete aos Estado.s
Sna função é preponderantemente de natureza extra­ e ao. DF instituir os impo.stos a seguir relacio.nado.s:
fiscal, como. se. o.bserva no. dizer de Ives Gandra Martins
de que o. lTR serve "mais .co.mo. instrumento. de adequada a. Imposto sobre a Transmissão· Ca.usa Mortis
política agropecuária do.. que co.mo. instrumento. arrecada­ e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD
tório. relevante". Essa compreensão. deco.rre de simples (art. 155, I, da CF)
inspeção. da Constituição. Federal qUe; no. § 4°, I, do.
art. 153, estabelece que Q ITR será pro.gressivo. e terá suas Impo.sto. de função. fiscal, co.m nítido propósito ar­
alíquo.tasfixadas de forma a desestimular a manutenção. recadat6rio.. Co.nhecido. como impo.sto so.bre heranças e
de propriedades impro.dutivas. doações,gracios~ o.U o.nero.sas. A do.ação onerosa requer
A Co.nstituição co.ncede imunidade do. ITR às peque­ que o. do.natário. atenda alguma exigência oucondiçãQ
nas glebas rurais, defi:J;ridas em lei (4:i n° 9.363/1996), para recebê.,la (ex.: "Dou-lhe um carro do. último..t:ipo se
quando. as explo.re Q pro.prietário., que não. Po.ssua o.utro. Io.grares êxito. noconcurso.").
imóvel (art 153;.§ 4°, II, da CF). Anteriormente. esse impo.sto só incidia·so.bre a trans­
Apesar de ser um imPo.sto. da União; o. Município. missão. debcns imóveis e direitos a eles relativos (art. 35
r~ebe 50% do. pro.duto. da arrecadação., relativamente do. CTN, com redação superada). Co.m aCF/1988 ú;lvesua
aos imóveis neles situado.S (art. 158, lI, da CF). Receberá incidência ampliada e pasSo.U a se aplicar também àtrans­
100% se o.ptar, na fo.rma da lei, pela cobrança e fiscãli­ míssão. de bens móveÍse de quaisquer tipos de direito.s.
zação. do. impo.sto•.desdeque isto. não implique redução. Suas alíquotas· máximas serão, fixadas pelo. Senado.
de imposto o.U renúncia fiscal (art. 153, § 4?, m, da CF). Federal (art. 155, § 1°, IV, da CF) não. sendo permitidos
O ITR, de apuração. anual, tem como. fato gerado.r a aos. Estado.s e DF ultrapassá-las. O senado fixo.U a alíqUo.ta
propriedade, o.do.mítiío. útil o.U a sÍlnplesposse de imóvel máxima em 8% (Reso.lução n° 9/1992). g
Po.r natureza, co.mo. definido._na lei civil,lo.calizado fora da A base. de cálculo. do. imposto é o. valor venal (valo.r $
zo.na urbana do. Municipio.; em 1° de janeiro de cada ano de venda de mercado.) do.S bens o.U direitos transmitido.s. ;
(arts. 29 do CTN e 1° da Lei nO 9.393/1996). Co.ntribuinte do. impo.sto é qualquer das partes na S
A base de cálculo. deco.rre do. valo.r fundiário. do o.peração tributada, como. dispuser a lei do Estado. tribu- J
imóve~ ou seja, o. valo.r da terra nua, declarado. pelo. co.n­ tante, podendo ser o herdeiro. o.U legatário. o.U sucessor. •
tribuinte e do. grau de utilização da terra. no. caso. de transmissão. Po.r morte. No caso. de doações,. a ~
O lançamento. é .Po.r ho.molo.gação co.nfo.rme estabe­ lei estadual pode especificar o. contribuinte como sendo. li
lece a Lei n° 9.393/1996. O próprio. co.ntribuinte anual­ o. do.ador o.U o. donatário.. li:
mente efetiva o.S cálculo.S e o. pagamento, sujeitando.-se à A Co.nstituição. define algumas situações o.nde a ã
ho.mo.Io.gação po.sterior. instituição. deste tributo. deverá ser primeiramente re­ ...

---_._----­
22 ...,
Vestcon
gulamentada por lei complementar. Quando o doador tiver ser onerosos (pagos) para que o ICMS incida sobre eles
domicilio no exterior ou, no caso de sucessão por morte, (por isto, estão excluídos os serviços prestados pelo rádio
o de cujus era residente e domiciliado no exterior ou lá e pela televisão abertos, que são gratuitos). O fato gerador
seu inventário tenha se processado. Até o momento não do ICMS que estiver descrito nas leis estaduais ou do DF
se editou lei complementar. devem se circunscrever aos limites estabelecidos na CF e
no disposto no art. 12 da Lei Complementar nO 87/1996.
b. Imposto sobre Operaç6es Relativas à Cireulaçllo Quanto à questão da não incidência do imposto, verifi­
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de ca-se, por simples inspeção da CF e da LC n° 87/1996, que
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Co­ não incide o ICMS; a) sobre as operações que destinem
municação - ICMS mercadorias para o exterior, inclusive produtos prÍmários
e produtos industrializados semi-elaborados, nem sobre
Em que pese ser imposto de competência estadual, o serviços prestados a destinatários no exterior; b) sobre as
ICMS tem reflexos nacionais e, por este motivo, é exausti­ operações que destinem a outros Estados petróleo, inclu­
vamente tmtado na CFI1988 (art. 155). A lei complemen­ sive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
tarnO87, de.13 de setembro de 1996, estabelece as regras derivados, e energia elétrica. Entretanto, incidirá o imposto
gerais a sereD;l seguidas pelos Estados na elaboração da se os produtos não forem destinados à comercialização ou
legislação própria sobre o imposto. industrialização (vide art. 2° da lei complementar); c) sobre
Sua função é predominantemente fiscal e, em alguns o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
casos, é a maior fonte de recursos do Estado, portanto, instrumento cambial; d) sobre as prestações de serviço de
um imposto de grande interesse e importância e nãO raro comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de
causador de conflitos entre os entes tributantes. Dai a CF sons e imagens de recepção livre e gratuita (sobre o serviço
estabelecer que resolução do Senado Federal estabele­ de TV paga. a cabo ou similar, incide o ICMS); e) opera­
cerá as aHquotas aplicáveis às operações e prestações, ções com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a
interestaduais e de exportação (Resolução UO 22/1989), sua impressão; f) operações relativas a mercadorias que
que variam de acordo com o destinatário da mercadoria. tenham sido ou que se destinem à prestação, pelo próprio
Ademais, nessa linha, é facultado ao Senado, mediante autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em
resolução, estabelecer alíquotas mínimas nas operações
lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços,
internas e fixar alíquotas máximas nas mesmas operações
de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóte­
para resolver conflito especifico que envolva interesse
ses previstas na mesma lei complementar; g) operações
dê Estadó§. (art. 155, § 2°, Iv, V, VI, VII e VIII, da CF)
, Alguma extrafiscalidade deste imposto, entretanto, de qualquer natureza de que decorra a transferência de
pode ser observada quando, por exemplo, o Estado aplica propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou ~/

alíquotas crescentes para consumos crescentes de energia de outra espécie; h) operações decorrentes de alienação
elétrica, indicando uma óbvia preocupação social. fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo
ACF informa que o ICMS poderá ser seletivo (é facul­ credor em decorrência do inadimplemento do devedor; e í)
tativo), desta forma, variando suas aliquotas em razão e em operações de arrendamento mercantil, não compreendida
função da essencialidade das mercadorias e dos serviços a venda do bem arrendado ao arrendatário.
(art. 155, § 2°, li). Isto significa que produtos e serviços É importante mencionar que o IPI não integrará a
considerados mais supérfluos poderão ser mais taxados. base de cálculo do ICMS quando a operação configure
O ICMS é um imposto não cumulativo, compensan­ fato gerador dos dois impostos, exceto quando se tratar
do-se o que for devido em cada operação com o montante de importações. Aí o IPI fará parte da base de cálculo.
cobrado nas anteriores. Este direito ao crédito do imposto Quanto ao ICMS Petróleo (art. 155, §4°, Iv, c) suas
a compensar está condicionado à idoneidade fiscal da alíquotas poderão ser reduzidas e restabelecidas para
documentação ou da firma emitente (art. 23 da Lei Com­ aplicação no mesmo exercício financeiro, portanto, sem
plementarnO 87/1996). A isenção ou não-incidência, salvo necessidade de respeito ao princípio da anterioridade da
determinação em contrário da legislação, não implicará lei. Deve-se apenas aguardar o transcurso da noventena
crédito para compensação com o montante devido nas constitucional. J
operações ou prestações seguintes e acarretará a anulação O ICMS, em regra, pertence ao Estado onde a ope­
do crédito relativo às operações anteriores. ração se real~ou, ainda que o destinatário da mercadoria
Seu cálculo é feito por dentro, ou seja, o montante esteja em outto Estado, mas a CF determina que 25% do
do ICMS (o montante do próprio imposto) integra a base valor arrecadado será repassado aos Municípios do Esta­
de cálculo deste (art. 13, § l°, I, da Lei Complementar do onde a operação se realizou (art. 158, IV e parágrafo
nO 87/1996), constituindo o respectivo destaque (na riota único, da CF). Em caso de importação, o ICMS pertence

