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Introdução

O dinheiro fiscal ou tributário

Direito Fiscal
Historicamente, o Direito Fiscal e a criação de impostos, com carácter regular e enquanto fonte
de receitas dos órgãos da administração pública, surgem-nos com o triunfo do Liberalismo no
século XIX.
No período que lhe antecedeu, o lançamento de impostos tinha natureza excecional, sendo
criados arbitrariamente pelos senhores feudais, numa sociedade em que os laços entre os seus
membros se baseavam na propriedade.
No sistema fiscal moderno, os impostos assumem um papel essencial quer enquanto forma de
redistribuição da riqueza (repartição justa dos rendimentos e da riqueza) quer como instrumento
de financiamento da atividade desenvolvida pelo Estado e por outros órgãos públicos tendo em
vista a satisfação das necessidades públicas.

Um sistema fiscal bem apetrechado e funcional contribui para a formalização e diversificação da


economia, o alargamento da base tributária do Estado e o alívio da carga fiscal que incide sobre
as famílias e as empresas, libertando recursos para o investimento, o crescimento económico e a
criação de emprego.

Direito Tributário, também conhecido como Direito Fiscal, é uma subdivisão do Direito
Financeiro e é também ramo do Direito Público que lida com as leis que regulam a arrecadação
de tributos, bem como a fiscalização dos mesmos. De acordo com o Código Tributário Nacional,
em seu artigo 5o, são tributos os impostos, taxas e contribuições de melhoria.

O Direito tributário concentra-se no estudo das normas relativas ao estabelecimento e coleta dos
tributos, bem como a relação jurídica resultante de tal ato, onde os dois personagens principais,
ente público e contribuintes estão ligados pelo chamado "fato gerador" (fenômeno que confirma
a origem de uma obrigação tributária). O objeto da matéria é a obrigação tributária, sendo que
esta pode ser uma obrigação de dar (entregar a moeda ao ente público) ou ainda uma obrigação
de fazer ou não fazer (emissão de nota fiscal ou ato similar).

Em termos gerais classificam-se cinco espécies de tributos: impostos, taxas, contribuições de


melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais, as quais se identificam como
segue:

a) Impostos: incidem, por exemplo, sobre a propriedade de imóvel urbano (IPTU), a


disponibilidade de renda (Imposto sobre a Renda), a propriedade de veículo automotor (IPVA),
entre outros.

b) Taxas: as taxas decorrem de atividades estatais, tais como os serviços públicos ou do exercício
do poder de polícia. Exemplos: custas judiciais e a taxa de licenciamento de veículos.

c) Contribuições de Melhoria: as contribuições de melhoria se originam da realização de obra


pública que implique valorização de imóvel do contribuinte. Por exemplo: benfeitorias no
entorno do imóvel residencial.

d) Empréstimos compulsórios: têm por finalidade buscar receitas para o Estado a fim de
promover o financiamento de despesas extraordinárias ou urgentes, quando o interesse nacional
esteja presente e;

e) Contribuições Parafiscais: são tributos instituídos para promover o financiamento de


atividades públicas. São, portanto, tributos finalísticos, ou seja, a sua essência pode ser
encontrada no destino dado, pela lei, ao que foi arrecadado.

CÓDIGO DAS EXECUÇÕES FISCAIS


TÍTULO I

Princípios do Processo de Execução

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

ARTIGO 1.º

(Objecto)

1. O presente Código regula o processo de execução fiscal.

2. O processo de execução fiscal visa a cobrança coerciva,

com base em um título executivo pelo qual se determina o

direito do exequente, de uma quantia certa, líquida e exigível

decorrente de obrigações tributárias.

Lei 20/20 código do imposto predial


Lei 21/20 código geral tributário
1.1. IMPOSTO INDUSTRIAL

(Lei n.o 19/14, de 22 de Outubro, com as alteracoes introduzidas pela Lei n.o 26/20, de 20 de
Julho).

Incidencia
O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercicio de
qualqueractividadedenaturezacomercialouindustrial,aindaqueacidental. Sao considerados sempre
de natureza comercial ou industrial:

E compreendemos

igualmente que pensar os impostos é sempre

pensar uma relação jurídica fiscal em tensão ±entre

o Estado (personificado na administração tributária /

autoridade tributária ±AT, quem aplica as normas

fiscais, o sujeito ativo da relação jurídica fiscal) e o

contribuinte (aquele que é o sujeito passivo da

relação jurídica fiscal, que tem a obrigação de pagar

o imposto). Por um lado, temos um privado que,

desejavelmente, não quer ver reduzido o seu

património; do outro o Estado, que precisa de ir

retirar ao património daquele privado recursos que

permitam gastar (para cumprir com as suas tarefas

fundamentais constitucionalmente consagradas).


A relação do direito tributário com os outros ramos do direito

O tribunal de contas art182 cara é o órgão supremo de fiscalização da legalidade das finanças
públicas e de julgamento das contas que a lei sujeitar a sua jurisdição

Título 3, Capítulo 2 da constituição art 99 sistema financeiro é organizado de forma a garantir a


formação, a captação, a capitalização e a segurança das poupanças, assim como a mobilização e
a aplicação dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento econômico e social, em
conformidade com a constituição.
Conclusão
Bibliografia

J. L. Saldanha Sanches; Manual de Direito Fiscal, Coimbra Editora, 2002. ISBN:


9789723211191
Alberto Xavier; Manual de Direito Fiscal, Almedina, 1974
António Braz Teixeira; Princípios de Direito Fiscal, Volume I, 3ª ed., Almedina, 1989
Diogo Leite de Campos e Mónica Horta Neves Leite de Campos; Direito Tributário, reimp. 2ª
ed., Almedina, 2003. ISBN: 9724013855
Manuel Henrique de Freitas Pereira; Fiscalidade, Almedina, 2007. ISBN: 9789724031392

Manuel Henrique de Freitas Pereira; Fiscalidade, Almedina, 2007

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