i
i5
fiscal) mera indicação para fins de controle. O resultado é
que, em todas as situações, o resultado do ii:nposto a pagar
ao Estado onde se localiza o estabelecimento importador
no qual ocorreu a entrada fIsica. O lançamento do ICMS é
:I será maior que a simples aplicação da alíquota ao valor feito por homologação, nos termos do art. 150 do C6digo
do produto ou serviço taxado. Tributário Nacional.
I... O ICMS tem como fato gerador as operações (ain­
da que se iniciem no exterior) relativas à circulação de
mercadorias e as prestações de serviços de transporte
Jurisprudência
I
~ interestadual e intermunicipal e de comunicação. Na
A seguir são apresentados alguns entendimentos
jurisprudenciais do STF e STJ sobre o ICMS:
Ie circulação de mercadorias, para que incida o imposto, há
que haver a transferência de titularidade, não apenas a
circulação fIsica. Os serviços de comunicação precisam
Súmula nO 135/STJ: "O ICMS não incide na gravação
de filmes e videoteipes".
I
I
JII.
~
Vestcon 23
Súmula n° 138/STJ: "O ISS incide na opereção de a lei estadual. É contribuinte o proprietário do veículo,
arrendamento mercantil de coisas móveis". para todos os efeitos, aquele cujo nome conste dos docu­
Súmula nO 1551 STJ: "O ICMS incide na importação mentos de licenciamento. É importante informar que não
.de aeronave, por pessoa fisica, para uso próprio". incide o IPVA sobre a propriedade de aeronaves e embar­
Súmula nO 163/STJ: "o fornecimento de mercadorias cações, conforme entendimento do STF (RE 134509 1
com simultânea prestação de serviços em bares, restaUran­ AM ; RE 255111/SP). Arazão desta compreensão está
tes e estabelecimentos similares constitui fato geredor do no alcance da expressão "veículos automotores", que o
ICMS a incidir sobre o valor total da operação". próprio Código Nacional de Trânsito define como sendo
Súmula nO 166/STJ: ''Não constitui fato gerador do "todo veículo a motor de propulsão que circule por seus
ICMS o simples deslocamento de mercadorias de um para próprios meios, e que serve normalmente para o transpor­
outro estabelecimento do mesmo contribuinte". te viário, de pessoas e coisas, ou para a tração viária de
Súmula nO 198/STJ: ''Na importação de veículo por veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
pessoa fisica, destinado a uso próprio, incide o ICMS." O termo compreende os veículos conectados a uma linha
Súmula nO 334/STJ: "O ICMS não incide no serviço elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico)".
dos provedores de acesso à Internet". Sua função básica é arrecadatória, sendo, portanto, um
,Súmula n° 660/STF: ''Não incide ICMS na impor­ imposto basicamente de natureza fiscal. As diferenças de
tação de bens por pessoa fisica ou jurídica que não seja alíquotas em razão do tipo de combustível utilizado pelo
contribuinte do imposto". veículo indicam uma certaextrafiscalidade deste tributo.
Súmula n" 6611STF: ''Na entrada de mercadoria im­ A base de cálculo. é o valor venal (valor de compre
portada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por e venda à vista em condições normais de mercado) do
ocasião do desembaraço aduaneiro". veículo.
Súmula nO 662/STF: "É legítima a incidência do São imunes ao tributo os veículos dos entes políticos
ICMS na comercialização de exemplares de obras cine­ (União, Estados, Municípios e DF) e de suas autarquias e
matográficas, gravados em fitas de videocassete". fundações, dos templos de qualquer culto, das instituições
"O ICMS não incide sobre o patrimônio, a renda ou de educação e assistência social sem fins lucretivos, dos
os serviços do Município, mas incide sobre o fomeci­ partidos políticos, inclusive suas fundações, e das enti­
mento dos serviços de energia elétrica e de telefonia por dades sindicais dos trabalhadores, desde que, para todos,
ele consumidos." os veículos estejam ligados às suas atividades essenciais.
O STJ decidiu recentemente (REsp 73.552-RJ, Cinquenta por cento do valor arrecadado com o IPVA
06/2007) cancelar a Súmula nO 152 para estabelecer que, deve ser repassado para o Município onde se deu o licen­
.na venda pelo segurador, de bens salvados de sinistros, ciamento (art. 158, m,da CF).
incide o ICMS.
"A importação de bens mediante contrato de arren­ IMPOSTOS DE COMPETÊNCIA DOS MUNlc(PIOS
damento mercantil (leasing) não constitui fato gemdor
do ICMS". Isto porque não houve a transferência de Nos termos do art. 156 da CF, compete aos Municí­
titularidade. A regra, na verdade, é geral e se aplica a pios e, cumulativamente, ao DF (art. 147 da CF) instituir
qualquer tipo de arrendamento mercantil de éoisa móvel os impostos a seguir relacionados:
e não só aos bens importados. Ao final do leasing, se o
bem for compredo, incidirá o ICMS, mas somente sobre a. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territo­
o valor residual pelo qual se efetuar a venda, já que as rial Urbana - IPTU
prestações pagas até então forem feitas a título de locação
do bem e sobre elas incidiu o ISS (vide Súmula nO 138 A função do IPTU é predominantemente fiscal poden­
do STJ, acima). do ser progressivo em razão do valor venal do imóvel e
Para o ente público sujeito à imunidade recíproca, o ter alíquotas diferentes de acordo com sua localização e
ICMS é devido nos serviços que recebe (Ex.: luz, telefone) uso (art. 156, § l°, da CF).
e nas mercadorias que adquire. Porém, não é devido nas A CF/1988 atribuiu-lhe, entretanto, caráter também
mercadorias que circule ou nos serviços que preste. extrafiscal ao permitir que o Poder Público municipal
pudesse, mediante lei específica municipal e nos termos
c. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto­ da lei federal, instituir IPTU progressivo no tempo para
motores IPVA solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
(art. ~82, § 4°, da CF). O objetivo desta faculdade cons­
Já houve muita discussão acerca da validade das leis titucional é possibilitar ao Município ordenar o uso da
estaduais instituidoras do,IPVA tratarem de questões re­ propriedade com vistas a que esta cumpre sua função
ferentes à definição dos fatos gemdores, bases de cálculo
e contribuintes, assuntos afeitos a uma lei complementar,
a teor do art. 146 da CF. O STF já se manifestou sobre o
social (art. 5°, XXIII, da CF). Não é mzoável que o imóvel
urbano fique sem uso, quase sempre por interesses espe­
culatórios, diante de tanta necessidade urbana.
I...
.Q
tema em remansosa jurisprudência (RE 236.931; AI-AgR Quanto à progressividade do IPTU nó tempo é
279645/ MG) com o entendimento de que enquanto não
for não for emitida a referida lei complementar, a lei es­
necessário que se diga que os artigos 182 e 183 da CF
relativos à Política Urbana forem regulamentados pela
i•
I
tadual tem competência plena para tratar do tributo, desde Lei 10.257/2001 (Estatuto das Cidades). Esta lei estabe­
que não extrapole o disposto na CF para o tema. leceu que lei mmiicipal específica para área incluída no
O IPVA é um imposto anual cujo fato gerador é a plano diretor poderia ser emitida de forma a determinar o
propriedade de veículo automotor de qualquer espécie (au­
tomóvel, motocicleta, eaminhão etc.), conforme estabeleça
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsória do
solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado,
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24
devendo fixar as condições e os prazos para implemen­
Vestcon
imóvel. Contra o inquilino; resta-lhe apenas a via judicial
r
tação destas obrigações. Em caso do não cumprimento por conta de um descumprimento de um acordo contratual.
das condições e dos prazos previstos1 8 o Município fica
autorizado a proceder à aplicação do imposto sobre a pro­ Contribuinte
priedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo De acordo com o art. 34 do Código Tributário Na­
no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo cional, contribuinte é o proprietário do imóvel, o titUlar
de cinco anos consecutivos. de dominio útil ou seu possuidor a qualquer título, desde
O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano não po­ que essa posse tenha conteúdo econôm.Íco,o que exclui
derá exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, o locatário, como já explicado.
respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
Caso as obrigações de parcelar, edificar ou utilizar não Base de Cálculo e Lançamento
estejam atendidas em 5 (cinco) anos, o Muilicípio manterá A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel
a cobrança por esta alíquota máxima (15%), até que as (vaior de compra e venda à vista em condições normais
obrigações sejam cumpridas. No entanto, após o decurso de mercado). Na prática, esse valor é um valor provável,
deste prazo,' sem o adimplemento das referidas obriga­ uma vez que acaba sendo estimado pelo poder público.
ções, o Município está autorizado, à qualquer momento,
que não consegue realizar uma avaliação individual de
a fazer uso de sua prerrogativa legal de poder proceder à
cada imóvel. Nessa estimativa, não são. incluídos os bens
desapropriação do imóvel. com pagamento em títulos da
móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário,
dívida pública. Ou seja, além de pagar a alíquota máxima
no imóvel (art. 33,parágrafo único, do CTN). .
o proprietário (ou o possuidor com ânimo de dono) corre
Por tudo isso, o lançamento acaba sendo feito de ofi­
o risco de ter sua propriedade (ou posse) expropriada pelo
cio, com base nos cadastros do Poder Público Municipal.
poder público por desatendimento à sua função social.
O CTN, porém, faculta ao contribuinte a contestação deste
Fato Gerador valor (art. 148).
Apesar do art. 156, I, da CF falar apenas em pro­
priedade, o fato gerador do IPTU é não só a propriedade, Jurisprudência de interesse:
mas o domínio útil (usufruir de coisa como se fosSe sua A exegese legal prioriza o proprietário conhecido e o
mediante pagamentó, não equivalendo à locação) e a posse designa como responsável pelo IPTU, não o inquilino, haja
de bem imóvel, por natureza, que é o próprio solo e seus vista que este é uma espécie de "impósto real". gerador
acessórios, ou por acessão IlSica, que são, por exemplo, os de obrigação propter rem (em razão da titularidade da
edificios e as construções localizados na zona urbana do coisa). Consequentemente, enquanto não desconstituído
Município (art. 32, do CTN). Tanto o domínio útil quanto o domínio, o proprietário tem a obrigação ex lege (de
a posse têm conteúdo econômico~ Seus detentores, em lei), muito embora à luz do principio do enriquecimento
que pesem não serem legítimos proprietários, exercem sem causa, possa reaver o que pagou do inquilino (REsp
alguns poderes inerentes ao domínio e à propriedade, 678765IMG).
como se donos fossem, como, por exemplo, fazer cessão Súmula n0668/STF: "É inconstitucional a lei munici­
do domínio ou da posse a outrem, mediante pagamento. pal que tenha estabelecidó, antes dà emenda constitucional
Quanto à posse, mais especificamente, entendemos 29/2000. alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se
que só pode ser tributada por IPTU aquela que tenha destinada a assegurar o cumprimento da função social da
alguma possibilidade de se converter em propriedade propriedade urbana".
(ex.: como no caso do usucapião). Por isso, ao invasor Súmu.a nO 724/STF: "Ainda quando alugado a ter­
de imóvel público urbano não cabe a cobrança de IPTU, ceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente
posto que este imóvel não pode ser usucapido e o detentor a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da
da posse jamais será proprietário. constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado
A locação não tem esse conteúdo econômico carac­ nas atividádes essenciais de tais entidades".
terístico do domínio útil e da posse, pois o locatário não
detém poderes inerentes ao domínio ou à propriedade. Por Mais jurisprudência:
isso, a locação não é fato gerador do IPTU, não havendo A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve
a obrigação legal do locador em saldá-lo. Não se pode abranger não somente os prédios destinados ao culto,
ignorar, no entanto, que, via de regra, os contratos de
mas, também, o patrimônio. a renda e os serviços "rela­
locação atribuem essa responsabilidade de adimplemento
cionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
ao locatário. Porém, o Fisco não reconhece acordos entre
mencionadas. São imunes ao IPTU não só o templo, mas
g terceiros no tocante ao pagamento de tributos (art. 123, do
os seus anexos, como a casa paroquial ou a casa do pastor
I CTN). Daí se o locatário não pagar para o Fisco municipal
à (RE 325.822/SP).
~
o devedor será o proprietário ou detentor do domínio ou
posse. Resta ao locador, neste caso, fazer frente ao tributo A localização do imóvel não é suficiente para que se
§ para não ser incluído em dívida ativa podendo até perder o decida entre a incidência de IPTU ou ITR Há que se obser­
! var sua destinação econômica (AgRg no Ag 498.512-RS).
A colônia de férias de sindicado não éllnune. Patri­
I
~
18 Estes pIllZOS nlIo poderão ser inferiores a: I - um ano, a partir da notificação,
para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente; II - dois
anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento.
Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal
mônio não ligado às finalidades essenciais do sindicato
(fora da atividade) (RE~AgR2450931 SP).
A instituição de ensino que em seu ato constitutivo
ê específica poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto
aprovado compreenda o empreendimento como um todo. veda a distribuição de seu patrimônio ou de suas rendas, a
...,..
Yestcon R5
título de lucro ou participação no resultado; e que reverte os e do ICMS (denoroinadoICM,.à época), foi editado o
recursos obtidos para a manutenção de suas atividàdes edu­ Decreto-Lei nO 406/1968,' modificado pelo Decreto-Lei
cacionais faz jus à imunidàde tributária (RE 237. 718/SP). nO 834/1969. O Decreto-Lei na 406/1968 continha a lista
. Eventualrendà obtidà pela instituição de assistência dos serviços tributáveis pelo ISS, a qual veio, mais tarde, a
social mediante cobrança de estacionamento de. veículos ser ampliadà e alterada pelaLC n° 56/1987. Essa nova lista
eIl;) área .interna da entidade, destinadà aQcusteio das vigorou até 2003, quando foi editadà a LC nO 116/2003, que
atividades desta, .está abrangidà pela imunidàde prevista instituiu novissimalista, bem como revogou a LC n° 56/1987
no dispositivo sob destaque (RE 144.900/SP). juntamente com alguns artigos doS decretos mencionados.
Instituição de educação sem fins lucrativos tem imu­
nidàde dolPTU,sobre imóvel de sua propriedade, mesmO Fato Gerador
tratando-se, de imóvel locado a terceiros (RE 237 .718/SP). O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem
b. Impostó sobre.. a Transmissão Onerosa Inter como fato gerador a prestação de serviços constantes
Vwos de Bens Imóveis e Direitos a eles Relativos - ITBI da lista anexa à LC nO 11612003, aindà que esses não se
constituám como atividàde preponderánte do prestador.
Quanto a esse tributo, de natureza fiscai, a disposi­ Resumindo, Só se pode cobrar ISS dàqueles serviços (físi­
çãoconstitucional de.situá:.}ona competência municipal cos ou intelectuais) previstos na lista que acompanha a lei
(art. 156, II) ~cabou por tomli!I sem eféito oart 35 do complementar e que não estejam compreendidos na área
Código Tributário Nacional que O considerava Como de do ICMS. Fica claro, então, que o ISS não poderá incidir
Competência estadual. sobre os serviços de transporte interestadual, intermuni­
cipal e de comunicação.
Fato Gerador. ' 0 serviço coJiSidera-se prestado e o imposto devido
O fato gerador do ITBI.é a transmissão inter ~ivos no local do estabelecimento prestador ou, na falta do es­
(entre os vivos ), por ato oneroso, a qualquer título (exceto tabelecimento, no local do domicilio do prestador. A essa
doação, aindà que onerosa), de bens imóveis,por natUreza regra,entretanto, a LC nO 11612003' estabelece algumas
ou por acessãb física. Imóveis por natureza sãO o solo Com exceções constantes do seu art. 3°. Define, ainda, alei que
a sua superfíCie, osseus acessórios e adjacências naturais, estabelecimento prestador é o local onde o contribllinte de­
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço senvolve a atividade de prestar serviços, de modo perma­
aéreo e o subsolo. Imóvel por acessão física é tudo que nente ou temporário, e que configure unidàde econômica
o homem incorporar permanentemente ao solo, como a ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as
semente lançadà à terra, os edificios, construções etc., de denominações de sede,' filiál, agência, posto de atendi­
.. modo que não se possa retirar sem destruição, modifica­ mento,sucurSal,escritório de representação ou contato
ção, fratura ou dano. O usucapião é forma originária'de ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. Estas
aquisição dà propriedade e, por 'isso; não está sujeito à definições procuram afastar conflitos entre os municípios.
cObrança de ITBI. .
Afora as imunidàdes recíprocas com os entes públiéos Contribuinte, Base de Cálculo e Lançamento
de outras esferas, algumas outras imunidades a esse im­ Contribuinte é o prestador do serviço. A base de
posto são estabelecidàs no § 2° do art. 156 da Constituição cálculo do imposto é o preço do serviço eo lançamento
Federal. Desta forma, não incide o ITBI: sobre a trans­ ocorre por hOInologação. . . .
missão de bens ou direitos.incorporadoSáo patrimônio No que concerne o ISS, cabe à União, mediarite lei
de pessoa jurídica em realização' de capital, nem sobre complementar (art. 156, § 3°,dà CF):
a transmissão de bens ou' direitos decorrente de fusão, I - fixar as suas alíquotas .máximas e minimas; .
mcorpóração, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo II - excluir dà sua incidência exportações de serviços
se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente para o exterior;
for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de fi -regular a forma e as condições como isenções, in­
bens imóveis ou arrendamento mercantil. centivos e beneficios fiscais serão concedidos e revogados. _
. 'ALC n° 11612003 estabeleceu como alíquota máximá
Contribúinte, Basé de Cálculo e Lançamento o valor de 5 %, sendo omissa quanto ao valor mínimo.
O contribuinte poderia ser tanto o vendedor como o Porém, o art. 88 do Ato das Disposições Constitucionais
comprador, mas a lei municipal normalmente considera Transitórias, anexo à CF/1988, estabelece como 2% a
o comprador como contribuinte. aliquota mínima.
A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem A referidà lei complementar, por determinação cons­
e o lançamento se faz por declaração' do contribuinte. titucional (art. 156, § 3°, lI), excluiu a incidência do ISS
Porém, se o Fisco suspeitar que preço declarado esteja sobre a exportação de serviços para o exterior. Por outro
abaixo do valor venal, arbitrará novo valor (art. 148, do lado, o imposto incide sobre o serviço proveniente do g
CTN) e fará o lançamento de ofício. exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior. ;;
CI
l!:
c. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza- OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA S
ISS (art. 156, III, da CF) .. oiai
a. Conceito e Elementos Estruturais da Relação
Imposto municipal de natureza fundàmentalmente
fiscal engloba serviços de qualquer natureza (desde que
não cobertos pelo ICMS), definidos em lei complementar.
Já anteriormente à CF/l988, com o propósito de não
deixar dúvidàs quanto ao campo de tributação do ISS
Tributária

Como o Direito Tributário é naturalmente de caráter


obrigacional, a obrigação tributária é seu elemento fundà­
mental. Essa obrigaÇão, que pode ser principal ou acessória
I
i
S
~
26
(art 113, do CTN), significa que háum vínculo jurídico en­
Vestcon
obrigação tributária principaL Entretanto, o fato concreto
tre o Estado e o contribuinte, respectivamente, sujeito ativo havido deve enquadrar-se rigorosamente à hipótese legal
e sujeito passivo (aspectos subjetivos do fato gerador), que prevista, não sendo aceita a aproximação. A esse enqua­
cria para o primeiro o direito de receber e, para o segundo, dramento estrito dá-se o nome desubsunção.
o dever de pagar uma determinada prestação chamada de O fato gerador da obrigação acessória é qualquer
tributo. Entretanto, esse vínculo só passa a existir a partir da situação que, na fonna da legislação aplicável, impõe a
ocorrência concreta (fato gerador) de uma situação prevista prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
na lei (hipótese de incidência) como ,necessária. principal,
Portanto, a relação jurídica tributária nasce com a Se não houver nenhuma disposição de lei em contrá­
ocorrência do fato gerador, cuja tributação será o resultado rio, no caso de situação de fato, o fato gerador é considera­
da aplicação de uma lei. São elementos estruturais dessa do ocorrido (aspecto temporal do fato gerador) e existentes
obrigação o sujeito ativo e o sujeito passivo. O sujeito ati­ os seus efeitos desde o momento em que se verifiquem
vo é o Estado, que é o credor do crédito tributário (dívida as circunstâncias materiais necessárias para a produção
tributária) constituído contra o particular e o sujeito pas­
desses efeitos. Já para uma situação jurídica, considera-se
sivo é este particular devedor, que pode ser o contribuinte
ocorrido o fato gerador a partir do momento em que esta
ou o responSável pelo pagamento do tributo. Em suma,
esteja definitivamente constituída, nos tennos do direito
em função dessa relação, o sujeito passivo é obrigado a
aplicável. Poderão ser desconsiderados pela autoridade
fazer ou não fazer algo no interesse da arrecadação ou
da fiscalização dos tributos, e o Estado tem o direito de administrativa atos ou negócios jurídicos praticados com
constituir contra o particular um crédito. a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
b. Obrigação Tributária Principal (art.1l3, § 1°, obrigação tributária.
do CTN) A existência de fato gerador independe da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contri­
A principal surge diretamente com a ocorrência do buintes, responsáveis ou terceiros, bem como da natureza
fato gerador. Tem por objeto o pagamento de tributo do objeto desses atos ou dos seus efeitos. Nem mesmo os
ou, caso este não seja pago, o pagamento de penalidade efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser con­
pecuniária correspondente e extingue-se com o crédito siderados na detenninação da ocorrência de fato geràdor.
decorrente dessa obrigação principal. Isso significa que a A interpretação deve ser feita expurgada de tais elementos.
obrigação tributária desaparece juntamente com o crédito É por esse motivo que, ainda que o ato praticado pelo
tributário (dívida tributária exigível), seja por pagamento, contribuinte seja ilegal, se este se enquadrar na definição
qüe é a fotina desejável, seja pelas outras formas possíveis legal de fato gerador, será tributado (ex.: rendimentos
aceitas pelo CTN (Titulo m, Capitulos N e V). auferidos pelo tráfico de entorpecentes).
Os fatos geradores podem se classificar em: instantâ­
c. Obrigação Tributária Acessória (art. 113, §§ 2" neos, continuados ou complexivos, Os instantâneos dão
e3°,do CTN) origem a uma obrigação tributária autônoma a cada ocor­
rência (ex.: IPI, ICMS). Os continuados são aqueles que
A acessória decorre da própria legislação tributária permanecem no tempo, como ocorre com a propriedade
e tem por objeto o cumprimento, pelo sujeito passivo, de um imóvel, 'de um carro (ex.: IPTU, IPVA). Os com­
das obrigações acessórias, das prestações previstas nessa plexivos, para sua formação, dependem de sua ocorrência
legislação, sejam positivas (ex.: manter os livros atuali­ de fonna sucessiva ao longo do tempo e da integração
zados, emitir notas fiscais etc.) ou negativas (deixar de dessas ocorrências para o resultado final (ex.: imposto de
fazer algo por determinação legal), sempre no interesse renda do trabalhador com desconto ua fonte e ajuste no
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. final do exercício),
A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal quanto, e.l Elemento Valorativo (quantitativo) do Fato Ge­
à pep.alidade pecuniária, O que se quer dizer aqui é que, rador: base de cálculo e alíquota
apesar de multa não ser tributo, pode ser cobrada como se Ocorrido o fato gerador, no entanto, o tributo não pode
tributo fosse, utilizando-se, igualmente, de todos os meca­ ser exigido, pois carece de detenninação de seu montante,
nismos disponiveis para cobrança da ôbrigação principal.
que somente se dará com a constituição do crédito tribu­
tário mediante o devido lançamento.
d. Hipótese de Incidência
O cálculo será feito aplicando-se uma alíquota, que
Hipótese de .incidência é a descrição que a lei faz de é um percentual definido em lei, sobre a base de cálculo,
um fato tributário que só dará origem a uma obrigação que representa o valor monetário do fato gerador ocorrido

i
iS
tributária se ocorrido concretamente. Ou seja, a lei des­
creve um fato hipotético que, enquanto não acontecer, não
e cuja forma de detenninação também é definida em lei.
Essa quantificação do valor a pagar constitui-se no aspecto
quantitativo da fato gerador.
...~ faz nascer nenhuma obrigação. A hipótese de incidência
é também conhecida como fato geradór em abstrato e
8 CAPACIDADE TRIBUTARIA
representa o aspecto objetivo do fato gerador.
I...
e e. Fato Gerador (arts. 114, 115, 116, 117 e 118, a. Capacidade Tributária Passiva (art. 126, do
5 . do CTN)
,.s; CTN)
e Com a ocorrência do fato gerador nasce uma relação
§ Fato gerador é a ocorrência concreta do fato descrito
na hipótese de incidência legal. Somente assim nasce a
jurídica tributária cujos elementos estruturais são: o sujeito
passivo e o sujeito ativo.

. ~
.,' ~
.....

.
~
Vestcon 27
A capacidade tributária passiva significa que o sujeito Quanto às pessoas jurídicas de direito público,
passivo participante da relação jurídica tributária é de­ considera-se domicílio qualquer de suas repartições no
tentor de capacidade jurídica para ser alvo de obrigações território da entidade tributante.
.(aquele de quem se pode cobrar tributos) e titular de direi­ Caso não seja cabível a aplicação de qualquer das
tos. Como ao Estado interessa uma base de contribuintes regras elencadas, considerar~se-á como domicílio tribu­
ampliada; o CTN estabelece que a capacidade tributária tário do contribuinte ou responsável o lugar da situação
passiva índepende da capacidáde civil das pessoas natu­ dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
rais, não se configurando, esta, em impedimento para que origem à obrigaÇão.
lhes sejam cobrados tributos.
Taml?ém não é obstáculo à cobrança de tributos o fato CRCDITO TRIBUTARIO
de uma pessoa natural estar de alguma forma privada ou
limitada no exercício de atividades civis, comerciais ou Após a ocorrência do fato gerador nasce a obrigação
profissionais, ou ainda da administração direta de seus tributãria, ou seja, passa a eXistir uma obrigação do sujeito
bens ou negócios. passivo (contJ:ibuinte) para com o sujeito ativo, qual seja a
No que tange à pessoa jurídica, não é necessário que de pagar um tributo. Neste ponto, entretanto, não se pode
ela esteja regulaimente constituída, bastando que configu­ ainda exigir o pagamento por falta da apuração do quanto
re úma unidade econômica ou profissional. Isso significa é devido. Esta apuração é realizada pelo lançamento do
que a pessoa jurídica irregular ou informal também será tributo, que toma líquida e certa a obrigação.
tributada. . .
a. Constituição do Crédito Tributário
b. Capacidade Tributária Ativa
o lançamento é a informação ao Fisco da ocorrência
Nada obstante o normal seja se falar 'em capacidade do fato gerador e do nascimento da respectiva obrigação
tributária passiva, entendemos que existe tarri.bém a capa­ tributária. Com o lançamento constitui-se um crédito
cidade tributária exercida pelo sujeito ativo. Isso por que o tributário pàra o FiscO que, agora de posse de um título
sujeito ativo, que é quem tem a competência para instituir executivo extrajudicial, passa a ser credor de uma dívida
o tributo, detém, também, a capacidade de exigi-lo. tributária do sujeito passivo, agora quantificada e exigível
Esta capacidade pode ainda ser delegada a outra (art. 142, do CTN).
pessoa de direito público que recebe atribuições de ar­ Resumindo, o crédito tributário nada mais é do que
recadação ou fiscalização, como ocorre com algumas a obrigação tributária principal tomada exigível pelo
autarquias (ex.: INSS). lançamento, lembrando que obrigação tributária principal
Matéria que causa alguma confusão é a questão da consiste no pagamento de tributo ou de pena pecuniária
diferenciação entre competência tributária e capacidade (art. .113, §.1", do CTN). No caso de obrigação acessória, a
tributária ativa. A competência é o poder de criar o tri­ penalidade pelo seu descumprimento é também convertida
buto e esgota-se com a edição da lei arrecadadora. Com em obrigação principal, passando a fazer parte do crédito
a edição da lei surge a Capacidade tributária ativa, que é tributário.
o poder de se demandar dó sujeito passivo o pagamento
dos tributos instituídos. . ,b. Lançamento
. -
DOMlduo T"IBUTARIO (ART. 127 DO CTN) Dispõe o art. 142 do CTN:

o CTN faculta ao contribuinte, ou responsável, esco­ Compete privativamente à autoridade ad,ministra~


lher seu domicílio tributário. Neste lugar escolhido será tiva constituir o crédito tributário pelo lançamento,
desenvolvida a relação entre ele e o Fisco,nos seus mais a.ssim entendido o procedimento administrativo
variados aspectos. ., tendente a verificar a ocorrência do fato. gerador
A escolha, entretanto, não é desprovida de conside­ da obrigação correspondente, determinar a matéria
ração por parte da administração, que poderá re,cusá-la tribu~vel, calcular o montante do .tributo devido,
quando esta escolha impossibilitar ou dificultar a cobrança identificato sujeito passivÓ e, sendo ó caso, propor a
ou a fiscalização do tributo. Neste caso, assume-se como aplicação da penalidade cabível.
domicílio o lugar da situação dos bens ou da ocorrência Parágrafo único. A atividade administrativa do
dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. lançamento' é vinculada e obrigatória, sob pena de
. No caso de não haver qualquer escolha, a Administra­ responsabilidade funcional. . .
ção Tributária considerará que, para as pessoas naturais,
seu domicílio será a sua residência habitUaL Se esta, pO­ o lançamento é um procedimento administrativo
rém, for incerta ou desconhecida, então considerar-se-á vinculado, no sentido de que aquele que a lei determina ~
c
domicílio o local onde a pessoa normalmente exerce suas que o faça não pode optar por não fazê-lo. Não há discri­ 2ii
atividades. cionariedade do agente quanto a este tema. ~
Para as pessoas jurídicas de direito privado ou às Cabe à autoridade administrativa verificar se o fato 13
firmas individuais, o domicílio tributário é o lugar da sua concreto ocorrido realmente se configura em fato gerador ~
sede, ou em relação aos atos ou fatos que derem origem do tributo pela subsunção deste à hipótese de incidência, -:
~
à obrigação, o de cada estabelecimento. Isso porquê ou seja, o fato concreto tem que se encaixar exatamente ~
se a empresa tiver filiais há tributos (ICMS e IPI) que na descrição da hipótese de incidência descrita na lei, para I
consideram cada uma delas como contribuintes isolados que possa ser considerado fato gerador. Em seguida, a 5:
e, portanto, entes autônomos em relação à matriz para autoridade determina a matéria tributável (base de cálcu­ 8
efeitos de domicílio. lo), aplica a alíquota prevista na lei para apurar o montante ...
.....,
'~,

28
do tributo devido, identifica o sujeito passivo e ainda, se
Vestcon
efetivar o lançamento. Está previsto no art. 147 do crn,
for o caso, apresenta a propositura de penalidade cabível. nos seguintes termos:
Com isto considera-se efetuado o lançamento.
Como o fato gerador é elemento fundamental da O lançamento é efetuado com base na declaração
obrigação tributária, o crn dispõe que o l,ançamento do sujeito passivo ou de terceiro quando um ou outro,
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obriga­ na forma da legislação tribútária, presta à autoridade
ção tributária e rege-se pela le'i então vigente, ainda que, administrativa informações sobre matéria de fato;
posteriormente, modificada ou revogada (art. 144). Esta indispensáveis à sua efetivação..
regra, no entanto, sofre mitigações. Aplica-se ao lança­
mento legislação posterior ao fato gerador quandó esta . Se áautoridade'administrativa detectar erros 'na decla­
tenha: instituído novos critérios de apuração ou processos ração, não a devolverápara correção, mas fará a: retificação
de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das de oficio (§ 20 do art. 147). A retificação da declaraÇão por
autoridades administrativas, ou outorgado aó .credito iniciativa do declarante, quando vise a reduzir ou excluir
maiores garantias ou privilégios. No entanto, neste últi­ tributo, só será admissível mediante comprovação do erro
mo caso de o:utorgá de maiores garantias e privilégiós, o em quese funde e antes de notificado do latiçamémto (§ 10
em estabelece qUe a legislação não poderá ser aplicadà do art. 147). . .
se o efeito for o de atribuir responsabilidade tributária a . A~últóridade fazendária recebe as informações como
terceiros. . .. se verdadeiras fossem. No caso de dúv~das relativas ap
Não se aplica, Ú!IDbém, a legislação posterior aos valor ou ao preço de bens, direitos, serviços ou atos jurí­
impostos lançados por períodos certos de tempo se a dicos, o Fisco pode desprezar a declaração apresentada e
respectiva lei fixar expressamente a data em que o fato arbitrar o valor ou o preço, a menos que haja contestação
gerador se considera ocorrido. do sujeito passivo, quando, então, poderá ser oferecida
O lançamento considera-se finalizado (constituição uma avaliação contraditória, de natur.eza administrativa ou
definitiva do crédito. tributário) com a notificação do judicial. O IR, no passado, já foi de lançamento misto QU
sujeito passivo. A partir daí, o lançamento só poderá ser por declaração, pois o contribuinte era o encarregado de
modificado ou extinto, ou ter sua exigibilidade suspensa prestar as informações ao Fisco que, por sua vez, de posse
ou excluída (art. 141 do Cm), unicamente nos casos destas, calculava o valor a pagar e efetuava o lançamento,
previstos no art. 145 do crn: "I - impugnação do su­ notificando ao interessado.
jeito pas~jvo; II -recurso de oficio; I1I- iniciativa de
o~cio da.. autoridade administrativa, nos casos previstos Ill) Lançamento por Homologação (auto-lança­
noart. 149". mento)
Os casos do art. 149referem-se às circunstâncias que Esta modalidade de lançamento está prevista no
validam o lançamento e a reVisão deste de oficio e incluem art. 150 do CTN nos seguintes termos:
a ocorrência de omissões ou inexatidões, falsidàdes, j

dolo, fraude, informações prestadas por pessoa estranha O lançamento por homologação, que ocorre
e determinação legal. Observa-se que a revisão de oficio quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito
é bastante ampla, mas somente poderá ser realizada no passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
prazo decadencial de 5 anos permitido pelo crn para o exame da autoridade administrativa,. opera;-se pelo ato
lançamento (art. 173). em que a referida autorídade, tomando conhecimento
da atividade assim exercida pelo obrigado, expressa­ ~

b.I Modalidades de Lançamento mente a homologa.


O Código Tributário Nacional adota três modalidades
de lançamento: o lançamento direto, o lançamento misto Esta modalidade de lanÇ.amento caracteriza-se' pela -'
e o laIiÇamento por homologação. . antecipação do pagamento do tributo cujos cálculos são
feitos pelo sujeito passivo sem nenhuina participação do
I) Lançamento Direto ou de Oftcio (art 149 do CTN) Fisco. É o caso do IR atual, do ITR, do IPI e do ICMS,
Realizado diretamente pelo sujeito ativo, sem a par­ onde o Fisco apenas recebe as informações do tributo
ticipação do sujeito passivo. É a modalidade que, a rigor, após este ter sido pago. Nestes casos o crédito tributário
mais caracteriza a atuação de um Fisco, uma vez que todo é extinto sob condição resolutória, ou seja, depende de
o procedimentó vinculado que conduz à constituição do posterior homologação do lançamento. A homologação
crédito tributário é feito por um agente público. Também é a demonstração da concordância do Fisco com os cál­
é dele a responsabilidade pelos equivocos que possam culos e pagamentos efetuados e significa a declaração da
g ocorrer. Como exemplo de tributo cujo lançamento é direto extinção do tributo> posto que o pagamento que foi feito
;c tem-se o IPTU e o IPVA. É evidente que a estrutura estatal antecipadamente foi considerado adequado. Não homolo­
.., para que este tipo de lançamento ocorra é maior que em gado o pagamento antecipado por discordância do Fisco,
c
outras modalidades, razão pela qual, quando possível, o este pode realizar o lançamento de oficio para receber a
i
CD
Estado deve evitá-lo em face dos custos envolvidos, eventual diferença.
O crn estabelece o prazo de homologação como
j lI) Lançamento Misto ou por Declaração sendo de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador.
Este lançamento é conhecido como misto ou declara­ Permite, no entanto, que lei ordinária do ente tributante
I
::I:
z
ção porque depende da ação conjunta do sujeito passivo e
do sujeito ativo, um declarando (contribuinte ou respon­
disponha de outro prazo. Este, no entanto, só poderá ser
menor que o prazo de 5 anos do crn vez que este tem
i ~
,8 I --'
sável) as informações que o outro (Fisco) necessita para natureza de lei complementar, não podendo o limite ser

~ ~
1 .~

Vestcon
ultrapassado por lei ordinária. Passado esse prazo sem
que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, considera-se
homologado tacitamente lançamento e definitivamente
Constituição Federal. Constitui-se em inaceitável afronta à
autonomia federativa e invasão de competência tributária.
Como, no entanto, não foi taxativamente proibida pela
29
, extmtoo crédito, a não ser que se comprove a ocorrência Constituição, ao -contrário do que ocorreu com a isenção
de dolo, fraude ou simulação (§ 4° do art. 15Q). heterônoma19 conta com defensores, entre os quais não
Como a responsabilidade pelainterpretação da legis­ nos incluímos.
lação tributária é do sujeito passivo, uma forma dele evitar Em qualquer das situações em que seja concedida, seja
peualidades é utilizar a pos~ibilicladede fazer consultas em caráter geral ou individual, a lei referente à moratória
ao Fisco~qmmdo houver dúvidas. A consulta, formulada pode circunscrever expressameute a sua aplicabilidade
por escrito, é o instrumento que. o contribuinte possui a determinada região do território da pessoa jurídica de
para dirimir dúvidas quanto a determinado dispositivo direito público que a expedir, oU a determinada classe ou
da legislação tribútá'ria relacionado ~om s;ua atividade. categoria de sujeitos passivos. A lei deverá-especificar o
Ao contrário do qlle ocorre nolançam€:lDto direto, os prazo de duração do favor,o número de prestações e seus
custOs d~ arrecadação são sensivelmeute redUzidos, vez vencimentós, as condições da concessão em caráter indi­
que a,IIulior parte do trabalho fica por contado particular. vidual, inclusive as garantias, e os tributos à que se aplica;
Essy fato faz corri qUe hajallma simpatia dos Fiscos de A moratória, salvo disposição legal ení contrário, só
tod~ ás. .
esferáspor
.
esse tipo'.de lançamento.'
- . '
.. abrange definitivameuteos créditos nos littrites permitidos
à data da lei ou do despacho concessivo, ou cujo lançamen­
~~:r~N~SÃO DA EXIGlàlll,DADÉ DO CR.DITO TRI.IU- to já tenha sido iniciado àquela datapór ato regularmente
notificado ao sujeito passivo (art. 154 do CTN).
Se concedida' em Caraterindividúal, a: moratória não
Está suspenSão' é temporária e o crédito .tributário gera direito adquirido e deverá ser revogada de oficio
continua válido; só que adia-se seu adimplemento. ' sempre que se apurar que o beneficiado não satisfazia ou
o art. 151 do em estabelece: . deixou de satisfazer as condições ou que não cumprira
ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do
Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros. Neste caso
. 1'-'- moratOria; . ' , . . haverá, adicionalmente, a imposição da penalidade se for
II - odepósito do seurilontanteintegral; apurado dolo ou simulação do beueficiado, ou de terceiro
.', m:...as reclan:iaçõese os recursos, nos termos das em beueficio daquele.
leis reguladoras do processo tributário àdministrativo;
IV - a concessão deinedida liminar em mandado b. Depósito do Montante Integral do Crédito
de segurança~
, V '-'--a concessão de medida liminar ou de tutela Na hipótesedé o sujeito passivo desejar discutir ad­
antecipada, em outras espécies de ação judicial; ministrativamente ou judicialmente o crédito tributário,
, ,VI- o parcelamento. deposita o seu valor integràl. Isto suspende a exigibilidade
do crédito até a decisão final.
, Mesmo .suspenso o crédito tributário decorrente da
obrigação principal (pagameuto de tributo oude peualida­ c. Reclamações e RecursoS Administrativos
depeçuniária), as obrigações acessóri.as (prestações positi­
vas ou.negativas estabelecidas no interesse da arrecadação A impugnação, defesa ou recurso'administrativo
e da fiscalização) dependentes de~a devem ser cumpridas. contra o lançamento constitUtivo do crédito tributário
A obrigação de emitir as notas fiscais, escriturar livros, também,suspende sua exigibilidade.
por exemplo, persiste apesar da suspensão.
d. Concessão de Liminar em Mandado de Segn­
, a. Moratória rança

, Concedida por lei com o objetiyo de apenas dilatar Concedida quando se vislumbra que ó direito do im­
o praZo para o pagamento de .rim tributo (art. 97, VI, do petrante possa se "esfumaçar" (jumusboni iuris), virarutD
CTN). Pode ser concedida em caráter individual ou geral. nada, se houver demora na suspensão.da obrigatoriedade
Erri caráter mdividual, é concedida por despacho da de se pagar o tributo.
autoridade administrativa Competente. Em carn.ter geral
é concedida pela própria pessoa juridica competente pata e. Concessão de Medida Liminar ou TUtela Ante­
a inStituição do tributo (art. 152, I, a do CTN) ou áinda, cipadaem Outras Espécies de Ação Judicial .
conforme o C'IN (aí:-f 152, I, b do cTN), pela União, que
poderá: concedê:..la quantóa tributos de competência dos ALCn° 10412001, incluiu no art. 151 doCrn,como
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Neste hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributá­ ~
c
últÍnlo caso, no entanto, isto só seria possível sea União rio, a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada ã
concedesse simultaneamente moratória quanto aos tributos em qualquer procedimento judicial. ~
de sua competência e às obrigações de direito privado.
A aplicação dessa faculdade se daria, por exemplo, para
minimizar as situações decorrentes de calamidade pública,
f. Parcelamento I
hipótese em que sua aplicabilidade fica restrita à região A possibilidade de ~pensão do crédito tributário pelo ~
atingida ou à determinada claSse ou categoria de sujeitos
passivos. Entendemos, no entanta, que essa·faculdade
parcelamento também foi incliúdà no art. 151 do CTN pela 5
de concessão de moratória em caráter geral pela União
quanto a tributo de outros entes não foi recepcionada pela
19 Constante do parágrafo único do art.
no ar!. 151, I1I da CF.
13 do CTN , mas expressamente proibida
.
I
.,.., e~
'F ~i

30 Vestcon I
LC n° 104/2001. A referida lei complementar inseriu ainda à restituição total ou parcial do tributo, não importando
no em, o art. 155-Aque estabelece que o parcelamento
será concedido nas formas e condições estabelecidas
a forma em que foi pago o tributo. Se assim não fosse,
estaria havendo para a Fazenda Pública enriquecimento
I
em lei específica não se excluindo a cobrança de juros e
multas, a menos que a lei estabeleça de forma diferente.
sem causa, o que não se admite em Direito. Ao direito à
restituição; que pode ser demandada tanto administrati­
I
Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as vamente como judicialmente, chama-se de repetição de
disposições relativas à moratória. Nesse sentido, o parcela­ indébito tributário. I
mento pode ser concedido em caráter geral ou individual. O direito de pleitear a restituição extingue-se depois
Se individual, caberá à própria autoridade administrativa de decorridos 5 anos, contados da data da extinção do I
defini-lo e aplicá-lo, desde que nas formas e condições crédito tributário nos casos onde tenha havido pagamento,
estabelecidas. na lei específica. espontâneo ou decorrente de cobrança, do tributo indevi­ I
A recente LC n° 118/2005 alterou o art. 155-A para do, ou maior que o devido.
estabelecer, ainda; que lei específica disporá sobre as A restituição para os casos onde tenha havido erros
condições de parcelamento dos. créditos tributários do
na identificação do sujeito passivo, na determinação da
devedor em recuperação judicial. Enquanto não existir
alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito e na
esta lei especIfica, serão aplicadas ao devedor em recupe­
elaboração ou conferência de qualquer documento relativo
ração judicial às leis gerais de parcelamento do ente da
Federação deste, não podendo, neste caso, o prazo de ao pagamento, também obedece ao mesmo prazo acima,
parcelamento ser inferior ao concedido em nível federal. ou seja, de 5 an()s, contados da data da extinção do crédito
tributário (art. 168, I do CTN). Neste caso, para dirimir
EX1'INçAo DO CRÉDITO TRIBUTARIO qualquer dúvida acerca do momento efetivo da extinção
do crédito tributário para efeito da contagem do prazo, o
Conforme dispõe o art. 156 do CTN: art. 3° da LC n° 11812005 estabeleceu que, para efeitos de
interpretação do inciso I do art. 168 do CTN, a extinção
Extinguem o crédito tributário: do crédito tributário de tributo sujeito a lançamento por
I - o pagamento; homologação ocorre no momento do pagamento antecipa­
11 - a compensação; do. Não é demais lembrar que a real extinção do crédito é
III - a transação; condicionada à efetiva homologação do lançamento, que
IV - a remissão; ocorre em momento posterior. Mas como dissemos, para
V. a prescrição e a decadência; efeito da contagem do prazo se considera extinto o crédito
VI - a conversão do depósito em renda; na data do pagamento antecipado.
VII - o pagamento antecipado e a homologação Caso O sujeito passivo tenha efetuado o pagamento
do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e de um tributo por força de uma decisão condenatória, este
seus §§ 1° e 4°; pagamento somente será considerado indevido e, portanto,
VIII - a consignação em pagamento, nos termos passível de restituição, se a mencionada decisão vier a ser
do disposto no § 2° do art. 164; reformada, anulada, revogada ou rescindida. O seu direito
IX - a decisão administrativa irreformável, assim de pleitear a restituição extingue-se com o decursO do
entendida a definitiva na órbita administrativa, que prazo de 5 (cinco) anos, contados da data em que se tornar
não mais possa ser objeto de ação anulatória; definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a
X - a decisão judicial passada em julgado; decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na ou rescindido a decisão condenatória.
forma e condições estabelecidas em lei.
b. Compensação
a. Pagamento
A compensação é um instituto de direito civil que
É o modo básico e mais comum de quitação de uma poderá ocorrer quando duas pessoas forem, ao mesmo
divida tributária. Por ele se. extingue o crédito tributário
tempo, credor e devedor uma da outra. Neste, caso as duas
mediante a entrega ao Estado de soma em dinheiro. No
obrigações extinguem-se até o montante em que puderem
entanto, não basta pagar, é preciso pagar direito. O paga­
se compensar. O art. 170 do CTN, entretanto, condiciona
mento deve seguir o que dispõe a legislação tributária para
que o crédito tnbutário seja efetivamente extinto. Por isto, esta possibilidade, para o nível tributário, à existência de
pela importância do pagamento em matéria tributária, o lei que autorize a compensação.
CTN, em seus artigos 157 a 169, regula o tema, estabele­ ALei Complementai n° 104/2001, incluiu o art. 170-A
cendo, entre outras coisas, que o pagamento deve ser feito no CTN que·estabeleceu ser.proibida a compensação de
na repartição competente do domicílio do sujeito passivo, tributo que esteja em contestação judicial pelo devedor,
g sempre que a.legislação tributária for omissa a respeito e antes do trânsito em julgado da decisão judicial. A Lei
i que o pagamento da última parcela não implica presunção n° 9.430/1996, com redação dada pela Lei n° 10.637/2002,
z... de quitação das prestações anteriores. estabelece que
Salvo disposição legal em contrário, o pagamento
.i• deve ocorrer 30 dias após a data da notificação do sujeito
passivo (art. 160).
sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os
judiciais com trânsito emjulgado, relativo a tributo ou
I contribuição administrado pela Secretaria da Receita

.'!â. a.l Pagamento Indevido e Repetição de Indébito


Tributário
No caso de pagamento indevido (art. 165), o sujeito
Federal, passível de restituição ou de ressarcimento,
poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios­
relativos a quaisquer tributos e contribuições admi·
passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, nistrados por aquele órgão.
I ~ 3·1
Para o nivel federal não hã mais a obrigatoriedade Pública fazer o lançamento do tributo para constituição do
1 de que os tributos sejam da mesma espécie para poderem respectivo crédito tributário. Ou seja, a inércia do Fisco,
ser compensados. embora ocorrido o fato gerador da obrigação tributária,
I c.Transação
o faz decair de seu direito ao lançamento. O resultado é
que os· tributos devidos não poderão ser cobrados, vez
que não terão sido constituídos como créditos tributários.
I A transação é a extinção de obrigações mediante Pelo art. 173 do crn, o direito de a Fazenda Pública
concessões mútuas do sujeito passivo e do sujeito ativo. constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos
Em face da natureza vinculatória do crédito tributário, a contados:
ideia de concessões promovidas pelo Fisco parece absurda. a) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
A verdade é que, apesar de rara ocorrência, é possível para que o lançamento poderia ter sido efetuado;
as questões tribútárias, mas está condicionada à existência b) da data em que se tomar definitiva a decisão que
de lei que a autorize. Necessariamente só sem possível a houver anulado, por vício formal, o lançamento anterior­
trarisação em questões tributárias onde haj;l ~itígioSque mente éfetuado.
possam ser terminados pela aplicação dés.te· instituto O parágrafo único desse artigo estabelece que o direito
(àq. 171 do crn). São condiçÕes para sua aplicação à constituição do crédito tributário se extingue definitiva­
haver litígio e que seja, de alguma foI'IDa, vantajoso para mente com o decurso do prazo previsto no caput contado
a Administração sua extinção nessa forma. da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito
tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
d.Remissio medida preparatória indispensável ao lançamento.
Nos tributos de lançamentos por homologação,
Remissão é o mesmo que perdão. Sua concessão ocorrendo efetivamente. o pagamento antecipado, o prazo
significa que o crédito tributário extingue-se até o mon­ decadencial de cinco anos conta-se a partir da ocorrência
tante remido. O art, 172 do crn prescreve que a lei pode do fato gerador da obrigação tributária (§ 4° do art. 150
autorizar a autoridade administrativa a conceder, por des­ do crn e jurisprudêticia do STJ20).
pacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito É possível a· interrupção do prazo de decadência.
tributário, atendendo: Isso acontece quando houver anulação definitiva, por
I - à situação econômica do sujeito passivo; vício form.àl~ de tim lançamento anteriormente efetuado
fi ~ ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito pas­ (inciso 11, do art. 173 do CTN). Nesse momento, o prazo
sivo, quanto à matéria de fato; de decadência de 5 anos recomeça a correr .
DI à diminuta importância do crédito tributário;
VI ..:.. a considerações de eqüidade, em relação com as Prescrição . ..
características pessoais ou materiais do caso; No .casd de o Fisco haver, dentro do prazo, constituído
V - a condições peculiares a determinada região do definitivaD1ente o crédito tributário pelo lançamento e
território da entidade tributante. feito a necessária notificação ao sujeito passivo, começa
a correr o p:razo prescricional de .cinco anos para a res­
Sua concessão não gera direito adquirido e deverá ser pectivaação de cóbrança (art. 174 do crn, alterado pela
revogada de oficio sempre que se apurar que o beneficiado LC n° 118/2005). Esse prazo não é absoluto, podendo ser
não satisfazia ou deixou de satisfazer àS 'condições, ou interrompido, ou seja, podendo recomeçar a contagetn, do
marco inicial, nas seguintes situações ainda que falte so­
não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
mente um dia para se esgotar o prazo inicial de cirico anos:
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em
juros. Neste caso haverá, adicionalmente, a imposição da
execução fiscal;
penalidade se for àpurado ,dolo ou simulação do benefi­ 11 - pelo protesto judicial;
ciado, ou de terceiro em beneficio daquele. III - por qualquer ato judicial que constitua em mora
o devedor;
e. Prescriçio e Decadência IV· por qualquer ato· inequívoco ainda que extra­
judicial, que importe. em reconhecimento do déh,ito pelo
Prescrição é a perda ~ possibilid3de, por excesso do devedoL '
tempo, de se fazer uso de uma ação específica prevista para No caso .do item I, a hipótese prevista é decorrente do
o exercício de um direito. Admite suspensão e interrupção. que estabelece. a LC nO 118/2005 ao alterar o art. 174 em
Decadência é conceituada como sendo a perda de um substitui~o à redação anterior que requeria a citação pes­
direito por não ter si4-9 exercido dentro de determinado soal do devedor para que houvesse a interrupção. A medida
prazo.· E como se o direito em questão tivesse um tempo foi necessária uma vez que era comum ao devedor usar de
de existência permitido, após o qual desapareceria. ESl;>e
tempo de vida, em regra, não é objeto de suspensão nem
subterfúgios para não ser citado e garantir a prescrição. ;
interrupção (recomeça a contagem a partir do marco
Se o Fisco não efetuar o lançamento no prazo determi­ ã
nado e, portantp, decair deste direito, não há que se falar :!
inicial), correndo continuamente, como corre o tempo
inexoravelmente para todos. Porém, há a possibilidade de
em qualquer prescrição quanto ao direito de ação. Como
não existe ação para a cobrança de tributo que não tenha
e
.i!
interrupçio no caso de anulação de lançamento .. sido constituído em crédito tributário pelo lançamento, ..

I
não cabe falar em prescrição de ação inexistente. Sim­
Decadência plesmente não poderá haver cobrança.
No Direito Tributário, a decadência significa que se
extingue, por decurso de praZo, o direito de a Fazenda 20 REsp 733915 I SP,Min Eliana Calmon, DJ 161812007 p. 309.
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32 Vestcon
I
f. Conversão de Depósito em Renda .i. DecisãoAdministrativa Irreformável

No caso de ação do sujeito passivo para discutir o A decisão administrativa irrefonnável é aquela deci­ I
crédito tributário, é possível depositar o montante inte­ são definítiva na esfera adminístrativa que não possa mais
gral deste para que sejam evitadas a incidência de juros ser alvo de ação anulatória. Se a decisão. for desfavorável
e correção monetária e a execução fiscal. Nonnalmente ao sujeito passivo, este poderá recorrer ao Poder Judiciá­
usa-se desta faculdade nas ações de consignação judicial rio. Já 9 sujeito ativo não poderá recorrer ao judiciário se
do crédito tributário (como será visto a seguir) quando, a decisão lhe for desfavorável.
por exemplo, a autoridade fazendária se recusa ao rece­ . .
bimento ou o subordina ao pagamento de outro tributo ou j. Decisão Judicial Passada em Julgado
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória.
Se a decisão definitiva for desfavorável·ao sujeito Decisão judiCial passada em julgado. ou coisa julga­
ativo, ou seja, der razão ao sujeito passivo, ocorrerá a da é aquela que não é mais susc,etível dé réfonna. Essa
conversão do montante depositado em renda (o dinheiro decisão dá a palavra fiÍlal~m reb'lçãoao crédito tributário
fica disponível) para o Fisco, e?Ctinguindo-se o crédito e evideIitemente pode se darem qUálquer sentido. Para
tributário. Se à decisão for favorável ao Fisco, o depósito nós ó queinreressa é que se ela for favorável ao 'sujeito
se converte em renda para o sujeito,passivo que reaverá passivo,no sentido da extinção doerédito tributário, nada
a posse do dinheiro sem a extinção do crédito. mais resta ao FisCo senão aquiescer.

. g. Pagament~A~tecipado e Homol~ação do Lan­ l. Dação em Pagamento em Bens Imóveis


çamento (art. 150) .
Esta possibilidade foi incluída no CTN pela LC
NO$ casos de lançamento por homologação, a extinção n° 104/2001. Ela, no entanto, só poderá ser aplicada nas
do crédito tributário só será definitiva com a homologação formas e condições previstas em lei. Neste caso substi­
(concordância) dos valores .lançados e pa:gl)s antecipa~ tuit-se-ia o pagamento em dinheiro por pagamento em
damente.. A homologação poderá ser expressa ou tácita bens imóveis, extinguindo-se o crédito tributário.
(decorridos 5 anos sem manifestação da Fazenda Pública),
extinguindo-se definitivamente o. crédito tributário, salvo EXCLUSÃO DO CR~DITO TRI8UT~RIO
se comprovada a ocorrencia de dolo, fraude ou simulação.
Como já dito, nos tributos de lançamentos por homo­ O' CTN estabelece duas fonnas para que a exclusão
logação, oêorrendo efetivamente o pagamento antecipado, do crédito tributário se opere: pela isenção ou pela anistia.
o prazo decadencial de 5 anos para que a Fazenda Pública A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumpri­
concorde ou não com o lançamento efetuado conta-se a mento das obtigações acessórias dependentes da obrigação
partir da ocorrência do fato gerador da obrigaÇão tributária principal. Ex.: A pessoa isenta do pagamento do IR precisa
(§ 4° do art. 150 do CTN e jurisprudência doSTJ21).. apresentara declaração de iseIl.to.

h. Consignação em Pagamento (art.l64 do CTN) a. Isenção

Ocorre nas situações descritas no art. 164 do CTN e .Isenção é a dispensado tributo devido, feita por
culniina com a conversão .em renda ou para ó Fisco ou expressa disposição de lei. Salvo dispo~ição de lei em
para o sujeito passivo autor da ação. contrário, a isenção não é extensiva às taxas, às contribui­
ções de melhoria e aos tributos institUídos posterionnente
Dispõe o art. 164 do CTN: à sua concessão. A lei deverá especificar as condições é
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que
A importância do crédito tributário pode ser con­ se aplica e, sendó o caso, o prazo de sua duração.
signadajudicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: Com o advento da Constituição Federal de 1988 ficou
I - de recusa de recebimento, ou subordinação vedado à União conceder isenções de tributos da compe­
deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, tência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
ou ao cUmprimento de obrigação acessória; (art. 151, III da CF). Estas isenções eram cOnhecidas como
11 de subordinação do recebimento ao cumpri­ isenÇões heterônomas 'ou heterotópicas. Daí, atualmente,
mento de exigências administrativas sem fundamento só pode conceder a isenção aquele ente político que tenha
legal; a competência para instituição do tributo a ser isento; Ex.:
m- de exigência, por mais de uma pessoa jurí­ A união não pode isentar ninguém do IPTU, uma vez que
dica de direito público, de tributo idêntico sobre um é imposto de conipetência municipal e não federal.
mesmo fato gerador. De nossa parte, entendíamos que a vedação era abso­
~
!i
luta e impedia que a União concedesse isenções heterô­
1:1 Se o resultado da ação for favorável ao sujeito passivo nomas ouheterotópicas,. como se escolha denominá·1as,
~ (autor), converte-se o depósito em renda (o dinheiro fica ainda que em sede de tratados internacionais. No entanto,
disponível para saque) em favor do Fisco e considera-se fomos obrigados a abandonar esta posição em face de

ªI
.:2

extinto o crédito tributário.' Se a decisão for favorável
ao Fisco, o depósito se converte em renda pàra o sujeito
passivo que reaverá a posse do dinheiro, sem a extinção
decisão recente do STF que estabelece que a vedação cons­
titucional às isenções heterônomas pela União "limita-se
a impedir que a União institua, no âmbito de sua com­
petência interna federal, isenções de tributos estaduais,
'I; do crédito.
distritais ou municipais, não se aplicando, portanto, às

I 21 REsp 733915/ SP,Min Eliana Calmon, DJ 16/812007 p, 309.


hipóteses em que a União atua como sujeito de ,direito na
ordem internacional"(RE229.096/RS)(16/8/2007).

--_ ... -~ .. _ .....


v%: 33
Exceto quando concedida por prazo certo e em função adquirido, posto que poderá ser revogado deoficioc.om
de detenninadas.condições;a isenção pode ser revogada imp.osição da penalidade cabível, nos casos. de d.olo ou
ou modificada por lei, a· qualquer tempo, observado o simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefici.o
princípio da anterioridade da lei (art. 178 do CTN). daquele (art. 182,pl:!-rágrafo únic.o c/c art. 155).
. "A isenção pode ser .concedida em caráter geral ou
específico. Neste último caso, a isenção dependerá, em ADMINISTRAÇÃO TRIBUTARIA
cada caso, de despacho da autoridade administrativa, que
a concederá, vinculadamente, desde que o requeren~ faça A Administraçã.o Tributária é a atividade estatal
prova do. preencl;rlmento das, condições ,e do cumprimento que tem c.omo objetiv.o a fiscalização e a arrecadaçã.o de
dos requisitos prt.wi~tos em.lei{art. 179 do CTN), Poderá tributos. A União, .os Estados, .o DF e .os Municípios dis­
ainda ser concedida à .detennipada região do território da põem de estruturas especializadas e específicas v.oltadas
~tidade tributante, em função de condições a ela peculiares. a essas funções.
A concessão dobenefi~io. não gera direito adquiri­ .De fato a administração tributária tem tratamento
do, podendo ser. revogada de oficio com imposição da especial dispensado pela C.onstituição que cuida de
penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação .do privilegiá-la com recursos e preferências. Nesse sentid.o,
beneficiado, ou de terceiro em benefició daquele (art.. 179, a CF estabelece que a administraçã.o fazendária e seus
§ 20 c/c art. 155).' .... servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe­
Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte tência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
àquele em que ocorra a ~ua publicação os dispositivos de administrativ.os, na f.onna que a lei· regulamentar. Além
lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou à renda, disto, as administrações tributárias da União, dos Estados,
que extingam ou reduzam isenções, salvo se a lei dispuser do Distrit.o Federal e d.os Municípi.os, atividades essenciais
de màDeira mais favorável' ao contribuinte (art. 104. do ao funci.onamento do Estad.o, exercidas p.or. servidores
CTN). .
de carreiras específicas, terão recurs.os prioritári.os para a
realização de suas atividades e atuarão de fonna integra­
b.Anistia
da, inclusive com .o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na fonna da lei ou convênio.
. N o Direit~ Tributário, a anistia exclui apenas a penali­
dade pecuniária (ex:: multa), isto é, impede a constituição
do crédito tributário cuja origem seja penalidade pecuniá­ a. Fiscalização
ria. O crédito tributário oriundo da obrigação principal,
ou seja, o tributo propriamente dito, só ~rá perdoado Cabe à Legislação Tributária (art. 194) a responsabili­
em caso de remissão e nunca de anistia. E comum que dade para regular, em caráter geral ou de forma especifica,
a mídia confundá os dois institutos 'generalizando todo a depender do tributo, a c.ompetência e .os poderes das
perdão tributário; independentemente de sua abrangência autoridades administrativas em matéria de fiscalização
como anistia. da sua aplicação.
A anistia abrange exclusivamente as infrações co­ A fiscalizaçãO abrange a todos, aplicando~se às pes­
metidas anterionnente àvigência da lei que a concede e soas naturais .ou juridicas, contribuintes ou não, inclusive
nãO se aplica aos atos qualificados em lei como crimes ou às que gozem de imunidadé tributária ou de isenção de
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, se­ caráter pessoal.
jam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito Para efeitos de aplicação da legislação tributária, não
passivo ou por terceiro em beneficio daquele (art 180, I, têm aplicaçãO qualquer outra disposição legal, inclusive de
do CTN). Não cabe também anistia nos casos de infrações sigil.o bancári.o, que venham a excluir ou limitar o direit.o
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais de os Fiscos federal, estadual e municipal examinarem
ou juridicas, a menos que a 'lei explicitamente estenda a mercad.orias, livr.os, arquiv.os, documentos, papéis e
anistia à esses casos (art. 180, n, do CTN), efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais
A anistia, confonne o art. 181 do CTN, pode ser ou produt.ores, ou excluir .ou limitar a obrigação destes
concedida: . de exibi-los.
I - em caráter geral;
n limitadamente: a.l Importância dos Documentos Fiscais
.a).àg infrações da legislação relativa a determinado A emissão e o preenchimento c.orreto de documentos
tributo; fiscaissã.o obrigações acessórias no interesse da arreca­
b) às infrações. punidas com penalidades pecuniárias daçã.o e fiscalização de tribut.os.
até detenninadomontante, conjugadas ou não com pena­ No interesse nã.o só do Fisco, mas também d.o próprio
lidades de outra natureza; c.ontribuinte, o CTN estabelece que os livros obrigatórios
c) à detenninada região do território da entidade tri­ de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos o
butante,em função de c.ondição a ela peculiar; lançamentos neles efetuados serão conservados até que fi
d) sob condição do pagamento de tribut.o no praz.o ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes ~
fixado pela lei que a.conceder ou cuja fixação seja atriblÚda das operações a que se refiram (art. 195, parágrafoúnico). ~
pela mesma lei à autoridade administrativa. Ainda nesta linha, documentos fundàtnentais à fiscali- S
A anistia quando concedida limitadamente dependerá zação tributária são as n.otas ou cupons fiscais emitidos na i
da avaliação, caso acaso,da aut.oridade administrativa venda de uma mercadoria ou quando da prestação de um ::
que a concederá, vinculadamente, sempre que o reque­ serviço. Por intennédio delas os Fiscos estaduais e muni- ~
rente atenda aos requisitos estabelecidos na lei (art. 182 cipais podem fiscalizar a arrecadação do ICMS e d.o ISS. I
do CTN). A exigência de document.os fiscais é mecanism.o ~
A exemplo ,do que ocorre com a isenção em caráter sine qua non para se coibir a sonegação fiscal, daí sua i!i
individual, a concessão do beneficio não gera direito importância. ...
~ '·1···' ­
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34 a.2 Requisição de Força Pública no Embaraço à


Vestcoa
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante
.,/

FiscaUzação e Excesso de Exação lei ou convênio. Também serão fornecidas informações


Como mecanismo previsto pelo Código em beneficio por requisição de autoridade judiciária no interesse da
da arrecadação e fiscalização está a possibilidade de uso justiça e por solicitações de autoridade administrativa no
da força pública quando os. servidores forem VÍtimas de interesse da Administração Pública, desde que seja com­
embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou provada a instauração regular de processo administrativo,
quando necessário à efetivação de medida prevista na le­ no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de ~'

gislação tributária, ainda que não se configure fato definido investigar o sujeito paSsivo a que se refere a informação,
em lei como crime ou contravenção. por prática de infração administrativa. Adicionalmente, o
Se ao empreender a cobrança a autoridade administra­ crn (art. 198) dispõe que não é vedada a divulgação de
tiva incorrer em excessos e arbitrariedades estará sujeita informações referentes a: representações fiscais para fins
. ./
às penas da lei. Neste caso, o Código Penal é claro na penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e
tipificação do crime de excesso de exaçã022 • Estabelece parcelamento ou moratória. Por último, lembra-se ainda
no art. 316, § l°, que este é um dos crimes praticados que a Fazenda Pública da União, na forma estabelecida
por funcionário público contra a administração em geral. em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar
Consiste na exigência de tributo ou contribuição social informações com Estados estrangeiros no interesse da
que sabe ou deveria saber indevido. ou, quando devido, arrecadação e da fiscalização de tributos.
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso que a Nos termos do art. 11, § 3° da Lei na 9.311/1996, a
lei não autoriza. A pena prevista é de reclusão, de 3 a 8 Secretaria da Receita Federal (agora Secretaria da Re­
anos, e multa. No § 2° o artigo em tela estabelece a pena ceita Federal do Brasil - SRB) resguardará, na forma da
de reclusão, de dois a doze anos, e multa se o funcionário legislação aplicável à matéria, o sigilo das informações
desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedi­
indevidamente e não foi recolhido aos cofres públicos. mento administrativo tendente a verificar a existência de
Cabe ainda dizer que se o agente público praticar vio­ crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para
lência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la, lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito
o art. 322 do Código PenaL, inserto no titulo referente tributário porventura existente, observado o disposto no
aos crimes praticados contra a Administração Pública, art. 42 da Lei na 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e
estabelece pena de detenção de seis meses a três anos, alterações posteriores. .
além da pena correspondente à violência.
d. Sigilo Bancário
" b. Entidades e Pessoas Obrigadas a Prestar Inror­
ma'ções ao Fisco . O sigilo bancário não pode ser absoluto, haja vista
a supremacia do interesse pÓblico sobre o do particular.
Mediante intimação escrita, e somente neste caso, as A proteção que o sigilo bancário proporciona ao cidadão
seguintes pessoas ou instituições são obrigados a prestar é adequada quando se trata da divulgação dos dados ao
à autoridade administrativa todas as informações de que público, mas não quando se trata do Fisco. É fundamental
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades para o interesse público que a Fazenda Pública, no seu
de terceiros (art. 197): mister fiscalizatório, possa ter acesso às informações
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de bancárias. Se assim não fosse, sonegadores contumazes
oficio; poderiam estar sendo acobertados em franco prejuízo do
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas erário e da coletividade.
e demais instituições financeiras; O sigilo bancário é matéria integrante do sistema
TIl - as empresas de administração de bens; financeiro nacional, cuja regulação, a teor do art. 192 da
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; CF, depende de lei complementar. Nesse compasso, foi
V - os inventariantes; editada em 2001 a Lei Complementar na lOS" que dispõe
VI - os síndicos, comissários e liquidatários; sobre o sigilo das operações de instituições financeiras.
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei O art. 60 desta lei estabelece que:
designe, em razão de seu cargo, oficio, função, ministério,
atividade ou profissão. As autoridades e os agentes fiscais tributários
Este mesmo art. 197 informa, em seu parágrafo único, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
que o informante deve preservar as informações de que Municípios somente poderão examinar documentos,
esteja legalmente obrigado a observar segredoem·razão livros e registros de instituições financeiras, inclusi­
de cargo, oficio, função, ministério, atividade ou profissão. ve os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo
g c. Sigilo da Fazenda Pública e de seus Agentes instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais
:;
Q exames sejam considerados indispensáveis pela
w
a É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública autoridade administrativa competente.
S ou de seus servidores, de informação obtida em razão do
!:! oficio sobre a situação econômica ou financeira do sujei­ Foi inserto em parágrafo único deste mesmo artigo a
-=• to passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado obrigatoriedade de que o resultado dos exames, as infor­


de seus negócios ou atividades. Essa regra, entretanto, mações e os documentos sejam conservados em sigilo,
não é absoluta. Informações poderão ser permutadas observada a legislação tributária. Ou seja, ressalvado
mutuamente entre a Fazenda Pública da União.e as dos disposição diversa da lei, as informações obtidas devem
::c
ficar adstritas exclusivamente ao âmbito dos processos ad­ ~.

22 Exação significa o ato de cobrança dos tributos. ministrativos ou procedimentos fiscais que as requereram.
....".
Vestcon
Este art. 6° foi merecedor de regulamentação especí­
35
no limite das respectivas áreas de atribuições, e asinsti­
fica instituída pelo Decreto n° 3.274/2001 que tratou da tuições financeiras deverão fomecerao Podei: Legislativo
requisição, acesso e uso, pela Secretaria da Receita Fe­ Federal as informações .e os documentos sigilosos que,
deral, de informações referentes a operações e serviços das fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercíCio
instituições financeiras e das entidades a elas equiparadas. de suas respectivas competências constitucionais e legais.
O Fisco também pode atuar sem a intervenção do A lei faculta ainda que, de modo particular, as comissões
poder judiciário para efetuar a quebra do sigilo, bastando parlamentàres de inquérito, no exercício de sua competên­
a requisição das informações, desde que com base na cia constitucional e legal de ampla investigação, obtenhám
legislação pertinente. as informações e documentos sigilosos que necessitarem
A rigor, a terminologia "quebra de sigilo" é inexata diretamente das instituições financeiras, ou por intermédio
para o caso de informações requeridas pela Administra­ do Banco Central do Brasil ou da Comissão de Valores
ção Fazendária. Nenhum dado recolhido, em nenhuma Mobiliários. As solicitações de informações, entretanto,
hipótese, é usado fora do âmbito desta, permanecendo tão deverão ser previamente aprovadas pelo Plenário da Câ­
sigiloso quanto quando estava de posse das instituições mara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário
financeiras. de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito.
A Lei n° 9.311/1996, que institui a Contribuição Infere.,.se do exposto, que o poder legislativo tem o p.oder
Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Va­ de requerer de mão própria as informações sigilosas de que
lores e de Créditos de Natureza Financeira (CPMF), em necessite, não necessitando recorrer ao judiciário para tal.
seu artigo 11, §§ 2° e 3°, possibilita ao Fisco, entre outras
coisas, o cruzamento dos dados referentes à CPMF, com e. Divida Ativa
as declarações relativas ao Imposto sobre a Renda:
O art. 201 do CTN define como divida ativa tributillia
Art. 11. ............................................................ . aquela proveniente de crédito dessa natureza, regulár­
§ 2° As instituições responsáveis pela retenção e mente inscrita na repartição administrativa competente,
pelo recolhimento da contribuição prestarão à Secre­ depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela
taria da Receita Federal as informações necessárias lei ou por decisão :firial proferida em processo regu1~.
à identificação dos contribuintes e os valores globais A incidência de juros de mora não interfere na liquide? e
certeza do crédito. .
das respectivas operações, nos termos, nas condições
O § 2° do art. 39 da Lei n° 4.320/1964 (Normas Gerais
e nos prazos que vierem a ser estabelecidos pelo
de Direito Financeiro) estabelece a diferença entre a ~.:.
Ministro de Estado da Fazenda.
vida Ativa Tributária e a Dívida Ativa Não Tributária:.
§ 3° A Secretaria da Receita Federal resguar<l.ará,
A inscrição de créditos da Fazenda Pública, tributários
na forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das
ou não, em dívida ativa permite sua cobrança por meio
informações prestadas, facultada sua utilização para
de ação de execução judicial, que é uma ação especialde
instaurar procedimento administrativo tendente a cobrança da dívida ativa, regida pela Lei nO 6.830/198:0:
verificar a existência de crédito tributário rebitivo O art. 202 do CTN iQforma que o termo de inscri~
a impostos e conttibuições e para lançamento, no da dívida ativa, autenticado pela autoridade compete~te;
âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributá­ deverá indicar obrigatoriamente o seguinte: .. .... .
rio porventura existente (grifo nosso), observado o I o nome do devedor e, sendo caso, dos co-respon­
diSpOsto no art. 42 da Lei n° 9.430, de 27 de dezembro sáveis, bem como, sempre que possível, o domicílioo'\l a .
de 1996, e alterações posteriores. residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular osjutos
de mora acrescidos;
A quebra de sigilo das operações dos bancos ou III - a origem e natureza do crédito, mencion~ ..
das demais instituições financeiras, qualificadas no §1°, especificamente a disposição da lei em que seja fundadi;l; .
do art. 1° da LC 105/2001, poderá ser decretada pelo IV a data em que foi inscrita; ...•....> .
judiciário em qualquer fase do inquérito ou do processo V - sendo caso, o número do processo administratiVo
judicial. De modo especial poderá ser decretada quando de que se originar o crédito~ ..•........
da apuração dos seguintes crimes: de terrorismo; de tráfico Além dos requisitos acima, é necessário que cons~m .
ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; de da certidão de dívida ativa, que será o título executivo,.a
contrabando ou tráfico de armas, munições ou material indicação do livro e da folha da inscrição. ........
destinado a sua produção; de extorsão mediante sequestro; A omissão de quaisquer dos requisitos mencionad~
contra o sistema financeiro nacional; contra a Adminis­ ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inS(iÍj~ ..
tração Pública; contra a ordem tributária e a previdência ção e do processo de cobrança dela decorrente. A nulidáde, .g
social; lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos no entanto, poderá ser sanada até a decisão de primeÜ"!1.· ;
e valores; praticado por organização criminosa. A I.· ao instância, mediante substituição, desta certidão nula :de·· ;
listar especialmente estes crimes demonstra que m ' ;­ dívida ativa e concomitante devolução de prazo de defésa 8
dera especialmente danosos do ponto de vista da plllhJ.ca ao sujeito passivo, acusado ou interessado (art. 203). A çle- ~
criminal do Estado e que, portanto, são mais merecedores fesa deverá ge restringir à parte modificada da certidão.. ·. . ':j
da atenção particular da justiça. Para tanto, esta recebe A Portaria n" 49/2004 emitida pelo Ministério.da
Fazenda autoriza que não sejam inscritos como Dívida· :ré
·1
de forma explícita, para evitar dúvidas, autorização legal
para a quebra de sigilos financeiros quando de tais crimes. Ativa da União os débIto:. ,'om a Fazenda Nacional de iiJ
O art. 4° da LC 105/2001 estabelece que o Banco valor consolidado igualou inferior a R$ 1.000,00 (mil §
Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, reais). Adicionalmente, a referida portaria autorizaOlle
'-'
~,

36 Vestcon
as ações de execuções fiscais de débitos com a Fazenda vada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. No
Nacional somente sejam ajuizadas no caso de dívida de caso, por exemplo, dé parcelamento de crédito tributário
valor consolidado igualou inferior a R$10.000,00 (dez inscrito em Dívida Ativa, a exigibilidade do tributo fica
mil reais): Valor consolidado é aquele resultante da atua­ suspensa e a certidão emitida, ainda que positiva, terá
lização do respectivo débito originário mais os encargos o efeito de uma negàtiva (certidão positiva com efeitos
e acréscimos legais ou contratuais vencidos até a data da negativos).
apuração. Independentemente de disposição legal permissiva,
Isto não significa dizer, no entanto, que os devedores será dispensada a prova de quitação de tributos ou o seu
estarão livres de cumprir com sua obrigação fazendária. suprimento, quando se tratar de prática de ato indispen­
Significa apenas que para a Fazenda não é vantajoso sávelpara evitar a caducidade de direito, respondendo,
cobrá-las pelo método tradicional. Dai, o Procurador-Geral porém, todos os participantes no ato pelo tributo porven­
da Fazenda Nacional e o Secretário da Receita Federal tura devido,juros de mora e penalidades cabíveis, exceto
do Brasil, em suas respectivas áreas de competência, as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal
implementarão programas específicos para a cobrança ao infrator. Visa este procedimento a proteger o cidadão
dos débitos não sujeitos à inscrição em Dívida Ativa e em situação especial contra a perda de seu direito por
ao ajuizamento das execuções fiscais, respectivamente. conta de depender de uma certidão negativa. Não haverá
Os limites de valor para inscrição e ajuizamento não de ser fácil, entretanto, para o já afligido contribuinte
se aplicarão quando se tratar de débitos decorrentes de convencer a quem solicitou a certidão de que esta é dis­
aplicação de multa criminal. Neste ponto é importante pensada, no seu caso, em face da lei. Haverá, quase que
informar que as multas criminais, no moderno direito pe­ certamente, que recorrer ao judiciário para fazer valer o
nal brasileiro, quando não pagas, são incluídas em Dívida que lhe garante a lei. .
Ativa e cobradas mediante execução fiscal. Note-se que A certidão negativa expedida com dolo ou fraude,
apesar de incluídas em Divida Ativa elas permanecem que contenha erro contra a Fazenda Pública, não exclui
com· a natureza de pena. Como a Constituição, em seu a responsabilidade criminal e funcional que no caso cou­
art. 5°, XLV, estabelece que nenhuma pena passará da ber, responsabilizando pessoalmente o funcionãrio que a
pessoa do condenado, não é possível que esta dívida seja expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
cobrada dos herdeiros, pois, como dito, é pena. Não é
proibido, no entanto, que a obrigação de reparar o dano e g. Contagem dos Prazos Fiscais na Legislação
a decretação do perdimento de bens seja, nos termos da Tributária (Art. 210 do CTN)
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o liniite do valor do patrimônio transferido. Mas aíjá .Os prazos fixados no CTN; ou legislação tributária,
não se trataria de uma execução fiscal, não interessando são contados, excluindo, na sua contagem, o dia de início
ao nosso campo de estudo .. e incluindo o de vencimento. No entanto só se iniciam ou
No tocante à execução fiscal, especificamente, o vencem em dia de expédiente noimal na repartição em
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, observados os que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Além
critérios de eficiência, economicidade, praticidade e as disso, a contagem é feita de forma contínua, ou seja, os
peculiaridades regionais, poderá autorizar, mediante ato feriados, sábados e domingos também são considerado
normativo, as unidades por ele indicadas a promover para a contagem sem desconto no prazo total.
o ajuizamento de débitos de valor consolidado inferior Para entendermos a áplicação prática destas regras
ao limite mínimo estabelecido na portaria. Tal decisão, vejamos os seguintes exemplos:
evidentemente, é discricionãria, mas deverá observar as a) Em 22 de fevereiro de 2006, o contribuinte A foi
condicionantes mencionadas para que tenha validade. instado a fazer o recolhimento de um determinado tributo
em até 9 dias. Quando venceu o prazo dado? Resposta:
e.l Presunção Juris Tantum da Dívida Ativa Exclui-se o dia inicial do prazo (22) e começa-se a conta­
O art. 204 do CTN estabelece que a divida regular­ gem a partir do dia 23, uma quinta-feira, dia de expediente
mente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e normal. Inclui-se o dia final da contagem e contam-se o
tem o efeito de prova pré-constituída. Porém, essa presun­ sábado e o domingo. Portanto o prazo se encerrou em 03
ção a que se refere este artigo não é absoluta (jure et de de março, uma sexta-feira, e também dia de expediente
jure), mas sim relativa (juris tantum), pois admite prova normal na repartição tributária pertinente.
em contrário. Desta forma, a certeza e a liquidez podem ser b) Em 23 de fevereiro de 2006, o contribuinte B
ilididas por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo foi instado a fazer o recolhimento de úm mesmo tributo
ou do terceiro a que aproveite. também em 9 dias. Quando venceu o prazo dado? Res­
posta: Exclui-se o dia inicial do prazo (23) e começa-se

i
~
f. Certidões Negativas (arts. 205 a 208 do CTN)

A lei poderá exigir que a prova da quitação de deter­


minado tributo, quando exigível, seja feita por certidão
a contagem a partir do dia 24, uma sexta-feira, e dia de
expediente normal. Contando-se de forma contínua o
prazo (contam-se o sábado e o domingo) e incluindo-se
§ o último dia na contagem, a data final para pagamento
;;; negativa, mediante requerimento do interessado. deveria se encerrar em 4 de março. Porém como este dia
'I A certidão negativa será sempre expedida no prazo caiu num sábado, portanto sem expediente na repartição
~ máximo de 10 (dez) dias da entrada do requerimento na
repartição.
tributária, transfere-se o encerramento para o primeiro dia

Is Tem os mesmos efeitos de uma certidão negativa


aquela que conste a existência de créditos não vencidos,
útil seguinte, 6 de março, segunda-feira.
c) Em 24 de fevereiro de 2006, um contribuinte C I
I
foi instado a fazer o recolhimento de um mesmo tributo
em curso de cobrança executiva em que tenha sido efeti­ também em 9 dias. Quando venceu o prazo dado? Res- I
'.~
.....,..
Vestcon 37
posta: Exclui-se o dia inicial do prazo (24) e começa-se a . Entendemos, por fim, .qu(.') o parágrafo único em tela,
contagem a partir do dia 02 de março, uma quinta-feira, ao explicitar a dissimulação, tende a atingir somente os
e dia de expediente normal. Não se pôde começar a partir atos ilícitos, como já fazia o mencionado art. 149, e não
de 25 de fevereiro· porque caiu em um sábado. O próximo aqueles decorrentes de um planejamento tributário licito
dia útil de funcionamento normal da repartição, por conta que leve à elisão do tributo. Daí, que o dispositivo apesar
dos feriados de carnaval, foi somente em 2 de março. de ser conhecido como norma anti-elisão, é na verdade um
Contando-se de forma contínua o prazo e incluindo-se o dispositivo anti-evasão, o que valida nossa compreensão
último dia na contagem, a data final para pagamento se de que permanecem válidos os meios de elisão legais.
encerrou em 10 de março, uma sexta-feira.
i. Princípios Básicos da Defesa Administrativa do
h. Evasão (sonegação fiscal) e Elisão (ou elusão) Contribuinte
Tributáriàs
. Como princípios mais básicos a serem aplicados à
A evasão é todo ato ilícito e intenCional do contri­ defesa do contribuinte, seja na seará administrativa ou
buinte no sentido de evitar, reduzir, eliminar ou retardar judicial, estão os referentes à ampla defesa e ao contraditó­
o pagamento de um tributo. Acontece após a ocorrência rio, verdadeiras cláusulas pétreasde nossa constituição de
do fàto gerador. Como exemplo cita-se a habitual prática proteção contra o arbítrio. Estes constituem a verdadeira
de não emissão de notas fiscais por parte de alguns co­ proteção do contribuinte.
Adicionalmente; ao contribuinte deverá ser garantido:
merciantes.
isonomia ruis relações entre fisco e contribuinte; proteção
A elisão(ou elusãof3 é a possibilidade de, por meio
contra divulgação de seus dados econômicos ou financei­
de um planejamento tributário, antes de ocorrido o fato
ros; ter a exigibilidade de seu crédito tributário suspensa
gerador, se obter uma menor carga tributária. O sujeito
em caso de reclamações ou recursos administrativos;
passivo, conhecedor da hipótese de incidência descrita na poder argüir prescrição ou decadência, quando for o caso.
lei, planeja sua atuação econômiéa de modo que esta não A Lei n° 9.784/1999, que regula o processo admi­
ensej e a ocorrência de fatos que possam ser classificados nistrativo no âmbito da Administração Pública Federal,
como geradores de um determinado tributo. estabelece que esta, no trato com os administrados, se
O CTN, no entanto, procura combater a prática da pautará segundo os princípios da legalidade, finalidade,
elisão, uma vez que esta milita no sentido de diminuição motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
da arrecadação. Nesse sentido, a Lei Complementar n" ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
104/2001 incluiu um parágrafo único no artigo 116 do público e eficiência, sem prejuízo de outros princípios.
CTN, conhecido como dispositivo anti-elisão, com a Esta lei garante, ainda, ao administrado (no caso, o
seguinte redação: . contribuinte na sua defesa), os seguintes direitos, sem
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: ser tratado
Art. 116.......................................................... .. com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
Parágrafo único. A autoridade administrativa facilitar o .exercício de seus direitos e o cumprimento de
poder desconsiderar atos ou negócios jurídicós com a suas obrigações; ter ciência da tramitação dos processos
finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador administrativos em que tenha a condição de interessado;
do tributo oua nàtureza dos elementos constitutivos ter vista dos autos; obter cópias de documentos neles
da obrigação tributária, observados os procedimentos contidos e conhecer as decisões proferidas; formular
a serem estabelecidos em leiordinária (grifamos). alegações e apresentar documentos antes da decisão, os
quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
Ainda que o parágrafo seja novo não é novaa obriga­ e fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo
ção da Administração de estar sempre atenta a fraudes ou quando obrigatória a representação, por força de lei. A lei
más-fés que possam ocorrer em desfavor da arrecadação. é federal, não tendo caráter nacional, aplicando-se apenas
O art. 149 dó CTN já· estatuía que o lançamento deveria ao nível da Administração Federal. Caberá aos demais
ser efetuado e revisto de oficio pela autoridade adminis­ entes federativos estabeÍecer seu próprio entendimento
trativa sempre que se comprovasse que o sujeito passivo, sobre a questão processual no âmbito de suas legislações
ou terceiro em beneficio daquele, agiu com dolo, fraude específiCl:ls.
ou siniulação. .
Grande subjetividade reside na questão da determina­ j. Função SocioeconÔmica dos Tributos
ção da existência de simulação. Estamos convictos ser di­
reito do contribuinte buscar narealização de seus negócios o tributo é fundamental para que o Estado possa
aqueles caminhos legalmente áceitos que lhe possibilite ter recursos para aplicar no bem-estar da coletividade.
um menor custo tributário. Por esta razão, é preciso que Não há como se financiar a oferta dos serviços públicos $
o administradó esteja vigilante para não permitir que a sem a arrecadação de tributos. A elevada carga tributá­ 11:
i5
ria brasileira (35,21 % do PIB em 2006) e a descrença VI
Administração, no itituito de aumentar a arrecadação, vá CI
da população quanto à capacidade de·o Estado em lhe '"
ampliando e particularizando sua interpretação quanto ao
que é ou não simulação. A aplicação do dispositivo em
tela depeude, no entanto, de regulamentação em lei que
garantir saúde, segurança, transporte, habitação etc;, em
níveis satisfatórios, têm sido elementos incentivadores da i
I
sonegação fiscal.
ainda não ocorre.
Não resta dúvida que todo e qualquer contribuinte
tem o direito de poder realizar seu planejamento tributário
23 Elisão =suprimir, eliminar, Elusão= evitar ou esquivar com destreza. De fato de forma a pagar apenas o que é justo. Nada obstante, a
parece que o termo mais adequado seria elusão, porém tradicionalmente a v
literatura tem adotado elisão. sem prejuízo do entendimento do instituto. pouca confiança que o cidadão deposita no Estado como
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38
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Vestcon
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gestor desses recursos tem conduzido muitos a pensarem 10. (CespelUnB) A certidão da dívida ativa é o titulo
que os tributos são um mal desnecessário, um "castigo" executivo extrajudicial que embasa a inicial na ação
injusto por algo que não se cometeu e por isto deve ser executiva.
evitado a todo o custo. 11. (CespelUnB) O parcelamento, por ser ato de discricio­
Infelizmente, esta percepção é equivocada. Quando, nariedade administrativa, pode ser concedido inde­
por exemplo, o cidadão abre mão de exigir uma nota fiscal, pendentemente de lei autorizativa.
está diminuindo a arrecadação tributária e prejudicando 12. (CespelUnB) A lei pode impor aos sujeitos da obriga­
a todos, mormente os mais pobres, visto que estes são os ção tributária a celebração de transação que, mediante
mais dependentes dos serviços prestados pelo Estado. concessões mútuas, importe em determinação de
Permitir a evasão é acirrar a desigualdade sOCial, é permitir litígio e consequente extinção de crédito tributário.
que a rede de proteção social se esgarce e não ampare os 13. (CespelUnB) É vedada a compensação mediante
mais necessitados. o aproveitamento de tributo, objeto de contestação
Pagar tributos é antes de tudo um dever cívico. A ine­ judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em
ficiência do Estado na gestão desses recursos não pode julgado da decisão judicial. ~

ser argumento para a evasão fiscal. Há que se combater a 14. (CespelUnB) É vedada, para quaisquer fins, a divul­
ineficiência pé\os meios legitimos que estão à disposição gação, por parte da Fazenda Pública, de informação
da sociedade, tais como: o exercício do voto consciente; acerca da situação econômica ou financeira do sujeito
a cobrança aos parlamentares; a fiscalização pelos órgãos passivo obtida em razão do oficio.
de controle e cortes de contas; a ação popular etc. 15. (CespelUnB) Pelo principio da soberania nacional,
é vedado à Fazenda Pública da União firmar acordos
EXERdclOS internacionais que visem permutar informações com
estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da
1. (Esaf) A progressividade do Imposto sobre a Proprie­ fiscalização dos tributos.
dade Predial e Territorial Urbana pode ser estipulada 16. (CespelUnB) Não constitui fato gerador de ICMS o
em função da subutilização do solo urbano. simples deslocamento de mercadoria entre estabele­
cimentos do mesmo contribuinte.
2. (CespelUnB) Os impostos são sempre graduados
17. (CespelUnB) O IPVA é imposto direto em que ocorre
segundo a capacidade econômica do sujeito passivo,
o fenômeno da transferência da carga tributária a
sendo facultado à administração tributária, especial­
terceiro.
mente para conferir efetividade a esse objetivo, identi­
18. (CespelUnB) O IPTU, a par da função arrecadatória,
\ ficar,respeitados os direitos individuais, o patrimônio
tem finalidade extrafiscal, na medida em que é utili­
e a renda do contribuinte.
zado como forma de impor o cumprimento da função
3. (CespelUnB) Em caso de calamidade pública, os esta­ social ao imóvel urbano.
dos podem instituir empréstimos compulsórios, desde 19. (Esaf) A Constituição Federal de 1988 veda o estabe­
que por lei complementar. lecimento de limitações ao tráfego de pessoas, capitais
4. (CespelUnB)A União tem competência para instituir ou bens por meio de impostos.
e cobrar as contribuições parafiscais, inclusive sobre 20. (Esaf) O Imposto sobre Produtos Industrializados
os vencimentos dos servidores públicos estaduais deve ser não-cumulativo em função da essencialidade
e municipais,· para custeio, em beneficio destes, de dos produtos.
sistema de previdência e assistência social. 21. (Esaf) O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
5. (CespelUnB) Compete à União a coleta dos impostos deve ter sua base de cálculo e alíquotas fixadas de l­
estaduais e municipais no território federal, ainda que forma a desestimular a manutenção de propriedades
este seja dividido em municípios.
6. (CespelUnB) Cabe à União, por meio de lei com­
improdutivas.
22. (Esaf) A instituição do imposto sobre grandes fortunas
I
plementar, dispor acerca do fato gerador e da base
. de cálculo do Imposto sobre Operações Relativas
dependerá de lei complementar e de resolução do
Senado, fixando as alíquotas mínima e máxima. I
à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
e de Comunicação (ICMS) e do Imposto Predial e
23. (Esai) O ouro, quando definido em lei como ativo
financeiro ou ativo cambial, sujeita-se apenas a um I
imposto de competência da União, devido na operação
Territorial Urbano (IPTU). de origem. I
7. (CespelUnB) A União pode instituir tributo que não 24. (Esaf) As autarquias federais, municipais e estaduais
seja uniforme em todo o território nacional, desde
que se trate de incentivo fiscal destinado a promover
gozam de imunidade quanto aos tributos dos outros
entes políticos em decorrência da imunidade recíproca.
I
I
o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico 25. O lançamento é regido pela legislação vigente à época
entre as regiões do país. da ocorrência do fato gerador, não lhe sendo aplicável, I
~
8. (CespelUnB) Um bem imóvel de propriedade do em nenhuma hipótese, a legislação posterior.
Banco Central do Brasil (Bacen), que esteja sendo 26. (CespelUnB) Tanto no caso de calamidade pública I
I utilizado economicamente fora das funções essenciais quanto no caso de investimento público de caráter
'I da autarquia, pode ser objeto de incidência do IPTU. urgente e de interesse nacional, a União pode institui I

I
9. (CespelUnB) Em razão das imunidades constitucio­ e cobrar, no mesmo exercício financeiro, um emprés­
nais, não pode o DF exigir da União a Taxa de Lim­ timo compulsório.
peza Urbana (TLP), decorrente da utilização efetiva 27. (CespelUnB) A União pode instituir impostos além -"

do referido serviço prestado em imóvel localizado na dos enumerados na Constituição, desde que destine
Esplanada dos Ministérios. aos estados um quinto de sua arrecadação.

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Vestcon 39
28. (CespelUnB) Tributos diretos são aqueles cujo ônus 47. (Esai) O princípio da capacidade contributiva consti­
de pagamento recai sobre o próprio contribuinte. tui limitação do poder de tributar, somente no que se
29. (CespelUnB) Os impostos indiretos, por não serem refere aos impostos a serem instituídos pela União.
transferíveis a terceiros, permitem que a carga tribu­ 48. (Esai) O princípio da capacidade contributiva aplica­
tária seja distribuída de forma equitativa. se, indistintamente, aos impostos, às taxas e às con­
30. (Esai) Os rendimentos advindos do jogo do bicho e tribuições de melhoria.
da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois 49. (Esai) As taxas poderão ter base de cálculo própria
trata-se de prática de atividade ilícita. de impo~s, mas não de contribuição de melhoria.
31. (Esai) O princípio dalegalidade não se aplica, em toda 50. (CespelUnB) Nos termos da Constituição e em con­
sua extensão, aos impostos de importação e exporta­ formidade com o princípio da legalidade, qualquer
ção, aos impostos sobre produtos industrializados e majoração ou instituição de tributos deve vir veiculada
em lei.
ao imposto sobre operações financeiras.
51. A exclusão do crédito tributário dispensa o cumpri­
32. (Esai) Feita a inscrição da dívida ativa da Fazenda
mento das obrigações acessórias.
Pública, a Procuradoria da Fazenda Nacional tem 52. (Esai) Quanto ao lançamento, tem-se que se trata de
prazo de cinco anos, contado da data da inscrição, uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de
, para cobrar a dívida, sob pena de prescrição. responsabilidade funcional.
33. (CespelUnB) É inconstitucional o município exigir da 53. (Esai) O lançamento regularmente notificado ao sujei­
Anatelo pagamento de ITBI, pois pessoa jurídica de to passivo somente poderá ser alterado por iniciativa
direito público que faz parte da administração federal de oficio da autoridade administrativa.
indireta, tais como as autarquias, fundações públicas 54. CEsai) Para o lançamento, salvo disposição de lei em
e empresas públicas, não pode ser sujeito passivo de .contrário, quando o valor tributário esteja expresso em
impostos municipais. moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua con­
34. (Esai) As alíquotas máximas do Imposto Sobre Ser­ versão em moeda nacional ao preço médio do câmbio
viços de qualquer natureza são estipuladas por lei do mês da ocorrência do fato gerador da obrigação.
complementar. 55. (Esai) A moratória pode ser concedida em caráter
35. (Esai) A situação definida em lei, desde que necessária geral ou em caráter individual, dependendo, em ambos
para o nascimento da obrigação tributária principal é os casos, da prévia existência de lei autorizativa.
o seu fato gerador. 56. (Esai) A consignação em pagamento do montante
36. (Esai) Qualquer situação que, na forma da legislação integral do débito constitui direito subjetivo do con­
aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por tribuinte, enquanto discute, na via administrativa ou
objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação judicial, a legalidade da cobrança que lhe é imputada.
tributária acessória. 57. (Esai) A concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada acarreta a suspensão da exigibilidade do
37. (CespelUnB) Somente o depósito integral e em di­
crédito tributário.
nheiro suspende a exigibilidade do crédito tributário.
58. (Esai) Aos estados, ao Distrito Federal e aos municí­
38. (Esai) Preços de serviços públicos e taxas às vezes se pios compete instituir contribuições de intervenção
confundem porque ambos são compulsórios. no dominio econômico e de interesse das categorias
39. (CespelUnB) Caso o governo do DF promovesse a profissionais ou econômicas, desde que para O custeio,
edificação de uma nova ponte no Lago Sul, então em beneficio dos respectivos sujeitos passivos, e no
poderia ser instituída contribuição de melhoria, para âmbito territorial do ente tributante.
custeio da obra, a ser cobrada de todos os que utili­ 59. (Esai) A Contribuição de Intervenção no Dominio
zassem a ponte de maneira regular. Econômico incidente sobre a importação e a comer­
40. (Esai) A Constituição da República prevê que con­ cialização de petróleo e seus derivados, gás natural
tribuição de melhoria, decorrente< àe, obras públicas, e seus derivados e álcool etHico combustivel (Cide)
tenha por limite o custo total da obra e o valor da foi instituída pela União com a finalidade de finan­
melhoria por ela trazida, e que tenha sido precedida ciamento de projetos de proteção ao meio ambiente,
de referendo popular. ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
41. (CespelUnB) O fato de as taxas serem cobradas pela estético, histórico, turístico e paisagístico.
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 60. (Esai) Compete aos municípios o imposto sobre a
específicos e divisíveis impõe que sejam graduadas cessão, a titulo oneroso, de direitos à aquisição, por
segundo a capacidade econômica do, usuário. ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
42. O IPVA é um imposto que leva em consideração a fisica, e de direitos reais sobre imóveis.
situação financeira do contribuinte.
43. (CespelUnB) Taxas e contribuições de melhoria são GABARITO
tributos atribuídos à competência comum da União,
I dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. l.V
2.V
12. F
13. V
23. V
24. V
34. V
35.F
45. V
46. V
56.F
57. V
44. (CespelUnB) O texto constitucional impõe que os fatos
I geradores, bases de cálculo e sujeitos passivos das con­
tribuiçÕes sociais sejam definidos na lei complementar
3.F
4.F
14. F
15.F
25. F
26. F
36. F
37.F
.47. F
48. F
58.F
59.F
5. F 16. V 27. V 38.F 49. F 60. V
que fixar as normas gerais em matéria tributária.
I 45. (CespelUnB) A decadência extingue o direito de a
6.F
7.F
17.F
18. V
28. V
29. F
39. F
40. F
50. F
51. F
I Fazenda Pública constituir o crédito tributário.
46. (Esai) O princípw da capacidade contributiva aplica­
se a todos os impostos,.sempre que a estrutura de cada
8.V
9.F
19. V
20. F
30. F
31. F
41. F
42. F
52. V
53.F
10. V 21. F 32. F 43. V 54. F
um deles permitir. 11. F 22. F 33.F 44. F 55. V
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